Você está na página 1de 38

22/02/2022

Universidade Estadual do Oeste do Paraná


Curso de Nutrição
Disciplina: Patologia da Nutrição e Dietoterapia

Terapia Nutricional Enteral


Profa. Caryna Eurich Mazur

Base teórica para estudos

1
22/02/2022

Objetivo dos nossos estudos

Capacitar o aluno na definição das necessidades


nutricionais e na prescrição da dieta enteral para
pacientes que recebem terapia nutricional enteral,
tanto em nível domiciliar quanto hospitalar

2
22/02/2022

Adaptado de Mahan & Escott-Stump, 2013

A
Triagem Nutricional V
A
L
▪ Avaliação Dietética I
A
▪ Avaliação Antropométrica Ç
AVALIAÇÃO DO Ã
▪ Avaliação Clínica e Funcional O
ESTADO
NUTRICIONAL ▪Avaliação Laboratorial N
U
T
Diagnóstico Nutricional R
I
C
I
Avaliação das Necessidades O
Nutricionais N
A
Adaptado de ADA’s definitions for nutrition screening and nutrition assessment, 1994
L

3
22/02/2022

Baxter YC. Uso da via oral como prioritária. In: Rossi L, Poltronieri F (Orgs.). Tratado de nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019. pp. 913-20.

Avaliação
Triagem
Nutricional

Diagnóstico Intervenção e
nutricional tratamento

Monitoramento Planejar
retorno

4
22/02/2022

1. Quem se pretende atender


2. Qual a razão para este atendimento
3. Quais são os problemas nutricionais possíveis de serem identificados
4. A partir das informações obtidas será traçado o “perfil nutricional”
do indivíduo ou grupo avaliado (= Diagnóstico)
5. A partir das informações obtidas será possível definir condutas,
relacionadas à elaboração de planos alimentares, planos educativos ou
prescrição de suplementos e/ou complementos nutricionais

AVALIAÇÃO
DIAGNÓSTICO
INTERVENÇÃO

se o sistema
digestório funciona,
mesmo que
parcialmente, use-o.

5
22/02/2022

Terapia nutricional = suporte


nutricional
• Conjunto de procedimentos terapêuticos relacionados à administração de
alimentação por sondas e cateteres → prática de alta complexidade

• Etapas de seleção, preparo, administração de fórmulas em ambientes


específicos

• EMTN – Resolução 63/2000

• Indicações: ingestão por VO é insuficiente ou indesejável; má digestão e


absorção de nutrientes

Quebra do Ciclo Vicioso

Doença
Redução da
ingestão e/ou
aumento das perdas
Complicações de nutrientes

Desnutrição

Terapia
Nutricional

6
22/02/2022

Terapia nutricional

1- NUTRIÇÃO VIA ORAL


( DIETA NORMAL / ESPECIAL/SVO)

2 - NUTRIÇÃO VIA ENTERAL - TNE


( SONDAS )

3 – NUTRIÇÃO PARENTERAL - TNP


( INTRAVENOSA )

TNE: Administração de nutrientes pelo trato


gastrintestinal, quando este ainda funciona, mesmo
que parcialmente

Quais são as vantagens desse método?

7
22/02/2022

O que diz a resolução 63/2000


Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaborada para
uso por sondas ou via oral industrializados ou não, utilizado exclusiva ou parcialmente
para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não,
conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar ou domiciliar, usando a
síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas

Terapia de Nutrição Enteral


Quem necessita?

TGI total ou parcialmente


funcionante

Desnutrição Risco de desnutrição

8
22/02/2022

Desnutrição é de quase duas vezes maior do que a


obesidade e suas comorbidades

ELIA , Nutrition 2006

Quais dados preciso?


• Perda ou ganho de peso recente
• Sinais de doenças gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia
• Uso de medicamentos que interferem na absorção e utilização dos
nutrientes
• Fatores limitantes na ingestão adequada como anorexia, disfagia, dentição,
problemas da cavidade oral, náuseas, vômitos, aceitação da dieta
hospitalar
• Integridade do trato gastrointestinal
• Ingesta de água e alimentos (considerar resultado de “Resto-Ingesta”
quando possível)
• Intervenções cirúrgicas
• Fatores psíquicos que podem interferir na ingestão alimentar

9
22/02/2022

Quando indicar a TNE?


Manter sob
Os riscos e o desconforto do
suporte nutricional vigilância, com
superam os benefícios em avaliação clínica
potencial. Explicar as frequente.
consequências ao paciente
ou seu representante legal.
Apoiar o paciente com
O TGI está medidas gerais de conforto.
NPT
funcionante?
O paciente Nutrição Parenteral +
É provável que A prevenção ou o
está tratamento da Nutrição Enteral, ou
o progresso da
desnutrido ou desnutrição Nutrição Parenteral
doença cause melhoraria o Total.
deficiência corre alto
prognóstico e a
nutricional? risco de qualidade de vida?
Os riscos e o desconforto
do suporte nutricional
desnutrição? superam os benefícios em
potencial. Explicar as
consequências ao paciente
ou seu representante legal.
Apoiar o paciente com
medidas gerais de
conforto.

Indicações da TNE se o sistema digestório funciona,


mesmo que parcialmente, use-o.
• Trato gastrintestinal • Trato Gastrintestinal Íntegro
funcionante: • Lesões do SNC
• Capacidade digestiva • Depressão
preservada, ao menos • Anorexia nervosa
parcialmente, • Caquexia cardíaca
• Câncer
• Capacidade absortiva
• Trauma muscular
preservada.
• Não pode, não quer ou não deve se
• Cirurgia ortopédica
alimentar por via oral. (poli traumas) • Queimaduras

10
22/02/2022

Indicações da TNE
• Dificuldades de acesso ao intestino normal
• Lesão de face e mandíbula
• Câncer de boca; hipofaringe – cirurgia de esôfago
• Deglutição comprometida de causa muscular/neurológica
• Lesão obstrutiva inflamatória benigna ou fístula de jejuno

Contraindicações da TNE
• Obstrução intestinal
• Íleo adinâmico
• Vômitos e diarreia intensos
• Necessidade de agentes inotrópicos positivos
em doses altas
• Isquemia intestinal
• Peritonite difusa
• Diarreia intratável

11
22/02/2022

Complicações da TNE

Classificação das complicações da TNE


Gastrintestinais • Náuseas
• Vômitos
• Estase gástrica
• RGE Complicações
• Distensão abdominal, cólicas empachamento, flatulência
• Diarreia/Obstipação
Metabólicas • Hiperidratação/Desidratação
• Hiperglicemia/Hipoglicemia
• Anormalidades de eletrólitos
• Alterações da função hepática
Mecânicas • Erosão nasal e necrose
• Abscesso septonasal
• Sinusite aguda, rouquidão, otite
• Faringite
• Esofagite, ulceração esofágica, estenose
• Fístula traqueoesofágica
• Ruptura de varizes esofágicas
• Obstrução da sonda
• Saída ou migração acidental da sonda
Infecciosas • Gastroenterites por contaminação microbiana no
preparo, nos utensílios e na administração da fórmula
Respiratórias • Aspiração pulmonar com síndrome de Mendelson
(pneumonia química) ou pneumonia infecciosa
Psicológicas • Ansiedade
• Depressão
• Falta de estímulo ao paladar
• Monotonia alimentar
• Insociabilidade
• Inatividade

12
22/02/2022

Vias de acesso

Vias de Acesso
• Sonda nasoenteral x Ostomia
• Intragástrica x Pós-pilórica
• Considerar:
• Facilidades técnicas
• Rotinas de administração
• Alterações orgânicas e/ou funcionais
• Técnicas de acesso enteral:
• Às cegas
• Endoscopia
• Radioscopia
• Laparoscopia
• Cirúrgica.

13
22/02/2022

Vias de Acesso
Localização Gástrica
Vantagens Desvantagens
• Maior Tolerância a fórmulas • Alto risco de aspiração
variadas • Saída acidental da
• Boa aceitação de fórmulas sonda nasoenteral devido
hiperosmóticas a tosse, náuseas ou
• Progressão mais rápida para vômitos
alcançar o valor calórico total
ideal
• Introdução de grandes
volumes
• Fácil posicionamento da sonda

Vias de Acesso
Localização Duodeno e Jejunal
Vantagens Desvantagens
• Menor risco de • Risco de aspiração em
aspiração pacientes que têm
• Maior dificuldade de mobilidade alterada ou
saída acidental da sonda alimentação à noite
• Permite nutrição enteral • Desalojamento
quando a alimentação acidental, podendo causar
gástrica é inconveniente refluxo gástrico
ou inoportuna • Requer dietas normo ou
hipoosmolares

14
22/02/2022

Botom de gastrostomia

Gastrostomias

Jejunostomias

15
22/02/2022

É provável que o progresso da doença cause deficiência nutricional?


Sim

O paciente está desnutrido ou corre alto risco de desnutrição?


Sim

A prevenção ou o tratamento da desnutrição melhoraria o prognóstico e a qualidade de vida?


Sim Não
Quais são as necessidades hídricas, calóricas, de Os riscos e o desconforto do
minerais e de vitaminas, e o TGI está funcionante? suporte nutricional superam
os benefícios em potencial.
Sim Não
Explicar as conseqüências ao
As necessidades podem Nutrição Parenteral + Nutrição paciente ou seu representante
ser alcançadas por meio Enteral, ou Nutrição Parenteral Total. legal. Apoiar o paciente com
de alimentos orais e medidas gerais de conforto.
suplementos líquidos?
Sim Não
Manter sob Nutrição Enteral
vigilância,
com avaliação
clínica
freqüente.

Alimentação enteral > 4 semanas

SIM NÃO

Sonda Sonda
Enterostomia
Nasoentérica

Risco de Aspiração ?
SIM NÃO SIM NÃO

JEJUNOSTOMIA GASTROSTOMIA SONDA SONDA


NASOJEJUNAL NASOGASTRICA

16
22/02/2022

Nutrição Enteral

Duração < 4 semanas Duração > 4 semanas

Risco de aspiração? Risco de aspiração?


Sim Não Sim Não
Pós-pilórica Gástrica Pós-pilórica Gástrica

Alto risco cirúrgico? Endoscopia é possível?


Não Sim Não

Sim Jejunostomia cirúrgica Gastrostomia Gastrostomia


ou laparoscópica endoscópica cirúrgica ou
laparoscópica

Jejunostomia Gastrojejunostomia
local cirúrgica endoscópica
ou laparoscópica

17
22/02/2022

Considerar na TN

Se o paciente está desnutrido/risco de desnutrição e precisa de intervenções

e
O Trato Gastrintestinal está funcionante

Usar a rota mais apropriada de acesso

Alta → para pacientes que podem se alimentar por Via oral


✓ Lembrar que...
Pacientes cirurgicos devem ter diferentes necessidades

Nutrição Enteral
Técnicas de Administração

• Tipo e localização das sondas


• Velocidade de infusão crescente (50 a 200ml/h)
• Redução da diluição
• Infusão contínua x intermitente
• Monitorização metabólica do paciente

18
22/02/2022

Métodos de Administração

INTERMITENTE CONTÍNUO

Bolo
Gravitacional Gravitacional

Bomba de Infusão Bomba de infusão

19
22/02/2022

Utiliza a força da gravidade, volume de 50 a


500 mL de dieta administrada por gotejamento,
a cada 3 a 6 horas, precedida e seguida por
irrigação da sonda enteral com 20 a 30 mL de
água potável

Injeção com seringa, 100 a 350 mL de


dieta no estômago, a cada 2 a 6 horas,
precedida e seguida por irrigação da
sonda enteral com 20 a 30 mL de água
potável

Usa a bomba de infusão, 25 a 150


mL/h, por 24 horas, administrada no
estômago, no jejuno e no duodeno,
interrompida a cada 6 a 8 horas para
irrigação da sonda enteral com 20 a 30
mL de água potável

20
22/02/2022

Métodos de Administração

INTERMITENTE CONTÍNUO

• Períodos fracionados – 3/3 h


• Equipo micro gotas ou macro • Período de 12 a 24 h
gotas
• Utiliza-se a força gravitacional • Gravitacional ou bomba de
• > risco de diarreia e vômitos infusão
• > uso na prática clínica
• Sistema aberto e fechado

21
22/02/2022

Administração da TNE

Dieta Pack

Sonda

Equipo

A dieta vai
para o
Bomba de estômago ou
infusão intestino

22
22/02/2022

Nutrição Enteral - Monitoramento


Exames laboratoriais
SEMANAL
por 1 mês MENSAL
glicose,
por 3 meses A cada 3 MESES
eletrólitos,
ureia, creatinina, glicose, eletrólitos, glicose, eletrólitos,
Mg , P e outros, ureia, creatinina, ureia, creatinina,
quando indicado Mg , P e outros, Mg , P, alb e
quando indicado hemograma –
outros quando
indicado

Classificação das fórmulas

23
22/02/2022

Fórmulas Enterais
• Conhecer as exigências específicas do paciente.

• Conhecer a composição exata da fórmula.

• Considerar condições individuais do paciente.

• Tipos:
• Dietas não-industrializadas, caseiras ou artesanais;
• Dietas industrializadas: em pó para reconstituição; líquidas semiprontas para uso; líquidas
prontas para o uso.
• Fórmulas especiais para doenças: renal, hepática, pulmonar, trauma/estresse,
imunossupressão, intolerância à glicose, distúrbios digestivos e absortivos.

24
22/02/2022

Fórmulas industrializadas
• Poliméricas: Caseína, amido de milho, amido de tapioca, óleo de soja
• Oligoméricas: Hidrolisado de lactoalbumina, peptídeos, caseína
hidrolisada, maltodextrina, TCM
• Monomérica/Elementar: aminoácidos livres , L-arginina, glutamina

RDC – ANVISA 21/2015

Densidade
energética
Quanto a energia
baixa (<0.99
kcal/ml)

Kcal
Densidade Densidade
energética energética
alta normal (1-
(>1.2Kcal/ml) 1.19 Kcal/ml)
RDC – ANVISA 21/2015

25
22/02/2022

Quanto a proteína
Fórmula Fórmula Fórmula
hipoproteica normoproteica hiperproteica
Quantidade de Quantidade de Quantidade de
proteínas inferior proteínas maior proteínas igual ou
a 10% do valor ou igual a 10% e superior a 20% do
energético total. menor que 20% valor energético
do valor total.
energético total.
RDC – ANVISA 21/2015

Quanto a proteína
Somente com proteínas na forma intacta
Fórmula intacta ou
(Caseína, Proteína isolada de soja, lactoalbumina, clara de ovo,
fórmula polimérica carnes, leite)

Fórmula de aminoácidos Somente com aminoácidos livres (Caseína, proteína isolada de


livres, fórmula elementar soja, lactoalbumina, soro do leite,colágeno)
ou fórmula monomérica

Quantidade de proteínas hidrolisadas na forma de peptídeos


Fórmula hidrolisada ou
(cadeias de 2 a 50 aminoácidos) superior a 50% do teor de
oligomérica proteína no produto, não podem conter proteínas na forma intacta

RDC – ANVISA 21/2015

26
22/02/2022

Para recordar...

Quanto aos lipídios


Hipolipídica (<15%
do VET)
LIP

Normolipídica (≥15%
e ≤35% do VET)

Hiperlipídica (>35%
do VET)

RDC – ANVISA 21/2015

27
22/02/2022

Quanto aos lipídios


Alto teor de gorduras monoinsaturadas,
Quantidade de ácidos graxos
alto teor de MUFA ou alto teor de ômega 9
monoinsaturados > 20% do VET

Baixo em gorduras saturadas Soma das quantidades de ácidos graxos


saturados e trans ≤ 0,5g/100 kcal

Quantidade de ácido linolênico


Fonte de W-3 ≥300mg/100kcal ou soma das quantidades
de EPA e ≥40mg/100kcal

Quantidade de de ácido linolênico


Alto teor de W-3 ≥600mg/100kcal ou soma das quantidades
de EPA e DHA ≥80mg/100kcal

RDC – ANVISA 21/2015

Quanto ao carboidrato

Sem lactose, não contém


lactose ou isento de Sem adição de sacarose
lactose (<25mg/100 kcal)

RDC – ANVISA 21/2015

28
22/02/2022

Quanto as fibras
Alto teor de
Fonte de fibras Sem fibra
fibras

≥1,5g/100
≥3,5g/100 ≤0,1g/100
kcal kcal kcal

RDC – ANVISA 21/2015

Quanto as vitaminas e minerais

Fonte de XXX
(superior ou Alto teor de XXX
igual) (superior ou igual 2x
o valor estabelecido)

RDC – ANVISA 21/2015

29
22/02/2022

RDC – ANVISA 21/2015

30
22/02/2022

Osmolaridade
Quanto mais componentes hidrolisados estiver presente na fórmula
↑↑ a osmolaridade

Melhor tolerância digestiva


Administração lenta e gradual

31
22/02/2022

Caracterização das fórmulas em Terapia


nutricional oral e enteral
Nome genérico Via de administração Indicação
Nutrição enteral polimérica, para Sonda nasogástrica, nasoduodenal, Pacientes com necessidade de Terapia
adultos, isenta de sacarose, lactose e nasojejunal, gastrostomia, Nutricional Enteral, sem disfunções
glúten, com fibra, em pó/líquido jejunostomia ou ora digestivas e absortivas.

Nutrição enteral polimérica, para Sonda nasogástrica, nasoduodenal, Pacientes com necessidade de Terapia
adultos, isenta de sacarose, lactose e nasojejunal, gastrostomia, Nutricional Enteral, sem disfunções
glúten, sem fibra, em pó/líquido jejunostomia ou oral. digestivas e absortivas.

Nutrição enteral oligomérica, para Sonda nasogástrica, nasoduodenal, Pacientes com necessidade de Terapia
adultos, isenta de lactose e glúten, em nasojejunal, gastrostomia, Nutricional Enteral, com distúrbios
pó/líquido. jejunostomia ou oral. absortivos.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de terapia nutricional na atenção especializada hospitalar no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, 2016

Dieta com alimentos/caseira


Preparadas à base de alimentos in natura ou de mesclas de produtos
naturais com industrializados (módulos), liquidificadas e preparadas
artesanalmente em cozinha doméstica
→ Individualização da fórmula quanto à composição nutricional e o
volume. Custo menor do que o da dieta similar industrializada
→ Qualidade higiênico sanitária (???)

32
22/02/2022

33
22/02/2022

O que deve ser considerado


■ Necessidades hídricas

■ Necessidades nutricionais

■ Condições digestivas e absortivas

■ Funções renal e cardiorrespiratória

Baxter YC. Bases conceituais da nutrição enteral. In: Rossi L, Poltronieri F (Orgs.). Tratado de nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019. pp.
921-8.

Água
• 1 mℓ para cada caloria administrada
• Ex.: 2.000 kcal (2.000 mℓ/dia)
• Obs: Pacientes em condições clínicas e metabólicas instáveis poderão ter
outras exigências hídricas/dia.

• Estas deverão ser individualizadas a partir do cálculo de balanço


hídrico realizado regularmente.

Baxter YC. Bases conceituais da nutrição enteral. In: Rossi L, Poltronieri F (Orgs.). Tratado de nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019. pp.
921-8.

34
22/02/2022

1º - Necessidade calórica do pcte


• Equação Harris Benedict
• Homens: 66,437 + (5,0033 x altura [cm]) + (13,7516 x peso
[kg]) – (6,755 x idade [anos])
• Mulheres: 655,0955 + (1,8496 x altura [cm]) + (9,5634 x
peso [kg]) – (4,6756 x idade [anos])

• Fórmula de bolso:
• 20 a 25 kcal/kg/dia (basal) 25 a 30 kcal/kg/dia (total)

35
22/02/2022

2º - Necessidade proteica
• A partir do peso (real ou estimado) – normal: 0,8 a 1,2 g/kg/dia

3º - Necessidade de vitaminas e
minerais
• Conforme diagnóstico clínico e nutricional
• Para atingir DRI: 1200 a 1500 kcal/dia

36
22/02/2022

Sistema Aberto
Dieta enteral .......... (tipo) por SNE (posicionada no estômago) 250 mL
de 3/3 h, 6 vezes ao dia. Infundir .......... mL de água filtrada nos
intervalos.

Sistema Fechado
Dieta enteral .......... (tipo) por SNE (posicionada no estômago ou via
gastro ou jejunostomia) 1000 mL dia . correr a 50ml/h por 20 horas. .
Infundir .......... mL de água filtrada nos em Y .3x dia.

Exemplo de prescrição TNE sistema


aberto

• Valor calórico total calculado em 24 hs = 1.500 kcal


• 1º Dia: Dieta Enteral ( ... ) - 100 ml (SNE) 3/3 hs 6 vezes/dia
• 2º Dia: Dieta Enteral ( ... ) - 150 ml (SNE) 3/3 hs 6 vezes/dia
• 3º Dia: Dieta Enteral ( ... ) - 200 ml (SNE) 3/3 hs 6 vezes/dia

• OBS.: Dieta Enteral com 1,0 kcal/ml

37
22/02/2022

Exemplo de prescrição TNE sistema


fechado

• Valor calórico total calculado em 24 hs = 1.500 kcal


• 1º Dia: Dieta Enteral ( ... ) - 500 ml (SNE) correr em BIC a 25ml/h em 20 horas
• 2º Dia: Dieta Enteral ( ... ) - 1000 ml (SNE) correr em BIC a 50 ml/h em 20
horas
• 3º Dia: Dieta Enteral ( ... ) - 1500 ml (SNE) correr em BIC a 75 ml/h em 20
horas

• OBS.: Dieta Enteral com 1,0 kcal/ml

38

Você também pode gostar