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Introdução
A psicolinguística teve origem a partir da psicologia e da linguística, passando,
posteriormente, a configurar como um campo interdisciplinar. Com o passar
do tempo, se consolida como uma disciplina, e, a partir desse ponto, faz-se
necessário reconhecê-la tanto em seus aspectos teóricos quanto práticos.
Para amplo entendimento, é preciso identificar as diferentes vertentes teóricas
da psicolinguística, a fim de compreender as influências das mudanças do
campo com a passagem do tempo e a ampliação das investigações e das
publicações sobre o tema, uma vez que essas vertentes são as responsáveis
por delinear as características do campo e as escolhas dos pesquisadores.
Neste capítulo, você estudará sobre o surgimento da psicolinguística como
uma área de estudo, bem como reconhecerá a teoria e a prática dessa disci-
plina. Por fim, conhecerá as diferentes vertentes teóricas da pisciolinguística.
No artigo Language and Psycholinguistics: a review, Proncko (1946) cita o termo psico-
linguística pela primeira vez e apresenta um paralelo entre as duas ciências: psicologia
e linguística. Para o autor, existe uma outra disciplina, a psicolinguística, ou seja, uma
disciplina dupla que possibilita uma relação entre o comportamento humano e a
linguagem/fala das pessoas. Para Proncko, esse novo olhar permite uma análise dife-
renciada do desenvolvimento humano.
Introdução à psicolinguística 3
Noam Chomsky (Avram Noam Chomsky) é linguista, sociólogo, filósofo, ativista político,
cientista cognitivo, etc. Formado pela Universidade da Pensilvânia, teve um papel
fundamental para a transformação do campo da linguística em uma disciplina concreta.
Chomsky formulou o conceito de gramática transformacional, ou gerativa, com a
distinção entre níveis diferentes de análise das estruturas frasais: estrutura profunda
e estrutura superficial. O pesquisador não tem como foco a acepção social da língua,
mas sim o entendimento da aquisição da linguagem.
Para saber mais sobre as gramáticas em linguística cognitiva, leia o artigo Modelos de
gramática em linguística cognitiva: princípios convergentes e perspectivas complementares,
publicado por Ferrari (2010), disponível no link a seguir, e amplie a sua leitura e reflexão
sobre o campo.
https://qrgo.page.link/QtHLz
8 Introdução à psicolinguística
Leituras recomendadas
DIAS, J. F. Breve história da psicolinguística. Ideias: Revista do Curso de Letras, Santa
Maria, 2006. Disponível em: http://w3.ufsm.br/revistaideias/Artigos%20em%20PDF%20
revista%2023/breve%20historia%20da%20psico.pdf. Acesso em: 1 nov. 2019.
ENGELKAMP, J. Psicolinguística. Madrid: Gredos, 1981.
FERRARI, L. Modelos de gramática em linguística cognitiva: princípios convergentes e
perspectivas complementares. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Letras e Cognição,
Rio de Janeiro, n. 41, p. 149–165, 2010. Disponível em: http://www.cadernosdeletras.
uff.br/joomla/images/stories/edicoes/41/artigo7.pdf. Acesso em: 1 nov. 2019.
SLOBIN, I. Psicolingüística. São Paulo: Nacional, 1979.