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A Ceia do Senhor é apenas simbólica?

Publicado em 19/11/2012 por afeexplicada — Deixe um comentário

Em uma palavra: Não.

Se há uma doutrina da Igreja histórica que tem sido firme durante dois milênios, é a da
presença real de Cristo na Eucaristia (a Ceia do Senhor). Mas essa posição histórica não é como
canibalismo? Se você pensa assim, não está sozinho. De fato, quando Jesus falou:

“Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão
que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo que
desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu der, é a minha
carne para a salvação do mundo”

(Jo 6,48-51).
muitos dos ouvintes ficaram estarrecidos. Ouviram com seus próprios ouvidos que Jesus disse
que eles deveriam comer Sua carne. Depois de escutar isso, e interrogando-se uns aos outros,
Jesus acaso disse aos ouvintes: “Desculpa, Eu estava falando simbolicamente…”? Não, ao invés
disso, Ele foi ainda mais direto:

“Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma
bebida”

(Jo 6 55).

Após dizer isto, muitos daqueles que o haviam seguido ficaram desapontados. Se fosse um
simples mal entendido, por que Jesus não emendou suas palavras para torná-las claras? A
verdade é que Jesus estava sendo claro, cristalinamente claro. O povo entendeu seu
significado, mas não o pôde aceitar.

No que acreditou a Igreja Apostólica sobre este assunto? São Paulo escreveu:

“O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão que
partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?”

(1Cor 10,16)
Em lugar de “comunhão” outras traduções usam a palavra “participação”. Por que o apóstolo
não explicou e disse que isso era meramente simbólico? Mais tarde, ele diz:

“Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria
condenação.”

(1Cor 11,29)

Se é um simples símbolo, por que a linguagem sobre “distinguir o corpo do Senhor”?


Finalmente, vejam os seguintes Padres da Igreja: Inácio de Antioquia (ano 110), Justino mártir
(ano 151), Ireneu de Lião (ano 189), Ambrósio (ano 390), Agostinho (ano 411); todos eles
fazem eco ao que a Igreja Apostólica sempre ensinou: o Corpo de Cristo e seu sangue estão
presentes na Eucaristia. Não foi senão na Reforma que este assunto foi posto em discussão,
com Lutero acreditando na presença física de Cristo na Eucaristia, Calvino acreditando na
presença espiritual de Cristo na Eucaristia, e Zwínglio chamando-a apenas de um “memorial”.

O que é mais verdadeiro: o consistente ensinamento da Igreja, durante dois milênios, ou as


opiniões conflitantes dos três Reformadores?

A presença real de Cristo na Última Ceia é uma doutrina fundamental cristã que consta nas
Escrituras e foi ensinada permanentemente através da história.

Por que você nega a presença real do Corpo e do Sangue de Cristo na Última Ceia, já que foi
ensinada pelas Escrituras e foi conhecida e ensinada pelos cristãos desde o primeiro século?

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