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Disciplina: Fundamentos do Texto e do Discurso - Profa Dra Silvelena Cosmo

Dias
Discente: Jasmin de Araújo Veloso Ferreira
Data:24/10/2021.
Discente: Lauriene da Silva Paixão
Data:24/10/2021.
Discente: Valdecy David Modesto Azambuja
Data:24/10/2021.

TÍTULO: As analises intermediarias

No texto 1, uma notícia do portal Yahoo, temos logo de cara um grifo a ser analisado.
Nele, após o número porcentual “93%”, obtemos a presença oculta da elipse como um recurso
de substituição da primeira expressão “Quase todos brasileiros”. Nesse caso, seu uso auxilia
textualmente a reiteração e atualização das informações sobre os brasileiros
O terceiro item grifado serve para retomar a questão dos supersalários. Aqui há a
substituição lexical de um termo comum pertencente ao vocabulário político “remunerações
que ultrapassem o teto constitucional”. Em seguida há a retomada de “supersalários” através
da substituição do sinônimo “pagamento” e do hiperônimo “despesa”, o objetivo desse
recurso, a substituição, é enfatizar o dado principal da manchete, ou seja, destacar a
insatisfação dos brasileiros a respeito dos supersalários na área pública. Ainda sobre a
substituição gramatical, o pronome demonstrativo “esse” retoma “remunerações”.
Para realçar e dar constância à informação anterior: “cerca de 0,23 dos servidores”; a
repetição parafraseando um dado quantitativo de equivalência é retomada: “isto equivale,
porém, a uma despesa de R$ 2,6 bilhões” com o intuito do recurso explicar, em números, o
dado porcentual com maior credibilidade e informatividade a notícia.
O texto 2 se refere ao desconhecimento de alguns lugares em especifico. Iremos
analisar cada centímetro, podendo ver a repetição propriamente dita, em palavras como,
“muita haverá morrido, muita mais nascerá e morrerá sem lá pôr os pés”, mesmo quando
colocado o “muito mais nascerá”, ainda a uma colocação da palavra morrer, afirmando que já
havia sido dito. O texto deixa claro aos leitores, divisões de palavras, ou múltiplas repetições.
Para isso colocaremos estes termos os seus nomes em específico para assim entender melhor.
O mesmo acontece com a palavra terra, na qual, repete-se “terras e terras”, para tal
insinuar que é similar a “sempre estar caminhando, mas nunca chegar a um lugar algum”,
complemento ainda com, “nunca chegar a um lugar melhor do que aquele que realmente se
conhece”, que seria exatamente a sua referencia em questão do velho inglês. Assim, pode-se
colocar a repetição dos nomes próprios. Nos quais, um dos usos coloca-se a palavra em modo
estrangeiro referindo ao clube, tratamos assim da substituição semântica, que é descrita,
“club”, exatamente, para relatar a participação do nome citado, “Londres”, em que a mesma
se encontra em região inglesa, por isso o uso repetido de “club”.
No entanto, o texto refere-se a uma retirada de texto na qual fala do não
conhecimento do morro de castelo, bem como Rio de Janeiro, que há um par de substituição
gramatical adverbial, pela palavra “lá”, em que referencial ao Rio de Janeiro. No entanto,
também contém outra substituição gramatical pronominal “dele”, quando o texto referencia,
ao morro do Castelo.
No texto 3, vemos em relação a associação semântica entre as palavras destacaremos
as relações de antonímia; co-hiponímia e de partonímia. Antes de adentramos separadamente
nas relações em especifico, reforçamos que a coesão ultrapassa a simples marca superficial do
texto ou a simples justaposição de palavras ou frases. Os diversos tipos de recursos coesivos,
pelos quais se espera que aja a necessária continuidade e articulação das subpartes, tem de
estar em interação e vinculados a sentidos globais e a intenções comunicativas, o que de fato,
dará ao texto o estatuto de sua unidade. Posto isso, são muitos os tipos de relações semânticas
que podem estar na base dessas articulações do texto por associação e que se manifestam quer
em pares de palavras quer em series maiores, entre palavras antônimas, e entre palavras que
designam a relação entre parte/todo.
Quando se escreve um texto não se pode improvisar uma competência para escrever.
Essa, se desenvolve aos poucos, cada vez que somos solicitados a exerce-la. As condições em
que somos solicitados a exercer a escrita é que são decisivas para que essa competência vá
crescendo. É disso que se trata a associação semântica entre as palavras, a utilização de
recursos para trazer sentido às ideias na forma de escrita. Um desses recursos semânticos se
trata da Analogia, que se trata de um tipo de associação de palavras, que, desde os
significados que expressam, funcionam, claramente, como um recurso coesivo do texto, uma
vez que cria ligações ou laços entre seus diferentes segmentos, além de emprestar ao texto
interesse, relevância e, por vezes, graça. Esse tipo de recurso é utilizado dentre outras formas
no texto poético quando busca-se comparar dois ou mais “universos” diferentes para gerar um
efeito de sentido capaz de potencializar certa ideia.
Como exemplo temos o texto 3, um trecho da letra da musica “Monte Castelo”
escrita por Renato Russo. O texto traz a ideia global demarcada pela exaltação do amor
trazendo uma intertextualidade com o poema de Luís Vaz de Camões, “Amor é fogo que arde
sem se ver”. Para untar a associação semântica entre as palavras a letra da musica nos traz
relações de antonímia; co-hiponínimia; e de partonímia. Partonímia são associações entre
palavras que designam a relação parte/todo. No texto 3 temos como exemplo as relações:
Dói/sente; falasse/língua; amor/verdade; amor/bom; inveja/envaidece; ferida/ dói; fogo/arder;
dor/doer. Como exemplos de antonímia que traz a relação entre opostos temos: bom/mal;
fogo/ arde sem se ver; ferida/não se sente; ferida que dói/ e não se sente;
contentamento/descontente. Finalizando temos também exemplos de co-hiponímia que vai
trazer as relações entre classes que une elementos “semelhantes” segundo um determinado
critério, por vezes implícito ou até desconhecido à partida.: Homens/anjos; ver/sentir/doer;
dói/sente/arde; inveja/envaidece.
Entendemos que no texto 3 o eu-lírico busca por analogia trazer a ideia da exaltação
do amor como fundamental para o ser humano por não ter explicação (não-racionalidade) se
utilizando dos elementos de associação semântica esmiuçados mais acima juntamente com a
intertextualidade na poesia de Camões para gerar no interlocutor que possuía a referida
bagagem cultural, um novo reforço e/ou sentido para o sentimento Amor.

REFERÊNCIAS

ANTUNES. Irandé. Lutar com as palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005.

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