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a. Teoria ........................................................................................................................... 6
c. Revisão 01 .................................................................................................................. 13
d. Revisão 02 .................................................................................................................. 17
e. Revisão 03 .................................................................................................................. 21
f. Gabarito ..................................................................................................................... 23
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Rodada #01 – Língua Portuguesa
Professor Albert Iglésia
Raio X da Banca
Prezado aluno,
PERCENTUAL DE
CONTEÚDO
COBRANÇA
6. Pontuação 7,38%
Total 100%
3
O Cebraspe/Cespe geralmente avalia habilidades que extrapolam o mero
conhecimento memorizado. A banca tende a valorizar a capacidade de compreensão,
aplicação, análise, síntese e avaliação do candidato.
A banca é capciosa. Muitas vezes muda apenas uma palavra ou expressão na frase,
fazendo com que uma assertiva correta, por exemplo, fique errada (ou vice-versa). Assim
sendo, o candidato deve procurar compreender de fato os assuntos e não apenas
memorizá-los por meio de “fórmulas mágicas”, para evitar qualquer indução ao erro.
Dentro de cada assunto, daremos destaque àquilo que realmente vem caindo nas
provas da banca examinadora. Não há tempo hábil para dispensarmos energia com o que
é secundário. Para você ser aprovado, você tem que saber resolver o que costuma cair, e
não necessariamente saber tudo sobre cada tópico constante do edital.
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Assuntos da Rodada
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a. Teoria
QUANDO EXEMPLO
QUANDO EXEMPLO
1 – Nos substantivos que designam origem, chinês, japonês, baronesa, duquesa, sacerdotisa,
título honorífico e feminino poetisa
2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE fase, ascese, eletrólise, apoteose
6
6 – Após os ditongos maisena, Sousa, coisa
QUANDO EXEMPLO
1 – nas terminações EZ e
insensato – insensatez, nu –
EZA, formando
nudez; claro – clareza, belo –
substantivos abstratos
beleza
derivados de adjetivos
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um famoso banco, só que com E
no final: HSBCE).
a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início da
oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono).
b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase interrogativa
é indireta).
c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e o “que” é
tônico).
d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome relativo,
usado no início da oração, equivale-se a pelo qual).
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b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva, denota
finalidade, objetivo, intenção).
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.
Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável, abdômen,
mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.
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ATENÇÃO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM ou
ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou pólenes).
4.1. HIATOS
Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos crer, dar,
ler e ver).
4.2. DITONGOS
a) EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e como sílabas
tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem em outras ocasiões (quando a palavra
for oxítona ou monossílaba tônica, por exemplo).
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4.3. ACENTODIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi abolido, salvo
algumas exceções destacadas abaixo).
a) Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo).
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo).
c) Pôr (verbo).
Por (preposição).
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b. Resumo da Rodada
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c. Revisão 01
[...]
Minutos depois, chega o funcionário do banco com outra chave
digital. Abre a porta, liga o motor e parte com o veículo.
22 O contrato inteligente bloqueou, de maneira automática, o uso
do dispositivo digital por Alice, porque ela não cumpriu o
contrato. O banco recupera o veículo, sem perder tempo com
25 advogados.
[...]
Federico Ast. Como faremos justiça? – A chegada dos contratos inteligentes. In: ÉPOCA
negócios. 9/12/2018. Internet: <https://epocanegocios.globo.com> (com adaptações).
13
5. (CESPE – 2019 – PREF. DE CAMPO GRANDE/MS – PROCURADOR
MUNICIPAL)
Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente”
(l.4), pois aquela forma foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.
[...]
Uma vez que todos esses
10 pressupostos são claramente ocidentais e facilmente
distinguíveis de outras concepções de dignidade humana em
outras culturas, teremos de perguntar por que motivo a questão
13 da universalidade dos direitos humanos se tornou tão
acesamente debatida.
Boaventura de Sousa Santos. Por uma concepção multicultural dos
direitos humanos. Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações).
14
[...]
Além da forma presencial, em que o aluno deve ter frequência em
pelo menos 75% das aulas e avaliações, ainda é possível formar-se por
meio do ensino a distância. Nessa modalidade, não é necessária a
presença do aluno dentro de sala de aula, e ele recebe livros e apostilas e
conta com a ajuda da Internet. Há também cursos semipresenciais, com
aulas em sala e também a distância.
[...]
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
15
O autor emprega as palavras amor, perdão e saudade com iniciais maiúsculas, no
primeiro parágrafo, e minúsculas, no segundo parágrafo, como um recurso de estilo
associado ao trabalho do poeta e do cronista, respectivamente.
16
d. Revisão 02
[...]
[...]
16 Por que falharam os programas de formação? Talvez
porque se tenha insistido na crença da transferibilidade linear
de saberes pretensamente adquiridos. Talvez porque se tenha
19 esquecido que o modo como o professor aprende é o modo
como o professor ensina. Que o modelo predominante da
formação universitária é, por vezes, a negação do que se
22 pretende transmitir e que a universidade é... a matriz. Talvez
porque se descurasse a necessidade de criar dispositivos de
autoformação cooperativa, que rompessem com a cultura do
25 isolamento e autossuficiência que ainda prevalecem nas nossas
escolas. Talvez...
17
[...]
José Pacheco. Para que serve a formação? Escola da ponte – formação e
transformação da educação. São Paulo: Vozes, 2010, p. 4 (com adaptações).
[...]
[...]
O CDH solicitou ao Alto Comissariado das Nações
16 Unidas para os Direitos Humanos que estabelecesse — até o
final de 2017 — um grupo de peritos internacionais e
regionais, por um período de pelo menos um ano, a fim de
19 monitorar e relatar a situação dos direitos humanos no Iêmen
e de realizar uma investigação abrangente de todas as
alegações de violações e abusos de direitos humanos.
Internet: <nacoesunidas.org/> (com adaptações).
18
A substituição da expressão “a fim” (ℓ.18) pelo vocábulo afim não prejudicaria a
correção gramatical e o sentido original do texto.
19
[...]
20
e. Revisão 03
21
28. (CESPE – 2014 – SUFRAMA – NÍVEL SUPERIOR)
O emprego de acento nos vocábulos “amazônicas”, “altíssimas” e “pássaros” atende à
mesma regra de acentuação gráfica.
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f. Gabarito
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
21 22 23 24 25
26 27 28 29 30
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g. Comentários às questões
Comentário – A primeira palavra pode ser assim separada: li-te-rá-ria. Portanto é correto
dizer que ela é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo. Em relação à
segunda palavra, é importante ressaltar que a forma verbal deve ser analisada
independentemente da forma pronominal (“las”). Assim sendo, estamos diante de uma
oxítona terminada em “a”: a-pre-ci-á.
Gabarito – Certo.
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[...]
Minutos depois, chega o funcionário do banco com outra chave
digital. Abre a porta, liga o motor e parte com o veículo.
22 O contrato inteligente bloqueou, de maneira automática, o uso
do dispositivo digital por Alice, porque ela não cumpriu o
contrato. O banco recupera o veículo, sem perder tempo com
25 advogados.
[...]
Federico Ast. Como faremos justiça? – A chegada dos contratos inteligentes. In: ÉPOCA
negócios. 9/12/2018. Internet: <https://epocanegocios.globo.com> (com adaptações).
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6. (CESPE – 2019 – PGE-PE – ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA)
O emprego de acento agudo nas palavras “juízo”, “extraídos” e “período” justifica-se
pela mesma regra de acentuação gráfica.
Comentário – As palavras “juízo” e “extraídos” são acentuadas com base na regra dos
hiatos. A letra “i” representa a segunda vogal dele, é tônica e está sozinha na sílaba: ju-í-
zo; ex-tra-í-dos. Já a palavra “período” é acentuada por se tratar de uma proparoxítona:
pe-rí-o-do.
Gabarito – Errado.
Comentário – O texto é desnecessário para resolver a questão. Você precisa saber que
palavras ou locuções de realce servem para dar mais expressividade às frases. Também podem
ser chamadas de expletivas (desnecessárias). A retirada delas não compromete a clareza nem
a correção do texto. Observe: “a persistência do mistério nos inspira a criar”. Veja outros
exemplos: “Desde ontem que te esperava”; “Foi ali que se travou a batalha”; “Ele lá sabe
porque diz isso”.
Gabarito – Certo.
[...]
Uma vez que todos esses
10 pressupostos são claramente ocidentais e facilmente
distinguíveis de outras concepções de dignidade humana em
outras culturas, teremos de perguntar por que motivo a questão
13 da universalidade dos direitos humanos se tornou tão
acesamente debatida.
Boaventura de Sousa Santos. Por uma concepção multicultural dos
direitos humanos. Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações).
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a noção ocidental de dignidade humana, que se diferencia das de outras culturas, a
pergunta a ser feita é: porque a universalidade dos direitos humanos é uma questão
que tornou-se tão inflamadamente debatida?
[...]
Além da forma presencial, em que o aluno deve ter frequência em
pelo menos 75% das aulas e avaliações, ainda é possível formar-se por
meio do ensino a distância. Nessa modalidade, não é necessária a
presença do aluno dentro de sala de aula, e ele recebe livros e apostilas e
conta com a ajuda da Internet. Há também cursos semipresenciais, com
aulas em sala e também a distância.
[...]
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
Comentário – A substituição da expressão “em que” pelo termo onde prejudicaria a correção
gramatical do texto. O conectivo onde só deve ser empregado para indicar noção
de lugar físico. No trecho analisado, onde seria um pronome relativo e retomaria a expressão
antecedente "forma presencial". Isso seria inadequado, pois tal expressão não tem nada a ver
com a ideia de lugar.
Gabarito – Errado.
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10. (CESPE – 2017 – TRF-1ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO –
TAQUIGRAFIA)
O autor emprega as palavras amor, perdão e saudade com iniciais maiúsculas, no
primeiro parágrafo, e minúsculas, no segundo parágrafo, como um recurso de estilo
associado ao trabalho do poeta e do cronista, respectivamente.
Comentário – Sim, O autor emprega as palavras amor, perdão e saudade com iniciais
maiúsculas, no primeiro parágrafo, e minúsculas, no segundo parágrafo, como um recurso
estilístico. Cegalla, em sua Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, por exemplo,
ensina que são escritos com letras iniciais maiúsculas os “nomes comuns, quando
personificados ou individualizados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.”
(2008, págs. 64-65).
Gabarito – Certo.
28
[...]
Comentário – Bela questão! Nela, a expressão “porque” serve apenas para introduzir a
fala do personagem, sem de fato estabelecer relação entre duas orações. Ela é um
elemento discursivo e não necessariamente gramatical. Tem caráter expletivo, por isso é
até possível ser excluída da sentença sem causar prejuízo ao enunciado.
Gabarito – Certo.
[...]
16 Por que falharam os programas de formação? Talvez
porque se tenha insistido na crença da transferibilidade linear
de saberes pretensamente adquiridos. Talvez porque se tenha
19 esquecido que o modo como o professor aprende é o modo
como o professor ensina. Que o modelo predominante da
formação universitária é, por vezes, a negação do que se
22 pretende transmitir e que a universidade é... a matriz. Talvez
porque se descurasse a necessidade de criar dispositivos de
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autoformação cooperativa, que rompessem com a cultura do
25 isolamento e autossuficiência que ainda prevalecem nas nossas
escolas. Talvez...
[...]
José Pacheco. Para que serve a formação? Escola da ponte – formação e
transformação da educação. São Paulo: Vozes, 2010, p. 4 (com adaptações).
Comentário – Basta perceber que o trecho destacado constitui uma pergunta (direta) para
compreender que a expressão tem que ser escrita separadamente. Reserve a expressão porque
para respostas que transmitam explicações, a causa ou o motivo de algo. Avalie sinceramente
se o texto seria necessário para se chegar a essa conclusão.
Gabarito – Errado.
[...]
Comentário – Subentende-se que o uso da expressão “por quê”, formada por uma preposição
e um advérbio, traz para o texto sentido de motivo ou razão. Da mesma forma, a expressão
“porquê”, precedida do artigo definido “o”, classifica-se como substantivo e tem como
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sinônimos as palavras causa, motivo ou razão. A substituição proposta não prejudica o texto
em nada, mantém-no coeso e coerente
Gabarito – Certo.
[...]
O CDH solicitou ao Alto Comissariado das Nações
16 Unidas para os Direitos Humanos que estabelecesse — até o
final de 2017 — um grupo de peritos internacionais e
regionais, por um período de pelo menos um ano, a fim de
19 monitorar e relatar a situação dos direitos humanos no Iêmen
e de realizar uma investigação abrangente de todas as
alegações de violações e abusos de direitos humanos.
Internet: <nacoesunidas.org/> (com adaptações).
Comentário – Claro que prejudicaria, pois não há condições de permuta entre tais expressões.
A primeira é uma locução que transmite ideia de finalidade. A segunda é um adjetivo que
comunica sentido de semelhança, afinidade aos substantivos aos quais se refere.
Gabarito – Errado.
Comentário –. Cuidado! A expressão correta, nesse caso, é tem a ver, ou seja, tem relação
(com), diz respeito (a). Não confunda, por exemplo, com a expressão tem a haver em frases
como “Ele tem a haver uma boa indenização”, isto é, tem a receber.
Gabarito – Errado.
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16. (CESPE – 2018 – POLÍCIA FEDERALA – PAPILOSCOPISTA)
O item a seguir apresenta, de forma consecutiva, os períodos que compõem um
parágrafo adaptado do texto Como se identificam as vítimas de um desastre de
massa, de Teresa Firmino (Internet: <www.publico.pt>). Julgue-o quanto à correção
gramatical e à coerência e à coesão textual.
Para tal, tem de haver forma de fazer uma comparação entre os dentes da pessoa e o
seu registro dentário.
Comentário – Não caia na “pegadinha”. Agora, a expressão “tem de haver” não tem a ver
com aquela que analisamos na questão 7. Observe que ambas surgiram na mesma prova (e
confundiram muita gente). A locução verbal tem de haver equivale-se a tem de existir
(respeitada a necessária flexão para a correta concordância verbal). Outro detalhe interessante:
às vezes, a preposição de é substituída por que, preposição acidental: tem que haver.
Gabarito – Certo.
Comentário – Por favor, não venha me dizer que você precisa do texto para responder a esta
questão. Em primeiro lugar, o acento pode ser justificado pela regra das paroxítonas
terminadas em ditongo: me-mó-ria. Mas sabemos que os ditongos crescentes no final de
sílaba são instáveis, ou seja, podem ser considerados hiatos também: me-mó-ri-a. Nesse caso,
o acento se justificaria pela regra das proparoxítonas: todas são acentuadas. Em prova, é mais
recorrente o examinador considerar palavras semelhantes como paroxítonas. Mas veja que
aqui ele explorou os dois conceitos. Fique atento!
Gabarito – Certo.
32
[...]
Comentário – Não há nada de opcional. Lembre-se de que alguns acentos diferenciais foram
mantidos mesmo depois das alterações em nosso sistema ortográfico. Pôde (com acento
circunflexo) indica a terceira pessoa do singular do pretérito perfeito. Pode (sem acento) é a
flexão do mesmo verbo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. Dependendo
do que se pretende comunicar, o emprego do acento é obrigatório. A omissão dele pode
prejudicar tanto a correção quanto o sentido do texto.
Gabarito – Errado.
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Comentário –. Não! Essas palavras são acentuadas porque são paroxítonas terminadas em
ditongo (in-di-ví-duos; pre-cá-rias). O detalhe é que as terminações em ditongo crescente
também podem ser separáveis. Isso torna possível considerar essas palavras como
proparoxítonas (in-di-ví-du-os; pre-cá-ri-as). Mas geralmente elas são tratadas como
paroxítonas mesmo.
Gabarito – Errado.
Comentário – Não. As duas primeiras palavras são proparoxítonas, mas a última é paroxítona
terminada em ditongo.
Gabarito – Errado.
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Gabarito – Certo.
Comentário – Sim. As duas palavras são proparoxítonas. Observe que os anos passam, mas
as questões continuam sendo semelhantes.
Gabarito – Certo.
35
Comentário – O acento em “reúnem” se justifica com a regra do hiato: a letra u
representa a segunda vogal dele, é tônica e está sozinha na sílaba. Já em “fenômeno”, o
acento foi empregado porque a palavra é proparoxítona. Item errado.
Gabarito – Errado.
Gabarito – Errado.
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