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Foco no Mil

Gramática
aplicada
OS PRINCIPAIS ASSUNTOS

PARA REDAÇÃO

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Apresentação

Aprender apenas a estrutura do texto


não é o suficiente para garantir nota
máxima na redação.

A gramática, por mais que você tente fugir dela, é


essencial, afinal, sem conhecer as principais regras
gramaticais, você cometerá erros que prejudicarão a
sua nota final.

Talvez você não saiba disto, mas deixa eu te animar


um pouco: não é preciso decorar todas as regras,
tampouco ''afundar a cara'' em uma gramática
completa.

Você quer escrever uma redação nota 1000, e não


responder a questões fechadas de Língua Portuguesa.
Iremos aprender, portanto, o necessário, de forma
aplicada, relacionado às regras gramaticais, para que
você possa esbanjar conhecimento e escrita incríveis
na redação.

Conteúdo
completo&
exclusivo

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SUMÁRIO

COMPETÊNCIA 1 Uma visão geral

DESVIOS DE Acentuação, ortografia,


hífen, maiúsculas e
CONVENÇÕES DA minúsculas e separação
ESCRITA silábica (translineação)

Regência, concordância,
DESVIOS pontuação, paralelismo sintático,
emprego de pronomes, crase,
GRAMATICAIS tempos e modos verbais

DESVIOS DE ESCOLHA Informalidade/marca da


oralidade
DE REGISTRO

DESVIOS DE ESCOLHA Escolhas lexicais


imprecisas
VOCABULAR

Truncamento e
FALHAS DE ESTRUTURA justaposição de períodos,
ausência, duplicação e
SINTÁTICA
excesso de termos

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Gramática aplicada

Competência 1: visão geral

Essa é a descrição que o Enem


Demonstrar domínio da
atribui à Competência 1.
modalidade escrita formal da
Vamos garantir, então, a nota
Língua Portuguesa
máxima?

Modalidade escrita formal

A Competência 1 é responsável por avaliar o domínio da modalidade


escrita formal da Língua Portuguesa. Isso significa que a redação será
avaliada com base nos critérios que a norma-padrão dispõe, os quais
envolvem não só as questões gramaticais e lexicais, mas também as
questões que envolvem a estrutura sintática.

Como funciona a avaliação


Os avaliadores têm a função de verificar a estrutura sintática e a
presença de desvios. A estrutura sintática - para deixar esse termo
mais claro - está relacionada com a fluidez do texto, isto é, se o
participante consegue formular frases que apresentem uma relação
harmônica dos elementos que as formam. Com relação aos desvios,
estes são avaliados com base na gramática normativa.

Gramática aplicada

Esta apostila trabalhará da seguinte forma: primeiro, a partir de


inúmeros exemplos para fazer jus ao título deste material,
trabalharemos regras gramaticais e desvios quanto a essas regras que
devem ser evitados. Depois, trabalharemos as principais falhas de
estrutura sintática - também com vários exemplos. Assim, é oportuno
que você faça uma leitura atenta e cuidadosa de cada tópico, a fim de
evitar erros relacionados à Competência 1 na redação - competência
que causa muito medo nos alunos.
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Desvios

Desvios avaliados

Veja, a seguir, uma lista dos desvios que são avaliados na


Competência 1:

acentuação
ortografia
Desvios de convenções
maiúsculas e minúsculas
da escrita
hífen
separação silábica (translineação)

regência
concordância
Desvios tempos e modos verbais
gramaticais pontuação
crase
paralelismo sintático
emprego de pronomes

informalidade/marca de oralidade
Desvios de escolha
(escolha de registro)
de registro e de escolha
escolhas lexicais imprecisas
vocabular
(escolha vocabular)

Iremos estudar, portanto, conforme a disposição dos assuntos no que


tange aos desvios, mas não necessariamente seguindo a ordem
encontrada dentro dos tópicos.

Os avaliadores conhecem cada assunto, bem como cada tópico em que


estes se encaixam. Nesse sentido, um estudo inteligente é ter o mesmo
conhecimento quanto à repartição dos assuntos, a fim de ficar mais
próximo da visão que tem o seu corretor.

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Gramática aplicada

Desvios de convenções da
escrita

Acentuação
A acentuação gráfica busca indicar a tonicidade de uma palavra
(sílaba mais forte). Isso significa que um de seus focos é tornar a
escrita ainda mais próxima da fala. No entanto, por ter muitas regras,
torna-se difícil decorar todos os casos em que uma palavra deve ser
acentuada, de modo que um estudo inteligente, principalmente para
redação, deve objetivar o entendimento rápido e necessário.

Acentos gráficos
Antes de entender as regras de acentuação, é preciso saber quais
são os acentos gráficos. Confira:
acento agudo (´ ): usado sobre as letras a, i, u, como também sobre
a letra e, desde que acompanhada de ''m'' (coincidentemente,
''também'', palavra usada na explicação, representa o que foi
pontuado sobre o acento sobre ''e'');
acento circunflexo ( ^ ): usado sobre as letras e e o para representar
vogais tônicas, como também sobre a letra a;
acento grave (à): usado na crase, assunto que veremos logo, logo.

Tipos de palavras
Saiba que existem palavras segundo a sua tonicidade. Entender cada
uma delas é um passo para não errar acentuação na redação. Confira:
oxítonas: palavras que apresentam a sílaba tônica na última sílaba,
como ''entender'', ''Brasil'' e ''convém''. Nem todas as oxítonas são
acentuadas. Há regras para isso, as quais entenderemos logo, logo;
paroxítonas: palavras que apresentam a sílaba tônica na penúltima
sílaba, como ''promove'', ''corrobora'' e ''lamentável''. Nem todas as
oxítonas são acentuadas. Entenderemos os casos logo, logo;
proparoxítonas: palavras que apresentam a sílaba tônica na
antepenúltima sílaba, como ''análise''. Todas desse tipo são
acentuadas.
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Oxítonas- última sílaba


Como pontuado, nem todas as oxítonas são acentuadas, mas
muitas pessoas não conhecem os casos em que algumas palavras
desse tipo recebem acento e acabam cometendo desvio de
acentuação na redação. Nesse sentido, observemos as regras que
envolvem as oxítonas:

quiçá
Oxítonas terminadas em a(s), português, revés, invés, você
e(s), o(s), em(ns) e ditongo compôs, cipó
levam acento mantém, também, além
constrói, troféu, chapéu (ditongos)

''Mas como decorar essas regras?''. Relaxa! Veja a seguinte frase: ''a nota
que almejo me mantém motivado. Minha vaga será o troféu''. Note que
todas as palavras da frase terminam com uma vogal referente às regras de
acentuação de oxítonas, exceto a palavra ''troféu'', cujo ''éu'' está ali para te
lembrar que se acentuam ditongos também (encontro de uma vogal com
uma semivogal). Além de te motivar, a frase criada pelo Foco no Mil evitará
erros de acentuação haha.

Paroxítonas
Assim como as oxítonas, nem todas as paroxítonas são acentuadas,
e reconheço que as regras de acentuação para esse tipo são bem
chatinhas. Mas não se acanhe! Vamos entender os casos:

caráter, fácil, líquen, tórax, bíceps


Paroxítonas terminadas em r, l, órgão, órfã, prótons
n, x, ps, ã, ão, ons, us, um, uns, vírus, bônus, álbum, fórum
i, is, ei, eis e ditongo levam júri, táxis
acento saudáveis, jóquei
história, série (ditongos)

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Gramática aplicada

Veja que são várias terminações de palavras paroxítonas que levam acento.
Decorar, portanto, pode ser uma tarefa difícil, mas sejamos espertos! Ora,
basta decorar as terminações das palavras oxítonas! Nessa lógica, qualquer
palavra paroxítona que não tenha as terminações a(s), e(s), o(s) e em
(ens) será acentuada! Viu que fácil? Essa sacada só não se aplica às
palavras hifens, logaritmo, contacta e polens, que fogem à regra e possuem
as mesmas terminações das oxítonas.

Proparoxítonas- antepenúltima s.
Sim, digamos que as proparoxítonas vieram para facilitar a sua vida.
Isso, porque todas as proparoxítonas são acentuadas, de modo que
você não precisa se preocupar com as terminações, mas tão somente
com a tonicidade da antepenúltima sílaba. Caso perceba que se trata
de uma proparoxítona, coloque o acento, que pode ser circunflexo ou
agudo. No entanto, apesar de fácil, como aqui pontuado, muitos alunos
tendem a errar a acentuação dessas palavras. Como? Apenas NÃO
colocando o acento. Não seja esse tipo de aluno e faça jus à regra!

acadêmico, aborígene, análise,


análogo, âmbito, óbice, característica,
Exemplos de palavras científico, cônjugue, crítica, didático,
proparoxítonas dúvida, época, estatístico, ética,
fenômeno, trágico, ínterim, maléfico,
método, nítido, obstáculo etc.

Monossílabas - ATENÇÃO!
Além dos 3 tipos de palavras analisados acima, há também as
palavras monossílabas, que são aquelas que possuem apenas uma
sílaba. Não farei tanto caso dessas palavras, porque os erros que as
envolvem são pouco recorrentes em produções textuais. Quero que
saibas, porém, que se acentuam todas as monossílabas TÔNICAS
(fortes) terminadas em a(s), e(s), o(s), como ''nós'', ''fé'' e ''lá''. Note que
''nos'', no sentido de ''você não nos chamou'', é um pronome oblíquo
átono, de modo que não recebe acento, diferentemente de ''nós'', no
sentido de ''nós fomos à praia'', que é um pronome pessoal do caso reto
e possui sílaba forte - por isso o acento.
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Gramática aplicada

Desvios de convenções da
escrita

Ortografia
Ortografia diz respeito à escrita correta das palavras de uma língua,
de acordo com as regras da gramática normativa. Pressupõe-se, no
contexto formal da redação do Enem, que as palavras estejam
corretamente grafadas. Existem inúmeras regras ortográficas. Aqui,
iremos abordar as mais pertinentes ao âmbito do Enem.

Emprego do S

palavras derivadas de uma primitiva com a grafia S

ânsia ansioso analisar análise liso alisar

sufixos -ês, -esa, -isa e -essa (nacionalidade, profissão e título)

irlandês irlandesa poetisa marquês marquesa condessa

sufixos -ense, -oso e -osa (formadores de adjetivos)

cuidadoso amoroso amorosa cearense horroroso cremosa

após ditongos

Deus dois coisa pois lousa ausente mais náusea

palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose

frase antítese crise apoptose próclise crase apoteose

formação de diminutivos com "s" na última sílaba

coisa coisinha vaso vasinho casa casinha

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Emprego do SS

palavras derivadas de verbos terminados em "-gredir"

progredir progressão agredir agressão

palavras derivadas de verbos terminados em "-ceder"

exceder excesso proceder processo

palavras derivadas de verbos terminados em "-tir"

discutir discussão permitir permissão

palavras derivadas de verbos constituídos do de "-met"

prometer promessa comprometer compromisso

Emprego do Z

palavras derivadas de uma primitiva com a grafia Z

cruz cruzeiro paz apaziguar

sufixos -ez e -eza (formação de substantivos a partir de adjetivos)

surdo surdez belo beleza estúpido estupidez

sufixos -izar e -ização

deslizar concretizar utilizar eternizar civilização utilização

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Gramática aplicada

formação de diminutivos sem "s" na última sílaba

pai paizinho tatu tatuzinho

Emprego do X

após en-, exceto se a palavra derivar de ch-

enxada enxaqueca enxerto enxame cheio encher

palavras inicias por me-

mexer mexilhão México mexerica exceção: mecha

palavras aportuguesas do inglês ou de origem indígena e africana

xangô xavente abacaxi caxumba xerox xerife

após ditongos

baixo caixa peixe trouxe paixão frouxo

Emprego do G

palavras terminadas em -gem, exceto "pajem" e "labujem"

viagem fuligem ferrugem friagem linguagem origem

palavras terminadas em -gio

prodígio estágio relógio refúgio contágio subterfúgio

palavras terminadas em -ger e -gir

surgir ranger mugir tanger proteger fugir

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Emprego do J

palavras derivadas de uma primitiva com a grafia J

caju cajueiro beijo beijoca

palavras terminadas em -aje

laje ultraje traje

nas formas verbais de verbos que têm infinitivo terminado em -jar

viajar viajei despejar despejaram

em palavras de origem africana, árabe ou indígena

pajé jirau canjica canjerê

Emprego do H

dígrafos ch, nh e lh

chuva conhecer palha

palavras compostas em que o segundo termo é precedido por hífen

super-homem Pré-História

Emprego de E e I

usa-se "e" em formas verbais terminadas em -oar e -uar

magoar magoe continuar continue

usa-se "i" em formas verbais terminadas em -air, -oer e -uir

atrair atrai doer dói usufruir usufrui

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Gramática aplicada

Desvios de convenções da
escrita

Maiúsculas e minúsculas
O uso de letras maiúsculas e minúsculas é algo que causa muito
medo nos estudantes, dada a grande quantidade de informações
divergentes a respeito desse tema. Na grade de correção do Enem, esse
uso, quando feito de forma equivocada, conta como um desvio de
convenção da escrita. Vejamos, de forma objetiva, quando usar letra
maiúscula ou minúscula na redação.

Início de períodos
Parece óbvio, mas o óbvio precisa, também, ser dito. Sempre que
iniciarmos um novo período, a letra maiúscula deve ser empregada.
portanto, a fim de propiciar a reciclagem de resíduos computacionais, cabe ao governo
federal [...]

Portanto, a fim de propiciar a reciclagem de resíduos computacionais, cabe ao governo


federal [...]

Além disso, cabe ressaltar a negligência do poder público nesse problema. de acordo
com o filósofo John Locke, [...]

Além disso, cabe ressaltar a negligência do poder público nesse problema. De acordo
com o filósofo John Locke, [...]

Nomes de pessoas
Não é raro encontrar nomes de filósofos, sociólogos, cientistas e
pensadores na redação. Lembre-se de que todos eles devem ser
escritos com iniciais maiúsculas.

Acerca disso, é pertinente remomerar a ideia de "instituição zumbi", do filósofo zygmunt


bauman, [...]

Acerca disso, é pertinente remomerar a ideia de "instituição zumbi", do filósofo Zygmunt


Bauman, [...]

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Gramática aplicada

Desvios de convenções de
escrita

Instituições, unidades administrativas e órgãos


Embora existam exceções, que serão apresentadas, esses elementos
devem ser grafados com iniciais maiúsculas na redação.

ministério da educação Ministério da Educação

organização das nações unidas Organização das Nações Unidas

agência nacional do cinema Agência Nacional do Cinema

poder executivo/legislativo/judiciário Poder Executivo/Legislativo/Judiciário

universidade de São Paulo Universidade de São Paulo

igreja católica Igreja Católica

república República

estado / federação Estado / Federação

Governo Federal / Poder Público governo federal / poder público

País / Nação país / nação

Anteriormente, as regras gramaticais recomendavam utilizar maiúsculas em nomes


atrelados a altos conceitos nacionalistas. Assim, escrevia-se "País", "Nação" e "Governo", por
exemplo. Houve, porém, a revogação dessa norma. Desse modo, embora o Enem não exija,
escreva com inicial minúscula os substantivos comuns "governo", "país", "povo", "nação",
"poder público", etc. Estado, República e Federação, todavia, por se referirem à nação
politicamente organizada, devem ser escritos com iniciais maiúsculas.
Além disso, o Enem aceita nomes de ministérios e de secretarias escritos com iniciais
minúsculas. Por isso, é possível escrever "Ministério da Educação" ou "ministério da
educação", por exemplo.

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Gramática aplicada

Desvios de convenções de
escrita

Leis
Devem ser escritas com iniciais maiúsculas, exceto se aparecerem
pluralizadas ou não especificadas.

constituição federal Constituição Federal

lei de acesso à informação Lei de Acesso à Informação

a referida Lei foi revogada em 2021 a referida lei foi revogada em 2021

O termo "Lei" só deve ser escrito com inicial maiúscula quando se tratar de
uma norma específica. Caso contrário, como em "essas leis", usa-se
minúscula.

Áreas geográficas
Localidades geográficas devem ser escritas com iniciais maiúsculas.

brasil Brasil

américa do sul América do Sul

o estado do ceará o estado do Ceará

a região nordeste a região Nordeste

Biomas

Biomas devem ser grafados com iniciais maiúsculas.

amazônia Amazônia

Caatinga Caatinga

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Gramática aplicada

Desvios de convenções de
escrita

Cargos
Em cargos, devemos usar as iniciais minúsculas.

Médico médico

jornalista jornalista

Presidente da República presidente da República

Siglas
Siglas que são soletradas devem ser grafadas com iniciais
maiúsculas.

abnt ABNT

ibge IBGE

onu ONU

Siglas pronunciáveis devem ser grafadas apenas com a primeira


inicial maiúscula.

BOVESPA Bovespa

ANATEL Anatel

DETRAN Detran

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Gramática aplicada

Desvios de convenções de
escrita

Períodos históricos
Ao fazer alusões históricas na redação, lembre-se das iniciais
maiúsculas em eventos e em acontecimentos marcantes.

segunda guerra mundial Segunda Guerra Mundial

reforma protestante Reforma Protestante

idade média Idade Média

revolução industrial Revolução Industrial

Nomes de obras
Usamos inicial maiúscula no primeiro elemento. Os demais
vocábulos podem ser escritos com minúscula, desde que não seja um
nome próprio.

Triste fim de Policarpo Quaresma


triste fim de policarpo quarema

Triste Fim de Policarpo Quaresma

Menino de engenho
menino de engenho
Menino de Engenho

Vidas secas

vidas secas
Vidas Secas

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Gramática aplicada

Desvios de convenções da
escrita

Hífen
O hífen é um sinal gráfico utilizado tanto para unir elementos quanto
no processo de separação silábica, assunto que será visto no próximo
tópico. Existem diversas regras atreladas ao uso do hífen. No entanto,
haja vista que o intuito desse material é apresentar uma gramática
aplicada, veremos - agora - as regras importantes para a redação do
Enem.

Casos em que se usa hífen

1) prefixos ex-, vice-, pós-, pré- e pró-

ex-governador vice-presidente pós-doutorado pré-vestibular pró-reitoria

2) vogais iguais

micro-ondas auto-organização arqui-inimigo anti-inflamatório contra-ataque

3) segundo termo iniciado por H

anti-horário sobre-humano anti-higiênico extra-humano super-hidratação

4) bem + vogal ou H / mal + vogal ou H

bem-estar bem-educado bem-humorado mal-amado mal-intencionado

5) prefixo -sub + R ou B

sub-reino sub-regional sub-raça sub-bibliotecário sub-repartição

6) palavras compostas derivadas de nomes de lugares

sul-africano afro-brasileiro greco-romano norte-americano porto-alegrense

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Gramática aplicada

Desvios de convenções da
escrita

Casos em que não se usa hífen

1) vogais diferentes

autoajuda autoescola autoestima infraestrutura hidroeletétrica

2) vogal + R ou S = R ou S duplicados

autorretrato antissocial antirracismo ultrassom autossugestão

3) vogal + segundo elemento não iniciado por R ou S

contracheque extraclasse microcomputador anteprojeto geopolítica

4) presença de elemento de ligação

dia a dia cara a cara gota a gota fim de semana

5) prefixos co-, re-, pre- e pro-

coordenador reuso preexistência proação reescrever coadjuvante

6) prefixos des- e in-

infeliz desnecessário inexpressivo desatenção inviável

7) mal + consoante

malfalado malgovernado maltratado malpassado

8) não / quase

não agressão não cumprimento quase delito quase queda

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Gramática aplicada

Desvios de convenções da
escrita

Separação silábica (translineação)


A translineação remete ao ato de, por meio do hífen, passar parte de
uma palavra para a linha seguinte conforme as regras de separação
silábica.

Regra geral

Separe as sílabas da palavra


ne-
gligência
es-
go-
cola negli-
verno
es-co-la ne-gli-gên-cia
go-ver-no gência
esco-
gover-
la negligên-
no
cia

Casos que exigem atenção

1) Não deixe uma vogal sozinha

a- o- e-
a-pro-vei-tar provei o-fe-re-cen-do ferecendo e-lu-ci-dar lucidar
tar

2) duplique o hífen em palavras hifenizadas que forem separadas

bem- ex- micro-


bem-estar ex-governador -governador micro-ondas
-estar -ondas

3) duplique o hífen em verbos acompanhados de pronomes

sabe- observa- faz-se faz-


sabe-se observa-se
-se -se -se

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Gramática aplicada

4) separe ss, rr, cc / cç, sc, sç e xc

aces- cor- confec- confec-


acesso correr confeccionar confecção
so rer cionar ção

es- flores- ex- ter-


escala floresça exceção terra
cala ça ceção ra

5) nunca separe ch, nh, lh, qu e gu

debo- te- guerri- palan-


deboche tenha guerrilha palanque
che nha lha que

agu- en- deta-


agulha enchente empecilho empeci-
lha chente detalhe
lhe lho

6) não separe ia, ie, io, oa, ua, ue, uo

agên- cor- palá co-


agência correios palácio coroa
cia reios -cio roa

mín- duelo due-


míngua contíguo contí- docên-
gua lo docência
guo cia

7) nunca separe as vogais que formam ditongos ou tritongos

mui- lei- sa- sau-


muito leite saguões saudade
to te guões dade

8) nunca separe os grupos pn, mn, gne e ps quando iniciam sílaba

psí- pneu- mné- gnós-


psíquico pneumático mnésico gnóstico
quico mático sico tico

9) separe as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes

ins- ab- ob- ad-


instrução abdicar objeto advogado
trução dicar jeto vogado

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Regência
A regência é a área da gramática que se dedica ao estudo da
relação existente entre um verbo ou um nome e seus complementos.
Divide-se em regência verbal e regência nominal. O nosso objetivo,
aqui, não é entregar uma lista exaustiva com a regência de muitos
nomes e verbos, mas sim apresentar os mais usados na redação do
Enem.

Regência verbal
A regência verbal estuda a relação estabelecida entre verbos e
termos que os complementam, que são os objetos diretos, os objetos
indiretos e os objetos diretos e indiretos. Vamos entender, antes de tudo,
a classificação dos verbos no contexto da regência verbal.

1. Verbos intransitivos

Esses verbos dispensam quaisquer complementos, pois - por si só -


possuem sentido completo. São exemplos de verbos intransitivos:

nascer viver voltar chorar dormir sofrer andar

2. Verbos transitivos

Esses verbos necessitam de complemento, pois - sozinhos - não


possuem sentido completo. Eles se dividem em transitivos diretos,
transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos (bitransitivos).

2.1 Verbos transitivos diretos

São acompanhados por objetos diretos e, por isso, não exigem


preposição, pois estão ligados ao complemento de forma direta.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

São exemplos de verbos transitivos diretos:

adquirir A escola adquiriu livros.

Perceba que o verbo "adquirir" se ligou ao objeto direto "livros" sem a


necessidade de uma preposição.

negligenciar O Estado negligencia a cultura.

Aqui, o verbo "negligenciar" se ligou ao objeto direto "cultura" sem a


necessidade de uma preposição. Observação: o "a", posicionado antes de
"cultura", é um artigo, e não uma preposição.

analisar É preciso analisar a situação.

Note que o verbo "analisar" está ligado de forma direta ao objeto "situação".

acarretar Isso acarreta danos à saúde.

O verbo "acarretar" se ligou ao objeto "danos" diretamente, sem preposição.

corroborar A pesquisa científica corroborou a informação.

"Corroborar", verbo transitivo direto, ligou-se ao objeto "informação" sem a


necessidade de preposição.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Outros exemplos

implicar Isso implica a queda dos índices educacionais.

acessar Com isso, torna-se impossível acessar a internet.

sanar É preciso sanar essa situação adversa.

respeitar O corpo civil não respeita as normas.

2.2 Verbos transitivos indiretos

São acompanhados por objetos indiretos e, por isso, exigem


preposição, pois precisam de um termo que possibilite a ligação com o
complemento.

São exemplos de verbos transitivos indiretos:

pertencer Isso pertence ao governo.

Perceba que o verbo "pertencer" se ligou ao objeto indireto "governo" a partir


da preposição "a".

consistir A ação consiste em criar mecanismos assistenciais.

Aqui, o verbo "consistir" foi ligado ao objeto indireto "criar" mediante a


preposição "em".

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Outros exemplos

responder Respondam ao formulário!

precisar A instituição precisa de ajuda.

concordar Ela concordou com a ideia.

obedecer É preciso obedecer às normas.

2.3 Verbos transitivos diretos e indiretos (bitransitivos)

São acompanhados, ao mesmo tempo, por um objeto direto e por


um indireto.

São exemplos de verbos bitransitivos:

atribuir Ele atribuiu a culpa ao Estado.


O.D. O.I.

Perceba que o verbo "atribuir" pediu um objeto direto (O.D.) e um objeto


indireto (O.I.) - "culpa" e "Estado", respectivamente.

conceder Os cidadãos concedem a sua confiança ao Estado.


O.D. O.I.

Aqui, o verbo "conceder" pediu um objeto direto (O.D.) e um objeto indireto


(O.I.) - "confiança" e "Estado", respectivamente.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Outros exemplos

dedicar As escolas precisam dedicar um horário aos


estudantes. O.D.
O.I.

oferecer O governo deve oferecer à população acesso ao cinema


O.I. O.D.

ensinar Os pais devem ensinar bons modos aos filhos.


O.D. O.I.

alertar O Estado deve alertar a população sobre o problema.


O.D. O.I.

Verbos que exigem atenção

Visar

Visar, no sentido de "ter por objetivo", é objeto indireto e pede a


preposição "a".
O capitalismo visa ao lucro. Isso visa à melhoria escolar.

No sentido de "olhar", é objeto direto e não pede preposição.

Visou o irmão de longe.

Quando passar a ideia de "verificar", é objeto direto e não pede


preposição.
Ele visou o passaporte.

Assistir

No sentido de "ver", é transitivo indireto e pede a preposição "a".

Ele assistiu ao filme. Ela assistiu à cena.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Assistir

No sentido de "ajudar", é transitivo direto e não pede preposição.

O Estado deve assistir os menos favorecidos.

No sentido de "pertencer", é transitivo indireto e pede a preposição


"a".
O direito a educação assiste aos brasileiros.

No sentido de "residir", é transitivo indireto e pede a preposição "em".

A escritora assiste em Minas Gerais.

Corroborar

O verbo "corroborar" NÃO pede a preposição "com", embora essa


seja uma construção recorrente. Ele é um verbo transitivo direto e não
exige preposição.

Isso corrobora com a ideia. Isso corrobora a ideia.

Resultar

Quando usado com a ideia de origem, pede a preposição "de".

Esse descaso resulta da negligência estatal.

No sentido de consequência, pede a preposição "em".

Isso resulta em problemas sociais.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Regência nominal
A regência nominal estuda a relação estabelecida entre os nomes
(substantivos, adjetivos e advérbios) e os termos que os
complementam a partir do uso de uma preposição. Vejamos, agora,
alguns dos casos de regência nominal que são importantes para a
redação do Enem.

Acesso: exige a preposição "a"

É preciso democratizar o acesso ao cinema.


O acesso à internet deve ser uma realidade de todos.

Direito: exige a preposição "a"

A Constituição Federal assegura o direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado.
Todos têm direito à educação.

Contrário(a): exige a preposição "a"

A ideia do filósofo é contrária à realidade brasileira.


O cenário apresentado no filme é contrário ao contexto brasileiro.

Devido: exige a preposição "a"

Isso ocorre devido à negligência governamental.


Essa situação acontece devido ao descaso do poder público.

Relacionado(a): exige a preposição "a"

Essa teoria pode ser relacionada à conjuntura brasileira hodierna.


O pensamento de Bauman pode ser relacionado ao cenário atual.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

No que tange/concerne: exigem preposição "a"

Observa-se uma realidade preocupante no que tange ao ensino de


finança no Brasil;
É possível observar um grave problema no que concerne à
educação.

De encontro: exige a preposição "a"

Esse panorama vai de encontro à realidade tupiniquim.


Isso vai de encontro ao pensamento de Hans Jonas.

Ao encontro: exige a preposição "de"

É preciso ir ao encontro do pensamento de Freire.


A atual situação brasileira vai ao encontro da vivenciada naquela
época.

Responsável: exige a preposição "por"

Isso é responsável por gerar problemas sociais.


Esses dois aspectos são responsáveis por esse cenário adverso.

Interesse: exige a preposição "em"

O governo não demonstra interesse em democratizar o acesso ao


cinema no Brasil.
Algumas escolas não têm interesse em incentivar a criticidade dos
alunos.

Paralelamente: exige a preposição "a"

Paralelamente a isso, outro problema a ser enfrentado diz respeito à


desigualdade social.
Paralelamente à negligência escolar, tem-se a omissão familiar.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Concordância
A concordância estuda a relação de harmonia existente entre os
termos de um oração. Divide-se em concordância verbal e
concordância nominal.

Concordância verbal
A concordância verbal estuda a relação estabelecida entre sujeito e
verbo. Aqui, verifica-se a flexão do verbo em concordância com o
número e com a pessoa do sujeito. Vejamos, agora, as regras de
concordância verbal que são importantes para a redação do Enem.

Verbo com sujeito simples

O verbo concorda em número com a pessoa.

O Ministério da Educação devem realizar campanhas nas escolas.


O Ministério da Educação deve realizar campanhas nas escolas.

As escolas precisa estimular a criticidade dos alunos.


As escolas precisam estimular a criticidade dos alunos.

Verbo com sujeito composto anteposto ao verbo (antes do verbo)

O verbo vai para o plural.

A escola e a família deve atuar em conjunto.


A escola e a família devem atuar em conjunto.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Verbo com sujeito composto posposto ao verbo (depois do verbo)

O verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.

Nesse contexto, destacam-se a omissão governamental e a


lacuna educacional como promotoras do revés. (concordando
com os dois núcleos)

Nesse contexto, destaca-se a omissão governamental e a lacuna


educacional como promotoras do revés. (concordando com o
núcleo mais próximo)

Sujeito coletivo

O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo. Caso ele apareça


especificado, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

Essa parcela não possui poder aquisitivo.

Essa parcela de cidadãos não possui/possuem poder aquisitivo.

No entanto, substancial parcela dos alunos não tem/têm contato


com conteúdos que estimulem a sua criticidade.

A equipe de corretores enviou/enviaram as redações avaliadas.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Porcentagem

A concordância é feita com o primeiro número. Se o número for até 1, o


verbo fica no singular. A partir do número 2, o verbo fica no plural.

1% não possui acesso à internet.

2% não possuem acesso à educação.

1,2% não possui acesso à saúde.

2,1% não possuem acesso à cultura.

Caso exista especificação, o verbo pode concordar com o número ou


com o substantivo após a preposição.

1% dos alunos não possui/possuem acesso à internet.

0,8% das pessoas tem/têm acesso à cultura.

Se os dois núcleos estiverem no plural, a concordância deve ser feita no


plural também.

55% dos estudantes enfrentam dificuldades em Matemática.

Se os dois núcleos estiverem no singular, a concordância deve ser feita


no singular.

1% da turma acertou a questão.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Verbos fazer e haver (impessoais)

O verbo "fazer", no sentido de tempo transcorrido, e o verbo "haver", no


sentido de "existir", são conjugados na terceira pessoa do singular.

Faz anos que o problema persiste na sociedade brasileira.

Há muitos problemas associados ao descarte inadequado do lixo.

Enquanto essa situação não for reformulada, haverá problemas.

Verbos haver (auxiliar)

Ao desempenhar a função de verbo auxiliar, "haver" pode ser flexionado


no singular e no plural, a depender do sujeito.

A escola havia abordado essa temática.

A família e a escola haviam abordado essa temática.

Verbos fazer (pessoal)

No sentido de "realizar", o verbo "fazer" concorda normalmente com o


sujeito.

A mídia faz campanhas de divulgação diariamente.

O governo e a mídia não fazem sua parte.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Locução verbal

As locuções verbais são formadas por dois verbos: um auxiliar e um


principal. Em locuções verbais, o verbo auxiliar concorda com o sujeito
da oração, enquanto o verbo principal não é flexionado.

As famílias devem orientar as crianças.

A escola deve ofertar palestras.

Concordância com "bem como"

Um dos erros mais comuns de concordância na redação está


associado ao uso das construções "bem como" e "assim como". Vamos
entender por meio de exemplos:

O silenciamento, bem como a lacuna educacional, corrobora o


problema.

No exemplo acima, o verbo "corroborar" concorda apenas com "o


silenciamento", pois "bem como a lacuna educacional" aparece de
forma intercalada. Um erro comum seria escrever "corroboram".
Vejamos o mesmo exemplo com outra abordagem:

O silenciamento bem como a lacuna educacional corroboram o


problema.

Nesse caso, "bem como a lacuna educacional" faz parte do sujeito da


oração. Por isso, o verbo "corroborar" concorda com os dois núcleos.

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Desvios gramaticais

Concordância com "com"

A explicação do item anterior pode ser usada nesse caso também. As


vírgulas influenciam a concordância. Vamos aos exemplos:

A escola, com a família, deve instruir os discentes.

Nesse caso, o verbo concorda com "a escola", pois "com a família"
aparece de forma intercalada.

A escola com a família devem instruir os discentes.

Aqui, dada a ausência da vírgula para fazer o isolamento, o verbo


concorda com os dois núcleos.

Sujeito oracional

Sujeito oracional ocorre quando uma oração atua como sujeito. A


concordância, nesse caso, é feita na terceira pessoa do singular.

Instruir os estudantes e orientar a família é crucial.

Cabe às escolas realizar palestras.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Partícula apassivadora "se"

O verbo concorda com o sujeito.

Observa-se um desafio (Um desafio é observado).

Observam-se desafios (Desafios são observados).

Partícula de indeterminação "se"

O verbo permanece sempre na 3ª pessoa do singular.

Necessita-se de meios que atenuem o revés.

Precisa-se de ferramentas para combater esse problema.

Nomes próprios

Quando o sujeito estiver precedido de artigo no plural, o verbo deve ficar


no plural. Caso contrário, ficará no singular.

Os Estados Unidos investem em educação.

Estados Unidos é uma potência mundial.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Concordância nominal
A concordância nominal estuda a relação estabelecida entre nomes.
Aqui, verifica-se a concordância em número e em gênero entre os
adjetivos, os pronomes, os artigos e os numerais com o substantivo a
que se referem. Vamos estudar, agora, os casos que são importantes
para a redação do Enem,

Exemplo com a regra geral

É necessário uma mudança desse cenário.


É necessária uma mudança desse cenário.

É permitido a alteração das leis.


É permitida a alteração das leis.

No primeiro exemplo, o trecho "mudança desse cenário" é introduzido


pelo artigo "uma". Logo, o correto seria "necessária", e não "necessário".
No outro exemplo, existe o artigo "a", exigindo que o adjetivo fique no
feminino. Vejamos, agora, alguns outros casos importantes.

Um adjetivo antes de vários substantivos

A concordância, nesse caso, é feita com o substantivo mais próximo.

Isso alcançou bom resultado e abrangência.

Quando o adjetivo exerce função de predicativo, é possível fazer a


concordância com o substantivo mais próximo ou com os dois.

Permaneceu inativo o Estado e a família.

Permaneceram inativos o Estado e a família.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Um substantivo e mais de um adjetivo

Quando o substantivo está no plural, não se usa artigo antes dos


adjetivos.

Essa é uma prática comum nas sociedades brasileira e mexicana.

Quando o substantivo está no singular, usa-se artigo a partir do


segundo adjetivo.

Essa é uma prática comum na sociedade brasileira e na


mexicana.

Necessário

Conforme já foi adiantado em exemplos anteriores, nesses casos, o


adjetivo varia em gênero e em número caso exista um artigo para
determinar o substantivo. Essa regra também vale para termos como
"é preciso", "é bom" e "é permitido"

É necessária uma campanha.

É necessário campanhas.

São necessárias campanhas.

É necessário uma campanha.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Tempos e modos verbais


O estudo de tempos e modos verbais gera uma série de dúvidas nos
estudantes, haja vista a grande quantidade de informações a respeito
desse tópico. Todavia, o Enem faz uma avaliação simplificada desse
aspecto, penalizando apenas os casos em que é visível a necessidade
de usar um tempo ou modo verbal no lugar de outro usado pelo
participante. Tendo em vista essa simplificação, faremos uma
abordagem desse aspecto gramatical de maneira aplicada e objetiva.

Síntese de tempos verbais


Os tempos verbais indicam o tempo em que uma ação ocorreu. De
forma resumida, dividem-se em:
pretérito: ação ocorreu antes do momento da fala;
O meio ambiente estava em desequilíbrio.
presente: ação ocorreu no momento da fala;
O meio ambiente está em desequilíbrio.
futuro: ação ocorrerá depois do momento da fala.
O meio ambiente estará em desequilíbrio.

Síntese de modos verbais


Os modos verbais caracterizam o verbo, concedendo a ele diferentes
significações.
modo indicativo: indica uma certeza;
A educação sempre contribui para a formação dos cidadãos.
modo subjuntivo: indica uma dúvida;
Talvez a educação contribua para a formação dos cidadãos.
modo imperativo: indica um pedido, uma ordem ou um conselho.
Educação, contribua para a formação dos cidadãos!

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Não estudaremos, aqui, esse assunto de forma aprofundada, dado


que o Enem não espera que você saiba toda a teoria desse aspecto,
mas sim a aplicação prática dela. Vamos, agora, ver alguns exemplos
que irão ajudar a entender o que o Enem, de fato, observa nesse tópico.

Dessa forma, é inadmissível que a educação é secundarizada pelas


autoridades.

Dessa forma, é inadmissível que a educação seja secundarizada


pelas autoridades.

No exemplo acima, o verbo está no presente do indicativo (é), mas


deveria estar no presente do subjuntivo (seja).

Dessa maneira, enquanto a desigualdade social se manter, parcela


expressiva dos brasileiros sofrerá com a falta de letramento.

Dessa maneira, enquanto a desigualdade social se mantiver, parcela


expressiva dos brasileiros sofrerá com a falta de letramento.

Aqui, o verbo não chegou a ser flexionado, pois está no infinitivo


(manter), sendo que deveria estar no futuro do subjuntivo (mantiver).

Não é desvio
Caso seja possível fazer a leitura com o tempo ou modo verbal
utilizado, o Enem não considera um desvio. Isso ocorre, por exemplo,
em "Com o aumento da conectividade virtual, diminuirão as
interações entre familiares". Aqui não há desvio, pois é possível
compreender que a intenção foi se referir, de fato, a um tempo futuro, e
não a um tempo pretérito.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Pontuação
Os sinais de pontuação são sinais gráficos que representam pausas
na fala, inflexões de voz e, ainda, entonação. Dado que o foco da
apostila "Gramática Aplicada" é preparar você para o Enem,
estudaremos - aqui - os sinais de pontuação que possuem importância
no contexto da redação desse exame.

Vírgula
O que a vírgula NÃO é: pausa para respirar;
O que a vírgula É: sinal de pontuação usado para deslocar, enumerar,
explicar, enfatizar, isolar e separar termos.

Vejamos as regras e vírgula mais importantes para o Enem.

Nunca separe sujeito de verbo

O Ministério da Educação, deve realizar campanhas nas escolas.


O Ministério da Educação deve realizar campanhas nas escolas.

As famílias, precisam orientar os menores.


As famílias precisam orientar os menores

Nos exemplos acima, nota-se o uso da vírgula de forma equivocada,


dado que houve a separação de sujeito e verbo ("Ministério da
Educação" e "deve" / "famílias" e "precisam").

Nunca separe verbo de objeto

Verbo Objeto
As famílias devem, orientar os menores.
As famílias devem orientar os menores.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Isole apostos

O Ministério da Saúde, responsável por efetivar processos relacionados


à saúde pública no país, deve ofertar medicamentos à população.

Note que o aposto referente ao Ministério da Saúde está isolado, o que


foi feito por meio de vírgulas. Confira outros exemplos:

O governo federal, instância máxima de administração executiva, deve


atuar em favor da população.

As instituições escolares, responsáveis por estimular o pensamento


crítico na população, devem buscar fortalecer a capacidade de
julgamento e posicionamento racional nos jovens.

Isole adjuntos adverbiais de três ou mais palavras

Adjuntos adverbiais são expressões que indicam circunstância: tempo,


modo, localização, etc. Esses termos, por natureza, aparecem no final
das frases, mas também podem ser deslocados. Nesse sentido, o Enem
estabelece que, quando formados por 3 ou mais palavras e estiverem
deslocados, eles devem ser isolados. Veja alguns exemplos:

Na obra "Modernidade Líquida", o pensador Zygmunt Bauman aborda


a efemeridade das relações sociais.

Portanto, democratizar o cinema, na sociedade brasileira hodierna, é


uma necessidade.

Com o passar dos anos, a internet ganhou espaço na sociedade.

A repressão, durante o período da ditadura militar, era constante.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Isole e intercale conectivos e expressões explicativas

O governo se mantém omisso, isto é, não direciona um olhar para a


educação do país.

Essa situação, portanto, precisa ser combatida urgentemente.

No entanto, essa realidade não é observada na realidade brasileira.

Observação: quando conectivos adversativos ou conclusivos


aparecerem no fluxo do texto e não estiverem deslocados, a vírgula
deve ser colocada apenas antes.

O governo deveria investir no ensino de finanças, mas isso não


acontece.

A situação não é combatida pelas competências estatais, então


permanece em vigor na sociedade.

Cuidado: caso haja, na sequência, um termo que precisa ser isolado, a


vírgula é utilizada.

O governo deveria investir no ensino de finanças, mas, devido ao


comportamento negligente, isso não acontece.

A situação não é combatida pelas competências estatais, então, dado


que não há uma medida que a atenue, ela permanece em vigor na
sociedade.

Para que você não confunda, veja exemplos em que esses conectivos
estão deslocados e precisam ser isolados por vírgulas.

Essa realidade, contudo, não é vista na sociedade brasileira.

Depreende-se, dessa forma, a necessidade de atenuar os desafios da


alfabetização no Brasil.
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Desvios gramaticais

Use vírgula antes de "e" quando o sujeito mudar

O MEC não introduz disciplinas voltadas à educação ambiental, e as


pessoas continuam negligentes com o meio ambiente.

No exemplo acima, a vírgula foi usada para marcar a troca de sujeitos


(MEC e pessoas).

Observação importante: Esse caso de vírgula não é avaliado pelo


Enem. Assim, no contexto da redação desse exame, torna-se opcional
usar vírgula para separar orações com sujeitos distintos.

Use vírgula antes de "e" quando existirem sentidos opostos

As escolas não focam em conteúdos que tratem da multiplicidade de


saberes, e sim em uma metodologia ultrapassada.

As escolas não focam em uma metodologia ultrapassada, e não em


conteúdos que tratem da multiplicidade de saberes.

Use vírgula em orações explicativas e não use em orações restritivas

A família, que tem papel importante na formação das crianças,


mostra-se negligente.
A família que participa da formação das crianças é uma aliada da
escola.

Observação importante: A partir de 2021, o Enem não faz mais distinção


entre orações adjetivas explicativas e restritivas, dado que - no
contexto de avaliação - torna-se difícil identificar se a intenção do
participante foi passar a ideia de uma restrição ou de uma explicação.
Por isso, você não será penalizado quanto ao emprego da vírgula nesse
sentido.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Use vírgula para isolar orações subordinadas adverbiais

Embora seja obrigação do Estado garantir o bem-estar social, essa


instituição social se mantém inerte. (oração concessiva)
Principais conjunções: embora, por mais que, ainda que, mesmo que,
apesar de que.

Assim, enquanto essa situação estiver presente na sociedade, a


conjuntura de pobreza seguirá afetando o corpo social brasileiro.
(oração condicional)
Principais conjunções: se, caso, contanto que, desde que, sem que.

À medida que o Estado se mantém inoperante, o problema é


agravado. (oração proporcional)
Principais conjunções: à proporção que, à medida que, ao passo que,
quanto mais, quanto menos.

Djamila Ribeiro defende que, para pensar soluções para uma


realidade, deve-se tirá-la, antes de tudo, da invisibilidade. (oração
final)
Principais conjunções: para, a fim de que, com o fito de que.

De acordo com a Constituição Federal, todos têm direito ao meio


ambiente ecologicamente equilibrado (oração conformativa).
Principais conjunções: segundo, conforme, como, consoante, de
acordo.

A família, assim como a escola, tem um papel fundamental na


formação dos indivíduos. (oração comparativa)
Principais conjunções: como, assim como, tal como, tanto quanto.

O Estado pode ser visto como uma instituição zumbi, pois deixou de
exercer a sua função social. (oração causal)
Principais conjunções: pois, porque, visto que, uma vez que, já que.
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Desvios gramaticais

Assim que a escola passar a estimular a criticidade dos estudantes, a


consciência ambiental se fará presente na sociedade brasileira.
(oração temporal)
Principais conjunções: enquanto, quando, desde que, logo que.

Ela estudou tanto, que tirou mil. (oração consecutiva)


O governo mostra-se omisso, de modo a ocasionar a queda dos
índices educacionais. (oração consecutiva)
Conjunção empregada: que junto a "tanto", a "tal", etc.
Locuções conjuntivas empregadas: de modo que, de maneira que, de
forma que, de sorte que.

As orações subordinadas adverbiais podem, também, aparecer na


forma reduzida, com o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.
Nesse caso, elas não são acompanhadas por uma conjunção. Por isso,
não esqueça das vírgulas ao se deparar com uma situação como essa.
Veja alguns exemplos:

O governo mostra-se omisso, ocasionando a queda dos índices


educacionais. (oração consecutiva)

Por não ter conhecimento acerca da Lei de Acesso à Informação, parte


da sociedade brasileira segue alienada no que tange aos gastos
públicos. (oração causal)

Mesmo sabendo das necessidades da população carente, o governo,


muitas vezes, não destina recursos às áreas que mais precisam de
suporte. (oração concessiva)

Vivendo em uma situação precária por anos, a personagem da obra


ilustra a realidade de muitos cidadãos brasileiros. (oração temporal -
pode ser substituída por "Quando vive em uma situação precária por
anos).
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Desvios gramaticais

Travessão

Fora do contexto da redação do Enem, que exige a escrita de um texto


dissertativo-argumentativo, o travessão é usado para marcar a
mudança de fala do interlocutor. No entanto, na redação, você pode
usar esse sinal de pontuação no lugar da vírgula, para fazer
isolamentos. Veja o exemplo:

O Ministério da Educação - responsável pelo ensino do povo brasileiro -


deve alterar a Base Nacional Comum Curricular.

Um erro que muitos estudantes cometem ocorre ao usar travessões


junto a vírgulas. Vamos entender mediante exemplos:

O Ministério da Educação, por meio das escolas - responsáveis pela


formação estudantil - deve alterar a Base Nacional Comum Curricular.

Há uma ausência de vírgula no exemplo acima. Note que os travessões


estão isolando o aposto referente a "escolas". Porém, faltou uma vírgula
para isolar o trecho deslocado "por meio das escolas". A frase, ao ser
reescrita, ficaria assim:

O Ministério da Educação, por meio das escolas - responsáveis pela


formação estudantil -, deve alterar a Base Nacional Comum Curricular.

Ainda nesse contexto, um outro erro comum é separar sujeito de verbo


ao fazer uso de travessões. Veja:

O Ministério da Educação - responsável pela formação estudantil -, deve


alterar a Base Nacional Comum Curricular.

No exemplo acima, a vírgula é desnecessária, pois os travessões já


estão isolando o aposto. O correto, pois, seria:
O Ministério da Educação - responsável pela formação estudantil - deve
alterar a Base Nacional Comum Curricular.

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Desvios gramaticais

Ponto e vírgula

O uso de ponto e vírgula chega a ser raro na redação do Enem, pois -


geralmente - é possível substituir seu uso por uma outra construção
que use vírgula ou ponto. É recomendável fazer uso de ponto e vírgula
quando, na construção sintática, já existem vírgulas. Veja um exemplo:

As orações adjetivas podem ser divididas em duas: caso façam uma


explicação, são chamadas de orações explicativas; se forem responsáveis
por fazer uma restrição, são denominadas restritivas.

No exemplo acima, existe a explicação acerca das orações adjetivas.


Cada tipo de oração foi apresentado por meio de orações
condicionais. Por isso, para não haver uma confusão quanto às
vírgulas das orações condicionais unidas, usou-se ponto e vírgula.

Observação: caso você não tenha certeza se a construção feita por


você está adequada, reformule-a. Sempre é possível reescrever a frase
a partir do uso de vírgulas e pontos.

Dois-pontos
O sinal de dois-pontos serve para anunciar exemplos, explicações,
enumerações e justificativas. Vamos entender por meio de exemplos:
Assim, cabe analisar as causas do problema: o método de ensino
ultrapassado e a omissão estatal.

Logo, faz-se preciso superar um dos principais problemas da atualidade: a


falta de educação financeira.

Essa situação de desigualdade ocasiona um quadro deprimente: enquanto


uns desfrutam de diversos aparatos tecnológicos, outros sequer conhecem
as benesses possibilitadas pelos meios digitais.

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Desvios gramaticais

Aspas
Na redação do Enem, as aspas são utilizadas para marcar citações
diretas e para indicar nomes de filmes, séries, livros e outras áreas do
conhecimento.

Conforme George Orwell, "todos são iguais, mas alguns são mais iguais
que outros".

"Não são as crises que mudam o mundo, e sim a nossa reação a elas."
Essa frase, de Zygmunt Bauman, evidencia a possibilidade de, a partir de
métodos eficazes, superar os impasses sociais.

Na série televisiva "Black Mirror", as diversas facetas da tecnologia são


evidenciadas.

No livro "A revolução dos bichos", é retratada a revolta dos animais de


uma fazenda localizada na Inglaterra.

Observação: o Enem considera desvio quando o participante abre


aspas e não as fecha. Outras funções, como enfatizar termos e
empregar uma palavra fora de seu uso habitual, não são avaliadas
pelo exame.

Extra
O Enem não considera desvio a presença de pontuação em início de
parágrafo ou linha (Exemplo: . Na sociedade brasileira, [...]), nem a
ausência de ponto ao encerrar um parágrafo.
Caso o participante apresente uma frase interrogativa, o uso do
ponto de interrogação é obrigatório (Exemplo: Por que ainda não
existe consciência ambiental entre os brasileiros?).

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Paralelismo sintático
Paralelismo pode ser compreendido como a repetição de uma
mesma estrutura sintática a fim de encadear orações de valores
sintáticos semelhantes. Iremos analisar, agora, os desvios de
paralelismo mais comuns na redação do Enem.

Ausência de artigo

Urge analisar as principais causas do problema: a negligência


escolar e descaso do poder público.

Nesse exemplo, o primeiro item da enumeração foi introduzido pelo


artigo "o", mas o segundo não foi precedido por um artigo, o que
configura um problema de paralelismo. Veja a construção correta:

Urge analisar as principais causas do problema: a negligência


escolar e o descaso do poder público.

Vejamos outros exemplos:

A tecnologia e educação precisam estar conectadas.

A tecnologia e a educação precisam estar conectadas.

O governo e escolas devem atuar juntos.

O governo e as escolas devem atuar juntos.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Ausência de preposição + artigo

Isso acontece em virtude da negligência escolar e a displicência do


poder público.

Nesse exemplo, o primeiro item da enumeração foi introduzido pela


preposição "de" + artigo "a" (da), mas o segundo não foi, de modo a
resultar em um problema de paralelismo. O correto seria:

Isso acontece em virtude da negligência escolar e da displicência do


poder público.

Vamos ver outro exemplo:

Essa situação adversa ocorre devido à desigualdade social e o


comportamento individualista do corpo civil.

Nesse caso, o participante esqueceu de repetir a preposição "a" em "ao


comportamento", o que configura um erro de paralelismo.

Atenção
A partir de 2021, o Enem considera a ausência de preposição "de" um
desvio de paralelismo apenas quando ela se encontra acompanhada
de um artigo (de+a=da, de+o=do, de+as=das, de+os=dos), exemplos
apresentados anteriormente. Quando ela estiver sozinha, não há desvio.
Entenda:
Isso deve ser feito por meio de palestras e de campanhas.
Isso deve ser feito por meio de palestras e campanhas.

Como não há artigo acompanhando a preposição "de", ambas as


construções estão corretas. Veja outro exemplo:
Essa ação tem a finalidade de atenuar o problema e de ajudar a população.
Essa ação tem a finalidade de atenuar o problema e ajudar a população.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Emprego de pronomes
No Enem, alguns casos de emprego de pronomes são avaliados na
avaliação da Competência 1, sobretudo no que tange aos pronomes
oblíquos átonos. Aqui, analisaremos essa situação. Antes de mais nada,
é importante conhecer a seguinte tabela:

Pessoa Pronomes oblíquos átonos

1ª (singular) me
2ª (singular) te

3ª (singular) se, o, a, lhe,


1ª (plural) nos
2ª (plural) vos
3ª (plural) se, os, as, lhe

Além disso, é importante saber a função sintática dos pronomes


presentes na tabela acima:

Objeto direto: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as


Objeto indireto: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes

Com isso, é possível analisar um erro de emprego de pronomes


muito comum, que é o uso de pronomes que funcionam como objeto
direto no lugar dos que funcionam como objeto indireto (ou vice-versa).

Entreguei-o o documento. "Entregar" exige objeto indireto, então o


Entreguei-lhe o documento. correto é usar "lhe".

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Isso o dá uma falsa sensação de liberdade.


Isso lhe dá uma falsa sensação de liberdade.

Nesse exemplo, existe um erro de emprego de pronomes, pois "dar" exige dois
complementos: um direto e um indireto. O complemento direto é "uma falsa
sensação de liberdade". O complemento indireto deveria ser o pronome "lhe".
Para entender, basta fazer a pergunta ao verbo: "dar a falsa sensação de
liberdade a quem?". Como resposta, temos "a alguém". Logo, o correto seria
usar "lhe", e não "o", pois - como vimos na tabela da página anterior - "lhe" tem
a função sintática de objeto indireto.

Colocação pronominal: os 3 cavaleiros do apocalipse


Outro aspecto que demanda atenção diz respeito à colocação do
pronome em 3 posições: antes (próclise), depois (ênclise) ou no meio
do verbo (mesóclise). Esse é um assunto que assusta muitas pessoas!
Vamos entendê-lo com base em exemplos aplicados.

1. Próclise

Nesse caso de colocação pronominal, o pronome deve ficar antes do


verbo. Vejamos os casos que pedem próclise:

1. 1 Expressões negativas (não, nunca, ninguém...)

No entanto, não observa-se o mesmo cenário no Brasil.


No entanto, não se observa o mesmo cenário no Brasil.

1. 2 Advérbios (apenas, também, somente, aqui, agora...)

Além disso, também faz-se necessária a análise da negligência


estatal.
Além disso, também se faz necessária a análise da negligência
estatal.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

1. 3 Pronomes relativos (que, quem, qual, cujo, onde, quando)

No entanto, quando observa-se a realidade brasileira, percebe-se o


oposto da situação apresentada na obra cinematográfica.
No entanto, quando se observa a realidade brasileira, percebe-se o
oposto da situação apresentada na obra cinematográfica.

1. 4 Pronomes indefinidos (todos, alguém, qualquer, pouco, vários...)

Na narrativa, todos alegraram-se com a festa.


Na narrativa, todos se alegraram com a festa.

1. 5 Pronomes demonstrativos (isso, aquilo, essa, esta, esse, este...)

Isso mostra-se prejudicial ao meio ambiente.


Isso se mostra prejudicial ao meio ambiente.

1. 6 Conjunções subordinativas e coordenativas (como, porque, mas...)

Embora faça-se presente no papel, esse direito não é assegurado


na prática.
Embora se faça presente no papel, esse direito não é assegurado na
prática.

1. 7 Preposição "em" seguida de verbo no gerúndio

Em tratando-se da evasão escolar, a metodologia ultrapassada das


escolas desmotiva muitos alunos.
Em se tratando da evasão escolar, a metodologia ultrapassada das
escolas desmotiva muitos alunos.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

2. Ênclise

Nesse caso de colocação pronominal, o pronome deve ficar depois


do verbo. Vamos entender os casos de ênclise mediante exemplos:

2.1 Verbos que iniciam a oração

Se faz necessária, portanto, uma intervenção.


Faz-se necessária, portanto, uma intervenção.

2.2 Verbos posicionados após uma vírgula

Contudo, se percebe que o problema ainda persiste.


Contudo, percebe-se que o problema ainda persiste.

2.3 Verbos no gerúndio

O Estado não busca resolver o problema, se mantendo inerte diante


da situação.
O Estado não busca resolver o problema, mantendo-se inerte diante
da situação.

3. Mesóclise

Nesse caso de colocação pronominal, o pronome deve ficar no meio


do verbo. Na redação, é comum o uso da mesóclise no fechamento da
conclusão. Vejamos os dois casos em que se usa mesóclise.
3.1 Verbo flexionado no futuro do presente

Assim, poder-se-á observar uma sociedade mais justa e igualitária.


Enquanto essa situação não for solucionada, manter-se-á em vigor
o panorama de desigualdade de acesso à internet no Brasil.

3.2 Verbo flexionado no futuro do pretérito

A partir dessas ações, o artigo cumprir-se-ia na prática.


Assim, observar-se-ia uma sociedade mais justa e igualitária.
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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Crase
Chamamos de crase a fusão do artigo a com a preposição a, o que
resulta no a craseado (à), marcado pelo acento grave.

Regra geral

Primeiro passo: analise o termo que antecede o "a" e o termo que o


sucede;
Segundo passo: analise se o termo que antecede "a" pede "a algo"
ou "a alguém".
Terceiro passo: analise se o termo que sucede "a" é uma palavra
feminina.

Exemplo 1

Observa-se uma negligência em relação a educação financeira.


em relação "a algo"

Observa-se uma negligência em relação a a educação financeira.

Observa-se uma negligência em relação à educação financeira.

Exemplo 2

O Estado deve oferecer melhores condições de vida a sociedade.


oferecer algo a alguém

O Estado deve oferecer melhores condições de vida a a sociedade.

O Estado deve oferecer melhores condições de vida à sociedade.


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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Regra prática

Haverá crase antes de palavras femininas quando, ao substituirmos


a palavra feminina por uma masculina, obtermos "ao".

"Fui a padaria" ou "Fui à padaria"?


Substitua por uma palavra masculina: Fui ao clube.
Logo, há crase em "Fui à padaria".

"Acesso a cultura" ou "Acesso à cultura"?


Substitua por uma palavra masculina: Acesso ao cinema.
Por isso, há crase: "Acesso à cultura".

Principais casos obrigatórios de crase

Antes de palavras femininas (expressas ou implícitas) que exijam


preposição

Exemplo 1 (palavra expressa): "O Estado se mostra omisso frente à


situação".
Exemplo 2 (palavra implícita): "Feito isso, a seriedade da política
brasileira poderá ser semelhante à da ateniense". Aqui, a palavra
"serenidade" está implicitamente localizada antes de "da".

Em locuções adverbiais, prepositivas ou conjuntivas formadas por palavras


femininas.

Adverbiais: às pressas, às cegas, à tarde, à noite, etc.


Prepositivas: à vista de, à beira de, etc.
Conjuntivas: à medida que, à proporção que, etc.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Nos pronomes demonstrativos aqueles(s), aquela(as) e aquilo, desde que


eles estejam complementando um verbo ou um nome que exija preposição.

Exemplo 1: "De maneira análoga àquela época".


Exemplo 2: "Ele foi àquele bar ontem".
Exemplo 3: "Responda àquilo que ela perguntou".

Antes dos pronomes que, qual e quais em que se exige preposição.

Exemplo: A instituição à qual o autor se refere é a escola.

Na expressão "a distância", quando especificada.

Exemplo: "A escola está à distância de 5 metros daqui". (Note que a


distância foi especificada - "5 metros").

Antes da palavra "casa", quando determinada por um modificador.

Exemplo: Fomos à casa de João. (Observe que há uma


determinação - "de João").

Antes de numerais que indicam horas

Exemplo 1: A aula de argumentação será às oito horas.


Exemplo 2: O encontro acontecerá às 19h.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Antes de localizações que admitem o artigo a. Dica: "Se vou a e volto da,
crase há! Se vou a e volto de, crase xí!" (não se usa).

Exemplo 1: Vamos à Bahia (Vou à Bahia e Volto da Bahia - crase


há!).
Exemplo 2: Fomos a Portugal (Vou a Portugal e Volto de Portugal -
crase xí - não se usa).

Em expressões que significam "à maneira de", "à moda de".

Exemplo 1: A menina cortou o cabelo à francesa (à maneira/moda


francesa).
Exemplo 2: Ele pediu arroz à grega (à maneira/moda grega).

Casos em que não se usa crase

Antes de substantivos masculinos.

Exemplo 1: No filme, eles viajaram à cavalo. / No filme, eles viajaram


a cavalo.
Exemplo 2: Isso ficou à cargo do governo. / Isso ficou a cargo do
governo.

Antes de verbos.

Exemplo: A escola se propôs à ensinar finanças. / A escola se


propôs a ensinar finanças.
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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Quando o artigo estiver no singular antes de palavras no plural.

Exemplo 1: Isso se refere à pessoas desempregadas. / Isso se refere


a pessoas desempregadas.

Caso o termo seja especificado por meio do artigo "as", ocorre crase:

Exemplo 2: Isso se refere às pessoas desempregadas.

Antes de pronomes indefinidos (uma, alguma, certa, toda, nenhuma, etc.).

Exemplo 1: Isso está relacionado a uma pessoa qualquer. / Isso está


relacionado a uma pessoa qualquer.
Exemplo 2: Isso remete à qualquer assunto de redação. / Isso
remete a qualquer assunto de redação.
Exceção: a crase é usada antes de "outra(s)": "Isso foi entregue às
outras escolas".

Antes de pronomes pessoais (ela, ele, você, etc.).

Exemplo 1: Não direi nada à você. / Não direi nada a você.


Exemplo 2: Ele pediu comida à ela. / Ele pediu comida a ela.

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Antes de pronomes demonstrativos.

Exemplo 1: A pesquisa levou à essa conclusão. / A pesquisa levou a


essa conclusão.
Exemplo 2: A problemática está relacionada à esse cenário
conflituoso no núcleo familiar. / A problemática está relacionada a
esse cenário conflituoso no núcleo familiar.

Antes de pronomes relativos.

Exemplo: A população é o público a quem o governo deve


explicações.

Na expressão "a distancia", quando não especificada.

Exemplo: Educação a Distância.

Em palavras repetidas.

Exemplo 1: dia à dia / dia a dia


Exemplo 2: ponta à ponta / ponta a ponta
Exemplo 3: frente à frente / frente a frente

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Gramática aplicada

Desvios gramaticais

Antes de casa, quando não houver especificação.

Exemplo 1: Cheguei a casa.


Exemplo 2: Vou a casa estudar.

Principais casos facultativos

Após a preposição "até".

Exemplo 1: A aula será até as 20h. / A aula será até às 20h.


Exemplo 2: Vou até a rua das Próclises. / Vou até à rua das Próclises.

Antes de nomes próprios femininos.

Exemplo 1: Ele dirigiu a palavra a Hannah. / Ele dirigiu a palavra à


Hannah.
Exemplo 2: Obedeça a Ana! / Obedeça à Ana!

Antes de pronome feminino possessivo singular.

Exemplo 1: Isso se opõe a sua teoria. / Isso se opõe à sua teoria


Exemplo 2: Venha a minha escola! / Venha à minha escola!

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Gramática aplicada

Desvios de escolha de registro

Você lembra qual é a orientação dada logo após os textos


motivadores? Vamos relembrar com base no tema do Enem 2020:

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira",
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Assim como está descrito nas próprias orientações, a redação do Enem


exige a adequação do vocabulário ao registro formal da língua, o que
pressupõe a ausência de marcas de oralidade e de coloquialidade. Esse é
um tópico bem fácil de ser compreendido. Vejamos, agora, alguns casos
de desvio de escolha de registro, como reduções ("pra" no lugar de
"para") e uso de diminutivos e aumentativos ("pouquinho", "muitão", etc.).

Essa ação deve ser feita pra (para) atenuar a estigmatização das doenças
mentais.

A educação financeira tá (está) precária no Brasil.

Essa situação tem a ver com a (está associada à) negligência


governamental.

Os discentes não tão (estão) tendo uma formação educacional voltada ao


pensamento crítico.

Essa situação causa um monte de (muitos) problemas sociais.

Isso afeta um pouquinho a vida das pessoas.

Isso afeta muitão a vida das pessoas.

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Gramática aplicada

Desvios de escolha vocabular

Nesse aspecto, o Enem irá avaliar a escolha imprecisa de vocábulos


com base no contexto em que eles foram usados. Geralmente, esses
erros são ocasionados em virtude da escrita semelhante de algumas
palavras. Vamos entender mediante exemplos:

Portanto, cabe ao Ministério das Invocações (Inovações) [...]

É preciso, portanto, acentuar (atenuar) o problema na sociedade brasileira.

As escolhas dos usuários são feitas pelos logaritmos (algoritmos).

A burocracia (democracia) ateniense se baseava em três princípios:


isegoria, isonomia e isocracia.

Além disso, criar substantivos a partir de verbos também é um desvio.

É preciso o registramento das pessoas desaparecidas / É preciso registrar


as pessoas desaparecidas.

Outras criações também são consideradas desvios:

Emboramente existam leis, essas não são aplicadas. / Embora existam leis,
essas não são aplicadas.

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Gramática aplicada

Estrutura sintática

Avaliação

Com relação à estrutura sintática, o Enem irá observar de que


forma você constrói as orações e os períodos de seu texto, verificando
se eles estão completos e se contribuem para a fluidez da leitura. No
processo de avaliação, o corretor irá averiguar a existência das
seguintes falhas de estrutura sintática:

Justaposição de orações e/ou


Truncamento de períodos
períodos

Excesso, duplicação ou ausência de palavras

Antes de entendermos cada falha acima, é preciso que você saiba


duas coisas importantes:

Uma estrutura sintática excelente, que é a esperada no nível máximo da


Competência 1, admite uma única falha.

Estruturas sintáticas de excelência são caracterizadas pela complexidade na


construção dos períodos, com orações intercaladas, subordinações e até
mesmo inversões, que revelam bom domínio da escrita em relação à
organização no interior dos períodos. Desse modo, textos formados por
períodos construídos de forma simplória não alcançarão a nota máxima na
Competência 1, mesmo que não apresentem desvios.

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Gramática aplicada

Estrutura sintática

Truncamento de períodos
O truncamento de períodos é um problema sintático que está
relacionado à fragmentação de um raciocínio, de maneira a separar,
por ponto, duas ideias que deveriam ser separadas por vírgula. O
truncamento de períodos pode ocorrer de três formas:

quando se separam orações principais de subordinadas;

quando duas orações coordenadas são separadas;

quando simplesmente se isolam em períodos diferentes partes de


uma oração que deveriam constituir um único período.

Exemplo 1

Na redação acima, observa-se que a oração subordinada iniciada em


"Para que" encontra-se isolada, constituindo um período que foi separado
da oração principal. O correto, portanto, seria substituir o ponto por
vírgula.

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Gramática aplicada

Estrutura sintática

Exemplo 2

No caso acima, a oração final iniciada em "com intuito" aparece


separada da oração principal, o que configura um truncamento de
períodos.

Exemplo 3

Nesse exemplo, a oração subordinada iniciada pela locução


subordinativa "visto que" foi separada da oração principal, gerando um
período truncado.

Exemplo 4

Nesse caso, a oração subordinada iniciada por gerúndio "Contribuindo


[...]" foi separada da oração principal. Para resolver essa falha, bastava
substituir o ponto por vírgula.

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Gramática aplicada

Estrutura sintática

Justaposição de períodos
A justaposição de períodos é um problema sintático que está
relacionado à junção equivocada de raciocínios diferentes. Essa falha
de estrutura sintática é caracterizada, basicamente, por períodos e/ou
orações que deveriam constituir períodos independentes, mas foram
justapostos, de modo a formar períodos únicos.

Exemplo 1

Nesse caso, observa-se a união forçada ente um raciocínio e a oração


conformativa iniciada em "segundo". O problema seria resolvido se um
novo período fosse criado.

Exemplo 2

No exemplo acima, observa-se que o participante inicia, após a vírgula,


a conclusão de um raciocínio, o que seria feito com mais propriedade
mediante a construção de um novo período.

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Gramática aplicada

Estrutura sintática

Exemplo 3

Nessa redação, observa-se a união, em um mesmo período, de duas


ideias independentes. O termo "tais" retoma um raciocínio apresentado
anteriormente e, desse modo, deveria ser precedido por ponto.

Exemplo 4

De maneira semelhante ao exemplo anterior, tem-se o termo "isso", que


deveria estar posicionado após um ponto, localizado após uma vírgula,
de modo a configurar uma justaposição.

Exemplo 5

Ao utilizar o elemento coesivo "nessa lógica" após a vírgula, o


participante faz com que ocorra uma justaposição de orações, pois o
sentido de continuidade seria dado com mais propriedade pelo
posicionamento de "nessa lógica" após um ponto.
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Gramática aplicada

Estrutura sintática

Excesso de palavras
Refere-se ao excesso de elementos sintáticos não relacionado a
problemas de regência ou de paralelismo.

Exemplo 1

Observa-se, em "cuja a", um excesso de elementos sintáticos, pois "cuja"


já engloba "a".

Exemplo 2

No fragmento acima, observamos a repetição do artigo "a" em "pela a


automedicação", o que é uma falha de estrutura sintática. Isso, porque o
artigo já está incluso na contração "pela" (preposição "por" + artigo "a").

Exemplo 3

Observa-se, aqui, que o artigo "o" é um termo excedente na construção


sintática.
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Gramática aplicada

Estrutura sintática

Ausência de palavras
Refere-se à ausência de elementos sintáticos não relacionada a
problemas de regência ou de paralelismo.

Exemplo 1

No trecho acima, percebe-se a ausência do termo "que" em "a fim de que


tais indivíduos".

Exemplo 2

Aqui, tem-se a ausência do sujeito da oração, pois não se sabe quem


"gera".

As falhas de estrutura sintática associadas à ausência de termos, por muitas


vezes, ocorrem pela falta de atenção ao transcrever o texto do rascunho para
a folha oficial. Cuidado com isso!

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Gramática aplicada

Estrutura sintática

Duplicação de palavras
Refere-se à duplicação de elementos sintáticos na construção do texto.

Exemplo 1

No trecho acima, percebe-se que o participante duplicou o termo "de", o


que configura uma falha de estrutura sintática.

Exemplo 2

Aqui, tem-se a duplicação de "pois, que esse quadro", o que representa,


também, uma falha de estrutura sintática.

As falhas de estrutura sintática associadas à duplicação, geralmente, são


ocasionadas pela falta de atenção ao passar a redação para a folha oficial.
Atente-se a esse erro, pois ele é muito comum.

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Gramática aplicada

Extra

Não são problemas!


Como conteúdo extra, deixaremos - de forma objetiva - alguns
pontos que não são avaliados pela Competência 1, para que você não
se preocupe à toa. Confira a lista de aspectos que não são
contabilizados pelos corretores, conforme a grade de correção:

Nomes próprios escritos de forma errada (Bauman/Baumam,


Hannah Arendt/Hana Arednt);
Palavras estrangeiras escritas de forma errada (bullying/bulying);
Ausência de vírgulas para separar orações que possuem sujeitos
diferentes (João foi ao clube, e Pedro foi ao cinema / João foi ao
clube e Pedro foi ao cinema);
Uso da vírgula para diferenciar orações adjetivas explicativas e
restritivas (A escola, que tem papel fundamental na formação dos
indivíduos, deve receber atenção do governo. / A escola que tem
papel fundamental na formação dos indivíduos deve receber
atenção do governo.);
Uso de letra minúscula ao apresentar ministérios (Ministério da
Educação / ministério da educação);
Uso de letra minúscula ao apresentar secretarias (Secretaria de
Educação / secretaria de educação);
Uso de letra maiúscula em todo o texto (o Enem entende que se
trata da caligrafia do participante);
Marcação dupla da translineação com um hífen mesmo quando
dois hifens não coincidiram (dessa for-
-ma);
A repetição de uma mesma ideia, de forma redundante, não é
considerada excesso de elemento sintático (exemplo: impasses
ambientais do ambiente).

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Considerações finais

Chegamos ao fim da apostila


"Gramática aplicada"!

Com esse material, objetivamos evidenciar que não é


preciso decorar todas as regras, tampouco ''afundar a
cara'' em uma gramática completa para tirar uma boa
nota na Competência 1.

Ao longo do e-book, percorremos todos os aspectos


avaliados pela grade de correção do Enem. Com isso,
você deve ter percebido que a gramática não é tão
assustadora assim, não é mesmo?

Agora é hora de arrasar na Competência 1.

Bons estudos!

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exclusivo

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