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PROTOCOLO ASSISTENCIAL
DA ENFERMAGEM
OBSTÉTRICA
2022
CAMARA TÉCNICA DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
SMS- RIO DE JANEIRO
© 2022 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Coordenação Técnica
Patricia Santos Barbastefano
Equipe de Atualização
Diretoras de Enfermagem
HMMR Monica Azeredo
HMFM Andrea Bastos
HMHP Alessandra Silva dos Anjos Ferreira
MLD Andrea Cristina da Silva Veloso
HMAF Maria de Fatima Tenório Roulins
Equipe de Enfermeiros Obstetras
HUPE/UERJ Juliana de Souza Fernandes (Enfermeira Residente de Enfermagem Obstétrica)
HMAS Isabela Mariana Oliveira Ávila dos Santos
HMMR Cristiane da Silva Santana
HMFM Marina Pereira de Melo Santos
HMRF Cristina Maria Vivas Amorim
SUBHUE/SHPM Andreza Cristina S. de Oliveira
HMCD Isis Vieira Farias Menconça Borneo
HMHP Claudia Conceição Coelho do Nascimento
HMMABH Danielle Rodrigues do Couto
MLD Flavia Dias Gasbarro
HMAF Luciana Lessa Dias
SUMÁRIO
Contextualização ................................................................... 6
Referências .............................................................................................. 25
Critérios para Assistência da Enfermeira Obstetra nos Centros Obstétricos das Maternidades da
Rede Municipal de Saúde...........................26
3 – Gestantes com intercorrências clínicas ou obstétricas, atuais ou pre- gressas, com o cuidado
compartilhado com a equipe médica, como:............ 26
8 – Sindrome Gripal--------------------------------------------------------------------34
Referências ..............................................................................................38
ANEXO I – Casa de Parto David Capistrano Filho (indução Natural de Trabalho de Parto) - 43
Referências ...........................................................................................63
PROTOCOLO ASSISTENCIAL DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA 2022
Contextualização
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a assistência obstétrica deve ter como
objetivo mãe e criança saudáveis, com o mínimo de intervenções e compatíveis com a
segurança. Nessa perspectiva deve haver uma razão válida para se interferir no parto normal.
Cegonha, para ampliar e qualificar a assistência prestada às gestantes e aos bebês no Sistema
Único de Saúde (SUS).
De acordo com a OMS o cuidado oferecido pela Enfermagem Obstétrica em Centros Obstétricos
de maternidades diminui o uso das intervenções obstétricas, melhoram os indicadores de
morbimortalidade materna e perinatal e aumentam a satisfação da pessoa com a experiência
vivida, preconizando a segurança e a viabilidade da atenção ao parto e nascimento nestes locais
de nascimento. O modelo humanizado privilegia o bem-estar da pessoa e de seu bebê, buscando
ser o menos invasivo possível, considerando tanto os processos fisiológicos, quanto os
psicológicos e o contexto sociocultural. Fazer uso da tecnologia de forma apropriada,
caracterizando a assistência pelo acompanhamento contínuo no processo de parturição. Garante
às pessoas e às crianças vivenciarem a experiência da gravidez, do parto e do nascimento com
segurança, dignidade e beleza (BRASIL, 2012).
O desafio que persiste não é, pois, tecnológico, mas sim estratégico e organizacional, onde
profissionais de diferentes categorias e saberes, possam trabalhar de forma integrada e
estabelecer o cuidado adequado para cada pessoa.
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, inciso I, alínea “a”, “b” e “c” da Lei nº 7.498/86,
que regulamenta a profissão do Enfermeiro, assim como estabelece que a direção, organização e
planejamento, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem
são atividades exercidas de forma privativa pelo Enfermeiro nos serviços de saúde, no âmbito do
SUS e no sistema privado de saúde.
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PROTOCOLO ASSISTENCIAL DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA 2022
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, inciso II, alínea “c” da Lei nº 7.498/86, que
regulamenta a Prescrição pelo enfermeiro de medicamentos estabelecidos em programas de
saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, inciso II, alínea “g”, “h” e “i” da Lei nº 7.498/86,
que regulamenta o Enfermeiro como integrante da equipe de saúde, na assistência de
enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; acompanhamento da evolução e do trabalho de
parto; execução do parto sem distocia;
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, parágrafo único, alínea “a”, “b” e “c” da Lei nº
7.498/86, parágrafo único, que regulamenta que as profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta
lei, (o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferido nos
termos da lei) incumbe ainda: “assistência à parturiente e ao parto normal; identificação das
distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico; realização de episiotomia e
episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.”;
– determina que em todos os níveis de assistência à saúde, seja em instituição pública ou privada, a
consulta de Enfermagem deve ser obrigatoriamente desenvolvida na Assistência de Enfermagem;
CONSIDERANDO a Resolução COFEN Nº 564/2017, que aprova o novo Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem, onde considera que a Enfermagem tem como responsabilidades a
promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e doenças e o alívio do sofrimento;
princípios fundamentais reafirmam que o respeito aos direitos humanos é inerente ao exercício da
profissão, o que inclui os direitos da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança
pessoal, à livre escolha, à dignidade e a ser tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, cor,
crença religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença, identidade de gênero, orientação sexual,
nacionalidade, convicção política, raça ou condição social. Em seus princípios fundamentais versa
que “O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento próprio da profissão e nas ciências
humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na prática social e cotidiana de
assistir, gerenciar, ensinar, educar e pesquisar”. Além de a Enfermagem ser comprometida com a
produção e gestão do cuidado prestado nos diferentes contextos socioambientais e culturais em
resposta às necessidades da pessoa, família e coletividade;
35.150.01-7 – Parto Normal Sem Distocia Realizado Por Enfermeiro Obstetra – e 35.080.01.9 –
Parto Normal Sem Distocia Realizado Por Enfermeiro Obstetra;
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Protocolo Assistencial de Enfermagem Obstétrica dos Centros Obstétricos das Maternidades
Municipais do Rio de Janeiro
Devido a todos os movimentos a favor da emancipação feminina realizados por movimentos de mulheres no
período da ditadura, o Brasil alcançou a redemocratização nos anos 1980. O movimento feminista auxiliou na
constituição da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, buscando a mudança de modelo de
assistência no âmbito materno infantil, onde o poder masculino predominava nas áreas de Ginecologia e
Obstetrícia, institucionalizando o corpo da mulher, impedindo o seu autoconhecimento e o acesso aos seus
direitos sexuais e reprodutivos. A partir dos anos 1990, iniciou-se o processo de mudança de modelo
assistencial e o parto humanizado foi se tornando mais visível no país. A constituição de programas e
políticas de saúde que buscam reduzir a morbimortalidade materna e a realização de intervenções
desnecessárias no trabalho parto possibilitou uma maior visibilidade aos profissionais Enfermeiros Obstetras
que garantem uma assistência técnico-científica baseada em evidências, a promoção da humanização e a
implementação de boas práticas ao cuidado obstétrico e neonatal (Backes et al., 2017).
O modelo humanizado centra o cuidado na família da pessoa que se encontra em trabalho de parto.
Conpreende a pessoa como um ser importante no seu cuidado, a compreende como sujeito.
Os desejos e expectativas da pessoa devem ser abordados pelos profissionais que assistem o trabalho
de parto, respeitando e orientando a pessoa gestante, acompanhante e profissionais envolvidos na
assistência e tomada de decisão, estabelecendo uma comunicação assertiva, visando o bem estar
biopsicossocial (Ministério da Saúde, 2017).
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De acordo com a Política Nacional de Saúde Integral LGBT, deve-se atingir um maior número de
equidade no Sistema Único de Saúde, compreendendo as demandas de saúde deste público, tais
como especificidades de raça, cor, etnia e território e garantindo a implementação de outras políticas
públicas e programas voltados para grupos específicos, envolvendo a orientação sexual, identidade
de gênero, ciclos vitais, raça, etnia e território (Ministério da Saúde, 2013).
Deve-se fomentar a importância da atuação dos Enfermeiros Obstetras com habilidades técnico-
cientificas para acolher e garantir o atendimento humanizado à população LGBTQIA+ no ciclo
gravídico puerperal, identificando as questões que abrangem o âmbito clínico, obstétrico,
psicológico e social. A assistência de Enfermagem Obstétrica deve ser fornecida a toda população
LGBTQIA+, tais como homens transexuais, lésbicas e mulheres bissexuais desde o acolhimento,
pré-natal, trabalho de parto, parto e puerpério. Este cuidado integral também deve ser realizado
durante o processo de amamentação e/ou alimentação do recém-nascido.
O uso do nome social nos serviços de saúde é garantido pela Portaria nº 1.820/2009. Portanto, todos
os profissionais devem estar cientes que, todo homem transexual gestante tem seu direito garantido
de uso do nome social de transexuais, de acordo com a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde.
A avaliação da evolução do trabalho de parto e da vitalidade fetal é feita por meio da observação das
atitudes da pessoa e do monitoramento dos seguintes parâmetros: contrações uterinas, progressão da
dilatação cervical, da descida do bebê no canal de parto e ausculta intermitente de batimentos
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cardíacos fetais. A primeira fase do trabalho de parto tem, em geral, a duração de 8 horas no
nascimento do primeiro bebê, e é improvável que dure mais que 18 horas. Para a pessoa que já teve
um bebê, a primeira fase dura cerca de 5 horas e geralmente não mais que 12 horas. No entanto, há
dificuldade em estabelecer claramente o início do trabalho de parto (NICE, 2007).
O uso do Partograma
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
Exame vaginal
Os profissionais de saúde que realizam exames vaginais devem ter certeza de que este é
realmente necessário e irá adicionar informações importantes para o processo de tomada de
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
decisão em relação ao cuidado. Antes da realização deste exame, o profissional deve garantir o
consentimento da pessoa, sua privacidade, dignidade e conforto, explicar o motivo do exame e
seus achados. A realização brusca e frequente deste exame pode ocasionar dor e
constrangimento para as pessoas, além de aumentar o risco de infecção puerperal. O registro
adequado do exame vaginal deverá ser feito em todas as ocasiões, de maneira a evitar que seja
feito desnecessariamente por vários membros da equipe.
Amniotomia
Em pessoas que apresentam trabalho de parto com progressão normal, a amniotomia (rotura
artificial das membranas amnióticas) não deve ser realizada de maneira rotineira no cuidado à
pessoa durante o trabalho de parto (Smyth et al., 2008).
Ausculta fetal
A ausculta inicial dos batimentos cardíacos fetais é recomendada no primeiro contato com a
pessoa e nas avaliações subsequentes. Deve ser feita de 30 em 30 minutos na fase ativa do parto
(CONITEC 2017). Situações em que se detectam alterações na frequência cardíaca fetal podem
requerer uma ausculta mais prolongada, para melhor avaliação da vitalidade fetal ou a
realização de uma cardiotocografia.
A ingestão alimentar e de líquidos é uma prática que deve ser encorajada de acordo com as
preferências da pessoa, em condições de risco habitual (Ministério da Saúde, 2001), pois o
trabalho de parto requer considerável gasto calórico e a reposição energética é fundamental,
para assegurar o bem-estar fetal e materno. Estudo de meta-análise e revisão sistemática com
parturientes de baixo risco para a necessidade de anestesia concluiu que não há necessidade de
restrição de líquidos ou alimentos para essas pessoas durante o TP (Singata et al. 2012)
(HOFMEYR, 2005). Por este motivo, não é necessária a cateterização intravenosa de rotina,
visto que a mesma restringe os movimentos da pessoa e pode se associar à administração de
soluções glicosadas, que podem levar ao hiperinsulinismo e acidemia metabólica nos recém-
nascidos (OMS, 1996).
Estas práticas têm a finalidade de oferecer conforto à pessoa, promover o alívio da dor e
favorecer a evolução do trabalho de parto. Entre elas, incluem-se massagens, presença de
acompanhante, dieta, banho de aspersão ou banheira, exercícios respiratórios, uso de bola suíça
e a livre movimentação. Todas essas práticas podem ser utilizadas pela(o) enfermeira(o)
obstetra, de acordo com as preferências da pessoa.
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Tecnologias não invasivas de cuidado no parto realizadas por enfermeiros obstétricos/ Prática
integrativas e complementares:
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
BOLA SUIÇA
Fundamentação: Estudos revelam que exercícios com bola suíça melhoram a circulação
sanguínea do útero, tornam as contrações mais eficientes e auxiliam na dilatação
cervical. (Barbieri M. et al, 2013)
Em recentes estudos, os exercícios de mobilidade pélvica (anteversão e retroversão
pélvica, lateralização, circundução e propulsão), por 30 minutos, reduzem a dor e não
alteram significativamente a duração do trabalho de parto, demonstrando que a bola
suíça é um recurso eficaz para o alívio da dor no trabalho de parto. (Gallo RBS et al,
2014)
BAMBOLEIO
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
Fundamentação: Quando a pessoa deixa-se guiar pelo seu instinto, procura movimentar-
se, seguindo o ritmo das contrações, movendo a pelve para frente e para traz, de um lado
para o outro ou em movimentos circulares. Estes movimentos servem para facilitar o
encaixe, a descida e a rotação do feto no canal de parto (Balaskas, 1991). Para Odent
(2000), quando a pessoa usa o córtex primitivo, esses movimentos afloram com mais
intensidade.
REBOZO
GENUPEITORAL
CÓCORAS SUSTENTADO
BANCO/VASO
AMBIENTE ACOLHEDOR
MASSAGEM
ALIMENTAÇÃO / LÍQUIDOS
Fundamentação: Odente (2000) fala sobre o efeito misterioso da água sobre as travas
neocorticais, removendo-as. Estas travas são ativadas em qualquer situação na qual são
liberados altos níveis de adrenalina como medo, stress, entre outros.
As duchas quentes têm efeito calmante, aliviam dores e nevralgias. É de consenso que a
melhor hora para se entrar na água é quando se atinge a metade do trabalho de parto, ou
seja, com a dilatação de 5 cm e contrações mais intensas. Ao entrar na água, a pessoa se
descobre capaz de render-se às necessidades instintivas e primitivas do seu corpo. A
maioria das pessoas diz que a percepção da dor se altera (portal da dor) e se torna mais
fácil aceitar a intensidade das contrações. (Balaskas, 1991; Odent, 1982; Earning, 1996).
CRIOTERAPIA
PUXO LATERAL
HANDS OFF
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AROMATERAPIA
SPINNING BABY
USO DA MÚSICA (seu uso deve ser privativo e subjetivo sob controle de poluição sonora e
decibéis)
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CROMOTERAPIA
ESCALDA-PÉS
Fundamentação: O escalda-pés possui muitos efeitos não somente ligados aos pés
diretamente. De acordo com NISHI (1988) dentre outros efeitos, o escalda-pés é
indicado para edemas, sinal muitas vezes apresentado pelas pessoas estudadas. O
incômodo e o desconforto gerados pelo inchaço nas pernas e nos pés foram amenizados
com o uso dessa terapia. Esta terapia pode ser associada a aromaterapia, tendo seus
efeitos potencializados.
O segundo estágio do parto se caracteriza pela presença de dilatação completa do colo uterino.
Tem um período variável, podendo se estender por 2 horas ou mais, desde que os parâmetros de
vitalidade fetal, moldagem do polo cefálico e ausência de alterações clínicas continuem dentro
dos padrões preconizados pelo Ministério da Saúde.
A OMS e o Ministério da Saúde recomendam que a pessoa escolha livremente sua posição no
parto (Gupta et al., 2012) (OMS, 1996) e cabe à enfermeira obstetra oferecer as várias posições
possíveis e estimular que a mesma adote a posição que julgar mais confortável (OMS, 1996).
Entretanto, a posição supina (em decúbito dorsal horizontal) deve ser evitada, devido à
compressão da aorta abdominal e veia cava inferior, e pode resultar em hipotensão materna e
menor fluxo sanguíneo placentário.
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VERTICALIZADA
Indicação: Metrossístoles esparsas.
Fundamentação: Possibilita massagens nas costas; Melhora oxigenação do feto;
Potencializa a ação da gravidade na descida do feto; Encurta o ângulo de
descida e amplia os diâmetros da pelve em 25%; Libera o sacro e cóccix;
Promove contrações menos dolorosas e mais eficazes; Feto alinhado com o eixo
da pelve.
Pode aumentar a necessidade de puxo no 2º estágio.
SEMI-VERTICAL
Indicação: Desejo da pessoa.
Fundamentação: O mesmo que a verticalizada, porém libera menos o sacro e
cóccix; Possibilita exames vaginais.
LATERAL
Indicação: 2º estágio acelerado.
Fundamentação: Posição muito favorável para descansar; Reduz a pressão nos
grandes vasos; Possibilita maior aporte sanguíneo e de oxigênio para o feto;
Permite o movimento do sacro no 2º estágio; Favorece a progressão do feto sem
traumas; Útil para reuzir um 2º estágio muito acelerado; Favorece a proteção
perineal, evitando lacerações, pois facilita a moldagem da cabeça ao períneo;
Alivia a pressão nas hemorróidas.
CÓCORAS
Indicação: Dificuldade na descida do feto.
Fundamentação: Pode aliviar a dor nas costas; Possibilita a ação da gravidade;
Amplia a saída da bacia; Necessita de menos esforços expulsivos; Facilita a
rotação e a descida; Vantagens mecânicas - o tronco empurra o fundo uterino;
Aumenta a sensação de bem estar, por se sentir amparada.
QUATRO APOIOS
Indicação: Queixa de dor lombar; Posições posteriores persistentes; Distocia de
ombro.
Fundamentação: Alivia a dor nas costas; Auxilia a rotação do bebê na posição
occito posterior (OP); Permite balancer a pelve e movimentos corporais; Permite
exams vaginais; Alivia a pressão nas hemorróidas; Facilita o desprendimento
das espáduas.
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DE PÉ
Indicação: Dinâmica uterina irregular; Queixa intensa de dor nas costas.
Fundamentação: Vantagem da ação da gravidade durante e entre as contrações;
Contrações menos dolorosas e mais eficazes; Alinhamento do feto com o eixo
da pelve; Pode aumentar a sensação de puxo no 2º estágio.
Na posição de pé, o peso da pessoa repousa sobre as duas cabeças do femur,
permitindo que a pressão no acetábulo provoque aumento de 01 cm de diâmetro
transverso da saída da pelve.
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
Reflexologia
A reflexologia é antigo método de cura que foi comprovado atráves da realização de estudos
clínicos. Essa técnica envolve acupuntura, acupressão e outros métodos que através de zonas
específicas do couro cabelo, ouvidos, mãos e oés atuam nos órgãos do copro humano. Essa técnica
foi originada através da cultura chinesa, japonesa e indiana onde concluiu-se que as zonas de energia
percorrem em todos os sistemas do corpo humano (DALE, 2021, p. 402).
Acunputura e Moxabustão
A acupuntura é uma prática de colocar agulhas nos acupontos do sistema dos meridianos para
restaurar o equilíbrio do corpo. Os acupontos estão localizados logo abaixo da epiderme. As agulhas
especiais utilizadas são inseridas nesses pontos penetrando cerca de 6 mm da pele, para ajudar a
corrigir a energia do corpo. A acupuntura tem sido utilizada há séculos como um método terapêutico
para alívio da dor, náuseas e vômitos durante o ciclo gravídico-puerperal. Pesquisadores afirmam
que certos locais do corpo podem produzir endorfinas auxiliando no aumento da resistência à dor
( DALE, 2021, p. 348).
A moxabustão é uma técnica de baixo custo que envolve o uso de folhas secas de um tipo de
Artemísia que, quando em brasa, são colocadas ao lado de um ponto de acupuntura para gerar calor.
Essa prática é contraindicada em casos de apresentação instável, gestações múltiplas, cesárea prévia
ou cicatriz uterina, hemorragia pré-parto, diabetes, volume anormal de líquido amniótico, feto
grande ou com má formação, desproporção céfalo-pélvica conhecida, história de infertilidade e de
morte ou sofrimento fetal intra-útero. A moxabustão e acupuntura no ponto B67, localizado no
meridiano da Bexiga, próximo ao ângulo ungueal externo do 5° dedo do pé. Essas práticas são
indicadas para a versão cefálica de fetos em apresentação pélvica. Acredita-se que esta técnica
estimule a produção de estrogênio placentário e prostaglandinas maternas, possibilitando contrações
uterinas e movimentação fetal (Rodrigues e Zorzim, 2017).
Auriculoterapia
É uma técnica da Medicina Tradicional Chinesa onde utiliza-se pontos de reflexologia do pavilhão
auricular sobre o sistema nervoso central visando organizar o corpo por meio de estímulos por
agulhas, pressão com sementes ou microesferas. O mapa auricular chinês comprova a eficacácia
dessa modalidade no tratamento de ansiedade, distocias, algia e indução do trabalho de parto.
Estudos clínicos apontam a eficácia da auriculoterapia na redução da ansiedade em parturientes
(Mafetoni, et al. 2018).
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
Referências
Dale, Cyndi. Enciclopedia de anatomia do corpo sutil: um guia definitivo, detalhado e ilustrado
sobre a bioenergia humana. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla; Ilustrado por Richard Wehrman.
São Paulo: Editora Pensamento Cultrix, 20021. Título original: The subtle body: an encyclopedia of
your energetic anatomy. ISBN 978-65-5736-048-4.
FOCKS, C. Guia prático de acupuntura: localização de pontos e técnicas de punção. Ulrich März.
Tradução Reinaldo Guarany. Barueri, SP: Manole, 2008
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Critérios para Assistência da Enfermeira Obstetra nos Centros Obstétricos das Maternidades
da Rede Municipal de Saúde:
Gestação única;
Apresentação cefálica fletida;
BCF dentro do preconizado (entre 110 e 160bpm, sem desacelerações após a
contração) (NICE, 2007; Cunningham et al., 2010).
Peso Estimado: RNs com peso estimado maior que 2.500 g e menor que 4.000g
A assistência à gestante de alto risco pela enfermagem obstétrica tem como objetivo acolher e
apoiar a pessoa em trabalho de parto, em parceria com a equipe médica (assistência
integrada), oferecendo uma assistência efetiva e segura nas diferentes indicações clínicas e
obstétricas, com enfoque na vigilância, controle e redução dos agravos à saúde materna e fetal.
O parto será assistido pela equipe médica. É considerado alto risco obstétrico: Síndrome
Hipertensiva Específica da Gestação (SHEG), Hipertensão Arterial Crônica (HAC),
cardiopatias, nefropatias, diabetes, prematuridade, gemelaridade, apresentações anômalas,
placenta prévia, anemia grave, endocrinopatias, hemopatias, isoimunização, sofrimento fetal e
malformação confirmada, doenças infecciosas na gestação (rubéola, toxoplasmose, hepatites,
HIV/AIDS, corioamnionite).
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6 – Pós-parto imediato
É importante que este período seja passado no centro obstétrico ou na sala PPP (pré-parto, parto e
pós-parto), pois este é propício para intercorrências, principalmente a hemorragia pós-parto. Passado
este período inicial, estando a puérpera equilibrada hemodinamicamente e formado o globo de
segurança de Pinard (útero ao nível da cicatriz umbilical e firmemente contraído), a pessoa poderá
ser encaminhada ao alojamento conjunto, após serem avaliados seus sinais vitais e devidamente
anotado. (Brasil, 2004)
Além disso, este curto período em que a pessoa permanecerá sob vigilância na unidade onde o parto
ocorreu, constitui ótima oportunidade para um cuidado individualizado dos profissionais de saúde no
tocante às orientações sobre o período puerperal, cuidados, amamentação precoce, contato com o
recém-nascido e outros assuntos correlatos, desde que a pessoa esteja em boas condições. As salas
de PPP são ideais para o controle da pessoa durante este período. (Brasil, 2004)
6.1 – No que se refere aos cuidados no puerpério imediato, realizar as seguintes observações da
pessoa logo após o parto:
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Cuidados com o períneo: antes de avaliar trauma genital, explicar à pessoa o que será
realizado e porquê, ofereça analgesia adequada, assegurar boa iluminação, posicionar a
pessoa de maneira confortável e com boa exposição das estruturas genitais;
Realizar o exame inicial de maneira gentil e sensível. Isto deve ser feito imediatamente após
o parto;
Na avaliação sistemática do trauma genital: explicar novamente o que será realizado e
porque; providenciar analgesia local ou regional efetiva; avaliar visualmente toda a extensão
do trauma;
Na suspeita de qualquer lesão da musculatura perineal, realizar exame retal para verificar se
ocorreu algum dano ao esfíncter anal externo e interno;
Assegurar que o momento para essa avaliação sistemática não interfira na relação mãe-filho
exceto se houver sangramento que requeira medidas de urgência;
Documentar a avaliação sistemática e os seus resultados de forma detalhada;
Ajudar a pessoa a adotar uma posição que permita uma visualização adequada do grau do
trauma para o reparo;
Manter essa posição apenas pelo tempo necessário para a avaliação sistemática e reparo do
períneo;
Dar a informação à pessoa sobre a extensão do trauma, o alívio da dor, dieta e higiene;
As enfermeiras obstétricas envolvidas na assistência ao parto devem estar treinadas na
avaliação e reparo do trauma genital, certificando-se que essas habilidades sejam mantidas;
Aconselhar a pessoa que, no caso de trauma de primeiro grau, a ferida pode ser suturada, a
fim de melhorar a cicatrização, a menos que as bordas da pele estejam bem apostas;
Aconselhar a pessoa que, no caso de um trauma de segundo grau, o músculo deve ser
suturado, a fim de melhorar a cicatrização;
Durante o reparo perineal: assegurar analgesia efetiva com a infiltração de até 20ml de
lidocaína 1%;
Se a pessoa relatar alívio inadequado da dor, a qualquer momento, levar isso em
consideração imediatamente e providenciar aumento da analgesia caso essa não tenha sido
utilizada em sua totalidade;
Não há necessidade de sutura da pele se as suas bordas se apõem após a sutura do músculo,
em trauma de segundo grau ou episiotomia;
Se houver necessidade de sutura da pele, utilizar uma técnica subcutânea contínua;
Realizar a reparação perineal usando uma técnica de sutura contínua para a camada de parede
vaginal e músculo;
Observar os princípios básicos seguintes ao realizar reparos perineais: realize a reparação do
trauma perineal utilizando técnicas assépticas; verifique os equipamentos e conte as
compressas, gazes e agulhas antes e depois do procedimento. (Brasil, Diretrizes Nacionais de
Assistência ao parto normal, 2017).
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Assistência ao Terceiro Período do Parto
O manejo deste período pode acontecer de forma expectante (manejo fisiológico), ativa ou mista.
Manejo expectante
Nesse caso, após o nascimento do bebê, realiza-se o clampeamento oportuno do cordão umbilical
e se aguarda o delivramento espontâneo, sem uso de intervenções, como administração de
uterotônicos, por exemplo.
Manejo ativo
Envolve um conjunto de intervenções, incluindo o uso de uterotônicos logo após o nascimento
recomenda-se ocitocina 10UI IM, mesmo se a parturiente já estiver puncionada, clampeamento e
secção do cordão umbilical, tração controlada do cordão e massagem do fundo uterino
(Cochrane, 2015).
Manejo misto
A condução mista consiste no uso de algumas das intervenções, como a administração de
uterotônicos, porém sem a realização do clampeamento precoce do cordão umbilical e massagem
do fundo uterino.
De acordo com a OMS (2014), nos casos em que há a presença de profissional qualificado para
assistência ao parto, o manejo do terceiro período deve envolver:
Esta assistência deve ser realizada pelo profissional Medico e Equipe de Enfermagem.
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Hemorragia Pós Parto
CT Obstetrícia - 2022
Não é recomendada de rotina nos casos em que a pessoa recebeu uterotônico profilático.
Porém, a avaliação do tônus uterino continua sendo uma parte vital da tomada de decisão e
deve ser praticada durante a terceira fase do parto.
É importante ressaltar que a pessoa deve ser orientada quanto aos riscos e benefícios de cada
manejo, podendo fazer a sua escolha de forma consciente. Pessoas que preferem uma abordagem
menos intervencionista no manejo do terceiro estágio do trabalho de parto podem ser asseguradas de
que, com o uso de um agente uterotônico, a tração controlada do cordão [de forma rotineira], pode
ser omitida do pacote de manejo ativo, sem aumento do risco para hemorragia pós-parto severa, mas
com possibilidade de aumento no risco para remoção manual da placenta. (Cochrane, 2015)
• Uma outra medida que pode ser utilizada no controle temporário ou definitivo da hemorragia
pós-parto é o uso do balão de tamponamento intrauterino (BTI), que no momento será
confeccionado de forma artesanal, de acordo com treinamento prévio por esta secretaria. O
BTI é capaz de reduzir a abordagem cirúrgica, em especial a histerectomia e poderá ser
utilizado tanto no pós-parto vaginal quanto no pós-parto cesáreo. Podem, também, ser
utilizados para viabilizar transferências intra-hospitalares. Está indicado nos casos em há falha
medicamentosa e na contenção do sangramento ativo, sendo contraindicado em casos de
neoplasias invasivas, ou infecções cervicais, vaginais ou uterinas, e sangramentos arteriais que
requerem abordagem cirúrgica. Seu tempo de permanência recomendado é de, no máximo, 24
horas, havendo a necessidade do uso profilático de antibiótico. “Recomenda-se encher o balão
com líquidos mornos (ou pelo menos em temperatura ambiente), evitando líquidos frios ou
gelados pelo risco de indução de hipotermia.” A instalação do BTI poderá ser realizada tanto
pelo profissional médico quanto pelo enfermeiro treinado e capacitado para atuar em tal
evento adverso. (OPAS, 2018)
31
6.2 – Tempo de condução
Na conduta ativa, o terceiro período do parto é considerado prolongado quando não acontece o
delivramento em até 30 minutos. No caso do manejo fisiológico este período prolonga-se até 60
minutos. Deve-se manter observação rigorosa da pessoa, avaliação da perda sanguínea, tônus
uterino, coloração de pele e mucosas, respiração e sensação de bem estar. Faz-se necessário
mudar do manejo expectante para o ativo se ocorrer hemorragia ou se a placenta não dequitar
em até 1 hora após o parto (Conitec, 2017).
III – Estimular o aleitamento materno na primeira hora de vida, exceto em casos de mães HIV
ou HTLV positivas;
32
Três metanálises, que incluíram estudos com nascidos a termo, concluíram que o
clampeamento tardio do cordão umbilical é benéfico com relação aos índices
hematológicos na idade de 3-6 meses. Com base nesses estudos, recomenda-se que o RN
a termo, saudável e com boa vitalidade ao nascer seja posicionado no nível da placenta
por um a três minutos, antes do clampeamento do cordão umbilical. O contato ‘pele a
pele’ com a mãe imediatamente após o nascimento, em temperatura ambiente de 26ºC,
reduz o risco de hipotermia em recém-nascidos de termo, com vitalidade, desde que
cobertos com campos pré-aquecidos. Nesse momento, pode-se iniciar a amamentação. A
Organização Mundial de Saúde recomenda que o aleitamento materno seja iniciado na
primeira hora de vida, pois se associa a um maior período de amamentação, melhor
interação mãe-bebê e menor risco de hemorragia.
Contato pele a pele - Os bebês interagem mais com suas mães, ficam mais aquecidos e
choram menos, quando colocados no colo da mãe; são mais amamentados e amamentaram
por mais tempo quando tiveram contato pele a pele precoce; possivelmente tiveram mais
chances de ter um bom relacionamento inicial com suas mães, mas isso foi difícil de medir
(Moore ER., Anderson GC., Bergman N., 2007).
Identificação do RN: Essa identificação é feita no prontuário. Pulseiras devem ser colocadas
na mãe e no RN, imediatamente após a confirmação dos dados, seguindo o protocolo de
segurança do paciente, contendo o nome da mãe, o registro hospitalar, a data e hora do
33
nascimento e o sexo do RN. Os RNs estáveis devem permanecer com suas mães e ser
transportados ao alojamento conjunto. Caso haja a necessidade de transporte do RN para a
unidade neonatal, ele sempre deve ser mostrado à mãe novamente, antes do transporte.
8 – Sindrome Gripal
Trata-se de uma grave situação mundial de saúde pública, onde se passaram dois anos do
início da pandemia, a Covid-19 ceifou a vida de mais de seis milhões de pessoas, deixando
mais de 530 milhões de pessoas infectadas ao redor do planeta. No Brasil são mais de 620 mil
mortos e mais de 31 milhões de casos confirmados (DASHBORARD COVID-19).
34
Elencamos abaixo o passo a passo para a padronização dos casos.
2. Preparar e conferir todo material a ser utilizado dentro da sala de parto/ suíte de isolamento
do centro obstétrico (CO), evitando a contaminação e propagação do SARS-CoV-2 para
profissionais e clientes do setor;
Observações: Permanecer com a cama obstétrica (cama PPP) voltada na posição das redes de
gases dentro da suíte para ter um efetivo atendimento, caso necessite de procedimentos
invasivos minimizando os riscos para a gestante, RN e os profissionais de saúde. Sempre que
possível manter um profissional do lado de fora da suíte, dando suporte a quem se encontra
dentro do isolamento prestando assistência.
Permanecer com a UCR na posição da rede de gases, com uma distância maior ou igual a 1
metro, evitando os riscos para o RN e equipe médica.
8. Identificar, logo após o nascimento, o binômio (mãe e RN) com a pulseira previamente
preenchida antes da entrada na suíte, que deve conter o nome da mãe sem abreviaturas,
número de prontuário, data e hora do nascimento.
9. Realizar a pesagem do RN, pelo pediatra, em balança que deverá ser previamente trazida
para a entrada da suíte dentro do CO, apenas evitando a contaminação/ exposição do mesmo,
em seguida colocar o RN de volta na UCR para administrar as medicações indicadas
(vitamina K, vacina Hepatite B e PVPI).
35
10. Colocar o RN em berço comum ou incubadora de transporte de acordo com as
necessidades clinicas após os cuidados neonatais, para ser encaminhado para enfermaria do
alojamento conjunto com a mãe (isolamento) ou para Unidade Neonatal.
11. Nos casos de mulheres com perda gestacional (abortamento), fazer a identificação e
pesagem do concepto e enviar junto com pedido de exame de histopatológico ao setor de
Anatomia Patológica. (Deve ser tratado como material infectante)
12. Transferir a puérpera com máscara cirúrgica para o leito da enfermaria do alojamento
conjunto (isolamento) ou para Unidade de Referência para o COVID-19. Atenção especial
para a cliente em ventilação assistida, lembrar da utilização de EPI para ambientes com
geração de aerossol (vide Nota Técnica SMS-RJ). Enquanto não houver leito para
transferência da paciente, a mesma ficará assistida, na suíte de coorte do CO ou sala
cirúrgica;
13. Retirar os EPIs de acordo com as orientações técnicas em local próprio para
desparamentação, após o transporte da cliente;
Observações:
Lembretes:
• A equipe de profissionais que prestarão assistência ao parto deverá ser composta por:
1 médico obstetra, 1 enfermeiro/técnico de enfermagem e 1 pediatra. Casos especiais poderão
necessitar da ampliação da equipe de saúde.
36
• Disponibilizar a quantidade mínima de material, insumos e medicações para garantir
a assistência obstétrica e neonatal dentro da suíte de isolamento do CO e sala de cirurgia.
• A equipe de limpeza deverá ser avisada toda vez que for transportar cliente com
COVID-19 pelo elevador, para realizarem limpeza terminal do mesmo.
• O elevador deverá ser parado após a utilização do mesmo pela cliente com COVID-
19, só podendo ser liberado após o termino da limpeza.
37
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42
| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
➔ Orientar que a alimentação livre de açúcares e farináceos é apenas um fator e que o início do
trabalho de parto depende de vários outros fatores;
➔ Orientar que fazer essa dieta não garante que a pessoa vá entrar em trabalho de parto antes de
41 semanas;
➔ Comidas apimentadas, assim como gengibre e canela, são conhecidas por acelerar o parto.
Porém não existe comprovação científica a respeito, mesmo esses alimentos possuindo efeito
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
➔ Orientar que os estudos realizados com o consumo de tâmaras foram feitos com a fruta fresca
e que não sabemos quais os efeitos do consumo das tâmaras secas, não sabemos qual quantidade
dessa apresentação da fruta seria necessária, se os resultados seriam diferentes se os estudos
fossem maiores e de melhor qualidade, os estudos começaram com a ingesta das tâmaras com
36/38 semanas, não sabemos o efeito das tâmaras na nossa sociedade;
➔ O consumo de 6 tâmaras por dia durante 4 semanas antes da data estimada do parto pode
estimular o início do trabalho de parto de forma espontânea com facilitação da dilatação cervical
e manutenção das membranas intactas por mais tempo;
★ Coito
➔ O contato íntimo, sem o uso de preservativos, durante a gravidez ajuda a preparar o colo do
útero para o parto, isso porque estimula a produção de prostaglandina, além de aumentar a
produção de ocitocina, que é responsável por promover as contrações musculares uterina;
➔ Além disso, os orgasmos favorecem a contração uterina (e, por consequência, a dilatação) e
promovem o relaxamento por meio da liberação da ocitocina;
➔ O contato íntimo para estimular o parto é contraindicado a partir do momento em que a bolsa
rompe devido ao risco de infecção;
➔ A taxa de trabalho de parto espontâneo não diferiu entre pessoas que tiveram coito diário
para pessoas que o coito foi desencorajado.
★ Homeopatia
➔ Para este protocolo utilizaremos uma formulação consagrada para indução do trabalho de
parto que poderá ser prescrita por todas as Enfermeiras;
➔ A homeopatia atua em nível mental, provocando relaxamento e confiança para que a pessoa
possa contribuir serenamente para o nascimento de seu filho. Neste sentido, a utilização da
homeopatia na indução do trabalho de parto tem como objetivos contribuir para que a pessoa
durma melhor, se alimente bem e tenha as contrações necessárias para que seu bebê nasça com
saúde;
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
➔ Seu uso pode ser iniciado na 37ª semana de gestação, por via oral, uma vez ao dia, pela
manhã;
➔ Indicação: seu grande campo de ação são os órgãos genitais femininos e em especial maneira
durante o parto, quando as dores vem irregularmente, quando cessam por esgotamento geral e
quando são demasiado dolorosas, fazendo o parto prolongado e esgotante; quando o orifício do
colo uterino está rígido e não se dilata durante o parto; quando há uma total atonia uterina antes
do início do trabalho de parto; quando as dores do parto são espasmódicas, paroxísticas,
irregulares, interrompidas ou débeis, e chegam a cessar ou são curtas e ineficazes; nos
momentos de pródomos; Além disso é o preventivo por excelência, não só dos transtornos
mencionados no parto, na placenta retida, na dificuldade de involução uterina no pós-parto ou
atonia uterina;
➔ Prescrição: Caulophyllum thalictroides - 6CH - em glóbulos - 1 dose pela manhã por 30 dias
ou até o nascimento.
★ Óleo de rícino
➔ O óleo de rícino é laxante e, por isso, ao causar espasmos no intestino, pode estimular as
contrações uterinas;
➔ Ele está indicado para pessoas que estão com a dinâmica uterina zerada e colo do útero
fechado como forma de indução. E também pode ser utilizado para aquelas pessoas que se
encontram em pródromos como forma de aceleração;
➔ Para iniciar os estímulos do trabalho de parto podemos orientar a pessoa a fazer o uso do
óleo de rícino em duas etapas. A primeira poderá ser realizada no domicílio da pessoa, sem
supervisão profissional. Já a segunda etapa deverá ser supervisionada, ou seja, iniciando as
contrações a pessoa deverá se dirigir à unidade de saúde para que seja avaliada, conforme
necessidade;
➔ Primeira etapa: A pessoa deve ingerir 2 ovos fritos em 20 ml de óleo de rícino. Não existe
contra indicação para que a gestante mantenha sua alimentação normalmente;
➔ Segunda etapa: 2 horas após a ingestão do ovo frito a pessoa deve iniciar a ingestão do
shake, conforme receita. Nesta etapa espera-se que as contrações apareçam de forma mais
intensa e regular. Então quando as contrações iniciarem a pessoa deverá se encaminhar à
unidade de saúde, para que seja acompanhada pela equipe
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
➔ A pessoa deverá ser orientada a anotar o horário da ingestão de cada fase da indução por óleo
de rícino e quais alterações corporais percebeu. Estas anotações devem ser entregues à
Enfermeira Obstétrica na unidade de saúde;
➔ A pessoa deverá guardar as doses subsequentes em um frasco limpo e com tampa e levar
consigo para a unidade de saúde;
➔ Neste sentido não é obrigatório que a pessoa faça a ingestão das 3 doses do Shake;
★ Chás
➔ O chá de folhas de framboesa ajuda a tonificar o útero preparando-o para o parto e fazendo
que o trabalho de parto progrida a um bom ritmo, sem ser tão doloroso;
➔ O chá de folhas de framboesa pode, então, ser tomado no terceiro trimestre de gestação, a
partir das 32 semanas, mas deve ser sempre feito com supervisão e orientação;
➔ Deve ser preparado com as folhas de framboesa, pois possuem substâncias diferentes do
fruto;
★ Escalda-pés
➔ O Enfermeiro deverá se atentar para manter a bacia ensacada durante todo o processo,
evitando a contaminação do instrumental;
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
★ Aromaterapia
➔ O uso da Aromaterapia pode ser indicado em qualquer momento do trabalho de parto, como
forma de relaxamento da pessoa (reduzindo a adrenalina, favorecendo a produção de ocitocina)
e indução / aceleração das contrações;
➔ O uso do PIM propicia uma varredura em nossos corpos sutis (emocional, mental e etéreo),
onde se encontra a memória de tudo aquilo que somos, retirando padrões mentais e pensamentos
repetitivos, anulando sentimentos negativos, obsessões, ansiedade, saciedade. O caminho
olfativo dos óleos refaz sinapses e mostram outros circuitos. O PIM de lavanda pode ajudar a
restaurar o sono tranquilo, movimentar o escutar, diminuindo a ansiedade da fala. Fornecer um
vidrinho para as gestantes que se encontrem no final da gestação. Deve ser utilizado 3x ao dia,
passado com o aplicador do vidrinho sobre os pulsos e embaixo do nariz. Solicitar que a
gestante não jogue fora o vidro para repormos o PIM. Ficarão guardados em um vidro
identificado junto aos óleos essenciais.
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| Protocolo Assistencial da Enfermagem Obstétrica 2022
★ Acupressão
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Ponto Localização Ação Função
B60 Entre o tendão Aplicação: pressionar Revigora a função
calcâneo e a borda do perpendicularment e, renal e a circulação,
maléolo lateral do 0,5-0,8 polegada; fortalece o dorso e o
tornozelo, no nível moxa 10 minutos. joelho, relaxa
do ponto mais alto do Pressão: 3 a 5 músculos e tendões,
maléolo. minutos, pressão remove obstruções do
alternada; meridiano e dos
colaterais, elimina o
Calor, distribui o
Sangue e remove a
estagnação de Sangue
no útero, elimina
fatores patogênicos
do eixo Tai Yang,
expele o Vento
interior e exterior.
49
★ Descolamento de membrana
➔ O descolamento das membranas poderá ser realizado a partir de 40 semanas de gestação, desde
que o colo do útero tenha permeabilidade para que ocorra o procedimento - pelo menos 1 cm de
dilatação;
➔ Nos casos de colo totalmente fechado, o Enfermeiro não deverá forçar o procedimento;
➔ Durante o toque vaginal, o dedo indicador do examinador é introduzido no canal cervical e, após
identificar as membranas, realizam-se com a ponta do dedo movimentos circulares, com o intuito de
descolar as membranas e dilatar o colo uterino;
➔ Este procedimento, além de uma ação mecânica sobre o colo uterino, promove também a liberação
de prostaglandinas;
➔ Os únicos efeitos adversos encontrados são de desconforto e sangramento genital durante ou logo
após a realização do procedimento. No entanto, o uso rotineiro de descolamento de membranas na 38ª
semana não parece produzir benefícios clínicos importantes.
➔ O Rebozo é uma peça de tecido, muito utilizado no vestuário Mexicano e que também tem a
função de movimentar o bebê e relaxar a musculatura pélvica durante a gravdez, trabalho de parto e
parto;
50
➔ As técnicas de rebozo, em geral, favorecem o relaxamento da pessoa em trabalho de parto, e com
isso facilitam o processo de dilatação, não sendo, portanto, um indutor / acelerador de contrações;
➔ Não se tem estipulado um tempo ideal de realização de cada técnica. Sendo assim o profissional
deverá realizar o procedimento avaliando os resultados obtidos e a vontade da pessoa de receber a
técnica;
➔ Massagem nas costas na posição em pé: promove relaxamento na parte inferior das costas e na
região pélvica. O Rebozo deve ser posicionado em volta do quadril da gestante, deve ir da cintura até
a parte superior das pernas, para que toda a região da pelve esteja envolvida. O centro do Rebozo fica
embaixo do cóccix da parturiente. A pessoa se inclina para trás, dentro do Rebozo, distribuindo seu
peso em ambas as pernas, o profissional deve segurar ambas as extremidades do Rebozo, fazendo
uma pega firme e começar o movimento de vai-e-vem, de forma ampla e num ritmo relaxante;
➔ Massagem das costas - aconchego sentada: promove o relaxamento das costas e do tronco. A
pessoa deve se sentar na beirada de uma cadeira para que haja espaço para reclinar-se, deixando as
costas livres. Deve-se estender o Rebozo a partir do pescoço até o final da coluna, sobre os ombros e
costas da pessoa. O profissional deve ficar de frente para a pessoa, com os braços esticados ou
cruzados, segurando ambas as extremidades do Rebozo, fazendo uma pega firme e começar o
movimento de vai-e-vem, de forma ampla e num ritmo relaxante;
51
➔ Massagem da barriga - aconchego em pé: promove o relaxamento da região pélvica e do assoalho
pélvico. A pessoa deve posicionar-se em pé, com os pés levemente afastados e firmes, ligeiramente
inclinada para frente, de modo que a barriga fique pendente, apoiando as mãos em algum anteparo.
Deve-se estender o Rebozo por toda a região do abdome, lembrando de não acumular tecido na parte
inferior da barriga da pessoa. O profissional deve ficar atrás da pessoa, com os braços esticados ou
cruzados, segurando ambas as extremidades do Rebozo, fazendo uma pega firme e começar o
movimento de vai-e-vem, de forma ampla e num ritmo relaxante;
52
➔ Massagem da barriga em quatro apoios: promove o relaxamento da região pélvica e do assoalho
pélvico, relaxamento da parte inferior das costas e embala o bebê dentro da barriga. A pessoa deve
posicionar-se sobre quatro apoios, de modo que a barriga fique pendente, utilizando algum objeto
macio (almofadas) sob as mãos e joelhos. Caso a pessoa não consiga permanecer nesta posição pode-
se utilizar a bola suiça como anteparo para o tronco. Deve-se estender o Rebozo por toda a região do
abdome, lembrando de não acumular tecido na parte inferior da barriga da pessoa. O profissional deve
ficar em pé atrás da pessoa, com os braços esticados, segurando ambas as extremidades do Rebozo,
fazendo uma pega firme e começar o movimento de vai-e-vem, de forma ampla e num ritmo
relaxante;
53
➔ Massagem no quadril em quatro apoios: promove o relaxamento do assoalho pélvico e quadril,
além de apoiar a pessoa no momento do expulsivo. A pessoa deve posicionar-se sobre quatro apoios,
de modo que a barriga fique pendente, utilizando algum objeto macio (almofadas) sob as mãos e
joelhos. Deve-se envolver o quadril da pessoa com o Rebozo, posicionando o centro do tecido sobre o
cóccix, recobrindo toda a nádega. O profissional deve sentar de frente para a pessoa e realizar a
massagem, com os braços esticados, segurando ambas as extremidades do Rebozo, fazendo uma pega
firme e começar o movimento de vai-e-vem, de forma ampla e num ritmo relaxante;
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➔ Massagem no quadril em quatro apoios - Bombom: é uma variação da massagem no quadril em
quatro apoios, promovendo o relaxamento do assoalho pélvico e quadril. A pessoa deve posicionar-se
sobre quatro apoios, de modo que a barriga fique pendente, utilizando algum objeto macio
(almofadas) sob as mãos e joelhos. Deve-se envolver o quadril da pessoa com o Rebozo,
posicionando o centro do tecido sobre o cóccix, recobrindo toda a nádega. O profissional deve sentar
atrás da pessoa e realizar a massagem, com os braços esticados, segurando ambas as extremidades do
Rebozo, bem próximo ao quadril da parturiente, fazendo uma pega firme e começar o movimento de
vai-e-vem, curtos e ritmados;
Durante todo o processo de Indução Natural do Trabalho de Parto a pessoa e seu acompanhante
devem receber orientações detalhadas sobre o processo de indução, suas indicações e potenciais riscos
associados. Tal discussão deve estar documentada no prontuário. Todo o processo de indução natural
do trabalho de parto deverá seguir as recomendações do Protocolo Assistencial de Enfermagem
Obstétrica do Município do Rio de Janeiro. Caso a pessoa apresente qualquer alteração do seu estado
de saúde ou obstétrico durante o processo de indução natural do trabalho de parto o Enfermeiro
deverá avaliar o quadro e identificar se o processo de indução deve ser suspenso. O status do colo é
um dos mais importantes fatores preditivos da probabilidade de sucesso da indução do parto. O índice
de Bishop parece ser a melhor forma de avaliar o colo uterino e predizer a probabilidade da indução
resultar em um parto vaginal. Todo o processo de indução natural do trabalho de parto deverá ser
acompanhado em todo o período pelo Enfermeiro Obstétrico. Quando ocorrer taquissistolia,
hipertonia uterina e/ou sofrimento fetal, o Enfermeiro obstetra deverá suspender o processo de
indução natural do trabalho de parto. Em todos os plantões nas unidades de saúde devem existir a
presença da Enfermeira Obstetra familiarizada com a indução e seus efeitos para acompanhar a
55
pessoa durante todo o processo. No caso de falha de indução, quando da utilização dos métodos
naturais, o Enfermeiro Obstétrico deve dar continuidade ao acompanhamento pré-natal conforme
protocolo, seguindo as recomendações para transferência nos casos de amniorrexe ou de gestação
prolongada.
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crítica dos métodos não-farmacológicos de indução do trabalho de parto. Femina; 38(4)abr. 2010.
57
ANEXO II – CASA DE PARTO DAVID CAPISTRANO FILHO
ACELERAÇÃO NATURAL DE TRABALHO DE PARTO
★ Óleo de rícino: seguir as recomendações descritas no item Indução Natural do Trabalho de Parto.
★ Chás
➔ O Chá da Canela em pau pode estimular as contrações uterinas por ser um potente emenagogo. A
Canela é capaz de produzir contrações potentes e deve ser utilizada no final do trabalho de parto para
acelerar o nascimento;
58
➔ Ingredientes: 250 ml de água, canela em pau (4 pauzinhos), cravo a gosto, um pedaço pequeno de
gengibre, maçã a gosto, chocolate ao leite ou puro (a gosto). Modo de Preparo: Deixe a água ferver e
quando estiver borbulhando acrescente os ingredientes, menos o chocolate. Deixe ferver tudo por 15
minutos. Desligue o fogo e então deixe esfriar por 5 minutos. Coloque na xícara que irá servir o chá e
acrescente o chocolate.
★ Aromaterapia
➔ O uso da Aromaterapia pode ser indicado em qualquer momento do trabalho de parto, como
forma de relaxamento da pessoa (reduzindo a adrenalina, favorecendo a produção de ocitocina) e
aceleração das contrações;
➔ Óleo para Massagem de relaxamento: 50 ml de óleo vegetal (semente de uva, coco ou girassol),
10 gotas de OE de tangerina, 10 gotas de OE de lavanda, 5 gotas de OE de ylang-ylang. Modo de
preparo: Gotejar os OE, um de cada vez no óleo vegetal e misturar levemente. Modo de usar:
utilizar uma pequena quantidade do óleo para realizar massagens na região lombar, no MMII, sola
dos pés ou região temporal, por, pelo menos, 15 minutos. Procure um ambiente calmo, com pouca
luz e se possível com música suave.
➔ Óleo para massagem corporal - Ansiedade e medo: 50 ml de óleo vegetal (semente de uva, coco
ou girassol), 10 gotas de OE de gerânio, 15 gotas de OE de ylang-ylang. Modo de preparo: Gotejar
os OE, um de cada vez no óleo de semente de uva e misturar levemente. Modo de usar: utilizar uma
pequena quantidade do óleo para realizar massagens na região cervical e/ou lombar, por, pelo
menos, 15 minutos. Procure um ambiente calmo, com pouca luz e se possível com música suave.
★ Descolamento de membrana
➔ O descolamento das membranas poderá ser realizado a partir do momento que a pessoa se
apresenta em pródomos do trabalho de parto, considerando a idade gestacional entre 37 à 41
semanas de gestação, desde que o colo do útero tenha permeabilidade para que ocorra o
procedimento - pelo menos 1 cm de dilatação;
➔ Nos casos de colo totalmente fechado, o Enfermeiro não deverá forçar o procedimento, mesmo
que a gestante tenha alguma dinâmica uterina;
59
➔ Durante o toque vaginal, o dedo indicador do examinador é introduzido no canal cervical e, após
identificar as membranas, realizam-se com a ponta do dedo movimentos circulares, com o intuito de
descolar as membranas e dilatar o colo uterino;
➔ Este procedimento, além de uma ação mecânica sobre o colo uterino, promove também a
liberação de prostaglandinas;
★ Acupressão
60
IG4 No lado dorsal da Aplicação: pressionar Analgésico mais
mão, entre o primeiro de 3 a 5 minutos, importante que afeta
e o segundo osso pressão alternada. todo o corpo; efeito
metacarpo no meio geral no
do primeiro músculo metabolismo, efeito
interósseo dorsal; ao que promo ve o par
abrir o polegar e o to, dismenorréia.
dedo indicador, no
meio da linha entre a
junção do primeiro e
do segundo
metacarpo, o ponto
médio da borda da
palma, ou quando
fecha a mão, entre o
primeiro e o segundo
metacarpo, o ponto
mais alto em cima do
músculo interósseo
★ Rebozo
➔ O Rebozo é uma peça de tecido, muito utilizado no vestuário Mexicano e que também tem a
função de movimentar o bebê e relaxar a musculatura pélvica durante a gravdez, trabalho de parto e
parto;
➔ Para favorecer a indução do trabalho de parto as técnicas de rebozo devem ser utilizadas na fase
ativa do trabalho de parto, no período de dilatação (acima de 6 cm de dilatação);
➔ As técnicas de rebozo, em geral, favorecem o relaxamento da pessoa em trabalho de parto, e com
isso facilitam o processo de dilatação, não sendo, portanto, um indutor de contrações;
➔ Não se tem estipulado um tempo ideal de realização de cada técnica. Sendo assim o profissional
deverá realizar o procedimento avaliando os resultados obtidos e a vontade da pessoa de receber a
técnica;
61
➔ O Enfermeiro deve seguir as recomendações descritas no item Indução Natural do Trabalho de
Parto.
➔ Massagem nas costas na posição em pé;
➔ Massagem das costas - aconchego sentada;
➔ Massagem da barriga - aconchego em pé;
➔ Massagem da barriga em quatro apoios;
➔ Massagem da pelve - aconchego em posição deitada;
➔ Massagem no quadril em quatro apoios;
➔ Massagem no quadril em quatro apoios - Bombom;
A pessoa e seu acompanhante devem receber orientações detalhadas sobre o processo de aceleração,
suas indicações e potenciais riscos associados. Tal discussão deve estar documentada no prontuário.
Todo o processo de aceleração natural do trabalho de parto deverá seguir as recomendações do
Protocolo Assistencial de Enfermagem Obstétrica do Município do Rio de Janeiro.
Caso a pessoa apresente qualquer alteração do seu estado de saúde ou obstétrico durante o processo
de aceleração natural do trabalho de parto o Enfermeiro deverá avaliar o quadro e identificar se o
processo de aceleração deve ser suspenso. O status do colo é um dos mais importantes fatores
preditivos da probabilidade de sucesso da aceleração do parto. O índice de Bishop parece ser a
melhor forma de avaliar o colo uterino e predizer a probabilidade de a aceleração resultar em um
parto vaginal.
Todo o processo de aceleração natural do trabalho de parto deverá ser acompanhado em todo o
período pelo Enfermeiro Obstétrico. Quando ocorrer taquissistolia, hipertonia uterina e/ou sofrimento
fetal, o Enfermeiro obstetra deverá suspender o processo de aceleração natural do trabalho de parto.
Em todos os plantões devem existir a presença da enfermeira obstetra familiarizada com a aceleração
e seus efeitos para acompanhar a pessoa durante todo o processo.
62
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