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SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 68
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Tão importante quanto o tratamento dado à água para que chegue livre de
microrganismos até o consumidor final, é o tratamento de esgotos e as
possibilidades de usá-lo na agricultura, na piscicultura, na hidroponia.
A palavra esgoto costuma ser usada para definir tanto a tubulação condutora
das águas servidas de uma comunidade, como também o próprio líquido que flui por
estas canalizações. Hoje este termo é usado quase que apenas para caracterizar os
despejos provenientes das diversas modalidades do uso e da origem das águas, tais
como as de uso doméstico, comercial, industrial, as de utilidades públicas, de áreas
agrícolas, de superfície, de infiltração, pluviais e outros efluentes sanitários.
As bactérias que vivem nas lagoas utilizam o oxigênio produzido pelas algas
para oxidar a matéria orgânica. Um dos produtos finais desse processo é o gás
carbônico, que é utilizado pelas algas na sua fotossíntese. Este tipo de tratamento
reduz grande parte do lodo, e é ideal para comunidades pequenas, normalmente
situadas no Interior do Estado (Sabesp, 2013).
reprodução mais lenta do que as bactérias aeróbias. Por isso, para um período de
permanência de 2 a 5 dias na lagoa, a decomposição da matéria orgânica é parcial.
São lagoas de baixa profundidade, entre 0,5 a 2,5 metros, que possibilitam a
complementação de qualquer outro sistema de tratamento de esgotos. Ela faz a
remoção de bactérias e vírus de forma mais eficiente devido à incidência da luz
solar, já que a radiação ultravioleta atua como um processo de desinfecção (Sabesp,
2013).
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United States Environmental Protection Agency.
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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não são iguais para todos, o que traduz, de alguma forma, a grande variabilidade
das condições ambientais e das características do lodo produzido por cada país.
Tanto o lodo bruto quanto o lodo digerido podem ser compostados. Materiais
como cavaco de madeira, folhas, resíduos verdes, palha de arroz, serragem ou
outros agentes estruturantes precisam ser adicionados ao lodo para melhor reter a
umidade, aumentar a porosidade e equilibrar a relação entre o carbono e o
nitrogênio.
A secagem térmica também tem sido utilizada por muitos países. Passa-se o
lodo por uma fonte de calor, de modo a provocar a evaporação da umidade existente
no lodo e, consequentemente, alcançar uma inativação térmica dos microrganismos.
Para ser economicamente viável, o lodo precisa ser previamente digerido e
desidratado até concentração de sólidos na ordem de 20-35%, antes de ser tratado
termicamente (PINTO, 2001).
O NTK pode ser ainda dividido em uma fração solúvel (dominada pela
amônia) e uma fração particulada (associada aos sólidos em suspensão orgânicos –
o nitrogênio participa na constituição de praticamente todas as formas de matéria
orgânica particulada do esgoto).
Controle de eutrofização
O líquido que percola das fossas para o solo contém nitrogênio (convertido
em nitrato, no solo). Como consequência, a água subterrânea sob ou perto das
fossas pode se tornar poluída, o que causa problemas quando a qualidade da água
de abastecimento retirada de poços, ou seja, é afetada.
A utilização de esgoto para diversos fins tem sido uma prática que vem
sendo difundida no mundo inteiro, contribuindo para diminuir os problemas
resultantes da escassez, da má distribuição e da má qualidade da água.
7.1 Na agricultura
De modo geral o lodo de esgoto tem grande interesse agrícola pelo seu
conteúdo em nutrientes minerais, principalmente nitrogênio, fósforo e
micronutrientes, mas especialmente pelo seu teor em matéria orgânica, cujos efeitos
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O lodo bem digerido traz em sua massa uma proporção muito grande de
partículas aglomerantes, que tendem a formar compostos de estrutura em forma de
anéis com íons metálicos que, por sua vez, aglomeram partículas finas do solo,
minerais e sais, favorecendo a penetração das raízes e a abertura de sulcos na terra
(SANTOS, 1996).
Os critérios para escolha de áreas aptas devem ter como objetivo reduzir ao
mínimo os riscos associados ao uso agrícola do lodo e ao mesmo tempo otimizar a
resposta agronômica. Dentre outros fatores, a área ideal é aquela onde o lodo possa
ser utilizado pelas plantas sem resultar em movimento de qualquer componente do
lodo por lixiviação ou escorrimento superficial. Na seleção das áreas aptas, é
necessário considerar os seguintes pontos (SANEPAR, 1997):
restrição à infiltração da água facilita o transporte do lodo por erosão enquanto que a
falta de aeração diminui a velocidade da biodegradação do lodo;
h) capacidade de troca catiônica (CTC) – solos com maior CTC têm mais
capacidade de imobilizar metais pesados e, portanto, suportam doses maiores de
lodo com maior segurança;
De uma forma geral, qualquer cultura de grãos ou frutas que não entram em
contato direto com o solo – e, portanto, com o lodo aplicado – pode ser considerada
adequada, sob o ponto de vista de segurança sanitária (CHAGAS, 2000).
7.2 Em hidroponia
tratamento do esgoto para uso em hidroponia deve ser suficiente para assegurar um
efluente com baixas concentrações de sólidos suspensos (menor que 30 mg/L
preferencialmente abaixo de 20 mg/L). Felizmente, com a tecnologia de tratamento
de esgoto disponível no Brasil, pode-se obter concentrações de sólidos suspensos
nos efluentes abaixo de 30 mg/L sem maiores dificuldades.
7.3 Na piscicultura
De acordo com a FAO (2006 apud MOTA et al., 2009), as carpas são as
espécies de peixe de água doce mais cultivadas no mundo (com aproximadamente
18 milhões de toneladas produzidas no ano de 2004), seguidas pelas tilápias (com
aproximadamente 2,0 milhões de toneladas).
como grandes festas e outros eventos que aglomeram muita gente. São também
aplicadas em meios de transporte, como aviões e ônibus. Atualmente, outros
produtos químicos têm substituído a soda cáustica como desinfetante mais usual.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
FLORÊNCIO, L.; BASTOS, R.K.X.; AISSE, M.M. (Coord.). Tratamento e utilização
de esgotos sanitários. Rio de Janeiro: Abes, 2006.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
ALBERONI, R. B. Hidroponia: como instalar e manejar o plantio de hortaliças
dispensando o uso do solo — Alface, Rabanete, Rúcula, Almeirão, Chicória, Agrião.
São Paulo: Nobel, 1998.
BRANCO, S.M.; ROCHA, A.A. Poluição, proteção e usos múltiplos de represas. São
Paulo: Edgard Blucher, 1979.
MOTA, F. S. B.; AQUINO, M.D.; SANTOS, A.B. (org.). Reúso de águas em irrigação
e piscicultura. Fortaleza: UFC / Centro de Tecnologia, 2007.