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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

Filipe Constantino dos Santos – R.A.: 167579

FICHAMENTO DE LEITURA DO MÊS DE ABRIL

Chapter 9: Sustainable Development Implementation

Chapter 10: Why Governance Matters?

Campinas, SP

2022
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
GE512 A – GESTÃO, GOVERNAÇA E SUSTENTABILIDAE
Profº Dr. Ruy de Quadros Carvalho

Filipe Constantino dos Santos – R.A.: 167579

FICHAMENTO DE LEITURA DO MÊS DE ABRIL

Chapter 9: Sustainable Development Implementation

Chapter 10: Why Governance Matters?

Trabalho apresentado à disciplina


GE512 – Gestão Governança e
Sustentabilidade – Turma A. Este
fichamento corresponde à uma das
leituras obrigatórias referentes ao mês de
abril.

Prof.: Dr. Ruy de Quadro Carvalho

P.E.D.: Pietro Pizão Gonzalez

P.A.D.: Nara Lages Lima

Campinas, SP

2022
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SUMÁRIO
REFERÊNCIA: .......................................................................................................................... 4
RESUMO ................................................................................................................................... 4
CITAÇÕES ................................................................................................................................. 4
Caracterização de desenvolvimento sustentável e suas interações com o mundo. .................. 5
Óleo e gás, em comparação com a mineração, envolvem maiores investimentos e tem mais
potenciais de poluição. ..................................................................................................................... 5
A definição nigeriana de contribuição local por meio das atividades do setor de óleo e gás. 6
Principais impactos das atividades de extração de óleo e gás: ................................................... 6
Impactos sociais das atividades de extração de óleo e gás .......................................................... 7
Contribuição e papéis dos stakeholders no processo de gestão das indústrias extrativistas:.. 8
COMENTÁRIOS PESSOAIS SOBRE O TEXTO .................................................................. 10
Chapter 9: Sustainable Development Implementation .............................................................. 10
9.1 Knowledge core........................................................................................................................ 10
- The larger goal defined ................................................................................................... 10
- Natural capital conversion .............................................................................................. 11
- Cross-cutting themes ....................................................................................................... 11
- The role of research in sustainable development ............................................................ 11
- Policies and rules ............................................................................................................ 11
- Governance ..................................................................................................................... 12
- Differential approach ...................................................................................................... 12
9.2. Two key challenges ................................................................................................................ 12
9.3 Challenge I: designing and implementing policies to ensure that EI sector investments
create positive and sustainable impacts ....................................................................................... 12
- The problem .................................................................................................................... 12
- The tools.......................................................................................................................... 13
9.4 Challenge 2: environmental and social impacts ................................................................... 13
- The environment ............................................................................................................. 14
- Social impacts ................................................................................................................. 14
9.5 Tools: Legal and Regulatory .................................................................................................. 14
1. Environmental and social impact assessments .............................................................. 15
2. Strategic environmental assessment .............................................................................. 15
3. Construction and operational planning ......................................................................... 15
4. Compliance standards ................................................................................................... 15

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- Environmental concerns.................................................................................................. 15
- Social concerns ............................................................................................................... 16
9.6 The Responses .......................................................................................................................... 16
9.7 Summary and Recommendations .......................................................................................... 16
Chapter 10: Why Governace Matters?......................................................................................... 16
10.1 Knowledge Core .................................................................................................................... 16
10.2 What Is Governance? ............................................................................................................ 16
10.3 Why Do Oil, Gas, And Mining Generate Specific Challenges? ...................................... 17
10.4 Response 1: Appropriate and Adequate Rules ................................................................... 17
10.5 Response 2: Effective Implementation, Monitoring, And Enforcement ........................ 17
10.6 Response 3: Accountability—Stakeholder Consultation and Participation ................... 17
10.7 Conclusions ............................................................................................................................ 18

REFERÊNCIA:
CAMERON, P. D. e STANLEY, M. C. (2017). Oil, Gas and Mining: A Sourcebook for
Understanding the Extractive Industries. WB Group, World Bank, Washington, cap. 9 e 10.

RESUMO

O capítulo nove se dedica a apresentar alguns conceitos, políticas e normas ligadas à


sustentabilidade corporativa, além de abordar os impactos ambientais, sociais e econômicos
advindos das atividades das indústrias extrativistas, que compreende o setor de óleo, gás e
mineração (extractive industries - EI, na sigla em inglês).

No último e décimo capítulo do livro, os autores enfocam na governança dos países em relação
ao desenvolvimento sustentável e suas respectivas leis e ações a serem tomadas.

A obra tem um caráter técnico e uma abrangência global. Como o próprio título do livro indica,
trata-se de um livro-guia para ajudar os gestores na implementação da boa governança e do
desenvolvimento sustentável.

CITAÇÕES

Alguns dos parágrafos mais marcantes do texto estão aqui organizados da seguinte forma:

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a) Título que dá um breve resumo da citação, a fim de facilitar futuras consultas a este
fichamento;
b) o trecho extraído diretamente da obra, seguido da referência da página em que se
encontra;
c) tradução livre da citação, entre colchetes.

Caracterização de desenvolvimento sustentável e suas interações com o mundo.

“Sustainable development entails balancing and the inter play among social, economic, and
environmental values. Often these values may seem to conflict with each other in the short term.
For example, industrial growth might conflict with protecting renewable natural resources.
However, responsible use of oil, gas, and mineral resources now will help ensure that there are
resources available for human well-being and sustained economic growth far into the future.
This confronts decision makers with difficult challenges, often involving trade-offs.” (pág. 240)

[O desenvolvimento sustentável envolve o equilíbrio e a interação entre os valores sociais,


econômicos e ambientais. Muitas vezes, esses valores podem parecer conflitantes no curto
prazo. Por exemplo, o crescimento industrial pode entrar em conflito com a proteção dos
recursos naturais renováveis. No entanto, o uso responsável de petróleo, gás e recursos minerais
agora ajudará a garantir que haja recursos disponíveis para o bem-estar humano e o crescimento
econômico sustentável no futuro. Isso confronta os tomadores de decisão com desafios difíceis,
geralmente envolvendo trade-offs.]

Óleo e gás, em comparação com a mineração, envolvem maiores investimentos e tem


mais potenciais de poluição.

“Oil, gas, and mining can be vastly different in the terms of their potential social and
environmental impacts and of their management processes. Pollution from oil spills can be
major challenges without parallels in mining (although tailings spills in large mining projects
may be an equivalent). Issues associated with artisanal and small-scale mining (ASM) are
equally important but have no parallel in the oil and gas sector. Oil and gas are almost
exclusively capital intensive, while mining has various gradations from capital intensive down
to ASM, which is labor intensive but has very little capital investment.” (pág. 241)

[Petróleo, gás e mineração podem ser muito diferentes em termos de seus potenciais impactos
sociais e ambientais e de seus processos de gestão. A poluição por derramamentos de óleo pode
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ser um grande desafio sem comparações (embora os derramamentos de rejeitos em grandes


projetos de mineração possam ser equivalentes). As questões associadas à mineração artesanal
e de pequena escala (artisanal and small-scale mining – ASM, na sigla em inglês) são
igualmente importantes, mas não têm paralelo no setor de petróleo e gás. Petróleo e gás são
quase exclusivamente de capital intensivo, enquanto a mineração tem várias gradações de
capital intensivo até ASM, que é intensivo em mão de obra, mas tem pouquíssimo investimento
de capital.]

A definição nigeriana de contribuição local por meio das atividades do setor de óleo e
gás.

“In the Nigerian Oil and Gas Industry Content Development Act, 2010, Nigerian content
(benefit) is defined as “the quantum of composite value added to or created in the Nigerian
economy by a systematic development of capacity and capabilities through the deliberate
utilization of Nigerian human, material resources and services in the Nigerian oil and gas
industry.” (pág. 243)

[Na Lei de Desenvolvimento de Conteúdo da Indústria de Petróleo e Gás da Nigéria, de 2010,


o conteúdo (benefício) é definido como “o quantidade de valor composto adicionado ou criado
na economia nigeriana por um desenvolvimento sistemático de faculdades e habilidades através
da utilização deliberada de recursos humanos nigerianos, recursos materiais e serviços na
indústria nigeriana de petróleo e gás.]

Principais impactos das atividades de extração de óleo e gás:

• “Atmospheric impacts derived from flaring and venting of excess gas, combustion
processes through the use of diesel engines and gas turbines, and fugitive gases from
operations for loading and tankage
• Aquatic impacts through the generation of liquid waste in drilling fluids, chemicals for
well treatment, drainage water, sewerage and sanitary waste, spills and leakage, and
cooling water
• Terrestrial impacts by contamination from spills or leakage, solid waste disposal, or
site construction
• Ecosystem impacts on various components of the biosphere that affect the animal
habitat, which in turn affects the ecology of the site

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• Deforestation from on-site operations; oil leakages spilling throughout the supply chain
and accidents that have polluting effects on the natural life of the area, the land, and
water; and the economic activities based on the environment, such as fishing or tourism,
over a long period
• Decommissioning of installations and structures at the end of their commercial life, a
potential source of negative environmental impacts, particularly if it involves structures
in offshore waters” (pág. 253)

• [Impactos atmosféricos derivados da queima e ventilação do excesso de gás, de


processos de combustão através do uso de motores diesel e turbinas a gás e de gases
liberados das operações de carregamento e armazenamento em tanques.
• Impactos aquáticos através da geração de resíduos líquidos em fluidos de perfuração,
produtos químicos para tratamento de poços, água de drenagem, esgoto e esgoto
sanitário, derramamentos e vazamentos e água de resfriamento.
• Impactos terrestres por contaminação de derramamentos ou vazamentos, descarte de
resíduos sólidos ou construção do local.
• Impactos ecológicos em vários componentes a biosfera, que afetam o habitat animal,
que por sua vez afeta a ecologia do local.
• Desmatamento de operações in loco; vazamentos de óleo em toda a cadeia de
abastecimento e acidentes que têm efeitos poluentes na vida natural da área, da terra e
da água; e as atividades econômicas baseadas no meio ambiente, como pesca ou
turismo, por um longo período.
• Desativação de instalações e estruturas no final de sua vida comercial, uma fonte
potencial de impactos ambientais negativos, principalmente se envolver estruturas em
águas distantes da costa (offshore)]

Impactos sociais das atividades de extração de óleo e gás

"[…] positives can include job creation, education and skills development, fostering of urban
and trade centers, and investment in the improvement of local infrastructure and services. The
challenge is to ensure that these positive impacts are sustainable. Some issues are common to
oil, gas, and mining projects: community relations, rights of indigenous peoples, the acquisition
of land and resettlement, human rights abuses, and community dependency, among others."
(pag. 256)

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[Alguns impactos positivos podem incluir a criação de empregos, educação e desenvolvimento


de habilidades, fomento de centros urbanos e comerciais, investimento na melhoria da
infraestrutura e serviços locais. O desafio é garantir que esses efeitos sejam sustentáveis.
Algumas questões são comuns aos projetos de petróleo, gás e mineração: relações comunitárias,
direitos dos povos indígenas, aquisição de terras e reassentamento, abusos de direitos humanos
e dependência comunitária, entre outros.]

Contribuição e papéis dos stakeholders no processo de gestão das indústrias


extrativistas:

1. “Parliament. Ideally responsive to, and representative of, the differing strands of public
opinion, parliaments or legislatures can play a unique role in identifying consensus
policies and legislation. They should be consulted on all key issues, but at the same time
expected to participate through the legislative and parliamentary oversight processes.
2. The Executive. The executive arm of a resource-rich government has a central role—in
preparing policies and drafting legislation as enforcing, and managing these.
Consultation with each group affected by its actions will increase the likelihood of their
acceptance and sustainability. Investor home-country governments can also play an
important role in promoting or enforcing good governance practice on the part of their
companies.
3. Industry. Beyond the investment and commercial operations roles, oil, gas, and mining
sector industries should be reaching out to the societal groups their operations most
affect, with consultations and informational programs on their plans and performance.
They should strictly observe good practice codes on the social and environmental
impacts.
4. Employees. These are the people who do the work on the ground, and it is through their
efforts that successes are achieved. Feedback from employee experience straight from
the “coalface” can be invaluable. Employees may also be represented via trade unions
for the purposes of collective bargaining and protection.
5. Civil society. Informed civil society can play a central role in educating and building
local capacity to assess government sector policies and practice as well as industry
performance and impacts, holding government and industry accountable where
inappropriate behavior or abuse is detected.

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6. International finance institutions (IFIs). IFIs can use both technical assistance and the
leverage of their lending to encourage good practice.
7. Indigenous peoples. The principle of free, prior, and informed consent has been
influential here (McKeehan and Buppert 2014): the idea is that a community has the
right to give or withhold its consent to proposed projects including EI ones if those
projects are likely to affect the lands they customarily own, occupy, or otherwise use. It
is incorporated into many international, regional, and national laws (Malaysia,
Australia, Peru, the República Bolivariana de Venezuela, and the Philippines, for
example).”

1. [Parlamento. Parlamentos ou legislaturas, idealmente responsivos e representativos de


diferentes vertentes da opinião pública, podem desempenhar um papel único na
identificação de políticas de consenso e legislação. Eles devem ser consultados em todas
as questões, mas ao mesmo tempo espera-se que participem através os processos de
fiscalização legislativa e parlamentar.
2. O Executivo. O braço executivo de um governo rico em recursos tem um papel central
- na preparação de políticas e elaboração de legislação. A consulta com cada grupo
afetado por suas ações aumentar a probabilidade de sua aceitação e sustentabilidade. Os
governos dos países de origem dos investidores também podem desempenhar um papel
importante na promoção ou aplicação de boas práticas de governança por parte de suas
empresas.
3. Indústria. Além do investimento e das operações comerciais, as indústrias do setor de
petróleo, gás e mineração devem alcançar os grupos sociais que suas operações mais
afetam, com consultas e programas informativos em seus planos e atuações. Elas devem
observar rigorosamente os códigos de boas práticas no âmbito social e de impactos
ambientais.
4. Funcionários. Estas são as pessoas que fazem o trabalho no terreno, e é através de seus
esforços que os sucessos são alcançados. O feedback da experiência do funcionário pode
ser inestimável. Os funcionários podem também ser representados através de sindicatos
para fins de negociação coletiva e proteção.
5. Sociedade civil. A sociedade civil informada pode desempenhar um papel central na
educação e construir a capacidade local para avaliar o governo em suas políticas e

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práticas no setor, bem como o desempenho da indústria e impactos, responsabilizando


o governo e a indústria onde é detectado comportamento inadequado ou abusivo.
6. Instituições financeiras internacionais (IFIs, na sigla em inglês). As IFIs podem usar
tanto assistência técnica, quanto a alavancagem de seus empréstimos para incentivar
boas práticas.
7. Povos indígenas. O princípio do livre, prévio e informado consentimento é influente
neste ponto (McKeehan e Buppert 2014): a ideia é que uma comunidade tem o direito
dar ou negar seu consentimento a projetos propostos, incluindo a Indústria Extrativista
(EI) se esses projetos forem susceptíveis de afetar as terras que eles habitualmente
possuem, ocupam ou usam de outra forma. Está incorporado em muitas leis
internacionais, regionais e nacionais (Malásia, Austrália, Peru, República Bolivariana
de Venezuela e Filipinas, por exemplo).]

COMENTÁRIOS PESSOAIS SOBRE O TEXTO

Cada seção dos capítulos estudos do livro (9 e 10) estão replicados a seguir, contendo um breve
comentário de seu principal conteúdo.

Chapter 9: Sustainable Development Implementation

9.1 Knowledge core

A implementação do desenvolvimento sustentável requer stakeholders. A integridade dos


ecossistemas em áreas ricas em biodiversidade precisa ser protegida, assim como os interesses
dos pobres, vulneráveis e comunidades marginalizadas precisam ser reconhecidas no
planejamento. Esse planejamento deve constar logo nas partes inicias dos projetos. Se isso ficar
para os estágios finais do programa, geralmente não será implementado.

- The larger goal defined

O conceito de desenvolvimento sustentável pode variar de pessoa para pessoa, mas a concepção
mais geral é a definida pelo Relatório de Brundtland (1987,41): “Development that meets the
needs of the present without compromising the ability of future generations to meet their own
needs.” [“Desenvolvimento que leva em conta as necessidades do presente sem comprometer
a habilidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades”]. Atualmente,
esse conceito está mais associado às 17 metas de desenvolvimento sustentável da ONU.
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A implementação do desenvolvimento sustentável não está bem definida, contendo uma série
de caminhos opcionais. Entre as diversas formas de se contribuir para a sustentabilidade, o
modo como a exploração não-renovável de capital natural contribui é conhecido como
"nonrenewable natural capital conversion".

- Natural capital conversion

É a transformação de uma classe de investimentos extrativos na forma de benefícios humanos,


ou seja, capital natural não renovável na forma de óleo, gás e minerais convertidos em
contribuições sociais, como a criação de oportunidades e meios de vida mais sustentáveis para
as comunidades. O processo deve induzir um tipo de desenvolvimento econômico e social de
forma que se seja sustentável, que minimize os impactos ambientais e maximize os benefícios
em suas áreas de atuação.

O desenvolvimento sustentável balanceia entre os dilemas de melhorar as condições vida das


populações numa interrelação com o meio ambiente ao mesmo tempo que entra em conflito
com o crescimento econômico industrial, que por vezes, demanda a utilização de áreas que
precisam ser ecologicamente protegidas. Os tomadores de decisões se deparam com grandes
desafios, que geralmente envolvem trocas de interesses, os chamados trade-offs.

- Cross-cutting themes

É bem errado conceber as boas práticas de sustentabilidade somente apenas quando os


processos de produção estivem sob controle. As políticas de sustentabilidade devem ser
pensadas completamente desde o princípio para tratar os desafios, além disse, elas precisam se
desenvolver continuamente.

- The role of research in sustainable development

A necessidade das pesquisas é garantir ganhos positivos para o bem estar dos humanos e do
meio ambiente. Onde há dúvida sobre o potencial de alcançar as metas de sustentabilidade por
meio de investimento, então tais recursos são resguardados.

- Policies and rules

As noções de "boa prática" e "good-fit practice" são insuficientes para responder as demandas
dos problemas. Elas devem ser trocadas por "melhor prática".
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- Governance

Em todos os países, o fortalecimento de governos, instituições, leis e políticas regulatórias são


críticas para a efetividade do desenvolvimento de práticas sustentáveis. Como os benefícios
dessas práticas atingem as comunidades devem ser vigiados pelos administradores. Esses
desafios são examinados no capítulo 10.

- Differential approach

O presente capítulo faz três distinções entre os problemas que são tratados nas indústrias
extrativas, que são as atividades mineradoras e de hidrocarbonetos; os impactos sociais e
ambientais; e os ciclos de vida de determinadas atividades.

O setor de óleo e gás podem ser vastamente diferente do setor de mineração em seu potencial
de impactos ambientais e gerenciamento de processos. Diferentemente da mineração, que pode
ocorrer em pequena escala e até em processos manufaturados, as indústrias extrativas de óleo e
gás precisam de grandes investimentos.

9.2. Two key challenges

Entre os diversos desafios de sustentabilidade do setor extrativista, dois têm grande


importância:

• Como os governos podem ter a certeza que de as práticas sustentáveis vão levar a um
desenvolvimento econômico. (seção 9.3)
• Como as políticas de desenvolvimento sustentável podem, de fato, contribuir para
evitar, minimizar, gerenciar e mitigar os impactos sociais e ambientais de suas
atividades extrativistas. (seção 9.4)

9.3 Challenge I: designing and implementing policies to ensure that EI sector


investments create positive and sustainable impacts

- The problem

Debates e pesquisas têm focado no papel que as políticas públicas tem na implementação de
investimentos das indústrias extrativistas nos países que hospedam suas atividades.

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Ao invés de oferecer uma gama de benefícios, muitas operações extrativistas têm se


concentrado em ilhas remotas, em "offshores", longe dos centros populacionais. Contudo,
segundo o autor, o foco de alguns governos tem mudado para encontrar meios das indústrias
extrativistas se envolverem na economia local. Por exemplo, em países cercados por terras,
como a Mongólia, o desenvolvimento de um sistema de transporte para o escoamento da
produção de mineração é essencial para o desenvolvimento do setor extrativista, enquanto que
a construção desse sistema geraria empregos e aqueceria a economia local.

- The tools

Os estágios de desenvolvimento do setor de extração mineral e de hidrocarbonetos em seus


respectivos países é uma chave para a promoção de políticas e práticas de desenvolvimento
sustentável em nível local.

A criação de empregos e o crescimento de pequenos e médios negócios são componentes


centrais dos benefícios conduzidos por investimentos extrativistas.

As indústrias do setor de óleo, gás e mineração são, geralmente, vistas como empresas
transnacionais que pouco contribuem para a economia local. Em resposta à essa percepção
generalizada, a implementação de uma política de benefício local (também referida na literatura
como "local content") busca criar valor agregado em qualquer lugar da economia doméstica,
como resultado das ações do investidor estrangeiro.

Uma empresa pode ser considerada “local” de acordo com seu local de registro, o percentual
de trabalhadores nacionais, entre outros fatores.

9.4 Challenge 2: environmental and social impacts

A visão convencional é que o impacto ambiental e social da mineração é maior que a do setor
de hidrocarbonetos. Contudo, com a rápida expansão desse setor no começo do século XXI,
muitas companhias de petróleo e gás têm se juntado à indústria internacional de mineração
projetando e publicando melhores práticas sustentáveis.

Uma abordagem de punições legais é mais comum às empresas que não agem em "compliance"
aos riscos ambientais. Já as penalidades para os riscos sociais é menos usual. A razão para isso

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é que os impactos ambientais são mais bem conhecidos e mensuráveis, ao passo que os impactos
sociais são mais complexos e menos quantificáveis.

- The environment

As boas práticas em gerenciamento de impactos ambientais de atividades extrativistas


envolvem o desenvolvimento dinâmico e constante de toda uma estrutura regulamentadora.

Alguns impactos ambientais são mais fáceis de serem identificados, enquanto outros são menos
conhecidos e dependentes de investimentos que passam dos estágios iniciais de exploração para
o completo desenvolvimento.

Alguns impactos sociais são mais complexos e difusos e as ferramentas usadas para tratar esses
impactos são menos testadas do que as voltadas para impactos ambientais.

De modo geral, quanto maior é o projeto, tanto maiores são os riscos de impactos ambientais.

O setor de óleo e gás lida com impactos ambientais até mesmo nos primeiros estágios dos
investimentos. Por exemplo, testes sísmicos e perfuração de poços de exploração geram
poluição sonora que desorienta a vida marinha, afetando seu comportamento e descolamentos.

- Social impacts

Os impactos socias decorrentes das indústrias extrativistas variam de acordo com a duração de
vida do projeto, que podem ser positivos e negativos.

9.5 Tools: Legal and Regulatory

Do ponto de vista da sustentabilidade, as leis e regulações são importantes para antecipar ações
que minimizem ou evitem impactos sociais e ambientais. Normalmente, elas estipulam os
processos por quais os vários dados, avaliações de impacto e planos de gestão serão revistos e
por quem.

Segundo o autor, as quatro seguintes ferramentas regulatórias têm importância particular:

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1. Environmental and social impact assessments

As Avaliações de Impactos Sociais e Ambientais (ESIAs, na sigla em inglês) têm se tornado


pré-projetos de planejamento padrão para auxiliar na antecipação de impactos, nas propostas
de ações para sua gestão e mitigação e para o monitoramento do "compliance" (cumprimento
das normas).

Aliados à programas de responsabilidade social corporativa, as ESIAs são voluntárias em


alguns países e obrigatória em outros, cujos resultados podem moldar ou até mesmo impedir
um projeto de sua evolução.

2. Strategic environmental assessment

A Avaliação Estratégica Ambiental foca mais em diretrizes políticas, diferentemente do ESIA,


que se atenta mais ao projeto. É uma ferramenta de governança que avalia os riscos ambientais
e as oportunidades das propostas, sejam elas políticas, planos ou programas.

3. Construction and operational planning

O Plano de Gestão de Impactos Ambientais e Sociais do Patrocinador (ESMP, na sigla em


inglês) é também um recurso padrão de regulação do moderno setor de regulação das indústrias
extrativistas. Com base no ESIA, o ESMP tem foco na gestão e no cumprimento das condições
estabelecidas no processo de aprovação de projetos.

4. Compliance standards

Seu objetivo é fornecer um padrão mínimo para apoiar a tomada de decisão de risco responsável
com diligência. Além disso, há uma série de Normas da Organização Internacional de Padrões
(ISO) sobre gestão ambiental, incluindo o padrão altamente influente ISO 14001.

- Environmental concerns

Duas áreas de preocupação ambiental relacionadas ao petróleo e gás são particularmente dignas
de nota: limpeza e descomissionamento (desligamento). Eles surgem quando as operações dão
errado ou onde se aproximam do fechamento para fins comerciais ou motivos de exaustão de
recursos. Em cada caso, há um corpo de regras jurídicas e boas práticas, às vezes não muito

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coesas, mas sempre relevante para os formuladores de políticas na concepção de ferramentas


para prevenção e mitigação.

- Social concerns

Embora nem todos os impactos sociais sejam passíveis de regulamentação, requisitos


relacionados à mitigação de riscos sociais devem ser incluídos em leis e regulamentos para
garantir que eles sejam implementados de maneira ordenada e responsável. Esses requisitos
incluem notificação da comunidade, divulgação de informações, consulta à comunidade,
aquisição de terras, compensação e reassentamento involuntário.

9.6 The Responses

9.7 Summary and Recommendations


Os capítulos 9.6 e 9.7 abordam ações e recomendações a serem tomadas a respeito das leis e
regulações citadas no capítulo 9.

Chapter 10: Why Governace Matters?

10.1 Knowledge Core

A abordagem do autor neste livro é de tratar a governança “como a capacidade de um governo


de fazer e impor regras e prestar serviços, independentemente se o governo é democrático ou
não”

Outra abordagem do autor, é considerar que todo país não só é soberano, mas também tem uma
combinação única de circunstâncias em relação ao potencial das atividades de petróleo, gás e
mineração; e que a governança acabará por ser moldada por esta constelação nacional de
fatores.

10.2 What Is Governance?

Elementos chave para a definição de governança no setor de óleo, gás e mineração são as
seguintes:

- Conteúdo apropriado e adequado das regras.

- Implementação, monitoramento e aplicação eficazes das regras.

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- Responsabilidade dos atores que fazem as regras (accountability).

10.3 Why Do Oil, Gas, And Mining Generate Specific Challenges?

Os desafios estão em duas áreas:

- As particularidades do petróleo, gás, e investimentos em mineração e

- a movimentação de investidores nessas indústrias em novos países e regiões.

10.4 Response 1: Appropriate and Adequate Rules

O autor observa que há uma grande variedade de padronização no setor de petróleo, gás e
mineração, com contratos modelo particularmente comuns no setor de petróleo e gás. O
conteúdo de tais acordos pode diferir, mas muitos dos títulos são bem semelhantes.

As leis do petróleo mostram uma diversidade considerável e muitas vezes são muito mais breves
em escopo do que é normalmente encontrado no setor de mineração, onde (e talvez como
resultado) acordos tendem a desempenhar um papel diferente em muitos casos.

10.5 Response 2: Effective Implementation, Monitoring, And Enforcement

Sem as instituições apropriadas para monitorar o cumprimento das leis e normas, os esforços
em compliance terá poucas chances de sucesso. Os sistemas de governança de supervisão
podem assumir várias formas.

Uma abordagem que pode ser mais adequada para países menores, com capacidade limitada, a
abordagem das autoridades governamentais é de prescrição ou auditorias. Para países onde há
mais capacidade, os requisitos na legislação podem ser complementados aumentando as
responsabilidades sobre o operador para trabalhar com códigos de conduta e o cumprimento de
acordados com as autoridades governamentais.

10.6 Response 3: Accountability—Stakeholder Consultation and Participation

Identificar as partes interessadas, buscar sua participação, e consultá-las em agendas de reforma


ou de boa governança em todos os elos da Cadeia de Valor da Indústria Extrativista (EI Value
Chain) são ações fundamentais para a gestão bem-sucedida do petróleo, gás e setores de
mineração e seus impactos.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
GE512 A – GESTÃO, GOVERNAÇA E SUSTENTABILIDAE
Profº Dr. Ruy de Quadros Carvalho

Segundo o autor, cada stakeholder contribui para o processo de gestão das indústrias
extrativistas atuando em diferentes e complementares papéis. Exemplos de stakeholders:
Parlamento, Executivo, indústria, sociedade civil, instituições financeiras internacionais, povos
indígenas, entre outros.

10.7 Conclusions
O livro tenta promover e ajudar a padronizar boas prática em toda a Cadeia de Valor do setor
de óleo, gás e mineração; levando em consideração os muitos contextos em que esse setor está
inserido. O autor se propõe a ajudar os governos a alcançar seus objetivos de transformação
social e econômica na busca um alto padrão de boa governança.

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