Você está na página 1de 12

1

MÉTODOS DE ESTABELECIMENTO DE IGREJAS

I – POR QUÊ ESTABELECER NOVAS IGREJAS?

1. É um mandato bíblico e histórico:

a. Deus se deleita na expansão – V. T.


 Gên. 1:28 – Ordenou a Adão – “multiplicai-vos” Ed. p. 20;
 Gên. 9:1 – Ordenou a Noé – “multiplicai-vos e enchei a terra”.;
 Gên. 11:4-9 – Rebelião em Babel;
 Gên. 12:1-9 – Saída de Ur. Os altares de Abraão tornam-se “memoriais
espalhados”. PP 128;
 Js. 13:1 – Guerras de conquista (Calebe meia tribo de Manassés)
Js. 1-2.
 Ageu 1:3-6 – Israel falha em Ter correta visão das necessidades.
b. A comissão no N.T.
 Mt. 28:18 –20 – Novos discípulos em novas comunidades.
 At. 16:7-13 – O Espírito Santo orientava: “Passa a Macedônia”.
 Rm. 15:20 – Pregar onde Cristo não fora ainda anunciado.
 Tt. 1:5-9 – Paulo igualava a conversão de pessoas com a organização de
igrejas.

2. É recomendado pela inspiração Moderna.

a. “Lugar após lugar deve ser visitado, igreja após igreja deve ser
levantada”. Testimonies, v 7, p. 20;
b. “Dos que são escolhidos por Deus exige-se que multipliquem as
igrejas onde quer que sejam bem sucedidos em trazer almas ao
conhecimento da verdade, mas o povo de Deus nunca se deve reunir
em grande comunidade como tem feito em Battle Creek”. T.M, p.
199;
c. Novas igrejas devem ser estabelecidas, novas congregações
organizadas. Neste tempo, deveria haver representantes da verdade
presente em cada cidade e nas partes mais remotas da terra.”
Testimonies, v. 6, p.19;
2

d. “Em toda cidade em que a verdade for proclamada, devem se erigir


igrejas. Em algumas cidades grandes, importa haver templos em várias
partes da cidade”. Ev., p. 376.

2.1. Motivos para se fundar congregações, segundo Ellen G. White:

a) Trará renovação espiritual para os membros em grandes igrejas:


b) “Muitos dos membros de nossas igrejas não estão fazendo nada
comparativamente . . . em vez de se aglomerarem; poderiam reunir-se
em lugares que não foram ainda penetrados pela verdade . . . muitos
membros estão morrendo espiritualmente justamente por falta deste
trabalho. Estão se tornando ineficientes e enfermiços”. Test. V. 8,
p.244;

c) Cultivará um espírito missionário e erradicará o egoísmo.

“O egoísmo quanto a manterem-se grandes aglomerações não é o


plano de Deus. Penetrai um novo lugar possível e começai a obra de
educar em vizinhanças que nunca ouviram a verdade.” Ev., p. 46.

II – POR QUE UMA DENOMINAÇÃO PRECISA DE NOVAS


CONGREGAÇÕES:

1. Essenciais ao crescimento da denominação:

a. Associação Texas – 1970 a 1976 – 700 almas


Construção de 73 igrejas – 1977 a 1984 – 1900 almas

b. Associação Alasca – 1974 – 11 igrejas – 950 membros


1974 – 1984 27 igrejas – 1900 membros

2. Apela a uma esfera mais ampla de pessoas:

 Novas congregações têm menos tradições.

 Os membros das novas congregações são mais receptivos a novas


idéias, novo tipo de adoração e novos ministérios que apelam a mais
pessoas;
3

 Mais flexibilidade em formas de evangelismo;

 Oferecem ambiente e aceitação a membros em crise de relacionamento


e liderança em outras igrejas;

3. Crescem mais que as velhas igrejas:

 São mais progressivas, ativas e produtivas;

 Quanto mais nova e menor, maior a taxa de batismos.


a) Velhas precisam de 27,3 membros – 1 novo converso
b) Novas precisam de 15 membros – 1 novo converso

(Duddley e Guesbeck, Andrews University)

4. Maior visibilidade:

 Quanto mais visível um a igreja, mais ela crescerá.

 James Engel, propagandista de sucesso, diz que são necessários


repetidos lembretes para que os consumidores se conscientizem do
produto. Quanto mais freqüentemente eles vêem o nome IASD, mais
conscientes sobre a existência da igreja.

 70% de congregações ASD que mais cresceram tinham de 4 a 9 igrejas


dentro de 30 km.

Igrejas que mais crescem estão estabelecidas entre 5-15 Km próxima de outras.
Crescimento negativo foi detectado entre os que estavam a mais de 30 Km distantes
de outros e menos de 5 Km.

 Ellen G. White sugere a estratégia:

“Igrejas devem ser organizadas e planos devem ser feitos para que o
trabalho seja realizado pelos membros das igrejas recém –
organizadas. Este trabalho missionário deve manter o alcance e
anexação de novos territórios, aumentando as porções da vinha. O
círculo deve-se estender até que envolva o mundo”. Ev., p. 19;
4

“De vila em vila, de cidade a cidade, de país a país, a mensagem de


advertência deve ser proclamada . . .” Idem, p. 20.

5. Mobilidade exige novas congregações:

a) Alguns se mudam a comunidades onde não há uma igreja ASD se


não são firmes para assistir a uma igreja distante, se afastam da
igreja.

b) Pessoas preferem assistir a uma igreja de vizinhança distante não


mais de 15 minutos.

c) Necessitam-se novas igrejas para novas áreas geográficas.

6. Diferentes tipos de crescimento de igreja são necessários:

a) Crescimento Interno – E - O – Evangelismo interno buscando o


reavivamento – Aumenta a Qualidade.

b) Crescimento de Expansão – E – 1 – Evangelismo para trazer


novos membros – Aumenta a Quantidade.

c) Crescimento em Extensão – E –2 – Nova congregação em outro


lugar.

d) Crescimento de Ponte – E – 3 – Evangelização em outro


continente (missionário).
5

Qualidade Quantidade Novas Igrejas Novas Igrejas


em
outra Cultura

E–0 E–1 E–2 E–3


CONCLUSÃO: Pesquisas realizadas nas últimas duas ou três décadas
confirmam a conclusão do famoso estudioso de crescimento de igrejas. “O
único método evangelístico mais eficaz debaixo do céu é “plantar igrejas.”
(Peter Wagner, Plantar Igrejas para a Grande Colheita, p. 13).

Duas Objeções:

1. Prejudica a Igreja mãe – é verdade se não é feito com cuidado.


Necessita-se treinamento dos novos líderes.
 A igreja se recupera em 6 meses:

2. Vai contra a unidade – a uniformidade é que conspira contra a unidade


e o crescimento de igreja.
6

III – MÉTODOS PARA ESTABELECER IGREJAS

1. Grandes congregações se tornam mães:

 Projeto Pioneiro;
 Igrejas com mais de 300 membros; 1 igreja a cada 2 anos;
 Objeção de muitos membros: qualidade de música, programas bem
planejados, atividades, projeções, etc;
 Ellen G. White ilustra:
“Árvores que são plantadas muito rapidamente não florescem. Elas são
transplantadas pelo jardineiro, para que possam ter espaço para crescer e não
se tornarem enfermiças nem anãs. A mesma regra funcionaria bem para
nossas igrejas grandes. Muitos membros estão morrendo espiritualmente por
falta deste trabalho. estão se tornando enfermos e ineficientes. transplantados
eles teriam espaço para crescerem fortes e vigorosos.
Não é propósito de Deus que Seu povo se aglomere juntos em grandes
comunidades. Os discípulos de Cristo são Seus representantes sobre a terra, e
Deus deseja que eles sejam espalhados por todos os países, nas pequenas
cidades, em cidades grandes e vilas, como luzes em meio à escuridão do
mundo." Testimonies, vol. 8, p. 244.
 Vantagens:
- 30 membros podem deixar uma congregação sem que a igreja sinta falta
deles;
- Talento da igreja mãe pode enriquecer o programa da igreja filha;
 Colméia.

2. Colonização – Plantando Por Transplante:

 Abraão leva a sua família para Canaã;


 Alvo: áreas densamente populosas onde há receptividade para com a
mensagem. ONDE A IASD NÃO ESTEJA AINDA PRESENTE.
 Pioneiros de Missão Global: Transplante de famílias: “Haverá homens
leigos que se mudarão para cidades pequenas e grandes, e em lugares
7

aparentemente remotos, para que a luz que Deus os deu brilhe em outros.”
Serviço Cristão, p. 180. “Irmãos que desejam mudar de localidade . deveriam
mudar para cidades pequenas e vilas onde há pouca ou nenhuma luz e onde
possa, prestar real serviço e ser uma real benção a outros com seu trabalho e
experiência”. Ev. p. 52.

 Dois tipos de pioneiros de Missão Global:


- Translado permanente: mudam-se por conta e risco visando um objetivo;
- Translado temporário: aventura missionária por tempo determinado. Ex.:
Lucas 10:1; Colportores; Jovens nas Férias; Jubilados; Mórmons;
- APO – “Bandeirante da Fé.”.

3. Pequenos Grupos:

 Casa de Tito Justo – (At. 18:4-11) – Origem da igreja de Corinto.


 Casa de Jason – (At. 17:1-7) – Origem da igreja de Tessalônica.
 Cassa de Áquila e Priscila, Assíncríto, Flegonte, Filólogo e Júlia – (Rm.
16:3-5, 14 e 15) – Origem de Éfeso e Roma.
- Pequeno grupo deve ser missionário e com o objetivo de abrir
igreja.
- Devem ter 5 aspectos: Estudos Bíblicos, Oração, Companheirismo,
Evangelismo e Cuidado Pastoral.
- Modelo Satélite – pequenos grupos. Satélites, igrejas organizadas.

4. Centros de pregação:

 Evangelismo de S. Santa em lugar novo;


 Vantagem: Ao surgir do evangelismo, dá origem a igrejas com alto
potencial de crescimento e grande consciência de evangelização;
 Combinar modelos: pequenos grupos, pioneiros, s.s, evangelísticos, etc.

5. Equipes missionárias: Evangelismo Público:

 Equipe: Evangelista, músico, ev. infantil, ativ. Social;


 Equipe evangelística enviada pela igreja de Antióquia (At. 13:1-4);
 Equipe de Paulo na prisão – (2 Tim. 4:13)
 Vantagens:
a. A equipe é uma igreja em miniatura;
b. Grande diversidade, se assistem mutuamente.
8

 Fases: Preparação: carteiros missionários, estudos bíblicos,


rádio, programas sociais, etc.(parte débil);
Proclamação: 2 meses – programa de doutrinamento e colheita.
(parte forte);
Consolidação: confirmação (pastoral, equipador, evangelista).
(parte débil).
 “Mais freqüentemente, as cruzadas têm sido usadas para plantar
uma igreja local. Adventistas do Sétimo Dia têm realizado isto há
anos. Muitos pentecostais e outros utilizam este método. Eles
armam uma tenda perto do futuro local da igreja e conduzem
reuniões evangelísticas por semanas ou meses”. Peter Wagner,
Plantar Igrejas para a Grande Colheita, p. 92.

6. Modelo Espigando:

 Aproveita os líderes que se mudam a novas áreas para formar o


grupo fundador de nova comunidade;
 Rute 2:7-9 – junta-se as “espigas humanas” de determinado campo
(bairro) e forma-se nova igreja.
 Pastor vislumbra igreja em novo bairro. Irmãos não querem gastar
em ônibus, mas evangeliza a área.
 Líder no bairro faz-se de “espigador” – reúne os irmãos, organiza
pequenos grupos, Evangelismo de Semana Santa, nova igreja.

7. Aventura Cooperativa:

 Várias igrejas se unem para formar nova congregação;


 Concentração de programas: s.s, duplas missionárias, pequenos
grupos, classes batismais, evangelismo público, operação André,
rádio, Revive, etc;
 Exemplo: Evangelismo João Pessoa 99 – “Esperança 2000”.
9

IV – ESCOLHA DO LUGAR DA NOVA IGREJA

Estabelecimento da Igreja: Fase Final do Evangelismo

a) “A missão primária de Paulo era cumprida quando o evangelho era


pregado, quando os homens eram convertidos, e quando as igrejas eram
estabelecidas.” Hesselgrave, Plantar Igrejas, p. 19.
b) “Quando se desperta um interesse em qualquer vila ou cidade, esse
interesse deve ser atendido. O lugar deve ser cabalmente trabalhado, até
que se erga humilde casa de culto . . .” Evangelismo, p. 375.

1. Um estudo demográfico – Razões:


a) Nos ajuda a identificar as unidades homogêneas:
 Analisar e entender o grupo que desejo evangelizar.
b) Para determinar as áreas mais receptivas:
 Área onde estão crescendo outras igrejas;
 Zona onde está crescendo a cidade. Mais densamente povoada;
 População de classe operária;
 Local onde o povo se está instalando. Onde há casas em construção.
 Fontes: Meios de comunicação – Diários, Rádio, Tv;
Bibliotecas Públicas, Universidades, IBGE, Prefeituras.

c) Informações:
 Projeções de crescimento para os próximos anos;
 Padrões migratórios;
 Religiões: Quantidade de igrejas; de que forma estão crescendo;
métodos missionários usados com êxito; classe social das igrejas;
etc.

2. Fatores de Localização:

 1 em 4 igrejas perdedoras estão zonas rurais ou cidades de até 50.000


habitantes;
 48% de igrejas campeãs estão entre 5-15 Km de outras igrejas,
perdedoras num raio de 30 Km (Duddley e Gruesbeck, p. 24-25);
 A presença de uma comunidade sem igreja influencia a decisão de
estabelecer 85% das igrejas perdedoras. (Idem p. 25). Área totalmente
10

virgem não é tão frutífera como um lugar onde a IASD marque


presença, ou possa nutrir o grupo.
 Nos primeiros anos a nova igreja deveria se concentrar na formação de
membros antes de tentar adquirir edifício. 70% das campeãs adquirem o
prédio 2 a 5 anos após a organização da igreja;
 Ao eleger o novo local: visibilidade, acesso e tamanho.

V – ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO

1. EDUCAR PARA CONSCIENTIZAÇÃO

Desenvolver um time de educadores para liderar seminários em locais


estratégicos em uma UNIÃO

a) A importância de estabelecer novas congregações;


b) ONDE estabelecer novas congregações;
c) Planejamento;
d) Plano de Ação.

2. NOMEAR LÍDERES FUNDADORES – Evangelista

a) Cristão consagrado e trabalhador;


b) Tenha iniciativa e seja adaptável;
c) Disposto a suportar a solidão;

3. FORMAR A EQUIPE DE PIONEIROS

a) Equipe de oração e intercessão;


b) Equipe fundadora (classificar responsabilidades)
- Evangelista
- Inst. Bíblicos
- Música
- Programas sociais
- Evang. Infantil

4. SELECIONAR O PRIMEIRO LUGAR DE REUNIÕES


a) Lugar público: cine, salão, tenda, lares (P.Grupos)
b) Adoração evangelística ou reuniões de igrejas dinamizadas.
11

5. DESENVOLVER UM PLANO PARA CONCRETIZAR A ESTRATÉGIA

a) Métodos evangelísticos;
b) Música, tipo de adoração;
c) Plano de ação.

6. MOBILIZAÇÃO MISSIONÁRIA DA EQUIPE PARA FORMAR O GRUPO

a) Ter objetivos claros a curto, médio e longo prazo


b) Ministério dos P. Grupos

7. CONSTRUCÀO DA NOVA IGREJA

CONCLUSÃO FINAL

Se quiser fazer crescer alguma coisa


para durar uma estação

- plante flores-

Se quiser fazer crescer alguma


coisa para durar uma vida
12

- plante árvores-

Se quiser fazer crescer alguma


coisa para durar uma eternidade

- plante Igrejas-

Você também pode gostar