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ESTÉTICA E EDUCAÇÃO
Desconstrução dos padrões
estéticos no ambiente escolar
Toledo - PR
2018
Copyright 2018 by
Organizadores
EDITORA:
Daniela Valentini
CONSELHO EDITORIAL:
Dr. José Aparecido Pereira - PUCPR
Dr. José Beluci Caporalini – UEM
Dr.ª Lorella Congiunti – PUU-Roma
REVISÃO FINAL:
Prof. Ademir Menin
CAPA, DIAGRAMAÇÃO E DESIGN:
Junior Cunha
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
1. Filosofia. 2. Fenomenologia. 3.
Pedagogia. 4. Arte. 5. Ética. I. Título.
Editora Vivens
Conhecer é Poder!
Fone: (45) 3056-5596
Site: http://www.vivens.com.br
E-mail: contato@vivens.com.br
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...........................................................................13
PRIMEIRA PARTE
Conferências
SEGUNDA PARTE
Artigos
IX DO RESPEITO REFLEXIVO
uma perspectiva ética
Gustavo Henrique Martins ........................................................... 147
XI GUERRA E PAZ
o problema da guerra e as vias da paz no pensamento de Norberto
Bobbio(1909-2004)
Valdenir Prandi
José Dias ........................................................................................ 175
XXIII WESTWORLD
sob a teoria estética de Edmund Burke
Daniel Du
Bernardo Sakamoto ....................................................................... 317
TERCEIRA PARTE
Resumos
II A EDUCAÇÃO (DES)CONSTRUÍDA
uma reflexão a partir de Marcuse
Eli Schmidtke ................................................................................ 349
X FILOSOFIA E VESTIBULAR
um olhar sobre o ensino de filosofia em instituições particulares
Marcos Fernando de Souza Máximo ............................................ 373
Boa leitura!
Bernardo Sakamoto
Coordenador da XXI Semana de Filosofia
Toledo, maio de 2018.
PRIMEIRA PARTE:
Conferências
I
Silvana de A. Vaillões*
*
UNIOESTE.
18 Estética e Educação
aceita o tratamento, ela deve ser banida, afinal, ninguém quer ver
uma pessoa que não está nem lá e nem cá, que fica transitando
entre as duas caixas possíveis de gênero.
Foucault (1988) afirmava:
1
Disponível em: https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,numero-de-
assassinatos-de-pessoas-trans-no-brasil-e-o-maior-em-dez-anos,70002167595.
Acesso em: 06 de junho de 2018.
A construção da expressão de gênero... 25
2
Disponível em: http://www.transempregos.com.br/. Acesso em 06 de junho
de 2018.
3
90% das pessoas trans, no decorrer da via, confessam ter que recorrer à
prostituição. Sem visões moralistas, a prostituição é apenas considerada uma
profissão como outra qualquer, mas que deveria ser exercida por opção e não
por imposição, como é o caso da maioria das pessoas trans.
28 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
*
UNIOESTE.
1
O texto resulta de reflexões e análises realizadas no âmbito das seguintes
pesquisas: "Ser negro nas vozes da escola" desenvolvida no mestrado em
educação pela Universidade Federal do Ceará (NYAMIEN,1999) e da pesquisa "
Tessituras da cor da cultura: em cena, os episódios televisivos da série nota 10"
realizada no doutorado em educação pela Universidade Estadual de Maringá
(NYAMIEN, 2016).
30 Estética e Educação
2
Consultar o Relatório da Pesquisa Nacional “Práticas Pedagógicas de Trabalho
com Relações Étnico-Raciais na Escola na Perspectiva da Lei 10.639/2003”,
apoiada e financiada pelo Ministério da Educação/Secretaria de Educação
Continua da, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e pela
representação da UNESCO no Brasil.
Racismo no ambiente escolar... 31
- Sim, mas ela sendo uma menina e negra fica mais feio ainda.
Sabe, ela não se valoriza, não valoriza a raça dela... devia ter mais
cuidado ainda que fosse branca...
(...) Ora, porque os outros já acham que a menina preta nasce
pra ser prostituta e ela ainda reforça isso. Minha filha, onde o
tambor bate forte é preciso se dar mais valor. (GIVIGI, 2011,
p.167).
REFERÊNCIAS
*
UNIOESTE; E-mail: pricardo_psi@hotmail.com.
**
UNIOESTE.
52 Estética e Educação
ciência das ciências, que terá como objeto aquilo que autentica a
ciência como sendo uma ciência. Apenas por meio de tal doutrina
e que se poderá fornecer e elucidar a fundamentação essencial de
uma ciência em geral, devido a esses fundamentos encontrarem-se
sem uma elucidação adequada pelas ciências particulares é que há
uma imperfeição teórica das ciências (HUSSERL, 2005 [1900], p.12).
Husserl demostra a importância de fundamentações para o
conhecimento que ultrapasse o imediatamente evidente, por isso,
torna-se tão necessário às ciências uma “doutrina da ciência, uma
lógica” (HUSSERL, 2005 [1900], p.12, grifo do autor). Santos (2010,
p.104) expõe que a lógica surge como a teoria de todas as teorias
possíveis, ou como ciência ou teoria das ciências em geral.
Oferecendo uma fundamentação verdadeira e universal que não se
restringe ao domínio particular do conhecimento, mas sim a
possibilidade do conhecimento geral. Assim, Husserl (2005 [1900],
p.18) considera a lógica como teoria das ciências, sendo necessário
delimitar a ação que possibilita ser uma disciplina de
fundamentação das ciências.
Entretanto, Husserl aponta quatro questões
tradicionalmente controversas para a delimitação da lógica,
questões estas que estão intimamente ligadas, fazendo com que a
tomada de posição por uma, influencie e condicione a tomada de
posição das restantes, a saber:
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
*
UNIOESTE; E-mail: rafa-salles@hotmail.com.
**
UNIOESTE.
66 Estética e Educação
[…] os mano da correria que se envolve com o rap, curti esse rap,
é resgatado pelo rap […].
(CRIOLO, Sapatinho. Ainda há tempo. Oloko, 2016).
1
Mauro Mateus dos Santos (São Paulo, 3 de abril de 1973 — São Paulo, 24 de
janeiro de 2003) foi um cantor, compositor, rapper e ator brasileiro.
A legitimidade da estética popular... 75
2
Técnica musical utilizada para produzir sons ao "arranhar" o disco de vinil
para frente e para trás repetidas vezes. Criado em 1978, é comumente associado
ao hip hop, mas atualmente é usado em diversos estilos - entre eles o pop.
A legitimidade da estética popular... 79
com a vida. Porém para Adorno, as normas da arte não têm outra
função senão estar a serviço da própria arte, Adorno, defende
justamente o contrário do que o Rap afirma, para ele, embora a
arte seja enraizada no real na vida material e social, ela se define e
se justifica apenas pelo fato de "se diferenciar da realidade perversa"
(ADORNO apud SHUSTERMAN, 1998, p. 132) de nosso mundo, "se
alguma função social pode ser atribuída à arte, é sua qualidade de
não ter função nenhuma" (Ibid, p. 132).
Esse argumento dirigido contra a arte popular depende da
premissa de que a arte e a vida podem e devem ser opostas e
separadas. Mas apesar desta visão secular da filosofia estética, por
que deveríamos aceita-la? Porque ignoramos durante tantos anos
a estética pragmatista de Dewey, e sua tentativa de construir
argumentos para aproximação da arte à vida. Se desconsiderarmos
a questão dos preconceitos filosóficos, veremos que a arte
constitui parte da vida, assim como a vida constitui a arte. Tanto
como objeto ou como experiência, as obras de arte habitam o
mundo e modificam nossas vidas. A arte popular, não precisa
especificamente de uma teoria estética, pode ser legitimada
apenas pelas experiências que fornece, pela audição, pela visão e
pelas críticas que realiza.
Falar desta maneira, mencionando exemplos breves
dificilmente constitui uma prova convincente de que a arte
popular tenha essas qualidades, talvez a única maneira de provar
isso e responder a todas as acusações, seja mostrar concretamente
que as obras de arte populares apresentam, na realidade, valores
estéticos, sociais e políticos. E isto só pode ser feito pelo estudo de
obras existentes em gênero específico: O RAP.
80 Estética e Educação
3
ONG Fundada pelo DJ Afrika Bambaataa, que nos anos 70 foi responsável pela
união das gangues em prol do bem comum, visando o hip-hop e o
conhecimento como saída a dos jovens da criminalidade, drogas e etc...
4
Gangue de rua afro-americana que inicio no Bronx no final dos anos 1960.
A legitimidade da estética popular... 81
[Leal]
Rap é ritmo e poesia
Eu não sei o que tem a ver com pagar de malandro
E eu não me perco entre palavras, não me afirmo em fantasia
Sou pior que cês esperava, revolução com raiva, anarquia.
(Raillow | Xamã | LK | Choice | Leal | Síntese | Ghetto | Lord.
Pineapple Supply e Brainstorm Estúdio, 2017).
5
Cypher no rap tem objetivo de reunir MCs, sendo eles de grupos ou artistas
solos, para rimas inéditas e com uma conexão de palavras mais complexas, com
um DJ responsável pelo beat.
6
Sample, em inglês, significa “amostra”. Quando se usa um som já gravado de
algum instrumento ou trechos de outra musica, adicionando a uma nova
composição.
82 Estética e Educação
7
O Freestyle, nome em inglês significa estilo livre, é um gênero musical,
vertente do Rap, nascido nos Estados Unidos nos anos 1980, que se caracteriza
por letras improvisadas do MC.
86 Estética e Educação
8
Rodrigo Augusto de Campos (1977) é um cantor, compositor, violinista,
cavaquinista e percussionista brasileiro. Em 2013 ganhou o 24º Prêmio da
Música Brasileira na categoria Revelação, por seu disco Bahia Fantástica.
88 Estética e Educação
Passageiro do Brasil,
São Paulo,
Agonia que sobrevivem,
Em meia zorra e covardias,
Periferias,vielas,cortiços,
Você deve tá pensando,
O que você tem a ver com isso?
Desde o início,
Por ouro e prata,
Olha quem morre,
Então veja você quem mata,
Recebe o mérito, a farda,
Que pratica o mal,
[Funkero]
Favela vive no coração de cada morador
Na lembrança de cada vida que a guerra levou
Somos a tribo perdida, trazida de longe
Somos filhos da lama, Brasil que a mídia esconde
Nos entopem de pólvora, coca, esgoto a céu aberto
E quilombos de madeirite e concreto
O futuro chegou e ainda usamos corrente
Escravizados através do tráfico de entorpecente
Nos empurram todo dia goela a abaixo
Ódio, medo, desespero e incentivo à violência
Dizem que somos bandidos
Mas quem mata usa farda e exala despreparo e truculência.
(Favela Vive 2 (Cypher) – ADL, BK, Funkero e MV Bill. ESFINGE,
2016).
REFERÊNCIAS
Charnas, Kurtis Blow, Ice T, Ice Cube, Shad, Bil Adler. CANADÁ:
Banger Films, 2016. Quatro episódios (50min) cada.
*
UNIOESTE; E-mail: josiel.camargo@outlook.com.
**
UNIOESTE.
1
VAN FRAASSEN, 1980, p. 41-69
2
VAN FRAASSEN, 1980, p. 97-157
94 Estética e Educação
3
HACKING, I. Representing and Intervening. New York: Cambridge University
Press, 1980.
A noção de explicação... 95
REFERÊNCIAS
Diogo Massochin*
*
UNIOESTE; E-mail: tapiocadesalsicha@yahoo.com.br
102 Estética e Educação
1
NIETZSCHE, F. W. Genealogia da moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia
das Letras, 1998, p. 12. Essa obra, doravante, será citada como GM, e a referida
página.
A questão ética do “bom”... 103
2
MATTEO, V. Di. Nietzsche, pensador da modernidade. Cadernos Nietzsche, v.
27, 2010, p. 123.
3
GM, p. 19.
4
Ao evocar a morte de Deus, Nietzsche faz uma crítica a divisão entre mundo
suprassensível e mundo sensível, caracterizando esse evento (a morte de Deus)
como algo necessário para a modernização do mundo e obrigando os
pensadores a mudar os seus pontos de vista morais de Deus para outros valores.
Cf. ARALDI, C. L. Para uma caracterização do niilismo na obra tardia de
Nietzsche. Cadernos Nietzsche, v. 5, 1998, p. 77.
104 Estética e Educação
5
GM, p. 22.
6
GM, p.25.
7
GM, p. 28.
8
ARALDI, 1998, p. 80.
A questão ética do “bom”... 105
negação que lhe é dada por ser “mau”, ela nega esse ser “mau”
caracterizado por um estranho, por um de fora, e nega a própria
moral nobre – ou seja: a sua ação é no fundo uma reação9. E essa
reação, essa negação, é o seu ato criador10. Entretanto, devem
haver ressalvas quanto a essa mudança de padrão moral, pois esses
progressos devem ser vistos como retrocessos morais; e todas
essas mudanças trarão um reflexo na cultura europeia no período
em que Nietzsche escreve: ele constatará que toda essa cultura
está infectada: é o mal moderno11. Essa transição de valores da
moralidade demonstra que ela não é estática, podendo
transmutar-se de acordo com a ocasião. Se ela se transforma de
acordo com o contexto observado, ela não é fruto de algo
transcendental ou algo divino; ela é feita de acordo com a vontade
dos homens. E é essa a questão que Nietzsche tenta nos colocar:
como poderiam os valores morais mudarem, sendo que a
moralidade deve ser suprassensível? E se ela já mudou uma vez,
não poderia mudar novamente e, assim, passarmos a viver sobre
valores morais diferentes dos que presenciamos ontem? Questões
que deixamos sem resposta nesse trabalho, mas que encorajamos
os mais ousados a buscarem as suas respostas.
No excerto 14 desse capítulo12, Nietzsche faz uma paródia
de como os ideais morais são fabricados na Terra. Evidentemente
ele faz uma ácida sátira aos cristãos, pois, como ele mesmo sugere,
“os fracos são realmente fracos”13. Mas, mesmo com essa mudança
de perspectiva na moralidade que ocorrera, ele não concebe esses
“descendentes da escravatura” como os portadores da cultura
europeia (e, por consequência, ocidental) de sua época14. Mas,
então, de que valeria essa moral? A moral, no espectro
Nietzschiano, seria um antídoto ao niilismo15, ou, em outras
9
GM, p. 29.
10
ARALDI, Idem.
11
MATTEO, 2010, p. 126-7.
12
GM, p. 37-9.
13
GM, p. 37.
14
GM, p. 34.
15
Conceito fundamental na filosofia de Nietzsche, que não será profundamente
abordado aqui.
106 Estética e Educação
16
ARALDI, 1998, p. 79.
17
GM, p. 43.
A questão ética do “bom”... 107
REFERÊNCIAS
A SANTÍSSIMA TRINDADE
EM TOMÁS DE AQUINO (1225-1274)
*
UNIOESTE; E-mail: filipebrustolin@hotmail.com.
**
UNIOESTE.
110 Estética e Educação
INTRODUÇÃO
1
Cf. Cf. S. T. I-I, q. 12, art. 13, p. 101-102.
2
Cf. Ibidem, art. 12, corpus, p. 100.
112 Estética e Educação
3
Cf. S. T. I-I, q. 11, art. 3, p. 85-86.
4
Cf. Ibidem, q. 3, art. 1-2, p. 41-43.
5
Cf. Ibidem, art. 3, p. 43-44.
6
Mais informações nas referências bibliográficas.
A santíssima trindade... 113
7
Cf. S. T. I-I, q. 27, art. 1, corpus, p. 214.
8
Cf. S. C. G., IV, XI, 9, p. 627
114 Estética e Educação
9
Ibidem, XIX, 2, p. 645.
10
Cf. S. T., I-I, q. 27, art. 4, corpus, p. 218.
11
Cf. S. C. G., IV, XIX, 7, p. 646.
A santíssima trindade... 115
12
Cf. Ibidem, IV, XI, 7, p. 626-627.
13
Cf. Ibidem, IV, XI, 16, p. 629-30.
14
Cf. Ibidem, IV, XIX, 9-11, p. 646-647.
116 Estética e Educação
15
Cf. S. C. G., IV, XIX, 4, p. 646.
A santíssima trindade... 117
16
Cf. ARISTÓTELES. Órganon: Categorias, c. IV, p. 41.
17
Cf. FEDELI, Orlando. Das Processões Divinas, Relações em Deus. Disponível
em: <http://www.montfort.org.br/bra/cadernos/religiao/processoes/>. Acesso
em: 28 de maio 2018.
118 Estética e Educação
18
Cf. S. C. G., IV, XV, 12, p. 638.
A santíssima trindade... 119
REFERÊNCIAS
“Cogito, ergo sunt”, é uma frase que vai marcar a vida deste
filosofo, no entanto, não será ela lançada precocemente, pois ela
virá apenas mais tarde, depois de muitos pensamentos e reflexões
sobre essa dúvida.
A dúvida dele, como pode perceber, surge por meio de um
questionamento da realidade com um olhar profundamente
filosófico, que surge certamente, após vários dias frios a qual
estava encurralado em uma tenda por conta deste evento
climático.
Com certeza, foi aí, com esses pensamentos que o filosofo
passa a desconfiar de tudo, até de sua própria existência, tendo em
vista que sua primeira afirmação se dá por meio do seu
pensamento, onde ele cai em si e nota que não é possível negar
quem o possibilita raciocinar.
Ao duvidar de tudo, Descartes nega até mesmo o seu
próprio corpo, e após ele comprovar sua existência por meio do
espírito, ele tenta julgar aquilo que nós denominamos como
corpo.
A visão dos sentidos e a distinção... 125
REFERÊNCIAS
file:///C:/Users/marce/Desktop/dist%20corpo%20e%20alma%20
Descates.pdf. Acesso em: 18 de outubro de 2017
*
CEEP - Pedro Boaretto Neto; E-mail: katleen.viana@ceepcascavel.com .br.
**
CEEP - Pedro Boaretto Neto.
132 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
*
UNIOESTE; E-mail: pemarcelo@outlook.com.
**
UNIOESTE.
138 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
DO RESPEITO REFLEXIVO:
uma perspectiva ética
1
El País, Brasil.“As redes sociais estão dilacerando a sociedade, diz um ex-
executivo do Facebook”. Link nas referências.
2
BURNIER, José Roberto. “Usar celular na direção é a terceira causa de
mortes no trânsito do Brasil”. Link nas referências.
150 Estética e Educação
3
Esquirol, professor e pesquisador espanhol, ousou tratar de ambos os
conceitos no livro que deu vida a este artigo.
4
Filósofo e professor de filosofia na Universidade de Barcelona.
5
Título original: “El respeto o la miranda atenta – Una ética para la era de la
ciencia y la tecnologia” 2006, Editorial Gedisa S.A.
Do respeito reflexivo... 151
6
2008, pg. 54.
152 Estética e Educação
7
2008, pg. 48.
8
2008, pg. 48-49.
Do respeito reflexivo... 153
9
2008, pg. 09.
10
2008, pg. 13.
154 Estética e Educação
11
Segundo o filósofo, esta humildade mostra a grande importância dos valores
cristãos na história do pensamento ocidental. A essência daquilo que somos
reside então na humildade, fechando o ciclo ético do respeito com uma
proposta moral que parece tratar um particular como universal.
Do respeito reflexivo... 155
12
2008, pg. 19.
13
Vemos aqui no Brasil duras críticas a filosofias midiáticas, expressadas por
professores e especialistas nas colunas de jornais, em conferências e entrevistas;
porém (apesar de parecer estar me distanciando do assunto) esse modo de fazer
filosofia em meio à vida, torna-se acessível e concreto para toda comunidade,
seja acadêmica, intelectual ou social e, simultaneamente, não diminui o caráter
substancial da filosofia. Conceitos que dizem respeito ao nosso cotidiano
também precisam ser fabricados por filósofos, e estes são tão tocantes quanto
os conceitos fabricados nos cumes das montanhas espinhentas, de difícil acesso
e que nada nos dizem ou nos tocam. A filosofia não para!
14
BUJALANCE, Pablo. Guardar silencio y caminhar son hoy día dos formas
de resistencia política”. Link nas referências.
156 Estética e Educação
REFERÊNCIAS:
15
Termo usado por Nuccio Ordine em “A utilidade do inútil: um manifesto”.
X
*
UNIOESTE; E-mail: gabriel.a.barbieri@hotmail.com.
**
UNIOESTE.
158 Estética e Educação
INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS
1
“Sátira” X do poeta Juvenal.
XI
GUERRA E PAZ:
o problema da guerra e as vias da paz
no pensamento de Norberto Bobbio (1909-2004)
Valdenir Prandi*
José Dias**
*
UNIOESTE; E-mail: pnmeval@hotmail.com.
**
UNIOESTE.
176 Estética e Educação
INTRODUÇÃO
Quem entra num labirinto sabe que existe uma via de saída, mas
não sabe qual das muitas vias que se abrem às vezes diante de si
levam a ela. Ele avança tateando. Quando encontra uma via
bloqueada volta atrás e toma outra. Às vezes a via que parece
mais fácil não é a mais correta; outras vezes, quando acredita
estar mais próximo da meta, está mais longe, e basta um passo
em falso para voltar ao ponto de partida (BOBBIO, 2003, p. 50).
178 Estética e Educação
si só, não pode garantir uma vida social perfeita, onde os homens
vivem felizes e prósperos.
A paz é considerada uma das condições para a realização
de outros valores, considerados superiores, como a justiça, a
liberdade e o bem-estar, o bem que a Paz defende é o bem da vida,
o maior dos bens, a vida é um bem, posto continuamente em
confronto com outros bens, como a liberdade, considerada
superior à vida.
A diferença entre o estado de natureza e a sociedade
civilizada é que, no estado de natureza, o temor é recíproco, ao
passo que, na sociedade civilizada, o temor é de todos em relação
a um. Bobbio deixa transparecer claramente em seus textos a
concepção dos direitos do homem como direitos históricos,
pertencentes a uma época e lugar, nascidos em certas
circunstâncias, de modo gradual, “não todos de uma vez e nem de
uma vez por todas” (BOBBIO, 1992, p. 5); para ele os direitos do
homem constituem uma classe variável “como a história destes
últimos séculos demonstra suficientemente. O elenco de direitos
do homem se modificou, e continua a se modificar, com a
mudança das condições históricas” (BOBBIO, 1992, 18). O Autor é
claro ao dizer que não há um fundamento absoluto, por que soa
direitos que variam conforme a época e cultura, prova que são
direitos fundamentais por natureza: “O problema fundamental em
relação aos direitos do homem, hoje, não é tanto o de justificá-los,
mas o de protegê-los. Trata-se de um problema não filosófico, mas
político” (BOBBIO, 1992, p. 24). Quanto à sua efetivação estão
ligados ao desenvolvimento global da civilização humana, que não
pode ser tratado isoladamente; para o Autor quem isola um
problema para apreciá-lo já o perdeu, temos que ter presentes dois
grandes problemas de nosso tempo, que são para ele a guerra e a
miséria: “Só nesse contexto é que podemos nos aproximar do
problema dos direitos com senso de realismo. Não podemos ser
pessimistas a ponto de nos abandonarmos ao desespero, mas
também não devemos ser tão otimistas que nos tornemos
presunçosos” (BOBBIO, 1992, p. 45).
Guerra e paz... 185
REFERÊNCIAS
*
UNIOESTE; E-mail: josi.aop@gmail.com.
192 Estética e Educação
que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que
nega, que quer, que não quer, que imagina também e que sente
(DESCARTES, 2009, p.103). Percebemos aqui, que para o autor,
existe algo anterior à existência, na medida em que, primeiro há o
eu penso, depois o existo. O pensamento, em Descartes é uma
manifestação do espírito, que já é anterior à dinâmica do existir. É
o pensamento que ganha diversas formas, as quais são atribuídas
por ele próprio. O pensamento seria, então uma “coisa que pensa”
e só conseguimos o diferenciar pelo uso da razão.
Sartre intenta através da fenomenologia, continuar o
projeto de uma ontologia já iniciada por Husserl, e continuada por
Heidegger, de romper com os dualismos e conceitos metafísicos.
Percebe-se, como no trecho de Ricœur supracitado, que a
pergunta não é mais pelo sujeito que conhece o objeto, mas sim
de uma pergunta pelo ser, ou ainda, pelo sentido de ser. Isso é
possível através de um movimento da consciência, da saída do
mundo ôntico rumo ao mundo ontológico, onde o ser se revela à
consciência.
Conforme o autor,
ele. Nele também não cabe o nada, já que é cheio de si, pura
positividade.
O segundo conceito que se faz necessário expor é o de ser-
para-si. O para-si é toda a consciência, podendo ser auto-reflexiva.
Assim, “a lei de ser do para-si, como fundamento ontológico da
consciência, consiste em ser si mesmo sob a forma de presença de
si” (SARTRE, 2015, p.125). É a consciência que transcende os dados
do fenômeno e está situada sempre na relação com o mundo.
Deste modo, é superficial considerar o para-si como simplesmente
o humano, ou um ser que pensa, mesmo que ele implique num
sujeito, já que o para-si se diz muito mais na relação da consciência
com o em-si, pois, como vimos, toda consciência é que consciência
de alguma coisa. Como o para-si é sempre em relação com o em-
si, ele se define negativamente, isto é, como não sendo o em-si.
Esse movimento é importantíssimo na filosofia sartriana, pois é
daí, do para-si como fundamento de si, que surge a nadificação. O
para-si, portanto, não tem sentido, sendo falta, nada, ou pura
possibilidade de ser, existindo a partir da negação do em-si e da
facticidade e exigindo ser-no-mundo.
Enquanto o em-si é o ser do fenômeno, o para-si é o ser da
consciência. É através do homem que o nada aparece no mundo:
O nada é o ato pelo qual o ser coloca em questão seu ser, ou seja,
precisamente a consciência ou Para-si. É um acontecimento
absoluto que vem ao ser pelo ser e que, sem ter ser, é
perpetuamente sustentado pelo ser. Estando o ser-Em-si isolado
de seu ser por sua total positividade, nenhum ser pode produzir
ser e nada pode chegar ao ser pelo ser, salvo o nada. O nada é a
possibilidade própria do ser e sua única possibilidade. E mesmo
esta possibilidade original só aparece no ato absoluto que a
realiza. O nada, sendo nada de ser, só pode vir ao ser pelo próprio
ser. Sem dúvida, vem ao ser por um ser singular, que é a realidade
humana. Mas este ser se constitui como realidade humana na
medida em que não passa do projeto original de seu próprio
nada. A realidade humana é o ser, enquanto, no seu ser e por seu
ser, fundamento único do nada no coração do ser (SARTRE,
2015b, p. 127-128).
Notas sobre a fenomenologia sartriana 197
REFERÊNCIAS
Junior Cunha*
1
NIETZSCHE, Friedrich. Sobre o futuro dos nossos estabelecimentos de
ensino. In: Escritos sobre educação. trad. Noéli Correia de Melo Sobrinho. 3.ed.
Rio de Janeiro: PUC- Rio; São Paulo: Loyola, 2003.
O ensino como uma filosofia da cultura 205
2
NIETZSCHE, Friedrich. III Consideração Intempestiva: Schopenhauer
educador. In: Escritos sobre educação. trad. Noéli Correia de Melo Sobrinho.
3.ed. Rio de Janeiro: PUC- Rio; São Paulo: Loyola, 2003.
210 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
*
UNIOESTE; E-mail: vanessabicalho@gmail.com.
**
UNIOESTE.
214 Estética e Educação
1
Razão que concebe conjuntamente, e sem contradições, a causalidade
mecânica da natureza (tematizada no interior da dimensão teórica da razão) e
a causalidade incondicionada da liberdade (desenvolvida no interior da
dimensão prática da razão).
O legítimo interesse da razão em Kant 215
2
Kant denomina de conceitos puros da razão ou ideias transcendentais a
totalidade incondicionada das condições. Sobre isso prossegue: “Entendo por
ideia um concito necessário da razão ao qual não pode ser dado nos sentidos
um objeto que lhe corresponda. Os conceitos puros da razão, que agora estamos
a considerar são, pois, ideias transcendentais. São conceitos da razão pura,
porque consideram todo o conhecimento e experiência determinado por uma
totalidade absoluta de condições. Não são forjados arbitrariamente, são dados
pela própria natureza da razão, pelo que se relacionam, necessariamente, com
o uso total do entendimento. Por último, são transcendentes e ultrapassam os
limites de toda a experiência, na qual, por conseguinte, nunca pode surgir um
objeto adequado à ideia transcendental. Quando se nomeia uma ideia, diz-se
muito quanto ao objeto (como objeto do entendimento puro), mas, por isso
mesmo, se diz muito pouco quanto ao sujeito (isto é, quanto à sua realidade sob
uma condição empírica), porque como conceito de um maximum nunca pode
216 Estética e Educação
ser dado in concreto de uma maneira adequada” (CRP, B384), é apenas uma
ideia, que se empregada desde a perspectiva teórica da razão é limitada e
defeituosa, porém altamente fecunda e incontestavelmente necessária se
tomada como uma ideia da razão prática.
3
Sobre a faculdade da razão, segundo uma extensão, prática diz Kant: “a razão
[prática] não é afetada por toda essa sensibilidade, não se modifica (embora os
seus fenômenos, isto é, a maneira como se mostra os seus efeitos [da ação], se
alterem); nela nenhum estado anterior determina o seguinte, não pertencendo,
portanto, à série das condições sensíveis que tornam necessários os fenômenos
segundo leis naturais. Esta razão está presente e é idêntica em todas as ações
que o homem pratica em todas as circunstâncias do tempo, mas ela própria não
está no tempo nem cai, por assim dizer, num novo estado em que não estivesse
antes; é determinante em relação a todo o novo estado, mas não é determinável.”
(CRP, B584).
O legítimo interesse da razão em Kant 217
4
Sobre esse conceito é interessante indicar que, na CRPr, Kant se utiliza dos
conceitos da bem (Wohl) e mal (Übel) e bem/bom (Gute) e mal (Böse) para
definir aqueles enquanto originários de uma inclinação, e estes últimos como
originários de uma razão pura que é prática. Diz Kant: “O bem [Whol] ou mal
[Übel] significa sempre apenas uma relação com o nosso estado de agrabilidade
ou desagradabilidade, de prazer e de dor e se, por isso, desejamos ou detestamos
um objeto [Objekt], tal acontece só enquanto ele se refere à nossa sensibilidade
e ao sentimento de prazer e de desprazer [Lust, Unlust] que produz. Mas o bem
(bom) [Gute] ou o mal [Böse] significam sempre uma relação com a vontade
enquanto é determinada pela lei da razão a fazer de algo o seu objeto [Objekt];
porque ela nunca é imediatamente determinada pelo objeto e sua
representação, mas é um poder [Vermögen] de fazer de uma regra da razão a
causa motriz de uma ação mediante a qual se pode realizar um objeto” (CRPr,
A105).
O legítimo interesse da razão em Kant 219
5
Embora a liberdade não seja o único conceito para o esclarecimento completo
da razão, ela se constitui como o conceito chave para tal, assim como disse Kant
na CRPr: “O conceito de liberdade, na medida em que a sua realidade é
demonstrada por uma lei apodítica da razão prática, constitui a pedra angular
de todo edifício de um sistema da razão pura, mesmo da razão especulativa, e
todos os outros conceitos (os de Deus e da imortalidade) que, enquanto simples
ideias, permanecem nesta sem apoio, conectam-se com este [conceito] e
adquirem com ele e através dele consistência e realidade objetiva, isto é, a sus
possibilidade é provada pelo fato de a liberdade ser efetiva; com efeito, esta ideia
revela-se mediante a lei moral” (CRPr, A4-5).
220 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
*
UNIOESTE; E-mail: whesleyfagliari@gmail.com.
**
UNIOESTE.
224 Estética e Educação
INTRODUÇÃO
Tomo uma resolução que jamais houve exemplo e que não terá
imitador. Quero mostrar aos meus semelhantes um homem em
toda a verdade de sua natureza, e esse homem serei eu. Somente
eu. Conheço o meu coração e conheço os homens. Não sou da
mesma massa daqueles com quem lidei; ouso crer que não sou
feito como os outros. Mesmo que não tenha maior mérito, pelo
menos sou diferente. Se a natureza fez bem ou mal quando
quebrou a forma em que me moldou, é o que poderão julgar
somente depois que me tiverem lido (ROUSSEAU, 2011, p. 21).
1
É desta maneira que ficou conhecida a obra Discurso Sobre as Ciências e as
Artes e é como ela será chamada a partir de agora neste texto.
O problema existente entre ser e parecer... 227
haja mais tempo para tanto, porquanto para essas ocasiões é que
teria sido essencial conhecê-lo (ROUSSEAU, 2005, p. 192).
2
Que, a partir daqui, será tratado apenas como Segundo Discurso.
3
Cf ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso Sobre A Origem e Os Fundamentos
da Desigualdade Entre os Homens. Volume II. Coleção Os Pensadores. Trad.
De Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 2005. P. 64-65.
228 Estética e Educação
E Rousseau continua:
Isso faz com que seja falso e artificioso para com uns, e, para com
outros, imperativo e duro, e o coloca na contingência de iludir a
todos aqueles de que necessita, quando não pode fazer-se temer
por eles ou não considera de seu interesse ser-lhes útil
(ROUSSEAU, 2005, p. 97).
4
Os Devaneios do Caminhante Solitário, obra biográfica escrita por Rousseau em
1776, que a partir deste momento, será denominado neste trabalho apenas como
Devaneios.
5
Em sua obra Devaneios do Caminhante Solitário, Rousseau classifica os
capítulos como “caminhadas”.
232 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
*
UNIOESTE, E-mail: profdouglascamargo@gmail.com.
**
UNIOESTE.
236 Estética e Educação
INTRODUÇÃO
Levinas não escreve uma ética, mas defende que toda filosofia,
tendo a tarefa de remontar do dito ao dizer, seja ética; e o é
precisamente porque precede o logos, mesmo se, ao final de
contas, não pode prescindir dele. A ontologia sustentada e
veiculada pelo logos não é a única possibilidade de se tomar
consciência, de maneira completa, da experiência humana. A
ética, ou experiência extraordinária e cotidiana com o outro, é o
lugar de origem dos significados, das motivações, das
representações e dos valores que tornam humana a vida. A tarefa
da filosofia não se reduz, portanto, a desmontar a “lógica formal”,
mas comporta uma fase positiva: mostrar o significado específico
do Dizer aquém da tematização do Dito. Na realização desta
tarefa, a filosofia é, em seu todo ética (CIARAMELLI, F. 2008. p.
157).
REFERÊNCIAS
*
UNIOESTE; E-mail: mariovaz74@gmail.com.
246 Estética e Educação
1
A este respeito ver ainda o ensaio de Hannah Arendt intitulado “Filosofia e
Política” In: A dignidade da Política, 3ª ed., Rio de Janeiro, Relume Dumará,
2002.
248 Estética e Educação
bem ser “racional” se ela for eficaz em alcançar o fim que deve
justificar.
REFERÊNCIAS
OS MODERADOS E OS EXTREMISTAS
POLÍTICOS SEGUNDO NORBERTO BOBBIO:
Distinções e Semelhanças
*
UNIOESTE; E-mail: theliocaudinski@gmail.com.
**
UNIOESTE.
262 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
Felipe Belin*
Ademir Menin**
*
UNIOESTE; E-mail: felipebelin@hotmail.com.
**
UNIOESTE.
274 Estética e Educação
pode ser claramente visto em uma das frases slogan da série de TV,
que muito diz da história: “no jogo dos tronos, ou se vence, ou se
morre”. Além disso, alguns fatos e personagens evidenciam
conceitos mais específicos da filosofia schopenhaueriana neles
próprios, como as constantes disputas pelo Trono de Ferro e a
trajetória da menina Arya Stark (com seu processo de
transformação em Ninguém). O que pode haver de aproximação
com conceitos do citado filósofo alemão são suas concepções de
impossibilidade de uma felicidade completa no decorrer da vida
do homem; a noção de nosso constante estado de dor ou tédio
perante as situações cotidianas; a Vontade cega da natureza, que
independe dos desejos ou esperanças do homem; a valorização do
momento presente desapegada do passageiro ou de aguardo de
um mundo vindouro. Usaram-se como base para o
desenvolvimento desta pesquisa obras de Schopenhauer (com
foco principal em O mundo como vontade e como representação);
os livros de George R. R. Martin, da coleção As crônicas de gelo e
fogo; obra de relação deste universo de Martin à Filosofia de modo
geral (de coleção que liga a Filosofia com vários livros, filmes e
seriados da cultura pop); e obra que aproxima conceitos da
filosofia de Schopenhauer a outro elemento popular, as histórias
em quadrinho dos Peanuts (das personganes Snoopy, Charlie
Brown). Com estas pesquisas, percebem-se vários conceitos
descritos pelo pensador alemão na nomeada obra de Martin (e na
produção da HBO), explicando e até norteando fatos e ações de
personagens no decorrer da história épica.
REFERÊNCIAS
Portanto:
REFERÊNCIAS
1
Vale lembrar que Deleuze redige uma importante “Introduction” para a
coletânea, onde trabalha o conceito de instinto como tendência. A
“Introduction” será reproduzida na obra L'île déserte et autres textes (2002, p.
24-27), organizada por Lapoujade.
Série e mundo possível... 299
2
“A maneira pela qual a sensação, a percepção, assim como a necessidade e a
hereditariedade, a aprendizagem e o instinto, a inteligência e a memória
participam da repetição é medida, em cada caso, pela combinação das formas
de repetição, pelos níveis em que estas combinações se elaboram, pelo
relacionamento destes níveis, pela interferência das sínteses ativas com as
sínteses passivas.” DR, II, p. 115 (trad. bras.).
300 Estética e Educação
3
“O erro das teorias consiste precisamente em oscilar incessantemente de um
polo em que outrem é reduzido ao estado de objeto a um polo em que ele é
levado ao estado de sujeito” DR, V, p. 363 (trad. bras.).
4
Nosso autor reproduz aqui, um ponto de vista elaborado com mais vagar no
posfácio que escreve para a obra de Tournier (DELEUZE, em TOURNIER, 1969,
p. 257-283). Este posfácio foi reproduzido, também, na Logique du sens (1969,
Appendices, IV, p. 350-372).
Série e mundo possível... 301
5
A tradução brasileira traduz mensonge por “mentira”. Contudo, preferimos a
opção adotada pela tradução ao espanhol, pois a ideia de “embuste” evidencia
melhor o caráter humorístico que tem o engano amoroso. Não se trata do
sujeito que mente, senão do signo amoroso que nos engana e, inclusive, trapaça
conosco.
6
Com relação a essa questão descobrimos que Deleuze é tributário de seu
orientador de tese em Sorbonne, Ferdinand Alquié, quem em uma breve nota
sobre o amor em Proust já insinuava a necessidade de interpretar o engano
Série e mundo possível... 303
7
“É a Idéia (sic) que determina a série de nossos estados subjetivos, mas
também são os acasos de nossas relações subjetivas que determinam a seleção
da Idéia (sic) [...] Nada mostra melhor a exterioridade da seleção do que a
contingência na escolha da pessoa amada. Não apenas temos amores
fracassados, que sabemos que por pouco poderiam ter dado certo, mas nossos
amores bem sucedidos, e a série que formam ao se encadearem, isto é,
encarnando determinada essência em vez de outra, dependem de ocasiões, de
circunstâncias, de fatores extrínsecos” PS VI, p. 72 (trad. bras.).
Série e mundo possível... 305
8
Apesar da ressonância platónica que sugere essa análise, Deleuze e Proust
seguem aqui não o modelo do androgênio do Banquete que se autofecunda,
senão o esquema da polinização floral. Mais detalhes sobre a relevância das
flores para Proust encontramos em MEUNIER, 1997.
306 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
9
“Em última análise, a experiência amorosa é a da humanidade inteira, que a
corrente de uma hereditariedade transcendente atravessa” PS, VI, p. 67 (trad.
bras.). Acreditamos que a introdução da expressão “em última análise” é
esclarecedora do ponto de vista da tradução, mas oblitera uma dimensão muito
importante para esse capítulo de PS e, de certo, também presente na expressão
“à la limite”. Trata-se da conceptualização matemática da análise dos signos.
Com efeito, PS, VI é repleto de expressões que fazem referência ao cálculo
infinitesimal (série, índice de variação, limite, etc.). Em um estudo ulterior,
esperamos dar conta dessa questão obliterada aqui, neste detalhe da tradução
brasileira.
Série e mundo possível... 307
Cristiele Rhoden*
Ademir Menin**
*
UNIOESTE; E-mail: rhoden375@outlook.com.
**
UNIOESTE.
310 Estética e Educação
1
Odisséia VXII, 1. Rio de Janeiro, Ediouro, 2011.
2
Odisséia II, 388. Rio de Janeiro, Ediouro, 2001.
Sobre a arte poética... 311
3
GOETHE in SCHOPENHAUER, Arthur. Metafísica do Belo pg. 197.
4
Troilus and Cressida, Vol 2.
5
Sófocles, 787.
312 Estética e Educação
6
GOETHE in SCHOPENHAUER, Arthur. Metafísica do Belo, pg 207.
Sobre a arte poética... 315
REFERÊNCIAS
WESTWORLD
sob a teoria estética de Edmund Burke
Daniel Du*
Bernardo Sakamoto**
*
UNIOESTE; E-mail: danieudu@gmail.com.
**
UNIOESTE.
318 Estética e Educação
INTRODUÇÃO
a minha própria voz agora” e “Existe beleza nisso que nós somos”.
Não somente essa personagem (Dolores – do espanhol, “dores”) é
a primeira a espalhar o “vírus do “eu””, como o faz somente por
sua célebre anedota, e célebre citação de Shakespeare, que serve
também de ótima conexão com a filosofia da teoria estética de
Burke: “Esses prazeres violentos tem finais violentos”.
– Iliad
As when a wretch, who, conscious of his crime,
Pursued for murder from his native clime,
Just gains some frontier, breathless, pale, amazed;
All, gaze, all wonder! (HOMERO apud BURKE, 1993, p. 44)
– Hom. Od.
Still in short intervals of pleasing woe,
Regardful of the friendly dues I owe,
I to the glourious dead, for ever dear,
Indulge the tribute a grateful tear (HOMERO apud BURKE, 1993,
p. 47).
sobre os objetos sem machucar uns aos outros – então pela forma
com a qual os anfitriões unem-se contra aqueles que outrora tanto
exploraram seu mundo e, através do contexto de estranhamento,
explorando também a dignidade de sua existência.
REFERÊNCIAS
RESUMO
*
UNIOESTE; E-mail: brunobelotoo@gmail.com.
**
UNIOESTE; E-mail: ewerton2705@gmail.com.
348 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
A EDUCAÇÃO (DES)CONSTRUÍDA
uma reflexão a partir de Marcuse
Eli Schmidtke*
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
A ESTRUTURA TROPOLÓGICA
DA LINGUAGEM EM NIETZCHE
RESUMO
REFERÊNCIAS
A INFLUÊNCIA DE MICHEL
FOUCAULT PARA A TEORIA QUEER
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS PRIMÁRIAS
REFERÊNCIAS SECUNDÁRIAS
RESUMO
CLÍNICA DE PSICOLOGIA
FENOMENOLÓGICA EXISTENCIAL
RESUMO
REFERÊNCIAS
FILOSOFIA E VESTIBULAR
um olhar sobre o ensino de filosofia
em instituições particulares
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
LILITH E EVA
o mito bíblico e a opressão da mulher
RESUMO
REFERÊNCIAS
MOTIVOS DE UM ÓDIO:
Rancière e o escândalo democrático
RESUMO:
*
UNIOESTE; E-mail: felipdegomes@gmail.com.
**
UNIOESTE.
388 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
O “JOGO DA ARTE”
COMO ACONTECIMENTO
DA VERDADE EM GADAMER
RESUMO
*
UNIOESTE; E-mail: abrunaluz@gmail.com.
**
UNIOESTE.
390 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
RESUMO
*
UNIOESTE; E-mail: patriciariffel@gmail.com.
392 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
RESUMO
*
CEEP Pedro Boaretto Neto; E-mail: Pedrox1x_2000@hotmail.com.
**
CEEP Pedro Boaretto Neto
396 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
RESUMO
*
UNIOESTE; E-mail: priscilawoiski17@hotmail.com.
**
UNIOESTE.
400 Estética e Educação
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS