Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paula Perin
Comitê Editorial
Ana Paula Oliveira Santana (UFSC)
Aline Rodrigues Nogueira (URCA)
Aucélia Vieira Ramos (UFPI)
Dannytza Serra Gomes (UFC)
Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin (UFC)
Fabiana dos Santos Lima (IFCE)
Hérica Paiva Pereira (UFCG)
Maria João Broa Martins Marçalo (Universidade de Évora, Portugal)
Maria Lúcia de Souza Agra (URCA)
Palmira Virgínia Bahia Heine Alvarez (UEFS)
Sandra Maia Farias Vasconcelos (UFC)
Este material foi produzido gratuitamente e sua distribuição é livre, desde que citada a fonte.
Vários autores.
Bibliografia.
ISBN 978-65-00-84826-08-3
22-133103 CDD-407
Índices para catálogo sistemático:
Editora Perin
Rua Augusto Dias de Oliveira, 1554
Novo Juazeiro, CEP 63031-760
Juazeiro do Norte - CE
Telefone +55 (88) 99278-7987
SUMÁRIO
Apresentação ..................................................................................................................... 7
Elaine Cristina Forte-Ferreira
Oficina 11: Oralizando: Jogo no PowerPoint com os gêneros textuais orais .................. 51
Emiliane Cristina Cruz Matias Alves
Oficina 12: Quem canta seus males espanta: a canção na sala de aula ......................... 55
Amanda Andrade de Menezes
Raquel Costa Araújo
Oficina 14: A Missa do Galo em conto, roteiro e teatro na sala de aula ..................... 67
Isabela Araújo Ramos
João Pedro Fernandes Misquita
Oficina 17: O Auto da Barca do Inferno: o teatro medieval português na sala de aula.. 80
Felipe Augusto Pinheiro
APRESENTAÇÃO
Pensar em caminhos, dirimir barreiras, refletir acerca da relação intercambiável entre fala e
escrita na busca pela ampliação de uma prática socialmente presente em grande parte das interações
são ações possíveis de encontrar nessa obra que reúne propostas de oficinas para o desenvolvimento
da oralidade em sala de aula.
Os/as discentes do estágio em docência da Universidade Federal do Ceará, orientados(as)
pelas professoras Mônica de Sousa Serafim e Ana Célia Clementino Moura, elaboraram oficinas para
trabalhar a oralidade, pensando na relação entre fala, escrita e leitura, por meio de gêneros como de-
bate, seminário, contação de histórias, cordel, poesia slam, reconto oral, canção, roteiro, peça teatral,
esquete teatral, paródia, conto, histórias em quadrinhos, notícia e crônica, por exemplo. Todas essas
propostas estão amparadas na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), com campos de
atuação definidos e relacionados aos gêneros escolhidos para as habilidades que devem ser desenvol-
vidas nas alunas e nos alunos do Ensino Fundamental.
A pouca atenção dada à oralidade é um fato, mas também é importante destacar que as pes-
quisas acerca desse fenômeno têm crescido, e esse é um grande avanço. Contudo, quando pensamos
nesse ensino, ainda encontramos lacunas que dizem respeito a como proceder com essa prática em
sala de aula. Como decorrência dessa questão, temos um problema recorrente nas salas de aula, que é
a dificuldade de produção de gêneros, que acaba se estendendo para as outras esferas de atividade em
que atuamos e agimos por meio da fala.
Quando refletimos acerca dessa questão, não temos como deixar de pensar em como o reflexo
dessa dificuldade pode reverberar nas ações humanas. Bakhtin (2016) já dizia que interagimos por
meio de gêneros que atuam como respostas às ações que ocorrem em sociedade. Logo, se nossos e
nossas discentes têm dificuldades de agir por meio da fala e da escrita e consequentemente não sabem
como produzir o gênero adequado a uma determinada situação, teremos aí um problema, que pode
gerar uma série de dificuldades.
Pensando nesse contexto, percebemos a necessidade de propiciar possibilidades de o/a aluno/a
desenvolver suas produções de gêneros dentro de ambientes institucionalizados como a escola e a
academia, pois experiências como essas podem contribuir para o desempenho satisfatório nas mais di-
versas práticas cotidianas formais ou informais, uma vez que é a prática que torna o indivíduo seguro
para agir interativamente em diferentes ações sociais.
Em suma, este e-book é um passaporte para desbravar uma terra que todos sabem da sua
importância e da sua riqueza, mas, por não ser tão explorada, poucos sabem como agir sobre ela. Eu
particularmente sempre fui apaixonada pela área e fico feliz quando encontro belas novidades pelo ca-
minho. Por isso, convido você para embarcarmos nesta obra, que é uma excelente oportunidade para
diminuir essas lacunas na sala de aula e consequentemente na vida fora dos muros da escola. Vamos
juntos?
7
Vamos falar sobre a
oralidade na sala de aula?
O surgimento e a aceitação da língua escrita é uma tradição social que trouxe como principal
consequência a transformação desta modalidade da língua em uma habilidade que historicamente
tornou-se sinônimo de detenção de conhecimento, primeiramente literário, depois clássico, e, final-
mente, científico. Isso fez com que a língua oral fosse menos valorizada pela sociedade. No entanto,
a língua é uma parte da cultura, uma parte tão importante que a cultura se molda por meio dela, ou
seja, é por meio do uso da língua que podemos perceber melhor as características não só linguísticas,
mas também socioculturais de um falante ou de um grupo de falantes. Além disso, a língua reflete a
visão de mundo do falante, suas crenças, atitudes e ideologias. Certamente essa supervalorização da
escrita afetou profundamente a língua oral, atribuindo à fala o lugar do erro, do informal, segundo
Fávero (2001).
Talvez seja pela valorização de uma modalidade da língua em detrimento de outra desde o
início, que hoje temos a mesma atitude, mas agora é a escrita que se sobrepõe à fala. Pensando nesta
situação em termos de escola, tal postura pode ter desencadeado a visão dicotômica entre fala e escri-
ta. Marcuschi (2001) chama a atenção para este fato. Conforme o autor (op. cit.), não se deve analisar
as relações entre língua oral e escrita em uma perspectiva dicotômica, pois assim estaríamos atribuin-
do à modalidade escrita um caráter explícito, planejado e elaborado, ao passo que à modalidade oral
caberia a implicitude, o não-planejamento e a falta de elaboração. Tal visão ainda prejudicaria o tra-
balho do professor, pois este não discutiria com os alunos a possibilidade de existir textos formais em
língua falada, como uma palestra, por exemplo, e textos informais em língua escrita, como o bilhete.
Conforme Risso (1994), mais importante que o conhecimento factual ou científico das relações entre
oralidade e escrita são as implicações teóricas e pedagógicas desse conhecimento no ensino de uma
língua, que não pode ser concebida como código, mas como um lugar de interação.
Corrobora com esta mesma ideia Neves (2003), para quem o que mais importa na escola é ver
a língua em funcionamento, o que significa avaliar as relações entre fala, escrita e leitura como prá-
ticas discursivas, todas elas como usos da língua, nenhuma tratada de forma secundária em relação a
outra e cada uma delas servindo como objeto de reflexão. Seguindo os autores citados neste trabalho,
acreditamos que as modalidades oral e a escrita não podem ser vistas como estanques e o papel da
escola é o de discutir com os alunos esses dois modos de representação cognitivo e social, sem reduzir
a oralidade a algo menor e nem postular superioridade à escrita.
Sobre tal questão, Dolz e Schneuwly (2004, p. 174) enfatizam que na escola a oralidade é
tratada, muitas vezes, de forma reducionista: ou é relacionada ao “falar do dia a dia” ou à leitura em
8
voz alta de textos escritos. Tal orientação, além de ser contestada pelos teóricos menciona-
dos aqui e por tantos outros também é contestada pelos documentos que regem o ensino de lín-
gua portuguesa, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2017). Este último docu-
mento, evidencia a necessidade de um trabalho intencional e sistemático da escola em relação à
oralidade, proporcionando aos alunos situações em que eles vivenciem diferentes papéis, em di-
ferentes situações comunicativas com esta prática de linguagem, tais como planejar um texto
oral que será veiculado em diferentes canais de comunicação, declamar um texto escrito, de for-
ma que o aluno saiba dar ritmo e entonação adequada ao texto, solicitar informações em espa-
ços públicos, realizar seminários, debates; entre tantas outras possibilidades (BRASIL, 2017).
Referências
9
Oficina 1
Da escrita para a fala a partir
das Histórias em Quadrinhos
Série 6º ao 9º ano
11
tais como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade,
respiração etc., os elementos cinésicos, tais como postura corporal,
movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato
de olho com plateia etc.
(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionan-
do procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes ob-
jetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –,
romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas
brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas
de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos,
mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), ví-
deo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação
sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas,
autores.
(EF67LP38) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de lin-
guagem, como comparação, metáfora, metonímia, personificação,
hipérbole, dentre outras.
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação
entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e ci-
nésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz,
as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos
por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as
aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura
corporal e a gestualidade, na declamação de poemas, apresentações
musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros
poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de
linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, meto-
nímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos
de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denota-
tivas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subordina-
das adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo
sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e
ações próprios de cada gênero narrativo.
Material impresso das histórias em quadrinhos (presente no TD),
pincel.
Material
1ª aula
1. Será apresentado aos alunos o gênero história em quadri-
Passos para
nhos, relatando e escrevendo no quadro:
aplicação a) Sua origem no início do século XX, até o surgimento da pri-
meira história de aventura e do primeiro super herói, Superman, em
1930; b) Diferenciar os tipos de história em quadri-
nhos (cartum, charge, tirinha e mangá) de acordo com as suas carac-
terísticas;
c) Resgatar o histórico dos quadrinhos no Brasil, comentando
sobre os maiores cartunistas brasileiros, Maurício de Sousa e Ziral-
do.
12
2. Perguntar para a classe quais são os quadrinhos favoritos de-
les, independentemente do tipo, a fim de gerar uma maior participa-
ção da turma na aula.
13
Explicitar os critérios de avaliação da apresentação dos gê-
neros textuais orais: integração entre os membros, tem-
po de apresentação, uso adequado do espaço para a apre-
sentação, fala audível, atendimento à estrutura do texto oral
escolhido, dentre outros critérios que o professor julgar necessário.
14
Oficina 2
O boletim noticiário no cotidiano
da sala de aula
Série 6º ao 9º ano
15
(EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elabora-
ção, revisão, edição, reescrita/redesign (esses três últimos quan-
do não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/
ou vídeo, considerando sua adequação aos contextos em que fo-
ram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a cla-
reza, progressão temática e variedade linguística empregada, os
elementos relacionados à fala, tais como modulação de voz, en-
tonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos
cinésicos, tais como postura corporal, movimentos e gestualida-
de significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.
Após isso, o professor irá propor que a turma busque por aconteci-
mentos cotidianos que serão convertidos em um boletim de notícias.
Por fim, o professor irá explicar as orientações da atividade: Divisão
da turma em duplas; delimitação do tempo (máximo de dois minutos)
do tema (assuntos cotidianos) e do número de notícias (uma a três).
16
Três critérios de avaliação:
- Apresentação da notícia; (4 pontos)
Avaliação da
- Adequação ao gênero e à linguagem; (3 pontos)
aprendizagem
- Demonstração de desenvoltura, postura e clareza durante a fala.
(3 pontos)
17
Oficina 3
Crônica, Retextualização &
Cafezinho
Série 6º ao 9º ano
18
considerando sua adequação aos contextos em que foram produ-
zidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, pro-
gressão temática e variedade linguística empregada, os elementos
relacionados à fala, tais como modulação de voz, entonação, ritmo,
altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos,
tais como postura corporal, movimentos e gestualidade sig-
nificativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.
Aula 1
1. Será apresentado (ou reapresentado, dependendo da série) o
Passos para
gênero Crônica
aplicação
a) As características do gênero;
b) Os tipos de Crônica (jornalística, humorística, histórica);
19
a) Quais características do gênero crônica encontraram no tex-
to?
b) Que tipo de crônica se encaixa no texto lido?
Aula 2
5. Após a discussão, os alunos serão indagados a responderem
o que seria o “sair para tomar um cafezinho” deles, ou seja, a ativi-
dade que eles realizam para aguentar a rotina de estudos, seja um
hobby ou uma atividade física. Por ser uma pergunta simples, toda a
classe poderá participar desse momento da aula.
20
10 Explicitar os critérios de avaliação da apresentação dos
gêneros textuais orais: integração entre os membros, tempo de
apresentação, uso adequado do espaço para a apresentação, fala au-
dível, atendimento à estrutura do texto oral escolhido, dentre outros
critérios que o professor julgar necessário.
21
Oficina 4
Vamos ao debate na sala de
aula?
Série 6º ao 9º ano
22
versações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e
na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momen-
tos oportunos em situações de aulas, apresentação oral, seminário
etc.
● Notebook;
Material
● Projetor;
● Vídeos sobre a Maioridade Penal.
AULA 01
● O professor apresentará dois vídeos curtos sobre a redução
Passos para
da maioridade penal na sociedade brasileira:
aplicação (con-
➢ https://www.youtube.com/watch?v=BmpWjuXtVZA&ab_
dução, comando,
channel=DrauzioVarella
ordenamento)
➢ https://www.andremourase.com.br/video/76/proposta-de-re-
ducao-da-maioridade-penal
● Em seguida, o professor vai fazer um momento de reflexão
com a turma, através de algumas perguntas a serem respondidas
oralmente:
➢ Já pensaram alguma vez sobre esse assunto?
➢ Pensando agora sobre isso, vocês são a favor ou contra a
maioridade penal? Por quê?
➢ Vocês acham que pode haver um outro meio de se solucionar
essa questão no Brasil ou essa redução é necessária?
● Após essa discussão, deve ser proposto que a turma seja divi-
dida em dois grupos para realização de um debate na aula seguinte;
● O professor deve orientar as equipes para que reúnam argu-
mentos para serem apresentados na outra aula, tanto quem ficou a
favor quanto quem ficou contra e dar um tempo para que as equipes
elaborem argumentos para usar no momento do debate.
AULA 02
● Realização do debate: um grupo ficará a favor da redução da
maioridade penal e outro ficará contra essa medida;
● Cada equipe terá de 20 a 25 minutos para defender seu ponto
de vista, levantando hipóteses e argumentos em defesa do seu ponto
de vista, levando em consideração elementos do vídeo apresentado
na aula anterior e a reunião de argumentos que foi feita em casa;
● Os minutos restantes da aula serão para observações do pro-
fessor e considerações finais.
● Verificar se os alunos puseram em prática a força argumenta-
tiva e apelativa na construção de suas ideias;
Avaliação da
● Observar se os alunos respeitaram o turno de fala de cada
aprendizagem
grupo e individualmente no decorrer do debate;
● Avaliar os recursos utilizados na construção da argumenta-
ção para o debate: figuras de linguagem, verbos no modo imperativo
23
se estabeleceu um público-alvo, construção do argumento, elemen-
tos prosódicos e cinésicos.
24
Oficina 5
Da escrita para a fala: em foco
o gênero textual seminário
Série 6º ao 9º ano
25
trução da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gê-
nero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão,
edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda
do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as
produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações,
correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editan-
do imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes,
acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
Aula 01:
Passos para
- Os estudantes trabalharão com o gênero seminário para a ofi-
aplicação (con-
cina. Apresentações dos trabalhos em grupos de 4 pessoas;
dução, comando,
- Os alunos deverão apresentar por meio da leitura, em até 10
ordenamento)
minutos, de uma análise linguística sobre uma crônica ou um conto
de autores brasileiros da literatura de suas escolhas;
- Esta análise deverá conter aspectos sobre a língua portugue-
sa, tais como questões de entonação durante a leitura, o pragmatismo
abordado nas obras e noções de narratologia (como tipo de narrador
e funções da linguagem, por exemplo).
Aula 02:
- Apresentação das equipes, em sala de aula;
Aula 03:
- Solicitação de relatórios a respeito das apresentações (uma
equipe fará um relatório sobre a apresentação de outra equipe). O
relatório deverá conter título, introdução, referências, desenvolvi-
mento, conclusão e sugestões;
- Análise conjunta das equipes em forma de debate sobre as
obras abordadas;
Aula 04
Avaliação de
Autoavaliação oral; Seminário; Discussão oral; Relatórios.
aprendizagem
26
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curri-
cular. Brasília, 2017.
Referências
bibliográficas
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades
de retextualização. 2. ed. São Paulo: Cortez. 133p. 2001. Disponí-
vel em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5779001/mod_resource/
content/1/Oralidade%20e%20letramento%20-%20Da%20fala%20
para%20a%20escrita-%20MARCUSCHI%2C%20Luiz%20Ant%-
C3%B4nio.pdf>
27
Oficina 6
Comédia e cultura japonesa: o gênero
textual Rakugo na sala de aula
Série 6º ao 9º ano
28
Material Lousa, pincel, notebook e caixa de som.
1ª Aula:
1. Apresentação do gênero textual a ser abordado. (30 min)
Passos para
1.1. Interação com os alunos sobre gêneros da cultura japonesa e
aplicação
sobre a diferença destes com os gêneros textuais brasileiros.
1.2. Vídeo de exemplificação do gênero (Grim Reaper)
*sugestão: esta atividade pode ser realizada de forma interdiscipli-
nar, envolvendo professor de teatro e professor de língua inglesa.
Junto com o professor de língua portuguesa, todos vão procurar
trabalhar e analisar as linguagens utilizadas (por exemplo, a corpo-
ral, para o professor de teatro; a língua inglesa, para o professor de
inglês).
1.3. Mangá (Akane-banashi)
1.4. Contexto-histórico e as diferenças históricas entre Brasil e
Japão
1.5. Gêneros orais, cultura oral brasileira
*sugestão: variação na atividade, fazer recortes de ambos os con-
textos. Neste momento, se o professor tiver organizado a turma
em grupos, cada grupo poderá pesquisar sobre algum aspecto a ser
socializado.
2. Instrução para a apresentação (30 min)
2.1. Textos que poderiam ser trabalhados (Exemplos: Fábulas,
Contos etc.)
2.2. Como cada aluno conduziria a sua apresentação
2.3. Auxiliar os alunos com as escolhas e a produção dos textos
2ª Aula:
1. Apresentação dos alunos (de 10 a 15 min)
*sugestão: adaptação da atividade dependente do número e do per-
fil dos estudantes: se a turma for mais tímida, grupos maiores em
que apenas um integrante fará a apresentação para o público.
2. Discussão sobre o que foi apresentado
2.1. Como foi criar a sua apresentação?
2.2. Qual história te tocou mais? Por quê?
29
AKANE-BANASHI. Tóquio: Shueisha. Capítulo 001, 2022. Dis-
ponível em: https://mangaplus.shueisha.co.jp/viewer/1012853
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curri-
bibliográficas
cular. Brasília, 2017.
KYOTARO YANAGIYA: GRIM REAPER RAKUGO PERFOR-
MANCE ENGLISH SUBTITLES. Youtube: Andrew Greig, 2020.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=P4PCds4tlT4&t=5s&ab_chan-
nel=AndrewGreig
RAKUGO COMÉDIA TRADICIONAL DO JAPÃO. Youtube:
Japan Video Topics - Português, 2022. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Q3T8lV7JvxA
30
Oficina 7
O conto contemporâneo em
áudio-book na sala de aula
Série 6º ao 9º ano
Conteúdo Oralidade
(de acordo com a
BNCC)
31
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como con-
tos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, hu-
morísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (comparti-
lhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como
romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura
infantojuvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral
(causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor,
contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição
literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto
por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite
o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela
pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como ne-
gritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou
esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de
audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras
dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas
diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras,
sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos,
paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pre-
tendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e pro-
longamentos, o tom e o timbre vocal, bem como eventuais recursos
de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à
situação de compartilhamento em questão.
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação
entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e ci-
nésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz,
as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos
por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as
aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura
corporal e a gestualidade, na declamação de poemas, apresentações
musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros
poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de
linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, meto-
nímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos
de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denota-
tivas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subordina-
das adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo
sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e
ações próprios de cada gênero narrativo.
32
Terceira Aula: Quadro, pincéis, os contos e crônicas impressos,
projetor para exemplificar em slides.
Quarta Aula: Caixa de som e pen drives com os arquivos a serem
reproduzidos em sala.
33
- Explicar a evolução histórica das narrativas orais (rodas de conta-
ção de histórias, pelas radionovelas, pelos podcasts e pelos audio-
books).
- Ressaltar que, em audiobooks e em contação de histórias, normal-
mente o gênero textual narrativo trabalhado eram contos. Revisar
brevemente as características do conto.
- Momento final: A partir das respostas, convidar a turma a conhecer
esses exemplos, preparando a projeção em sala da tela de computa-
dor ou slide: nele, mostrar rádio novela famosas (Em busca da Feli-
cidade) e, como exemplos atuais, apresentar os podcasts Paciente 63
e A mulher da Casa Abandonada, disponíveis, respectivamente hein:
https://open.spotify.com/show/4oh9G7rQXhTjI0mrXuuKm1
https://open.spotify.com/show/0xyzsMcSzudBIen2Ki2dqV
e áudio livros narrativos, como o do livro Harry Potter e a Pedra
Filosofal, disponível hein:
https://www.youtube.com/watch?v=uOs6Gp0XzGo
sem necessariamente passar os trechos, mas apresentando visual-
mente seus nomes para nortear a turma. Perguntar se eles já ouviram
falar de algum deles e abrir o momento para dúvidas, sugestões e
comentários em geral.
- Encerramento: explicar para a turma que o projeto de língua por-
tuguesa vai trabalhar com o gênero narrativo a partir da oralidade.
Informar que a turma deve se organizar em grupos e que a proposta
é que eles façam um pequeno audiobook de um conto narrativo - es-
colhido a partir das discussões que irão ser feitas nas aulas seguintes
-, visando trabalhar justamente com as características comentadas
(modalização, voz, narração, sonoplastia).
Segunda Aula:
Exposição de audiobook do conto “Restos de carnaval”, do canal do
youtube: “Conto um conto” (disponível em: https://youtu.be/btEK-
C8BFpN8) e discussão das características de um audiobook.
Objetivo:
- Compreender as características de narrativas oralizadas.
Conteúdo:
- Texto narrativo na modalidade oral.
Desenvolvimento/condução:
- Cumprimentar a turma, reservando um tempo para organização da
sala.
- Explicar que será apresentado o audiobook com a leitura do conto
“Restos de carnaval”, de Clarice Lispector e que o texto impresso se-
34
rá entregue para que os alunos possam acompanhar.
- Distribuir as cópias do conto para os alunos.
- Reproduzir o audiobook.
- Indagar à turma, depois de encerrada a transmissão do audiobook,
sobre o que eles acharam do texto e do modo como este foi narrado.
- Conversar com a turma sobre as características do audiobook, refor-
çando a narração, a modalização da voz e a sonoplastia, a partir do
exemplo exposto em sala.
- Explicar para a turma que o exemplo apresentado em sala é o modo
como a oficina “É contando que se aprende”, que eles irão desenvol-
ver, deve ser elaborado, levando em consideração as características
do audiobook expostas na aula.
- Finalizar a aula, explicando que, no encontro seguinte, serão apre-
sentados contos diversos para leitura em sala e serão divididas as
equipes para que possam dar início ao trabalho.
Terceira Aula: Apresentar as possibilidades de contos para serem
oralizados no trabalho, exemplificar com um conto e recomendar ou-
tros. Explicar sobre o gênero crônica e formar as equipes.
Objetivo:
- Desenvolver melhor as noções sobre o conto e a crônica.
Conteúdo:
- Texto narrativo - Gênero textual: Conto.
- Texto narrativo - Crônica
Desenvolvimento/Condução:
- Após os cumprimentos iniciais e a organização da sala, reto-
mar o que já foi visto sobre o conto, utilizando como exemplo o texto
Felicidade Clandestina de Clarice Lispector. Disponível em:
- https://contobrasileiro.com.br/felicidade-clandestina-conto-
-de-clarice-lispector/
- Citar outros autores como Machado de Assis, Rubem Fonseca, Ly-
gia Fagundes Telles…
- Explicar sobre o gênero crônica e exemplificar com as crôni-
cas Insônia feliz e infeliz de Clarice Lispector e O fim do mundo de
Cecília Meireles, disponíveis hein:
https://www.culturagenial.com/cronicas-famosas-comentadas/
- Formas as equipes para o trabalho: cada grupo terá 5 pessoas,
levando em conta que a turma tem por volta de 30/35 alunos.
- Após isso, os textos serão sorteados entre as equipes:
Vendedor de seguros (Rubem Fonseca), Dizem que os cães veem coi-
sas (Moreira Campos), Mineirinho (Clarice Lispector), Primeiro bei-
jo (Clarice Lispector), Um apólogo (Machado de Assis), O encontro
35
(Lygia Fagundes Telles), Continuidade dos parques (Julio Cortázar),
Fala, amendoeira (Drummond), Ciao (Drummond), Meu ideal seria
escrever (Rubem Braga), Cafezinho (Rubem Braga). Disponíveis,
respectivamente hein:
https://contobrasileiro.com.br/o-vendedor-de-seguros-conto-de-ru-
bem-fonseca/
http://www.tirodeletra.com.br/conto_canino/Dizemqueoscaesveem-
coisas1-MoreiraCampos.htm
https://www.geledes.org.br/mineirinho-por-clarice-lispector/
https://claricelispector.blogspot.com/2007/11/o-primeiro-beijo.html
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.
br/conteudo/machadodeassis/umapologo.htm
https://armazemdetexto.blogspot.com/2020/09/conto-o-encontro-
-lygia-fagundes-telles.html
https://www.deolhonotexto.com.br/um-conto/
https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/03/cronica-fala-amen-
doeira-outonear21-de.html
https://www.culturagenial.com/cronicas-famosas-comentadas/
https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/11511/meu-ideal-seria-es-
crever
https://www.culturagenial.com/cronicas-famosas-comentadas/
Quarta Aula: Neste último momento do projeto, os alunos deverão
levar para a escola os celulares ou pen drives com as gravações.
Como cada grupo terá o tempo máximo de 10 minutos para apre-
sentar seu trabalho, pressupõe-se que o tempo de uma hora/aula seja
suficiente.
As apresentações deverão ser realizadas no auditório ou na quadra
da escola, como forma de mostrar a todos os estudantes e à equipe
de professores a importância de se realizar projetos assim. Esses,
além de trabalharem o entendimento das crianças sobre o conteúdo
programado, também incentivam a conscientização dos jovens sobre
a necessidade da democratização da literatura, visto que os audio-
books foram uma alternativa criada para a inclusão de pessoas com
deficiência visual.
Enquanto desenvolvem-se os áudios, o professor considera os crité-
rios de correção.
Objetivo:
- Expor e avaliar imparcialmente todos os trabalhos.
Desenvolvimento/Condução:
- Após os cumprimentos iniciais, e explicação dos fundamen-
tos do projeto para os presentes, o(a) professor(a) organiza o som pa-
36
ra reproduzir os áudios das equipes, que se apresentarão na ordem
que determinar o sorteio.
37
Oficina 8
Vamos de Cordel na sala de
aula?
38
críticos sobre livros, filmes, discos, canções, espetáculos de teatro e
dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e podcasts literários e artísti-
cos, playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.).
(EM13LP53) Criar obras autorais, em diferentes gêneros e mídias
– mediante seleção e apropriação de recursos textuais e expressivos
do repertório artístico –, e/ou produções derivadas (paródias, estili-
zações, fanfics, fanclipes etc.), como forma de dialogar crítica e/ou
subjetivamente com o texto literário.
PRIMEIRA AULA
1. No primeiro encontro, o professor irá destinar o momento
Passos para
inicial para uma apresentação mais geral e para tratar da métrica,
aplicação
enfatizando que, quando alguém canta ou declama versos de cordel,
o ritmo vai se repetindo ao longo da história. Esse ritmo é resultado
da métrica, ou seja, os versos precisam ser construídos com o mes-
mo número de sílabas. No cordel, os versos possuem 7 sílabas. O
professor irá demonstrar a métrica através de exemplos separados
previamente.
2. Após isso, o docente deverá abordar um pouco sobre a histó-
ria e a origem da Literatura de Cordel. Para essa parte da aula pode
ser sugerido que os próprios alunos façam pesquisas. Traçar um pa-
norama até chegar nos dias atuais, com exemplos dos principais cor-
delistas e dos contemporâneos. Importante que o professor também
apresente cordelistas femininas, ressaltando como essas mulheres
estão buscando ativamente visibilidade nesse meio.
3. Devem ser esclarecidas as eventuais dúvidas que os alunos
tiverem.
SEGUNDA AULA
1. Na segunda aula, o professor irá iniciar com a apresentação
do vídeo “O Sumiço do Nordeste’’, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4wEIec7fwJg e a a música de
Elba Ramalho “Nordeste independente”, disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=hcYDUQTpRxY. Após a apresentação
do vídeo e da música o professor irá conduzir uma discussão a res-
peito do conteúdo para, assim, fazer uma ponte com a produção que
ocorrerá na aula seguinte, A discussão deve girar em torno da te-
mática nordeste, alguns temas sugeridos: preconceitos para com o
Nordeste, valorização da cultura do Nordeste, estereótipos nor-
destinos, a luta do Nordeste.
39
alunos para que eles participem com suas visões a respeito da temá-
tica.
TERCEIRA AULA
1. Na terceira aula, o professor irá trazer exemplos de cordéis
produzidos a respeito de temáticas nordestinas para que os alunos
possam ter base para realizar as suas produções escritas, um exem-
plo escrito por Bráulio Bessa:
40
QUARTA AULA
1. Para finalizar a oficina, os alunos irão socializar suas produ-
ções com a turma, declamando seus cordéis e contando um pouco
sobre o processo de escrita. O professor deverá guiar esse momento.
41
Oficina 9
Batalha na sala de aula?
Só se for de Slam!
42
vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso
etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos
e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situa-
ções.
PRIMEIRA AULA
1. Atividade prática de contato com o gênero (5 min):
Passos para
a. Os alunos são organizados em grupos e recebem trechos de
aplicação (con-
textos pré-selecionados pelo professor;
dução, comando,
b. A proposta é que os alunos separem os trechos em dois gru-
ordenamento)
pos: retirados de textos poéticos x retirados de textos não-poéticos;
c. A origem dos trechos selecionados deve ser: trechos origi-
nais de slam poetry (gênero em questão); trechos de poesia clássica
(ou poesia de linguagem notadamente rebuscada); trechos de textos
não-literários (cartas, receitas, diários, etc)
2. Discussão sobre linguagem, oralidade e informalidade (10
min):
a. O professor guia os alunos por uma discussão sobre os resul-
tados alcançados com a atividade precedente;
b. A proposta é que se questione o uso da linguagem cotidiana,
informal e linguisticamente simples (não rebuscada) em representa-
ções artísticas como a poesia.
3. Apresentação de vídeo com a representação do gênero slam
poetry (5 min):
a. O professor apresenta um exemplo real de produção do gêne-
ro;
b. Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=x-
d9WeYNfUVQ
4. Questionamento e discussão sobre o gênero (5 min):
a. O professor levanta a pergunta: “Por que o slam poetry faz
uso de um vocabulário informal e cotidiano para se manifestar?”;
b. A proposta é que os alunos reflitam sobre o uso da linguagem
e seus objetivos na composição do gênero em questão.
5. Apresentação de vídeo sobre o gênero slam poetry (5 min):
43
a. Para orientar a discussão, o professor apresenta um vídeo
que explica o gênero em questão;
b. Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=x-
d9WeYNfUVQ
c. Ao final, sugere-se que o professor organize as ideias discu-
tidas pelos alunos para a conclusão de que o objetivo do gênero slam
é expressar uma identidade socialmente marginalizada que quer ser
vista e ser reconhecida, quer ter voz e vez de ser ouvida.
6. A estrutura do gênero - receita para próxima aula (20 min):
a. O professor complementa o apresentado no vídeo, contextu-
alizando o surgimento do slam poetry e situando o gênero na atuali-
dade;
b. O professor antecipa para os alunos que na aula seguinte ha-
verá uma batalha de slam poetry e que eles produzirão suas próprias
poesias;
c. Para orientá-los em suas produções, o professor perpassa as
minuciosidades da estrutura textual do gênero;
d. Sugerem-se, também com a possibilidade de participação
dos alunos, temas para serem trabalhados nas poesias na aula se-
guinte.
e. Para auxiliar o professor na compreensão do gênero slam po-
etry, separamos uma produção bastante esclarecedora, que perpassa
desde o surgimento do gênero até as situações atuais de produção.
Link para a produção:
SEGUNDA AULA
1. Produção dos textos (25 min):
a. A sala é organizada em grupos de 5-7 alunos (a depender da
quantidade de alunos, o professor tem toda a liberdade para organi-
zar grupos maiores ou menores, mantendo atenção especial à gestão
do tempo);
b. Cada grupo escolhe um tema para trabalhar em sua poesia;
c. Durante 25 minutos, os grupos irão produzir seus textos e
ensaiar para a batalha.
2. Batalha de slam poetry (10 min)
a. Cada grupo tem 3 minutos para apresentar sua poesia.
3. Discussão e avaliação (15 min):
a. Assim como numa verdadeira batalha de poesia slam, que
envolve pessoas aleatórias da plateia sendo escolhidas como juradas
das apresentações, o professor escolhe dentre os alunos (3, 4, ou
mais, de acordo com o contexto da sala) aqueles que vão votar na ...
44
poesia que mais gostaram. A poesia que obtiver mais votos ganha a
batalha;
b. O professor orienta a discussão para compreender o porquê
de cada voto, analisando os motivos de cada escolha e incentivando
a argumentação e o senso crítico dos alunos: o que funcionou e o
que não funcionou em cada texto e se todos os textos se encaixam
no gênero;
c. O professor finaliza a aula perguntando como os alunos se
sentiram ao produzir e reproduzir aquele gênero e ouvindo suas im-
pressões sobre as próprias realizações em sala.
OBSERVAÇÕES:
- Este plano de aula é uma sugestão ao professor. Ressaltamos
que o mesmo pode e deve adaptá-lo de acordo com a situação de
cada sala de aula.
- Uma sugestão para enriquecimento da oficina é que o pro-
fessor sugira aos alunos pesquisarem sobre o projeto Alunos que
Inspiram. Em uma situação ideal, o professor poderia inscrever as
produções dos alunos no evento e levá-los para participar (como
competidores ou como audiência). Essas experiências mudam a vida
de um aluno que nunca esteve em um evento cultural, e cabe à escola
proporcionar momentos de ampliação de horizontes como esse.
Participação durante a aula (posicionamento sobre questões levanta-
das e comentários sobre o proposto) e produção do gênero oral (eles
Avaliação da
mesmos irão avaliar as produções, reproduzindo o funcionamento de
aprendizagem
uma real batalha de poesia slam).
45
Oficina 10
De reconto em reconto....
eu aumento um ponto!
Série 6º ao 9º ano
46
fetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e
resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de
expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts cultu-
rais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfi-
cs, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer
honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de
apreciação e de manifestação da cultura de fãs.
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de li-
vros de literatura e por outras produções culturais do campo e re-
ceptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que
representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e
suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas lin-
guísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas
orientações dadas pelo professor.
(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, consideran-
do, na caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e
paralinguísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações,
entonação e expressividade, variedades e registros linguísticos), os
gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino e a maquia-
gem e elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do ce-
nário, da trilha sonora e da exploração dos modos de interpretação.
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como con-
tos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, hu-
morísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (comparti-
lhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como
romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura
infantojuvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral
(causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor,
contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição
literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto
por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite
o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela
pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como ne-
gritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou
esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de
audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras
dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas
diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras,
sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, pa-
ralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido preten-
didos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolonga-
47
mentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de
gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à
situação de compartilhamento em questão.
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da intera-
ção entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos
e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de
voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem,
obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de lingua-
gem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre
outras, a postura corporal e a gestualidade, na declamação de poe-
mas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa
quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do
emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora,
personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo
e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de pala-
vras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções
adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam
como modificadores, percebendo sua função na caracterização
dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero
narrativo.
48
da apresentação da atividade.
3. É importante que o professor destaque como todos são po-
tenciais contadores de histórias, uma vez que já costumamos fazer
isso em nosso dia a dia quando falamos com amigos e familiares.
4. No segundo momento, o professor deverá contextualizar o
conto “Corisco” de Luis Vilela. Ressaltar que a história faz parte do
livro “Contos da infância e adolescência”, o qual traz histórias sobre
a infância, a adolescência e a transição de uma fase para a outra, o
que inclui todas as suas alegrias e angústias, seus ganhos e suas per-
das. Além disso, mostrar que o autor traz em sua escrita a influência
da oralidade, e explicar como suas histórias se fixam em nós como
se fossem nossas próprias lembranças. Essa contextualização deverá
feita oralmente.
5. Quanto ao conto, o professor poderá tecer comentários, an-
tes da leitura compartilhada, sobre a história. No conto “Corisco”,
um menino criado para ter uma profunda reverência pelo pai, de
repente descobre nele sentimentos que estavam escondidos, apesar
da imagem de pessoa dura, rude, que ele tenta passar. Só que essa
descoberta tem um preço: a perda do animalzinho de estimação da
família, que entristece a ambos.
6. Dando continuidade, o professor fará uma leitura comparti-
lhada do conto, conversará com os estudantes sobre a história lida e
as suas interpretações para treinar sua oralidade e pedirá que a turma
se organize em equipes para a execução da atividade.
7. Em seguida, após a leitura compartilhada e a divisão das
equipes, o professor estabelecerá um tempo para que as equipes fa-
çam uma leitura do conto entre seus integrantes.
8. Após o tempo estabelecido, o professor, que será o respon-
sável por conduzir a atividade e a ordem das apresentações, deverá
recolher as folhas com o conto impresso e pedir que as equipes re-
contem a história. O professor deverá, ainda, acionar um cronômetro
para computar o tempo da realização da recontação da história por
cada equipe (nesse momento o professor pode sugerir um sorteio, ou
as equipes podem ser numeradas para uma melhor organização do
andamento da atividade).
9. A situação envolve o gênero oral recontação de histórias e
exige da equipe um planejamento antes da execução do desafio, por
esse motivo, são destinados alguns minutos para o cumprimento da
tarefa. No entanto, somente após o entendimento do que se pede na
atividade, é que o professor deve acionar um cronômetro para com-
putar o tempo da tarefa.
49
10. A seguir, cada equipe apresentará para a turma a recontação
do conto “Corisco” e, se realizar tudo de forma correta e organizada,
conquistará o sucesso nessa parte da atividade.
11. Após as recontações, o professor deverá comentar as diferen-
ças que aparecem entre ler e recontar uma história e conversar com
os alunos sobre quais elementos do texto mais apareceram e quais
foram subtraídos pelas equipes durante as recontações do conto.
12. Todas as situações, se cumpridas de forma correta e organi-
zada, valem a mesma quantidade de pontuação, logo, após as apre-
sentações das recontações e o debate acerca das semelhanças e das
diferenças encontradas nas recontações, as equipes serão pontuadas
por todas as etapas.
13. A atividade finalizará quando as equipes tiverem cumprido
todas as etapas da atividade.
14. Segue o link para acessar o conto “Corisco”, do escritor Luis
Vilela:
https://www.veredasdotexto.com/single-post/2016/04/21/corisco
https://www.youtube.com/watch?v=27Mlk0SiMQs
50
Oficina 11
Oralizando: Jogo no PowerPoint
com os gêneros textuais orais
Série 3ª série EM
51
lação.
(EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social,
analisando diferentes argumentos e opiniões manifestados, para ne-
gociar e sustentar posições, formular propostas, e intervir e tomar
decisões democraticamente sustentadas, que levem em conta o bem
comum e os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global.
(EM13LGG304) Mapear e criar, por meio de práticas de lingua-
gem, possibilidades de atuação social, política, artística e cultural
para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo seus princípios e
objetivos de maneira crítica, criativa, solidária e ética.
(EM13LGG401) Analisar textos de modo a caracterizar as línguas
como fenômeno (geo)político, histórico, social, variável, heterogê-
neo e sensível aos contextos de uso.
(EM13LGG402) Empregar, nas interações sociais, a variedade e o
estilo de língua adequados à situação comunicativa, ao(s) interlo-
cutor(es) e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas
por esse(s) interlocutor(es) e combatendo situações de preconceito
linguístico.
● Quadro branco para projeção do jogo (slides)
● Datashow
Material
● Notebook
● Caixa de som
● Marcador de tempo (pode ser um relógio, ou cronômetro de
algum dispositivo, como o celular, tablet...)
● Pincel e Apagador para o registro da pontuação das equipes
52
sugerir um sorteio, ou as equipes podem ser numeradas de 1 a 3,
associando assim, as situações que já estão numeradas a cada grupo
correspondente).
6. Cada situação envolve um gênero oral diferente e exige da
equipe um planejamento antes da execução do desafio, por esse mo-
tivo, são destinados alguns minutos para o cumprimento da tarefa.
No entanto, somente após a leitura e o entendimento do que se pede
no desafio, é que o professor deve acionar um cronômetro para com-
putar o tempo da tarefa.
7. Finalizado o tempo, a equipe precisará apresentar para toda a
turma a solução encontrada para o desafio e, se realizar tudo de for-
ma correta, conquistará a quantidade de pontos que já é indicada no
slide da situação.
8. Depois que a primeira equipe cumprir seu desafio, inicia-se o
da próxima, até que as três tenham se apresentado. É importante exi-
gir das demais equipes que, enquanto uma esteja concentrada e re-
alizando sua situação-problema, elas precisarão colaborar, de forma
silenciosa e atenta, pois o julgamento do merecimento da pontuação
oferecida naquele desafio será feito tanto pelo professor, quanto por
elas.
9. Todas as situações, se cumpridas de forma correta, valem a
mesma quantidade de pontuação, logo, após as apresentações das
equipes, o jogo só finalizará, se somente uma equipe conseguir pon-
tuar. Caso nenhuma pontue, ou se duas ou mais equipes realizarem
tudo conforme as exigências, haverá um empate, exigindo a con-
tinuidade do jogo, com novos desafios para que se chegue a uma
equipe vencedora.
10. Para os casos apresentados anteriormente, que necessitam de
desempate, o professor terá na tela inicial do jogo a indicação de 09
balões com outras situações para que as equipes tentem pontuar. No
entanto, nem todos os balões trazem situações valendo pontos extras,
alguns simplesmente apresentam mensagens informando que a equi-
pe não pontua.
11. O jogo finaliza quando houver uma equipe com um somató-
rio de pontos maior do que as demais.
12. Quanto ao manuseio do jogo, o professor, para não ter difi-
culdades, deverá utilizar-se do mouse e não das setas do teclado, isto
porque para se locomover na sequência correta dos slides adequados
é necessário clicar nos botões indicados.
13. Segue o link para acessar a pasta com o jogo ORALIZAN-
DO. É recomendado que se realize o download da pasta inteira e que
53
se tenha instalado no computador o programa PowerPoint. Em se-
guida, abrir a pasta e clicar 2x sobre o jogo, pois somente assim, será
possível obter o jogo configurado de forma completa, com todos seus
comandos, efeitos, animações e áudios. Outra possibilidade é
https://drive.google.com/drive/folders/1oNfR-KyKO2FVLXVsu-
1fhI2wfSAM9qXKw
Obs: Caso o arquivo seja aberto pelo google slides, muitos recursos
não serão ativados, atrapalhando o andamento do jogo.
A avaliação da turma será feita, inicialmente, pelo professor, atra-
vés de suas observações durante a aplicação do jogo, que levará em
Avaliação da
conta a participação dos alunos, sua interação com as equipes, sua
aprendizagem
motivação, seu empenho em ajudar seu grupo. Posteriormente, após
o término do jogo, o professor realizará um momento de conversa-
ção com a turma para saber dos alunos: o que acharam da ativida-
de; se acreditam ter aprendido com as situações propostas no jogo;
se gostaram e acharam pertinente praticar a oralidade nas diferentes
situações indicadas. Por fim, os alunos serão convidados a fazerem
uma autoavaliação de sua participação, atribuindo para si uma nota
de 0 a 10.
● CARVALHO, Robson Santos de.; FERRAREZI Jr., Celso.
Oralidade na educação básica: o que saber, como ensinar. 1.ed.,
Referências
São Paulo: Parábola, 2018
● MAGALHÃES, T. G.; LACERDA, A. P. DE O. Concepções
e práticas de oralidade na escola básica na perspectiva dos do-
centes. Horizontes, v. 37, p.e019004, 15 mar. 2019.
● MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: ativi-
dades de retextualização. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
● MARCUSCHI, Luiz; DIONÍSIO, Angela P. Fala e escrita.
1. ed., 1. reimp.
— Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
● BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, 2018.
54
Oficina 12
Quem canta seus males espanta:
a canção na sala de aula
55
elas, recorrendo a referências estéticas e culturais, conhecimentos de
naturezas diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e expe-
riências individuais e coletivas.
56
para os colegas em sua equipe. Enquanto isso, o professor deve cir-
cular entre as equipes a fim de auxiliar nas explicações dos alunos ou
sanar possíveis dúvidas.
57
canção?
● Por que você acha que no trecho “Ele tá fazendo de tapete o
seu coração” há o uso da metáfora? E por que você acha que a canto-
ra utilizou a figura de linguagem metáfora?
● Por que você acha que no trecho “Para de insistir, chega de
se iludir / O que cê tá passando, eu já passei e eu sobrevivi” há o uso
da hipérbole? E por que você acha que a cantora utilizou a figura de
linguagem hipérbole?
58
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curri-
cular. Brasília, 2017.
Referências
MENDONÇA, Marília. Supera. Rio de Janeiro: Som livre: 2019.
bibliográficas
Disponível em: : https://www.letras.mus.br/marilia-mendonca/supe-
ra
Acesso em: 12 abr. 2022.
AZEVEDO, Naiara. 50 reais. Mato Grosso do Sul: MM Music: 2016.
Disponível em: https://www.letras.mus.br/naiara-azevedo/50-reais/
Acesso em: 05 abr. 2022.
59
Oficina 13
O Sarau e a representação do
indígena na literatura
Série 6º ao 9º anos
60
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionan-
do procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes
– romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contempo-
râneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas
visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poe-
mas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoe-
ma, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabe-
lecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e huma-
nos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhe-
cendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre
as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o
contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando,
na caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e para-
linguísticos da (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, entonação
e expressividade, variedades e registros linguísticos), os gestos e os
deslocamentos no espaço cênico, o figurino e a maquiagem e elabo-
rando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da trilha
sonora e da exploração dos modos de interpretação.
Aula 1
1. O professor irá introduzir o tema ativando os conhecimen-
Passos para
tos prévios dos alunos com o questionamento/ indagação “Qual a
aplicação (con-
imagem que você possui em relação à representação do indígena na
dução, comando,
literatura? Alguma obra vem à mente? Se sim, qual?”. Após os re-
ordenamento)
tornos, o docente irá questionar sobre o conhecimento dos alunos no
que diz respeito a ter uma literatura que, além de retratar a imagem
do indígena, também seja escrita por um. De acordo com as respos-
tas obtidas, ele irá apresentar o poema “Índio Eu não sou”, da autora
indígena Márcia Kambeba, disponível em:
https://guatafoz.com.br/indio-eu-nao-sou-poema-de-marcia-kambeb
a/. Após a leitura em voz alta, o professor deverá suscitar um deba-
te sobre a leitura do poema, dando enfoque na temática e na forma
como foi abordada através de perguntas norteadoras, como:
61
ou familiarizar-se com o tema?”
62
livro “Ay Kakyri Tama (Eu moro na cidade) que também está à dis-
posição no acervo online da Biblioteca Curt Nimuendajú, no site da
Fundação Nacional do Índio (FUNAI), disponível em:
http://biblioteca.funai.gov.br/media/pdf/LIVROS/MFN-45661.pdf.
Aula 3
Primeiro poema:
Segundo poema:
63
cia no poema? Por quê?”
4. Em seguida, o professor deverá realizar uma breve análise e re-
lacionar com trechos de leituras conhecidas, como “A carta de Pero
Vaz de Caminha”(1500) e “Juca Pirama” (1851), que estarão no ver-
so do material. Após a leitura dos trechos, o docente poderá iniciar
um debate em relação aos conteúdos produzidos com as temáticas
abordadas por esses dois pontos de vista, além de discutir sobre a
imagem insultuosa que é construída do indigena quando se consome
apenas um lado da literatura.
Aula 4:
1. O professor poderá fazer uma retomada do que foi aborda-
do nas aulas anteriores para, em seguida, explicar que, nessa aula,
dará continuidade à análise de produções indígenas, em contraste
com textos de autoria não indígena. Será pedido que a turma pegue
o material com os textos entregue na aula anterior, o qual contém os
poemas que serão utilizados para essa aula, e leia o intitulado “Os
filhos das águas de Solimões”, da autora Márcia Kambeba, dispo-
nível no livro da autora citado na aula anterior. Após a leitura do
texto, o docente abrirá espaço para discussão, a partir de perguntas
norteadoras, como “o que o poema expressa?” e “o que chamou a
atenção de vocês no texto?”. Depois que os alunos compartilharem
suas impressões acerca do poema, o professor irá tecer considerações
para complementar a análise do texto, podendo reforçar como a au-
tora expressa com sensibilidade a relação entre a vida e a natureza e
que denuncia, a partir de uma linguagem poética, que o contato do
colonizador com o povo Kambeba trouxe o desaldeamento ao grupo.
2. Em seguida, o professor apresentará a leitura de um trecho
da Carta de Pero Vaz de Caminha, disponível em domínio público.
Decorrida a leitura, o professor deve iniciar uma discussão sobre o
texto, pondo-o em contraste com o texto lido anteriormente na aula.
Para isso, pode-se realizar as seguintes perguntas norteadoras: “o que
podemos perceber nesse trecho da carta?”, “é possível notar diferen-
ças e semelhanças entre esse texto e o poema da Márcia Kambeba?
Quais?”, “vocês notam uma diferença entre a perspectiva indígena e
a de Caminha, expressa nesse trecho da carta? Como são as perspec-
tivas de cada texto?” e “quais pontos da relação entre os dois textos
lidos chamou a atenção de vocês?”
3. Concluída a discussão do texto, o professor abordará outro poema
de Márcia Kambeba, no caso, “União dos Povos”. Partindo da lei-
tura do texto, o professor irá implementar a discussão na turma, por
meio de perguntas sobre a temática. Em seguida, é interessante que o
docente finalize a aula reforçando que a autora expressa, no texto, a
união dos povos para preservar suas culturas e sua história.
Aula 5
1. O professor iniciará a aula reforçando a temática trabalhada
64
nos encontros anteriores. Nessa direção, será apontado que, confor-
me visto nos textos lidos em sala anteriormente, há uma diferença no
modo como as culturas, crenças e vivências de povos originários são
retratadas por autores indígenas e por autores não indígenas, desta-
cando que este apresentou obras envoltas em preconceito e em uma
imagem estereotipada do indígena, enquanto aquele põe em evidên-
cia a perspectiva indígena e a crítica às violências vividas por povos
originários, destacando, também, a cultura e a resistência.
65
çalves Dias. .3. Ed. São Paulo: Martin Claret, 2012. Disponível em:
http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/jucapira-
ma.pdf
KAMBEBA, M. W. Ay Kakyri Tama: Eu Moro Na Cidade. 1ª
Ed. Manaus: Grafisa Gráfica e Editora, 2013. Disponível em:
http://biblioteca.funai.gov.br/media/pdf/LIVROS/MFN-45661.pdf
Uma história de Amor e Fúria. Direção de Luiz Bolognesi. Produ-
ção de Caio Gullane. [S.I.]: Buriti Filmes, Gullane/Lightstar Stu-
dios. Europa Filmes, Legendmain Filmes. 2013. Digital. Disponível
em https://www.netflix.com/watch/81503928?source=35. Acesso
em: 03 jul. 2022.
66
Oficina 14
A Missa do Galo em conto,
roteiro e teatro na sala de aula
Série 6º ao 9° ano
67
presentem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas
experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísti-
cas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orien-
tações dadas pelo professor.
(EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de roman-
ces, contos, mitos, narrativas de enigma e de aventura, novelas, bio-
grafias romanceadas, crônicas, dentre outros, indicando as rubricas
para caracterização do cenário, do espaço, do tempo; explicitando a
caracterização física e psicológica dos personagens e dos seus modos
de ação; reconfigurando a inserção do discurso direto e dos tipos de
narrador; explicitando as marcas de variação linguística (dialetos, re-
gistros e jargões) e retextualizando o tratamento da temática.
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento,
textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restri-
ções temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos
e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido,
o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e
considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao
texto literário.
(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando,
na caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e paralin-
guísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, entona-
ção e expressividade, variedades e registros linguísticos), os gestos
e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino e a maquiagem e
elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da
trilha sonora e da exploração dos modos de interpretação.
1° Aula: texto impresso ou em pfd com o conto “Missa do Galo”
(em quantidade suficiente para toda a turma), pincel, quadro.
Material
2° Aula: texto impresso para a discussão, pincéis e, caso necessário,
um projetor para exemplificar em slides.
3° Aula: texto impresso com o conto “Missa do Galo”, papéis com
a anotação sobre a divisão dos grupos, quadro, pincel e canetas,
tesouras, cola.
4° Aula: os roteiros de cada equipe para que os colegas e o profes-
sor possam acompanhar.
68
- Momento Inicial - Aplicar as estratégias de compreensão leitora
para antes da leitura:
- Conversar com a turma sobre as características do gênero conto
(narrativa curta, poucos personagens…), mediar com perguntas: “O
que é o conto? O que se espera de narrativas do gênero? Que exem-
plos de conto vocês gostariam de destacar?” .
- Anotar, a partir das respostas, algumas das características no qua-
dro.
- Distribuir o conto “Missa do Galo” em material impresso para os
alunos. Finalizada a revisão sobre as características do gênero,
(Link de acesso ao conto: http://www.biblio.com.br/defaultz.as-
p?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/machadodeassis/missa-
dogalo.htm)
- Perguntar à turma, após a distribuição do conto, o que eles esperam
da leitura a partir dos referentes paratextuais, mediar com perguntas:
“Vocês já leram esse conto antes? O nome do autor diz algo sobre
essa leitura para vocês? Quais expectativas vocês possuem a partir
dessas características e informações?”
- Aprofundar a discussão sobre Machado de Assis, ressaltando carac-
terísticas típicas de sua escrita e das temáticas abordadas, explicando
como o autor se tornou referência na produção de contos nacionais.
Ressaltar brevemente o contexto histórico e a importância do autor
para a literatura, mediando a explicação com perguntas: “O Machado
de Assis é associado a escola literária do realismo, seus contos ti-
nham um tom muito crítico sobre a sociedade brasileira, o que vocês
esperam da leitura cientes desses contextos?”
- Momento intermediário - Aplicar as estratégias de compreensão
leitora para durante a leitura:
- Orientar a turma a fazer uma leitura silenciosa do conto, dispondo
de um tempo delimitado para que os alunos possam se concentrar.
- Solicitar, após o fim do tempo, que agora a turma faça uma leitura
coletiva, iniciando a leitura e incentivando que os alunos deem con-
tinuidade a cada três parágrafos.
- Momento final - Aplicar brevemente as estratégias de compreen-
são leitora para depois da leitura:
- Questionar brevemente o que eles acharam do conto, a nível de
fruição da leitura. Utilizar questionamentos mediadores: “O que vo-
cês acharam do conto? Acharam o conto divertido, instigante, curio-
so…?”
- Explicar aos alunos que na próxima aula haverá um debate mais
aprofundado sobre o conto.
69
- Incentivar a turma a pesquisar acerca da história para trazer apon-
tamentos, dúvidas e opiniões na aula seguinte.
2° Aula:
Objetivos:
- Discutir as estratégias de depois da leitura do texto
- Separar as equipes em grupos com 5 pessoas, levando em
consideração 30 alunos na sala.
Desenvolvimento e condução:
Acolhida: cumprimentar a turma e organizá-la.
Momento inicial - Aplicação de estratégias de compreensão leitora
para depois da leitura, perguntar o que acharam do conto e qual o
significado da história.
Momento intermediário - Aprofundar as discussões sobre as
temáticas abordadas na narrativa, falar sobre o contexto literário,
demonstrar as intertextualidades presentes na história, já que o au-
tor cita as obras A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e Os
três mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Logo em seguida, debater
se a história condiz com o estilo do autor e sem ela ainda tem rele-
vância atualmente.
Momento final - Discutir sobre as possibilidades que poderiam ter
acontecido na história, explicar o objetivo do trabalho e separar as
equipes.
3° Aula: Confecção mediada dos trabalhos.
Objetivos:
- Confeccionar ou finalizar os roteiros para o trabalho.
- Solucionar as dúvidas acerca do projeto.
- Ensaiar as apresentações.
Conteúdos:
- Prática escrita (roteiro).
- Intertextualidade entre o roteiro e a leitura do texto literário
(conto).
- Prática do texto teatral e da encenação.
Desenvolvimento/Condução:
- Acolhida: cumprimentar a turma (entre 5 e 10 minutos).
- Momento Inicial: Solicitar que os alunos se dividam nos grupos
organizados para o trabalho, formando pequenas rodas para cada
grupo na sala.
- Momento intermediário: Explicar que a aula tem o objetivo de
permitir a confecção ou finalização dos roteiros, bem como é uma
aula para tirar as dúvidas.
70
- Incentivar as equipes a ensaiarem entre si os roteiros produzidos.
- Passar entre os grupos para mediar as confecções e sanar dúvidas.
- Momento final: Reforçar as informações e instruções para a apre-
sentação dos trabalhos.
4° Aula: Apresentações
Objetivo:
Avaliar as apresentações dos alunos.
Momento inicial - Organizar a turma e as equipes.
Momento intermediário - Apresentar os roteiros e as encenações
das equipes, cada equipe terá, no máximo, 10 minutos.
Momento final - Ao fim das apresentações, discutir o que eles tira-
ram do trabalho, o que eles aprenderam com a transposição da narra-
ção para a encenação.
71
Oficina 15
Drummond e Portinari em
diálogo
Série 6 ao 9º ano
72
texto verbal. (p. 159)
AULA 01-
Passos para
- Nesta primeira aula será feito o primeiro contato dos alunos
aplicação (con-
com a temática do poema a ser trabalhado, para isso será mostrado
dução, comando,
a imagem do Desenho de Portinari em que retrata a cena de Dom
ordenamento)
Quixote. QR CODE PARA ACESSO A IMAGEM:
AULA 02-
- Será feita a entrega do poema impresso em folhas para todos
os estudantes.
73
QR CODE PARA ACESSO AO MATERIAL IMPRESSO
74
- Após a leitura, será retomado desde o quadro a este trecho do
livro o entendimento geral do poema, e também, será questionado:
Como os alunos conseguem relacionar as diferentes expressões artís-
ticas, os diferentes gêneros textuais? Como a relação é estabelecida?
Quais as características de cada modalidade? Quais as que eles mais
gostam: leitura? pintura? etc.
AULA 03 -
AULA 04 -
AULA 05 -
75
- Será feita a apresentação dos trabalhos da outra metade da
turma;
- Mediante a todas as apresentações, será feito o encerramento
da oficina com comentários e feedbacks;
- Após isso, será feita a festinha de encerramento.
76
Oficina 16
O que é a felicidade?
Clarice Lispector responde
Série 6º ao 9º anos
77
entre os textos literários, entre esses textos literários e outras mani-
festações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, mú-
sica), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e entre o
texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, víde-
os-minuto, vidding, dentre outros.
78
público, local, data e divulgação do evento.
79
Oficina 17
O Auto da Barca do Inferno:
o teatro medieval português
na sala de aula
Série 6º ao 9º ano
80
quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e entre o texto
original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-mi-
nuto, vidding, dentre outros.
81
o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom
e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e
pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de com-
partilhamento em questão.
82
● Questão 2: Quais personagens entram na barca rumo ao infer-
no?
● Questão 3: Selecione uma personagem que adentrou a barca
do céu e explique o percurso traçado por esta até esse desfecho.
● Questão 4: Selecione uma personagem que adentrou a barca
do inferno e explique o percurso traçado por esta até esse desfecho.
● Questão 5: Existe no texto uma forte crítica a certos valores
morais que atua como tema central da obra. Utilizando exemplos do
texto, explique como essa crítica é construída.
83