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#ligadosemrede
JORNAL REGIONALISTA DE GUIMARÃES – MENSAL - ANO XVIII – N.° 646 DIRETOR: PAULINO ALFREDO DE OLIVEIRA CARVALHO SEXTA-FEIRA 21 DE OUTUBRO DE 2022 PREÇO: 0,50€
DR
“ Braga e Famalicão
têm criado melhores
condições para a
instalação de novas
indústrias ”
JOSÉ ARANTES
Engenheiro Civil
P.10-11 | ENTREVISTA
P.03 A REFERENCIALIDADE DOGMÁTICA DA P.04 ESTAMOS JUNTOS! P.17 JMJ LISBOA 2023
TRADIÇÃO URGE SER TRADUZIDA!
Consigo somos
FICHA TÉCNICA
“sereis minhas
Propriedade:
Fábrica da Igreja Paroquial de
Nossa Senhora da Oliveira
NIPC 501 129 928
Estatuto Editorial:
testemunhas”
https://arquidiocese-braga.pt/
senhoradaoliveira/noticia/33622/
Renove! Assine.
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MORADA
DIGITAL PAPEL
A profecia transgride!
A referencialidade dogmática da Tradição urge ser traduzida!
Estamos juntos!
Quem vier da cidade e a par-
tir do Cano se dirigir à Madre de
Deus, encontrará, à sua esquer-
da, logo após o viaduto da circu-
lar urbana, um enorme edifício
que se vai revelando. Para os lo-
cais é uma presença forte há de-
zenas de anos e, mesmo agora
que já não acolhe seminaristas,
continua a ser conhecido pelo
Seminário do Verbo Divino, ca-
sa que desde 1962 recebeu e pre-
parou aspirantes a missionários.
A quebra de vocações sacer-
dotais e religiosas é um fenó-
meno que se tem vindo a acen-
tuar pelo que houve necessidade
de adaptar as instalações à ofer-
ta de novos serviços e utilizado-
res. Todavia, o objetivo primeiro,
ou seja, o apoio à função missio-
nária, continua ativo, albergan-
do uma pequena comunidade
de sacerdotes missionários que terras distantes, regressaram os acrescenta: “temos de estar sem- Foi um tempo mui-
dinamizam um conjunto varia- três a Portugal, em tempos di- pre de mala feita.” to rico.”
do de atividades, algumas delas ferentes, mas quase sempre por Peço-lhe para “regressar” ao Recorda-me al- “ não podemos
em resposta aos novos desafios
das comunidades cristãs como,
razões de saúde, impeditivas
da permanência em locais mui-
Paraguai, partilhando alguns dos
aspetos mais significativos desse
guns desses episódios
de maior tensão, so-
ganhar raízes
por exemplo, o assumir das res-
ponsabilidades pastorais em al-
to exigentes em termos físicos. trabalho missionário. Não refe- bretudo nos anos da onde estamos,” a
gumas paróquias do arciprestado
Contudo, como salientariam ao
longo da nossa conversa, o re-
re especiais dificuldades porque
trabalhou com “um povo aber-
guerra civil angolana
em que na sua vonta-
que acrescenta:
de Guimarães e Vizela ou a pasto-
ral universitária.
gresso a Portugal não significou to e disponível para acolher a no- de de defender a po- “temos de estar
a “reforma” da atividade missio- vidade da boa nova.” Guarda so- pulação pobre e inde-
Quisemos conhecer mais de nária, mantendo-se disponíveis bretudo recordações muito boas fesa e “ser a voz dos sempre de mala
perto o trabalho missionário que
vem sendo desenvolvido e de
para novos desafios adequados e positivas. Noto-lhe um sorriso que não falam”, foi feita.”
às suas possibilidades. especial ao referir que esse tem- maltratado e espanca-
que modo vão respondendo os Conversámos com o Padre po de permanência no Paraguai do, obrigando mesmo
Missionários do Verbo Divino Agostinho de Oliveira, dez anos “foram os anos mais belos da mi- ao retorno a Portu- essas populações, ajudando-as a
aos novos desafios. Portugal foi, de atividade missionária no Para- nha vida missionária.” gal para receber tratamento. To- superar as dificuldades. Salienta
durante séculos, um país com um guai, na América do Sul, junto de A mesma postura de per- davia, reafirma que se sente feliz que nunca a “falta de tempo” pô-
forte contributo na missionação comunidades locais que conta- manente disponibilidade para por “ter vivido aquela vida. Impa- de condicionar a sua disponibili-
dos povos; nas últimas décadas vam com uma forte presença de a partida é revelada pelo Padre gável”, como volta a referir. dade para ouvir. E, mais uma vez,
identifica-se uma espécie de in- emigrantes brasileiros. Concluí- Carlos Matos. Apesar das doen- O Padre Carlos Matos reve- ilustra estas vivências com casos
versão dos papéis, passando de da essa missão, regressou a Por- ças que o forçaram a regressar a la-se a cada instante um fabuloso concretos em que interveio.
país “missionador” a território tugal e ao desempenho de novas Portugal, afirma a mesma von- contador de histórias, enrique- Nesta altura junta-se à con-
de missão. Partindo desta análise, responsabilidades missionárias, tade de estar aberto à mudan- cendo-as com pequenos porme- versa o Padre Manuel Abreu, sa-
entrámos em contacto com o Pa- agora por um novo período de ça. Peço-lhe que nos fale da sua nores que as tornam cativantes lientando a importância do tra-
dre Manuel Abreu, responsável dez anos em Almodôvar, no Bai- experiência missionária, das e fazendo-nos como que entrar balho em equipa na atividade
pela comunidade, que desde o xo Alentejo. Uma nova experiên- memórias que guarda desses nesse mundo tão diferente que missionária. Para o efeito socor-
início deu o melhor acolhimento cia a que seguiria o regresso “à tempos de missão em regiões nos vai revelando. Os minutos re-se da sua experiência de traba-
à nossa pretensão de traçarmos base”, a Guimarães para assumir distantes, em contextos cul- vão avançando e quase não re- lho com o Padre Carlos Matos,
um retrato à atividade missioná- o serviço missionário nas paró- turais muito diferentes do seu sistimos à tentação de pedir mais permitindo que a paciência deste
ria destes novos tempos. Assim, quias do Vale de S. Torcato, du- Portugal de origem. Respon- uma partilha, mais um retrato para ouvir fosse fundamental pa-
no início de uma noite, juntámos rante mais dez anos. Contudo, de-me de imediato utilizan- desses povos que, sinto-o pelo ra o sucesso das missões em que
à volta de uma mesa três dos ele- como refere, isso não significa a do uma expressão que repetirá calor do seu discurso, continuam se empenhavam. A este propósi-
mentos mais experientes da co- paragem da atividade missionária ao longo nossa conversa: “fo- bem presentes nestes dias de me- to, o Padre Carlos Matos conta
munidade. Além do Padre Ma- e, embora não tendo um trabalho ram tempos impagáveis!” Ape- nor cuidado. mais uma história. Agora fala-me
nuel Abreu, conversámos com definido, continua, como salien- sar dos momentos muito difí- E deixo-me seguir nesses re- das três horas em que ouviu as
os padres Agostinho Saldanha de ta, “disponível para responder ceis em que várias vezes viu “a latos de uma vivência rica de ca- queixas de um dos homens que
Oliveira e Carlos Matos, homens aos desafios que me puserem.” vida a andar para trás, nos anos lor humano, mas também de vivia no território da missão…
com uma imensa experiência do Reafirma essa disponibilidade da guerra”, volta a salientar que tempos de forte provação. Re- Deixámos esse encontro ten-
trabalho missionário em África e referindo que “não podemos ga- foi “um tempo que não se paga; corda a permanente disponibili- do presente o convite que o Padre
na América Latina. nhar raízes onde estamos,” a que não há dinheiro que o pague. dade para ouvir e compreender Manuel Abreu nos fez para numa
Depois de muitos anos em
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outra ocasião conhecermos no- foi precisamente o de ser “semi- não é para levar a nossa palavra; Como Igreja. Para ir ao encon- e missionárias em Portugal.
vas histórias vividas nas missões. nário”, “escola”. Recorda que, em vender a nossa mercadoria. Te- tro das pessoas, principalmen- Tínhamos aprazado um en-
Aproveitamos para uma conver- 1969, quando foi professor, havia mos de levar a palavra de Deus.” te daqueles que estão fora”. E re- contro com dois dos missioná-
sa mais prolongada com o res- neste estabelecimento 64 alunos. Neste sentido questiono-o força: “A Igreja só existe porque rios que prestam serviço nas pa-
ponsável por esta comunidade. E não resiste a uma nota pessoal sobre qual será o grande desafio tem missão para fora; não é pa- róquias do Vale de S. Torcato,
No primeiro contacto, e após ao lembrar que um dos alunos dos Missionários do Verbo Di- ra se servir a si própria. Ir ao en- designadamente em Rendufe,
as saudações, agradeço-lhe o fac- de então é hoje o seu médico de vino, em Guimarães, nestes tem- contro; provocar o encontro. Co- Lobeira, S. Cosme e S. Damião,
to de ter acedido ao pedido de “O família. pos muito diferentes. Faz um bre- mo o Papa Francisco faz nas suas Atães, Gominhães e S. Torcato. À
Conquistador” e surpreende-me Em 1992 foi o último ano em ve silêncio, como se procurasse viagens. Descobrir que somos ir- nossa espera tínhamos os padres
desde logo com a resposta a esse que houve alunos. Esta nova rea- as palavras certas para transmi- mãos. Que temos o mesmo Pai e Valentim Oliveira Gonçalves e
agradecimento. Aceita-o mas, ad- lidade ditou outros modelos de tir o seu pensamento. Responde- Mãe.” E remata: “a missão nunca Dinis Bhalrai. Dois missionários
verte-me, desde que tenha o senti- intervenção, verificando-se a pre- -me calma e pausadamente. “Para termina! É sempre sem fim!” com distintas experiências de vi-
do que aprendeu nas missões em sença mais ativa de leigos mis- mim, pela minha visão, o gran- Ao finalizar a nossa conversa, da, origem geográfica e cultural.
África onde o “obrigado” é substi- sionários. Num primeiro tempo de desafio é darmos à Igreja, em falámos ainda sobre a parábola O primeiro nasceu em Portugal,
tuído pelo “estamos juntos!” com os familiares dos missioná- Portugal, hoje, o serviço de que da vinha e da necessidade de en- numa freguesia bem próxima de
Percorremos algumas memó- rios, depois com a intervenção ela precisa.” contrar trabalhadores para a vi- S. Torcato, Serafão, no vizinho
rias, desde esse tempo em que de antigos alunos, até à forma- Até este ponto a conversa fa- nha do Senhor. Ao despedirmo- concelho de Fafe. Foi missioná-
entrou no seminário, até à altu- ção dos Amigos do Verbo Divi- zia-se no interior do edifício que -nos, já não lhe digo “obrigado” rio em Lisboa, junto das comu-
ra em que sentiu que verdadeira- no, “grupos de leigos que se as- acolhe a comunidade. Primei- mas, “estamos juntos”! nidades emigrantes, sobretudo
mente queria partir para as mis- sociam a nós e querem trabalhar ro na biblioteca e depois na ca- as provenientes de África. Gen-
sões. Uma decisão pessoal mas connosco”, como me explica. pela. Proponho-lhe que conti- O SERVIÇO MISSIONÁRIO te que era afastada para a perife-
que, não duvida, foi inspirada Lembra-nos que a pastoral nuemos noutro lugar. Sugere-me ÀS PARÓQUIAS ria da grande cidade. A merecer
por Deus. Depois de 33 anos em universitária é mais uma das ver- que saiamos para o exterior e es- Numa manhã de sábado, saí- atenção redobrada e acompanha-
África, o regresso a Portugal, e tentes em que o Verbo Divino colhe uma pequena vinha que mos do Seminário do Verbo Di- mento de proximidade. Uma ex-
ao Seminário do Verbo Divino, pretende intensificar a ação mis- também lhes pertence. Convida- vino e tomámos a direção de S. periência que o marcou.
veio trazer-lhe novas responsabi- sionária, dispondo para o efei- -nos a provar as uvas que propo- Torcato. O caminho era de curta Já o Padre Dinis chegou ao
lidades, desafios diferentes rela- to de dois missionários, estran- sitadamente não foram colhidas distância desde a Madre de Deus, nosso país vindo de longe, de
tivamente à atividade que desen- geiros, recentemente chegados e para que pudessem continuar a mas que aproveitámos para ali- muito longe, da Índia onde os
volveu anteriormente. Contudo, que, mais à frente, procuraremos ser consumidas. nhar algumas das questões que portugueses chegaram no final
não deixa de referir que “temos conhecer melhor. Voltamos à nossa conversa. gostaríamos de colocar. O obje- do século XV e que se transfor-
de voltar a encontrar a missão. Contudo, uma parte essencial Procuro recolher novos elemen- tivo mantinha-se: a propósito de maria em terra de missão, aco-
Agora aqui. Sem deixar nunca a da atual atividade missionária em tos que possam traçar um retrato outubro, mês missionário, que- lhendo missionários enviados
perspetiva universal de ir onde Guimarães é desenvolvida no tra- o mais completo possível destes ríamos ouvir outras opiniões que desde Portugal e que agora pas-
não há.” balho nas paróquias. Um desafio novos modelos de missionação. nos permitissem compreender sava da condição de país que mis-
Perceber a realidade do pre- importante já que, como salien- Questiono-o sobre o que cada melhor o que entendíamos como sionava, para tomar o estatuto de
sente, seja qual for o contexto ta, “Esse é o grande trabalho! As um de nós pode esperar da mis- ser a transformação da realidade um novo território de missão. Se-
que temos em análise, implica o paróquias hoje são a grande pla- são. Responde-me convocando missionária em Portugal. Até que ria na sequência desta alteração
conhecimento do passado. Per- taforma da nossa ação. É mes- a sua experiência, mas também ponto missionários com diferen- que o Padre Dinis faria o cami-
ceber quais os caminhos que nos mo um novo campo que temos o que dizem os textos bíblicos. tes experiências de missão, com nho inverso. Desde 2013 que de-
trouxeram até esta realidade que que enfrentar.” Não obstante esta “Para mim, o principal que Deus distintas origens geográficas e senvolve a sua atividade missio-
procuramos compreender. Desa- disponibilidade, realça que “não quer é que a Igreja, nós cristãos, culturais, avaliavam o atual mo- nária nas paróquias do Vale de S.
fio o Padre Manuel Abreu a um podemos assumir paróquias de sejamos missionários. Todos! mento das vocações sacerdotais Torcato.
exercício de memória que per- qualquer maneira!”
mita comparar as principais di- Num novo tempo de inter-
ferenças entre a realidade que os venção missionária, procuro per-
Missionários do Verbo Divino ceber de que modo se compa-
encontraram há 70 anos e a atua- tibiliza com as orientações dos
lidade. Aceita o repto desde que, fundadores da congregação e se
como enfatiza, “ao olhar para estas continuam a balizar o traba-
trás, olhemos para a frente!” As- lho que desenvolvem. Responde-
sim, lembra que os primeiros 40 -me de imediato: “Tem que ser!”
anos, ou seja entre 1952 e 1992, a Lembra-me que “Verbo Divino
função principal deste Seminário é Palavra de Deus! Onde vamos
– Centro Académico Vimaranen- “Queremos que o centro seja um Em Portugal os jovens vivem a
se, a estrutura que suporta a inter- espaço adequado para receber os ilusão de uma juventude eterna.
venção na pastoral universitária. jovens e responder às suas neces- Como abordar isto?”
Dispondo de instalações próprias sidades e esperanças.” Perguntas que se lançam. De-
junto do campus da Universidade safios que se renovam.
do Minho, tem a dinamizar a sua A PASTORAL JUVENIL
atividade dois jovens sacerdotes Deixámos as instalações do Conclusão. Da breve via-
que, curiosamente, são mais dois Cavim. Despedimo-nos de quem gem que se fez aos novos
missionários estrangeiros a traba- nos recebeu de um modo tão afá- tempos dos Missionários do
lhar em Portugal. vel e voltámos ao local de partida Verbo Divino em Guimarães.
Quisemos conhecer mais de nesta viagem. Ao Seminário do
perto a atividade que vem sen- Verbo Divino. À nossa espera tí- Partimos de uma dúvida ini-
do desenvolvida e os objetivos nhamos o Padre Damião Paska- cial que se prendia com uma
que foram traçados para este no- lis Lelo, um jovem missionário eventual alteração da realida-
vo ano pastoral. Fomos simpati- indonésio. de missionária em Portugal atra-
camente recebidos pelos padres, Queremos perceber as razões vés de um olhar sobre a ativida-
João Maria Wianney Fuka e Fa- que o trouxeram a Portugal. Con- de dos Missionários do Verbo
biano Cofie. O primeiro veio de fessa que este país era apenas a sua Divino instalados em Guima-
Timor Ocidental, território per- terceira prioridade numa lista que rães. Procurávamos retratar es-
tencente à Indonésia, e o segun- à cabeça tinha os Estados Unidos tes novos tempos através do tes-
do desde o Gana, um país da cos- já que não via uma grande neces- temunho de missionários com
ta ocidental de África, no Golfo sidade de desenvolver atividade diferentes origens geográficas e
da Guiné. missionária na sociedade portu- culturais e com experiências de
Antes de nos falarem sobre o guesa. Contudo, acabaria por vir vida tão diversas.
Cavim, procurámos conhecê-los para Portugal reconhecendo nis- O objetivo era ambicioso.
melhor e compreender as moti- so “a vontade de Deus.” Talvez demasiado arrojado para
vações que os trouxeram até Por- Vamos conversando sobre a ser condensado em tão reduzido
tugal, um país culturalmente tão sua presença neste país, como o tempo e espaço de jornal. Temos
diferente dos territórios onde “Hoje os jovens afastam- vem observando. Fala-me sobre consciência que muito ficou por
nasceram. “o grito”. Uma figura que usa pa- trazer ao conhecimento de quem
Responde-nos o padre João se da Igreja. Em Portugal ra me explicar o olhar que tem nos está a ler. Houve outros ter-
Maria lembrando que o facto de
ter crescido em Timor Leste lhe
os jovens vivem a ilusão de sobre a sociedade que veio en-
contrar. Fala-me de um “grito
ritórios de intervenção que não
visitámos. Deveríamos, por
trouxe um conhecimento mais uma juventude eterna. Como denso e intenso. Um grito dos jo- exemplo, ter dado a conhecer o
aproximado de Portugal e da sua
longa tradição católica. Lembra
abordar isto?” vens. Um grito do povo simples.
Um grito dos ateus. Um grito das
trabalho dos leigos que comple-
mentam a ação dos missionários.
que um “Verbita” tem que es- Padre Damião crianças. Há uma voz perdida no Não o conseguimos. Dessas lacu-
tar disponível para servir a Igre- ar.” Face a estes “gritos” destaca nas nos penitenciamos, esperan-
ja em qualquer lugar onde este- a “falta de presença”. A “falta de do numa próxima oportunidade
ja a Congregação. Assim, viu uma claro e pausado. Como se quises- também se vai sentindo inte- presença dos pais, dos irmãos, dar-lhes o merecido destaque.
oportunidade de conhecer me- sem esbater qualquer dúvida que grado e com grandes esperan- até a presença dos padres…” É No final, ao recordar as mui-
lhor a cultura e a Igreja portugue- em nós pudesse ficar. ças para o trabalho que pretende assim que elege o que classifi- tas horas de conversa que tive-
sas. Chegou a Portugal em 2015 Para enquadrar as razões que desenvolver. ca “o marcar presença”, como a mos o privilégio de merecer, fi-
para aprender português. Diz- determinaram a sua partida pa- Queremos saber mais sobre principal dimensão do trabalho ca-nos um certo amargo por não
-nos que foi muito bem recebi- ra Portugal, cita o Papa Francis- as expectativas que alimentam que tenciona desenvolver. termos conseguido materializar
do e na experiência pastoral que co e a necessidade de uma “nova para este novo desafio. Respon- Peço-lhe que nos explique o que era o nosso objetivo inicial
desenvolveu na diocese de Avei- evangelização”. Agora, os missio- de-nos o Padre Fabiano, salien- melhor o que se pretende com a e a homenagem que merecem es-
ro reforçou os laços que o ligam nários dos povos anteriormen- tando que a população que pre- Pastoral Juvenil. Dá-nos a conhe- tes homens, alguns já de avança-
a este país. te evangelizados pelos europeus, tendem alcançar não é limitada cer algumas das realizações já ca- da idade, mas que não desistem
Pergunto-lhe sobre os moti- fazem o caminho inverso. Como à partida. Procurarão dirigir-se lendarizadas e outras que estão de levar a Palavra a todos os que
vos que o trouxeram até Guima- refere, “há uma necessidade de a todos os que quiserem acolher ainda em avaliação. Como refere, dela necessitam. Ou que a desco-
rães, depois do trabalho pastoral evangelizar os povos que antes o seu convite. Como refere, a sua Portugal é um país de missão, pe- nhecem. Nos lugares mais distan-
nas já referidas paróquias. Res- nos evangelizaram.” Diz-nos que missão dirige-se “a todos! Não lo que pretende que os jovens co- tes. Ou bem próximo de nós. Nos
ponde-me que se tratou de mais chegou a Portugal para estudar apenas aos mais carenciados, nheçam as realidades que lhe es- nossos ambientes. Hoje a missão
uma missão confiada pelos seus teologia, após o que foi ordenado mas a todos que quiserem falar tão próximas. Uma cultura de “ir também se faz em Portugal! Ou
superiores e que a encara como e passou de imediato a trabalhar e ouvir. Poderá haver grupos que ao encontro dos outros. Aquilo como nos dizia um missionário
“um desafio, uma possibilidade e nas comunidades de emigrantes precisem mais, ou que sejam ob- que o Papa diz como uma Igre- bem jovem: “Há um grito!”
uma esperança”. africanos. Sobre esta nova missão jeto de uma atenção mais imedia- ja em saída.” Se outra virtude não tiver,
Importava igualmente ouvir o na pastoral universitária, encara- ta, mas isso ver-se-á com o avan- A terminar a nossa breve mas que este modesto contributo
Padre Fabiano. Pergunto-lhe tam- -a igualmente como um novo de- çar da missão.” estimulante conversa, pedimos ajude a que ouvidos menos aten-
bém a que se deve a sua presença safio. Já está em Guimarães há al- O Padre João Maria comple- ao Padre Damião que conden- tos possam escutar esse “grito”. E,
em Portugal. Responde-me pau- guns meses e sente-se integrado, menta esta visão do trabalho na se em poucas palavras o objeti- acima de tudo, saibamos trans-
sadamente. Como se quisesse tor- apesar de sentir algumas diferen- Universidade com a abertura das vo fundamental deste trabalho formá-lo em sorriso. O tal sorri-
nar bem claras as suas palavras. ças relativamente ao que pôde instalações do Cavim a todos os missionário. Sorri. E avança com so que, numa sociedade tão mer-
Aliás, ao longo da conversa, am- conhecer em Lisboa. que aí se dirigirem. Pretendem duas palavras: “Presença.” “Proxi- cantilizada, não tem qualquer
bos se revelam atentos interlocu- Também o Padre João Ma- fazer do centro um lugar de aco- midade.” E complementa: “Hoje custo, como nos referia um outro
tores, desenvolvendo um discurso ria refere o curto tempo de per- lhimento aos jovens. Portugue- os jovens afastam-se da Igreja. missionário.
manência em Guimarães, mas ses e estrangeiros, como acentua.
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29 de outubro
Encontro Regional de Guias
15 de novembro
Conselho Consultivo de Núcleo
5 e 6 novembro
Agenda Atividade da Zona
São Nuno de Santa Maria
S E X TA- F E I R A / 2 1 D E O U T U B R O D E 2 0 2 2 Arciprestado de Guimarães e Vizela / O C O N Q U I S TA D O R pg.9
Campanha
apostólico e social».
Este acontecimento conta com 89 participantes jovens e adul-
tos, a saber: 60 jovens e 29 adultos responsáveis, vindos de Lisboa,
do Pirilampo Mágico
Nisa, Alcanena-Minde, Aveiro, Guimarães e Fafe, de diferentes na-
cionalidades: Angola, São Tomé e Príncipe, China, Timor Leste, Filipi-
nas, Indonésia, Alemanha, Portugal. Todos eles vivem em Portugal.
Pastoral Juvenil e Vocacional do Verbo Divino e a Equipa da
É azul escuro o Pirilampo Má- Pirilampo Mágico é da responsa- mais de 30 mil pessoas por todo o JMJ´23 do Vale de São Torcato. Para mais informações podem con-
gico da campanha de 2022 que ar- bilidade da Federação Nacional de país. tactar: 963 818 140, responsável da organização.
rancou sábado e estende-se até dia Cooperativas de Solidariedade So- A CERCIGUI – Cooperati-
06 de novembro. Centenas de bo- cial (FENACERCI) e o lema deste va de Educação e Reabilitação de
nequinhos de olhos atentos e an-
tenas levantadas vão estar à venda
ano é “A verdadeira magia é o que
fazemos”.
Cidadãos com Incapacidades do
Concelho de Guimarães, sediada
FORMAÇÃO PARA
um pouco por todo o país… Esta é Os pirilampos custam 2 euros, em Guimarães, à semelhança de ZELADORES, SACRISTÃES
a campanha de solidariedade social
mais antiga no nosso país que, em
mas haverá também pins, canecas,
chávenas de café, t-shirts e sacos de
anos anteriores, está responsável
pela dinamização desta campanha
E EQUIPAS DE ACOLHIMENTO
Guimarães, vai apoiar a Cercigui. compras. A venda reverte para as 84 nos concelhos de Guimarães, San- O tema a abordar no encontro será “A beleza de ser Comuni-
Lançada em 1987, a campanha cooperativas CERCI que apoiam to Tirso, Vizela e Póvoa de Lanhoso. dade cristã, em tempos de crise”.
O Serviço de Ministérios Litúrgicos do Departamento Arqui-
diocesano para a Liturgia de Braga está a preparar uma forma-
ção para zeladores, sacristães e membros das equipas de aco-
lhimento. Este encontro está previsto para o dia 28 de Outubro,
às 21h15, no Espaço Vita, em Braga.
O tema a abordar nessa noite será “A beleza de ser Comu-
nidade cristã, em tempos de crise”, contando com uma palestra
inicial, orientada pelo Pe. Fernando Torres da Arquidiocese de
Braga, e com três testemunhos de Nazaré Dantas, zeladora; do
sacristão Óscar Ribeiro, e de António Sampaio, na qualidade de
membro de equipa de acolhimento e gestor.
"O objectivo deste encontro é dotar as pessoas que exercem
estes serviços de maior preparação para tornarem as Comuni-
dades cristãs mais acolhedoras, valorizando os diferentes dons
de cada um. Claro que, em tempos de crise, é preciso uma maior
contenção de gastos, sem que isso prejudique a qualidade do
exercício destes ministérios. Por isso, a participação nesta acção
formativa pode ser uma ocasião propícia para abrir horizontes
sobre a vivência destes ministérios", adianta o Serviço em comu-
nicado.um inconsciente” coletivo.
As exposições do ciclo Voz multiplicada poderão ser visita-
das durante o horário de funcionamento do CIAJG: terça a sexta:
10h00 - 17h00 e sábado e domingo: 11h00 - 18h00.
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Esteve envolvido na criação foi o meu objetivo; colaborar O futebol, para além do obriga à relação com políticos e Quais as razões por que tal não
do Complexo Desportivo, com o Vitória sempre. A bem da espetáculo, é emoção, a com a política. Como gere essa se consumou?
na reformulação do Estádio verdade, a candidatura em 2000, construção civil é gestão, tem que relação? Sou gestor de empresas, com
D. Afonso Henriques e foi resultou dum movimento que ser administrada com razão… Com respeito e absoluta muitos trabalhadores e sinto
candidato à Direção do Vitória. aceitei integrar para modernizar Mas quando construímos transparência, não abdicando essa responsabilidade. A política
Como descreve a sua relação o Vitória, que tinha cada vez aquilo que projetamos e nunca do meu ponto de vista. ativa exige dedicação absoluta
com o clube? mais uma gestão autocrática. conseguimos os objetivos É importante saber ouvir e e, no meu ponto de vista, não é
PAIXÃO. Ter colaborado no Nas semanas próximas das definidos também há emoção, perceber o ponto de vista de possível conciliar.
planeamento e execução do eleições, quando era necessário sentimos que acrescentamos quem tem o dever de gerir o
Complexo Desportivo do tomar opções, as pessoas que algo que vai perdurar no tempo. bem público, porque são eles os É visto como um grande
Vitória e do Estádio D. Afonso tinham mostrado interesse Quando projetamos e criamos eleitos. Se queremos ser úteis interventor e investidor no
Henriques foi uma honra, tendo na candidatura, não quiseram novas áreas urbanas, sente-se e ajudar nas decisões temos Centro Histórico. Foi uma opção
sido um trabalho enquanto enfrentar o poder instituído. um prazer enorme, porque se de participar nas associações estratégica ou o resultado de um
profissional de engenharia A minha candidatura resultou acrescenta mais cidade à cidade, civis, sugerindo soluções, nunca acaso?
encarado com um espírito de duma escolha dos sócios que sentimos que participamos no abdicando da nossa opinião. Foi uma estratégia investir nos
missão. Sendo sócio há mais de continuavam no movimento seu crescimento. centros urbanos, tê-lo feito em
50 anos, a minha relação com o e acreditavam que era possível Aventou-se, por vezes, o seu Guimarães foi uma opção por ser
Vitória vem desde os anos 50, fazer melhor. No decorrer da A sua atividade empresarial nome para candidato à Câmara. a minha cidade.
quando acompanhava o meu campanha, as eleições foram
avô e o meu pai aos jogos no politizadas, começaram a ser
campo da Amorosa. vistas também como disputa
política, o que fragilizou a
É muitas vezes apontado, e candidatura.
pelos vistos desejado, como
candidato ao Vitória. Por que Gosta mais de futebol ou da
razão nunca mais repetiu uma construção civil?
candidatura? São questões diferentes, são
Ser presidente do Vitória nunca mesmo complementares.
Guimarães precisa
de melhorar fluxos
do trânsito, construir
mais parques de
estacionamento e criar
áreas industriais
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investir em planos que captem e a Irmandade da Nossa Senhora que o alimenta espiritualmente
mais investimento industrial. Concorda que concelhos
limítrofes como Braga e
Guimarães deve apostar na Famalicão se têm tornado mais
captação de mais turismo, mais atraentes do que Guimarães na
serviços ou mais indústria? captação de investimentos?
Que caminho considera mais São mais atraentes porque tem
sustentável para o concelho? criado melhores condições para
Guimarães deve criar condições a instalação de novas indústrias,
facilitando o investimento e
respostas
para que o aumento do turismo,
de serviços e de indústrias sejam tendo no P.D.M. grandes áreas
para instalações industriais.
rápidas
possíveis, sem constrangimentos
Sugestão gastronómica?
Um bom peixe, finalizado com
tortas de Guimarães.
Passatempo preferido?
Fotografia.
pg.12 O C O N Q U I S TA D O R S E X TA- F E I R A / 2 1 D E O U T U B R O D E 2 0 2 2
PERGUNTA
O PAÍS ONDE NASCEU O PINTOR DIEGO RIVERA É:
1. URUGUAI 2. ARGENTINA 3. MÉXICO
CHARADAS
- - + TA = RABANADA
- - + TA = BASE AÉRA
adolescente constituiu para mim poderia socorrer, assim pensava
CONCEITO: SENSAÇÃO TÉRMICA
um sinal iniludível da grandeza eu. E foi isso mesmo que senti ao
- - + PA = PROTEÇÃO
do sacerdócio ministerial como aproximar-me do Francisco que
MONSENHOR JOSÉ MARIA
- - + PA = IMBECIL
serviço a Deus e aos irmãos. No espontaneamente, sem dar tem-
CONCEITO: SENSAÇÃO TÉRMICA O mês de outubro bem pode- princípio da tarde do dia 28 de fe- po sequer para o saudar, me fez o
rá considerar-se mês do reencon- vereiro de 1970, era sábado aque- acolhimento com estas palavras:
tro com o dinamismo da vida. Pa- le dia, aproveitando eu o cenário “ É assim, senhor prior; morre-se
PALAVRAS CRUZADAS
ra a maior parte das pessoas, que eloquente, balizado pela igreja de em qualquer idade”; e, neste tom
gostam e podem fazê-lo, terminou S. Dâmaso e o Castelo, o Campo e com espírito incrível de confor-
o período de férias e, para a gente de S. Mamede, para um breve tem- midade com a vontade de Deus,
nova, se depara a via aberta para po de oração, fui intercetado pelo o jovem recebeu os sacramen-
a descoberta e construção do fu- pai do menino João Laurindo de tos da Confissão e Eucaristia. As-
turo. Futuro que é sempre um no- Sousa Pimenta. Sorridente, mas sim aconteceu mais um momento
vo amanhã; futuro que assenta nas comovido, o senhor José Pimen- muito próximo de Cristo que fi-
experiências que se vão vivendo e ta trazia um recado do filho: - o cou bem guardado no escaninho
nunca se gastam, guardadas que João Laurindo quer confessar-se. das minhas memórias indeléveis.
ficam na consciência como me- Rimo-nos os dois e a curta distân- Diferente foi o caso da meni-
mórias. E é tão forte a vitalidade cia de casa, mesmo ali ao lado, na na Adosinda Manuela Teixeira Ri-
das memórias que muita gente faz rua D. Mafalda, bastou para ficar beiro da Silva, que vivia no lugar
longas deslocações, atraída parti- informado da gravidade da situa- das Cancelas da Veiga. A sua par-
cularmente por cenários que fa- ção: o menino estava atacado por tida para o Céu aconteceu a 20 de
zem memórias, como a contem- uma crise de garrotilho. Momen- dezembro de 1971, tinha ela oito
plação das belezas da Natureza ou to sublime: quando me aproximei aninhos. Um cancro no palato, de
o contacto com realidades e cul- do enfermo, deparei-me com al- forma acelerada lhe foi reduzindo
turas marcadas pela ação do ho- guém que, embora em grande so- a capacidade de respirar e fez de-
mem. Urbanismo, museus, aca- frimento, encarava, consciente e la uma vítima pura de holocaus-
HORIZONTAIS: 1. Tempo que o Sol gasta numa revolução aparente demias, monumentos de vária livremente, como pessoa adulta, to, tal era a força inacreditável de
em torno da Terra; tirar à força e repentinamente; via ladeada de ordem, clubes, empresas e mui- aquele encontro como incompa- fé e conformidade com os misté-
árvores. 2. Nota musical; vagueavas; fecha parcialmente as asas (a
ave) para descer mais depressa; “milímetro”. 3. Pátria; compartimento tas coisas mais constituem outros rável dom por que ansiava. Am- rios da vida, que o só o crente ma-
onde se leciona. 4. Canal do aparelho urinário que conduz a urina
da bexiga para o meio exterior, e que, em certos animais (machos), tantos pacotes de oferta para acu- bos experimentámos um momen- duro sabe encaixar perfeitamente
é um ducto comum às funções excretoras e genitais; tomar por mular memórias! Há, no entanto, to indizível de união com Jesus nos arcanos divinos. Sou testemu-
modelo. 5. Unidade monetária do Japão; vento brando e agradável.
6. Correnteza; rádio (s.q.); atravessar; maior. 7. Letra no plural, sobre outro modo de saciar o interesse Cristo. Visto que eu tinha um ser- nha da beleza da entrega da me-
a qual se colocam os pontos; observar; “Laboratório de Análises
Clínicas”; apelido. 8. Tive de pagar; fileiras. 9. Salário semanal do pelo alimento espiritual das me- viço de confissões na Costa e não nina em vários momentos da sua
operário; gradeamentos. 10. Espessamento e endurecimento da pele mórias, que é, passe a redundân- imaginava que o Senhor o vies- imolação, mesmo quando ficou
causado por atrito continuado; gracejavam. 11. Naquele lugar; poeira;
caminhe; braço de mar. 12. Letra grega; instrumento de corte, de folha cia, o exercício da memória. Lá, se chamar tão depressa, perdi a incapaz de receber a Sagrada Co-
curta; aparência. 13. Porco; “Santíssimo Sacramento”. 14. Dito de viva
voz; adição. 15. Planta do pé; motivo de afeição. nos escaninhos da consciência, oportunidade de o confortar com munhão. Não lhe faltou, em todo
encontramos tantas áreas de vi- o Viático e a Unção dos Doentes, o tempo desta via dolorosa, o ca-
vências passadas que efetivamen- todavia ficou-me, à mesma, a con- rinho e a doação total de sua mãe,
VERTICAIS: 1. Alcançar a posse de (qualquer coisa); automóveis. 2.
Casamento; acusados; representação do pénis em ereção como te podem proporcionar momen- vicção de fé de que o João Laurin- cujos cuidados a mantinham per-
símbolo de fecundidade; letra grega. 3. Castigo; Capital da Índia;
semelhante. 4. Barco de recreio; real; couro preparado para fazer
tos de prazer espiritual e razões do, com 11 anos,“ voou” naquele manentemente em ponto de parti-
calçado. 5. Abandonar; relembrei; planta completa. 6. Indivíduo que de viver. dia para o Céu. da para a grande festa com os an-
assalaria. 7. - 8. Relativo a assimilação. 9. Achavam piada; presa da ave
de rapina; ástato (s.q.). 10. Fêmea do elefante; tombar; determinante Nesta linha e precisamente Em 25 de fevereiro de 1971, jos do Céu.
e pronome demonstrativo que designa pessoa ou coisa afastada da
pessoa que fala e próxima da pessoa com quem se fala. 11. Peixe
porque estamos no recomeço de faleceu, com 14 anos de idade, o O João Laurindo, que aspira-
abundante no Algarve; ausentar-se; sensação audível. 12. O primeiro atividades de crianças e jovens Francisco Pinheiro de Carvalho, va ser sacerdote; o Francisco que
dos números naturais; argolas; peça de vestuário, geralmente feminino;
molibdénio (s.q.). 13. Pousaram no mar o hidroavião; assinalar. nos diversos níveis de crescimen- que morava na rua de S. Torcato, o percebeu perfeitamente o valor da
to, inclusive a catequese, permi- qual fora surpreendido por doen- vida na perspetiva da eternidade e
to-me partilhar três experiências ça rara. Pouco tempo antes, penso o silêncio fecundo de amor a Je-
que nunca se estancaram na mi- que mesmo na véspera, fui chama- sus da Nelinha são memórias pri-
SOLUÇÕES DO N.o 499
nha alma de sacerdote, antes pelo do para o assistir espiritualmen- vilegiadas, cujo valor ultrapassa
contrário. Era eu pároco em S. Dâ- te. Que vou dizer eu a um jovem certamente qualquer anseio e es-
“PALAVRAS CRUZADAS”
CAPELA; CAMADA; AI; UI; D; SE; AR; P; UR; MIM; IR; M; AI; OLIVEDO; maso quando, num breve espaço desta idade que, naturalmente, forço de conquista de circunstân-
BA; TAS; ACIDO; RAD; ATAR; ANO; SEIO; ZELAR; O; VAIAR; IAM; SOB;
NORAS; C; ZELAR; ORAR; RAS; REDE; VAS; SAVEL; RIM; ER; SAPATOS; de tempo (1970 e 1971), a partida apenas vê diante de si um traje- cias externas para fazer memórias.
RE; L; PA; ALA; OS; T; AR; IA; O; EM; PE; SABADO; TRAVAR.
“CHARADAS”: PEDRO; LINO. “PERGUNTA”: FRANÇA. para o Pai de duas crianças e um to interminável de vida? Só uma E mantêm viva a chama da alegria
graça atual do Espírito Santo me de ser sacerdote.
S E X TA- F E I R A / 2 1 D E O U T U B R O D E 2 0 2 2
Jornada Mundial da Juventude - Lisboa 2023 / O C O N Q U I S TA D O R pg.13
PROJETO SALAMA!
Formação de Voluntariado
A “ousadia” de ser mulher…
Missionário
Uma das di-
em Moçambique!
mensões do tra-
balho do CMAB Ser mulher é ser alegria e ternura. É
é a coordenação ser cor e festa. É ter sorriso fácil e forta-
do projeto Sala- leza permanente. É ser mãe e gerado-
ma!, nos termos do ra de vida, independentemente da sua
acordo de coope- condição social, cultural ou religiosa…
ração missionária,
assinado por dez
Ser mulher… Sim, toda a mulher devia
anos, da Arqui- ser assim. Mas não é.
diocese de Bra- Em muitos lugares do mundo a
ga com a Dioce- mulher continua a ser ignorada na sua
se de Pemba, em dignidade, desvirtuada nos seus direi-
Moçambique. tos, marginalizada e, muitas vezes, re-
O projeto Sa-
duzida à servidão. O lugar e a missão
lama! Coopera-
ção Missionária da mulher continua a precisar de uma
Braga-Pemba tem maior consciencialização da socieda-
como objetivo ge- de. A igualdade de oportunidades, en-
ral contribuir para a criação e o aprofundamento de tre homens e mulher, ainda é uma uto-
laços de comunhão e de partilha espiritual e material pia. Guardo na memória uma frase do fizemos às comunidades. Perguntava- Rainha do Apóstolos, na apresenta-
entre as Dioceses de Braga e Pemba.
Papa Francisco na Praça de S. Pedro -lhe em que classe andava. Não enten- ção dos relatórios paroquiais, referiu
Temos enviado anualmente uma equipa missio-
nária que assume pastoralmente a Paróquia de San-
no dia 08 de Março de 2015: “O mun- dendo o que perguntei, o animador da que os trabalhos terminaram quando
ta Cecília de Ocua, no interior dessa Diocese. Esta do onde as mulheres são marginaliza- comunidade logo se prontificou a lhe uma mamã se levantou e questionou
Missão é constituída por 96 Comunidades, dispersas das… é um mundo estéril!” emprestar a voz e respondeu-me: “Ma- porque é que na paróquia deles não
em 115 km de extensão territorial. Neste momento en- Vivemos, em Moçambique, a ex- na, ela é uma rapariga”. Voltei a pergun- havia nenhuma mulher zonal ou ani-
contram-se destinados a esta missão as voluntárias periência de uma Igreja ministerial. A tar. Não porque não tivesse entendido madora da comunidade. Presente de-
Fátima Castro, Joana Peixoto e o Pe. Manuel Faria.
falta de sacerdotes faz com que a Igre- a resposta da primeira vez, mas por- pois como delegada, a mamã Maria do
Atividades do Salama!
ja dependa do trabalho dos leigos on- que senti a necessidade de escutar ou- Céu, dotada de uma capacidade de re-
1. Assumir a paróquia 552 da Diocese de Braga na de os vários ministérios e serviços co- tra coisa contrária ao que ele me esta- siliência impressionante, voltou a ques-
Diocese de Pemba; locam toda a Igreja em movimento. va a dizer! Aí ele respondeu em macua tionar o Sr. Bispo. Era mais uma tenta-
2. Dinamizar intercâmbios entre a Arquidiocese de Na sua grande maioria homens. A pa- e apontando para ela: “Tiana”, ou seja, tiva para encontrar o lugar justo que a
Braga e a Diocese de Pemba; róquia de Santa Cecília de Ocua não é “mulher”. Porque era mulher, a priori- mulher ocupa na família, na socieda-
3. Facilitar parcerias entre a Arquidiocese de Bra- exceção. Subdividida em 17 zonas e 98 dade (e a sorte) de frequentar a escola, de e na comunidade cristã. Outro no-
ga e a Diocese de Pemba;
4. Angariar recursos materiais para a Diocese de
comunidades, em nenhuma delas en- não era para ela. Que longo caminho me de mulher surgiu nesta assembleia
Pemba; contramos mulheres zonais ou anima- há a percorrer! e é para reter: Vilicia Macassine! Foi
5. Divulgar o projeto de cooperação missionária doras (responsáveis) da comunidade. O papel da mulher na Igreja foi um uma das 11 pessoas eleitas e vai repre-
entre as Dioceses de Braga e Pemba. Raríssimas são as catequistas. Dos ou- dos temas da IV Assembleia Nacio- sentar as mamãs da Diocese de Pemba
tros ministérios não me atrevo a falar. nal de Pastoral. Estamos a viver este na fase das províncias eclesiais. Ah, im-
Requisitos para ser voluntário missionário do A justificação mais frequente é porque tempo de graça (e de mudança, espe- portante dizer que esta mamã eleita é
Salama!
não sabem ler/escrever. ro) em Moçambique. No primeiro fim da nossa paróquia de Santa Cecília de
- Ter mais de 23 anos;
- Participar na formação geral, humana e es- Recordo o encontro com uma jo- de semana de Outubro decorreu a fa- Ocua! Vacani, vacani… (pouco a pou-
piritual, promovida pelo CMAB e pelas entidades vem numa das primeiras visitas que se diocesana. O pároco de Santa Maria co) chegaremos lá!
parceiras;
- Ser voluntário missionário para a cooperação,
assumindo um compromisso de, pelo menos, um ano
com as Dioceses de Braga e de Pemba, não só du-
rante a permanência na Diocese de Pemba, mas
também no regresso, na disseminação do projeto.
XV Jantar Africano conta com
D. José Cordeiro
Programa da Formação de Voluntariado
Missionário
19 novembro 2022 | 10h – 11h30 | Encontro inicial |
CMAB em Braga
Valor angariado com a realiza- O valor angariado com a reali- africano...", refere a organização.
Como apoiar este projeto
Pode acompanhar as suas atividades através das
ção do jantar será destinado inte- zação do jantar será destinado in- As inscrições devem ser realiza-
páginas de Facebook e do Instagram do CMAB ou gralmente ao projecto das mãos tegralmente ao projecto das mãos das até ao dia 25 de Outubro, atra-
pelo email: santaceciliadeocua@gmail.com. missionárias de Formação da Ju- missionárias de Formação da Ju- vés dos contactos que se encon-
Quem desejar partilhar algum bem com o projeto ventude em Jhabua, na Índia. ventude em Jhabua, na Índia. tram na imagem que acompanha
pode fazê-lo quer através de transferência bancária: O grupo Diálogos – Leigos SVD "Com uma ementa tipicamen- esta notícia.
Arquidiocese de Braga | Projeto Salama | IBAN: PT50 para a missão – realiza no próximo te Africana, um espaço dedica- O evento conta com a presen-
0079 0000 2352 9178 1018 3 | Banco BIC ou entrando
dia 29 de Outubro, pelas 20h00, o do aos mais pequenos, muita ani- ça de D. José Cordeiro, Arcebispo
em contato com o CMAB: centromissionario@arqui-
diocese-braga.pt XV Jantar Africano, no Seminário mação e surpresas, este promete Metropolita de Braga.
do Verbo Divino, em Guimarães. ser muito mais que um jantar
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O C O N Q U I S TA D O R pg.15
Perguntas inquietas.
Sereis minhas A Igreja sinodal
testemunhas A Igreja, no seu conjunto, atravessa um dos períodos mais
conturbados da sua história. Pelo menos para nós, que o vive-
mos, assim nos parece e o sentimos: escândalo e vergonhas,
1. No dia 25 de agosto, missionários portugue- não tem outra missão se- hostilidade geral, abandono generalizado, confusão doutrinal.
quarenta e nove jovens en- ses anunciaram o Evange- não a de evangelizar. É uma Talvez esta última seja a mais perigosa, porque a mais dissimu-
traram oficialmente no no- lho nalgumas ilhas que ho- Igreja em saída até aos “con- lada. Assim que, mais do que nunca, há que resguardar o de-
viciado dos Missionários do je fazem parte da Indonésia. fins do mundo”, rumo aos pósito da fé, serenamente, com firmeza e esperança.
Verbo Divino, em Kuwu, na Em alguns locais, como La- novos horizontes geográfi- Seja como for, porém, as perguntas são muitas, as refle-
xões necessárias e as inquietações inevitáveis. Abro, por mero
Indonésia. O dia iniciou-se rantuka, na ilha de Flores, cos, sociais, existenciais pa-
exemplo, o site do Secretariado Nacional da Pastoral Litúrgica
com uma solene eucaristia, ainda existem tradições ca- ra “dar testemunho de Cris- e deparo com a consigna do processo sinodal em curso: «Para
abrilhantada com cânticos tólicas que remontam a es- to e do seu amor a todos os uma Igreja sinodal». Que significa isto? A Igreja não foi sempre
e danças tradicionais, nu- se período da missionação homens e mulheres de ca- sinodal, isto é, em caminhada unida no mesmo caminho e para
ma igreja repleta com fami- portuguesa. No passado, da povo, cultura, estado so- a mesma meta? Não é por isso que ainda cá está como Igre-
liares e amigos. Cada novi- os missionários partiam cial”. Jesus, ao despedir-se ja una, santa, católica e apostólica, mais de dois mil anos de-
ço trajava de acordo como da Europa para anunciar o dos discípulos, prometeu- pois de Cristo, no mesmo caminho (que é Ele), no mesmo sen-
tido (que é Ele) e para o mesmo fim (que é Ele)? Então, porque
o vestuário tradicional da evangelho longe da sua ter- -lhes o Espírito Santo. Ele é que se apresenta como novidade de graça e renovação es-
sua região. A maioria pro- ra. Hoje, há um movimento é o verdadeiro protagonis- piritual essa «Igreja sinodal» para que aponta a consigna? Pe-
vinha das ilhas de Flores e inverso: eles vêm de longe ta da missão: “é Ele que dá lo que vamos entendendo, a resposta é que a Igreja de sem-
de Timor, mas também ha- para anunciar o evangelho a palavra certa no momento pre precisa urgentemente de se adaptar aos tempos, às novas
via alguns das ilhas de Sum- aqui. justo e sob a devida forma”, condições antropológicas, históricas e sociais, promovendo o
ba, Sulawesi e West Papua. afirma o Papa. diálogo com a cultura sempre cambiante, estabelecendo con-
sensos, refazendo práticas, reinventando linguagens. Para isso,
A variedade dos trajes tra- 2. O mês de outubro é, todos estão convocados para a caminhada em conjunto – bis-
dicionais produzia um con- na Igreja, o mês das mis- 3. A Indonésia é um país pos, presbíteros, diáconos, homens e mulheres de vida consa-
junto colorido e juvenil. Os sões. Pelo batismo, ca- de maioria muçulmana. To- grada, todos os fiéis leigos e os leigos menos fiéis e mesmo os
desenhos e os padrões dos da um de nós é chamado a davia, a Igreja e a Congre- exteriores à Igreja, os não baptizados, sejam crentes, agnós-
tecidos portavam símbolos ser testemunha de Cristo e gação do Verbo Divino têm ticos ou ateus. Todos. Caminhar juntos, falar, ouvir-se mutua-
do clã ou da região de onde a colaborar, através da ora- sido abençoadas com mui- mente, acolher, escutar… Todos estes verbos apresentam uma
aura de bondade que nos inibe de quaisquer interrogações e
cada um vinha. Havia cha- ção ou da ajuda material, na tas vocações à vida sacer-
dúvidas. Mas há que perguntar. Por exemplo: caminhar juntos
péus de muitos feitios e co- obra da evangelização. Na dotal e missionária. Isto é é um fim em si mesmo? A questão certa não será antes: qual o
res, alguns rematados com mensagem para Dia Mun- uma grande responsabilida- caminho? Com quem caminhar e para onde? A mesma interro-
penas de pássaros exóticos. dial das Missões deste ano, de, pois é nosso dever pro- gação se pode e deve colocar em relação a todos aqueles ou-
Um ou outro jovem trazia o Papa Francisco detém-se porcionar um processo for- tros verbos, que também não se sustentam por si mesmos, mas
uma espada à cintura. em três expressões que re- mativo de excelência aos antes requerem assentamentos prévios de percurso, de discur-
so e de finalidade. Senão, tudo não passa de uma deriva vo-
sumem os alicerces da vida jovens que querem ser mis-
luntarista e necessariamente desastrosa.
Após a homilia, os novi- e da missão dos discípulos: sionários. O tempo de for- Para saber o caminho, qual o seu sentido e o seu fim, o po-
ços aproximaram-se do al- “sereis minhas testemu- mação deve ser um período vo de Deus sempre se socorreu (não podia jamais ser de outro
tar e cada um recebeu uma nhas”, “até aos confins do para fazer um discernimen- modo!) do cajado e do báculo que são as Escrituras e o Magis-
batina branca. Saíram pa- mundo” e “recebereis a for- to sério. Ao longo do pro- tério da Igreja. Cristo é claro: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a
ra uma sala anexa onde tro- ça do Espírito Santo”. Estas cesso formativo, alguns des- Vida» (Jo 14, 6). E São Pedro não o é menos ao afirmar que o fim
da fé é a salvação das nossas almas (cf. 1 Pe 1, 9). Os relatórios já
caram de roupa e, revesti- palavras encontram-se no tes quarenta e nove jovens,
apresentados no decurso do actual processo sinodal reflectem
dos com a batina branca, último colóquio de Jesus que este ano iniciaram o no- e manifestam, como era mais do que previsível e decerto inevi-
regressaram todos juntos à com os seus discípulos an- viciado, vão escolher outros tável, a pressão da opinião pública, afeita à mentalidade pre-
igreja. Em seguida, foi-lhes tes de subir ao céu (cf. Act caminhos e formas de vida. dominante no mundo ocidental moderno, pelo menos na sua
entregue o livro de orações 1,8). Jesus envia-os em mis- Aqueles que decidirem ser fortíssima expressão mediática e cultural. Pode essa opinião ser
em uso na Congregação do são até aos confins do mun- missionários na Congrega- tomada como critério de doutrina e de prática da Igreja Ca-
Verbo Divino. do e promete-lhes a assis- ção do Verbo Divino serão tólica, a par das Escrituras e do Magistério milenar? Nas ques-
tões sensíveis e incómodas para a mentalidade dominante do
tência e a força do Espírito enviados em missão, alguns nosso tempo, há que seguir a opinião pública, os novos teólo-
Hoje, há mais de 500 Santo. deles para além das pró- gos da ruptura com a Tradição, os filósofos da moda, as leituras
missionários do Verbo Di- prias fronteiras. Levantan- neo-kantianas ou neo-marxistas da religião? Haverá que silen-
vino naturais da Indonésia Todos os cristãos são do o olhar para lá das mon- ciar ou mesmo eliminar passagens inteiras e claras de S. Paulo?
a trabalhar no estrangeiro, chamados a ser testemu- tanhas e do mar da ilha de Haverá que corrigir ou relativizar a própria Palavra do Senhor
alguns deles em Portugal. nhas de Jesus. O Santo Pa- Flores, Portugal também fi- nos Evangelhos? Perguntas que obviamente nos inquietam.
A partir do século XVI, dre reafirma que a Igreja ca nos “confins do mundo”.
pg.16 O C O N Q U I S TA D O R / do número 580 da rua de São Dâmaso S E X TA- F E I R A / 2 1 D E O U T U B R O D E 2 0 2 2
AGRADECIMENTO
Setembro foi mês de recomeço para mui- prisional de Guimarães e os seus reclusos fo-
tos. Para outros, seguramente menos, mês de ram brindados (no mais belo significado e
paragem e férias. Para outros, mês de continui- sentido da palavra) com roupa para a prática
dade, numa sucessão de dias de trabalho e ro- desportiva, abrindo “portas” a múltiplas pos-
FILIPE FONTES tina, talvez de cansaço acumulado e descanso sibilidades de actividades e aprendizagem, na
ansiado. verdade, contribuindo e fazendo com que to-
SINAL DE ESPERANÇA Seja como for, quando nos oferecem amiza- dos, sem excepção, possam crescer e ficar
de e atenção, disponibilidade e afecto, não há melhor!
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NARCISO MACHADO
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