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France Celso Zitha

AS POSSIBILIDADES DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL


COMO RECURSO DIDÁCTICO NO PEA DE HISTÓRIA, 8a CLASSE NA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE CHILEMBENE, 2011-2023.

Licenciatura em Ensino de História com Habilitações em Ensino de Geografia

Universidade Save

Massinga

2023
France Celso Zitha

AS POSSIBILIDADES DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL


COMO RECURSO DIDÁCTICO NO PEA DE HISTÓRIA, 8a CLASSE NA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE CHILEMBENE, 2011-2023.

Monografia Científica a ser apresentada no


Departamento de Letras e Ciências Sociais
para a obtenção do grau de Licenciatura em
Ensino de História com Habilitações em
Ensino de Geografia.

O supervisor: MSc. Mércia Tembissa

Universidade Save
Massinga
2023
Índice

Lista de figuras ........................................................................................................................... v


Lista de Siglas e Abreviaturas ................................................................................................... vi
Lista de Mapas .......................................................................................................................... vii
Lista de apêndices ....................................................................................................................viii
Declaração ................................................................................................................................. ix
Dedicatória.................................................................................................................................. x
Agradecimentos ......................................................................................................................... xi
Resumo .....................................................................................................................................xii
Abstract ....................................................................................................................................xiii
Introdução ................................................................................................................................. 14
CAPÍTULO I .......................................................................................................................... 19
MOMUMENTO COMO RECURSO DIDÁCTICO ........................................................... 19
1.1. Conceitos Básicos .............................................................................................................. 19
1.1.1. Monumento..................................................................................................................... 19
1.1.2.Origem etmológica do Monumento................................................................................. 20
1.2.Historial do surgimento do Monumento............................................................................. 20
1.2.1. Características do Monumento ....................................................................................... 21

1.2.2.Tipos de Monumentos ..................................................................................................... 21

1.3.Categorias do monumento .................................................................................................. 22


1.4.Função didáctica dos monumentos ..................................................................................... 22
1.5. Saberes Associados aos Monumentos ............................................................................... 23
1.6. Importância do Monumento .............................................................................................. 23
CAPÍTULO II ......................................................................................................................... 24
AS POSSIBILIDADES DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL COMO
RECURSO DIDÁCTICO NO PEA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA, 8ª Classe. ......... 24
2.1.Localização Geográfica de Monumento Samora Machel ................................................... 24
2.1.1.Descrição Física do local histórico de Chilembene e do Monumento Samora Machel .. 25
2.1.3.Vida e obra de Samora Machel ....................................................................................... 26
2.1.4. Contexto Histórico da Edificação do Monumento Samora Machel ............................... 27
2.2.Localização da Escola Secundária de Chilembene ............................................................ 27
2.3.Historial do Surgimento da Escola Secundária de Chilembene ......................................... 28
2.4.Caracterização da Escola Secundária de Chilembene ........................................................ 28
2.5. Percepção dos Professores e alunos sobre o monumento Samora Machel como recurso
didáctico no PEA de história da 8ª Classe na ESCH. ............................................................... 29
2.5.1. Percepção dos Professores sobre o monumento como recurso didáctico no PEA de
História 8ª Classe. ..................................................................................................................... 29

2.5.2. Sobre o conceito de Monumento .................................................................................... 29

2.5.3.Uso do Monumento na Sala de Aulas ............................................................................. 30

2.5.4. Saberes Associados ao Monumento Samora Machel ..................................................... 30

2.5.5. Formas de se usar o Monumento Samora Machel no Ensino de História ...................... 31

2.5.6.Importância de uso do Monumento Samora Machel na disciplina de história ................ 32

2.6. Percepção dos Alunos sobre as possibilidades de uso do Monumento Samora Machel
como recurso didáctico no Ensino de História, 8ª Classe na ESCH......................................... 33

2.6.1. Quanto ao Conceito do Monumento............................................................................... 33


2.7.Uso do monumento na sala de aulas. .................................................................................. 33
2.8.Sobre como utilizar o Monumento no PEA de história ...................................................... 34

2.8.1. Sobre o aprendizado associado ao Monumento Samora Machel ................................... 34

2.8.2. Papel do monumento no Ensino de História .................................................................. 35


III CAPÍTULO ....................................................................................................................... 36
ESTRATÉGIAS DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL COMO
RECURSO DIDÁCTICO NO PEA DE HISTÓRIA ........................................................... 36
3.1.Proposta de Novas Estratégias de uso do Monumento ....................................................... 36
3.1.1.Pesquisas online............................................................................................................... 36
3.1.2.Análise de fotografias e vídeos ........................................................................................ 36
3.1.3.Discussões em sala de aulas ............................................................................................ 37
3.1.4.Estudo de documentos históricos .................................................................................... 37
3.1.5.Actividades criativas........................................................................................................ 37
3.1.6. Entrevistas ...................................................................................................................... 38
3.2.Exemplo de como é possível usar-se o Monumento como Recurso didáctico no PEA de
História ..................................................................................................................................... 38
IV Conclusão ............................................................................................................................ 41
V Bibliografia ........................................................................................................................... 42
APÊNDICES ............................................................................................................................ 45
v

Lista de figuras
Figura 1: Descrição física do Monumento de Samora Machel……..………………...….27
Figura 2: Descrição física da Escola Secundária de Chilembene……………….…..…........30
vi

Lista de Siglas e Abreviaturas


CP- Comunicação Pessoal

DESCH- Direcção da Escola Secundária de Chilembene

DGS- Direcção Geral de Segurança

ESCH- Escola Secundária de Chilembene

EUA- Estados Unidos de América

FRELIMO- Frente de Libertação de Moçambique

MSM- Monumento de Samora Machel

ONU- Organização das Nações Unidas

OUA- Organização da Unidade Africana

PEA- Processo de Ensino e Aprendizagem

PIDE- Polícia Internacional de Defesa do Estado

URSS- União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

WIFI- Wireless Fidelity


vii

Lista de Mapas

Mapa 1: Localização do Monumento Samora Machel…………………….......……..…..24


viii

Lista de apêndices
Apêndice A: Roteiro de entrevista dirigida aos professores…………..……..……...…...46
Apêndice B: Análise e Interpretação de Dados .............................................…..…..............48

Apêndice C: Roteiro de Entrevista dirigida aos alunos…………………...…………..……..53

Apêndice D: Análise e Interpretação de Dados .....................................….………………....55


ix

DECLARAÇÃO

Eu, France Celso Zitha, declaro por minha honra que esta monografia é resultado da minha
investigação pessoal e das orientações da minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas
as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para a
obtenção de qualquer grau académico.

Massinga, ______ de Outubro de 2023

____________________________________________

(France Celso Zitha)


x

DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia à minha Mãe Elisa José Chongo, que me incentivou a prosseguir com
os estudos.
xi

AGRADECIMENTOS
A minha gratidão vai a minha supervisora MSc. Mércia Tembissa, pelos ensinamentos,
paciência, dedicação e incentivo que tornaram possível a conclusão deste trabalho.
A todos os meus professores do curso de Licenciatura em Ensino de História da Universidade
Save, Extensão da Massinga, pela excelência de cada um deles.
Os meus agradecimentos também são extensivos à Escola Secundária de Chilembene bem
como ao Guia Gabriel Sibinde, pela paciência e por toda ajuda na realização do presente
trabalho.
Aos meus avós (José Betuel Chongo e Rosita Manuel Cossa) aos quais expresso a minha
imensa e infinita gratidão, pelo amor e carinho incondicional assim como pela sua entrega
abnegada para que eu atingisse esse patamar. Aos meus tios Betuel José Chongo, Felicidade
José Chongo e Paulo José Chongo, que sempre estiveram ao meu lado a me apoiar ao longo
de toda trajectória académica.

Aos meus amigos e companheiros das dificuldades e das vitórias académicas, Felisberto
Matsinhe, Carmen Castelo Matsinhe, Isac Chaúque, João António Gujamo obrigado pelos
momentos de amizade.

A todos que, directa ou indirectamente, através de conversas, incentivos, deram força


necessária para a realização do presente trabalho.

Muito obrigado!
xii

Resumo
A presente pesquisa tem como foco a abordagem sobre as possibilidades de uso do
monumento de Samora Machel como recurso didáctico no PEA de História 8ª Classe na
ESCH. Este estudo objectiva reflectir sobre as possibilidades de uso do monumento de
Samora Machel como recurso didáctico no PEA de história, 8ª classe na ESCH. Para a
efectivação desta pesquisa recorreu-se ao método etnográfico na sua vertente qualitativa com
recurso a técnica de entrevista semi-estruturada. Terminado o estudo, conclui-se que existem
inúmeras possibilidades de uso do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no
PEA de história 8ª classe, fazendo referencia ao uso de imagens ilustrando o Monumento
Samora Machel onde os alunos com base na observação poderão fazer uma análise reflexiva e
suscitar debates, recurso a vídeo-aula que versa sobre o Monumento Samora Machel,
realização de excursões ao Monumento Samora Machel, palestras fazendo alusão ao
Monumento, debates em sala de aulas. Todavia os professores da ESCH não têm explorado
essas possibilidades alegando a exiguidade do tempo.
Palavras-chave: Monumento, Ensino, História.
xiii

Abstract
This research focuses on approaching the possibilities of using Samora Machel's monument as
a teaching resource in the 8th Class History PEA at ESCH. This study aims to reflect on the
possibilities of using Samora Machel's monument as a teaching resource in the history PEA,
8th grade at ESCH. To carry out this research, the ethnographic method was used in its
qualitative aspect using the semi-structured interview technique. After completing the study, it
is concluded that there are countless possibilities for using the Samora Machel monument as a
teaching resource in the 8th grade history PEA, making reference to the use of images
illustrating the Samora Machel Monument where students, based on observation, will be able
to carry out an analysis reflective and spark debates, using video lessons about the Samora
Machel Monument, taking excursions to the Samora Machel Monument, lectures alluding to
the Monument, debates in the classroom. However, ESCH teachers have not explored these
possibilities, citing limited time.
Keywords: Monument, Teaching, History.
14

INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema os recursos didácticos no PEA de história e
objectivamente está focalizado no uso do monumento de Samora Machel como recurso
didáctico no ensino da disciplina de história, como aspecto, pretende debruçar sobre as
possibilidades de uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no PEA de
história na 8ª classe.
Relativamente aos objectivos norteadores da pesquisa, o trabalho tem como objectivo geral:
reflectir sobre as possibilidades de uso do monumento de Samora Machel como recurso
didáctico no PEA da disciplina de história. E tem como objectivos específicos: (I) descrever a
fundamentação teórica sobre monumento como recurso didáctico; (II) citar as possibilidades
de uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no PEA de história; e (III)
Sugerir estratégias de uso do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no
ensino de história 8ª classe.
A opção pelo tema prende-se pelo facto de fazer parte do programa do ensino de história, e
particularmente pelo interesse do pesquisador. E ainda pelo facto de ter frequentado o Ensino
Secundário Geral na Escola Secundária de Chilembene, onde durante o processo de ensino e
aprendizagem de história não se explorava este recurso didáctico que pode tirar o aluno do
abstracto para o concreto, motivo pelo qual desenvolve-se a temática sobre as possibilidades
de uso do monumento de Samora Machel no processo de ensino e aprendizagem com vista a
compreensão dos conteúdos de História. Quanto ao recorte temporal, a escolha de 2011
justifica-se por ser o ano em que o Governo Moçambicano edificou em Chilembene o
Monumento Samora Machel aquando da comemoração do ano Samora Machel, relativamente
a 2023 deve-se o facto de ser neste ano em que o candidato efectuou uma visita de estudo à
Escola Secundária de Chilembene e terá notado durante os depoimentos dos Professores a não
aplicação didáctica do Monumento Samora Machel.
O monumento constitui uma fonte material viva que além de ter um valor histórico-cultural
também é usado como recurso didáctico em história na medida em que vai permitir ao
professor tirar o aluno do abstracto para o concreto, ou seja, permite a confrontação do dito
com o visto (a fonte oral com a observação), ele não constitui somente um mero material de
conservação dos factos do passado tem também a função didáctica que vai ser contemplada a
partir de visitas de estudo e demais possibilidades. Todavia pese embora existam diversas
maneiras de se explorar didacticamente o monumento de Samora Machel no ensino de
história, não se tem notado a sua aplicabilidade no processo de ensino e aprendizagem da
disciplina de história. Perante a situação acima descrita levanta-se a seguinte pergunta de
15

partida: até que ponto o monumento de Samora Machel pode ser usado como recurso
didáctico no PEA da disciplina de História, 8a Classe na Escola Secundária de Chilembene?
Como hipótese presume-se que o monumento de Samora Machel pode ser aproveitado
como recurso didáctico no PEA de história por diversas maneiras, dentre elas as visitas de
estudos ou jornadas de estudos, recurso a fontes imagéticas, através de exploração de vídeos
que possam fazer ligação nas actividades de leccionação possibilitando aos alunos a
construírem um conhecimento mais sólido, em detrimento de uma simples aula ministrada na
base da teorização, ou possa retirar o aluno do abstracto ao concreto.
Esta pesquisa tem como referencial teórico a obra intitulada “Concepção monumental”, de
Schmidt e Cainelli (2009), referem que os monumentos podem constituir elos entre presente e
passado, afirmam que a aprendizagem está relacionada ao quotidiano dos estudantes e,
portanto, tudo o que faz parte deste quotidiano e representa algo relaciona-se ao passado e
presente, numa organização que compõe a leitura de uma determinada sociedade em um dado
momento histórico: no quotidiano das cidades que se apresenta a possibilidade de ensinar a
leitura do mundo a partir das representações construídas como patrimónios e monumentos.
No que concerne à revisão bibliográfica da presente pesquisa foram consultadas várias
obras, entre as quais, a obra de Antas (2012) com o titulo “A Didáctica da Histórica e o
Ensino da História”, refere que o professor deve procurar, sempre que possível, possibilitar
ao aluno o contacto com fontes primárias e ou secundárias. A título de exemplo se o professor
levar seus alunos para um monumento histórico, fazer excursões a cidades ou locais históricos
causaria um impacto, atracção desenvolvendo uma imaginação mais concreta e simples,
possibilitando o aluno a construir um conhecimento mais sólido, em detrimento de uma
simples aula ministrada na base de métodos tradicionais.
Como se pode ver a pesquisa que se pretende realizar apresenta um anglo diferente da citada,
na medida em que esta busca apresentar as possibilidades de uso do monumento de Samora
Machel como recurso didáctico no PEA de história para compreensão dos conteúdos da
disciplina de História, enquanto, o autor limita-se em abordar sobre as metodologias do
ensino de História em que o professor adoptaria para dinamizar os conteúdos propostos nos
programas.
Vale (2010) na sua obra intitulada “A utilização de fontes no ensino de história”, na
globalidade da sua obra refere que as fontes constituem, enquanto registos e testemunhos dos
factos, a principal ferramenta na construção do conhecimento histórico.
Como se pode contemplar nesta obra não se estuda o assunto do ponto de vista desta pesquisa
porque esta estuda sobre o aproveitamento Didáctico do monumento de Samora Machel no
16

PEA de História, enquanto a obra defende que o uso de fontes históricas na sala de aula é uma
possibilidade que deve ser apreciada e valorizada.
Rusen (2014), na sua obra intitulada “contacto com os monumentos” os monumentos são,
lugares de memória e meios de memória que visam manter desperta a memorização de
indivíduos ou eventos, porque estes são tidos como dignos de identificação e passíveis de
consenso. Por conseguinte, a história da recepção de monumentos se presta para reconstruir
de modo especialmente instrutivo a mudança histórica dos paradigmas e das identidades
culturais; basta pensar na história da recepção dos monumentos nacionais de cunho heróico do
século XIX, que foram sobrecarregados com o teor simbólico monumental e com a função de
promover a identidade nacional.
Como se pode notar essa obra difere deste estudo visto que o presente estudo aborda sobre as
possibilidades de uso do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no PEA de
História na Escola Secundária de Chilembene 2011-2023 ao passo que o estudo desse autor
limita-se em versar sobre os monumentos na educação dos jovens e adultos.
Ashby (2006) na sua obra intitulada “Desenvolvendo um conceito de evidência
histórica” postula que o trabalho com fontes históricas revelam evidências do passado, sendo
que “as fontes tem valor reconhecido com evidência para tipos específicos de afirmações.
Quando se trata de um monumento também devem ser inquiridas questões que desvelem
evidências. Portanto, faz-se necessário questionar aos monumentos, para que estes revelem
evidências sobre o passado.
O estudo do autor supracitado difere deste na medida em que o autor fala sobre monumento
como evidência do passado e que contribui para que os sujeitos produzam conhecimentos
práticos mediados pelos objectos, saberes e fazeres. Este estudo apresenta um ângulo teórico
diferente do estudo em causa porque nesse estudo pretende-se falar das possibilidades de uso
do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no Processo de Ensino e
Aprendizagem de História na Escola Secundária de Chilembene 2011-2023.
Le Goff (2003), na sua obra intitulada “História e memória” explica que tanto o monumento
quanto o documento possibilitam a escrita científica da história, pois participam da memória
colectiva. Segundo o historiador, os monumentos transformam-se em documentos, no
momento em que “seja constatada de que maneira foi produzido e de que forma ele torna-se
um instrumento de poder.
Cada vez mais os monumentos vêm sendo explorados pelos professores em sua função
didáctica, onde a turma é levada com o objectivo de vivenciar uma experiência de confronto
entre sujeito (aluno) e objecto (exposição). O actual conceito de monumentos já estabelece a
17

dimensão educativa da instituição e mesmo nas formatações mais antigas, sempre foram
espaços dedicados ao acto de aprender e de ensinar.

Como se pode observar essa obra difere do estudo em abordagem visto que este estudo aborda
sobre as possibilidades de uso do monumento de Samora Machel como recurso didáctico no
PEA de História na Escola Secundária de Chilembene 2011-2023 ao passo que o estudo desse
autor limita-se em versar a necessidade de se argumentar a finalidade de sua construção, sua
função e como ele pode se tornar uma forma de representação de poder.
Menezes (2012) na sua obra intitulada “Em direcção a um conceito de literacia histórica”
postula que actualmente, os debates sobre o papel educativo do monumento afirmam que o
objectivo não é mais a celebração e sim a reflexão crítica. Se antes os objectos são
contemplados, agora devem ser analisados. O monumento coloca-se, então, como o lugar
onde os objectos são expostos para compor um discurso crítico. Mas só isso não basta. Torna-
se necessário desenvolver programas de "alfabetização monumental", com o intuito de
sensibilizar os visitantes diante do que é mostrado.
A abordagem do autor difere do estudo em causa visto que nesse estudo o foco é o estudo do
monumento de Samora Machel como recurso didáctico no processo de ensino e aprendizagem
de história.
Choay (2001), na sua obra intitulada “Conceitualização do monumento” refere que o sentido
original do termo “monumento” é do latim monumentum. Este, por sua vez, deriva de monere,
que significa advertir ou lembrar. Para a autora, o monumento tem como propósito essencial
não apenas o de apresentar ou dar uma informação neutra.
Conforme se evidencia a abordagem do autor difere do estudo em causa, visto que o autor
cinge-se apenas na apresentação da origem etimológica do termo monumento.

A presente Pesquisa subordina-se ao tema: Recursos didácticos; objecto: o monumento


Samora Machel e aspecto: As possibilidades de uso do monumento Samora Machel como
recurso didáctico no PEA na disciplina de História, 8a Classe na Escola Secundária de
Chilembene.

Devido às características do estudo, ao longo do trabalho de campo, recorreu-se ao método


qualitativo na sua vertente etnográfica1 que permitiu a deslocação para o local de estudo com

1
De referir que não se usou a etnografia como método da antropologia, mas fez-se uma adaptação deste método
18

vista a colher dados na base de entrevista em forma de inquérito, conversar, tirar imagens, e
entender o problema a partir dos sujeitos entrevistados.
Em termos metodológicos, a pesquisa procedeu-se em três estágios distintos: onde no
primeiro estágio fez-se o levantamento e leitura bibliográfica que constitui base fundamental e
recolha de informações nos livros, artigos, monografias científicas, dissertações, teses, entre
outros que versam sobre aproveitamento didáctico dos museus no processo de ensino e
aprendizagem de história para a compressão dos conteúdos que retratam sobre as fontes
históricas, que abordam ainda sobre os locais de interesse histórico. O segundo envolveu o
trabalho de campo conduzido pelas entrevistas semi-estruturadas, dirigidas aos professores e
alunos através de um guião elaborado em língua portuguesa e que não precisou-se da
interpretação numa outra língua (local). Ainda na mesma fase, como meio de auxílio à
entrevistas usou-se o gravador de voz (celular), máquina fotográfica para obter imagens, uso
de bloco de anotações. Na entrevista elaborou-se um questionário de natureza aberta para
criar condições aos entrevistados de narrar os factos de uma forma mais aprofundada, numa
amostra de treze (13) indivíduos dos quais três (3) professores de História do nível de
licenciatura e (10) alunos de história. No terceiro e último estágio fez-se o cruzamento dos
dados bibliográficos, sistematização e compilação dos resultados colhidos.

Espera-se que o presente trabalho constitua uma contribuição no enriquecimento do


conhecimento na disciplina de história no que diz respeito a realidade dos alunos. Aventa-se a
possibilidade de que o mesmo sirva também, como instrumento complementar para a
compreensão dos conteúdos do ensino de história, com vista a proporcionar prováveis debates
em volta do mesmo, entre alunos e professores durante o processo de mediação e assimilação
dos conteúdos no processo de ensino e aprendizagem de história.

O presente estudo é composto por três capítulos: sendo o primeiro capítulo referente a
fundamentação teórica sobre o monumento como recurso didáctico; no segundo capítulo,
aborda-se sobre as possibilidades de uso do monumento Samora Machel como recurso
didáctico no PEA da disciplina de História. No terceiro e último capítulo trata-se das
estratégias de uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no PEA de história.
19

CAPÍTULO I

MOMUMENTO COMO RECURSO DIDÁCTICO


No presente capítulo, apresenta-se a fundamentação teórica sobre o monumento como recurso
didáctico no PEA de História. Abordando inicialmente sobre o conceito de monumento, sua
origem, historial do surgimento do monumento, suas características, fala-se também dos tipos
de monumento, categorias do monumento, o contributo didáctico na disciplina de História
bem como sobre os saberes associados ao monumento e por fim aborda-se sobre a
importância do monumento.

1.1. Conceitos Básicos

1.1.1. Monumento
Quando se fala em monumento2 e remete-se a documento, poderíamos recorrer ao
autor Le Goff (2003), para uma compreensão mais exacta acerca destes termos. Segundo este
autor, os monumentos podem ser vistos como documentos. Os monumentos se reportam à
memória, devendo ser realizadas as perguntas a ele, a fim de que sejam evidenciadas como
este monumento, pode se tornar um instrumento de poder e quais as formas de sua
perpetuação. Neste sentido, os monumentos podem ser importantes fontes históricas3 que
contribuem com os aspectos cognitivos do ensino de história, para o aprendizado histórico e a
formação da consciência histórica dos jovens e podem ser utilizados de forma clara e
prazerosa nas aulas de história.

De acordo com Rusen (2014), os monumentos são:

Lugares de memória e meios de memória que visam manter desperta a


memorização de indivíduos ou eventos, porque estes são tidos como dignos de
identificação e passíveis de consenso. Por conseguinte, a história da recepção de
monumentos se presta para reconstruir de modo especialmente instrutivo a
mudança histórica dos paradigmas e das identidades culturais; basta pensar na
história da recepção dos monumentos nacionais de cunho heróico do século XIX,
que foram sobrecarregados com o teor simbólico monumental e com a função de
promover a identidade nacional (p.117).

2
De referir que monumento é parte integrante das fontes históricas, tratando-se de uma fonte material.
3
Fontes históricas podem ser definidas como sendo todo vestígio ou marca que permite o historiador reconstruir
o passado da humanidade, podendo agrupar-se em fontes orais, que são todas aquelas que resultam da
transmissão oral, como contos, lendas entre outros; Escritas que resumem-se em documentos escritos como
documentos governamentais, arquivos históricos, e demais; Fontes materiais e arqueológicas são fontes de
carácter material como edifícios antigos, monumentos, museus (materiais), bem como as ruínas (arqueológicas).
20

Acerca dos monumentos, estes podem funcionar como vestígios4 do passado deixado pela
humanidade revelando-se em fontes históricas.

Segundo Ashby (2006), o trabalho com fontes históricas revelam evidências do passado,
sendo que “as fontes têm valor reconhecido com evidência para tipos específicos de
afirmações” (p.155).

Segundo Françoise Choay (1982), considera-se monumento:

Todo o artefacto (túmulo, estela, poste, totem, construção e inscrição) ou conjunto


de artefactos deliberadamente concebidos e realizados por uma comunidade
humana, sejam quais forem a natureza e as dimensões, da família à nação, do clã à
tribo, da comunidade de crentes à cidade) no sentido de fazer lembrar à memória
viva, orgânica e afectiva dos seus membros, pessoas, acontecimentos, crenças,
ritos ou regras sociais constitutivos da sua identidade. (p.23).

Com a citação acima conclui-se que monumento é tido como um artefacto arquitectado pelo
homem podendo assumir a forma de estátua, lápide, busto, com o intuito de buscar uma
lembrança sobre os acontecimentos do passado humano.

1.1.2.Origem etmológica do Monumento


Chauí (2006) sobre a origem do monumento apontou o seguinte: “o monumento, Monere,
recordar ou lembrar; menini, lembrar-se; mementum, a lembrança ou recordação.
Menumentum significa: sinal do passado; o que perpetua o passado.” (p. 114).

“Os monumentos são de fato indiscutíveis testemunhos materiais da história e da cultura de


um povo, não é menos verdade que o estudo de uma sociedade exige bem mais que o reflexo
estético e histórico de um monumento isolado”. (Lopes, 1985, p.80).

1.2.Historial do surgimento do Monumento

Na perspectiva de Alves (2012), os monumentos foram criados há milhares de anos e são


frequentemente os símbolos mais duráveis e famosos das civilizações antigas. Túmulos pré-
históricos, dolmens e estruturas semelhantes foram criados em um grande número de culturas
pré-históricas em todo o mundo, e as muitas formas de tumbas monumentais dos membros

4
Silva (2009), assevera que vestígio é a palavra actualmente preferida pelos historiadores que defendem que a
fonte histórica é mais do que o documento oficial: os mitos, a fala, o cinema, a literatura, tudo isso, como
produtos humanos, torna-se fonte para o conhecimento da história.
21

mais ricos e poderosos de uma sociedade são frequentemente a fonte de grande parte de
nossas informações e arte dessas culturas.

Com base na citação supracitada dá-se a conclusão de que a origem do monumento remonta
desde as civilizações antigas onde eram edificados os monumentos como lembrança e
imortalização dos feitos de certas individualidades vinculadas ao poder político local, por
exemplo as pirâmides de Gizé no Egipto.

1.2.1. Características do Monumento


Na visão de Suldane (2009), as características monumentais agrupam-se em:

Significado Histórico ou Cultural: O monumento representa eventos, pessoas ou


ideias significativas na história ou cultura de uma sociedade.
Durabilidade: O monumento é projectado para resistir ao tempo e permanecer como
um símbolo duradouro.
Tamanho e escala: Os monumentos tendem a ser grandes e imponentes, destacando-
se no ambiente em que estão localizados.
Estética visual: Os monumentos muitas vezes apresentam uma arquitectura elaborada,
esculturas detalhadas ou elementos artísticos distintos.
Localização proeminente: Os monumentos são frequentemente colocados em locais
estratégicos, como praças públicas, parques ou locais históricos, para maximizar sua
visibilidade e impacto.
Valor simbólico: Os monumentos representam símbolos de identidade, memória
colectiva e orgulho cultural para uma comunidade ou nação.

1.2.2.Tipos de Monumentos
Segundo Silva (1989), existem três tipos de monumento nomeadamente:

Monumentos Arquitectónicos: Esses monumentos são conhecidos por sua


arquitectura impressionante e design único. Podem incluir marcos famosos como
palácios, catedrais, templos, castelos, arranha-céus e pontes icónicas. Eles
representam a excelência artística e técnica da construção.
Monumentos Históricos: Esses monumentos têm um significado histórico
significativo. Eles podem ser locais de batalhas importantes, sítios arqueológicos,
memoriais de guerra, tumbas de líderes ou figuras históricas importantes. Esses
monumentos ajudam a preservar a memória colectiva e a contar a história de uma
região ou país.
22

Monumentos Culturais: Esses monumentos são representativos da cultura de um


determinado grupo ou sociedade. Podem incluir museus, galerias de arte, teatros,
locais sagrados, estátuas e memoriais dedicados a figuras culturais proeminentes.
Esses monumentos celebram a expressão artística, a identidade cultural e os valores
de uma comunidade.

Esses três tipos de monumentos desempenham um papel importante na preservação da


história, cultura e património de uma região e são apreciados por sua beleza estética e valor
simbólico. (Idem).

1.3.Categorias do monumento

Na visão de Choay (1982), constituem categorias monumentais as seguintes:

 O Cenotáfio (destinados a homenagear os mortos que estão enterrados em outros


lugares) e outros memoriais para comemorar os mortos, geralmente vítimas de guerra;

 Monumentos da igreja para comemorar os mortos fiéis, localizados acima ou perto de


seu túmulo, geralmente apresentando uma efígie, geralmente cobertas com uma
estátua, por exemplo, o Berlim.

 Chamas eternas que são mantidas acesas continuamente, geralmente acesas para
homenagear soldados;

 Fontes, estruturas de vazamento de água geralmente colocadas em jardins formais ou


praças da cidade, por exemplo, Fontaines de la Concorde e Jardins de Versalhes;

1.4.Função didáctica dos monumentos

O educador pode utilizar os monumentos nas pesquisas escolares de forma a instruir, ensinar,
educar e, por conseguinte, estimular o processo reflexivo dos alunos, motivando pesquisas de
cunho histórico, político, sociológico, psicológico em diante. (Le goff, 2012).

Grunberg (2007) postula que Lembrar que tudo o que o homem produz e faz é cultura, é um
conceito que vai ajudar a compreender o mundo que nos rodeia de uma forma mais ampla e
com menos preconceito.

Cada monumento contém uma história, herança do passado e para que conheçamos melhor
essas histórias e valorizarmos o espólio é necessário ter mecanismo facilitador do processo,
portanto:
23

A escola e, em particular, o espaço curricular reservado à história, é um ambiente


essencial para o estudo e consciencialização dos significados do património (como
mediador entre marcas do passado e o presente) e deve pautar-se por uma
preocupação com a valorização do ambiente seja histórico, cultural ou natural. E
com os monumentos podem construir um excelente recurso para que os “sítios”
patrimoniais entrem na aula (Oliveira & Barca, 2014, p.132)

1.5. Saberes Associados aos Monumentos


De acordo com Thompson (1998), os monumentos possuem um valor inestimável, riquíssima
em detalhes e fonte de conhecimento apropriado para o estudo que poderá abranger desde a
base (educação de infância) aos estudos universitários e, igualmente sugere novas ideias
adequadas. Para mudar o formato de transmitir e apropriar-se dos saberes. Esses monumentos
apelam por mais estudo aprofundado (embora existe alguns não direccionados para o ensino)
e exploração em diferentes vertentes que transporta além-fronteira que não se prende apenas
por uma disciplina ou apenas pela arte embora o nosso foco seja a educação artística.
Com o depoimento acima pode se depreender que os monumentos não são simples objectos
do passado, os monumentos carregam consigo vários saberes de índole político e educacional
por isso devem ser explorados não só pela comunidade ao redor mas inclusive pelas escolas
por serem instrumentos que podem servir de motivação no processo de ensino e aprendizagem
apagando as noções abstractas do passado para uma dimensão concreta.

1.6. Importância do Monumento


Xavier (1996), o monumento recorda um passado determinado e/ou marca um presente
localizado. Numa tentativa de ter pulso na relação entre a morte e a vida, desafia a acção do
tempo, funcionando como uma “defesa contra o trauma da existência, um dispositivo de
segurança”. Decalcando as palavras de Choay (2006), a relação com o tempo vivido e a
memória, “função antropológica”, constitui a essência do monumento que tem como vocação
fixar o homem no espaço, no passado e no presente, acalmando a angústia da morte.
Terminado o primeiro capítulo, conclui-se que quando se aborda sobre monumento trata-
se de uma estrutura física podendo assumir a categoria de edifício ou estátua com a função de
lembrar ou recordar. Conclui-se ainda que o termo monumento provem do latim
“monumentum” que significa recordar. Apresenta diversas categorias tais como bustos, etc.
24

CAPÍTULO II
AS POSSIBILIDADES DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL COMO
RECURSO DIDÁCTICO NO PEA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA, 8ª Classe.
No presente capítulo apresenta-se as possibilidades de uso do monumento Samora Machel
como recurso didáctico no PEA de história, primeiramente faz-se a localização geográfica do
monumento Samora Machel, sua descrição física bem como a do local histórico de
Chilembene, posteriormente é feita a abordagem inerente a vida e obra de Samora Machel
assim como do contexto histórico da edificação do monumento Samora Machel e por fim a
análise e interpretação dos dados recolhidos no campo.
2.1.Localização Geográfica de Monumento Samora Machel
Chilembene sita na região Sul de Moçambique5, Província de Gaza, Distrito de
Chókwe, Posto administrativo de Chilembene, a cerca de 51km da vila de Macia e 111km da
cidade de Xai-Xai. Quanto à localização do monumento Samora Machel está localizado no 4o
bairro de Chilembene, Posto Administrativo de Chilembene, (Simone, 2002).

Mapa 1: Localização geográfica do monumento Samora Machel.


Fonte: Autor (2023).

5
No âmbito da colonização imposta pela potência portuguêsa, Moçambique era designado de Província
ultramarina ou seja Província portuguesa mas além-mar em 1951. Actitude adoptada para desvirtuar as três
ordens mundiais que defendiam a descolonização (EUA, URSS, ONU), (Jordão, 1998).
25

2.1.1.Descrição Física do local histórico de Chilembene e do Monumento Samora


Machel 6
O local Histórico de Chilembene é constituído por vários elementos, designadamente: o berço
de Samora Machel integrando um monumento que simboliza o local onde nasceu o primeiro
Presidente da República Popular7 de Moçambique; A residência do tipo pré-fabricado
edificado em 1975 e usada por Samora enquanto Presidente da República de Moçambique até
a sua morte no dia 19 de Outubro de 1986; o monumento de Samora erguido na rotunda de
Chilembene, em sua homenagem como fundador da nação moçambicana; o cemitério onde
descansam os restos mortais de parte da família de Samora Machel, incluindo os seus
progenitores Mandande Moisés Machel e Guguye Thema Dzimba; A mafureira de
M`chovane8: árvore sagrada venerada pela comunidade local; A escola de Marrambajane,
escola frequentada por Samora Machel; Conjunto de construções coloniais, incluindo prisões 9
da PIDE-DGS, a antiga casa do chefe do posto administrativo de Chilembene e as residências
dos cipaios. (Rodrigues, 1975).
No que toca à descrição física do monumento Samora Machel, o monumento Samora
Machel é constituído pelos seguintes elementos: estátua de Samora Machel em homenagem
ao primeiro Presidente da República Popular10 de Moçambique, a existência de onze torres
que reflectem de um lado os onze anos (1975 até 198611) que o Presidente Samora Machel
governou Moçambique e doutro lado as onze torres referem-se ao facto de Moçambique ser
composto por onze Províncias. (G.Sibinde, Cp, 18 Julho).
Ainda compõem o monumento, uma pequena piscina que de um lado simboliza o
canal de Moçambique e doutro lado diz respeito ao Mapa de Moçambique. Cada torre
representa uma foto, ilustrando todos os feitos do Presidente Samora Machel onde numa das
torres vê-se a foto do Presidente Samora Machel com os outros estadistas Pan-africanistas

6
No meu entender o Monumento Samora Machel constitui uma lembrança viva do legado histórico inspirando a
compreensão e o respeito pela luta e conquistas do povo moçambicano.
7
Essa designação deve-se à adopção do Sistema ideológico político Socialista com um plendor Marxista-
Leninista em Fevereiro de 1977. (Mazula, 2016).
8
Àrvore onde Maguiguane, Comandante das tropas de Ngungunhane (o Leão de Gaza) juntamente com os seus
guerrilheiros descansavam após as batalhas. (G.Sibinde, Cp, 2023, 18 Julho).
9
Estes edifícios prisionais funcionavam como verdadeiros centros de punição onde se dava a palmatória de
modo a sancionar pessoas com comportamentos desajustados. (Constantino, 2005).
10
Designação que reflectia ao Moçambique Socialista, pois em Fevereiro de 1977, o movimento de libertação de
Moçambique (FRELIMO) foi transformado em Partido com um sistema político ideológico socialista com um
plendor marxista-leninista. (Frazão, 1996).
11
De referir que Samora Machel perdeu a vida no dia 19 de Outubro de 1986 quando regressava de mais uma
missão de paz na Zâmbia o top lev 134 cedido pela união soviética se despenhou em Mbuzini, território sul
africano, as causas da sua morte foram atribuídas ao regime de segregação racial (Apartheid) que vigorava na
República Sul africana. (G.Sibinde, Cp, 2023, 18 Julho).
26

aquando da formação da Organização da Unidade Africana (OUA) cunhada no dia 25 de


Maio de 1963 em addis Abeba, Etiópia. (Idem).

Figura 1: Monumento Samora Machel


Fonte: Autor, (2023).

2.1.3.Vida e obra de Samora Machel


Samora Moisés Machel nasceu a 29 de Setembro de 1933, filho de Moisés Mandhande
Machel e Gugiye Thema Dzimba, O nome foi-lhe atribuído por um amigo do seu pai, Samora
Mukhavele12, parente pelo lado materno e antigo soldado do exército português. Durante o
período em que Samora Moisés Machel viveu em Chilembene, participava activamente nas
actividades produtivas familiares, com destaque para a pastagem de gado e a produção
agrícola, onde demonstrou habilidades excepcionais. Samora Machel iniciou a sua educação
formal em 1941, com cerca de oito anos de idade, na Escola nº 21 em Uamichine, onde fez a
2ª classe, na região de Songuene. Em 1943, abandonou esta escola, por razões associadas ao
clima de conflitualidade entre a Igreja Católica Romana e as Igrejas Protestantes. (G.Sibinde,
Cp, 2023, 18 Julho).

De referir que a educação formal de Samora Machel finda com a 4ª Classe, entretanto,
prosseguiu com os estudos enquanto exercia actividades como enfermeiro no Hospital Miguel
Bombarda, actual Hospital Central de Maputo. Foi destacado para trabalhar na ilha de Inhaca,
onde conheceu Sorita Tchaiakomo tendo surgido uma relação afectiva entre os dois e
nasceram quatro filhos, designadamente: Josceline, Edelson, Olívia e Ntewane. (Idem).

12
De referir que Samora Mucavel amicíssimo de Moisés Machel teve o previlégio de atribuir o nome pela
segunda vez, pois os Pais de Samora tinham nascido um filho anterior a Samora Machel que tinha sido atribuído
o mesmo nome todavia por circunstâncias não clarificadas acabou perdendo a vida, quando Moisés Mandande
Machel e Guguye Thema Dzimba nasceram novamente um outro filho, Samora Mucavel foi convidado a
reatribuir o mesmo nome a esse filho, que é Samora Moisés Machel. (G.Sibinde, 2023, Comunicação Pessoal,
24 Agosto).
27

Com a visita de Eduardo Chivambo Mondlane a Moçambique em 196113, Samora


juntou-se a esse e em 1963 constituiu um dos primeiros integrantes a ter treinos na Argélia.
Na sequência da morte de Filipe Samuel Magaia em 1966, Samora Machel foi eleito Chefe do
Departamento da defesa da Frelimo e membro do Comité Central. Em Naxingueia Samora
conheceu a Josina Machel onde tiveram um filho, Samora Machel Júnior, porem devido à
doenças Josina Machel perdeu a vida e na qualidade de Presidente da República tinha de se
casar novamente e nessa sequência casou-se com Graça Simbine onde tiveram dois filho,
Josina Machel e Malengane Machel. (G.Sibinde, Cp, 2023, 18 Julho).

Em 1969 após a morte de Eduardo Mondlane por meio de uma bomba, Samora
Machel assumiu a presidência da Frelimo e Marcelino dos Santos o seu vice-presidente.
Machel continuou dirigindo a luta de libertação Nacional até a proclamação da Independência
Nacional no dia 25 de Junho de 1975 no estádio da Machava e Samora Machel tornou-se o
Primeiro Presidente de Moçambique Independente. (Macuacua, 2005).

2.1.4. Contexto Histórico da Edificação do Monumento Samora Machel


A implantação da estrutura física de Samora Machel surge no contexto das celebrações
do ano Samora Machel em consonância com a passagem do septuagésimo oitavo aniversário
natalício de Samora Machel que se assinalou no dia 29 de Setembro de 2011 em Chilembene,
data em que foi inaugurado o monumento Samora Machel pelo então presidente da República
de Moçambique, Armando Emílio Guebuza. Nasce ainda como corolário da legislação
moçambicana sobre a configuração dos locais históricos como patrimónios históricos e
culturais em 2008, da qual ao abrigo do decreto 46/200814 é classificado Chilembene como
local histórico e cultural de Moçambique por ser o local onde viu nascer o Primeiro Presidente
de Moçambique independente, imagem indissociável ao processo da luta de libertação
Nacional.
2.2.Localização da Escola Secundária de Chilembene
A Escola Secundária de Chilembene localiza-se no 1º Bairro B (Parque) de Chilembene,
Posto Administrativo de Chilembene, Distrito de Chókwe na Província de Gaza. (DESCH,
2023).

13
Mondlane visitou Moçambique enquanto funcionário superior das nações unidas, desempenhando as funções
de Sub-secretário, onde lhe era incumbida a missão de elaborar relatórios sobre a situação dos países sob tutela
da ONU. (Nijande, 2002, p.23).
14
Ao abrigo do Decreto 46/2008, o Conselho de Ministros classificou como Património Cultural o local histórico
de Chilembene, visto que, é o local onde nasceu, a 29 de Setembro de 1933, o primeiro Presidente de
Moçambique Independente, Samora Moisés Machel, e o simbolismo de que se reveste o lugar para a educação
patriótica dos moçambicanos, urge assegurar a sua preservação e gestão sustentável.
28

2.3.Historial do Surgimento da Escola Secundária de Chilembene


A Escola Secundária de Chilembene remonta desde a sua criação no ano de 1976, depois da
independência, nos estabelecimentos da antiga cadeia no recinto da Casa Samora Machel, a
localização da escola foi sofrendo alterações com a transferência ou eliminação da cadeia 15 ou
B.O, em Chilembene, Samora Machel ordenou a sua eliminação pois segundo as fontes
fidedignas esta serviu para aprisionar todos militares e apoiante da luta de libertação nacional.
(DESCH, 2023).
Depois da retirada da Escola do recinto da família Machel na década 80, esta foi montada na
antiga Escola Paroquial de Madragoa, actual Chilembene, nas instalações da Igreja Católica
Romana. As actividades administrativas funcionaram na própria casa dos padres e o próprio
padre Silva foi um dos professores, onde funcionava em regime de dois turnos, sendo duas da
5ª classe no período de manhã e duas 6ª classe de período da tarde. Em 1976 a 1981 a Escola
era chamado Ensino do Ciclo Preparatório, a partir da 5ª a 6ªclasse, as duas classes tinham
exames. (DESCH, 2023).

Em 1999 as classes 5ª e 6ª passaram a ser subdividida onde a 5 classe passou a estar na escola
primária de Chilembene e 6ª e 7ª sendo do Ep2, de 2000 a 2005 a escola ainda era chamado
de EP2,porém a Escola Secundária de Chilembene em 2006 a 2008 ficou como anexo de
Escola Secundária de Hókwe a partir da 8ª a 10ªclasse. (Idem).
2.4.Caracterização da Escola Secundária de Chilembene
A Escola está na zona rural, em bom estado de conservação, a secretaria bem como os
gabinetes (do Director e do adjunto pedagógico) encontram-se equipados de mobiliário como
armário e secretárias e dois computadores para o gabinete do Director e do sector
Administrativo, material adquirido pelo fundo dos parceiros, fundo que se destina a compra
de material específico. A Escola tem uma área estimada em 3600 m. Dispõe de solos arenosos
franco acastanhados. Não está vedada completamente, por isso a comunidade usa o recinto
como uma via de acesso. (DESCH, 2023).
Ainda no mesmo diapasão a DESCH (2023), assevera que a Escola dispõe das seguintes infra-
estruturas:

15
A implantação dessa cadeia foi feita em prejuízo da família Machel devido ao seu envolvimento na luta de
libertação nacional, pois esse facto foi possível com a implantação da casa do chefe do posto colonial nesse local
onde estava instalada a família Machel que se viu obrigada a retirar-se e instalar-se por defronte da casa para que
todos os movimentos por estes efectuados fossem observados pelas autoridades coloniais. (G.Sibinde, 2023,
Comunicação Pessoal, 18 Julho).
29

A Escola tem 4 blocos: Com 14 salas de aulas melhoradas das quais 1 funciona como sala de
organização de Activista Dreams as restantes como salas de aulas; possui ainda um bloco
administrativo incluindo o Gabinete do Director e o Gabinete dos Directores Adjunto
Pedagógico, o Sector Administrativo e a Sala de atendimento público; noves blocos de
latrinas: quatro para os funcionários e seis para alunos, separadas consoante o sexo. A Escola
dispõe ainda uma sala de professores e Biblioteca ainda em construção, duas cantinas e
internet grátis WI-FI, que ajuda alunos e a comunidade mais próximos nas realizações de
trabalhos.

Figura 2: Descrição física das salas da Escola Secundaria de Chilembene.


Fonte: Autor (2023).

2.5. Percepção dos Professores e alunos sobre o monumento Samora Machel como

recurso didáctico no PEA de história da 8ª Classe na ESCH.

2.5.1. Percepção dos Professores sobre o monumento como recurso didáctico no PEA
de História 8ª Classe.
2.5.2. Sobre o conceito de Monumento
Com o objectivo de querer perceber sobre o conceito de monumento, questionados os
Professores, disseram que o monumento é uma estrutura edificada com o propósito de
homenagear uma pessoa ou um certo evento que decorreu a anos e de um interesse nacional.
(P1, Cp. 2023.15 Agosto).
P2 (2023) acrescenta que o monumento pode assumir formato de estátua, lápide, bustos e
demais designações. Referiram ainda que um monumento pode ser tido como uma construção
que serve como símbolo duradouro de importância histórica, podendo ser uma obra escultural
ou memorial. (Cp, 2023, 15 Agosto).
30

Auxiliando à ideia dos Professores em relação ao conceito de monumento, Le gof (2003)


assevera que um monumento é uma construção ou obra que transmite a recordação de alguém
ou de algum fato memorável. Ele pode ser uma obra de arquitetura ou escultura destinada a
transmitir ou perpetuar para a posteridade a lembrança de um grande vulto ou de um
acontecimento. Alguns exemplos são estatuas, edifícios públicos, etc.

Com os depoimentos acima, conclui-se que monumento é uma estrutura física ou cunhada
para comemorar, homenagear ou preservar a memória de uma pessoa, evento, ideia ou
período histórico importante.
2.5.3.Uso do Monumento na Sala de Aulas
Na tentativa de buscar entender nos Professores de história 8ª classe sobre o uso do
monumento na sala de aulas, deram a opinião de que o uso do monumento na sala de aulas
pode servir como estímulo ao processo de ensino e aprendizagem, porem referiram que
embora o uso de monumento na sala de aulas seja importante os mesmos ainda não fizeram
uso do monumento na sala de aulas por razões de vária ordem tais como a falta de
programação, insuficiência de tempo para se efectuar uma visita de estudo ao monumento.
(P3, Cp, 2023, 15 Agosto).

Contudo Le goff (1998) distancia-se desse posicionamento ao dizer que existem várias formas
de se explorar o monumento na sala de aulas sem recorrer a visita de estudos. Para o autor o
professor pode fazer o uso do monumento ilustrando fotos que envolvem o monumento bem
como o uso de vídeos retratando o monumento, que servem de actividades de discussão na
sala de aulas.
Com base nas declarações acima, pode se depreender que o uso do monumento na sala de
aulas é bastante crucial e para além de se efectuar uma visita de estudo ao monumento
Samora Machel, o Professor pode leccionar com base no monumento sem que seja imperioso
explorar o monumento por intermédio de uma visita de estudo, o professor pode trazer
imagens do monumento Samora Machel para servirem como instrumento de debate assim
como pode projectar um vídeo aula que aborda sobre o monumento Samora Machel.

2.5.4. Saberes Associados ao Monumento Samora Machel

Questionados os Professores sobre a sua percepção sobre os saberes que o Monumento


Samora Machel apresenta, um dos professores vincou que monumento Samora Machel
31

carrega consigo imensos saberes16 pois representa a história da luta pela independência de
Moçambique e o papel crucial desempenhado por Samora Machel nesse processo. (P1, Cp,
2023, 15 Agosto).

Advogam ainda que o Monumento Samora Machel simboliza a identidade nacional


moçambicana, representando os valores de coragem, resistência e determinação do povo
moçambicano. O monumento preserva a memória coletiva do país, lembrando as gerações
futuras da importância dos eventos históricos e das figuras que moldaram o destino da nação.
(P3, Cp, 2023, 15 Agosto).
O monumento serve como um lembrete das lutas sociais e políticas enfrentadas pelo povo
moçambicano, incentivando a reflexão sobre questões de justiça social e igualdade. O
monumento proporciona uma oportunidade educacional para os cidadãos moçambicanos e
visitantes aprenderem sobre a história do país, promovendo uma compreensão mais profunda
do passado e suas implicações no presente. (P2, Cp, 2023, 15 Agosto).
Com base nas declarações acima, pode-se concluir que o Monumento Samora Machel carrega
consigo uma riqueza de saberes associados. Os saberes incluem detalhes sobre a vida, legado
político de Samora Machel, luta pela independência e contribuições para o país. Esses saberes
nos permitem compreender e valorizar a importância de Samora Machel na história de
Moçambique e na luta contra o colonialismo.
2.5.5. Formas de se usar o Monumento Samora Machel no Ensino de História
Quanto às formas ou maneiras de se usar o Monumento Samora Machel no Ensino de
História, os Professores deram a entender que são múltiplas maneiras de uso do Monumento
Samora Machel no Ensino de História, para os Professores entrevistados pode se usar o
monumento no ensino de história através da realização de dramatizações ou encenações
baseadas na história relacionada ao Monumento Samora Machel, assim como o Professor
pode orientar a criação de projectos de arte em que os alunos criam representações do
Monumento Samora Machel utilizando diversos materiais e técnicas. (P1, Cp, 2023, 15
Agosto).

Acrescentaram os Professores dizendo que pode se também convidar especialistas ou


historiadores para darem palestras sobre a história do Monumento Samora Machel e o seu
contexto histórico. (P3, Cp, 2023, 15 Agosto).

16
Vide o Apêndice B, Resposta do P1.
32

Este posicionamento leva à conclusão de que o uso do monumento Samora Machel no ensino
de história oferece uma oportunidade única para os alunos se conectarem com o passado,
explorarem contextos históricos relacionados ao monumento Samora Machel, torna-se
evidente que são muitas possibilidades de uso do Monumento Samora Machel como recurso
didáctico no ensino de história, além das supracitadas pode se usar o monumento no ensino de
história com o recurso a fontes imagéticas bem como ao uso da exemplificação onde o
professor aquando da leccionação ligada as fontes históricas ao dar exemplo do monumento
Samora Machel estaria a fazer o uso do mesmo no processo de ensino e aprendizagem de
história. Com os depoimentos acima ficam por terra as alegações dadas pelos Professores
sobre a não exploração do Monumento Samora Machel no Ensino de História.

2.5.6.Importância de uso do Monumento Samora Machel na disciplina de história


Com a necessidade de querer entender o posicionamento dos professores da ESCH sobre a
importância do uso do monumento Samora Machel, um dos professores (P1) entrevistados
confessou que o uso do Monumento Samora Machel no Ensino de História permite visualizar
de forma concreta os conceitos históricos o que ajuda a tornar o aprendizado mais tangível e
facilita a compreensão dos conteúdos, defendem ainda que o uso do monumento pode
despertar o interesse dos alunos na medida em que os monumentos podem provocar enormes
debates incentivando a participação activa dos alunos na sala de aulas. Ainda foram unânimes
ao referir que o uso do monumento na sala de aulas pode permitir a conexão entre o aluno e o
mundo real visto que a presença do monumento na sala de aulas pode permitir aos alunos
relacionarem o que estão aprendendo com locais reais ampliando sua percepção sobre o
monumento. (P2, Cp, 2023,15 Agosto).

Ainda na óptica dos professores o monumento pode servir como uma forma tangível de
conectar os alunos com o passado, permitindo que eles visualizem e compreendam melhor os
eventos históricos. (Idem).
Menezes (2012) comunga da mesma opinião ao referir que o uso do monumento na sala de
aulas assume um elevado valor pois fornece uma conexão directa com a história, tornando o
aprendizado mais significativo e mais envolvente para os alunos além disso os monumentos
podem despertar a curiosidade e estimular a imaginação nos alunos.
Com os depoimentos acima, percebe-se que o monumento assume um papel preponderante no
processo de Ensino e Aprendizagem, visto que o uso deste recurso didáctico permite com que
o aluno tenha uma forte ligação com o real, bem como possibilita a construção de um
conhecimento mais sólido relativamente ao ensino de história.
33

2.6. Percepção dos Alunos sobre as possibilidades de uso do Monumento Samora


Machel como recurso didáctico no Ensino de História, 8ª Classe na ESCH.

2.6.1. Quanto ao Conceito do Monumento


Questionados os alunos sobre o conceito do monumento, os alunos entrevistados avançaram
que quando se fala de monumento fala se de um objecto feito pelo homem tal como a estátua
e deram destaque a estátua de Samora Machel, realçaram que monumento é algo que pode ser
tocado. Para eles monumento faz parte das fontes materiais porque pode ser tocado e serve
para fazer lembrança de algo que aconteceu no passado. (A1, Cp, 2023, 15 Agosto).

Conciliando com a visão de Mongal (2006), um monumento é visto como um produto criado
pelo ser humano. Ele é resultado do trabalho, da criatividade e da habilidade de arquitectos e
escultores e artistas que o conceberam e construíram. Os monumentos são uma expressão da
capacidade humana de deixar uma marca duradoura e de transmitir mensagens culturais e
históricas paras as gerações futuras.

Com as declarações supracitadas, conclui-se que monumento na perspectiva dos alunos é tido
como um objecto que tem a função de dar uma recordação dos factos do passado, conclui-se
ainda que monumento serve para imortalizar o passado humano. Ainda no mesmo diapasão dá
para entender que para os alunos o monumento é tido como ponto de referência e como fonte
de aprendizado sobre o passado assim como pode ser visto como símbolo de identidade e
orgulho de uma comunidade ou país.

2.7.Uso do monumento na sala de aulas.


No que diz respeito ao uso do monumento Samora Machel no PEA de História na Escola
Secundária de Chilembene, os alunos revelaram que os professores de história não tem feito
uso do monumento Samora Machel, as aulas apenas cingem-se numa mera teorização durante
as aulas, para evidenciar os conteúdos e torna-los compreensíveis. (A1, Cp, 2023, 15
Agosto).

Associando-se à concepção de Grumberg (2007), os monumentos por serem versáteis


são suscetíveis a várias leituras que coadjuva na compreensão da sociedade e permitem
criações várias de teor artístico a partir da sua história unindo e motivando a pesquisa na
escola de forma a adquirir novos saberes, e aprender de forma eficiente. O professor é o
precursor, o mediador que auxilia o aluno a construir saberes, a conciliar pesquisa e a
conceber ferramentas que elevará a compreensão e o sentimento de pertença por parte do
34

aluno, não apenas no presente, mas para a vida, recorrendo à herança espalhada pela cidade e
estimulando a preservação.
Desta feita, dá-se a conclusão de que os professores de História da Escola Secundária
de Chilembene, embora conheçam as possibilidades de uso de monumento na leccionação
prendem-se no método tradicional limitando-se apenas nos livros e não tem feito o uso do
monumento Samora Machel para aproximar o aluno da realidade, tirando este do abstracto ao
concreto.
2.8.Sobre como utilizar o Monumento no PEA de história
Tendo sido questionados os alunos sobre as suas opiniões em relação às formas de se usar o
monumento Samora Machel no PEA de história, nas suas elocuções os alunos avançaram que
é possível usar-se o monumento Samora Machel no Ensino de História através de uso de
imagens sobre o Monumento, os alunos também apontam o esboço de cartazes envolvendo o
monumento Samora Machel assim como a realização de teatros em que os mesmos poderão
fazer declamações inerentes ao monumento, questionados como isso poderia se
operacionalizar, os alunos disseram que o professor pode orientar debates na sala de aulas
enquanto está exposta a imagem envolvendo o Monumento Samora Machel e isso tornará a
aula mais criativa e os alunos participariam melhor na aula. (A4, Cp, 2023, 15 Agosto).

Zotto (2015) defende que o uso do monumento na sala de aulas é uma das ferramentas chaves
para chamar a atenção do aluno, e quanto mais cria-se campo para debates ligados ao
monumento os alunos participam de forma eficaz na aula.
Em relação as declarações acima, é possível concluir que quanto os alunos assim como o
autor em alusão o uso do monumento na sala de aulas a aula fica cada vez mais atraente e
permite que a aula seja mais envolvente e menos expositiva permitindo cada vez mais a
aplicação do método de elaboração conjunta.
2.8.1. Sobre o aprendizado associado ao Monumento Samora Machel
Sobre os saberes associados ao monumento Samora Machel, à luz da entrevista, na sua
maioria, os alunos disseram que o monumento Samora Machel, permite compreender que o
monumento está relacionado à história de Moçambique e à luta pela independência.
Avançaram ainda que o monumento representa a memória, a liderança e os ideais de Samora
Machel e através do monumento Samora Machel o aluno pode sentir-se motivado pela
coragem, determinação e contribuições de Samora Machel para o país. (A3, Cp, 2023, 15
Agosto).
35

Relativamente às declarações acimas, pode-se concluir que os alunos, estão cientes de


que o Monumento Samora Machel não é uma estrutrura vazia, pois carrega consigo vários
saberes, e que só podem ser conhecidos pelos alunos com a aplicação didáctica deste no
Ensino de História onde o Professor sendo criativo adoptará mecanismos de interação entre o
Monumento Samora Machel e o aluno tirando este do abstracto para o concrecto.

2.8.2. Papel do monumento no Ensino de História


Quanto a relevância do uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no ensino
de história, os alunos advogam que seria bastante relevante pois esse seria o momento que
colocaria o sujeito em interacção com o objecto ou seja permitiria o contacto directo entre o
aluno com o monumento da qual se abordou na sala de aulas, conciliando a teoria com a
prática, este momento segundo os alunos romperia com o método tradicional que consiste
numa mera teorização, não obstante, os alunos reconhecem a necessidade do uso didáctico do
monumento Samora Machel no processo de ensino e aprendizagem de história, para os alunos
da Escola Secundária de Chilembene o uso didáctico do monumento significaria um despertar
de novos horizontes nos alunos, contudo o tempo não lhes permite implementar esta
ferramenta didáctica. (A8, Cp, 2023, 15 Agosto).

Na óptica dos alunos os monumentos transmitem alguma mensagem não só aos alunos mas
também à comunidade, assim sendo é necessário os alunos tenham um contacto directo com o
monumento pois no momento não só existe estátua mas jaze alí um conhecimento que as
estátuas transmitem para quem visita. (Idem).

No que tange aos conteúdos que podem ser aproveitados no uso do monumento de Samora
Machel, entende-se que a o monumento Samora Machel pode ser utilizado como recurso
didáctico quando se trata do tema relacionado com as fontes históricas.

Terminado o presente capítulo conclui-se que o conceito do monumento na visão dos


professores e alunos diz respeito a uma estrutura física com objectivo de recordar um evento
histórico, relativamente às possibilidades de uso do Monumento Samora Machel no ensino de
história pode se materializar de diversas maneiras tais como o recurso à exemplificação onde
o professor aquando da leccionação pode citar o monumento Samora Machel, pode ser usado
o monumento através de análise de fotografias e documentos que envolvem o monumento
Samora Machel proporcionando debates alargados na sala de aulas.
36

III CAPÍTULO
ESTRATÉGIAS DE USO DO MONUMENTO SAMORA MACHEL COMO
RECURSO DIDÁCTICO NO PEA DE HISTÓRIA
Neste capítulo, propusemo-nos debruçar sobre as estratégias de uso do monumento de Samora
Machel como recurso de didáctico no processo de ensino e aprendizagem de história.
3.1.Proposta de Novas Estratégias de uso do Monumento
3.1.1.Pesquisas online
Essa estratégia pode se efectivar com a execução de pesquisas detalhadas onde o professor
poderá orientar os alunos a efectuarem pesquisas sobre a vida e o legado de Samora Machel.
O professor pode orientar um trabalho independente aos alunos que consiste em orientar-lhes
para fazerem pesquisas sobre o monumento Samora Machel para posterior debate na sala de
aulas, feito isso terão sido criadas as condições para o debate alargado na turma em torno das
informações obtidas nas pesquisas sobre o Monumento Samora Machel.
No tocante a esta estratégia, um dos alunos (A6), assevera que:
Eu acredito que para entendermos bem sobre o Monumento Samora Machel nas
aulas de história, para além de irmos ao monumento Samora Machel, podemos
usar o Monumento, o Professor pode nos mandar investigar sobre o Monumento
Samora Machel, e depois noutro dia das aulas vamos já debater sobre os
resultados das nossas pesquisas. (Cp, 2023, 15 Agosto).
3.1.2.Análise de fotografias e vídeos
O professor pode juntamente com os alunos fazer a exploração das imagens e vídeos
envolvendo o monumento, bem como eventos relacionados a Samora Machel para entender a
sua importância histórica e simbolismo. O professor pode o usar o vídeo e fotos ligados ao
monumento Samora Machel como matéria de debate na sala de aulas onde após ter se
assistido o vídeo o Professor poderá colocar questões aos alunos sobre o que terão entendido
após terem observado o vídeo, assim sendo o Professor poderá explorar o pensamento dos
alunos em relação ao monumento Samora Machel.

Sobre a questão em apreço, um dos entrevistados (P3), fez saber que:

Eu acho que podemos explorar didacticamente o monumento Samora Machel


através de análise de fotografias envolvendo a imagem do Monumento Samora
Machel bem como a análise de vídeos, pois aí podemos suscitar debates e
reflexões nos alunos, pois feita a observação podemos questionar aos alunos afinal
37

de contas o que terão visto, tornando a aula mais envolvente, e não sendo
imperioso levar os alunos até ao Monumento. (Cp, 2023, 15 Agosto).

3.1.3.Discussões em sala de aulas


Deve-se promover debates e discussões em sala de aula sobre o monumento Samora Machel,
o Professor pode fazer a aplicação dessa estratégia trazendo imagens, vídeos assim como
textos envolvendo o monumento Samora Machel para que os alunos possam explorar mais a
fundo o Monumento Samora Machel e suas conexões com o círculo escolar. Durante as
discussões em sala de aulas, os alunos podem compartilhar as suas descobertas sobre o
Monumento Samora Machel debatendo diferentes interpretações e reflectir sobre a
importância do monumento Samora Machel no ensino de História.

3.1.4.Estudo de documentos históricos


Prende-se na análise de documentos, discursos, fotografias ou escritos de Samora Machel e
relatórios oficiais relacionados a ele para compreender suas ideias e contribuições. Os alunos
podem estudar e interpretar esses documentos, fazendo conexões entre o conteúdo dos
documentos e os elementos patentes no monumento. Isso permite uma compreensão mais
aprofundada do contexto histórico e do significado do monumento em relação à vida e à
contribuição de Samora Machel.
3.1.5.Actividades criativas
O professor para explorar o monumento por intermédio dessa estratégia deve exortar os
alunos a criar projectos artísticos, como desenhos, cartazes ou escritas inspiradas em Samora
Machel e no monumento, expressando as suas próprias interpretações e reflexões. Pode-se
ainda promover a criação de poesias, músicas ou até mesmo encenações teatrais inspiradas no
Monumento Samora Machel. Estas actividades permitem uma abordagem mais interactiva e
envolvente, estimulando a imaginação e conexão emocional dos alunos com o monumento.
Não só, esse papel também é incumbido ao professor, pois o professor também deve ser
criativo, assim sendo o professor também deve elaborar projectos artísticos como pinturas,
cartazes envolvendo o Monumento Samora Machel para estimular atrair cada vez mais a
atenção dos alunos e tornar a aula mais criativa e motivadora.
38

Sobre esta estratégia, P2 referiu que:

“Podemos usar o monumento Samora Machel orientando os alunos a criar projectos artísticos
tais como esboço de cartazes, construção de quadros retratando o monumento Samora Machel
para uma melhor interacção pois o aluno interagirá com o mundo real”. (Cp,2023, 15 Agosto).

3.1.6. Entrevistas
O professor pode explorar didacticamente o monumento Samora Machel convidando as
designadas bibliotecas vivas, guias especializados ou até mesmo historiadores, onde irão dar
seu testemunho ou parecer sobre o Monumento Samora Machel, após as entrevistas, o
professor juntamente com os alunos podem analisar e comparar os diferentes pontos de vista e
informações obtidas para obterem uma compreensão mais completa sobre o Monumento
Samora Machel.

Na perspectiva de um dos Professores (P3) sobre a realização das entrevistas como estratégia
de exploração do Monumento Samora Machel no Ensino de história, deu a entender que:

Nós podemos muito bem usar o Monumento Samora Machel nas aulas de história,
podemos convidar as pessoas que estão abalizadas no assunto para nos brindar
sobre a imagem de Samora Machel, sua maneira de ver as coisas, sua visão sobre
Moçambique, mas é claro que não vamos convidar uma pessoa qualquer mas sim
os nossos avos que vivenciaram o tempo de Samora Machel, então são esses que
virão nos falar do Monumento Samora Machel aqui na Escola. (Cp, 2023, 15
Agosto).

3.2.Exemplo de como é possível usar-se o Monumento como Recurso didáctico no


PEA de História

Introdução e motivação
De acordo com Libâneo (2008), esta função didáctica visa a preparação e introdução da
matéria correspondendo especificamente ao momento inicial de preparação para o estudo da
matéria nova e compreende actividades interligadas tais como: preparação prévia do professor
assim como dos alunos; introdução de nova matéria e colocação didáctica dos objectivos.
Assim sendo nesta função didáctica o professor deve buscar a atenção do aluno, e para tal
efectivação o professor deve criar mecanismos de deixar o aluno mais motivado para
acompanhar a aula, tratando-se de uma temática que lida com as fontes históricas, deve antes
de tudo projectar slides com imagens que ilustram o monumento de Samora Machel,
39

questionando aos alunos sobre o que estão observando na imagem e a equiparação da mesma
com a aula a ser dada, assim como pode recorrer a uma visita de estudo, onde o aluno ira
observar in loco o dito na sala de aulas, após isso o professor deve orientar os alunos para
fazer um resumo sobre aquilo que terão visto no local. Fazendo uso desta estratégia, o
professor tornará as suas aulas mais criativas assim como atrairá cada vez mais a atenção dos
alunos.
Mediação e assimilação
Depois de suscitada a atenção e actividade mental dos alunos na etapa anterior (Introdução e
Motivação), este é o momento dos alunos familiarizarem-se com o conhecimento que irão
desenvolver e um dos procedimentos práticos é a apresentação do conteúdo como um
problema a ser resolvido. (Soves, 2001).
A Mediação e Assimilação é o segundo momento da aula, após o professor ter introduzido ou
apresentado o tema a ser leccionado neste caso sobre as fontes históricas, segue-se o momento
em que deve explicar os contornos envolventes do tema, deve explicar tudo sobre o conteúdo
para que os alunos percebam na medida em que a imagem exposta no âmbito da introdução e
motivação e uma das formas elucidativas sobre as fontes materiais por intermédio do
monumento Samora Machel.
Para tal, o professor deverá apoiar-se em várias técnicas e estratégias, conversar com os
alunos em volta do assunto (Monumento Samora Machel), após a observação das imagens do
Monumento Samora Machel o professor poderá colocar as seguintes questões: o que
conseguem ver na imagem e os alunos vão respondendo, que ligação tem o tema em decurso
com a imagem que estão observando. Nesta fase a concepção do professor como transmissor
do conhecimento desaparece.
Domínio e consolidação
Segundo Pilleti (1991) o domínio e consolidação é o momento da aula em que se realizam
acções com a finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar.
Finda a etapa de mediação e assimilação, nesta função didáctica o professor deve conseguir o
aprimoramento do novo saber nos alunos, para isso o professor deve criar condições de
retenção e compreensão das matérias através de exercícios e actividades praticas para
solidificar a compreensão e nesta fase em que o professor irá orientar os exercícios sobre as
fontes materiais concretamente o monumento Samora Machel para consolidar a matéria assim
e havendo possibilidade o professor poderá levar os alunos até o monumento de Samora
40

Machel e poderá dirigir questões sobre o monumento Samora Machel e o postulado na sala de
aulas.

Controle e Avaliação
Grumberg (2007), assevera que esta etapa permite o acompanhamento de todo o processo
ensino-aprendizagem ao mesmo tempo a conclusão das unidades do ensino. O professor pode
dirigir efectivamente o processo de ensino e aprendizagem e conhecer permanentemente o
grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria.
Em unanimidade com postulado supracitado, nesta última função didáctica, é o momento em
que o professor ira examinar o grau de compreensão dos alunos em relação a matéria sobre o
Monumento Samora Machel assim como poderá observar as dificuldades que os alunos
apresentavam em torno do tema em debate e para tal, tratando-se das fontes históricas
sobretudo as materiais fazendo alusão a realidade local, o professor deve orientar os alunos
algumas tarefas de casa tais como: mandar esboçar numa cartolina o monumento Samora
Machel, como também pode orientar pequenos grupos de estudos para efectuar uma excursão
ao monumento Samora Machel e posteriormente debater-se na turma sobre o que terão
observado.

Terminado o terceiro capítulo atinente as estratégias de uso do monumento Samora Machel


como recurso didáctico no PEA de história, conclui-se que constituem estratégias de uso do
monumento no ensino de história as seguintes: realização de entrevistas a pessoas que
carregam consigo o legado de Samora Machel para darem as suas opiniões; actividades
artísticas como pinturas, desenhos ou até mesmo a realização de poesias que retratam a vida e
obra de Samora Machel; ainda constitui estratégia de uso do monumento a realização de visita
de estudo onde o aluno terá a possibilidade de interagir com o real.
41

IV Conclusão
Finda a pesquisa dá-se a seguinte conclusão, relativamente ao primeiro capítulo cuja
abordagem centra-se na fundamentação teórica sobre o monumento como recurso didáctico
conclui-se que um monumento é tido como uma estrutura física como um edifício, uma
estátua ou memorial cunhado para homenagear uma pessoa ou evento histórico, quanto à sua
origem etimológica, a palavra monumento deriva do latim “monumentum” que significa
lembrança ou memória. Quanto à função didáctica do monumento é de transmitir
conhecimento histórico, cultural e educativo, ajudando os alunos a aprenderem sobre os
eventos passados, personagens importantes e valores culturais, e no que concerne á sua
tipologia, podemos encontrar monumentos históricos, culturais e artísticos.
No segundo capítulo que versa sobre as possibilidades de uso do monumento de Samora
Machel como recurso didáctico, dá-se a conclusão de que existem inúmeras possibilidades de
uso do monumento Samora Machel como recurso didáctico no processo de ensino e
aprendizagem de História, tais como o recurso a exemplificação, também pode se fazer uso do
mesmo através das fontes imagéticas, entrevistas, assim como por intermédio das visitas de
estudos efectuadas no local, contudo diante dessas vastas possibilidades, os professores
apontaram algumas limitações tais como a falta de programação, a insuficiência de tempo e
recursos financeiros para a realização de uma visita de estudo.

No concerne ao terceiro e último capítulo atinente as estratégias de uso do monumento


Samora Machel como recurso didáctico no processo de ensino e aprendizagem de História 8a
na Escola Secundária de Chilembene, conclui-se que existem imensas estratégias de uso do
monumento de Samora Machel como recurso didáctico como é o caso de visita de estudos,
realização de actividades artísticas como desenhos, esboço de cartazes; pesquisas online,
interpretação de documentos escritos assim como o recurso a testemunhos podem possibilitar
o uso do monumento no PEA de história.
A hipótese levantada para direccionar o estudo inerente as possibilidades de uso do
monumento Samora Machel como recurso didáctico no processo de ensino e aprendizagem de
História 8a classe na Escola Secundária de Chilembene foi confirmada visto que aquando da
realização do estudo de campo foram referenciadas as variadas formas de se explorar
didacticamente o monumento Samora Machel na Escola Secundária de Chilembene.
42

V Bibliografia
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Fontes Orais
P1. Natural de Chiguidela. Nascido no dia 18 de Janeiro de 1987, professor na Escola
Secundária de Chilembene. Entrevista realizada no dia 16 de Junho de 2023.

P2. Natural de Manjacaze. Nascido no dia 03 de Setembro de 1969, professor na Escola


Secundária de Chilembene. Entrevista realizada no dia 16 de Junho de 2023.

P3. Natural de Nampula. Nascido no dia 29 de Dezembro de 1951, professor na Escola


Secundária de Chilembene. Entrevista realizada no dia 16 de Junho de 2023
45

APÊNDICES
46

Apêndice A: Roteiro de Entrevistas dirigido aos professores.

EXTENSÃO DE MASSINGA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA COM HABILITAÇÕES EM GEOGRAFIA
…………………………………………………………………………………………….
ROTEIRO DE ENTREVISTA DIRIGIDO AOS PROFESSORES

Eu, France Celso Zitha, estudante do curso de Licenciatura em Ensino de História na


Universidade-Save, Extensão de Massinga, estando na fase de pesquisa de campo para o
suporte bibliográfico da monografia que aborda sobre: “As possibilidades do uso do
monumento Samora Machel como recurso didáctico no PEA de História, 8a Classe na Escola
Secundária de Chilembene, 2011-2023”,desejando realizar a actividade de recolha de dados
na Escola Secundária de Chilembene para fins académicos. Desde já agradecemos a
compreensão e colaboração de todos.

I. Dados pessoais do entrevistado

1.1. Código de entrevista ……….

1.2. Nome (opcional):

1.3. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

1.4. Faixa etária: ( ) 18 a 35 anos ( ) 36 a 45 anos ( ) Acima de 46.

1.5. Habilitações literárias:

a. Bacharelato……. b. Licenciatura……. c. Mestrado…….

1.6. Anos de experiencia profissional:

a. Até 2 anos ….…. b. De 2 a 10 anos ...….. c. Mais de 10 anos…….

II. As Possibilidades do uso do Monumento de Samora Machel como recurso didáctico


no PEA de História, 8a Classe na Escola Secundária de Chilembene, 2011-2023.
47

Questionário.

1. O que entende por Monumento?


2. Alguma vez já fez uso do Monumento no Processo de Leccionação em História?
3. Na sua opinião é possível usar-se o Monumento na Sala de Aulas? Como?
4. Acha que seria benéfico o uso do Monumento Samora Machel na Sala de Aulas?
Porquê?
5. Juntamente com os alunos têm efectuado visita de estudo para o monumento Samora
Machel?
6. Será que o Monumento Samora Machel possui algum aprendizado?
7. Caso seja Possível usar-se o Monumento Samora Machel no Ensino de História como
pode se materializar?

Muito Obrigado!
48

Apêndice B: Análise dos resultados das entrevistas dirigidas aos professores.


EXTENSÃO DA MASSINGA
FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS LICENCIATURA EM ENSINO
DE HISTÓRIA COM HABILITAÇÕES EM GEOGRAFIA
ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS DIRIGIDAS AOS
PROFESSORES DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE CHILEMBENE

CÓDIGO RESPOSTA CONTEÚDO CATEGORIZAÇ RESUMO DA


ÃO IDEIA QUE
SUBSISTE

O que entende por Monumento?


Pergunta
1
Recordação de alguém ou um Relativamente ao conceito
P1 R1 Afirmativo
facto histórico. de monumento, a ideia que
subsiste é de que
monumento é tido como
Objecto que possui
P2 R2 Afirmativo recordação dos factos do
informações multifacetadas,
passado tal como estátua,
podendo ser uma estátua,
busto, apides, entre outros.
lápide, um busto exemplo, o
Subsiste a ideia de que é
que existe na praça.
possível se usar o
Monumento pode ser tido
P3 R3 Afirmativo monumento como uma
como uma estátua, bustos, etc.
ferramenta didáctica na
Alguma vez já fez uso do disciplina de história de
Pergunta
Monumento no Processo de forma diversificada,
2
Leccionação em História? todavia a exiguidade do
tempo tem sido o principal
P1 R1 Não tem sido fácil fazer uso do Afirmativo
entrave para a
Monumento Samora Machel
materialização desse
nas aulas de história devido á
intento.
insuficiência do tempo, mas
procuro sempre que possível
49

dar exemplo do Monumento No que concerne à


Samora Machel para poder importância do monumento
ilustrar no aluno o que a aula para a leccionação a ideia
trata concretamente. que subsiste é de que o
monumento possui uma
imensa relevância para o
Afirmativo
P2 R2 Ainda não usei o Monumento ensino na medida em que
nas aulas de história, porque este transmite
isso não consta dos conteúdos ensinamentos
programáticos. multifacetados que servem
Afirmativo como subsídios para a
P3 R3 Não, pois o tempo não me
leccionação pois permitira
permite, devido a falta de
a confrontação entre a fonte
tempo para aplicar o uso do
oral com a observação.
monumento na sala de aulas
Relativamente a visita de
pois isso implica levar os
estudo ao monumento,
alunos para uma visita de
subsiste a ideia de que os
estudo ao monumento Samora
professores têm levado os
Machel.
alunos para o monumento
Na sua opinião é possível usar-se o
Pergunta somente nas datas
Monumento Samora Machel na Sala
3 comemorativas, fora dessas
de Aulas? Como?
ocasiões não se tem
R1 Afirmativo
P1 É Possível, pode se orientar os efectivado esse desiderato.
alunos a realizarem encenações
teatrais envolvendo o
Monumento de Samora
Machel, aí estaremos a fazer
uso do Monumento Samora
Machel no Ensino de História.
R2 Afirmativo
P2 Sim é possível sim, nós
podemos mandar os alunos
produzirem cartazes, ou até
mesmo fazerem pinturas que
50

retratam o Monumento Samora


Machel.
R3 Afirmativo
P3 Podemos explora
didacticamente o Monumento
Samora Machel através de
visitas de estudo no
Monumento inclusive convocar
guias para falarem sobre o
Monumento Samora Machel..
Acha que seria benéfico o uso do
Pergunta
Monumento Samora Machel na Sala
4
de Aulas? Porquê?
R1 O monumento é importante Afirmativo
P1
porque o mesmo transmite uma
mensagem, o monumento fala,
tem muitos dizeres.
R2 É importante na minha óptica Afirmativo
P2
porque com base nele vai
clarificar o conteúdo sobre as
fontes materiais, o alunos irão
ver o dito na sala de aulas já no
terreno.
R3 Tendo em conta que faz parte Afirmativo
P3
das fontes materiais, o
monumento e de capital
relevância pois com ele ira-se
confrontar o dito com o visto.
Juntamente com os alunos têm
Pergunta
efectuado visita de estudo para o
5
Monumento Samora Machel?
R1 Sim Afirmativo
P1

P2 R2 Só nas datas comemorativas. Negativo


51

P3 R3 Ainda. Negativo
Caso seja Possível usar-se o
Pergunta
Monumento Samora Machel no
6
Ensino de História como pode se
materializar?

P1 R1 Podemos Convidar Afirmativo


testemunhos ou historiadores
para poderem falar do
Monumento Samora Machel.

P2 R2 Podemos criar um mural de Afirmativo


fotografias do Monumento
Samora Machel na sala de
aulas e o debate acontecer com
a observação das imagens e
depois orientar-se os alunos
para darem as suas conclusões.
Pode se recorrer a realização de
P3 R3 Afirmativo
visitas de estudo ao
Monumento onde as aulas
serão ministradas através das
observações dos alunos em
torno do que se observa.
Pergunta Será que o Monumento Samora
7
Machel possui algum aprendizado?
P1 R1 Eu sou de opinião de que o
Afirmativo
Monumento Samora Machel
possui um enorme aprendizado
como o papel de Machel na
libertação do país, pois há uma
muita coisa que precisamos de
saber no monumento como o
legado de Samora Machel.
52

P2 R2 Na verdade o Monumento Afirmativo


carrega consigo muita fala que
até então não foi explorado,
muita coisa sobre História do
nosso país.
P3 R3 Acho eu que sim porque Afirmativo
Samora Machel fez muito pela
libertação de Moçambique, e
acho que há muitos detalhes
sobre a história do país
patentes no Monumento como
a nossa identidade bem como a
negação à ocupação colonial.
53

Apendice C: Roteiro de entrevistas dirigido aos alunos.

EXTENSÃO DE MASSINGA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA COM HABILITAÇÕES EM GEOGRAFIA
…………………………………………………………………………………………….
ROTEIRO DE ENTREVISTA DIRIGIDO AOS ALUNOS

Eu, France Celso Zitha,estudante do curso de Licenciatura em Ensino de História na


Universidade-Save, Extensão de Massinga, estando na fase de pesquisa de campo para o
suporte bibliográfico da monografia que aborda sobre: “As possibilidades do uso do
monumento Samora Machel como recurso didáctico no PEA da disciplina de História, 8a
Classe, na Escola Secundária de Chilembene, 2011-2023”,desejando fazer recolha de dados
na Escola Secundária de Chilembene para fins académicos. Desde já agradecemos a
compreensão e colaboração de todos.

I. Dados pessoais do entrevistado

1.1. Código de entrevista ……….

1.2. Nome (opcional):

1.3. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

1.4. Qual é a sua idade:…….

II. As possibilidades do uso do Monumento de Samora Machel como recurso didáctico


no PEA da disciplina de História, 8a Classe, na Escola Secundária de Chilembene, 2011-
2023.

Questionário

1. Já ouviu falar de Monumento? Coloque x numa das opções.


a) SIM ( )
b) NÃO ( )
54

2. O que entendes por Monumento?

3. Já falaram de Monumento na Sala de Aulas? Falando de que tema?

4. Juntamente com o Professor já efectuaram uma visita de Estudo ao Monumento Samora


Machel?

5. Será que é possível usar-se o Monumento nas aulas de História? De que Maneira?

6. O Monumento Samora Machel possui alguma informação que não conheces?

7. Como achas que o Professor deve aplicar o uso do Monumento nas aulas de História?

Muito Obrigado!
55

CÓDIGO RESPOSTA CONTEÚDO CATEGORIZ RESUMO DA


AÇÃO IDEIA QUE
SUBSISTE
Pergunta 1 Já ouviu falar de Monumento?
A1 R Sim Afirmativo Subsiste a ideia de que
1 maior parte dos alunos
A2 R Sim Afirmativo da Escola Secundária
2 de Chilembene 8ª
A3 R Sim Afirmativo Classe têm noção do
3 Monumento.
A4 R Não Negativo A ideia que subsiste é
4 de que monumento na
A5 R Sim Afirmativo visão dos alunos é tido
5 como uma fonte
A6 R Sim Afirmativo material podendo ser
6 uma estátua com o
A7 R Sim Afirmativo intuito de trazer uma
7 recordação sobre o

A8 R Não Negativo passado da

8 humanidade, seus

A9 R Sim Afirmativo hábitos e costumes.

9
A10 R Não Negativo
10 Subiste a ideia de que

Pergunta 2 O que entendes por Monumento? quanto à abordagem

A1 R Podemos definir monumento como Afirmativo do monumento na sala

1 uma estátua. de aulas, os


depoimentos dos
A2 R É uma estátua que serve para nos Afirmativo
alunos deram a
2 lembrar sobre o passado.
entender que os
A3 R É uma lembrança do que os nossos Afirmativo
professores de história
3 antepassados fizeram.
8ª classe na ESCH não
A4 R Monumento é uma estátua que serve Afirmativo
tem feito uso do
4 para nos recordar algo.
Monumento Samora
A5 R Monumento é recordação. Negativo
56

5 Machel no PEA de
A6 R Monumento é uma estátua. Negativo história.
6 A conclusão resulta do
A7 R Monumento é tudo aquilo que Negativo maior número dos
7 podemos ver e tocar. alunos que afirmaram
A8 R É uma estátua Negativo não ter sido
8 mencionado em
A9 R É uma fonte material. Afirmativo nehuma aula de
9 história o Monumento
A10 R Monumento é uma estátua. Negativo Samora Machel.
10 Quanto a realização de
Pergunta 3 Já falaram de Monumento Samora uma visita de estudo

Machel na Sala de Aulas? Falando de ao monumento a ideia


que tema? que subsiste é de que

A1 R Ainda não Negativo os alunos juntamente

1 com o professor ainda

A2 R Ainda não se falou do Monumento Negativo não efectuaram uma

2 Samora Machel. visita de estudo ao

A3 R Não Negativo monumento de

3 Samora Machel, salvo

A4 R Não Negativo nos dias das

4 festividades, ou seja

A5 R Não Negativo nenhuma visita de

5 carácter avaliativo já

Não foi feita, os alunos


A6 R Negativo
apenas aproveitam
6
saber sobre os saberes
A7 R Não Negativo
associados ao
7
monumento nas datas
A8 R Não Afirmativo
comemorativas, fora
8
disso nada do género
A9 R Ainda não falamos do Negativo
tem acontecido.
9 Monumento Samora Machel na
Quanto aos saberes
sala de aulas.
57

A10 R Ainda não Afirmativo associados ao


10 monumento Samora
Pergunta 4 Juntamente com o Professor já Machel subsite a ideia
efectuaram uma visita de estudo ao de que os alunos
Monumento Samora Machel? sabem que o
A1 R Ainda não fomos visitar o Negativo monumento Samora
1 monumento. Machel carrega
A2 R Na verdade nunca saímos com Negativo consigo muito
2 professores para visitarmos o aprendizado que
monumento somente nas datas segundo eles pode ser
comemorativos. explorado
A3 R Só vamos fazer jornadas de limpeza Negativo didacticamente.
3 mas mesmo assim nunca nos
explicaram nada sobre o
monumento.
A4 R O professor só nos fala de Negativo
4 monumento estando na sala mas
ainda não tivemos a chance de ir
visitar.
A5 R Já fui para monumento no ano Afirmativo
5 passado e um Senhor nos explicou
sobre Samora Machel e o que ele
fez para o nosso país.
A6 R Para ser sincero, eu em particular Negativo
6 quero muito saber o que significa
aquelas barras que estão lá no
monumento e tudo que há no local
mas ainda não nos levaram para lá.
A7 R Nunca foi com os colegas visitar o Negativo
7 monumento de Samora Machel.
A8 R Ainda não fomos para lá. Negativo
8
A9 R Nunca fui para o monumento Negativo
58

9 também porque ali sempre fica


trancado.
A10 R Desde que comecei a estudar nunca Negativo
10 fomos ao monumento ter aulas lá.

Pergunta 05 Será que é possível usar-se o Monumento nas aulas de


História? De que Maneira?
A1 R Sim, podemos cantar falando de Afirmativo
1 Monumento Samora Machel.
A2 R Sim é possível, pode-se desenhar o Afirmativo
2 monumento de Samora Machel na
cartolina e aprendermos com base
nisso nas aulas de história.
A3 R Pode-se usar o Monumento Samora Afirmativo
3 Machel assim que formos visitar
para aprendermos melhor.
A4 R Podemos Chamar alguem que sabe Afirmativo
4 sobre o Monumento de Samora
Machel para nos transmitir esses
conhecimentos.
A5 R Podemos Ir tirar fotos no Afirmativo
5 Monumento e depois virmos na sala
conversarmos a ver a foto.
A6 R Sim podemos, através de um vídeo Afirmativo
6 sobre Samora Machel.
A7 R Não sei Negativo
7
A8 R Não sei Negativo
8
A9 R Não sei Negativo
9
A10 R Não sei Negativo
10
59

Pergunta 6 Como achas que o Professor deve


aplicar o uso do Monumento nas aulas
de História?
A1 R Não sei dizer Negativo
1
A2 R É difícil explicar Negativo
2
A3 R Não posso mentir Negativo
3
A4 R Sim, mas não sei como explicar Duvidoso
4
A5 R O professor pode nos dizer para Afirmativo
5 fazermos pesquisas sobre o
Monumento Samora Machel
A6 R É difícil explicar Negativo
6
A7 R É difícil explicar Negativo
7
A8 R É difícil explicar Negativo
8
A9 R É difícil explicar Negativo
9
A10 R Podemos fazer por assistir um vídeo Afirmativo
10 sobre Samora Machel.
Pergunta 07 O Monumento Samora Machel possui
alguma informação que não conheces?
A1 R Sim, eu acho que há muita coisa que Afirmativo
1 ainda não sabemos sobre Samora
Machel, eu em particular quero
tanto saber sobre o significado do
dedo de Samora Machel.
A2 R Eu acredito que até então ainda não Afirmativo
2 sei nada em relação ao monumento
60

e acredito que tudo lá existente diz


algo.
A3 R Sim porque existe muito saber no Afirmativo
3 monumento sobre a história do
nosso país e que nós precisamos
saber.
A4 R Acredido que sim Afirmativo
4
A5 R Talvez sim Duvidoso
5
A6 R Na verdade acho que há muito Afirmativo
6 conhecimento no Monumento.
A7 R Sim há muita coisa que ainda não Afirmativo
7 conheço e que no monumento está
patente.
A8 R Deve existir muita coisa, porque Afirmativo
8 acho que aquela pescina diz alguma
coisa.
A9 R Sim, pois aquelas fotos representam Afirmativo
9 alguma coisa Sobre Samora Machel.
A10 R Sim, tem algo associado ao Afirmativo
10 monumento que nós precisamos
saber mas até então não sabemos
pois ainda não tivemos uma
oportunidade de irmos para lá com o
professor.

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