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CURSO:
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Beira
2023
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INSTITUTO POLITÉCNICO DE TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO
Beira
2023
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ÍNDICE
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
A liderança transformacional é um processo pelo qual os líderes e seguidores elevam-
se a um nível superior de motivação e moral." (Bass & Riggio, 2006, p. 3).
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colaboradores. Através da revisão da literatura, análise de estudos de caso e reflexões críticas,
serão identificadas estratégias e práticas eficazes para o desenvolvimento da liderança
transformacional e sua aplicação prática na gestão de pessoal.
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO
A falta de liderança efetiva nas empresas e no mundo em geral pode ter consequências
significativas e negativas. Quando os líderes não são capazes de inspirar, motivar e guiar suas
equipes, o desempenho e a produtividade podem ser comprometidos, resultando em um
impacto negativo nas organizações (Northouse, 2018). Além disso, a ausência de liderança
pode levar a uma falta de direção clara, falta de inovação e resistência às mudanças necessárias
para o crescimento e o sucesso das empresas (Bass & Riggio, 2006).
Em um contexto mais amplo, a falta de liderança também pode afetar a sociedade como
um todo. Por exemplo, em momentos de crise ou incerteza, como a pandemia de COVID-19,
a presença de líderes eficazes se torna ainda mais crucial. A falta de liderança adequada pode
resultar em confusão, desorganização e dificuldade na implementação de medidas de combate
à crise. Isso pode levar a um maior impacto negativo na saúde, na economia e no bem-estar
geral das pessoas (Mullins, 2016).
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influenciam a percepção e a receptividade dos colaboradores em relação a esse estilo de
liderança (Bass & Riggio, 2006).
Através dessa pesquisa, espera-se fornecer insights valiosos para líderes, gestores de
recursos humanos e profissionais interessados em aprimorar suas práticas de liderança,
promover um ambiente de trabalho positivo e maximizar o potencial dos colaboradores. Além
disso, os resultados dessa investigação podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias
eficazes de gestão de pessoal, visando melhorar o desempenho organizacional e a satisfação
dos colaboradores em um mundo em constante transformação (Mullins, 2016).
1.2. JUSTIFICATIVA
A liderança é um elemento fundamental para o sucesso de qualquer organização,
influenciando diretamente o desempenho e a satisfação dos colaboradores (Bass & Riggio,
2006). A abordagem da liderança transformacional tem despertado interesse e ganhado
destaque no campo da gestão de pessoas, uma vez que se baseia na capacidade do líder de
inspirar e motivar sua equipe a alcançar resultados excepcionais (Bass & Riggio, 2006; Avolio,
Walumbwa & Weber, 2009).
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al., 2009). Líderes que adotam essa abordagem têm a capacidade de despertar o entusiasmo, a
confiança e o comprometimento da equipe, resultando em um ambiente de trabalho mais
produtivo e satisfatório (Avolio et al., 2009; Bass & Riggio, 2006).
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1.3. OBJETIVOS:
1.3.1. Geral
Investigar e analisar o impacto da liderança transformacional na gestão de
pessoal, identificando suas implicações no desenvolvimento de equipes e no desempenho
organizacional.
1.4. METODOLOGIA
A sistemática utiliza métodos explícitos e sistemáticos que possibilitaram, além de
analisar os estudos publicados, identificar e avaliar criticamente as pesquisas sobre o tema
estabelecido. As regras foram pré-estabelecidas para a busca e seleção das obras para a análise
(Sampaio & Mancini, 2007).
A busca pelos artigos foi feita por meio do portal de periódicos da Capes, especificamente
utilizando as bases Scopus, google académico e OneFile. Foi estabelecido o período de
publicações, com os termos em português e em inglês. Optou-se por pesquisar os descritores
no assunto dos artigos para que o refinamento fosse mais objetivo.
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2. CAPÍTULO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. LIDERANÇA
A liderança é um conceito controverso e de difícil definição. Por representar algo que
não foi criado pelo homem, mas sim um fenômeno que surgiu de necessidades da vida humana.
O conceito de liderança vem passando por transformações ao longo dos anos. Diversos autores
divergem sobre o tema e sobre definir da melhor forma esta palavra tão utilizada nos dias atuais.
Para alguns autores, liderança se define através dos traços de personalidade de cada indivíduo,
para outros o estilo de comportamento de cada líder auxilia na sua definição e outros ainda
definem o tema baseando-se no ambiente que este indivíduo está inserido.
Para Kouzes e Posner (1991), a liderança é uma arte. O domínio desta arte da liderança
vem com o domínio
Bass (1990) cita os líderes como agentes de mudança, cujos atos afetam outras pessoas
mais do que as outras pessoas afetam seus atos.
Para Hunter (2006, p. 20), liderar significa conquistar as pessoas, envolvê-las para que
coloquem sua mente, coração, criatividade e excelência a serviço de um objetivo, fazendo com
que se empenhem ao máximo nessa missão. Para Hunter, "Você não gerencia pessoas, você
lidera pessoas."
Desenvolvidas ao longo do século XX, as teorias sobre liderança são umas das áreas
mais antigas de pesquisa científica e têm limitado seu foco de análise ao traço de personalidade,
comportamento e poder exercido pelo líder (YULK, 2002). A teoria da liderança sugere que o
comportamento de liderança tenha efeitos profundos em subordinados, inclusive como eles se
relacionam com o líder assim como um com o outro (BASS, 1990).
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traços de liderança. Essa idéia foi criticada por inúmeras linhas de pesquisa e com o tempo foi
substituída pela perspectiva do líder como um ser comum, cuja capacidade de liderar depende
do contexto, do ambiente e das características por ele desenvolvidas.
McWhinney (1997) define liderança como uma atividade apontada para trazer
mudanças na organização ou sistema social para melhorar a vida das pessoas. Segundo Locke
(2003), liderança é o processo de induzir outros a realizar ações na direção das metas comuns.
Pearce e Ensley (2004) sugerem que a visão criada coletivamente com a liderança
compartilhada possa ter uma influência poderosa na dinâmica e no desempenho de muitas
equipes.
De acordo com Yukl e Van Fleet (1992), as teorias neocarismáticas da liderança são uma
aproximação híbrida e incluem elementos de muitas outras aproximações teóricas à liderança
(por exemplo, traços, comportamentos, atribuições e situações). A teoria da liderança afirma
que o comportamento da liderança tem um profundo efeito sobre os subordinados, inclusive
como eles relacionam consigo mesmos e em relação ao líder (Bass, 1990). Os estilos de
liderança que serão avaliados neste projeto terão como base a perspectiva comportamental.
As tipologias são numerosas, porém pretende-se uma breve revisão bibliográfica sobre
as abordagens tradicionais de liderança com o intuito de assinalar as principais ruturas
conceptuais que a problemática sofreu até ao surgimento do novo paradigma de liderança
(Bryman, 1992).
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Os primeiros estudos sobre liderança, efetuados até à II Guerra Mundial, pretendiam
descortinar traços físicos (como estatuto e aparência), caraterísticas de personalidade (como
autoestima, estabilidade emocional e autoconfiança) e aptidões (tais como inteligência e
fluência verbal) que discernissem entre os líderes e os não-líderes, entre os líderes eficazes e
ineficazes.
O primeiro defensor desta abordagem foi Carlyle (1910) na sua teoria do “Grande
Homem”. Segundo o autor, o líder nasce líder, não se faz um líder. Este autor considera que o
que distingue um líder são os seus atributos físicos, as suas características da personalidade e
as suas aptidões. O poder que o líder detém é, assim, como um dom pessoal.
O vigor não se perde por completo e alguns investigadores mantêm interesse nesta
abordagem, o que leva novamente Stogdill (1974) a rever, desta vez, 163 estudos. Nesta revisão
apurou que diversos traços são relevantes para a eficácia da liderança, nomeadamente,
inteligência, criatividade, fluência verbal, autoestima, estabilidade emocional, adaptabilidade
às situações, vigilância para com a necessidade dos outros, tolerância ao stress, iniciativa e
persistência no enfrentamento dos problemas, capacidade de persuasão, desejo de
responsabilidade e de ocupar um lugar de poder (Cunha et al., 2007).
No seu entender, todos os estudos até então efetuados não permitiam suportar a premissa
de que certos traços são absolutamente necessários para uma liderança eficaz. Ao contrário,
permitiam supor que um indivíduo com “determinados traços teria maior probabilidade de se
tornar um líder eficaz”, mas tal não lhe assegura por si só a eficácia, e que a “importância
relativa dos diversos traços” depende da situação, ou seja, “seriam mais importantes numa
situação, mas não noutras” (Barracho e Martins, 2010, p. 34).
A revisão de 1948 de Stogdill marcou o fim de uma era na investigação sobre liderança
e o início de uma outra. De facto, os resultados insatisfatórios e incongruentes dos vários
estudos efetuados acerca dos traços do líder conduziram ao abandono desta perspetiva (Bass,
1990). Passa assim a ser prioridade compreender como os traços de liderança podemafetar a
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motivação dos subordinados. Tal só é possível se se examinar como esses traçosse refletem no
comportamento do líder.
Esta abordagem tem na sua génese a ideia de que a compreensão do modo “como os
líderes eficazes realmente agem é importante, pois permite clarificar as trocas entre o líder e o
grupo”. Propõe, assim, descrever a liderança em termos de comportamentos e não de traços ou
aptidões e explicar a possibilidade de treino dos líderes eficazes (Mitchell e Larson, 1987, p.
452).
Vários estudos são levados a cabo e a sua influência predomina até cerca dos anos 60.
Esta abordagem, segundo Barracho e Martins (2010, p. 36) vai sofrer uma dupla orientação:
Porém, levantaram-se algumas críticas a este estudo pelo facto de só contemplar dois
extremos: uma liderança orientada para a produção ou uma liderança orientada para os
colaboradores, não admitindo pontos intermédios. Desta forma, tornou-se cada vez mais claro
para os investigadores que a previsão do sucesso de determinado líder era “mais complexa do
que isolar alguns traços ou comportamentos preferíveis” (Robbins, 1996, p. 419). E é por
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virtude duma tal variabilidade de resultados que, entre os anos 60 e 80, surgem as teorias
contingenciais de liderança procurando corrigir o mito determinista onebest way (Yukl, 2006).
Tendo sido feitas até então várias menções à necessidade de se atentar a situação para
se compreender a eficácia da liderança, estas teorias contingenciais surgem assentes no
pressuposto de que o comportamento tido por apropriado para um líder depende das situações
ou circunstâncias concretas em que este se encontra, tais como o ambiente externo, a natureza
das tarefas e as características dos subordinados. Para estas, o mesmo líder poderá ser altamente
eficaz em determinadas situações e menos eficaz quando o contexto se altera, logo, o contexto
pode funcionar como variável moderadora na relação liderança e eficácia grupal.
Já Yukl (1989) afirma que as teorias contingenciais podem ser entendidas de duas
formas distintas privilegiando, por um lado, a compreensão dos fatores e exigências externas
que influenciam a liderança e, por outro lado, tentando determinar os aspetos situacionais que
moderam a relação entre os traços de personalidade e os comportamentos associados à eficácia
alcançada no trabalho.
O objetivo de qualquer líder é conseguir uma liderança eficaz, por isso, apesar da
relativa aceitação das teorias contingenciais e situacionais de liderança, a pesquisa sobre a
liderança eficaz não parou, seja em termos de teorias, métodos de pesquisa ou aplicações.
Porém, os resultados que tem vindo a ser obtidos revelam-se paradoxais se tivermos em
conta o que observa Calder (1977, p.14), “esta é uma das poucas áreas das ciências sociais com
uma história verdadeiramente cumulativa de pensamento e de investigação”. Para Stogdill
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(1974, p. vii) “a interminável acumulação de dados empíricos não produziu uma compreensão
integrada de liderança”.
Para Freire (1995), os objetivos e estratégias das empresas nipónicas são determinados
pelos seus próprios membros, os líderes e colaboradores. No Japão, as organizações
promovem, em primeiro lugar, os interesses de longo prazo dos seus recursos humanos, por
vezes mesmo em oposição à vontade dos fundadores.
Carneiro (2014) considera que houve uma mudança no clima moral e na ética dos
negócios. Escândalos organizacionais que retratam a ganância individual e o materialismo
desenfreado têm levado a um aumento da desconfiança em relação aos líderes organizacionais.
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De acordo com Kotter (2008), a gestão compreende um conjunto de processos que
coloca uma organização em funcionamento, nomeadamente, o planeamento e organização de
estruturas organizacionais, o desempenho efetivo e operacional de sistemas complexos que
envolvem pessoas e tecnologia, o controlo e solução de problemas. A liderança envolve o
alinhamento de uma visão conjunta, a motivação para a ação e a superação de obstáculos.
De acordo com Stoner-Zemel (1988), um líder visionário é um líder que articula uma
visão que apela aos valores e necessidades comuns dos membros da organização e isso captura
as esperanças, necessidades, crenças, valores e objetivos dos seguidores. A visão tem os
seguintes efeitos nos colaboradores: (a) catalisa o alinhamento no grupo em torno da visão; (b)
capacita as pessoas; e (c) gera fortes emoções de compromisso, satisfação e desempenho
inspirado do grupo.
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equipa, aprender a tomar as decisões adequadas a cada situação. Ser líder é conquistar o espaço
e o respeito entre a equipa de trabalho, demonstrando sua importância em todo o processo
organizacional e desenvolvendo o potencial individual de cada colaborador.
Numa das suas obras mais emblemáticas, Weick (1995) citado por Lopes (2012), teoriza
a comunicação do líder como instrumento, por excelência, da criação de sentido no seio das
organizações. O sentido é a força interior que, por sua vez, guia a ação individual e coletiva
dos colaboradores.
Acresce que Lopes (2012), afirma que são quatro os pontos fundamentais que
estruturam aquela que lhe parece ser obra fundamental de Karl Weick.
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• O lugar de criação de sentido é, por definição, a reunião de um líder com os seus
colaboradores. No contexto de uma reunião, explicar o que se faz, implica, necessariamente,
dar espaço a outras vozes, para concordar ou discordar, e desse modo permitir o necessário
recuo a quem tem ónus de decidir.
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2.6. LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL
A origem do estudo sobre liderança transformacional surgiu com Burns (1978). Para
este autor o ato de liderar significa um fenômeno dual, de seguir o líder e se retroalimentar. Sua
teoria parte da perspectiva de aproximação entre líder e liderados, logo para Burns o estilo de
liderança transformacional baseia-se num aspecto mais amplo, contemplando o
desenvolvimento da equipe, a comunicação inspiradora, expectativa de desempenho e
valorização das atividades. Embora o termo liderança transformacional tenha sido atribuída por
Burns (1978) estas expressões foram expandidas empiricamente no meio organizacional por
Bernard Bass (1985) e seus colaboradores.
Bass (1985) destaca que o caráter da liderança transformacional está em motivar aqueles
que são liderados, permitindo que estes não apenas executem tarefas, mas que as entendam
dentro de uma perspectiva de importância e valor para a organização, isso permite que a equipe
trabalhe de acordo com objetivos comuns aos três componentes piramidais: organização, líder
e liderados. A liderança transformacional é o estilo de liderança que se baseia na capacidade
que alguns líderes possuem de influenciar seus seguidores e de transformar a organização com
sua energia e visão pessoal.
Desta forma, a função do líder nas organizações e a sua conexão com os colaboradores
tem sido alvo de investigações ao longo do tempo e a teoria da liderança transformacional
revela-se como uma fonte de atenção por parte de diversos investigadores (Gomes, Pina &
Cunha & Rego, 2006). Uma das abordagens à Liderança Transformacional focou-se na
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identificação dos comportamentos dos líderes que têm influência nos seus colaboradores, tanto
os seus valores como as suas aspirações, ativando assim as suas necessidades de ordem
superior. Desta forma, os colaboradores são incentivados a transcender os seus interesses
pessoais em prol da organização. (Gomes, Pina & Cunha & Rego, 2006).
Os líderes transformacionais não se limitam a reagir aos problemas tal como os recebem,
questionam-se de modo a contribuir por um objetivo coletivo. A influência dos líderes através
do processo transformacional tem por objetivo mudar a forma como os subordinados se
percepcionam, enfatizando as oportunidades e os desafios que o meio lhes coloca (Bass &
Avolio, 2004). Os líderes transformacionais são vistos como indivíduos proativos: empenham-
se em aperfeiçoar o desenvolvimento e a inovação do indivíduo, do grupo e da organização;
não procuram apenas alcançar o desempenho esperado, convencem os ‘subordinados’ a
alcançar elevados níveis de desempenho, bem como elevados níveis morais e éticos. A
liderança permite que os ‘subordinados’ ultrapassem os seus próprios interesses. “Eleva os
ideais e o nível de maturidade [dos subordinados], bem como as necessidades de realização, de
auto-atualização e o bem-estar dos indivíduos, da organização e da sociedade.” (Bass, 1999, p.
11).
Visto isso, a importância desta liderança é fazer com que o colaborador se sinta
integrado como um todo na organização, facilitando a maneira de se relacionar com o seu
trabalho, não gerando uma carga de estresse ou pressão, com essa liberdade o individuo cria
um comprometimento com a organização, os líderes transformacionais influenciam o
comprometimento organizacional dos seus seguidores, incentivando os mesmos a pensar
criticamente, envolvendo-os nos processos de tomada de decisão, reconhecendo-os e
valorizando as diferentes necessidades de cada seguidor/colaborador, a fim de desenvolver o
seu potencial pessoal. Para Avolio et. al. (2004 apud MACIEL et. al., 2013, p.547) “sugerem
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que, se o comprometimento do indivíduo no trabalho é entendido como a força da identificação
e do envolvimento com a organização, a liderança transformacional opera como uma das
principais fontes da construção e renovação desse envolvimento”.
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conceito para incluir as relações existentes entre os supervisores e os subordinados
(ABDULLAH et al., 2015).
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da simulação intelectual estão sempre encorajando seus seguidores a tentarem novas
abordagens e novos métodos para solucionar antigos problemas.
IV. Consideração Individualizada: relaciona-se ao fato dos líderes prestarem e
fornecerem uma atenção e dedicação especial a cada conjunto de necessidades de cada um de
seus seguidores, promovendo o crescimento deles, atuando como um mentor. A consideração
individualizada é praticada quando novas oportunidades de aprendizagem são criadas em meio
a um clima organizacional de suporte. Assim, os liderados de forma individual consideram o
seu líder um ouvinte efetivo, enquanto o líder delega tarefas aos seus seguidores, porque sabe
que elas serão realizadas.
V. Recompensa Contingencial: demonstra o quanto um líder conta aos seus subordinados
o que eles devem fazer para serem recompensados, enfatizando o que esse líder espera deles e
como ele reconhecerá as realizações deles.
VI. Administração por exceção: representa a postura dos líderes que apresentam as
necessidades dos cargos de cada subordinado e contenta-se com performances regulares deles.
É um líder que acredita que se nada está errado, não precisa de conserto.
VII. Liderança Laissez-faire: consiste em um estilo de liderança, na qual os líderes estão
contentes em deixar as coisas acontecerem por elas mesmas, sem interferir. Além disso, deixam
seus subordinados agirem por conta própria, sem fornecer maiores orientações a eles.
Kanungo e Menon (2000) enfatizam que outro ponto importante dessa abordagem
consiste em contar estórias sobre um passado de sucesso e outras ações simbólicas que sejam
capazes de influenciar os líderes em formação. Em contraponto, Bass e Riggio (2006) alertam
para um fator crítico presente tanto na liderança carismática quanto na transformacional,
conhecido como o “lado negro” do carisma. Esse fator revela a capacidade e a habilidade de
que alguns líderes carismáticos possuem para inspirar e liderar os seus seguidores para um final
ruim, destrutivo e egoísta, por exemplo. Estes autores listaram Adolf Hitler, Joseph Stalin,
Osama Bin Laden, entre outros, como exemplos de líderes que podem ser chamados de pseudo-
transformacionais. Os pseudo-transformacionais são capazes de exibir diversos elementos
essenciais da liderança carismática, principalmente o carisma, mas por meio de motivos
pessoais exploratórios e para o engrandecimento próprio.
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Em outra visão, Finkelstein (2003) aponta que se outros executivos acreditarem que o
líder tem conhecimento excepcional, eles poderão se sentir inibidos em apontar erros ou sugerir
correções nas estratégias e planos desse líder. Isso pode levar a um excesso de confiança por
parte do líder transformacional e afetar o seu julgamento, gerando visões e tomadas de decisões
precipitadas e irreais (CONGER, 1989).
Todas as pessoas têm alguma das atitudes e ao menos uma das funções melhor
desenvolvidas, gerando uma grande possibilidade de tipos psicológicos.
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2.10. BENEFÍCIOS E VANTAGENS DA LIDERANÇA
TRANSFORMACIONAL NA GESTÃO DE PESSOAL.
A liderança transformacional traz uma série de benefícios e vantagens na gestão de
pessoal, impactando positivamente tanto os colaboradores quanto as organizações como um
todo. A seguir, apresento alguns dos principais benefícios dessa abordagem de liderança:
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equipes motivadas, colaborativas e capazes de superar desafios e alcançar resultados
excepcionais.
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diferenças significativas nos valores e nas aspirações entre o líder e os colaboradores, pode
haver dificuldades na obtenção de engajamento e comprometimento. É importante que os
líderes transformacionais estejam atentos a essas diferenças e trabalhem na criação de um
ambiente inclusivo que valorize a diversidade de perspectivas.
2.12. LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL EM AMBIENTES DE
MUDANÇA E INCERTEZA.
Diante das demandas cada vez mais complexas e voláteis do ambiente de negócios, a
liderança transformacional é uma abordagem essencial para promover a adaptação e o
crescimento das equipes e organizações. Ela capacita os líderes a navegarem pela incerteza, a
inspirarem confiança e a engajarem os colaboradores de forma significativa. Dessa forma, a
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liderança transformacional se torna uma força motriz na busca contínua pela excelência e pelo
sucesso em ambientes dinâmicos e em constante mudança.
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de novas ideias (Bass & Riggio, 2006). Essa abertura para a inovação gera um ambiente
propício ao desenvolvimento de soluções inovadoras e ao crescimento contínuo da equipe.
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3. CAPÍTULO III: CONCLUSÃO E BIBLIOGRÁFICA
3.1. CONCLUSÃO
A liderança transformacional desempenha um papel fundamental na gestão de pessoal,
influenciando diretamente o engajamento, a motivação e o desempenho dos colaboradores.
Este estudo explorou a temática da liderança transformacional e sua implicação na gestão de
pessoal, analisando os benefícios, desafios e limitações dessa abordagem de liderança.
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3.2. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
ALMADA, L. & POLICARPO, R. V. S. (2016). A relação entre o estilo de liderança e a
resistência à mudança dos indivíduos em um processo de fusão. REGE - Revista de Gestão,
23: 10–19.
AVOLIO, B.J., WALUMBWA, F.O., & WEBER, T.J. (2009). Liderança: teorias atuais,
pesquisas e direções futuras. Revisão Anual de Psicologia, 60, 421-449.
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BANIHANI, M., LEWIS, P., & SYED, J. (2013). Is work engagement gendered? Gender
in Management: An international journal, 28 (7): 400-423. Barreto, T. V. 2009. Liderança
transformacional na escola. Estudo de caso sobre o presidente de um agrupamento.
Universidade de Aveiro.
BASS, B.M., & Riggio, R.E. (2006). Liderança transformacional (2ª ed.). Imprensa
Psicologia.
BASS, B.M., & RIGGIO, R.E. (2006). Liderança transformacional. Imprensa Psicologia.
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