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Andreia Garcia-Reis
Helena Ferreira
(Organizadoras)
CONCEPOAO DISCURSIVA
DE LINGUAGEM
ensino e formação docente
Pontes
cdi
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eslio Sujeitos
Os infratores mitidas nesta publicação.
r e s p o n s a b i l i z n j
ditora
nâo se
A
Bibliografia.
ISBN 978-85-7113-873-5
1. Linguagem -410
2. Formação docente - 370.7
Geneos orais e suas dimensoes ensináveis: escolhas e
proposiçôes docentes no trato com a oralidade
INTRODUÇÃÃo
41
FORMAÇÃO DOCENTE
LUNGUAGEM: ENSINO E
DISCURSIVA DE
CONCEPÇÃO
complexas dentre
as quais podemos
escrever/talar/ quando escrever/falar, onde
escrever/falar, para quem
considerar o gênero textual escrito ou
escrever/falar, o que impõe necessárias
propiciará as condições
a
oral como
ferramenta que
na oralidade.
seja na escrita, quer seja
uma interação
efetiva quer
um deter-
refere aos gêneros orais, todo falante de
No que se de gêneros
domínio sobre aquelas espécies
minado idioma tem
as informais; por
cotidianas, sobretudo
que circulam
em interações
corolário de gêneros públicos
tratando de um
outro lado, em se
conhecimento
de um
que circulam em interações formais, precisa escola. E
qual o deveria ser propiciado pela
mais sistematizado, defendem o ensino
Dolz e Schneuwly (2004)
nessa perspectiva que servem
tais c o m o aqueles que
de gêneros textuais orais públicos
como entrevista,
discussão em grupo, ex
à aprendizagem escolar, etc. ee
relato de experiências, apresentação de seminários,
posição,
como debate, entrevista, neg0
aqueles de outras esferas públicas, dentre outros.
testemunho diante de uma instância oficial,
ciação,
sobre escolhas
Considerando, aqui, o propósito de discutirmos
comno
com a oralidade, tomando
e proposições docentes no trato
base atividades de livros didáticos de língua portuguesa, é inte
adotamos nesse
ressante que deixemos claro, para você leitor, que
trabalho uma concepção discursiva de linguagem,
tendo em vista
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CONCEPÇÃO DISCURSIVA DE UNGUAGEM: ENSINO E FORMAÇÃO DOCENTE
padrão enquanto que a fala é vista como esfera do não padrão; (b)
exercícios que abordam a relação linguagem coloquial e linguagem
formal, em sua maioria, são direcionados à reescrita de express0es
descontextualizadas e ignoram a relação de continuum nas estra-
ao 99 ano,
panhou dois professores de língua portuguesa do 6°
do segundo segmento do ensino fundamental de um do Colégio
Os
de Aplicação, e um da rede estadual de ensino de Pernambuco.
dados revelaram que as estratégias metodológicas usadas pelos
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UNGUAGEM: ENSINO E FORMAÇÃO DOCENTE
DISCURSVA DE
CONCEPCAO
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CONCEPÇÃO DISCURSIVn DE LINGUAGEM: ENSINOE FORMAÇÃO DOCENTE
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DE UNGUAGEM: ENSINO E FORMAÇÃO DOCENTE
CONCEPÇÃO DISCURSIVA
investigação.
ORALIDADE NA PRÁTICA DOCENTE: ESCOLHAS E DIDATIZAÇÕES
didático é o ensino
No contexto de uma proposta cujo objeto
de
da oralidade, é importante que deixemos claro que a perspectiva
nossa reflexão
linguagem como interação é aquela que iluminará a
teórica sobre dados. Para essa corrente, o uso da língua nao
os
se limita à tradução e exteriorização do que se pensa ou do que
se transmite em uma informação, entretanto, ela visa à interaçao
entre os interlocutores, mediando as ações que estes exercem
uns sobre os outros. Sob essa perspectiva, a língua é observada
em seu funcionamento social, cognitivo e histórico, na produçao
de sentidos, de forma situada, em um contexto sócio-histórico
ideológico (TRAVAGLIA,1995; BAKHTIN, 1992; MARCUSCHI, 2005
As escolhas docentes sobre oque oralidade ensinar e como ensina
também estão permeadas pela(s)perspectiva(s) de linguagemns
assumidas por eles. Enfim, todas as nossas escolhas carregam en
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CONCEPÇÃO DISCURSIVA DE INGUAGEM: ENSINO EFORMAÇÃO DOCENTE
verbais e visuais".
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FORMAÇÃO DOCENTE
CONCEPÇÃO DISCURSIVA DE UNGUAGEM! ENSINO E
de tema além
de, podemos supor que este se trata ainda que, um
a uma outra
P5 excluir a questão sobre modalidade, recorremos
a
"Estará o professor
indagação através de Dionísio (2005, p. 196):
auxílio de slides,
consciente de que uma aula ministrada com o
ou um simples gráfico na velha
conhecida trans-
power point, vídeo,
atividade bastante complexa, uma
parência, requer do aluno uma
diversas práticas de letramentos como
vez que além de coordenar
práticas sociais" o aluno deverá construir sentidos que integremo
texto oral, verbal escrito e o texto visual?
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LINGUAGEM:
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TE
DISCURSIVA DE
CONCEPÇAO
isso
inam
escolhas". Procuraremos, com
"não scar
assuas escolhas e tomada pelos noSsOs sujeitos5, visando entend
indicios da posição
ender
Ihes
ao que
loi apresentado (conjuntod
olhar deles, em direção
de ensino do objeto oralicdade.
o
como proposta
atividade)
investigação, questionamos
as professora
oras
Prosseguindo a
cada uma delas teve sobre as propostac
a
sobre as impressões que o grupo-sala
as possibilidades
de uso com
elas ofertadas e sobre de suas escolhas
curiosamente, para tratar
Os sujeitos se voltam,
avalia as três atividades
escolhidas coma
de forma singular. P3
com os seus alunos:
serem aplicadas
acessíveis e pertinentes para
não escolhera, a atividade 4 (rela
P4 avalia uma das atividades que
a proposta complexa para
ção fala/escrita). A professora considera no conjunto de
seus alunos. P5 afirma que,
ser trabalhada com os
da escrita) é des-
atividades propostas, a atividade 6 (Oralização
seus alunos.
motivadora, contudo ela aplicaria com os
Gostaríamos de problematizar as falas de P4 e P5 em relação
às propostas por elas avaliadas. Em P4 vemos que a complexidade
de
da atividade disponível no livro está na proposição da criação
uma "versão formal da carta" (atividade 4). Essa mudança de regis-
tro é apontada por P4 como fator impeditivo para uma "possivel
aplicação com o seu grupo-sala. Segundo o sujeito, "a versão mais
formal não seria acessível" aos alunos. Parece haver, sob esse olhar,
uma negação de oportunidades de reflexão sobre as aproximaçoes
e distanciamentos que ocorrem entre as modalidades da lingua'
Essa postura representaria a falta de clareza da docente sobre 0
grau de formalismo e/ou conhecimento do perfil do seu grupo-sala
Livres da pretensão de responder as inquietações feitas acima.
queremos apenas relletir que a negaço do trabalho com a proposta
de escrita da carta em sua versão formal, sob a alegação de que
o tipo de linguagem não é familiar ao aluno, pode indicar, den
Outras perspectivas, a não observância
do professor para o prop
ensino da oralidade, se
considerarmos que "ensinar língua ol a/
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sujeitos".
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DISCURSIVA DE
CONCEPCAo
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REFERÊNCIAS
COSTA-MACIEL, D. A. G. Oralidade e ensino: saberes necessários à prática
docente. Recife: Edupe, 2014.
DOLZ, J.&SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas:
Mercado das Letras, 2004.
BIRUEL, A. Andlise lingüística nos livros didáticos recomendados pelo PNLD
2000-2001:0 tratamento dado aos aspectos de normatividade.
Dissertação (mestrado em educação)- Programa de Pós-graduação
em educação. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2002.
BOTLER, L. M.A. R. Gêneros orais e ensino de lingua portuguesa:concepções
e práticas. 2013.210 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa
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