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LÍNGUA PORTUGUESA

Apresentação e Ortografia
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APRESENTAÇÃO E ORTOGRAFIA
A tabela a seguir apresenta os módulos do curso:

Módulos Descrição
1. Ortografia Emprego das letras, acentuação e hífen.
Dez classes gramaticais, flexões nominais e verbais, concordância
2. Morfologia
nominal.
Sujeito e concordância verbal; predicado, predicação verbal, com-
plementos verbais, regência verbal e adjuntos adverbiais; adjuntos
3. Sintaxe do período simples
adnominais, complementos nominais e regência nominal; agente da
passiva, apostos e vocativo.
Orações subordinadas (substantivas, adjetivas e adverbiais; desen-
4. Sintaxe do período composto
volvidas, reduzidas e justapostas); orações coordenadas.
5. Pontuação do período simples e
Pontuação sintática, semântica e estilística
composto
6. Estudo dos pronomes pessoais Emprego, sintaxe e colocação
Vozes ativa, passiva e reflexiva; funções do pronome SE (e consequ-
7. Vozes verbais e funções do SE
ências para a concordância verbo-nominal)
8. Crase Regência verbo-nominal, emprego do acento grave e paralelismo
9. Casos especiais de concordância Verbal e nominal
10. Reescrita e reconhecimento de
Metodologia de elaboração de questões e particularidades léxicas
frases corretas e incorretas
Conceitos gerais, conjugação regular e irregular, emprego e corre-
11. Estudo do verbo
lação
5m
Processo de formação de palavras e especificidades de cada classe
12. Tópicos especiais de morfologia
de palavras.
Fonema, encontros vocálicos, encontros consonantais, dígrafos,
13. Fonética e fonologia
dífono e separação silábica.

O professor destaca a importância de realizar o curso na ordem que foi apresentada


na tabela acima. Também aponta que a sequência entre os módulos 2 e 9 é a mais impor-
tante, pois as aulas devem ser assistidas exatamente nessa ordem.
Ao pular algum dos módulos dessa sequência, o aluno poderá ter dificuldades no
entendimento da matéria. Por exemplo: antes de partir para o estudo do módulo 3, pri-
meiro é necessário ter uma compreensão mínima do conteúdo do módulo 2. No módulo
3, alguns pontos serão esclarecidos e, consequentemente, será possível melhorar o
entendimento do módulo 2.
O que o professor não recomenda é simplesmente ignorar o módulo 2 e pular para o
estudo do módulo 3, por exemplo, pois isso dificulta a compreensão da matéria.

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Além disso, o professor destaca que existem matérias que quase não caem em con-
cursos públicos. Alguns exemplos são as matérias dos módulos 11, 12 e 13. É por isso que
esses módulos estão no final do curso.
10m
O professor também destaca que é muito importante complementar os estudos
com a resolução de questões. Isso ajuda a fixar a matéria. Vale lembrar que a gramática
que é cobrada em concursos públicos é a gramática da língua portuguesa escrita culta.

ORTOGRAFIA
A ortografia compreende três tópicos fundamentais: acentuação gráfica, emprego
das letras e hífen.
O emprego das letras compreende a escrita correta das palavras. Por exemplo: o cor-
reto é “geito” ou “jeito”?
A ortografia é quem cuida da maneira como se deve escrever as palavras.
Existe uma regra ortográfica que diz: antes de “p” e “b” deve ser utilizada a letra “m”.
Entretanto, é importante lembrar que as regras de ortografia nem sempre seguem essas
regras simples.
15m
Isso porque é justamente na ortografia que se encontram uma série de regras,
porém com muitas exceções. Existem poucas questões de prova que cobram essas
regras básicas.
Vale lembrar que a maioria dos estudantes entendem a escrita correta das palavras
por assimilação.
Para que seja possível fazer essa assimilação, é muito importante que o aluno esteja
habituado a ver textos escritos. Isso significa que a leitura é fundamental para melhorar
essa capacidade de assimilar o texto escrito.
Assim, o professor orienta que não é necessário, para fins de concursos públicos,
decorar as diversas regras de emprego das letras. Isso acaba gastando muita energia em
algo que praticamente não é cobrado pelas bancas examinadoras.
Dentro da parte de ortografia, os assuntos mais importantes para fins de provas são
a acentuação gráfica e o emprego do hífen, respectivamente.
Ao estudar ortografia, é preciso passar pelas regras do Novo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa. Esse acordo foi decretado em 2008 e entrou em vigência em 2009,
passando a ser oficial em 2016.
Vale lembrar que o acordo modifica somente a ortografia das palavras (como a palavra
é escrita). Isso não muda a pronúncia, sintaxe, sentido e outros elementos das palavras.
A ideia do novo acordo é unificar a ortografia do português do Brasil com o português
dos demais países que falam a língua portuguesa. No caso do Brasil, pouquíssimas pala-
vras sofreram algum tipo de alteração, sendo o país menos afetado por essas mudanças.
20m

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TONICIDADE
É o estudo da sílaba tônica. Na língua portuguesa, a maioria das palavras possuem
uma sílaba tônica (que é a sílaba mais forte). As sílabas mais fracas de uma palavra são
chamadas de átonas.
Vale lembrar que a língua portuguesa tem algumas palavras que são monossílabos
átonos, como é o caso das preposições de, em etc. Os pronomes oblíquos átonos também
não possuem sílabas tônicas.
Dentro da ideia de tonicidade, as palavras se dividem em três tipos:

• Oxítonas: a última sílaba é a tônica;


• Paroxítonas: a penúltima sílaba é a tônica;
• Proparoxítonas: a antepenúltima sílaba é a tônica.

Exemplos:
Oxítonas:

• além → a – lém
• Parati → Pa – ra – ti
• País → Pa – ís

Em todos os casos acima, a sílaba tônica é a última. É por isso que são oxítonas.
25m
O professor destaca o caso da palavra país, que cai na chamada regra do hiato. Entre-
tanto, essa é uma regra que envolve acentuação gráfica e não tonicidade. É preciso ter
cuidado com essa separação entre as matérias.
Paroxítonas:

• Mesa → me – sa
• Responsável → res – pon – sá – vel
• Saúde → sa – ú – de

Vale lembrar que saúde também cai na regra do hiato. Entretanto, novamente cabe
ressaltar que o assunto aqui não é acentuação gráfica. Ao analisar a tonicidade, tem-se
que a palavra saúde é uma paroxítona.
A regra de acentuação das palavras responsável não é a mesma da palavra saúde.
Proparoxítonas:

• Exército → e – xér – ci – to

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Vale lembrar que a gramática da língua portuguesa exige que toda proparoxítona
seja acentuada. Assim, o único momento em que tonicidade e acentuação gráfica devem
ser analisados em conjunto é justamente nas proparoxítonas.
No caso das oxítonas e proparoxítonas, o critério é diferente. Elas podem ser acen-
tuadas ou não. Além disso, entre as acentuadas, a regra pode ser diferente.
30m
É importante fazer essa separação entre tonicidade e acentuação gráfica. O profes-
sor aponta que já acompanhou alunos que erraram questões de prova por responder
com base em acentuação gráfica uma questão que tratava de tonicidade.
Se o aluno tem dificuldade na matéria de separação silábica, o professor recomenda
assistir a uma aula extra disponível no YouTube. Basta buscar: “Elias Santana separação
silábica” na busca da rede de vídeos.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Online, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Elias Santana.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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Ortografia – acentuação
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ORTOGRAFIA – ACENTUAÇÃO

• Oxítona: última sílaba tônica.


• Paroxítona: penúltima sílaba tônica.
• Proparoxítona: antepenúltima sílaba tônica.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA: PRINCÍPIOS


• Menor grupo de palavras da LP:
- Proparoxítonas (5%)

• Grupo intermediário de palavras da LP:


- Oxítonas

• Maior grupo de palavras da LP:


- Paroxítonas

A partir dessa quantidade de palavras é que se sabe como as palavras são acentua-
das, entendendo a economicidade.
Exemplo: em uma festa, quer-se separar os maiores e os menores de idade com pul-
seiras diferentes. Como são dois grupos apenas, é possível colocar a pulseira apenas em
um dos grupos para colocar pulseiras. É mais econômico colocar pulseiras no grupo de
menor grupo.
5m
A ideia de acentuar palavras vem da ideia de que a língua portuguesa é uma língua tonal
e se diferencia pela tonicidade das palavras. O que diferencia, por exemplo, secretária de
secretaria é a tonicidade. A língua faz essa diferenciação marcando os grupos menores.
O menor grupo é o das proparoxítonas. Portanto, toda proparoxítona é acentuada.
Ex.: lâmpada, lunática. Na língua portuguesa, há acento agudo e circunflexo. Aquele
marca os sons abertos e este os sons fechados. Somente há 3 acentos no português:
acento circunflexo, acento grave (acento indicativo de crase) e acento agudo. O til não
é um acento, mas uma marca léxica indicadora de nasalização, logo é possível encontrar
palavras com til e acento.

• Terminações mais frequentes na LP: A(s); E(s); O(s); EM(ns);

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Ortografia – acentuação
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Para a acentuação gráfica, as terminações podem ser seguidas ou não de “s”, já que
a letra não irá definir se a palavra tem acento ou não. Ex.: lâmpada, lâmpadas, lunática
e lunáticas.
10m
As palavras oxítonas terminadas em A(s); E(s); O(s); EM(ns) formam um grupo menor
do que o grupo das palavras paroxítonas terminadas em A(s); E(s); O(s); EM(ns). Por isso,
o acento irá para as oxítonas. Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em A(s);
E(s); O(s); EM(ns). Ex.: Paraná, cafés, mocotó e armazém.
A maior parte das palavras da Língua Portuguesa é de paroxítonas terminadas em
A(s); E(s); O(s); EM(ns). Logo, não se acentuam as paroxítonas terminadas em A(s); E(s);
15m
O(s); EM(ns). Ex.: mesa, parede, quadro e item. Seguindo a lógica, se acentuam as paro-
xítonas não terminadas em A(s); E(s); O(s); EM(ns). Ex.: caráter, táxi, hífen, amável, ânus,
tórax, bíceps, álbum e órfão.
Não existe na língua portuguesa sílaba sem vogal, portanto bíceps é separada da
seguinte forma: bí-ceps, sendo uma palavra paroxítona. Tampouco existe na língua por-
tuguesa palavra com dois acentos. O til não é acento e serve apenas para sinalizar que há
uma nasalização como é o caso de “órfão”.
20m
A palavra necessário é separada da seguinte maneira: ne-ces-sá-rio. A lógica da
língua portuguesa é ter palavras com: consoante – vogal – consoante – vogal – consoante
– vogal. É tratado como fenômeno especial quando duas vogais se juntam ou duas con-
soantes se juntam: encontros vocálicos e consonantais respectivamente. Logo, “neces-
sário” é uma paroxítona terminada em ditongo e é por isso que é acentuada.
A regra dos ditongos merecer ser tratada com mais atenção porque é a que mais
aparece em prova.
Recapitulando as três regras do princípio da acentuação gráfica:
1ª regra: toda proparoxítona é acentuada;
2ª regra: Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em A, E, O e EM, seguidas
ou não de S.
3ª regra: não se acentuam as paroxítonas terminadas em A(s); E(s); O(s); EM(ns).
CUIDADO: Paroxítonas terminadas em ditongo! Falar em ditongo é o mesmo que
25m
falar em encontro vocálico. Há três encontros vocálicos na gramática da língua portu-
guesa: ditongo, tritongo e hiato. Ditongo é quando se tem duas vogais juntas na separa-
ção silábica. No tritongo, 3 vogais permanecem juntas na separação silábica. No hiato, as
vogais se separam na separação silábica. Para acentuação gráfica, é preciso ter o conhe-
cimento sobre ditongos e hiatos.

• Mesário: me-sá-rio – paroxítona terminada em ditongo


• Série: sé-rie – paroxítona terminada em ditongo
• Bactéria: bac-té-ria – paroxítona terminada em ditongo

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Há uma separação alternativa para a separação das mesmas palavras:

• Mesário: me-sá-ri-o – eventual proparoxítona


30m
• Série: sé-ri-e – eventual proparoxítona
• Bactéria: bac-té-ri-a – eventual proparoxítona

Nunca caiu em prova afirmando que uma eventual proparoxítona tem a mesma regra
de uma proparoxítona verdadeira. O que já aconteceu foi a banca questionar se a palavra
“mesário” poderia ter o acento justificado com base em duas regras distintas. A afirma-
tiva foi considerada verdadeira pela banca, porque pode ser uma eventual proparoxí-
tona ou uma paroxítona terminada em ditongo. Somente se considera a palavra como
eventual proparoxítona se esse for o questionamento da banca, caso contrário deve ser
considerada uma paroxítona terminada em ditongo.
35m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Elias Santana.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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Ortografia – Acentuação – Exercícios
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ORTOGRAFIA – ACENTUAÇÃO – EXERCÍCIOS

São regras gerais da acentuação:

1. Toda proparoxítona é acentuada;

2. Acentua-se as oxítonas terminadas em A, E, O, EM;

3. Não se acentuam as paroxítonas terminadas em A, E, O, EM.

REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO


ACENTUAÇÃO GRÁFICA: REGRA ESPECIAL 1
Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”.
Exemplo: Chá, fé, só, pá, pé, pó etc.
Monossílabo é aquela palavra que só tem uma sílaba. Vale lembrar que nem todo
monossílabo é tônico, pois algumas delas são átonas, como as preposições e os prono-
mes oblíquos átonos.
Cuidado: monossílabo tônico não é palavra oxítona.
É preciso ter atenção, pois existem palavras que recebem acentuação, como “vêm”,
mas não por conta da regra dos monossílabos tônicos e sim por outras regras, como a
dos acentos diferenciais.
Exemplo: acentuam-se pela mesma regra a palavra rapé e pé (certo/errado).
Nesse caso, a resposta é “errado”, pois rapé segue a regra das oxítonas, já pé segue a
regra dos monossílabos tônicos.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA: REGRA ESPECIAL 2


Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI, OI, quando estiverem em posição oxítona.
Primeiramente, é importante lembrar que, do ponto de vista fonético, o alfabeto é
dotado de 12 vogais e não cinco. Ditongos abertos são as combinações de vogais forma-
das por EU, EI e OI.
5m
A acentuação desses ditongos abertos só ocorre se estiverem em posição oxítona,
conforme aponta o Novo Acordo Ortográfico.
Exemplo: Chapéu, pastéis, corrói

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Antes do novo acordo, a regra era diferente, pois a acentuação ocorria independen-
temente da posição do ditongo aberto. Hoje, contudo, se a posição for paroxítona, o
acento é perdido:
A.O.: Ideia / boia.
Detalhe: palavras como “céu” e “réu” não entram na regra dos monossílabos tônicos,
mas sim na regra dos ditongos abertos.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA: REGRA ESPECIAL 3


Acentuam-se as vogais I e U, quando forem a segunda vogal de um hiato:
Exemplo: saúde, país.
Na separação silábica de “saúde”, o resultado é “sa - ú - de”, já país fica “pa - ís”. É
por isso que elas são acentuadas, visto que a regra prevê a acentuação das vogais I ou U
quando forem a segunda vogal de um hiato.
Essa regra não vale para qualquer hiato. As vogais só podem ser I e U e devem ser a
segunda do hiato.
Em “sabíamos”, a regra é diferente. Na separação silábica, tem-se “sa - bí - a - mos”.
Existe um hiato, mas a vogal I é a primeira vogal. Assim, a acentuação se dá pela regra
das proparoxítonas.
Em “judiciário”, a separação fica “ju - di - ci - á - rio”. Existe um hiato, mas a segunda
vogal é o A. Assim, trata-se de uma paroxítona terminada em ditongo.
10m
A.O.: feiura
No caso da palavra “feiura”, a separação fica “fei - u - ra”. No novo acordo, essa pala-
vra perdeu o acento. Percebe-se que há um hiato, mas que é precedido por ditongo.
Além disso, o hiato está em posição paroxítona.
Quando houver um hiato antecedido por ditongo e estiver em posição paroxítona, o
acento deve ser retirado.
Por outro lado, a palavra Piauí não perdeu o acento. Na separação, tem-se “Pi - au - í”.
Há hiato antecedido por ditongo, mas em posição oxítona.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA: REGRA ESPECIAL 4


Por conta do Novo Acordo Ortográfico, alguns acentos diferenciais foram retirados e
outros foram mantidos.
Vale lembrar que o acento diferencial parte do pressuposto de que as palavras são
exatamente iguais, porém é usado para diferenciar essas duas palavras, o que pode
envolver a mudança de sua pronúncia.
Essas alterações podem ser observadas na tabela a seguir:

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Ortografia – Acentuação – Exercícios
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RETIRADOS MANTIDOS
Para / Pára Tem / Têm
Pelo / Pêlo Vem / Vêm
Pela / Péla Pode / Pôde
Pera / Pêra Por / Pôr
Polo / Pólo

15m
A ideia para a retirada do acento diferencial é que essas palavras, entre si, já são dife-
renciadas pela classe gramatical. Por outro lado, nas que tiveram o acento diferencial man-
tido, como são da mesma classe gramatical, o acento se faz necessário para diferenciá-las.
Em tem/têm, ambos são verbos, assim como em vem/vêm. Nesses casos, o acento
diferencial serve para diferenciar o singular e o plural. Isso também vale para mantém/
mantêm, bem como intervém/intervêm, em que a diferença está no singular/plural.
Vale lembrar que tem e vem são monossílabos e não deveriam ser acentuados, mas
o acento é usado apenas para diferenciá-los. Já mantém e intervém são oxítonas termi-
nadas em “em”, logo, deveriam ser acentuadas, sendo a troca dos acentos feita apenas
para diferenciá-las.
Em pode/pôde, a diferença está no tempo do verbo. A pronúncia também é dife-
rente, mas ambas as palavras são paroxítonas. Assim, o acento serve para marcar a dife-
rença entre presente e pretérito.
20m
Já em por/pôr, tem–se classes gramaticais diferentes, preposição e verbo, respectivamente.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA: REGRA ESPECIAL 5


Acentos em vogais redobradas: todos retirados!
Exemplo: Voo, veem, enjoo.
Isso porque as vogais repetidas fazem com que essas palavras sejam paroxítonas.
A palavra “ideia” perdeu o acento, pois a separação dessa palavra mostra que ela é
uma paroxítona terminada em “a” e, portanto, não pode ser acentuada.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA: EXCEÇÕES


Regra do hiato: não são acentuadas as vogais “I” e “U”, quando formam hiato e são
seguidos de M, N, NH, R ou Z.
Exemplo: JUIZ, RUIM, RUIR, CONSTITUINTE, RAINHA.
Em “juiz”, existe hiato, mas seguido de z. Em “ruim”, há hiato, mas seguido de m. Em
“ruir”, existe hiato, mas seguido de r. Em “constituinte”, o hiato está seguido de n.
25m

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“Juiz” não possui acento, mas “juízes” possui acento, assim como “raiz” não possui e
“raízes” possui acento.
Separando a palavra juiz, tem-se ju - í - zes. Ou seja, como o i se livrou do z, a palavra
é acentuada. O mesmo acontece em ra - í - zes.
Já a palavra rainha, ao ser separada, tem como resultado ra - i - nha. O hiato está
seguido de nh, porém, aqui, a vogal i não consegue se livrar do nh, isso por conta da nasa-
lização do som do i.
Hífen
Ao separar a palavra hífen, o resultado é hí - fen. É uma paroxítona, logo, é acen-
tuada. Ela pode ser flexionada no plural hifens, com a seguinte separação hi - fens.
30m
Observe a palavra armazém, cuja separação é ar - ma - zém. No plural fica armazéns,
com a separação ar - ma - zéns.
Nesse caso, a terminação de hifens é a mesma de armazéns, porém existe uma exce-
ção que faz com que uma seja acentuada e a outra não.
Quando há uma paroxítona terminada em “em”, se ela for ao plural, o acento é retirado.
Exemplos:

• Pólen – polens
• Hímen – himens

001. Assinale a alternativa que apresenta apenas palavras que estão corretamente
acentuadas, segundo a ortografia da língua portuguesa:
a. aliás – também – feiura – bárbaro.
b. vocês – enjoo – asteróide – pássaro.
c. após – vêem – geléia – médico.
d. pajé – armazem – bocaiúva – trânsito.
e. mocotó – perdôo – jóia – líquido.

a. Todas as palavras estão corretamente acentuadas.


b. Asteróide tem ditongo aberto OI em posição paroxítona, logo, o acento deve ser retirado.
35m
c. No redobro de vogais, como em veem, o acento deve ser retirado. Em geleia há ditongo
aberto EI em posição paroxítona, logo, o acento deve ser retirado.

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d. Armazem é oxítona terminada em EM e deve ser acentuada. Em bocaiúva, existe um hiato


em posição paroxítona e antecedido por ditongo, logo, o acento deve ser retirado.
e. Em redobro de vogais, como em perdoo, o acento deve ser retirado. Em joia existe ditongo
aberto em posição paroxítona, logo, não deve ser acentuada.

002. Assinale a alternativa em que a justificativa para o uso do acento gráfico está correta
e a palavra entre parênteses também está corretamente acentuada e com a mesma
justificativa de uso.
a. Zodíaco: proparoxítona. (paranóico)
b. Imóvel: paroxítona terminada em “l”. (dócil)
c. Céus: oxítona terminada em ditongo no plural. (véu)
d. Astronômica: oxítona terminada em “a”. (evidência)
e. Superfície: proparoxítona terminada em ditongo decrescente. (série)

a. Paranóico tem ditongo aberto O em posição paroxítona, logo, o correto seria paranoico.
b. Dócil está escrita corretamente, pois é paroxítona terminada em L.
c. Céus não é oxítona, pois se trata de um monossílabo com ditongo aberto.
d. Astronômicas é proparoxítona terminada em ditongo.
40m
e. Superfície é uma paroxítona terminada em ditongo.

003. A Organização Mundial da Saúde convocou uma reunião de urgência para tratar do
vírus na Guiné Equatorial, que já provocou morte de pessoas e obrigou o país a declarar
alerta sanitário.

Assinale a opção CORRETA de acordo com as regras de acentuação gráfica.


a. ‘Saúde’, ‘vírus’ e ‘país’ são acentuadas pela mesma regra.
b. ‘Urgência’ e ‘sanitário’ são acentuadas por serem proparoxítonas.
c. ‘Saúde’ e ‘país’ são acentuadas pela regra dos hiatos, envolvendo as vogais ‘i’ e ‘u’.
d. ‘Guiné’, ‘reunião’ e ‘já’ são acentuadas por serem oxítonas terminadas em ‘e’ ‘o’ e ‘a’,
respectivamente.
e. ‘Guiné’ e ‘já’ são acentuadas por serem oxítonas terminadas em ‘e’ e ‘a’, respectivamente.

a. Saúde segue a regra do hiato. Vírus é paroxítona terminada em u. País segue a regra do hiato.
b. Ambas são paroxítonas terminadas em ditongo.

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c. Ambas são acentuadas pela regra do hiato.


d. O til não é um acento. Já é monossílabo tônico.
e. Já entra na regra dos monossílabos tônicos.

004. O emprego de acento na palavra “memória” pode ser justificado por duas regras de
acentuação distintas.
45m

Memória é uma paroxítona terminada em ditongo, porém também é uma eventual proparoxítona.

005. O emprego do circunflexo nos vocábulos “entrevê” e “pungência” justifica-se com


base na mesma regra de acentuação gráfica.

Entrevê é uma oxítona terminada em E, já pungência é uma paroxítona terminada em ditongo.

006. A palavra “está” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que determina
o emprego do acento no vocábulo “três”.

Está é uma oxítona terminada em A, já três é um monossílabo tônico terminado em E


seguido de S.

007. Vocábulos como “sinônimo” e “rótulo” são acentuados por serem proparoxítonos.

Ambos são proparoxítonos.

008. As palavras “famílias”, “auxílio” e “área” recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.

Famílias é paroxítona terminada em ditongo seguido de S, a mesma regra de auxílio e área.


50m

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009. As palavras “Penitenciário”, “carcerária” e “Judiciário” recebem acento gráfico com


base na mesma regra gramatical.

Penitenciário é paroxítona terminada em ditongo, mesma regra de carcerária e judiciário.

010. As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra gramatical.

Aqui são três monossílabos, porém pó e só são acentuados pela regra dos monossílabos
tônicos, já céu está na regra dos ditongos abertos.

GABARITO
1. a
2. b
3. c
4. C
5. E
6. E
7. C
8. E
9. C
10. E

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Elias Santana.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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LÍNGUA PORTUGUESA
ORTOGRAFIA – HÍFEN
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ORTOGRAFIA – HÍFEN
Uso do Hífen
Primeiramente, é importante ter em mente que o uso do hífen envolve duas situa-
ções: hífen com prefixos e hífen entre palavras.
O hífen com prefixos envolve prefixo + palavras, já o hífen entre palavras envolve
palavra + hífen + palavra.
O prefixo é um afixo, isto é, uma forma presa da língua portuguesa. Dessa forma, os
afixos não existem sozinhos como palavras.
Exemplo: pré-escola. A palavra “pré” não existe sozinha na língua portuguesa. Para
que o “pré” exista, é preciso adicionar uma palavra. Sempre é necessário incluir uma
palavra para que o afixo exista. Nesse sentido, os afixos são uma espécie de “parasita”,
que só sobrevive junto a uma palavra. E os afixos podem ser colocados antes ou depois
de uma palavra.
Existem afixos que são colocados antes de uma palavra (prefixo) e outros que são
colocados após uma palavra (sufixos). Só há hífen na relação prefixo + palavra. Os sufixos
sempre se juntam sem a necessidade do hífen.
5m
Exemplos de hífen com prefixos:

• Super-homem
• Anti-histamínico
• Micro-ondas
• Anti-inflamatório
• Inter-regional
• Sub-raça
• Pré-história
• Vice-presidente
• Ex-namorado

Nos exemplos acima, todas as palavras destacadas em negrito não existem sem
as suas respectivas palavras. Todavia, é importante lembrar que as pessoas costu-
mam utilizar esses prefixos separadamente na linguagem coloquial, mas, se conside-
ramos a origem dessas palavras, seria necessária uma palavra aglutinada para que ela
possa existir.
Já no caso do hífen entre palavras, as duas palavras existem sozinhas, mas, juntas,
formam um novo vocábulo. Exemplos:

• Sexta-feira

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ORTOGRAFIA – HÍFEN
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• Mesa-redonda
• Criado-mudo
• Beija-flor
• Casca-grossa
• Ferro-velho

Definição: Marcar a união de vocábulos (palavras compostas ou palavras forma-


das por prefixo + radical); a ênclise e a mesóclise (colocações pronominais); a separação
de sílabas.
Hífen com Prefixos
1º Caso:
10m

• Super-homem
• Anti-histamínico

Nos casos acima, a palavra principal é iniciada com H. Quando isso acontece, o hífen
sempre deve ser utilizado.
Entretanto, existe um único caso excepcional na língua portuguesa, que é a palavra
sub-humano, que também admite a forma subumano, apesar de a pronúncia das duas
ser a mesma.
2º Caso:

• Micro-ondas (autoescola; antitetânica, minissaia)


• Anti-inflamatório

Na língua portuguesa, encontrar palavras com duas vogais iguais juntas não é algo
comum, contudo, é mais comum encontrar duas vogais diferentes juntas.
Assim, o Novo Acordo Ortográfico introduziu a regra no caso de prefixo termi-
nado em vogal:

• se o prefixo terminar com vogal igual à da palavra: separar com hífen (micro-ondas,
anti-inflamatório);
• se o prefixo terminar com vogal diferente da que ocorre na palavra: unir as estrutu-
ras (autoescola, antitetânica, minissaia).
15m

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ORTOGRAFIA – HÍFEN
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Situações específicas:

• Palavra que começa com consoante: como regra, deve-se unir as palavras. Entre-
tanto, no caso da palavra iniciada com a consoante R ou S, como em “mini+saia”,
deve-se dobrar a consoante (ex.: minissaia, antirrábica).
• O prefixo “co” é o único em que, mesmo havendo vogais iguais, haverá a união das
palavras (ex.: coordenação, cooperação).
20m

3º Caso:

• Inter-regional (superinteressante; hipermercado)


• Sub-raça
• Sub-humano (ou subumano)

No caso de prefixos terminados em consoante:

• se a palavra começa com consoante igual, haverá a separação por hífen;


• se a palavra começa com consoante diferente, as palavras são unidas;
• se a palavra começa com vogal, as palavras também são unidas.

Cuidado: o caso de inter-regional não é igual ao de antirrábica, pois, em antirrábica, o


prefixo é terminado em vogal, já em inter-regional, o prefixo é terminado em consoante.
Casos excepcionais:
Sub + palavra iniciada por R: deve ser feita a separação por hífen (ex.: sub-raça).
25m
Prefixos terminados em consoantes nasais: se houver uma vogal, o som da consoante
contamina o som da vogal, logo, é necessário separar com hífen (ex.: pan-americano, cir-
cum-meridiano).

Obs.: �vale lembrar que a regra do hífen tem por objetivo gerar aquilo que não prejudique
a sonoridade e que pareça algo recorrente na língua portuguesa.

4º Caso:
Prefixos que sempre exigem hífen:

• Pré-história
• Vice-presidente
• Ex-namorado

Os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró e vice sempre exigem o hífen.

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Em suma:

• Palavra iniciada por H: sempre usar o hífen (exceção: sub-humano/subumano);


30m
• Prefixo terminado em vogal: separar se a vogal for igual / unir se a vogal for dife-
rente / unir se a palavra for consoante (cuidado com as exceções);
• Prefixo terminado em consoante: se for consoante igual, separar / se for consoante
diferente, unir / se for vogal, unir (cuidado com as exceções);
• Prefixos que sempre exigem hífen: ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró e vice.

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GRAMÁTICA
Ortografia – Hífen – Exercícios
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ORTOGRAFIA – HÍFEN – EXERCÍCIOS


USO DO HÍFEN
HÍFEN ENTRE PALAVRAS

Exemplos:

• Sexta-feira
• Mesa-redonda
• Criado-mudo
• Beija-flor
• Casca-grossa
• Ferro-velho

Em todos os casos acima, a palavra que vem antes do hífen não é um prefixo, como
acontece na regra vista na aula anterior, mas sim uma palavra que existe por si só na
língua portuguesa.
Sexta, por exemplo, é um numeral, já feira pode representar um local em que se pode
fazer compras. Todavia, ao juntar as duas palavras, cria-se um dia da semana, que é
sexta-feira.
Palavras compostas em que os integrantes da composição possuam:
a. sílaba tônica própria;
b. unidade de significado; e
c. ausência de conectivo (preposição).
Exemplo: Sexta-feira, mesa-redonda, criado-mudo, beija-flor, casca-grossa,
ferro-velho.
A palavra mesa-redonda tem um significado diferente de mesa redonda. Ou seja,
aqui, o hífen acabou por criar outra palavra. Quando se pensa em mesa redonda, existem
duas palavras com sentidos distintos. Ou seja, a palavra mesa redonda tem o sentido de
uma mesa que tem o formato arredondado. Por outro lado, ao escrever mesa-redonda,
o sentido é o de um debate.
Apesar de mesa ter um significado e redonda ter outro, ao unir essas palavras, surge
uma terceira palavra, que tem um significado próprio.
A mesma lógica se aplica à palavra criado-mudo (móvel), beija-flor (pássaro), casca-
-grossa (pessoa forte) e ferro-velho (estabelecimento comercial).
5m
Cuidado: a palavra criado-mudo, apesar de polemicas levantadas recentemente,
existe no vocabulário da língua portuguesa.

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GRAMÁTICA
Ortografia – Hífen – Exercícios
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Assim, se uma palavra composta tem sílaba tônica própria, unidade de significado e
ausência de preposição, ela terá hífen.

PECULIARIDADES:

A.O.! Não se usa mais o hífen em certas palavras que perderam a noção de composi-
ção: girassol, mandachuva, pontapé, paraquedas.
O professor aponta que não há um critério objetivo para determinar o que é essa
noção de composição. Essa regra nasceu de uma percepção extremamente subjetiva da
composição desses vocábulos.
O Novo Acordo Ortográfico escolheu essas palavras para que fiquem aglutinadas em
razão da noção de composição.
A.O.! Não se usa hífen em palavras dotadas de elemento de ligação (preposição):
azeite de dendê, água de coco, dia a dia, calcanhar de Aquiles, pão de ló, fim de semana,
corpo a corpo.
10m
Exceções: água-de-colônia, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, gota-
-d’água, além de nomes de espécies botânicas ou zoológicas: gato-do-mato, andorinha-
-de-rabo-branco, cravo-da-índia, dente-de-leão.

Obs.: espécies botânicas são nomes de plantas, já espécies zoológicas são nomes
de animais.

MAL/BEM

MAL: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por vogal, H ou L.
Se o L se juntar a uma vogal, ele irá contaminá-la. Já se o L se juntar com a vogal, irá
contaminá-la.
Exemplo: mal-estar; mal-humorado; mal-limpo; malcriação; malcheiroso.
BEM: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por A, E, I, O, U, B, C,
D, F, H, M, N, P, Q, S, T, V (todas as vogais e todas as consoantes).
Exemplo: bem-aventurado, bem-estar, bem-vindo, bem-casado, bem-nascido.
Cuidado: existem casos em que as palavras com e sem hífen estão corretas, tais
como em benfazer ou bem-fazer, benquerer ou bem-querer e bendizer ou bem-dizer.
Nos exemplos acima, todas as palavras estão seguidas de verbos no infinitivo, mas
isso não significa que sempre deve existir infinitivo.

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GRAMÁTICA
Ortografia – Hífen – Exercícios
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NÃO/QUASE

As palavras não e quase sempre dispensam o hífen.


Exemplo: quase crime, quase nada, não cumprimento, não engajado

1. Segundo o novo acordo ortográfico, a palavra que deveria ser grafada com hífen é
15m
a. corréu.
b. antiimperialista.
c. minissaia.
d. antissocial.
e. supermercado.

Todos os casos envolvem prefixo + palavra.


Em corréu, a regra é a do redobro de consoante, logo, não se usa hífen.
Em antiimperialista, como há vogais iguais, deve-se separar por hífen, sendo o correto
anti-imperialista.
A regra do redobro de consoantes também se aplica em minissaia e antissocial.
Já em supermercado, o prefixo termina com consoante e a palavra começa com uma
consoante distinta, logo, não há hífen.

2. No último período do primeiro parágrafo, a substituição de “antidireito” por anti-


direito faria o texto ficar em desacordo com a ortografia oficial vigente no Brasil.

Em antidireito, tem-se prefixo terminado em vogal e palavra iniciada por consoante diferente
de R ou S. Nesses casos, o correto é aglutinar, sendo errado escrever anti-direito.
Assim, está correta a afirmação da banca, pois a mudança faria com que a palavra fique
em desacordo com a ortografia oficial.
Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso massivo de sistemas de
inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos decorrentes de
robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa e
essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade
de sistemas de inteligência artificial.

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GRAMÁTICA
Ortografia – Hífen – Exercícios
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3. No último período do primeiro parágrafo, o emprego do hífen em “ético-jurídicos”


é facultativo, razão por que estaria igualmente correta a grafia eticojurídicos.

Primeiramente, é importante perceber que ético-jurídicos não entra na regra dos prefixos,
pois ético e jurídico são palavras com significados distintos.
20m
A banca tenta confundir os candidatos trazendo uma regra que é da relação prefixo + palavra
para um caso que envolve palavra + palavra.
Ou seja, ético-jurídicos está correto, porém é um erro aglutinar essas palavras na forma
eticojurídicos.
Em socioeconômico, o motivo dessa palavra ser escrita aglutinada é porque já foi
consagrada pelo uso.

4. Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras grafadas com hífen corretamente.
a. boto-cor-de-rosa; pé-de-meia; erva-doce; micro-ondas.
b. peixe-boi; auto-escola; cofundador; ultrasom.
c. super-claro; pé-de-moleque; co-orientador; anti-higiênico.
d. mini-saia; curta-metragem; carro-forte; anti-semitismo.
e. pau-de-arara; camisa-de-força; pimenta-doreino; agro-industrial.

a. Todas as palvras foram gravadas corretamente com hífen.


b. Auto-escola tem vogais diferentes, logo, se escreve junto. O prefixo co deve ser aglutinado
para formar cofundador. O correto é ultrassom.
c. O correto é superclaro, pois há consoantes diferentes. Pé de moleque se escreve sem
hífen. O prefixo co sempre fica junto, logo, o correto é cofundador.
d. O correto é minissaia (regra do redobro de consoantes). Antissemitismo também entra
na regra do redobro de consoantes.
e. Pau de arara não entra na exceção, logo, não tem hífen, a mesma lógica de camisa de força.
Pimenta-do-reino entra na regra da espécie botânica. Agroindustrial se escreve sem hífen.
25m

5. Analise as afirmativas a seguir e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

�(  ) Usa-se o hífen se a última letra do prefixo e a primeira do elemento seguinte


forem iguais. Ex: anti-inflacionário, micro-ondas.
�(  ) Não se usa hífen nas palavras compostas. Ex: médicocirurgião, anoluz.
�(  ) Dobra-se a consoante, sem hífen, se o prefixo terminar por vogal e o elemento
seguinte começa com r ou s. Ex: ultrassom, suprarrenal.

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GRAMÁTICA
Ortografia – Hífen – Exercícios
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Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a. V - F - V.
b. F - F - F.
c. V - F - F.
d. V - V - F.
e. V - V - V.

A primeira afirmação é verdadeira. A segunda afirmação é falsa, pois palavras compostas


recebem hífen. Já a última afirmação é verdadeira.

GABARITO
1. b

2. C

3. E

4. a
5. a

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