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EVANGELISMO EM ÁREAS EM DESENVOLVIMENTO

I. A Grande Comissão de Mateus 28:18-20

1. Os 4 “todos” relacionados com a missão.

a. Toda autoridade – A promessa de sua onipotente presença é enfatizada ao


mencionar seu domínio: terra e céu. O Deus da missão pode, pelo poder de
Sua boca, remover ditadores e quebrar muros de resistência, seja política ou
religiosa.
b. Todas as nações – Refere-se às 230 nações reconhecidas pela ONU, porém
proíbe qualquer forma de nacionalismo ou racismo.
c. Todas as coisas que tenho ordenado – Refere-se à mensagem que os cristãos
devem testemunhar. É interessante que a palavra ordenada (implica em
mandamentos) e não ensinado. A obediência ocupa uma importante tarefa na
vida e experiência cristã.
d. Todos os dias – Assegura-nos que Sua divina autoridade continuará conosco
até o fim da história deste mundo.

2. A resposta da igreja: Três “todos” e “uma” possibilidade.

As viagens de Paulo revelam que ele visitou treze províncias no Império


Romano. Isso inclui países conhecidos hoje como Turquia, Grécia, Chipre, Itália e
os países na Palestina e Chipre. Em 1 Co 9:19, 22, Paulo, e por implicação a igreja
cristã, responderam aos 4 “todos” de Mt 28:19-20 com 3 “todos” e uma
possibilidade.

a. Fiz-me tudo – Esse verbo contém uma lista de quão longe Paulo iria em
sua estratégia missionária adaptar seu estilo de vida. Os versos 20 a 22
revelam uma adaptabilidade em suas crenças e estilo de vida, a novas
situações. Requer sabedoria e compreensão da natureza humana
distinguir entre os princípios absolutos da Bíblia e o que é alternativo e
cultural.
b. Para com todos – O alvo da missão é todas as pessoas. Esse todo de
Coríntios corresponde ao termo “todas as nações” da Grande Comissão
em Mateus. Em Gálatas 3:28, Paulo não faz distinção de pessoas.
c. Por todos os modos – O terceiro “todos” refere-se aos métodos
missionários. Os métodos na proclamação evangelística não são santos
no sentido de serem inflexíveis. Há aqui lugar para a adaptação e
contextualização, desde que “os ensinos e mandamentos” sejam
preservados.
d. Salvar alguns – Em atividades evangelísticas, precisamos entender que
não podemos salvar todos. Enquanto a persuasão e a adaptação sejam
importantes aqui, ficam descartadas a compulsão e a manipulação. Por
isso Paulo, falando dos resultados de seus esforços missionários, muda a
terminologia da palavra todos para alguns.

Lições: 1. Ganhar o máximo possível.


2. Não deixar pequenos costumes religiosos, inclinações e
costumes culturais serem obstáculos à missão.

II. O alvo dos esforços missionários:

1. A parábola do grande banquete – Lucas 14:16-24


Indica que pessoas morando em quatro diferentes áreas deveriam ser alcançadas. Na
moderna linguagem de crescimento de igreja diríamos se tratar de diferentes grupos
homogêneos.

1. Salão do banquete: Comunidade religiosa (judeus) descrita como


vivendo ao redor do salão do banquete. O testemunho dos profetas do VT
e de Jesus no início de Seu ministério se aplicam aqui. Jesus foi rejeitado
na primavera do ano 30 A.D.
2. Ruas e becos: Pessoas da cidade –
3. Caminhos: Pessoas da área rural –
4. Atalhos: Habitantes das extremidades –

2. Em Mateus 28:19 – “ethne” – o termo nações refere-se a todo o grupo racial,


religioso, cultural ou nacional.

2. Alvos para o Evangelismo: Cinco grupos culturais

3. Na ascensão de Cristo, a grande comissão foi repetida aos discípulos nas


seguintes palavras: Atos 1:8. Cinco áreas geográficas mencionadas na
Grande Comissão:

1. Galiléia – Não mencionada, mas era província natal de onze dentre os


doze discípulos, e seu primeiro campo missionário deveria ser as
aldeias galiléias. Havia ali cerca de 350.000 habitantes.
2. Jerusalém – A capital da província da Judéia. Havia cerca de 100 mil
habitantes em Jerusalém apenas.
3. Judéia – Vários eventos do ministério de Jesus ocorreram aqui
(batismo, milagres, etc.). Jerusalém e Judéia correspondem às “ruas e
becos da cidade”.
4. Samaria – Província próxima da Galiléia. Corresponde aos
“caminhos” da parábola. Embora geograficamente perto,
culturalmente os samaritanos não diferiam muito dos judeus, mas
eram uma transição entre o povo de Deus e os gentios. Eram
sincretistas em matéria de religião. Pessoas em transição oferecem
um ótimo treinamento para cristãos que irão aos confins do mundo.
5. Confins da terra – Chegamos ao fim da estrada, a última fronteira aos
atalhos da parábola. São as pessoas de deferentes línguas, diferentes
cores, diferentes religiões.

e. Pessoas em transição: o alvo do Evangelismo


1. Lição de Davi que liderou homens endividados, amargurados de espírito.
Ele se fez chefe deles. Pessoas que não tinham nada a perder e tudo a
ganhar. Eram pessoas em transição – I Samuel 22:2.

2. Mudanças em transição – Período em que indivíduos ou famílias têm a


normalidade da vida interrompida por alguma crise. Esses eventos podem ser
políticos e econômicos ou de estilo de vida. Isto produz um estado de transição
onde pessoas tornam-se abertas a novas idéias e soluções fora seus problemas.

3. Exemplos de história de igrejas:

 Movimento Metodista – Revolução industrial.

4. Exemplos bíblicos:

 Coríntios – Os primeiros membros eram pessoas da classe


médio-baixos, sem influência ou nobre nascimento – I Co
1:26-31.
 Jovem rico – Ele não estava em estado de transição – Lucas
18:18.
 Parábola do banquete – Os que se desculparam eram ricos,
estavam ocupados com propriedades, negócios e assuntos
domésticos (Mt 22:5 e Lc 14:18-20)

5. Conclusão: Pessoas em transição são mais receptivas e aptas a enfrentar


radical mudança em crenças e estilo de vida.

III. Planos e Programas

Paulo viajou entusiasmadamente. Em período de 12 anos (46 a 58 AD), ele fez


três jornadas missionárias, visitando mais de 70 lugares geográficos em 13 províncias
romanas.

A. Campanhas curtas e longas

1. Longas: Coríntios (18 anos) e Efésios (3 anos). Ali ele construiu um


centro para o cristianismo que se espalhou pelas cidades da Ásia.
2. Curtas: Tessalônica, Filipos e a província da Galácia e Atenas. É
preferível uma permanência mais longa do evangelista na nova igreja.
No entanto, a falta de tempo e finanças pode tornar a campanha curta
a única opção.

B. Orçamento evangelístico de Paulo

1. Paulo nunca pedia apoio financeiro para seu ministério. Em seu


tempo, religiosos pagãos coletavam dinheiro das pessoas que
freqüentavam suas conferências e isso fazia da religião um negócio.
Paulo não queria fazer parte desta companhia.
Embora houvesse indicações de que Cristo aceitava apoio financeiro
(Mt 10:10, Lc 10:7), Paulo não “usava deste direito” – 1Co 9:12 –
para evitar qualquer suspeita de benefício pessoal.
Paulo reconhecia a diferença entre aceitar doações das pessoas que se
pretendia alcançar dos membros de igrejas já estabelecidas. Ele
recebia dinheiro para seu ministério (Fl 4:16; 2Co 11:8; Gl 6:6), mas
não era apoiado financeiramente por aqueles que buscava alcançar.
Ele não deu nenhuma ajuda financeira para suas igrejas recém-
plantadas. Pelo contrário, doações foram coletadas das novas igrejas
para apoiar o quartel-general da igreja em Jerusalém.

Lições:

1. A dependência financeira das novas igrejas pode atrofiar seu


desenvolvimento espiritual. Nenhuma igreja deve depender de outra
para financiar suas despesas.
2. O estilo de vida do evangelista: carro, equipamento, roupas, hotéis
onde ele se hospeda, etc., pode pregar mais alto que um sermão. Até
mesmo reuniões evangelísticas com o uso do mais recente
equipamento computadorizado se podem enviar uma mensagem que
comprometerá a mordomia e a ação missionária da igreja.

IV. Equipes e Preparação

1. Qualificações Necessárias

Hudson Taylor considerou importantes as seguintes qualificações para os


missionários que quisessem trabalhar com ele na China:

1. Uma vida controlada pelo Espírito.


2. Um espírito simpático a assumir deveres mais humildes.
3. Tato no lidar com homens e mulheres e adaptabilidade às
circunstâncias.
4. Zelo no serviço e firmeza em momentos desencorajadores.
5. Comunhão com Deus e constança no estudo da Palavra.
6. Ter já alguma experiência no serviço de Deus.
7. Um corpo sadio e uma mente vigorosa.

2. Acomodações da equipe

Dois ou três obreiros devem ocupar a mesma acomodação. Jesus usou


esse sistema quando enviou os discípulos em grupos de dois (Mc 6:7). Dessa
maneira, eles podem ajudar, aconselhar e comportar um ao outro em tempo
de prova.
Esse sistema permite que os evangelistas se reúnam na manhã para o
culto e diálogos acerca do programa. À noite, eles se reúnem novamente e
partilham experiências e métodos ambos inspiradores ou frustrantes. Esse
espírito de equipe é psicologicamente, espiritualmente e tecnicamente
encorajador. Os evangelistas devem perceber que eles não estão em
competição um com o outro. Estão lá para apoio mútuo, aprendizado e
oração.
Hotéis extravagantes não estabelecem o melhor exemplo de mordomia
para os obreiros locais nem para os recém batizados. O local de acomodação
deve ser e casas de irmãos, igrejas ou escolas em uma razoável distância de
campo de ação. Mas é importante providenciar privacidade para os
evangelistas. Eles necessitam estudar, orar e algum isolamento para o
descanso diário.

3. Vários esforços, uma equipe.

As diferentes campanhas são conduzidas a uma razoável distância (5 km)


umas das outras. Ao invés de competirem entre sim, há um apoio mútuo
entre essas igrejas. Eles seguem o mesmo programa com os mesmos termos
do calendário homilético. Outras equipes se dedicam aos programas sociais e
de saúde.

4. Escolha de co-obreiros locais.

Isso é de extrema importância para o sucesso da campanha e para a


consolidação do trabalho. Primeiro, o pastor que continuará o trabalho depois
que os evangelistas itinerantes partirem precisa fazer parte da equipe. Ele é
responsável pela continuidade e conservação dos novos membros, bem como
treinamento e organização do novo grupo de crentes para o bom
funcionamento da igreja. Os evangelistas devem apresentá-lo como líder e o
organizador do evento perante o auditório.
Segundo, a equipe inclui um obreiro bíblico local que apoiará o evangelista e
o sucederá, bem como cantores e outros líderes. É importante que o obreiro
pertença à mesma comunidade por causa do compromisso e da interação
com os membros que também residem ali.

V. Programa Diário

1. Chegada, aculturação, ajustamentos


Os primeiros sete anos da chegada ao campo provêem oportunidade para se
ajustar à nova situação e se familiarizar com os membros e obreiros locais. Os
evangelistas devem se informar acerca da situação dos preparativos previamente
planejados. Eles deverão também determinar o que ainda precisa ser feito e se
sob certas circunstâncias torna-se necessário mudar alguns planos.

2. Cultura e costumes
Nestes primeiros dias, descubra algo sobre a história da cidade, nome dos
políticos locais, esportes, pontos turísticos e costumes do povo. Esteja ciente do
que está acontecendo na cidade: seus problemas, suas festas, etc. As pessoas
sempre ficam impressionadas quando descobrem que um forasteiro está
familiarizado com sua cultura.

VI. Conservação
a. Quatro diferentes reações ao Evangelho: Parábola do Semeador (Mt 13:3-9).
Ilustra quão diferente as pessoas recebem a mensagem. O semeador tem pouco
controle sobre o local aonde cai a semente e como ela cresce.

1. (v. 4) Cai no caminho e é comido pelos pássaros - Representa pessoas


que não se interessam ou não entendem o evangelho; a verdade não faz
sentido para eles.
2. (v. 5-6) Lugares rochosos – A semente aqui não tem solo suficiente para
germinar, o crescimento é superficial. A mensagem apela mais às
emoções do que à razão.
3. (v. 7) Lugares espinhosos – Os cristãos iniciam bem, alcançam certo
crescimento em sua experiência, e talvez até chegaram a nascer de novo.
Mas eles se tornam absolvidos com o mundo e não tem tempo para o
próximo.
4. (v. 8 e 9) Bom solo – Produzem frutos.

Conclusão: Não podemos nem devemos adivinhar o futuro das pessoas, nem
julgar quem é sincero ou não em sua aceitação de cristo. Como evangelistas,
nos alegramos com as pessoas em sua honesta aceitação de Jesus.

b. A preocupação de Paulo pelo novo membro

1. A apostasia descrita na parábola do semeador também era a experiência


de Paulo após as campanhas longas e curtas. Ele ganhou pessoas que
caíram mais tarde nos pecados de:

 Imoralidade
 Rebelião contra lideres da igreja
 Seguir estranhas doutrinas

2. Estratégia de Paulo:

a. Tinha uma atitude positiva para com o fraco e o vacilante (1Co 1:4-
9).
b. Ele encoraja os conversos a desenvolver seus dons espirituais para
edificar a igreja e crescer em espiritualidade.
c. Ele mantinha contato com as novas igrejas através de suas epístolas
que ajudavam a resolver seus problemas.
d. Ele visitava os novos grupos quando possível.

c. Atividades pós-batismais

1. Visitação e cuidados imediatos.

a. O tempo imediato após o batismo é crucial para os novos membros.


Eles enfrentarão provas e tentações. Lembre-se que foi após o Seu
batismo que satanás O tentou (Mt 4:1-11).
b. “Plano guardião da fé”
c. Literatura
2. Seminários de Treinamento

a. Manual da igreja: Deveres dos vários departamentos, adm. da igreja.


b.
c.

3. Responsabilidades e envolvimentos missionário.

a. Pequenos Grupos.
b.

4. Construção da Igreja

a. Devem ser encorajados a coletar fundos e adquirirem um terreno para


a construção de sua igreja.

5. Planejamento de atividades para todo o ano.

a. Atividades sociais
b. Classes pós-batismais

6. Retorno após 4 a 6 meses

Quando o evangelista busca a área, ele precisa manter firme contato


com novo grupo de adoradores. Isso pode ser feito através de contas,
telefonemas, e-mails, etc. A correspondência com a nova igreja e com o
obreiro responsável pelas atividades pós-batismais deve incluir
encorajamento para manter a fé e aconselhamentos em assuntos pessoais.

a. Objetivos do retorno

1. Visitar os novos membros pessoalmente em suas casas e ver


como está a sua vida espiritual e seu relacionamento com a igreja.
2. Aqueles que freqüentaram a campanha inicial, mas não se
batizaram e ainda freqüentam a igreja devem ser animados ao
batismo.
3. Discutir os itens do planejamento de atividades pós-batismais
com o líder da igreja para aprimorar sua eficácia.

b. As reuniões da noite devem ter termos de reavivamento, chamando a


atenção para as crenças fundamentais da Igreja Adventista do 7º Dia.
c. Tire tempo para visitar os membros que apostataram. Eles podem ter
tido lutas sobre a guarda do sábado, sobre os princípios de saúde ou
outros requerimentos bíblicos, ajude-os em suas necessidades
espirituais.

VII. Epílogo

1. A acusação de que a “blitz” evangelismo produz cristão superficial procede


apenas quando não providenciamos significativos programas de continuidade.
Precisamos entender que o batismo não é ritual que simboliza o fim da
experiência. Após o batismo começa uma nova vida em Cristo, onde cada dia se
faz novas conquistas na fé e no estilo de vida.

2. Felipe foi chamado para se um diácono (At 6:5). Foi um chamado para
administrar a obra de beneficência. A tarefa dos diáconos era a de distribuir
alimentos diariamente. Esse tipo de função foi criada porque os apóstolos
sentiram que o envolvimento deles na obra social poderia levá-los a negligenciar
o ministério da Palavra e a oração.
No entanto, embora Felipe não fosse um apóstolo, entrou para a história
como um evangelista e não como administrador da obra social.
A experiência de Felipe em Atos 8 leva-nos a concluir que a bem sucedida
campanha de Samaria foi procedida por um plano. O texto revela que “Felipe
desceu à Samaria” (v. 5). Ao entanto, seu encontro como o Etíope resultou de
uma direção experiência do anjo de Deus (v. 26). Felipe tinha planos, mas ele
era flexível em seu ministério.
Em Samaria ele “pregou as boas novas do reino de Deus” (v. 12) e o
resultado foi o batismo de todos os homens e mulheres que creram.
A inspiração não revela quanto tempo Felipe permaneceu em Samaria;
no entanto, parece ter sido um período relativamente curto. E durante esta curta
campanha uma pessoa não convertida também caiu nos molhos da rede do
evangelho. Simão pode ter sido sincero em sua rápida decisão, mas será que
ainda não havia passado pelo processo de “aperfeiçoamento” após o seu
batismo?
As notícias do sucesso da cruzada entre os samaritanos chegaram aos
líderes da igreja em Jerusalém, e eles enviaram Pedro e João para investigarem
(v. 14). É responsabilidade dos líderes certificar se os reclamos da Palavra são
devidamente ensinados aos novos membros ou o resultado será a confusão e
divisão na fé.
Os dois apóstolos não chegaram criticando o trabalho de Felipe, mas com
uma atitude positiva. Eles fortaleceram o seu ministério ensinando aos novos
membros conversos a doutrina do Espírito Santo (v. 15-17). Pedro e João até
tiraram tempo para uma conversa pastoral com Simão, o mágico (v. 18-24).
A seguir, o anjo do Senhor ordenou a Felipe que fosse para o sul, na
estrada de Jerusalém para Damasco (v. 26). O primeiro compromisso dele foi
pregar aos samaritanos, agora um influente etíope tornou-se o alvo para o
evangelismo. Guiado pelo Espírito Santo, Felipe aproximou-se do carro e deu-
lhe um estudo bíblico explicando textos sobre o sacrifício de Cristo (v. 29-35).
Esses dois homens devem ter passado juntos um período curto. Mas para
Felipe, o etíope já havia recebido conhecimento suficiente que justificasse o seu
batismo (v. 36-38).
O incidente termina de forma abrupta quando o Espírito levou Felipe (v.
39). Alguns eruditos bíblicos mantêm a opinião de que Felipe foi retirado de
cena mediatamente por razões culturais. Sua cultura judeu-helenística não
poderia influenciar o cristianismo do etíope em seu ambiente cultural. O eunuco
tinha de praticar sua nova fé num ambiente cultural completamente diferente, e
os absolutos da Bíblia precisavam ser interpretados em uma forma cultural
diferente da forma de Felipe.

Conclusão
A tarefa missionária segue contínuo aperfeiçoamento de metodologias,
ao passo que a imutável mensagem de Cristo de obediência aos seus
mandamentos precisa ser mantida. O evangelista precisa ser flexível em sua
prática missionária e conservar-se fiel as Escrituras. Paulo tornou-se um
missionário por excelência porque ele era um teólogo orientado para a prática.
Ele escreveu suas epístolas, mas também gastava tempo na linha de frente,
colocando suas teorias na prática. C. Skovgoard Pedersen, dean da catedral
Luterana de Copenhagem resumiu em poucas palavras o dever do moderno
evangelista:

“Busquei conselho da Palavra e ela enviou-me para a


experiência. Fui à experiência e ela retornou-me de volta para a
Palavra. Hoje, tornei-me um mensageiro feliz entre os dois”.
A Path Straight to the Hedges.:
Evangelism in Developing Areas by Borge Shantz, PHD. Pacific Press
Publishing Association: Nampa, ID, 2000.

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