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A sanção da Lei nº 12.

305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos


Sólidos, trouxe diversas diretrizes, objetivos e responsabilidades para toda a
sociedade brasileira. No que tange aos resíduos orgânicos, implantar sistemas
de compostagem e articular com os agentes econômicos e sociais formas de
utilização do composto produzido são claramente estabelecidas como
obrigações dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de
resíduos. (BRASIL,2017)

Em 2018 o Brasil gerou aproximadamente 80 milhões de toneladas de resíduos


sólidos urbanos (RSU), dos quais 92% foram coletados. Dos resíduos
coletados apenas 59,5% foram dispostos em aterro sanitário, ao passo que
40,5% foram enviados para lixões (ABRELPE, 2019). MODIFICAR

Os resíduos orgânicos, que representam cerca de 50% dos resíduos urbanos


gerados no Brasil, tem a particularidade de poderem ser reciclados por meio de
processos como a compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até a
industrial. (BRASIL. 2017)

Assim, de acordo com a PNRS a compostagem é uma das formas de


destinação ambientalmente adequadas para os resíduos orgânicos. No
entanto, apenas 1,6% dos resíduos orgânicos gerados no Brasil são destinados
a usinas de compostagem (IPEA, 2012). MODIFICAR

Compostagem é o processo de degradação controlada de resíduos orgânicos


sob condições aeróbias, ou seja, com a presença de oxigênio. É um processo
no qual se procura reproduzir algumas condições ideais (de umidade, oxigênio
e de nutrientes, especialmente carbono e nitrogênio) para favorecer e acelerar
a degradação dos resíduos de forma segura (evitando a atração de vetores de
doenças e eliminando patógenos). A criação de tais condições ideais favorece
que uma diversidade grande de macro e micro-organismos (bactérias, fungos)
atuem sucessiva ou simultaneamente para a degradação acelerada dos
resíduos, tendo como resultado final um material de cor e textura homogêneas,
com características de solo e húmus, chamada composto orgânico. É um
método simples, seguro, que garante um produto uniforme, pronto para ser
utilizado nos cultivos de plantas e que pode ser realizado tanto em pequena
escala (doméstica) quanto em média (comunitária, institucional) ou grande
escala (municipal, industrial). No entanto, é um método que necessita ser bem
compreendido e bem operado para evitar problemas como a geração de
odores e a proliferação de vetores de doenças.1

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMPOSTAGEM NAS ESCOLAS

O presente projeto parte do princípio de que, com o desenvolvimento de


conhecimentos científicos, mobilização da sociedade escolar e disposição, é
possível realizar o tratamento de resíduos orgânicos (RO) originários da escola
e da comunidade, por meio da compostagem. Buscando com o projeto,
desenvolver na comunidade escolar (alunos, professores, equipe
administrativa, pais) a conscientização sobre o impacto dos resíduos sólidos,
lixos e rejeitos no município e no planeta. Para Henemann e Gonzalez (2018),
as atitudes sustentáveis devem ter início em âmbito local, para depois
atingirem o global. A compostagem não trará apenas benefícios ambientais,
mas também sociais e econômicas, desviando grandes quantidades de lixos
orgânico de aterros, assim reduzindo custos com transportes e diminuição de
poluentes nocivos. Já em contexto escolar, a compostagem pode reduzir o
volume de lixo produzido na escola, incentivar o pensamento cientifico, sendo a
criação de composteiras um processo multidisciplinar, podendo envolver
diversas disciplinas como: Biologia (biodiversidade, decompositores,
microbiologia), Matemática (calculando formas, volume, espaços para
construção de uma composteira), Física e Química (transformações químicas,
densidade, processos químicos da decomposição). Além de trazer olhares para
a produção de projetos que acontecem na escola, e até gerar lucro com a
venda de adubos.

Brasil. Ministério do Meio Ambiente Compostagem doméstica, comunitária e


institucional de resíduos orgânicos: manual de orientação / Ministério do Meio
Ambiente, Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo, Serviço
Social do Comércio. -- Brasília, DF: MMA, 2017.1

DUCAÇÃO AMBIENTAL E COMPOSTAGEM: UM CAMINHO PARA A


SUSTENTABILIDADE2 >http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2916<

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