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na Sala
de Aula:
Oficinas pedagógicas
interdisciplinares para o
Ensino Fundamental
Anos Finais
Comitê Editorial
Ana Paula Oliveira Santana (UFSC)
Aline Rodrigues Nogueira (URCA)
Aucélia Vieira Ramos (UFPI)
Dannytza Serra Gomes (UFC)
Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin (UFC)
Fabiana dos Santos Lima (IFCE)
Hérica Paiva Pereira (UFCG)
Maria João Broa Martins Marçalo (Universidade de Évora, Portugal)
Maria Lúcia de Souza Agra (URCA)
Palmira Virgínia Bahia Heine Alvarez (UEFS)
Sandra Maia Farias Vasconcelos (UFC)
Este material foi produzido gratuitamente e sua distribuição é livre, desde que citada a fonte.
Vários autores.
Outros organizadores : Francisco Rogiellyson da Silva Andrade, Mônica
de Souza Serafim, Priscila Sandra Ramos de Lima
Bibliografia
ISBN 978-65-994596-3-4
21-80268 CDD-418.4
Índices para catálogo sistemático:
Editora Perin
Rua Augusto Dias de Oliveira, 1554
Novo Juazeiro, CEP 63031-760
Juazeiro do Norte – CE
Telefone: +55 (88) 99851-9202
Sumário
Apresentação
Liliane Viana Lima 9
11
Se a aula é de leitura, todo mundo ensina junto: interdisciplinaridade
como caminho teórico-metodológico para o ensino de leitura no Ensino
Fundamental Anos Finais
Dannytza Serra Gomes, Francisco Rogiellyson da Silva Andrade,
Mônica de Souza Serafim e Priscila Sandra Ramos de Lima
29
A colonialidade que nos concerne e a leitura literária
Ana Kevyla Gomes de Sousa, Lidiane Pereira Rodrigues e
Yuri Barbosa da Silva
47
Literatura e meditação na escola
Antônio Lucas Gomes Rodrigues, Kailane da Silva Brito e
Maria da Conceição Mota Ferreira Campelo
73
O Brasil representado na arte: leitura de telas modernistas
Ana Beatriz Holanda Siqueira Barros, Beatriz de Paula Silva,
Biatriz de Moura Tavares e Raquel Nunes Cavalcanti
76
A leitura do texto literário e as operações matemáticas
Ashley Evelyn Reátegui Saraiva, Fernanda Steffany do Nascimento
Chrisóstomo e Jean Matheus de Souza Rocha
89
Infográficos: reflexões verbo-numérico-visuais no ensino de leitura e de
letramento matemático
Abigail Oliveira Ferreira, José Felipe Matias dos Santos e
Paulo Alex Nascimento de Lima
95
A leitura de textos multissemióticos e as misturas homogêneas e
heterogêneas: tudo junto e misturado!
André Brito da Silva, Francisco José Gomes de Sousa,
Letícia Teixeira Lobo Rodrigues e Luan de Aguiar Vieira
Apresentar uma obra como esta é uma missão complexa e, justamente por isso, grati-
ficante, pois este é um dos momentos em que observamos a universidade olhando para fo-
ra de seus muros e observando a realidade à sua volta para, assim, produzir conhecimento
com a finalidade de sanar lacunas existentes na sociedade. O livro A leitura na sala de au-
la: oficinas pedagógicas interdisciplinares para o ensino fundamental anos finais possui co-
mo objetivo principal exatamente permitir que estudantes de licenciatura possam refletir
acerca da práxis docente na educação básica e, com seus escritos organizados nesta obra,
tentar amenizar a ausência de um ponto de partida de como os professores que lecionam
nos anos finais do ensino fundamental podem trabalhar a língua portuguesa em parceria
com diversos componentes curriculares por meio de oficinas.
Essa noção de interdisciplinaridade no ensino da leitura corrobora com a noção de
Kerwald (1998, p. 24), de que ler é atribuir significados, relacionando o texto com outros
textos na busca da sua compreensão, dos seus sentidos e de outras possíveis leituras. Tal
leitura só é possível com a articulação de conhecimentos diversos, permitindo ao aluno
não apenas decodificar um texto, mas sim o aprendizado por meio do letramento, o envol-
vimento de um “conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no uso da
língua em práticas sociais e necessários para uma participação ativa e competente na socie-
dade escrita” (SOARES; BATISTA, 2005, p. 50). Estas ideias entram em consonância com
os documentos oficiais, de modo que a BNCC (2018) intenciona superar a fragmentação
das políticas públicas por todo o país ao lançar uma organização comum das aprendizagens
essenciais aos estudantes da educação básica. Esta obra aqui apresentada torna-se, na ver-
dade, um de seus instrumentos para que sejam colocadas em prática as premissas da legis-
lação educacional vigente para a educação básica.
Sabemos das dificuldades existentes nos sistemas de ensino brasileiro, sobretudo na
educação pública, em que fatores internos, como as condições insuficientes de os professo-
res colocarem em prática suas ações pedagógicas, salas de aula numerosas e com estrutu-
ras questionáveis, pouco tempo de planejamento e, por vezes seccionado, não havendo
momentos de planejar com professores de outras áreas do conhecimento, entre outros inú-
meros assuntos, acabaram se amplificando em razão da pandemia mundial do vírus Covid-
19. Consequentemente, as deficiências existentes no método tradicional de ensino foram
ainda mais evidenciadas e a necessidade urgente de o professor reinventar a sua prática
pedagógica a fim de obter uma aprendizagem ao mesmo tempo essencial e efetiva de seus
educandos tornou-se urgente e necessária.
9
Por isso, especialmente em relação ao nosso contexto atual de metamorfose pelo qual
a nossa educação básica está passando, é de importância fundamental a presença de um
material que auxilie professores de diversas disciplinas dos anos finais do ensino funda-
mental a ultrapassarem as barreiras de seus saberes e trabalharem com temas transversais
e em parcerias interdisciplinares.
Este livro é um compêndio de oficinas produzidas pelos cursistas da disciplina Está-
gio em Ensino de Leitura, durante o semestre 2021.1, do curso de Letras, da Universidade
Federal do Ceará, sob a supervisão e organização das professoras doutoras Dannytza Serra
Gomes e Mônica de Souza Serafim, e dos doutorandos Francisco Rogiellyson da Silva An-
drade e Priscila Sandra Ramos de Lima. Sua divisão é composta por 22 oficinas divididas
em quatro blocos temáticos, a fim de mostrar que é possível o componente curricular Lín-
gua Portuguesa operar ativamente com todas as outras áreas de conhecimento dos anos fi-
nais do ensino fundamental. As oficinas 1 a 9 trabalham a interdisciplinaridade entre lín-
gua portuguesa e ciências humanas por meio de temas como Ditadura Militar, moral e éti-
ca; as oficinas 10 a 12 retratam como trazer temas transversais para serem utilizados com
as outras disciplinas da própria área de Linguagens e Códigos, buscando eixos temáticos
como meditação, arte popular, teatro, entre outros temas.
As oficinas 16 a 19 mostram que é perfeitamente possível unir Língua Portuguesa e
Matemática em um mesmo eixo temático, seja por meio do incentivo à leitura de textos
literários e identificação de aspectos matemáticos oriundos deles, seja por interpretação
de dados numéricos em textos jornalísticos. Por fim, as oficinas 20 a 22 revelam a união
entre Língua Portuguesa e Ciências, trazendo temas de vivência atual na vida dos alunos,
como a onda de fakenews.
Após esta breve explanação, pretendemos trazer aos gestores da educação e aos pro-
fessores a consciência de que não estamos sozinhos dentro das ilhas de nossas próprias
disciplinas; sempre podemos contar uns com os outros, compartilhar temas e, por que não,
trabalhar juntos no decorrer do ano letivo em atividades comuns de sala de aula. Por isso,
esta obra dedica-se a auxiliar o professor no planejamento das aulas e, juntamente com
seus pares, utilizar as oficinas aqui propostas para que, a partir delas, possamos imbuir
nos discentes o desejo de aprender, a autonomia do pensamento crítico e o aprofundamen-
to em letramentos diversos.
Referências
KEHRWALD, I. Ler e escrever em artes visuais. In: NEVES, I. et al. (Orgs.). Ler e escrever:
compromisso de todas as áreas. Porto Alegre: UFRGS Editora, 1998.
10
Introdução
Se a aula é de leitura, todo mundo ensina junto:
interdisciplinaridade como caminho teórico-metodológico para o
ensino de leitura no Ensino Fundamental Anos Finais
11
interdisciplinares. Mais profundo que isso, Paulo Freire (2003 e, em coautoria com Mace-
do, 1994) e Foucambert (1994) observam que essa dificuldade de ensinar a leitura na esco-
la nada tem de irrefletido: é consequência de um projeto neoliberal de não formação efetiva
de leitores; uma vez que a leitura é prática social capaz de conferir ao leitor criticidade pa-
ra/sobre/com o mundo, torna-se muito perigoso, numa sociedade baseada na desigualdade
social e no capitalismo opressor, formar cidadãos capazes de problematizar.
Tendo em vista as questões de tempo e as circunstâncias histórico-sociais que atraves-
sam o ensino, tivemos a ideia desta organização. Como formação inicial, estudantes de li-
cenciatura em Letras da Universidade Federal do Ceará, no período letivo 2021.1, tiveram
a oportunidade de projetar propostas pedagógicas para a prática de sala de aula no Estágio
em Ensino de Leitura, componente curricular obrigatório do curso; como formação conti-
nuada, os leitores a quem o livro se dirige poderão, com seus pares, utilizar as oficinas aqui
propostas em suas aulas de leitura, ao lado de seus colegas de outras áreas.
Além de ser projeto de formação inicial e continuada de professores, este livro se con-
figura como ação articulada com a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2018).
Além de todas as propostas terem sido planejadas à luz das habilidades propostas pelo re-
ferido documento, a preocupação interdisciplinar de não enclausurar os conhecimentos
e, portanto, os acontecimentos da vida humana como disciplinadamente estanques é cen-
tral para a BNCC (BRASIL, 2018).
Na verdade, vale ressaltar que, ao assistir às apresentações realizadas pelos autores
das oficinas, percebemos que, se escolhemos a interdisciplinaridade como mola propulso-
ra do ensino de leitura, por consequência, a transdisciplinaridade, ou seja, a reflexão sobre
temas transversais a partir dos diferentes enfoques analíticos das áreas do conhecimento
vem a reboque. Como será possível observar, as oficinas propostas não somente unem com-
ponentes curriculares, mas, para além disso, também elegem temáticas caras à vivência na
sociedade atual com o fito de problematizá-las.
Assim, temas como ditadura e repressão política, manipulação por fakenews, padrões
estéticos e saúde, desigualdade social em espaços de seca, manipulação de dados e estatís-
ticas, estereótipos esportivos, sedentarismo, (de)colonialidade, preconceito religioso, proje-
tos de futuro são alguns dos temas que atravessam as oficinas apresentadas. Ao serem ana-
lisados em diferentes gêneros discursivos, como canções, peças teatrais, notícias, infográfi-
cos, reportagens, poemas, postagens de redes sociais, romances, mapas, parábolas etc., sob
a lente reflexiva das habilidades concernentes a cada área do conhecimento, o processo de
leitura se enriquece, porque, além de ser motivo de refinamento de habilidades de leitura,
dá sentido aos objetos de conhecimento das disciplinas, por vezes trabalhados descontex-
tualizadamente.
Além disso, a pandemia do novo coronavírus, desde fevereiro de 2020, vem nos ensi-
nando muito e enfraquecendo as bases com as quais estávamos tão acostumados. Em fun-
ção disso, as oficinas foram pensadas para serem oficializadas em contextos presenciais,
remotos e híbridos. O objetivo disso é não engessar as práticas de ensino e, nessa conjun-
tura, mesmo em circunstâncias adversas, nunca perder de vista o objetivo de formação de
leitores.
Por fim, este ebook possui uma série de anexos, com textos, atividades, apontamentos
reflexivos, tudo preparado pelos autores das oficinas. Resolvemos, então, disponibilizar os
anexos em um arquivo separado, que pode ser baixado pelos leitores e editado conforme
12
adequação aos objetivos traçados para cada realidade escolar. Para acessar os anexos das
oficinas, basta escanear o QR code disponível a seguir.
Referências
ALLIEND, F.; CONDEMARÍN, M. A leitura nas diversas disciplinas. In: ALLIEND, F.; CON-
DEMARÍN, M. Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Médicas,
1987. p. 185-199.
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cor-
tez, 2003.
FREIRE, P.; MACEDO, D. Alfabetização: leitura do mundo leitura da palavra. São Paulo:
Paz e Terra, 1994.
NEVES, I. et al. (Org.). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. Porto Alegre: Ed.
UFRGS, 1999.
13
14
Oficina 1
A leitura de textos multissemióticos
e a Ditadura Militar
Larissa Ingrid Paiva
Maria de Fátima Lino Souza
Maria de Sousa Macêdo
Série 9º ano
História:
(EF09HI19) Identificar e compreender o processo que resultou na
ditadura civil-militar no Brasil e discutir a emergência de questões
relacionadas à memória e à justiça sobre os casos de violação dos di-
reitos humanos.
Projetor multimídia, computador, quadro, slides, livro didático, tiri-
Material
nhas e charges impressas.
15
Primeira aula (50 min)
1. Predição: Perguntar o que os estudantes sabem acerca da Ditadu-
ra militar, como: “O que vocês sabem acerca desse período?”,
“Quando começou e quando terminou a Ditadura no Brasil?”,
“Seus avós já falaram algo sobre esse período para vocês?” (10
minutos)
2. Iniciar a aula com uma música para introduzir o assunto que se-
rá abordado (Cálice, de Chico Buarque, disponível em:
bit.ly/3qGvKwf). Relacionar a letra dessa música à Ditadura Mili-
tar, como no trecho: “Pai, afasta de mim esse cálice”. (15 minu-
tos);
3. Apresentar um vídeo sobre a Ditadura Militar (Ditadura / Regime
Militar – Resumo desenhado, disponível em: bit.ly/3qEYPI7. (15
minutos)
4. Criar um mapa-mental, no quadro, de palavras que mais reme-
tem à Ditadura. Ex.: o professor chama alguns alunos para colo-
car as principais informações do vídeo no quadro, no estilo de
um mapa-mental. (10 minutos)
16
Quarta aula (50 min)
1. Predição: Revisão do conteúdo estudado nas últimas três aulas.
Por exemplo: “Quais foram os presidentes na época da Ditadura-
Militar?”, “Quais foram as determinações do AI-5?” (10 minutos)
2. Organização da turma em grupos já pré-divididos. (5 minutos)
3. Realização das exposições de interpretações pelos alunos e obser-
vação por parte do professor (com objetivo de avaliar as interpre-
tações e desenvolvimento de ideias). (30 minutos) Observação:
Cada grupo terá 5 minutos para a apresentação; caso o aluno ex-
trapole o tempo previsto, convém ao professor intervir e alertá-lo.
4. Felicitações à turma pelo esforço e desempenho. (5 minutos)
Referências Chico Buarque - Cálice - Clip Ditadura. Vídeo feito por: Aramuni.
Youtube, 2008. Disponível em: bit.ly/3qGvKwf. Acesso em 8 jul.
2021.
17
18
Oficina 2
Figuras de linguagem
e a Ditadura Militar
Cinthia de Castro Medeiros
Clara Samiry Coelho Maia
Kariane dos Santos Pereira
Paulo Victor Maciel de Oliveira Melo
Série 9º ano
Língua Portuguesa:
(EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de
recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), se-
mânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (dis-
tribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com
o texto verbal.
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação
entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e ci-
nésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz,
Habilidades as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos
desenvolvidas por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como
(BNCC) as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a
postura corporal e a gestualidade, na declamação de poemas, apre-
sentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos
gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de
figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personifica-
ção, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese
e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expres-
sões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações
subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores,
percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos, per-
sonagens e ações próprias de cada gênero narrativo.
19
História:
(EF09HI20) Discutir os processos de resistência e as propostas de
reorganização da sociedade brasileira durante a ditadura civil-mili-
tar.
20
sical. Nesse momento, os professores utilizarão a lousa para sepa-
rar e explicar cada figura e fazer anotações necessárias.
21
CORREIA, P. Gilberto Gil e Os Mutantes - Domingo no Parque.
YouTube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Zbv3M-AdxC0. Acesso em: 6
jul. 2021.
VANDRÉ, G. Pra não dizer que não falei das flores. YouTube.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=KdvsXn8oVPY. Acesso em: 6
jul. 2021.
22
Oficina 3
Ditadura Militar no Brasil: reflexões musicais
como recurso de problematização da História
Alana Maria Veras de Assis
Fernando Antônio Neves de Lacerda
Hudson Lopes da Silva
Tanara Dora Xavier de Sousa
Série 9º ano
História:
Ditadura/Regime Militar no Brasil.
Língua Portuguesa:
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e huma-
nos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhe-
cendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre
as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o
contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/
recepção de obras literárias/manifestações artísticas, como rodas de
leitura [...], dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de
Habilidades ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações [...].
desenvolvidas (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação
(BNCC)
entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e ci-
nésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz,
as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos
por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como
as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a
postura corporal e a gestualidade, na declamação de poemas, apre-
sentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos
gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de
figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personifica-
ção, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese
23
e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expres-
sões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações
subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores,
percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos, per-
sonagens e ações próprias de cada gênero narrativo.
História:
(EF09HI19) Identificar e compreender o processo que resultou na
ditadura civil-militar no Brasil e discutir a emergência de questões
relacionadas à memória e à justiça sobre os casos de violação dos di-
reitos humanos.
(EF09HI20) Discutir os processos de resistência e as propostas de re-
organização da sociedade brasileira durante a ditadura civil-militar.
24
integrantes, paródias dessas ou de outras canções, canções origi-
nais, poesias, colagens ou outras formas de expressão que tratem
do tema da ditadura e, quando possível, das suas relações com o
período político atual. Podem ainda desenvolver análises de ou-
tras canções, poesias ou outras produções artísticas que se rela-
cionem com o tema. As equipes apresentarão os trabalhos numa
roda de conversa, cuja organização é apresentada a seguir.
Terceira e quarta aulas (100 minutos)
1. Roda de Conversa. As paródias, canções, poesias, análises ou ou-
tras formas de expressão criadas pelos alunos serão avaliadas em
uma roda de conversa que ocorrerá em duas aulas. Nesse mo-
mento, os professores e os alunos terão de conversar sobre os tra-
balhos criados. Os professores, como provocadores de perguntas
e reflexões sobre cada trabalho exposto pelos alunos, conduzirão
discussões que serão levadas em consideração para a avaliação.
Eis abaixo um leque de perguntas norteadoras que deverão ser
respondidas pelos alunos no momento de sua apresentação. (100
minutos)
▪ Por que você escolheu essa forma de expressão?
▪ Como se deu o processo de criação desse trabalho? Que meios foram
utilizados?
▪ Como surgiu a inspiração para essa produção?
▪ Como vocês relacionam a obra desenvolvida com o contexto
histórico da época das músicas e/ou o atual?
▪ O que a sua compreensão tem a acrescentar ao que foi discutido em
sala de aula.
A avaliação se dará no processo, a partir da observação da partici-
pação e do engajamento dos alunos nas atividades, bem como da
Avaliação da
análise das atividades propostas por ambos os professores; em uma
aprendizagem
avaliação conjunta do desempenho dos alunos tanto nas questões
literárias e gramaticais como nas questões históricas abordadas.
BELCHIOR. Como nossos pais. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=Y3HTEKQ-rh8. Acesso em 06
de agosto de 2021.
25
Oficina 4
Xilogravuras, literatura de cordel
e a caatinga
Amanda Andrade de Menezes
Maria Flavyanne Pereira de Sousa
Karinne Brito Sousa
Série 7º ano
Geografia:
(EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de
comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da forma-
ção territorial do Brasil.
26
Projetor multimídia, computador, vídeos e imagens sugeridas para
exposição, livro didático, painel (tecido de TNT), imagens e infor-
Material
mações do bioma caatinga (levadas pelos alunos ou imagens profis-
sionais), tesouras e fita adesiva.
Primeira aula (50 minutos)
1. Expor xilogravuras (independentes e em folhetos) de diferentes
autores, retomar e comentar acerca de conhecimentos prévios
dos alunos, utilizando perguntas tais como: “o que são essas ar-
tes? O que representam? Vocês conhecem essas paisagens?” (10
minutos)
2. Exibição de vídeo sobre o bioma “Caatinga” (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=exD7zPoC9iA&t=2s) e dis-
cussão sobre o que vimos. (15 minutos)
3. Propor a confecção de um painel coletivo de imagens sobre a Caa-
tinga; orientar a pesquisa de informações e imagens para a ativi-
dade (separar grupos para pesquisar sobre a fauna, flora e clima
do bioma). (20 minutos)
SUGESTÃO DE AUTORES (XILÓGRAFOS)
▪ Ivan Borges, José Borges e José Miguel.
SUGESTÃO DE VÍDEO
▪ https://www.youtube.com/watch?v=exD7zPoC9iA&t=2s
SUGESTÃO PARA A PESQUISA
O professor pode ceder material de apoio para a pesquisa (que
Passos para contenha imagens e informações) em casos de falta de acessibili-
aplicação dade à computadores/internet. O livro didático de geografia e a bi-
blioteca da escola podem ser recomendados a fim de complemen-
tar a pesquisa do aluno.
27
2. Exibição de vídeo sobre xilogravuras e cordel (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=f1XrCCiqyhc), promovendo
mais informações sobre esse tipo de arte (15 min).
SUGESTÃO DE VÍDEO
▪ https://www.youtube.com/watch?v=f1XrCCiqyhc
SUGESTÃO PARA O PROFESSOR
O profissional poderá trabalhar os demais biomas, em outras aulas,
a partir do uso de outros textos literários, a fim de explorar ainda
mais o tema (Biomas brasileiros) e dando continuidade às ativida-
des interdisciplinares.
28
Oficina 5
A colonialidade que nos concerne
e a leitura literária
Ana Kevyla Gomes de Sousa
Lidiane Pereira Rodrigues
Yuri Barbosa da Silva
Série 9º ano
Geografia:
(EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia euro-
peia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em si-
tuações de conflito, intervenções militares e/ou influência cultural
em diferentes tempos e lugares.
29
(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando
sua adequação ao contexto produção e circulação — os enunciado-
res envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação —, ao
modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à
variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à
construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e
do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, re-
visão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a
ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar
as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações,
correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editan-
do imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes,
acrescentando/ alterando efeitos, ordenamentos etc.
30
contribuem para que o aluno encare a literatura como objeto artísti-
co de difícil compreensão”. Deve-se enfatizar que a literatura e a
geografia podem caminhar juntas e o estudo de geografia através da
literatura estimula uma nova linguagem para aquisição de conhe-
cimento, com o objetivo de promover uma visão crítica.
Para esta etapa, sugere-se que haja dois momentos de leitura do
trecho de “O Coração das Trevas” (anexo): leitura silenciosa e em
grupo, feita por representantes de cada grupo em seguida. A partir
da leitura, pedir que outros representantes dos grupos respondam
oralmente:
▪ O que lhes chamou atenção do excerto do livro “O Coração das Trevas”,
de Joseph Conrad?
▪ Que palavras e/ou termos do texto conhecem ou desconhecem o signi-
ficado? Sugere ao/a docente listar as palavras a fim de formar um pe-
queno glossário.
▪ Como o trecho se relaciona com as opiniões e os conceitos apresen-
tados no início da aula em relação a neocolonialismo e imperialismo?
Após apresentar a obra e seu autor, demonstrando que o texto fic-
cional corrobora para entender o contexto histórico, geopolítico e
cultural e seu debate, comentar que pode levar à produção de ou-
tros textos orais ou escritos em diversos veículos.
31
COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Con-
texto, 2006.
32
Oficina 6
A seca como fenômeno geográfico e social:
reflexões artístico-literárias
Amanda de Lima Aureliano
Tainá Veras Cavalcante Pinheiro
Thomas Yuri de Freitas Silva
Série 6º ano
Geografia:
(EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vi-
vência e os usos desses lugares em diferentes tempos.
(EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento
superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais
33
componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e
a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura
vegetal.
(EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e
formações vegetais.
(EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das
práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.).
Projetor, caixas de som, lousa, pincel, letra impressa da música
Material
Súplica Cearense.
Pressupõe-se que o(a) professor(a) de Geografia já tenha trabalhado
com o tema das secas (mudanças climáticas, ação do homem, carac-
terísticas das regiões do Brasil etc.) para a realização das aulas aqui
descritas.
34
c) A partir da resposta apresentada pelo interlocutor, o que po-
demos inferir sobre a vida naquele lugar?
6. A partir da leitura do texto, podemos entender que a pobreza em
regiões secas decorre tão somente de questões geográficas? Co-
mente.
7. Podemos fazer uma comparação entre Morte e Vida Severina e a
música Súplica Cearense? Quais são?
Por fim, coletivamente, é interessante que professor e estudante
discutam oralmente, fazendo considerações a partir dos dois textos
trabalhados: A seca é um fenômeno geográfico ou social?
Espera-se que as considerações girem em torno da questão de que,
embora haja questões geográficas que influenciam na questão, há
problemáticas de políticas públicas e de desigualdade social que
interferem na manutenção do problema.
35
36
Oficina 7
Diferentes visões de mundo, moral e ética
Larissa Ferreira da Nóbrega
Mateus da Silva Páscoa
Mayrla Thalia Sousa Arruda
Série 9º ano
37
Primeira aula (50 minutos)
1. Predição: Levantamento de conhecimentos prévios a partir dos
questionamentos. (10 minutos)
▪ O que você entende por projeto de vida?
▪ Por que é necessário construir um projeto de vida?
38
Oficina 8
Chuta que é preconceito religioso:
reflexões poéticas nas aulas de Língua
Portuguesa e Religião
Aless Jordan Linhares Caetano
Nayara Cavalcante Gois
Série 7º ano
39
as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações,
correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e edi-
tando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajus-
tes, acrescentando/ alterando efeitos, ordenamentos etc.
(EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio,
posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislum-
brando possibilidades de denúncia quando for o caso.
Religião:
(EF07ER01) Reconhecer e respeitar as práticas de comunicação
com as divindades em distintas manifestações e tradições
religiosas.
Figura 1
Fonte: Página de Rafael Casal no Twitter. Disponível em:
https://twitter.com/rafacasal/status/951827523511504896. Acesso
em: 12/07/21.
Figura 2
Fonte: Página do Armandinho no Facebook. Disponível em:
https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.4883616712
09144.113963.488356901209621/1586610451384255/?type=3&th
eater. Acesso em: 12/07/21.
Passos para
aplicação Charge – Perguntas
▪ Você já presenciou alguma situação parecida com a da charge?
▪ Qual a sua opinião sobre a reação dos personagens na charge?
▪ Qual a sua religião ou a que você mais se identifica?
▪ Você sabe o que significa intolerância religiosa?
Tirinha – Perguntas
▪ Por que cada criança na tirinha fala uma expressão diferente?
▪ Qual a mensagem que a tirinha deseja passar para o leitor?
▪ Você tem medo de alguma divindade religiosa?
▪ Como você descreveria o seu Deus?
40
▪ O poema mostra que o Brasil é um país de misturas. Qual a relação dis-
so com a diversidade religiosa? E qual a sua relação com essa diversi-
dade?
▪ Aponte uma ação, presente na segunda estrofe do texto, que pode com-
bater a intolerância religiosa.
O professor de português deverá explicar quais são os principais
elementos que caracterizam um poema a partir do livro didático,
enfatizando que, além de rimas e outros recursos sonoros, os poe-
mas podem apresentar imagens poéticas, construídas por meio das
metáforas. Retomar o poema trabalhado, apresentando as seguintes
questões:
▪ Apontar no texto uma parte na qual o narrador utiliza a metáfora.
▪ O que você aprendeu quanto ao respeito à diversidade nessa metáfora
que escolheu?
▪ Quais são os outros recursos característicos do poema que estão pre-
sentes no texto lido? Aponte onde eles estão.
▪ Qual a importância da rima no poema lido?
Dessa forma, apresentar também outros elementos característicos do
poema, ressaltando como esses recursos, no poema tratado, influ-
enciam positivamente para sensibilizar sobre diferenças religiosas,
assim como sentir as culturas e as belezas dessas religiões.
Os professores de português e de religião devem passar a seguinte
atividade no projetor multimídia:
Imagine que um amigo seu muito próximo não queira mais ser ami-
go de outro colega por conta da diferença religiosa entre eles. Desen-
volva um poema no qual você dá uma resposta à atitude dele. Inicie
o texto como no exemplo abaixo e continue com as suas palavras,
ou comece de outra forma, caso prefira. (Utilize os elementos do poe-
ma explorados em sala, como a rima, as estrofes, os versos). Mínimo
de 10 linhas.
“Querido amigo,
Não é preciso agir assim
Temos crenças diferentes
Mas...”.
A atividade deverá ser feita em dupla e em folhas de papel A4 co-
loridas. Logo após, os poemas poderão ser colados em um espaço
(pode ser dentro ou fora de sala), pelos alunos, em uma espécie de
mural. Os alunos, em seguida, lerão seus textos que estão no mural
para os colegas.
Apresentar as imagens, poemas e vídeos disponíveis no QR code do
livro.
Uma miniatividade será entregue, na qual o aluno precisará respon-
der e entregar no fim de cada aula. Ela terá uma única e simples
Avaliação da pergunta: O que você aprendeu na aula de hoje? (O aluno deverá
aprendizagem responder em, no mínimo, 5 linhas).
A miniatividade funcionará como uma parte subjetiva da avaliação,
que dependerá unicamente do que o aluno alega ter aprendido; aso
41
ele afirme que teve ótimo rendimento, o professor deve dar a nota
satisfatória.
A outra parte da avaliação passa pelo crivo de observação do pro-
fessor, que vai julgar se houve evolução, e se o aprendizado daquele
aluno foi realmente satisfatório, tendo em vista o interesse demons-
trado, a participação, e o que foi relatado na miniatividade. Nesse
momento, o educador precisará avaliar tendo em vista sua experiên-
cia e o que já é conhecido sobre o aluno.
A terceira parte da avaliação é fincada em um fato e não passará
pelo lado subjetivo nem do educador e nem do educando. O foco
aqui é a entrega de atividades. Caso o aluno entregue o que foi pedi-
do, ele já receberá alguma pontuação.
A nota final ficará a cargo do professor, que utilizará os critérios
acima decidindo quais deles contarão mais ou menos.
Esse processo objetiva avaliar o aluno não somente pelo olhar do
professor, mas também pelo aprendizado que o próprio estudante
considera ter desenvolvido, além de procurar entender melhor o
que pode ser melhorado no processo educativo, a partir de uma es-
pécie de feedback do estudante. Compreende-se, também, que os
níveis de evolução passam pela individualidade da criança/adoles-
cente, e o lado pessoal deles deve ser considerado, buscando uma
avaliação mais justa e eficaz. No entanto, o professor ainda deve per-
manecer com o crivo principal diante da nota.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da
Educação, 2018.
42
Oficina 9
Analogia e parábola: leitura nas aulas de Língua
Portuguesa e de Religião
Deorge Lucas Lopes Martins
Lucas Moraes Feitosa
Série 6° ano
43
Primeira aula (100 minutos)
De início, o professor de religião irá ler com os estudantes a famosa
parábola do semeador, com base nos questionamentos a seguir:
▪ No texto bíblico, normalmente, aparecem alguns números? O que eles
significam?
▪ Na narrativa contada por Jesus, ele apresenta três tipos de semeadores.
Quais são suas características? Você se identifica com algum deles?
▪ Você já viveu ou vive um processo de semear algo? O que você tem fei-
to para conseguir seu objetivo? Você acha que errou em algum momen-
to?
Após responderem esses questionamentos e discutirem suas conclu-
sões coletivamente, o professor de religião deve pedir para que es-
crevam um objetivo/sonho que tenham e dizer como estão fazendo
para concretizá-lo.
44
BRASIL, Base Nacional Comum Curricular. MEC, Brasília, 2017.
45
46
Oficina 10
Literatura e meditação na escola
Antônio Lucas Gomes Rodrigues
Kailane da Silva Brito
Maria da Conceição Mota Ferreira Campelo
Série 9° ano
Educação Física:
(EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercí-
cios físicos, identificando as exigências corporais desses diferentes
programas e reconhecendo a importância de uma prática individua-
lizada, adequada às características e necessidades de cada sujeito.
47
Português e Educação Física.
Leitura do texto
Texto: A importância da meditação: 7 fatores.
1º passo: Formar grupos com 7 estudantes.
2º passo: O professor entrega para cada estudante um benefício da
meditação.
3º passo: Cada estudante ler individualmente o tópico do seu texto.
Passos para (10 minutos)
aplicação
4º passo: Cada estudante vai compartilhar com o grupo o que enten-
deu de sua leitura. (35 minutos)
5º passo: O grupo receberá um documento com uma pergunta acer-
ca do texto para responder.
▪ Quais as vantagens apresentadas no texto sobre cada um dos benefícios
da meditação? (15 minutos)
48
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da
Educação, 2017.
49
50
Oficina 11
Luta e violência não andam juntas: é hora de ler
reportagens e mangás nas aulas de Língua
Portuguesa e de Educação Física
Letícia Araújo da Silva
Camila Almeida da Silva
Série 7º ano
51
informações sobre a obra/evento e do elenco/seleção de aspectos,
elementos ou recursos que possam ser destacados positiva ou nega-
tivamente ou da roteirização do passo a passo [...] para posterior
gravação dos vídeos.
Educação Física:
(EF67EF09): Construir, coletivamente, procedimentos e normas de
convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exer-
cícios físicos, com o objetivo de promover a saúde.
(EF67EF17): Problematizar preconceitos e estereótipos relacionados
ao universo das lutas e demais práticas corporais, propondo alter-
nativas para superá-los, com base na solidariedade, na justiça, na
equidade e no respeito.
Observações:
1. As aulas podem ser adaptadas tanto para o modelo virtual quan-
to presencial.
2. O professor de Educação Física deverá ministrar uma aula sobre
o eixo temático “Lutas” recorrendo ao uso dos textos seleciona-
dos em parceria com o professor de Língua Portuguesa. Dessa for-
ma, conhecimentos, informações e críticas mais específicos do
tema (lutas) serão melhor trabalhados, ao mesmo tempo que isso
contribuirá para o professor de Português explorar a abordagem
de leitura na perspectiva de tema e de subtema, permitindo que
o aluno estabeleça relações entre os conhecimentos prévios sobre
o tema e os subtemas, como também recuperar informações que
auxiliem na compreensão dos fatos, contextos e produções de sen-
tidos. Ademais, com ambos os docentes de acordo, o professor de
Educação Física deverá solicitar, após sua aula, a elaboração de
Passos para um vídeo ou podcast, informando sobre os benefícios das lutas,
aplicação com o fito de tentar promover a modalidade esportiva como algo
positivo para a saúde e, assim, desassociá-la de ações violentas.
Portanto, o ideal seria, após o recebimento dessas produções, an-
tes de divulgá-las, o docente da área de Educação Física entregá-
las ao professor de Língua Portuguesa, para este último orientar
o aluno em possíveis ajustes necessários que deverão ser feitos
nas produções. Por fim, os professores, conjuntamente com os
alunos, escolherão a plataforma de mídia para divulgar esses ma-
teriais.
52
▪ Você gosta de esportes?
▪ Você conhece alguma modalidade de luta?
▪ Conhece alguém que aderiu à prática de lutas regularmente?
53
8. Ler o último parágrafo e questionar quais informações acessórias
foram trazidas nesse trecho, assim como perguntar como estas
foram adicionadas ao texto.
5. Questionamento final
▪ Tanto na reportagem quanto no mangá, a mídia possui um papel
fundamental. Nesse sentido, como você explica a popularização e a
54
divulgação das lutas como esporte? Além disso, como você avalia a
influência das mídias sociais ao tema?
Nome do
Conceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4
aluno
Aluno X
Aluna Y
Avaliação da
aprendizagem Legendas: Conceito 1 — O aluno relacionou seu conhecimento prévio e
extralinguístico para complementar a estratégia de leitura apresentada (te-
ma e subtemas). Conceito 2 — O aluno participou das discussões propos-
tas, realizou a leitura do capítulo e a resolução da atividade sugerida no
prazo estipulado. Conceito 3 — O aluno realizou a proposta da atividade
interdisciplinar, considerando os elementos constitutivos como o conteú-
do temático, retomadas de sentido e propósitos comunicativos. Conceito
4 — O aluno atentou-se às referências explícitas, a presença da intertex-
tualidade entre a televisão e o cinema.
A: Excelente; B: Satisfatório; C: Bom; D: Insatisfatório.
A distribuição da pontuação nesses conceitos fica a critério do do-
cente, entretanto propomos que a maior pontuação seja destinada
aos conceitos relacionados às habilidades de leitura, uma vez que
esta oficina é voltada para a leitura.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da
Educação, 2018.
55
56
Oficina 12
Combatendo o sedentarismo nas aulas de leitura
Bruna Lourenço Ferreira
Willamy Matos dos Santos
Série 9º ano
Educação Física:
(EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercí-
cios físicos, identificando as exigências corporais desses diferentes
programas e reconhecendo a importância de uma prática individua-
lizada, adequada às características e necessidades de cada sujeito.
(EF89EF10) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de
conscientização corporal, identificando as exigências corporais dos
mesmos.
57
(EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginásti-
ca de conscientização corporal e as de condicionamento físico e dis-
cutir como a prática de cada uma dessas manifestações pode con-
tribuir para a melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e
cuidado consigo mesmo.
Cópias dos textos indicados e roupas adequadas para as atividades
Material
físicas propostas.
58
Os alunos serão avaliados com base nas discussões propostas pelos
Avaliação da
professores, bem como, na participação e no empenho durante a
aprendizagem
realização dos exercícios físicos.
Atividade de Educação Física: sedentarismo. Tudo Sala de Aula.
Disponível em:
https://www.tudosaladeaula.com/2019/06/atividade-de-educacao-
fisica.html. Acesso em: 11 de julho de 2021.
59
60
Oficina 13
Literatura de Cordel e Xilogravuras:
uma leitura multissemiótica
José Armando Araújo Pires Neto
Priscila Matias Moreira
Thalia Aparecida Sousa Martins
Série 9º ano
61
lhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como
romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura
infantojuvenil — contar/recontar histórias tanto da tradição oral
(causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor,
contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição
literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do tex-
to por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite
o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela
pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como ne-
gritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou
esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção
de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leitu-
ras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poe-
mas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como qua-
dras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísti-
cos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido
pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e pro-
longamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recur-
sos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético
e à situação de compartilhamento em questão.
Artes:
(EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com
base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coleti-
vo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recur-
sos convencionais, alternativos e digitais.
(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e
imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo
suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épo-
cas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relati-
vos às diferentes linguagens artísticas.
Projetor multimídia, computador, vídeos sugeridos, caixinha de som,
papel A4 multi cor, tesoura, régua, grampeador de papel ou cola,
Material
bandeja de isopor ou E.V.A., lápis nº 2, caneta esferográfica, pincel,
tinta preta, barbante, fita adesiva.
Primeira aula (50 minutos)
1. Predição: O que é cordel? Professor, neste momento, deve-se ave-
riguar com a turma o conhecimento prévio sobre a literatura de
cordel. Pode-se questionar sobre “Você sabe o que é literatura de
cordel?”, “já viram um cordel de perto?”, “qual a temática do
cordel?” (5 minutos)
Passos para
2. Apresentação da literatura de cordel: história e estrutura. No se-
aplicação
gundo momento da aula, o tema deverá ser explorado através de
sua história, explicando o surgimento do gênero, sua chegada ao
Brasil e sua importância como arte popular e expressão cultural
nordestina. No campo literário deverá frisar-se a composição de
sua estrutura, como a importância da rima e da musicalidade tí-
pica do cordel. (25 minutos)
62
SUGESTÃO DE LEITURA PARA O PROFESSOR:
NOGUEIRA, Â. Origem e características da literatura de cordel.
Ariquemes, 2009. Artigo, Faculdades Integradas de Ariquemes –
FIAR. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea00709a.pdf.
Acesso em: 21 jul. 2021.
SUGESTÃO:
VIEIRA, G. A Terrível História da Perna Cabeluda (Prenúncios da
Besta-Fera). Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/rd000004.pdf.
Acesso em: 21 jul. 2021.
MAIS SUGESTÕES:
CAUSOS DE CORDEL. O saci - Cordel Sertão Encantado (Episódio
Piloto). 2019. (3min 50s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=K9wQdlXCKms. Acesso em:
21 jul. 2021.
LITERATURA em Cordel grátis em PDF. In: BaixeLivros. [S. l.]:
BaixeLivros Fundação A.M.A.S., [20--?]. Disponível em:
https://www.baixelivros.com.br/biblioteca/literatura-de-cordel.
Acesso em: 21 jul. 2021.
Caso a aula não seja geminada, como atividade de casa sugere-se
uma pesquisa e leitura de outro(s) cordel(is).
63
Professor, a atividade será dividida em quatro etapas ao longo des-
ta e das próximas duas aulas: 1ª etapa (Escrita), 2ª etapa (Corre-
ção), 3ª etapa (Criação de uma xilogravura) e 4ª etapa (Apresen-
tação da versão final da xilogravura e do texto).
3. Produção de texto: Literatura de Cordel. Neste primeiro momen-
to de desenvolvimento, o docente deverá guiar as equipes duran-
te a etapa inicial da produção textual, solucionando eventuais
dúvidas e auxiliando-os na escrita dos textos. Ao final do tempo
destinado para a realização da atividade em sala, o docente
anunciará a conclusão do texto como atividade de casa, sugerin-
do a entrega do texto na aula seguinte para a revisão antes da
apresentação. (35 minutos)
SUGESTÃO:
BANCO de Dados: Imagens de Cordel. In: Memória de Leitura.
Campinas: Unicamp, [20--?]. Disponível em:
https://www.unicamp.br/iel/memoria/LiteraturaPopular/BancodeD
ados/index.htm. Acesso em: 21 jul. 2021.
SUGESTÃO:
Como realizar a xilogravura?
MARCUCCI, C. Xilogravura no isopor. In: Revista Crescer. [S. l.]:
Editora Globo, [201-?]. Disponível em:
https://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI318179-
18554,00-XILOGRAVURA+NO+ISOPOR.html. Acesso em: 21 jul.
2021.
64
tes quanto ao trabalho realizado e o processo para consegui-lo.
Eles analisarão a dificuldade em produzir o cordel, bem como a
xilogravura, o seu desempenho e a proposta de atividade. (5 mi-
nutos)
SUGESTÃO:
Ao final da aula, os cordéis poderão ser expostos em ambientes da
escola (no pátio, na entrada/saída, em uma árvore da leitura…) para
que outros alunos possam ler as obras produzidas.
Os cordéis poderão também ser doados às bibliotecas públicas e/ou
comunitárias, de modo que os textos fiquem à disposição para a
leitura do público em geral. Nesse caso, os próprios alunos poderão
se dirigir à biblioteca para realizar a doação ou algum responsável
pela instituição escolhida poderá ir até a sala e receber os cordéis
que poderão ser lidos pela comunidade.
O professor avaliará o processo de criação do cordel: argumento,
Avaliação da
engajamento dos alunos, compreensão do tema, a utilização de
aprendizagem
recursos rítmicos e autoavaliação.
ARAÚJO, F. Como fazer um cordel passo a passo: da escrita à
impressão. YouTube, 2020. (13min 56s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=PxasQHMB-Dw. Acesso em:
21 jul. 2021.
65
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea00709a.pdf.
Acesso em: 21 jul. 2021.
66
Oficina 14
Expressões artísticas teatrais
no ensino de leitura
Adriano Lira da Silva
Lucas Lira da Silva
Sara Lira da Silva
Série 6º ano
Artes:
Contextos e práticas, elementos da linguagem, processos de criação.
Língua Portuguesa:
(EF67LP29) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena,
fala e indicações cênicas e a organização do texto: enredo, conflitos,
ideias principais, pontos de vista, universos de referência.
(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando,
na caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e para-
linguísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, ento-
nação e expressividade, variedades e registros linguísticos), os ges-
tos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino e a maquiagem
Habilidades
e elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário,
desenvolvidas
da trilha sonora e da exploração dos modos de interpretação.
(BNCC)
Artes:
(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasi-
leiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de
criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional em teatro.
(EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as construções corporais
e vocais de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo
cênico.
67
Computador, projetor multimídia, pincel, quadro branco, fotocópias,
tinta guache branco e preto e/ou estojo de maquiagem, adereços
Material
que componham figurino: chapéu, fantasias, anéis, colares, pulsei-
ras, cintos, etc.
As aulas serão organizadas de acordo com a disposição das discipli-
nas no cronograma escolar. Recomenda-se que haja, porém, inter-
valos entre as aulas 1 e 2, para que o aluno continue o processo de
aprendizagem fora de sala. Ademais, recomenda-se que a aula 3 sja
geminada, pois será uma prática contínua do teatro improvisado,
em que ocorrerá a interdisciplinaridade.
68
tor para a composição do texto.
69
A identificação de tais elementos por parte dos alunos deve ser pre-
tendida pela percepção deles próprios, cabendo ao professor somen-
te auxiliar no processo. Quanto à escrita, os alunos precisam estar
atentos à norma padrão e à composição estrutural do gênero quan-
do transcrito.
Etapa 2
Nesta etapa, os alunos estudarão seus textos com o auxílio dos pro-
fessores, ensaiando técnicas simples de atuação, observando as ru-
bricas postas, memorizando as falas das personagens e tentando ex-
pressar-se de maneira fidedigna às características de seus persona-
gens.
Os professores irão disponibilizar para os alunos um estojo de ma-
quiagem, tinta guache e adereços de figurino para uso em cena. Tan-
to a maquiagem quanto os adereços devem ser pensados como ele-
mentos significativos para a encenação.
É interessante pensar na sala de aula como um palco dividido, para
que cada equipe tenha um espaço necessário suficiente para a repre-
sentação.
Etapa 3
Nesta última etapa, os alunos se apresentarão. A organização e a or-
dem da sala devem ser observadas pelos professores, para que os
alunos se sintam à vontade na execução de seus papéis.
70
Os procedimentos de avaliação dos alunos devem levar em conside-
ração sempre o contexto, as condições de aprendizagem e o desem-
penho dos discentes no ambiente escolar no qual estão inseridos.
Avaliação da Assim sendo, os docentes devem avaliar os alunos considerando as
aprendizagem habilidades desenvolvidas de Língua Portuguesa e de Artes.
As avaliações podem ser individualizadas, pois assim pode-se diag-
nosticar as dificuldades de cada aluno e ter uma avaliação contínua
e progressiva.
BELLO, M. A Descoberta. São Paulo, abril de 2010. Disponível em:
https://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/pecas-de-
teatro/viewdownload/11-pecas-infanto-juvenis/294-a-descoberta.
Acesso em 25 jul. 2021.
71
72
Oficina 15
O Brasil representado na arte:
leitura de telas modernistas
Ana Beatriz Holanda Siqueira Barros
Beatriz de Paula Silva
Biatriz de Moura Tavares
Raquel Nunes Cavalcanti
Série 8º ano
73
Primeira aula (50 minutos)
O professor de Artes irá trabalhar com os estudantes as pinturas
“Abaporu”, de Tarsila do Amaral, e “O Homem Amarelo”, de Anita
Malfatti, fazendo um momento de predição com eles:
1. O que vocês veem nas telas?
2. O que as cores demonstram para vocês?
3. O que vem à mente de vocês ao contemplarem as pinturas?
Após isso, o professor ressaltará a importância daquelas pinturas pa-
ra a introdução e consolidação do movimento modernista no Brasil,
considerando seu pioneirismo para as artes plásticas e observando,
nas telas, suas cores e características.
74
AMARAL, T. Abaporu, 1928. Disponível em:
https://cdn.culturagenial.com/imagens/abaporu-2-cke.jpg. Acesso
em: 04 ago. 2021.
75
Oficina 16
A leitura do texto literário e
as operações matemáticas
Ashley Evelyn Reátegui Saraiva
Fernanda Steffany do Nascimento Chrisóstomo
Jean Matheus de Souza Rocha
Série 6º ano
Matemática:
Conteúdo Operações com números naturais e fração
História:
Povos da Antiguidade na África (egípcios) e no Oriente Médio
(mesopotâmicos)
Língua Portuguesa:
(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender — selecionan-
do procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes ob-
jetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes —,
romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas
brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas
de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos,
mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), ví-
Habilidades deo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação
desenvolvidas sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas,
(BNCC) autores.
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos — como con-
tos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, hu-
morísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (comparti-
lhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como
romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura
infantojuvenil — contar/recontar histórias tanto da tradição oral (cau-
sos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos
de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literá-
76
ria escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por
meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o rit-
mo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pon-
tuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos,
itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse
conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de
audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras
dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poe-
mas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como qua-
dras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísti-
cos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido
pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e pro-
longamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recur-
sos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético
e à situação de compartilhamento em questão.
Matemática:
(EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos
(mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais,
por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos
neles envolvidos com e sem uso de calculadora.
História:
(EF06HI07) Identificar aspectos e formas de registro das sociedades
antigas na África, no Oriente Médio e nas Américas, distinguindo
alguns significados presentes na cultura material e na tradição oral
dessas sociedades.
77
ARABE-INSCRIPCIONES-ABIERTAS-TEMPORADA-2010-
1275427715.jpg
➢ Uma fotografia da Kaaba na Grande Mesquita de Meca:
https://veja.abril.com.br/mundo/peregrinacao-vip-apenas-
vacinados-poderao-ir-a-meca-diz-arabia-saudita/
2. Incentivar a reflexão por parte dos alunos por meio dos seguintes
questionamentos: (10 minutos)
➢ “O que está presente no material?”
➢ “O que conhecem acerca do material?”
➢ “Sabem o que estas imagens têm em comum?”
➢ “Vocês conhecem algo sobre a cultura árabe?”
78
sor(a) de Matemática utilizará esse momento para esclarecer as
dúvidas sobre o conteúdo. (15 minutos)
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artísticas ou uma semana cultural em torno do tema “mundo
árabe”. (10 minutos)
80
Oficina 17
O Poema e a Matemática:
uma mistura que dá certo!
Giulia Lara Frota Lima
José Gabriel Carvalho da Silva
Francisca Marcilene Aguiar da Silva
Série 6° ano
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Primeira aula (50 minutos)
Pós-leitura
1. Após a discussão, os alunos realizarão uma atividade interdisci-
plinar onde responderão perguntas relacionadas ao gênero poe-
ma e aos aspectos matemáticos que podem ser encontrados nele.
(25 minutos)
Língua Portuguesa
▪ Qual título poderíamos sugerir para o poema?
▪ Neste poema, há alguma rima? Onde?
▪ Quantas estrofes e quantos versos ele contém?
▪ Se você estivesse escrevendo um poema, que palavra você escolhe-
ria para rimar com ‘centena’?
Matemática
▪ Você utilizou a matemática para contar quantas estrofes e quantos
versos existem no poema?
▪ Quais operações matemáticas você encontrou no poema?
▪ Em que situações no dia a dia podemos utilizar as operações mate-
máticas?
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▪ Agora que você sabe um pouco mais sobre o uso da matemática, sua
opinião sobre ela mudou? Comente com seus colegas.
▪ Divisão da turma em 3 grupos onde responderão as seguintes ativi-
dades: (25 minutos)
▪ Agora, imagine que você é o professor e que pediu para 4 alunos lerem
o poema anterior. Como fazer para que cada aluno leia o mesmo número
de estrofes? Explique para seus colegas como você resolveu o problema.
▪ Para o(a) professor(a): para finalizar, os alunos devem criar uma situação-
-problema para que outro grupo responda. Os alunos devem usar no mí-
nimo 2 operações matemáticas em suas questões.
Avaliação da
Apresentação das atividades e interação com os colegas.
aprendizagem
83
Oficina 18
Porcentagem e reportagem
andam juntas nas aulas de leitura
Maria Crislane de Paula Cavalcante
Maria do Socorro Moura Rodrigues
Vitor Barbosa do Nascimento
Série 9° ano
Matemática:
(EF09MA05) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcen-
tagens, com a ideia de aplicação de percentuais sucessivos e a de-
terminação das taxas percentuais, preferencialmente com o uso de
tecnologias digitais, no contexto da educação financeira.
Slide para os trechos dos textos ou trechos impressos colados com
Material fitas adesivas na lousa, textos impressos, cronômetro, pincel, inter-
net (para o 4° momento).
84
Primeira e segunda aulas (100 minutos)
1. Apresentar trechos de reportagens e pedir que identifiquem a
ocorrência desses trechos nas diversas esferas de circulação. (20
minutos)
▪ Nesta terça, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou
um reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2 para as contas
de julho.
▪ De acordo com a pesquisa, mais de 68% dos jovens permanecem co-
nectados de quatro a 12 horas por dia — e 12% dos entrevistados
afirmaram passar mais de 12 horas na internet diariamente.
▪ Inflação sobe em maio com energia mais cara e chega 8,06% em 12
meses.
▪ No relatório, foram registrados quase 300 milhões de alunos afeta-
dos em 22 países de três continentes pelo fechamento de escolas
devido à expansão do vírus.
85
▪ Em qual cidade essa reportagem foi escrita? Quais problemáticas fo-
ram reveladas pelo IDH (índice de Desenvolvimento Humano)? Essa
realidade se restringe apenas a essa cidade?
▪ Além de toda a problemática discutida anteriormente, Joana nos re-
vela algo em sua fala: “Eu achei que isso ia acabar rápido e o que a
gente está vendo são as pessoas cada vez mais com dificuldade de ter
o alimento na mesa. O curioso é que quem menos tem é quem mais
ajuda a gente. A desigualdade já era grande, mas sinto que piorou.
Tem gente passando muita necessidade. É de doer o coração.” O que
seria?
▪ Odila Chaves, outra entrevistada, nos revela mais uma problemática
que muitas famílias passaram na pandemia em sua fala: “Eles não dão
chance para ninguém ter uma dignidade”. Qual é essa problemática?
▪ No final da reportagem “Muito além de 500 mil mortes”, qual ou
quais informações foram surpreendentes para vocês?
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Verifique com os discentes:
▪ Os efeitos de sentido devido ao tratamento e à composição dos ele-
mentos nas imagens.
▪ A diferença da reportagem nos diferentes meios de veiculação de in-
formação (o telejornal, site, revista, blog).
▪ Função do lide.
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Décima primeira aula (50 minutos)
1. Apresentação da versão final dos vídeos das equipes para toda a
turma. O (a) professor (a) poderá publicar as produções em uma
rede social que melhor atenda às necessidades dos estudantes e
do(a) professor(a). (50 minutos)
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Oficina 19
Infográficos: reflexões verbo-numérico-visuais
no ensino de leitura e de letramento matemático
Abigail Oliveira Ferreira
José Felipe Matias dos Santos
Paulo Alex Nascimento de Lima
Série 9º ano
Matemática:
(EF09MA21) Analisar e identificar, em gráficos divulgados pela mí-
dia, os elementos que podem induzir, às vezes propositadamente,
erros de leitura, como escalas inapropriadas, legendas não explici-
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tadas corretamente, omissão de informações importantes (fontes e
datas), entre outros.
(EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas,
setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apre-
sentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos
como as medidas de tendência central.
Lousa branca, pincel para quadro branco, projetor multimídia, sli-
Material des, cartolina ou folha de papel, lápis grafite, borracha, kit com ré-
gua, transferidor e esquadro e lápis de cor.
1. Apresentar os diversos tipos de gráficos, focando em exemplos
de infográficos.
2. Analisar, com os alunos, os elementos presentes ou ausentes nos
gráficos que podem induzir erros de leitura, como legendas não
explicitadas corretamente, omissão de informações importantes
(fontes e datas), entre outros.
Exemplos:
No gráfico a seguir, observamos que há ausência de uma legenda
mais clara que informe o que está representado nos números ver-
ticais à esquerda, bem como o que está em cada numeração dos
anos apresentados. Além disso, o gráfico em questão carece de
uma legenda que exemplifique o porquê de os dados apresenta-
dos demonstrarem um recorde histórico de focos de incêndio.
Nesse sentido, o professor de matemática junto ao de português
pode solicitar que os estudantes façam uma legenda para o gráfi-
co.
Gráfico 1
Passos para
aplicação Fonte: https://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/em-
marco-pantanal-registra-maior-numero-de-queimadas-dos-
ultimos-16-anos. Acesso em: 10 jul. 2021.
Gráfico 2
Fonte: https://planejadorweb.com.br/o-que-e-infograficos/. Acesso
em: 29 jul. 2021.
90
porcentagens, problemas que envolvem cálculo de percentuais
sucessivos, grandezas diretamente proporcionais e grandezas in-
versamente proporcionais, planejamento e execução de pesquisa
amostral e apresentação de relatório etc.
Imagem 3: Gráfico 3
Fonte:
http://ned.unifenas.br/blogtecnologiaeducacao/educacao/infografic
os-na-educacao/. Acesso em: 29 jul. 2021.
91
Gráfico 4
Fonte:
https://www.storyboardthat.com/pt/create/infogr%C3%A1ficos-ux.
Acesso em: 30 jul. 2021.
Gráfico 5
Fonte: https://www.vrsys.com.br/blog/como-fazer-e-utilizar-
infograficos-que-trabalhem-a-favor-do-seu-marketing-digital.
Acesso em: 30 jul. 2021.
A análise do infográfico abaixo deverá ser feita em dois momentos.
No primeiro, será verificada a compreensão leitora dos estudantes
após o conteúdo abordado, por meio de perguntas norteadoras que
guiarão a leitura imediata. Posteriormente, será efetuada uma produ-
ção, a partir do infográfico apresentado e de uma pesquisa feita pe-
los alunos, que compreenda habilidades dos campos de Matemáti-
ca e de Português.
▪ Que título você daria ao gráfico?
▪ Você acha que faltam elementos para que o leitor melhor compreenda
o gráfico? Comente.
Gráfico 6
Fonte: https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/952530-covid-19-
Avaliação da corona-virus-disease-infographic. Acesso em: 30 jul. 2021.
aprendizagem
Após analisar com os estudantes o gráfico, os professores de portu-
guês e de matemática solicitarão que os estudantes pesquisem (com
familiares, colegas de classe, amigos da comunidade — pode-se até
incentivá-los a criar formulários de pesquisa, como o Google Docs)
perguntando aos participantes quais as precauções que mais utili-
zam. Com o auxílio do professor de matemática, os estudantes irão
fazer a tabulação dos dados e escolher qual a melhor grandeza para
expô-los (percentualmente, média, moda ou numericamente). Com
o auxílio do professor de português, os estudantes serão orientados
a criar um gráfico, no formato que melhor compreenderem, expon-
do seus achados de pesquisa. É importante que, ao criarem seus grá-
ficos, os estudantes considerem: o tipo de gráfico; as fontes e cores
a serem utilizadas; a presença ou ausência de imagens; a criação de
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um título; a necessidade ou não de legendas. Como culminância,
os professores podem publicizar os gráficos elaborados nas redes
sociais da escola, a fim, inclusive, de que a própria comunidade se
apodere das informações apresentadas.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da
Educação, 2018.
93
94
Oficina 20
A leitura de textos multissemióticos e as
misturas homogêneas e heterogêneas:
tudo junto e misturado!
André Brito da Silva
Francisco José Gomes de Sousa
Letícia Teixeira Lobo Rodrigues
Luan de Aguiar Vieira
Série 6º ano
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Ciências:
(EF06CI01) Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura
de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.).
(EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a par-
tir do resultado de misturas de materiais que originam produtos
diferentes dos que foram misturados (mistura de ingredientes para
fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio etc.).
(EF06CI03) Selecionar métodos mais adequados para a separação de
diferentes sistemas heterogêneos a partir da identificação de proces-
sos de separação de materiais (como a produção de sal de cozinha,
a destilação de petróleo, entre outros).
Livro didático, projetor multimídia, computador, lápis, lápis de cor,
Material
canetas hidrográficas, folhas de papel A4, cartolinas, fita adesiva.
Primeira aula (50 minutos)
1. Predição: sondar os conhecimentos prévios dos alunos a partir
de questões, tais como: (10 min)
▪ “O que vocês pensam quando ouvem a palavra ‘mistura’?”.
▪ “Quais tipos de misturas vocês conhecem?”.
▪ “Vocês costumam fazer misturas no dia a dia? O que vocês mistu-
ram?”.
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5. Orientar os alunos para a aula seguinte, sobre os processos de se-
paração de mistura, para que reflitam acerca das seguintes ques-
tões (com base no livro didático) e que comentem na próxima au-
la: (5 minutos)
▪ “Quais são as misturas presentes no seu dia a dia?”.
▪ “Vocês poderiam separar essas misturas?”.
▪ “Como vocês fariam essa separação?”.
▪ “Vocês acham que todas as misturas podem ser separadas?”.
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escrita e desenho (como lápis de cor, canetas hidrográficas, cartoli-
nas etc.), que serão utilizados na realização da atividade.
98
w.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/separacao-de-
misturasaracao-de-misturas. Acesso em: 20 jul. 2021.
99
100
Oficina 21
Se tomar vacina vira jacaré? – Formando
detetives de fakenews nas aulas de leitura
Miguel Araújo Sousa Peres
Suyanne Teófilo Prado Peres
Série 9º ano
Ciências:
(EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com ba-
se na atuação da seleção natural sobre as variantes de uma mesma
espécie, resultantes de processo reprodutivo.
Recortes de notícias em meios digitais ou impressos, wi-fi, apare-
Material lhos com acesso à internet, laboratório de informática, 2 cartolinas
e caneta hidrográfica de ponta grossa.
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1. O professor de Ciências irá estudar com a turma o tópico relacio-
nado à evolução humana.
2. O professor de português apresentará aos alunos várias informa-
ções, advindas de diversas fontes digitais, como prints de Whats-
App, Telegram, textos extraídos de diversos sites, blogs, portais
de informação etc. (consultar QR Code do livro para sugestões de
fakenews).
3. Com base na interpretação da leitura anterior, o professor irá cri-
ar uma agência de detetives, em que os alunos, que agora serão
chamados de detetives, deverão classificar como fato ou fake as
informações trazidas pelo professor, considerando aquilo que
aprenderam sobre evolução humana na aula de Ciências.
4. O professor irá perguntar aos alunos quais os critérios ou os mé-
todos foram utilizados para chegar a tal classificação. É interes-
Passos para sante que os alunos, embora sob à orientação do professor, pos-
aplicação sam fazer suas inferências em conjunto com os colegas de equipe.
5. Após o processo de investigação, em conjunto com a classe, o pro-
fessor irá analisar se todos os critérios utilizados pelos alunos-de-
tetives foram válidos ou não, no intuito de suscitar nos alunos a
busca por rigorosos métodos que assegurem a veracidade daquilo
que for fato e o descarte do que for fake.
6. Com base em tal atividade, o professor pedirá aos alunos-deteti-
ves que identifiquem e listem os elementos necessários para va-
lidar alguma informação.
7. O professor deverá recolher as listas dos alunos-detetives e fazer
um diário de passos de acordo com a lista apresentada pelos alu-
nos.
8. Por fim, o professor, em conjunto com os alunos, deverá fazer um
cartaz com uma lista-síntese dos passos de investigação construí-
dos pelos alunos.
A turma será dividida em pequenos grupos de detetives, de preferên-
cia trios ou duplas, cada grupo deverá trazer recortes de notícias re-
lacionadas ao tema de diversas aulas, como biologia, geografia etc.
Feito isso, haverá um sorteio para que os grupos troquem as notícias
entre si, de forma que cada grupo fique com as notícias trazidas por
Avaliação da outro grupo. Cada grupo deverá analisar as notícias de outro grupo
aprendizagem e depois entregar suas conclusões ao grupo que originalmente trou-
xe aquelas notícias, para que o grupo que original possa avaliar as
correções feitas em suas notícias.
Sugestão: A atividade avaliativa também pode ser feita durante o
7º passo, já que, individualmente, os alunos deverão aplicar os co-
nhecimentos obtidos em sala e em estudos individuais.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da
Referências
Educação, 2018.
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103
Oficina 22
Sou magro, então sou saudável; sou gordo,
então sou doente? – Aprendendo a diferenciar
padrões estéticos de hábitos alimentares
Natasha Ravenna Vale da Silva
Série 6º ano
104
1. A professora de português inicia a aula com uma acolhida, con-
versando com os alunos, perguntando o que eles gostam de co-
mer. Divide com a turma gibis da Magali (Turma da Mônica) e
questiona o porquê de a Magali comer tanto e não engordar. Al-
guns questionamentos sugeridos são expostos a seguir:
▪ Magali é magra e Mônica é gorda. Porém, pelos hábitos alimen-
tares de Magali, isso significa que ela se alimenta de alimentos
nutritivos? Comente.
▪ Você já julgou alguém por conta de seu peso, tal como fazem
alguns amigos da Mônica?
▪ Pelo que se aprendeu na disciplina de Ciências, podemos dizer
que o corpo evidencia, por si, saúde?
2. Com a discussão aberta, a professora de ciência fala sobre nutri-
ção, vitaminas e componentes necessários para manter o corpo
em funcionamento.
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O
livro A leitura na sala de aula: oficinas pedagógicas interdis-
ciplinares para o ensino fundamental anos finais possui co-
mo objetivo principal exatamente permitir que estudan-
tes de licenciatura possam refletir acerca da práxis docente na educa-
ção básica e, com seus escritos organizados nesta obra, tentar ame-
nizar a ausência de um ponto de partida de como os professores que
lecionam nos anos finais do ensino fundamental podem trabalhar a
língua portuguesa em parceria com diversos componentes curricu-
lares por meio de oficinas. Por isso, especialmente em relação ao
nosso contexto atual de metamorfose pelo qual a nossa educação bá-
sica está passando, é de importância fundamental a presença de um
material que auxilie professores de diversas disciplinas dos anos finais
do ensino fundamental a ultrapassarem as barreiras de seus saberes e
trabalharem com temas transversais e em parcerias interdisciplina-
res. Pretendemos trazer aos gestores da educação e aos professores
a consciência de que não estamos sozinhos dentro das ilhas de nos-
sas próprias disciplinas; sempre podemos contar uns com os outros,
compartilhar temas e, por que não, trabalhar juntos no decorrer do
ano letivo em atividades comuns de sala de aula. Por isso, esta obra
dedica-se a auxiliar o professor no planejamento das aulas e, junta-
mente com seus pares, utilizar as oficinas aqui propostas para que,
a partir delas, possamos imbuir nos discentes o desejo de aprender,
a autonomia do pensamento crítico e o aprofundamento em letra-
mentos diversos.
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