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LÍNGUA PORTUGUESA – CLASSES DE PALAVRAS - VERBOS

PROFESSORA TAIMY VANINI

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LÍNGUA PORTUGUESA – CLASSES DE PALAVRAS - VERBOS
PROFESSORA TAIMY VANINI

TAIMY VANNI

Graduada em Letras – Português/ Inglês em 2011, atua na área de educação


desde o segundo semestre da faculdade, contando com mais de 12 anos de
experiência em sala de aula. Com concursos e vestibulares, a jornada iniciou
em 2014, trabalhando como professora de Inglês na plataforma Ari de Sá.
Atualmente, é professora de Língua Portuguesa e Redação no JáPassei
Educação e comenta questões no Estratégia Concursos.

INVESTIGAÇÃO JÁPASSEI

Olá, professor (a)!


O estudo dos verbos é essencial àqueles que se preparam para um concurso. É necessário ter em
mente que é a partir do conhecimento dos verbos que será possível entender outros conteúdos de
Língua Portuguesa, como crase, concordância verbal, regência verbal, entre outros. Isso ocorre porque
são os verbos que guiam as análises da Língua Portuguesa – por exemplo, não adianta entender que a
crase ocorre depois de certos verbos se não for possível identificar o verbo.
No entanto, para concursos públicos o estudo dessa classe de palavras é bastante diferente
daquele que se tem na escola. Isso porque, o foco não será necessariamente as conjugações verbais,
mas sim as correlações e interpretações – o que o verbo significou naquela passagem e como um verbo
se relaciona a outro dentro de uma oração. Além da interpretação e correlação, há também outras
questões importantes sobre verbos nos concursos, como as seguintes: Singulares e plurais, forma
correta de se escrever alguns verbos e entendimento sobre alguns tempos específicos.
Todos os conteúdos serão vistos e acompanhados por várias dicas aplicadas a tipos de questões
específicas cobradas pelas bancas. Antes de adentrar no conteúdo, observe alguns números que
exprimem a importância dos verbos para quem estuda para concursos de Professor de Educação Básica:

Foram analisadas provas para os cargos de Professor I e Professor de Educação Infantil dos anos
de 2019 a 2022 e encontraram-se as seguintes informações sobre Língua Portuguesa geral e
conhecimento e utilização de verbos:

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A Língua Portuguesa fez parte de todos os editais, sendo a Interpretação textual o item de maior
relevância na disciplina - ocupando 26,2% na parte destinada à Língua Portuguesa e 9,8% na totalidade
da avaliação.

Os aspectos relacionados aos verbos - Flexão verbal de modo, tempo, número e pessoa, ao todo
representam cerca de 4% da avaliação de Língua Portuguesa e 1,6% da prova completa. Desses, a flexão
de modo - Indicativo, Subjuntivo e Imperativo - é o conteúdo de maior relevância, ocupando cerca de
1,5% das parte de Português. A Concordância verbal ocupa em média 3,7% da parte destinada à Língua
Portuguesa e 2,5% na totalidade da avaliação; Já a Regência Verbal representa 1,1% da prova de Língua
Portuguesa e 0,4% da totalidade da avaliação. O advérbios - conteúdo também relacionado aos verbos,
ocupam 1,1% da prova de Língua Portuguesa; A crase e a Colocação de pronomes - conteúdos
entendidos a partir dos verbos, surgem, respectivamente, ocupando 1,1% e 2,6% da avaliação de Língua
Portuguesa.

Entende-se, por meios dos dados, que os verbos não apenas são necessários em relação à sua
grande relevância nas avaliações, mas também pelo seu entendimento ser essencial para que outros
conteúdos de relevância possam ser esclarecidos.

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CLASSES DE PALAVRAS – ÊNFASE EM VERBOS

O VERBO COMO CLASSE DE PALAVRAS

A classe de palavras verbo é uma das maiores e mais variáveis, apresentando flexão de número e de
pessoa. Verbos representam três situações dentro de uma oração – ações, estados ou fenômenos
naturais.

Observe as orações a seguir:

Levantei e fiz pudim às quatro da madrugada porque perdi o controle da minha vida.

Carlos está desesperado com o edital do concurso, pois é muito ansioso.

Amanheceu, choveu e anoiteceu em questão de minutos.

As palavras em negrito, apesar de pertencerem a mesma classe, representam ideias diferentes.

Levantei/perdi são verbos de ação. Esses verbos representam mudanças, coisas que estavam de um
jeito e ficaram de outro. Verbos de ação são os mais numerosos e comuns.

Está/é são verbos de ligação. Esses verbos representam estados ou simplesmente ligam um sujeito a
uma qualidade. São bem poucos: ser, estar, continuar, parecer, permanecer, andar (no sentido de estar).

Amanheceu/choveu/anoiteceu são chamados de fenômenos naturais.

Para quem tem dificuldade em encontrar os verbos nas orações, lembre-se de que eles normalmente
vêm após um pronome – as chamadas pessoas (1° eu/ 2° tu/ 3° ele/ 1° nós/ 2° vós/ 3° eles), ou após o
nome de alguém ou de algo.

A análise básica dos verbos consiste em três tópicos: Modo, tempo e voz.

AS TRÊS CONJUGAÇÕES VERBAIS

Conjugações representam as variações que os verbos sofrem em relação ao tempo e ao modo. Porém,
antes de se ocuparem daquelas extensas tabelas (eu estudo, tu estudas, ele estuda...), é necessário
observar que existe uma base: Todos os verbos, em sua forma mais básica, terminam em AR, ER ou IR,
que respectivamente são a primeira, segunda e terceira conjugação.

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Esses verbos são chamados de infinitivos e dão origem às demais conjugações. O pensamento é o
seguinte: “Eu estudo” vem de estudar – um verbo da primeira conjugação; “Eu como” vem de comer –
um verbo da segunda conjugação; “Eu saio” vem de sair – um verbo da terceira conjugação.

Os verbos terminados em OR – pôr, repor, compor, recompor, impor etc. fazem parte da segunda
conjugação, junto ao ER.

MODOS VERBAIS

Modos verbais têm a ver com a necessidade de uso do verbo para cada situação. Eles são representados
pelas seguintes nomenclaturas:

 Indicativo – São os verbos que expressam certezas sobre as ações, estados e fenômenos
naturais. Por exemplo: Eu estudo para concursos/ Ele está feliz/Choveu muito.

 Subjuntivo – São os verbos que expressam hipóteses – na maioria das vezes são conjugados
com as partículas “se – que – quando”. Por exemplo: Se eu estudasse para concursos.../ Se ele
estivesse feliz.../ Se chovesse no sábado... Observe que o subjuntivo não funciona sozinho, é
preciso acrescentar outra oração para complementá-lo, isso ocorre justamente por esse modo
representar uma hipótese ou condição para que algo ocorra.

 Imperativo – São os verbos que indicam ordens, conselhos e pedidos. Lembre-se de quem
manda – o imperador! Exemplos: Estude para a prova!/ Não pise na grama./ Fale mais baixo, por
favor.

Os modos verbais, por sua vez, possuem tempos verbais. O indicativo possui seis tempos simples:
Presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e
futuro do pretérito. O subjuntivo tem três tempos simples: Presente, pretérito imperfeito e futuro; O
imperativo, por sua vez, não possui tempos. Ele é apenas afirmativo ou negativo.

OS TEMPOS VERBAIS

Os tempos definem quando uma ação, estado ou fenômeno da natureza


acontece/aconteceu/acontecerá e são divididos, além dos modos, em simples e compostos. Os tempos
simples são formados por apenas um verbo, como: sairei. Os tempos compostos formam locuções

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verbais, dois verbos exprimindo apenas uma ação: vou sair. No entanto, os tempos compostos não são
pertinentes para a prova para a qual está se preparando, por isso, só falaremos deles em dois tempos
específicos.

Tempos derivados do indicativo:


Presente: Expressa uma ação habitual, não necessariamente que ocorre no momento da fala. Exemplos:
Eu leio menos do que gostaria./ Minha família viaja para o interior a cada seis meses.
Dica: Um verbo no presente sempre aceita a palavra “HOJE” à sua frente.
(Hoje) eu leio. (Hoje) minha família viaja.

Pretérito perfeito: Expressa um fato iniciado e terminado no passado. Outra análise possível é que esse
é um passado que só ocorreu uma vez.
Exemplos: Eu li um monte nas férias./Minha família viajou para o interior no mês passado.
Dica: Um verbo no pretérito perfeito sempre aceita a palavra “ONTEM” à sua frente.
(Ontem) eu li/ (ontem) minha família viajou.

Pretérito imperfeito: Expressa uma ação que parece interrompida no passado. Pode ser entendido
também como um verbo que apresenta uma ação habitual no passado. Exemplo:
Exemplos: Eu lia muito os livros da série Vagalume./ Minha família viajava para o litoral quando éramos
criança.
Dica: Um verbo no pretérito imperfeito sempre aceita a palavra “Naquela época” à sua frente.
(Naquela época) eu lia. / (Naquela época) minha família viajava.

Pretérito mais-que-perfeito: É um tempo pouco usado, por isso pouco familiarizado. Sua aplicação
gramatical é meio confusa: trata-se de uma ação no passado que ocorreu antes de outra ação, também
no passado. Por exemplo: Eu já fechara a porta quando ouvi um barulho na garagem. / Carlos viajara
para o litoral antes de vocês chegarem. Perceba que “fechara” e “viajara” ocorreram antes de “ouvi” e
“chegarem”.
Esse verbo apresenta uma forma composta bastante usual que é o verbo ter + particípio do verbo
principal (depois veremos o particípio, mas consiste basicamente em verbos que terminam em DO e
TO).
Observe: Eu já fechara a porta quando ouvi um barulho na garagem. (Eu já tinha fechado a porta...)
Carlos viajara para o litoral antes de vocês chegarem. (Carlos tinha viajado).

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Futuro do presente: Expressa uma ação pensada no presente, que será realizada depois. Por exemplo:
Eu fecharei a porta assim que ele sair.
O futuro do presente apresenta uma forma composta mais usual, que é o verbo IR + o infinitivo do
verbo principal (depois veremos o infinitivo, mas consiste basicamente em verbos terminados em AR,
ER, IR).
Observe: Eu fecharei a porta assim que ele sair (Eu vou fechar a porta assim que ele sair).
Dica: Os verbos nesse tempo permitem que a palavra amanhã à sua frente.
Eu fecharei a porta. (Amanhã) eu fecharei a porta.

Futuro do pretérito: Esse tempo verbal possui uma relevância maior nas provas de concursos
pedagógicos. Vamos entendê-lo e depois faremos algumas colocações.
Esse tempo representa uma ação que não pôde ou não poderá ser realizada, bem como uma suposição
ou hipótese. Também, usa-se muito o futuro do pretérito para dar desculpas ou ser muito gentil (polido).
Exemplos: Eu viajaria todo ano para o litoral se pudesse.
Eu gostaria de ter ido à festa, mas estava cansado.
Você poderia me emprestar o grampeador?

Usualmente, na linguagem coloquial, o futuro do pretérito é substituído pela expressão “ia + verbo
principal”. Eu viajaria: Eu ia viajar/ Eu leria: Eu ia ler.

Ainda sobre o futuro do pretérito: Esse verbo costuma cair bastante em questões com tipos de
enunciados como os apresentados a seguir. Observe:
1. No trecho do penúltimo parágrafo do texto “Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior
alcance, envolveriam o engajamento da população...”, a forma verbal em destaque expressa
sentido de...
2. A forma verbal destacada na frase “Não me parece, entretanto, que tenhamos chegado a uma
situação dessas.” – expressa a ideia de possibilidade de que algo possa se realizar, assim como
ocorre em...
3. A correspondência entre as formas verbais, na frase escrita a partir do texto, está em
conformidade com a norma-padrão da língua em...

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Nas duas primeiras questões, as perguntas são direcionadas para o que a forma verbal expressa. Nunca
se esqueça de algo sobre o futuro do pretérito: são verbos que expressam possibilidades e
hipóteses. Então, a dica é a seguinte: se a questão falar sobre HIPÓTESES e POSSIBILIDADES, e houver
alguma alternativa com um verbo que termine em RIA/RÍAMOS (envolveria, faria, conheceria,
realizaríamos) provavelmente será a alternativa correta. Se não houver um verbo no futuro do pretérito
(terminado em Ria/Riam/Ríamos), procure por algum na forma subjuntiva.

Na terceira questão, há uma pergunta sobre correspondência (ou correlação) verbal. Questões assim
buscam analisar em qual alternativa os dois verbos que estão na oração possuem lógica entre si.
Questões de correlação normalmente têm uma resposta certeira – o primeiro verbo termina em SSE e
o segundo termina em RIA/RIAM/RÍAMOS (ou vice-versa). Por exemplo:
Se eu falasse sua língua, eu te entenderia.
Se eu ganhasse na loto, eu viajaria.
Eu trabalharia menos, se tivesse estudado mais.
(Observe que o segundo verbo é o futuro do pretérito).
Se não houver essa correlação, busque por alguma outra em que os verbos façam sentido.

Veja agora a conjugação completa de um verbo no modo indicativo:

(https://www.conjugacao.com.br/)

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TEMPOS DERIVADOS DO SUBJUNTIVO

Como dito antes, o subjuntivo é o modo verbal relativo às hipóteses e condições. É um verbo que
precisa normalmente de outro verbo para passar uma ideia completa. Não costuma ser de extrema
importância para o cargo de professor I das provas. Mas é importante reconhecê-lo para prosseguir com
o conteúdo.

Assim como o indicativo, o subjuntivo também possui tempos simples e compostos. Vamos dar uma
ênfase maior aos tempos simples.

Presente do subjuntivo – Expressa uma ação que pode ocorrer no momento presente. O mais normal é
que venha acompanhado da partícula QUE.

É importante que faças uma refeição equilibrada.

Torna-se essencial que conversemos sobre o assunto.

Pretérito imperfeito do subjuntivo- Sua maior expressão é por meio da partícula SE, criando uma
hipótese ou condição (faz correlação com o futuro do pretérito do indicativo)

Exemplos: Se eles viessem, poderíamos sair para jantar.

Nos falaríamos mais se ela morasse aqui perto.

Futuro do presente subjuntivo – Apresenta uma ação incerta para o futuro. Normalmente é
acompanhado da partícula QUANDO.

Quando vier para a cidade, telefone-me.

Veja a conjugação completa de um verbo no subjuntivo

(https://www.conjugacao.com.br/)

Sobre o imperativo, como já dito, não há tempos, apenas negativo e afirmativo.

É um verbo que expressa ordem, conselho ou pedido. É bem simples, mas algumas questões buscam a
alternativa em que os verbos estão no imperativo.

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Veja alguns exemplos:

Abra a janela, deixe o sol entrar.

Faça agora mesmo o que precisa. Não deixe para depois.

OS VERBOS DERIVADOS DE OUTROS – CONJUGAÇÕES DE BASE

Existem verbos usados com mais frequência do que outros e, normalmente, as bancas trabalham
justamente com verbos cujas conjugações não são tão habituais. Porém, muitos desses verbos menos
usados possuem a mesma terminação de verbos habituais, o que pode ajudá-lo em algumas questões.

Primeiro, observe as orações a seguir e tente julgá-las como corretas ou incorretas:

1) Eles manteram o segredo escondido.

2) O rapaz medeia todos os debates na sala.

3) Ninguém interviu naquela situação dos animais.

4) Eles proporam uma nova data para a cerimônia.

Dica: Três estão erradas e uma está certa.

1) Eles manteram o segredo escondido. (Errada! Eles mantiveram o segredo escondido).

2) O rapaz medeia todos os debates na sala. (Correta!)

3) Ninguém interviu naquela situação dos animais. (Errada! Ninguém interveio naquela situação dos
animais).

4)Eles proporam uma nova data para a cerimônia. (Errada! Eles propuseram uma nova data para a
cerimônia)

Vamos entender o que aconteceu.

1. O verbo MANTER é derivado do verbo TER (assim como reter, obter, ater).

Isso quer dizer que a conjugação desses verbos é igual à do ter. Observe:

Eu tenho – Eu mantenho – Eu retenho – Eu obtenho – Eu atenho.

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Eles tiveram – Eles mantiveram – Eles retiveram – Eles obtiveram – Eles ativeram.

Se eu tivesse – Se eu mantivesse – Se eu retivesse – Se eu obtivesse – Se eu ativesse.

2. O verbo MEDIAR se conjuga igual ao ODIAR (assim como ansiar, remediar, incendiar) Observe:

Eu odeio – Eu medeio – Eu anseio – Eu remedeio – Eu incendeio.

Ele odeia – Ele medeia – Ele anseia- Ele remedeia – Ele incendeia.

Se ele odiasse – Se ele Mediasse – Se ele ansiasse – Se ele incendiasse.

Juntos, os verbos terminados em IAR que são conjugados da mesma maneira formam a palavra Mário:

Mediar;
Ansiar;
Remediar;
Incendiar;
Odiar.

3. O verbo INTERVIR se conjuga igual ao verbo VIR. Observe:

Eu venho – Eu intervenho.

Ela veio – Ele interveio.

Ela vem – Elas intervém (aqui, é acrescido um acento agudo).

Elas vêm – Elas intervêm.

Se eu viesse – Se eu interviesse.

4. O verbo PROPOR apresenta a mesma conjugação do verbo PÔR (assim como todos os demais
verbos terminados em PÔR – repor, compor, dispor etc.)

Observe:

Eu ponho – Eu proponho – Eu reponho – Eu componho – Eu disponho.

Ele põe – Ele propõe – Ele repõe – Ele compõe – Ele dispõe.

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Eles puseram – Eles propuseram – Eles repuseram – Eles compuseram – Eles dispuseram.

Se eu puser – Se eu propuser – Se eu repuser – Se eu compuser – Se eu dispuser.

O conhecimento dessas conjugações – TER, ODIAR, VIR e PÔR portanto são fundamentais para facilitar
conjugações de seus verbos derivados – que costumam ser vistos em questões de concurso.

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

Formas nominais se referem a alguns verbos em formas específicas, que normalmente são utilizados
para formar locuções verbais (dois verbos apresentando apenas uma ação).

São três as formas nominais:

Infinitivo, particípio e gerúndio.

1. Infinitivo é representando pelos verbos que terminam em AR, ER, IR E OR. É basicamente o verbo
antes de ser conjugado – AMAR, CEDER, PARTIR, PROPOR.

Esses verbos são muito usados para formar locuções verbais no futuro do presente: Vou sair, vai partir,
vai negar.

2. Particípio é representado pelos verbos que terminam, quando são irregulares em VO, GO, TO, SO
e DO, quando são regulares (todas as formas também possuem femininos e plurais). Os particípios são
verbos que normalmente causam confusão, já que alguns não existem e outros têm formas abundantes.
Vamos entender melhor.

Com certeza já surgiu a dúvida se o correto é: Ele tinha chego ou ele tinha chegado, certo?

Assim como: Imprimido ou impresso/ Descobrido ou descoberto/ morto ou morrido.

Essas dúvidas ocorrem justamente porque os particípios podem ter mais de uma forma. Sobre os
exemplos, chego e decobrido são particípios que não existem, assim como abrido (Lembre-se de que
não estamos falando de “eu chego”, mas sim do “chego” junto a outro verbo “tenho chego”, formando
uma locução verbal – nesse caso, o correto é sempre “tenho chegado”).

Quanto ao imprimido/ impresso, morto/morrido todas as formas existem. Esses fazem parte dos
particípios abundantes, que são os verbos que apresentam mais de uma forma.
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Quando o particípio for abundante, a regra é a seguinte:

O verbo auxiliar é SER ou ESTAR: Usa-se particípio irregular (VO, GO, TO, SO).

Por exemplo: Ele está morto de cansaço.

O documento está impresso.

O verbo auxiliar é HAVER OU ter: Usa-se particípio regular (DO)

Por exemplo: Ele tem morrido aos poucos.

Manoel tem impresso esses documentos todos os dias.

Veja uma lista de particípios abundantes:

Verbo aceitar: aceitado (regular) e aceito (irregular)


Verbo entregar: entregado (regular) e entregue (irregular)
Verbo ganhar: ganhado (regular) e ganho (irregular)
Verbo matar: matado (regular) e morto (irregular)
Verbo pagar: pagado (regular) e pago (irregular)
Verbo pegar: pegado (regular) e pego (irregular)
Verbo salvar: salvado (regular) e salvo (irregular)

Verbo acender: acendido (regular) e aceso (irregular)


Verbo eleger: elegido (regular) e eleito (irregular)
Verbo envolver: envolvido (regular) e envolto (irregular)
Verbo morrer: morrido (regular) e morto (irregular)
Verbo prender: prendido (regular) e preso (irregular)
Verbo resolver: revolvido (regular) e revolto (irregular)
Verbo suspender: suspendido (regular) e suspenso (irregular)

3. Gerúndio é representado pelos verbos que terminam em NDO (andando, falando, conversando,
brincando).
Assim como as outras formas nominais, também é mais comum em locuções verbais:

ESTOU FALANDO sobre o assunto com a professora.

FOMOS ENTENDENDO tudo rapidamente.

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VOZES VERBAIS

Vozes verbais são definidas pela forma como o sujeito da oração está relacionado à ação verbal. O
sujeito pode ser ativo, passivo ou reflexivo – ou seja, há voz ativa, passiva e reflexiva.

Voz ativa: Há um sujeito que pratica claramente a ação verbal:

Joseph tirou a melhor nota. (Observe que Joseph é o sujeito/ tirou é verbo/ a melhor nota é
complemento do verbo)

Voz passiva analítica: Nessa voz, o sujeito se torna paciente da ação verbal. Para que ela exista, o que
era complemento do verbo torna-se sujeito:

A melhor nota foi tirada por Joseph. (A melhor nota é o sujeito paciente/ foi tirada é uma construção
com o verbo ser + particípio do verbo principal/ por Joseph é chamado de agente da passiva)

Para haver voz passiva analítica, sempre há verbo SER (em qualquer tempo – era, foi, é, será, seria etc.)
+ o verbo principal no particípio.

Voz passiva sintética: Nessa voz, há apenas o verbo + a partícula SE (chamada de apassivadora) +
complemento do verbo:

Tirou-se a nota.

Vamos ver alguns exemplos de frases com as três construções:

Voz ativa – O homem derrubou os livros.

Voz passiva analítica – Os livros foram derrubados pelo homem.

Voz passiva sintética – Derrubaram-se os livros.

...

Voz ativa – A moça descobre os segredos de todos.

Voz passiva analítica – Os segredos de todos são descobertos pela menina.

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Voz passiva sintética – Descobrem-se os segredos de todos.

....

Voz ativa – Carlota entregará o trabalho.

Voz passiva analítica – O trabalho será entregue por Carlota.

Voz passiva sintética – Entregar-se-á o trabalho. (Aqui formou-se uma mesóclise. Será entendida melhor
na aula de colocação pronominal).

Observe que é importante ter em mente em que tempo verbal estão os verbos de cada oração,
pois quando passamos para outras vozes é preciso manter o mesmo tempo.

E na frase a seguir, você acha que o sujeito é ativo ou passivo?

Rubens machucou-se com o martelo.

Nesse caso, o sujeito tanto pratica quanto recebe a ação, por isso a voz é chamada de reflexiva.

A voz reflexiva ocorre quando a mesma pessoa é responsável pela ação e pela recepção do verbo. Veja
alguns exemplos:

Marcos machucou-se com a faca.

Eu me vi na situação.

VERBOS DEFECTIVOS

Antes de esclarecer o que são verbos defectivos, pense nas seguintes situações. Se você tivesse que
falar a alguém que sua profissão é colorir imagens, como diria? Eu....?

E se tivesse que falar para alguém que costuma abolir fofocas de sua vida, como diria? Eu...?

E se uma questão dissertativa de concurso pedisse para conjugar o verbo falir no presente, como faria
isso? Eu...?

Não deu certo nenhuma conjugação acima, certo? Isso ocorreu porque não existe primeira pessoa do
presente de nenhum dos verbos citados!

Verbos que não possuem todas suas conjugações são chamados de verbos defectivos – isso ocorre
porque suas conjugações podem ficar idênticas à de outros verbos (como é o caso de falar e falir) ou
por criarem sons muitas vezes desagradáveis (como seria a primeira pessoa do verbo computar...).

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Os verbos defectivos podem ser:

Impessoais – Esses são verbos que não possuem sujeito, como é o caso dos fenômenos naturais (chover,
ventar, relampejar) e de alguns verbos específicos, como o haver (com significado de existir) e o fazer
(com sentido de tempo decorrido). Esses verbos sempre são conjugados na terceira pessoa do
singular em qualquer tempo verbal.

Por exemplo:
Choverá em todo estado a partir de quarta.

Houve dezenas de guerras pela independência.

Faz anos que não vejo meu primo Carlos.

Unipessoais – Esses verbos se relacionam com o som emitido pelos animais, por isso só existem na
terceira pessoa do singular ou do plural.

Por exemplo:

O cachorro latiu quando as visitas chegaram no sítio.

A onça bramiu e nós saímos correndo.

Aquelas vacas mugiram de uma forma diferente.

Pessoais – Esse grupo engloba os verbos citados no início desse tópico (colorir, abolir, falir), nesse caso
o que ocorre é que não existem conjugações completas.

Colorir – presente do indicativo

1° Eu (não tem)

2° tu colores

3° ele colore

1° nós colorimos

2° vós coloris

3° eles colorem

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Falir: presente do indicativo

1° Eu (não tem)

2° Tu (não tem)

3° Ele (não tem)

1° nós falimos

2° vós falis

3° Eles (não tem)

RESUMÃO

 O futuro do presente (verbos terminados em RIA/RIAM) é muito pertinente nas questões,


principalmente naquelas que falam acerca de possibilidades, hipóteses ou que questionam
correlação verbal - verbos que fazem sentido junto: Se eu estudasse mais, eu passaria...
 As conjugações dos verbos TER, OBTER, VIR e VER são essenciais para o concurseiro, pois eles
dão origem a muitas outras conjugações que costumam cair nas questões das provas. Abaixo
deixaremos as conjugações desses verbos disponíveis.
 O imperativo costuma cair em questões sobre ordens, conselhos e pedidos;
 O verbo haver, quando tem sentido de existir, nunca vai ao plural. Assim como o verbo fazer,
quando significa tempo decorrido.
 Muitas questões sobre verbos serão muito lógicas e a interpretação do enunciado será mais
importante até mesmo do que o conhecimento profundo do conteúdo;
 Lembre-se de que alguns verbos apresentam pequenas mudanças em suas formas singulares e
plurais

Verbo ter: Ele tem (singular) Eles têm (plural)


Verbo Vir: Ele vem/Eles vêm
Verbo Ver: Ele vê/Eles veem
Verbo Ler: Ele lê/Eles Leem
Verbo conter: Ele contém/ Eles contêm.
Verbo manter: Ele mantém/ Eles mantêm.
Verbo Pôr e seus derivados: Ele põe/Eles põem

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LÍNGUA PORTUGUESA – CLASSES DE PALAVRAS - VERBOS
PROFESSORA TAIMY VANINI

CONJUGAÇÕES BASAIS
Como já dito, essas conjugações servirão de base para as de outros verbos que costumam cair nas
provas.

PÔR – conjugam-se igual todos os verbos terminados em pôr. COMPOR, REPOR, SOBREPOR, DEPOR,
INDISPOR, SUPOR ETC.

Presente do indicativo: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem;


Presente do subjuntivo: (que eu) ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;
Pretérito imperfeito do indicativo: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham;
Pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram;
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram;
Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis,
pusessem;
Futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.
Futuro do presente do indicativo: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão.
Futuro do pretérito do indicativo: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam.

TER – conjuga-se igual a MANTER, RETER, OBTER, CONTER, DETER, ATER, ENTRETER

Presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm;


Presente do subjuntivo: (que eu) tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham;
Pretérito imperfeito do indicativo: tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;
Pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram;
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram;
Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem;
Futuro do subjuntivo: (quando eu) tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.
Futuro do presente do indicativo: terei, terás, terá, teremos, tereis, terão.
Futuro do pretérito do indicativo: teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam.

VER – conjugam-se igual: ANTEVER, ENTREVER, REVER, PROVER


Presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem;
Presente do subjuntivo: (que eu) veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam;
Pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram;
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;
Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem;
Futuro do subjuntivo: (quando eu) vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Futuro do presente do indicativo: Verei, verás, verá, veremos, vereis, verão.
Futuro do pretérito do indicativo: Veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriam.
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(Perceba que no futuro subjuntivo não se diz: “Quando eu ver”, mas sim “Quando eu vir”).

VIR – Conjugam-se igual: AADVIR, CONVIR, DESAVIR-SE, INTERVIR, PROVIR, SOBREVIR.


Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm;
Presente do subjuntivo: (que eu) venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham;
Pretérito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham;
Pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram;
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram;
Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem;
Futuro do subjuntivo: (quando eu) vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Futuro do presente do indicativo: Virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.
Futuro do pretérito do indicativo: Viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam.

(Dê atenção à primeira pessoa do futuro do subjuntivo – A forma “Quando eu vim” não existe, e a forma
“Quando eu vir” refere-se ao verbo ver. O correto, para o verbo vir, é “Quando eu vier”.

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