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Avaliação Nutricional
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
NUTRIÇÃO
Avaliação Nutricional
Sumário
Lucas Guimarães
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Avaliação Nutricional...................................................................................................................... 4
1. Conceitos em Avaliação Nutricional.. ....................................................................................... 4
2. Objetivo da Avaliação Nutricional. ........................................................................................... 4
3. Estado Nutricional (EN).............................................................................................................. 5
4. Anamnese...................................................................................................................................... 5
5. Métodos para Avaliação do Estado Nutricional. . .................................................................. 5
5.1. Métodos Objetivos.................................................................................................................... 6
5.2 Métodos Subjetivos................................................................................................................ 26
6. Recomendação das Necessidades Nutricionais................................................................. 35
6.1. Estimativa de Requerimento Médio (EAR). . ....................................................................... 36
6.2. Ingestão Diária Recomendada (RDA)................................................................................. 36
6.3. Ingestão Adequada (AI)......................................................................................................... 36
6.4. Ingestão Máxima Tolerada (UL).......................................................................................... 37
6.5. As DRIs Consideram............................................................................................................... 37
6.6. Equações Preditivas para Estimativas Energéticas....................................................... 39
6.7. Recomendações de Macronutrientes. . ............................................................................... 41
6.8. Outras Equações Preditivas de Gasto Energético de Repouso.................................... 42
Resumo.............................................................................................................................................46
Mapa Mental................................................................................................................................... 47
Questões de Concurso..................................................................................................................48
Gabarito............................................................................................................................................ 73
Referências...................................................................................................................................... 74
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Lucas Guimarães
Apresentação
Olá, nutri!
Tudo bem com você?
Eu sou o professor Lucas Guimarães e também sou nutricionista do Exército Brasileiro,
formado pelo Centro Universitário Formiguense (UNIFOR/MG), Mestre em Ciências dos Ali-
mentos, pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Doutorando em Ciências da Saúde pela
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Antropometrista nível 2 da Sociedade Internacional
para o Avanço da Cineantropometria (ISAK), com mais de 10 anos de atuação em avaliação
nutricional ambulatorial e na docência. Estaremos juntos aqui com todo o suporte necessário
e abordagem de conteúdo para que você possa arrasar nas provas. E claro, deixar você o mais
confortável possível das questões de concursos, te aproximando ainda mais da aprovação.
Aproveite este material para mergulhar na avaliação nutricional de um jeito leve e fique
inteirado de um conteúdo muito presente e cobrado em provas. E caso queira aprofundar na
teoria, explore a bibliografia complementar que aparece nas referências bibliográficas ao final
do material.
Será um prazer caminhar com você.
Vamos nessa?
Tio Lucas está aqui com você!
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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
1. Conceitos em Avaliação Nutricional
A avaliação nutricional é um instrumento diagnóstico realizado por um Nutricionista e ava-
lia as condições nutricionais do organismo por meio de vários parâmetros. Isto quer dizer
que existe mais de um parâmetro dentro da avaliação nutricional, e é comum que as pessoas
confundam a avaliação nutricional com a antropometria. Contudo, vale lembrar que a antropo-
metria é apenas um dos vários parâmetros de uma avaliação nutricional.
Também podemos conceituar a avaliação nutricional como um processo para obter, ve-
rificar e interpretar os dados necessários para identificar problemas relacionados à nutrição,
suas causas e consequências. Assim, é importante destacar que a avaliação nutricional é um
processo sistemático, sendo o primeiro passo da assistência nutricional.
No contexto da alimentação (parâmetro dietético), a avaliação nutricional irá abranger os
seguintes pontos:
• Ingestão;
• Absorção;
• Utilização;
• Excreção de nutrientes.
DICA:
Você pode se lembrar dos vários parâmetros que constituem
a avaliação nutricional pelo método ABCD (BARRERÉ, 2017):
A – antropometria
B – bioquímico
C – clínica
D – dietético
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4. Anamnese
A palavra anamnese tem origem grega e possui o significado de recordar. É comumente
utilizada no ambiente clínico por diversos profissionais de saúde com o direcionamento de
recordar os eventos relacionados à saúde do paciente, e o intuito de identificar os sintomas e
sinais atuais, bem como a história dos motivos que trazem esse indivíduo à consulta (SAM-
PAIO, 2012).
A avaliação nutricional está contida na anamnese, como também estão contidas informa-
ções referentes à identificação pessoal do paciente, características socioeconômicas.
Abaixo segue uma lista do que é importante conter em uma anamnese e avaliação
nutricional:
Dados pessoais (sexo, idade etc.);
Condições socioeconômicas (renda, atividade, grau de instrução etc.);
História clínica (patologias pessoais e familiares etc.);
Avaliação do consumo alimentar ou anamnese alimentar (O que come? Quantas vezes
come? Onde come? Por que come?);
Avaliação antropométrica;
Exame físico (estado da pele, do cabelo, das unhas, coloração, mucosas etc.);
Investigação dos exames laboratoriais (hipótese diagnóstica pode se tornar um diagnóstico).
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5.1.1. Antropometria
Ou seja, antropometria nada mais é do que uma medição do corpo humano. É a medida do
tamanho corpóreo e de suas proporções (Cuppari, 2018).
Hoje, a antropometria é muito importante na avaliação nutricional, pois gera resultados
relativos ao estado nutricional do paciente, bem como sua monitorização, e desempenho es-
portivo, quando for o caso.
As medidas mais utilizadas na antropometria são peso, estatura/ altura, pregas cutâneas
e circunferências.
• Vantagens da Antropometria:
− Equipamentos de baixo custo, de fácil aquisição e portáteis;
− Técnicas não invasivas;
− Obtenção rápida de resultados.
• Limitações da Antropometria:
− Incapacidade de detectar alterações recentes no estado nutricional;
− Não permite identificar deficiências específicas de nutrientes;
− Depende do estado de hidratação do paciente (ex: se presença de edema);
− Necessita de profissionais capacitados.
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nos âmbitos individual e coletivo. Indicadores são combinações de uma ou mais medidas
associadas ao sexo e/ou idade (SAMPAIO, 2012). São considerados indicadores da antro-
pometria clássica:
− Peso;
− Altura;
− IMC (Índice de Massa Corporal);
− Circunferências;
− Pregas cutâneas;
− Bioimpedância elétrica.
5.1.1.1. Peso
É a soma de todos os componentes corporais (massa gorda e massa magra), que refle-
te equilíbrio proteico-energético (CUPPARI, 2018). O significado desta medida sofre varia-
ção de acordo com o contexto em que é avaliado, sendo subdividido em:
Peso atual: Aquele mostrado na balança.
Peso usual ou habitual: Utilizado quando há mudanças recentes de peso e na impossi-
bilidade de medir o peso atual.
Peso ideal ou desejável: Definido a partir de alguns parâmetros, tais como idade, bioti-
po, sexo e altura de modo que o indivíduo mantenha um bom estado de saúde.
Peso estimado (quando não é possível pesar o paciente): Utilizado quando há impos-
sibilidade de medir o peso atual utilizando balança, comum em situações como trauma,
sepse e doenças neurológicas.
Obs.: O peso ideal pode ser obtido por meio da multiplicação do IMC médio (Homens
→ 22 kg/m2 / Mulheres → 21 kg/m2) pela estatura ao quadrado. O peso desejável
pode ser obtido por meio da variação desse IMC, o ajustando às particularidades
do indivíduo.
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Para resolver essa questão é necessário multiplicar o valor do IMC máximo dentro da eutrofia
(24,9) pelo quadrado da altura desse paciente. Dessa forma, chega-se ao resultado de 76,46 Kg.
Letra d.
É muito importante o cuidado com a utilização do peso como única medida de avaliação,
principalmente em situações de retenção hídrica (edema e ascite), insuficiência renal, insufici-
ência cardíaca e desidratação. Dessa forma, o peso deve ser interpretado com cautela nessas
ocasiões. Para aquelas situações em que haja edemaciação (acúmulo indesejável de líquido),
é possível ter uma estimativa de peso real por meio do desconto com valores demonstrados
na tabela abaixo:
Excesso de peso
Edema Localização
hídrico
+ Tornozelo 1 kg
++ Joelho 3 e 4 kg
++++ Anasarca 10 e 12 kg
Fonte: MATARESE, 1997.
Obs.: Anasarca é um edema generalizado, ou seja, que atinge o corpo todo. É mais comum
dentro do contexto hospitalar, quando o paciente está internado.
O peso estimado pode, em muitos casos, coincidir com o peso atual do paciente, contudo,
também é possível que seja diferente.
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Caso não seja possível considerar as dobras cutâneas para chegar ao peso estimado do
paciente, há uma outra maneira de calcular esse peso estimado, segundo Rabito e colaborado-
res (RABITO e cols, 2006). Considere CB como circunferência do braço (cm), CA como circun-
ferência abdominal (cm) e CP como circunferência da panturrilha (cm).
− Homem = (0,5759 x CB) + (0,5263 x CA) + (1,2452 x CP) – (4,8689 x 1) – 32,9241
− Mulher = (0,5759 x CB) + (0,5263 x CA) + (1,2452 x CP) – (4,8689 x 2) – 32,9241
1 mês 5 >5
6 meses 10 >10
Fonte: BLACKBURN; BISTRIAN, 1977; HEYMSFIELD; MATTHEWS, 1994.
Com base na tabela acima, a análise da perda de peso com base no tempo permite mensu-
rar os riscos nutricionais do paciente e, até mesmo, o risco de comorbidades.
Assim, quanto maior for a perda de peso e menor o intervalo de tempo, maior será o risco
nutricional e o risco de que esse paciente desenvolva comorbidades.
5.1.1.2. Estatura
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• Extensão dos braços: Medida da distância entre os dedos médios das mãos, com o in-
divíduo posicionado com os braços estendidos formando um ângulo de 90 graus com o
corpo. O valor encontrado corresponde à estatura do indivíduo.
• Meia envergadura: Semelhante à extensão dos braços, porém a distância é medida en-
tre o dedo médio de um dos braços estendidos e o meio do externo na altura do ombro.
• Estatura Recumbente: Nesta esta estimativa o paciente deve permanecer deitado em
posição supina e com leito horizontal completo, os lençóis são marcados nas extremi-
dades do corpo e depois feita a leitura da medida entre essas marcações.
• Aferição Convencional: Aqueles indivíduos que podem ficar de pé são recomendados
realizar a aferição convencional da estatura. Caso a parede seja utilizada como suporte
de medida, esta deve ser lisa e não possuir rodapés. Além disso, o instrumento de me-
dição não deve ser posicionado sobre tapete, carpete ou piso irregular. Assim, a técnica
para esta medida exige que o paciente/ indivíduo:
− Esteja em pé e descalço;
− Tenha a nuca, a escápula, as nádegas e os calcanhares alinhados em uma barra (ou
parede) vertical fixa;
− Disponha o peso distribuído igualmente entre os pés;
− Mantenha a cabeça ereta e olhar fixo à frente.
De acordo com o protocolo da American College, que rege os métodos de avaliação antro-
pométrica dentro da Nutrição, a aferição da estatura deve ser feita dessa maneira para que não
haja alterações nos resultados.
Há casos em que o paciente pode alegar ser um pouco mais alto após a aferição da estatu-
ra. Isso acontece, pois, ao longo do dia ocorre uma compressão nas vértebras que pode gerar
uma redução de até 2 cm na estatura do paciente. É por isso que o mais indicado é fazer essa
aferição da estatura logo pela manhã.
• Estatura Estimada – Equação por Chumlea:
É mais conhecido como Índice de Massa Corporal (IMC), mas como foi criado por Adophe
Quetelet, em 1835, o índice leva seu nome.
A equação para o índice de Quetelet é dada pelo peso atual dividido pela estatura
ao quadrado:
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Com ele é possível a análise de dados antropométricos nos quais se faz uma ordenação,
correlação e classificação. Com ele são feitas análises de dados antropométricos, estabelecer
relação entre antropometria função (atividade laboral). Esse índice também apresentado com
uma classificação, valores de média, mínimo-máximo e frequências.
• Classificação do IMC para Adultos:
Fonte: WHO.
O IMC deve ser cuidadosamente utilizado e não deve ser utilizado de forma isolada para
avaliar estado nutricional.
Exemplo: Numa pessoa hipertrófica o músculo tem densidade maior do que a gordura.
Quanto maior a massa muscular, maior o peso, o que pode gerar um IMC classificado como
obesidade. A obesidade é, na verdade, caracterizada por um acúmulo de gordura acima dos ní-
veis da normalidade. Assim, somente determinando o percentual de gordura que será possível
determinar se o paciente está ou não obeso.
• Classificação do IMC para Idosos:
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Para o indivíduo adulto se encontrar em eutrofia, seu IMC deve se encontrar entre 18,5 e 24,9
kg/m². Atenção aos índices diferentes para adultos e idosos.
Letra b.
Essa classificação faz lembrar o formato de maçã, por apresentar tronco mais arredon-
dado e acúmulo de gordura acima da região da cintura. O acúmulo de gordura abdominal,
caracterizado como obesidade superior, é bem característico e a gordura está distribuída pre-
ferencialmente na região do tronco. É mais comum em homens e possui maior relação com
doenças crônicas não transmissíveis - DCNT – como doenças cardiovasculares, esteatose
hepática, dislipidemia, síndrome metabólica, dentre outras.
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Como a gordura se acumula de forma superior na região do tronco ou inferior na região dos
quadris, podem ser feitas as medidas da cintura e do quadril para diferenciação. Esse cálculo
é feito a partir da divisão da medida da cintura pelo valor da medida do quadril.
Letra b.
Parâmetro como fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes mellitus. É aferi-
da na parte mais estreita do tronco, ponto médio entre as costelas e a crista ilíaca, através de
uma fita métrica inextensível e após a expiração. Além disso, esta circunferência isoladamente
prediz melhor sobre o tecido adiposo visceral do que a RCQ (CUPPARI, 2018).
A CC tem a vantagem de ser simples, mas um fator limitante do seu uso é decorrente das
diferentes técnicas de aferição, o que requer treinamento do avaliador para fidedignidade da
medida. Outro ponto de atenção é que nos indivíduos muito obesos, o reconhecimento dos
pontos anatômicos necessários à realização da medida é dificultado pelo acúmulo de gordura
nestas regiões (SAMPAIO, 2012).
Existem diversos valores de corte para a CC na literatura, diferenciados principalmente de
acordo com a etnia (ROSS, 2020). Contudo, os valores adotados no Brasil, de acordo com a I
Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, são de circunferência
da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem.
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Aferida através de uma fita inextensível, que deve ser posicionada horizontalmente à exten-
são posterior máxima dos glúteos. O indivíduo deverá estar usando roupas de tecido fino, de
preferência ajustada ao corpo, em posição ortostática.
São medidas antopométricas utilizadas para estimar as reservas da gordura corporal total.
Dobras cutâneas, ou pregas cutâneas, aferem a espessura da pele e a espessura do tecido
adiposo, e não aferem músculo. É um método simples, de baixo custo, porém necessita de
exaustivo treinamento para o desprendimento correto dos tecidos (SAMPAIO, 2012).
Dobra cutânea não tem relação com musculatura, seu objetivo é verificar gordura.
Em avaliação nutricional, podem ser aferidas diversas pregas cutâneas. Contudo, existem
4 delas que apresentam fácil localização e menor quantidade de tecido fibroso, logo, pos-
suem desprendimento mais fácil. Estas são a tricipital (PCT), a bicipital (PCB), a subescapular
(PCSE) e a supra-ilíaca (PCSI). É importante ressaltar que as dobras cutâneas devem sempre
ser medidas do lado direito do corpo do paciente. São dobras cutâneas aferíveis:
• Dobra cutânea biciptal;
• Dobra cutânea triciptal;
• Dobra cutânea subescapular;
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Todos os protocolos padronizados e validados aferem do lado direito. O lado não dominan-
te é mencionado pela literatura quando são avaliados pacientes com risco de desnutrição. Teo-
ricamente o lado esquerdo tem percentual maior de massa gorda e menor de massa muscular,
por não ser dominante e se possuir menor esforço da musculatura. Partindo desse raciocínio,
ao aferir o lado não dominante a tendência é que esse lado tenha quantidade de massa mus-
cular menor quando comparado ao lado dominante.
Com as dobras cutâneas coletadas, gera-se o valor que será usado para calcular a densi-
dade corporal. Desse resultado da densidade, usa-se o enquadramento para outra fórmula que
fornece o resultado da gordura corporal do paciente.
• Predição de gordura corporal:
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b) É utilizada para estimar a gordura corporal total por meio de valores de gordura subcutânea
em vários pontos do corpo.
c) É utilizada para estimar a gordura corporal total por meio de valores de gordura intramuscu-
lar em um ou mais pontos do corpo.
d) É utilizada para estimar a gordura corporal subcutânea e abdominal por meio da medida de
circunferências em um ou mais pontos do corpo.
As dobras cutâneas são medidas antropométricas utilizadas para estimar a gordura corporal
total, por meio de valores de da gordura subcutânea em diferentes regiões do corpo. Existem
vários protocolos de determinação do percentual de gordura, cada um utilizando determinada
combinação de dobras e ainda variando com sexo. As dobras não possuem a capacidade de
aferir gordura intramuscular nem visceral, pois utiliza-se uma técnica de pinçamento da espes-
sura da pele mais a espessura do tecido adiposo subcutâneo.
Letra b.
A composição corporal envolve diferentes níveis de organização do corpo humano, que in-
cluem anatômico (nível elementar), molecular, celular, sistema de tecidos e corpo inteiro (nível
funcional). Além disso, também possui diferentes modelos de compartimentação. Na prática,
o método bicompartimental é o mais utilizado, que consiste em dividir a composição total do
corpo em massa magra e massa gorda. Logo, a soma da massa gorda e da massa corporal
magra resulta na composição corporal do organismo (SAMPAIO, 2012; CUPPARI, 2018).
Composição corporal = massa gorda + massa corporal magra
Entende-se por massa gorda tudo aquilo que for gordura (essencial e de armazenamento).
Já massa magra é tudo aquilo que não é gordura (pele, proteínas, cabelo, órgãos, músculos,
água e conteúdo mineral ósseo).
É preciso ter cuidado para não confundir a massa magra com a massa muscular.
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São classificados como métodos duplamente indiretos, pois resultam de equações ou nor-
mogramas derivados dos métodos indiretos. Logo, é indireto porque é derivado de outro méto-
do e novamente indireto porque precisa de uma equação para chegar na composição corporal.
É considerado um método rápido e não invasivo para avaliar a composição corporal. Ele
baseia-se no princípio da condutividade elétrica para estimar os compartimentos corpóreos,
partindo do princípio que os tecidos magros são condutores de corrente elétrica, isto é, pos-
suem baixa impedância e apresentam baixa resistência à passagem da corrente elétrica. Por
outro lado, a gordura, o osso, a pele e os pulmões constituem um meio de baixa condutividade,
apresentando, portanto, elevada resistência (WARD, 2019).
A BIA é o resultado da resistência oferecida pelos tecidos corporais à passagem de uma
corrente elétrica. Quando o tecido tem pouca água, possui alta impedância. Assim, é utilizada
para determinar a água corporal total e posteriormente estimar o percentual de gordura.
O método tetrapolar é o que utiliza quatro pequenos eletrodos aplicados na mão e punho
direitos e no tornozelo e pé direitos, logo, possui quatro pontos de contato com o corpo. Este é
o único validado na literatura.
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Permanecer acordado (abster de sono) não irá influenciar nas reservas nem composição cor-
poral, sendo a única alternativa que não é uma recomendação para realização da BIA.
Letra c.
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A BIA ainda fornece um valor chamado Ângulo de Fase (AF). Ele é um instrumento de valor
prognóstico, nutricional, de função de membrana celular e pode ser um indicador de saúde em
várias condições clínicas. O AF avalia hidratação tissular e distribuição, além da permeabilida-
de da membrana celular. Além disso, existe uma associação positiva entre o AF e vários tipos
de doenças graves, podendo, então, ser um instrumento para estimar resultados clínicos ou
monitorar pacientes críticos (BARBOSA-SILVA, 2005).
Existem vários métodos para se avaliar o consumo alimentar e todos eles irão depender da
habilidade do investigador para terem validade e reprodutibilidade, além, claramente, da coo-
peração do paciente (CUPPARI, 2018).
Não existe um método “ouro” para avaliação do consumo alimentar. Assim, para escolher
qual método utilizar é necessário conhecer a população alvo e o propósito da investigação.
A avaliação dietética é instrumento de trabalho exclusivo do nutricionista e pode ser usa-
do para conhecer melhor o paciente. Seu objetivo é determinar o hábito alimentar e estimar a
ingestão de alimentos e de nutrientes. Isto é, faz uma avaliação da quantidade e da qualida-
de. Para tanto, são utilizados os inquéritos alimentares como métodos de avaliação dietética
(MUSSOI, 2014).
• Inquéritos Alimentares:
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• Escolha do Método:
Para escolher o método mais adequado a ser utilizado é necessário ficar atento a alguns
fatores, pois cada inquérito vai exigir do entrevistado características e habilidades diferentes.
Além disso, deve-se ter o objetivo, a população alvo e os recursos disponíveis muito bem claros
e definidos.
Seguem abaixo algumas avaliações importantes:
− Participação do entrevistado;
− Necessidade de ser alfabetizado;
− Dependência de memória;
− Número de aplicações do instrumento;
− Estimativa da ingestão habitual.
Consiste de uma investigação na qual o nutricionista propõe ao paciente recordar tudo que
ele comeu e bebeu nas últimas 24 horas anteriores à entrevista. O registro possui anotação e
quantificação de tudo que o indivíduo relatar (CUPPARI, 2018).
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É o método mais utilizado na prática clínica. E para garantir uma maior acurácia no registro
é possível utilizar instrumentos de auxílio visual, como kit utensílios e álbum fotográfico.
Vantagens Limitações
Avalia dieta atual e coloca o paciente como Ingestão de líquidos, petiscos, álcool e
participante ativo da entrevista. doces, geralmente é esquecida.
Vantagens Limitações
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Vantagens Limitações
De fácil padronização.
Baixo custo.
Analisa frequência e quantidade de alimentos ingeridos pelo mesmo meio do QFA, que é
a lista de diferentes alimentos com sua frequência de consumo. Porém, existe uma padroni-
zação prévia do tamanho da porção de cada alimento/preparação, de acordo com o hábito do
grupo ou população que está sendo investigado (SAMPAIO, 2012).
Vantagens Limitações
• Histórico Alimentar
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Vantagens Limitações
Este inquérito possui uma participação do paciente/ indivíduo bastante ativa, pois é ele que
registra, no momento do consumo, todos os alimentos e bebidas ingeridos. Costuma-se soli-
citar o registro de três dias, incluindo um dia de final de semana, porém pode variar de número
chegando até a uma semana de coleta (CUPPARI, 2018).
Como o registro é feito pelo próprio paciente, as quantidades estimadas aparecem em
medidas caseiras. Dessa forma, posteriormente as quantidades são transformadas em gra-
maturas pelo profissional.
Vantagens Limitações
Erros são bem menores do que aqueles Entrevistado pode não registrar os dias
dos métodos retrospectivos típicos
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Vantagens Limitações
• Pesagem ou Resto-Ingestão:
A ingestão alimentar pode ser afetada por vários e diferentes fatores Dessa forma, a va-
riabilidade da dieta e o erro inerente ao próprio método de inquérito afetam a qualidade dos
resultados obtidos na avaliação do consumo alimentar. Os principais erros associados às me-
didas dietéticas estão categorizados em três grupos, relacionados com o entrevistado, com o
método e com o entrevistador.
• Relacionados com o entrevistado:
− Incompreensão quanto ao que está sendo questionado (pode acontecer, por exemplo,
pelo uso de linguagens técnicas);
− Sub ou superestimação do consumo;
− Erro na estimativa do tamanho da porção (o paciente costuma ter uma falta de conhe-
cimento em relação às medidas caseiras, principalmente no que tange à gramatura
dos alimentos);
− Omissão do uso de suplementos (além de balas e pequenos doces);
− Falha de memória (pode omitir o consumo de alimentos com alto teor de calorias);
− Respondem o que eles acham que o investigador quer que eles comam.
• Relacionados com o entrevistador:
− Registro incorreto das respostas;
− Indivíduos sem motivação ou desinteressados;
− Descrição incompleta de alimentos (pode acabar fazendo com que uma pessoa ingi-
ra alimentos diferentes daqueles que foram recomendados);
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A história alimentar não permite quantificar os alimentos consumidos pelo paciente, mas sim
ter uma noção da evolução da alimentação desse paciente. Ela também não permite estimar a
quantidade da ingestão de nutrientes. O questionário de frequência alimentar apresenta uma
grande dificuldade em se quantificar os alimentos consumidos. Nesse caso, o ideal é utilizar o
recordatório de 24 horas e o diário alimentar.
Letra d.
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Uma das limitações do método de registro ou diário alimentar está na dificuldade de estimar o
tamanho das porções.
Certo.
É uma parte da avaliação nutricional que verifica sinais e sintomas físicos de deficiência
nutricional e desnutrição com base no relato do paciente (CUPPARI, 2018).
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Essa é uma das áreas da avaliação nutricional em que ocorre o maior número de erros
por parte dos nutricionistas, inclusive, quando o assunto é cobrado em provas de concur-
sos públicos.
A semiologia nutricional complementa o diagnóstico na área clínica, principalmente no
caso de pacientes que já possuem ou estão desenvolvendo alguma patologia e apresentam
sintomas específicos. Contudo, o diagnóstico não deve se basear exclusivamente neste méto-
do, principalmente porque esses sinais e sintomas só se desenvolvem em estágios avançados
da depleção nutricional. No caso de doença aguda instalada, o exame físico para deficiências
nutricionais deve ser realizado semanalmente (WAITZBERG, 2009).
Aspectos relevantes:
− No emagrecimento há depleção de massa magra e depleção de tecido adiposo;
− Sinais característicos de alterações patológicas só serão identificados por meio de
observação detalhada de regiões como pele, face, tórax e membros;
− O domínio das técnicas requer experiência;
− Inclui parâmetros subjetivos e de difícil padronização;
− Acrescenta informações aos achados da história nutricional e alimentar;
− Requer análise criteriosa de sinais e sintomas;
− É um parâmetro que não deve ser analisado isoladamente, assim como os demais
indicadores de avaliação nutricional.
A avaliação nutricional é composta por vários itens/vertentes. Nesse sentido, não é apenas
a antropometria ou os inquéritos alimentares que devem ser considerados, mas sim diversos
parâmetros que, juntos, formam o diagnóstico nutricional do paciente.
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Além da pele, o nutricionista precisa avaliar a coloração das mucosas do seu paciente. Isso
porque não é em todos os casos que será possível fazer esse diagnóstico apenas analisando
a cor da pele.
• Icterícia: Doença que tem como característica a coloração amarelada da pele e das
mucosas, causada por impregnação de pigmentos biliares nos tecidos. Ela se divide em:
− hemolítica: causada por bilirrubina não conjugada ou indireta, geralmente secundária
a doenças hemolíticas;
− colestática: causada por bilirrubina conjugada ou direta; intra-hepática: ocasionadas
por hepatite e cirrose;
− extrahepática: obstrução das vias biliares por cálculos.
A desidratação também pode ocorrer a partir da perda excessiva de líquidos (ex.: sudorese
intensa, diarreia ou outro problema), além de ocorrer em pacientes com queimaduras extensas.
São sinais e sintomas que levam a identificação dessa condição:
− salivação deficiente;
− brilho nos olhos reduzido;
− elasticidade da pele diminuída;
− umidade da mucosa diminuída;
− sede intensa;
− fraqueza
− sonolência.
• Edema: Inchaço corporal ocasionado pela passagem de líquido através das paredes dos
vasos sanguíneos ou linfáticos para os tecidos. É um distúrbio importante para diagnós-
tico de desnutrição proteico-energética.
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A avaliação física pesquisando por edema deve levar em consideração o decúbito prefe-
rencial do paciente, pois será onde haverá maior deposição de líquidos, observando-se a pre-
sença do Sinal de Cacifo. Dessa forma, o acúmulo pode ser a seguinte orientação:
− maleolar: em pacientes que estão deambulando;
− sacral: em pacientes acamados.
• Sinal de Cacifo:
A princípio a pele pode parecer não se relacionar com o estado nutricional, mas quando
observada sua cor, contusões, lesões, turgor e temperatura podem estar evidenciados muitos
sinais de carências e desnutrição. O mesmo vale para a cavidade oral, pescoço e cabelos.
Abaixo seguem sinais e sintomas de deficiências associados com o achado clínico e a
carência relacionada:
− Língua saburrosa ou branca: decorre falta de mastigação/deglutição e por deficiência
de vitaminas específicas, principalmente as do complexo B.
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Obs.: O abdômen distendido também pode ser um indicativo de obstrução intestinal ou pro-
blemas gástricos específicos. A ascite é um acúmulo de fluidos na cavidade do peritô-
nio e é popularmente conhecida como “barriga d’água”.
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Obs.: Se essa atrofia se apresentar em apenas um dos lados da face é indicativo que o
paciente possui um problema neuromuscular. Quando a atrofia é dos dois lados, ela
está diretamente correlacionada ao processo de desnutrição.
• Atrofia Grave do Adutor e Atrofia dos Músculos Interósseos das Mãos: O único músculo
que pode ser quase que diretamente medido no corpo é o músculo adutor do polegar e
ele possui uma correlação positiva com variáveis antropométricas que estimam a mas-
sa muscular. A perda visível do adutor do polegar durante a desnutrição ocorre progres-
sivamente à medida que as atividades da vida são reduzidas principalmente pela apatia
associada à desnutrição. O uso da medida da espessura do músculo adutor do polegar
na prática clínica ainda é escassa, mas ele tem uma associação positiva com a estima-
tiva do compartimento muscular total (GONZALEZ et al, 2015; LAMEU et al, 2004).
A função dos outros músculos da mão já foi estudada por dinamometria, que é a chama de
força da preensão palmar. A redução da função contrátil é um parâmetro prognóstico para o
paciente hospitalizado e também é um marcador do estado nutricional em algumas doenças.
Está diretamente relacionado com a perda da funcionalidade (parâmetro importante da avalia-
ção nutricional) evidenciando a força muscular reduzida do paciente.
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Para realizar a medição da força da preensão palmar utiliza-se um aparelho chamado dina-
mômetro. Ele apresenta os resultados em quilos. Abaixo segue os valores de referência para
esse exame (CRUZ-JENTOF et al, 2019):
− Homens: 27 kg
− Mulheres: 16 kg
• Glossite: A glossite é a inflamação ou infecção da língua. Os sinais mais comuns são
mudança na coloração para um vermelho mais intenso, edema e dor. Dentro das carên-
cias nutricionais está associada à hipovitaminose do complexo B.
• Alopecia: É a queda de cabelo que acontece por carências de proteínas e zinco, contudo,
também podem ser causadas por outras hipovitaminoses, como de biotina.
• Unha Coiloníquia: Crescimento das unhas de forma inadequada. Ocorre por carência de
proteínas e de minerais específicos, como o ferro.
• Escorbuto: Deficiência elevada de vitamina C. Facilmente diagnosticado pela queilite
angular inicial. Ocasiona um processo inflamatório e sangramentos frequentes nas gen-
givas.
• Anasarca: É caracterizada pelo edema generalizado (em todas as regiões do corpo).
• Desnutrição: A perda de peso e massa magra é o ponto inicial da geração dos mais
diversos quadros relacionados ao processo de desnutrição, o que pode acabar com a
piora do quadro do paciente.
Dentro da avaliação nutricional, relação entre perda de peso e tempo está diretamente
ligada a maior possibilidade de morbimortalidade do paciente, principalmente em ambiente
hospitalar.
Ainda nesse ambiente hospitalar ocorre um aumento do catabolismo do paciente e a dimi-
nuição da capacidade de digestão. Isso pode levar a uma menor absorção intestinal, que pode
gerar um estado de jejum nesse paciente. Assim, na maioria das vezes, a ingestão energética
estimulada pode provocar náuseas nesse paciente e a possibilidade de disfagia. Tudo isso
pode levar a inapetência ou saciedade precoce.
Pacientes que perderam mais de 20% do peso habitual apresentaram risco de óbito de
33,3%, comparado com um risco de apenas 3,5% para aqueles que perdem menos de 20%.
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Obs.: Na avaliação nutricional, a perda de peso pelo intervalo de tempo pode demonstrar um
perigo de morte para o paciente, principalmente quando o peso perdido é superior a
20% do peso habitual.
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Marasmo Kwashiorkor
Valores de
albumina normais: Albumina > 2,8 g/dl Albumina < 2,8 g/dl.
3.5 a 5.5 g/dl
Terapia nutricional
Conduta Prevenção/Intervenção precoce.
agressiva.
Tempo de
Meses ou anos. Semanas (ou dias).
instalação da DPE
Aparência de assolação,
Aparência de bem nutrido, cabelo
Exame clínico definhamento, peso <
quebradiço, edema.
80%.
Exames Índice creatinina altura < Albunina sérica < 2,8g/dl; CTLF <
laboratoriais 60%. 200μg; linfócito <1500mm³.
Responde
Infecção, dificuldade de cicatrização,
Evolução clínica razoavelmente, estresse
escara, pele ressecada.
orgânico leve.
Relativamente sem
Estresse orgânico Presença de estresse orgânico
estresse
A AGS foi inicialmente desenvolvida para avaliação de pacientes cirúrgicos e buscava in-
vestigar possíveis sinais e sintomas que identificassem a presença de desnutrição no indiví-
duo (BAKER; JEEJEEBHOY, 1982).
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As DRIs trazem o mínimo e o máximo para cada nutriente para todos os indivíduos de
todas as idades. Além disso, vale destacar que elas trazem recomendações apenas para indi-
víduos saudáveis.
Em 2019 houve uma atualização das recomendações de sódio e potássio. As DRIs são fre-
quentemente atualizadas, principalmente em função das necessidades da população de cada
região e da população global. Isso se faz necessário, pois as recomendações foram criadas
ainda na década de 1990, mas os novos estudos mostram quando é preciso aumentar ou dimi-
nuir o valor de recomendação de cada nutriente para cada faixa etária (NASEM, 2019).
Sempre que ocorrer a necessidade de alterar a recomendação nutricional, as pessoas res-
ponsáveis pelas DRIs se debruçarão sobre o tema e gerarão novas atualizações.
Existem quatro parâmetros de recomendação de ingestão de nutrientes pelas DRI: as EAR
(Estimated Average Requirement), as RDA (Recommended Dietary Allowance), as AI (Adequate
Intake) e as UL (Tolerable Upper Intake Level).
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Utilizada para se chegar ao limite máximo tolerável sem que se prejudique a saúde. À
medida que a ingestão aumenta acima do UL, aumenta o risco potencial de efeitos prejudi-
ciais à saúde.
É o máximo de consumo que um ser humano pode suportar. É utilizada em casos de toxi-
cidade e de suplementação.
EXEMPLO:
Dieta com 150 mg de vitamina C. UL é de 1000 mg. Suplementar, no máximo, quanto? Até o
máximo de 1000 mg por dia.
Obs.: Vale lembrar que, dentro da nutrição, a regra básica é o equilíbrio. Ou seja, a oferta de
um nutriente específico acima das recomendações pode trazer efeitos adversos ao
organismo em função de ter excedido o limite máximo recomendado trazido pela UL.
0 a 6 meses
Bebês
7 a 12 meses
1 a 3 anos
Crianças
4 a 8 anos
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9 a 13 anos
14 a 18 anos
19 a 30 anos
Homens e mulheres
31 a 50 anos
51 a 70 anos
> 70 anos
< 18 anos
Gestação e lactação 19 a 30 anos
31 a 50 anos
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Obs.: Vale lembrar que as DRIs trazem as recomendações nutricionais para os seres huma-
nos em diversas faixas etárias, mas sempre voltadas para indivíduos saudáveis. Ou
seja, DRIs não trazem recomendações para seres humanos com patologias específicas.
Gorduras totais 30 a 40 25 a 35
Ômega 6 5 a 10 5 a 10 5 a 10
Carboidratos 45 a 65 45 a 65 45 a 65
Proteínas 5 a 20 10 a 30 10 a 35
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Sexo feminino:
EER = 135,3 – 30,8 x Idade [a] + NAF x (10,0 x Peso [Kg] + 934 x Altura [m]) + energia
de depósito*
Sexo masculino:
EER = 88,5 – 61,9 x Idade [a] + NAF x (26,7 x Peso [Kg] + 903 x Altura [m]) + energia
de depósito*
*Energia de depósito:
− Para 3 a 8 anos: 20 Kcal
− Para 9 a 18 anos: 25 Kcal
• Desvio Padrão da EER para crianças e adolescentes saudáveis:
− sexo feminino: 68 Kcal
− sexo masculino: 58 Kcal
• Coeficiente de nível de atividade física - NAF (3 a 18 anos):
Sexo feminino:
EER = 354 – (6,91 x Idade [a]) + NAF x (9,36 x Peso [Kg] + 727 x Altura [m])
Sexo masculino:
EER = 661,8 – (9,53 x Idade [a] + NAF x (15,91 x Peso [Kg] + 539,6 x Altura [m])
• Desvio Padrão da EER para adultos saudáveis:
− Sexo feminino: 162 Kcal;
− Sexo masculino: 199 Kcal.
Masculino:
EER = 1086(-10,4 x I) + NAF x (13,7 x Peso + 416 x E)
Feminino:
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Masculino:
EER = 114(-50,9 x I) + NAF x (19,5 x Peso + 1161,4 x E)
Feminino:
EER = 389(-41,2 x I) + NAF x (15 x Peso + 701,6 x E)
• Coeficiente de nível de atividade física - NAF (19 ANOS E MAIS):
Carboidrato %
45 a 65 55 a 75 60 a 70
Lipídeo %
20 a 35 15 a 30 20 a 25
Proteína %
10 a 35 10 a 15 10 a 12
Como as recomendações variam de acordo com a referência fique atento à bibliografia su-
gerida pela banca do seu concurso para que você utilize os valores referentes à bibliografia
sugerida por ela.
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GEB (ou taxa metabólica basal) consiste na totalidade da energia consumida, estando o
indivíduo acordado, mas em repouso completo, geralmente após 12-14 horas de jejum. Assim,
o GEB é a quantidade de energia requerida para manter processos essenciais básicos envolvi-
dos na manutenção do organismo vivo em funções que incluem:
− atividade do sistema nervoso;
− ventilação pulmonar;
− circulação;
− excreção renal;
− tônus muscular;
− secreção glandular, síntese proteica, de hormônios etc.
O cálculo de um plano alimentar para um ser humano saudável deve contemplar, no mínimo, a
taxa metabólica basal. Nesse sentido, se uma pessoa precisa de 1.500 kcal diárias para viver,
o Nutricionista não pode elaborar um plano alimentar que contemple apenas 1.300 kcal.
Lembrando que para determinar o gasto energético total do indivíduo, após utilizar qualquer
uma dessas equações, ainda é preciso adicionar o gasto energético com as atividades diárias
(atividade física, por exemplo) ou multiplicar o resultado pelo fator atividade física (FA ou FAF).
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Primeira informação necessária é que as DRIs se aplicam apenas para indivíduos saudáveis.
As DRIs norteiam sobre o mínimo e máximo para cada nutriente para indivíduos saudáveis.
Não são para indivíduos doentes! As DRIs não fornecem informações exatas da necessidade
nutricional de um indivíduo, visto que cada pessoa pode apresentar uma necessidade diferen-
te. As recomendações propostas pelas DRIs informam a quantidade de nutrientes suficiente
para atender as necessidades diárias da maioria da população. Indivíduos em circunstâncias
especiais têm as suas necessidades nutricionais alteradas, logo, as DRIs poodem não se apli-
car. E por fim, a estimativa do nível de ingestão de determinado nutriente pode levar a um efeito
adverso é a UL.
Letra d.
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a) Esse formulário propõe a avaliação de alimentos consumidos no último mês, o que ameniza
possíveis vieses de memória, ou seja, esquecimento em relação à alimentação realizada.
b) Para crianças com 2 anos ou mais, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, o formulário
contém um bloco de questões que contemplam marcadores de consumo alimentar construí-
dos com base na segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira.
c) Para menores de 2 anos, o formulário objetiva identificar padrões de comportamento saudá-
vel ou não saudável, sem contemplar a introdução da alimentação complementar.
d) É um marcador saudável o consumo de frutas e feijão e não saudável o consumo de embu-
tidos, bebidas adoçadas, verduras, macarrão instantâneo e biscoitos salgados, bem como o
consumo de doces, guloseimas e biscoitos recheados.
e) O profissional deve enfocar exclusivamente o aspecto quantitativo da alimentação; é preci-
so também estar atento à quantidade de refeições que a pessoa realiza ao longo do dia, bem
como ao hábito de se alimentar assistindo à televisão.
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Observe detalhes sobre o formulário, tais como qual o tempo que ele compreende, diferenças
entre as idades.
O formulário para avaliação de marcadores de consumo alimentar propõe a avaliação de ali-
mentos consumidos no dia anterior, o que ameniza possíveis vieses de memória, ou seja, es-
quecimento em relação à alimentação realizada. Os formulários direcionados para crianças
possuem um conjunto de questões que visa à caracterização da introdução de alimentos de
qualidade em tempo oportuno, à identificação de marcadores de risco ou proteção para as
carências de micronutrientes e à ocorrência de excesso de peso. É um marcador saudável, o
consumo de frutas, verduras e feijão; e não saudável o consumo de embutidos, bebidas adoça-
das, macarrão instantâneo e biscoitos salgados, bem como o consumo de doces, guloseimas
e biscoitos recheados. O profissional não deve enfocar exclusivamente o aspecto quantitativo
da alimentação, mas sim identificar qualidade e comportamentos de risco. Por fim, é preciso
também estar atento à quantidade de refeições que a pessoa realiza ao longo do dia, bem
como, ao hábito de se alimentar assistindo à televisão.
Letra b.
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RESUMO
Nutri, chegamos ao final do nosso conteúdo. Mas antes de nos despedirmos, aproveite
para fazer uma revisão esperta com esse resumo aqui.
A avaliação nutricional serve para avaliar as condições nutricionais do organismo e para
isso deve-se utilizar VÁRIOS parâmetros. Esses parâmetros são divididos em objetivos e
subjetivos.
Nos parâmetros objetivos encontramos a famosa antropometria, que inclui medir o peso,
a estatura, as circunferências e a dobras cutâneas. Ainda em parâmetros objetivos avalia-se a
composição corporal, os exames laboratoriais e o consumo alimentar.
A composição corporal comumente utilizada na prática clínica (a bioimpedância elétrica
e o percentual de gordura por dobras cutâneas) são consideradas formas duplamente indire-
tas, pois utilizam de equações preditivas além de depender de outro método para chegar nas
medidas que são colocas nas equações (no caso das dobras cutâneas seria a antropometria).
A avaliação do consumo alimentar é realizada por meio dos inquéritos alimentares, que
são divididos em métodos prospectivos e retrospectivos. Os retrospectivos são aqueles que
têm o viés da memória e incluem o recordatório de 24 horas, o questionário de frequência ali-
mentar (e o semiquantitativo dele) e o histórico alimentar. Os prospectivos são aqueles que
normalmente o paciente vai anotar o consumo, como o registro (ou diário) alimentar e o resto-
-ingestão (que necessita de uma balança).
Os parâmetros subjetivos da avaliação nutricional incluem essencialmente o exame físico
e, nesta aula, também é abordada a ferramenta da Avaliação Global Subjetiva. No exame físico
o paciente é analisado da cabeça aos pés na busca de sinais de alguma deficiência nutricional.
Inclusive, o exame físico engloba muitos elementos da AGS, que culmina com o diagnóstico
nutricional do paciente após associação da história clínica e alimentar.
Além de tudo isso, vimos como calcular e identificar as recomendações nutricionais, que
para indivíduos saudáveis se baseiam nas DRIs. As DRIs apresentam valores de EAR (para
avaliar o consumo), de RDA (para recomendações de consumo), AI, UL, equações preditivas
de gasto energético e distribuição de macronutrientes pelo valor calórico total. Importante
lembrar que gasto energético basal é bem diferente do gasto energético diário (que adiciona a
atividade da pessoa durante o dia).
Bom, esses sãos principais pontos sobre avaliação nutricional. Estude bastante e caso
tenha dúvidas conte comigo para te ajudar.
Até mais!
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MAPA MENTAL
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QUESTÕES DE CONCURSO
013. (IADES/SES-SP/2021) O diagnóstico nutricional, em conjunto com a etiologia e os indi-
cadores nutricionais identificados, direcionam o planejamento e o monitoramento das inter-
venções em nutrição. Com base nas etapas da avaliação nutricional e nos diagnósticos em
nutrição, assinale a alternativa correta.
a) As etapas da avaliação nutricional para se chegar a um diagnóstico nutricional adequado
são: história nutricional global; história alimentar; exame físico nutricional; antropometria e
composição corporal; e exames bioquímicos.
b) A história nutricional global, a história dietética e o exame físico são métodos objetivos da
avaliação nutricional.
c) A avaliação clínica do estado nutricional depende inteiramente dos métodos objetivos.
d) A perda de gordura subcutânea é normalmente observada na região das têmporas, do del-
toide e do quadríceps.
e) O exame físico nutricional não depende da experiência do avaliador e é caracterizado como
um método de alta confiabilidade, especialmente nas alterações corporais relacionadas a mi-
cronutrientes.
A letra “a” é correta pois apresenta todos os parâmetros da avaliação nutricional. O exame
físico é método subjetivo. A avaliação do estado nutricional também depende dos métodos
subjetivos. A região das têmporas, deltoide e quadríceps são de análise de perda de tecido
muscular. O exame físico é um método subjetivo, logo dependente da experiência do avaliador.
Letra a.
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e) índice de massa corporal (IMC), perda de peso, ingestão dietética, gravidade da doença e
idade do paciente.
A letra “a” apresenta todos os parâmetros que envolvem a AGS. Todas as outras alternativas
estão incompletas ou apresentam algum item que faz parte da AGS, como sexo, idade, proce-
dência, dinamometria, uso de corticoides, IMC e gravidade da doença.
Letra a.
O consumo alimentar é direto (objetivo), porém não avalia somente a frequência alimentar. Os
exames bioquímicos são um método direto (objetivo). Inquéritos socioeconômicos são méto-
dos subjetivos (indiretos) e composição corporal é direto. Consumo alimentar é método direto
e exame físico indireto.
Letra b.
O cálculo é feito a partir da multiplicação do IMC pela altura ao quadrado. Ou seja: 22 x 1,65
x 1,65 que será igual a 59,89 kg. O valor aproximado mais próximo entre as alternativas é 60.
Letra b.
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A alternativa letra “c” é a única que apresenta apenas exames de função renal. Sódio e fosfato
são de distúrbio hidroeletrolítico. TGO, TGP, GGT e FA são de função hepática. TSH é de função
tireoidiana. Hemoglobina é referente ao hemograma, para avaliar presença de anemia.
Letra c.
Materiais imagéticos e utensílios de medida caseiras contribuem para que o indivíduo descre-
va com exatidão o tamanho da porção ingerida. A dieta habitual não pode ser estimada por um
curto período de tempo. O QFA é o inquérito mais recomendado para estudos epidemiológicos.
Todos os métodos retrospectivos registram informações do passado.
Letra a.
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A proteína mais abundante do plasma é a albumina. A proteína que transporta ferro no plasma
é a transferrina. A pré albumina tem vida média curta (2 a 3 dias). A letra “b” apresenta todas
as informações corretas: pré-albumina tem como funções transportar hormônio tireoidiano
(tiroxina) e formar um complexo com a proteína ligante de retinol.
Letra b.
O balanço nitrogenado fornece uma relação entre o que foi ingerido de proteína e o que foi
eliminado pelo organismo, a partir do conteúdo de nitrogênio. Assim, é o parâmetro que avalia
de forma mais adequada a oferta de proteína em relação ao que está sendo metabolizado. O
índice creatinina-altura é um parâmetro para análise de massa corporal magra. A albumina
plasmática é utilizada como índice de prognóstico clínico e de mortalidade. A contagem de
linfócitos e o teste cutâneo de hipersensibilidade tardia avaliam momentaneamente a defesa
celular no indivíduo, isto é, as reservas imunológicas.
Letra c.
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A circunferência do pescoço foi indicada como triagem para detecção de indivíduos adultos
com excesso de peso, se essa medida for ≥ 37 cm para homens e ≥ 34 cm para mulheres, es-
tando também associado com risco de doenças cardiovasculares.
Certo.
A AGS não é um instrumento de risco nutricional para crianças, mas sim a Strong Kids. A AGS
pode ser considerada um instrumento de triagem nutricional, que inicialmente foi validado
para uso em pacientes cirúrgicos, sendo posteriormente aplicado e adaptado a outras situa-
ções clínicas. Mas é também uma ferramenta de avaliação nutricional subjetiva para adultos.
Errado.
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A BIA é um método rápido e não invasivo que se baseia no princípio de que os componentes
corporais oferecem uma resistência diferenciada à passagem da corrente elétrica, mas os teci-
dos magros e osso apresentam baixa resistência à passagem da corrente elétrica, ao contrário
da gordura. O exame físico é um método simples, mas não permite identificar vários estágios
da deficiência de micronutrientes, muitas vezes identificando estágios já avançados. A história
dietética não é um método rápido, sendo necessária a associação de mais e um inquérito para
sua análise. A albumina é a proteína em maior quantidade circulante e determina pressão on-
cótica, além de ser uma proteína negativa de fase aguda, isto é, reduz suas concentrações em
casos de estresse e inflamação. A circunferência muscular do braço (CMB) é obtida por meio
da CB (circunferência do braço) e da DCT (dobra cutânea tricipital) e avalia a reserva de tecido
muscular sem correção da área óssea.
Letra d.
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Todos os métodos citados no enunciado são métodos objetivos de avaliação nutricional, e não
subjetivos. São métodos subjetivos: exame físico e avaliação global subjetiva. Mas a questão
se refere à AGS, e na AGS não há avaliação de exames bioquímicos nem antropometria.
Errado.
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Todas as alternativas estão corretas com exceção da letra “e” que afirma que a altura do joelho
é alterada com a idade e essa medida não sofre alteração com o avanço da idade.
Letra e.
A avaliação clínica, exame físico, permite identificar estágios mais avançados da depleção
nutricional. Não existem sinais e sintomas específicos de desnutrição, mas sim de atrofia mus-
cular, diminuição de tecido adiposo, ingestão alimentar insuficiente etc., que em conjunto le-
varão ao diagnóstico de desnutrição. O balanço nitrogenado é um parâmetro para se avaliar
adequação da oferta de proteínas, colaborando para a continuidade da terapêutica nutricional.
Nenhum parâmetro isoladamente é suficiente para diagnosticar estado nutricional. A depleção
proteica grave leva à redução das concentrações de proteínas plasmáticas.
Letra c.
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III – o IMC é considerado um bom indicador de gordura corporal. Embora, apresente baixa
correlação com a estatura, apresenta boa correlação com a gordura corporal e com o
peso corporal. Isso justifica o seu uso na prática.
IV – a circunferência da cintura prediz o risco de doenças crônico-degenerativas por correla-
cionar-se com IMC, gordura corporal total e gordura intra-abdominal. Além disso, é um
marcador mais preciso de gordura abdominal do que a relação cintura-quadril, principal-
mente quando se deseja observar alterações ao longo do tempo.
V – a circunferência braquial é um bom indicador de desnutrição ou obesidade, pois sua di-
minuição resulta em perda de gordura ou massa muscular, ao contrário, o seu aumento
implica em ganho de tecido adiposo.
VI – os termos massa magra e massa livre de gordura são sinônimos e indicam o componen-
te corpóreo isento de gordura.
VII – são considerados indicadores diretos do estado nutricional: antropometria, composi-
ção corporal, avaliação clínica, bioquímica e dietética.
O IMC não é capaz de predizer composição corporal, apenas faz uma correlação entre estatura
e peso corporal, mostrando a distribuição do peso pela altura do indivíduo. A circunferência do
braço é usada como indicador de massa muscular e não de tecido adiposo. Massa magra e
massa livre de gordura não são sinônimos, sendo que a massa corporal magra inclui o peso
combinado dos órgãos internos, ossos, músculos, ligamentos de água, tendões, além do peso
da gordura essencial nos órgãos, sistema nervoso central e osso. Já a massa livre de gordura é
quando o peso da gordura essencial é subtraído da massa corporal magra. A avaliação clínica
(exame físico) é indicador indiretos de estado nutricional (parâmetro subjetivo ou indireto da
avaliação nutricional).
Letra c.
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034. (CESPE/CEBRASPE-FHS-SE/2009)
Julgue os itens subsequentes, relativos ao tema tratado no texto acima. O IMC serve para ca-
racterizar o tipo de distribuição de gordura corporal, ainda que com margem de erro.
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A seta 1 representa a massa magra, mas esta não é sinônimo de massa muscular. Os idosos
tendem a aumentar a gordura corporal. O IMC não um parâmetro de composição corporal, é
apenas uma relação do peso com a estatura, isto é, da distribuição do peso corporal.
Letra b.
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Com relação aos métodos de avaliação da composição corporal, assinale a opção correta.
a) O exame de bioimpedância é o padrão ouro para este fim.
b) O valor da área muscular do braço será maior quanto maior for a dobra cutânea triciptal.
c) A espessura das dobras cutâneas reflete a gordura localizada na região subcutânea e visce-
ral de um ou mais segmentos do corpo.
d) As reservas proteicas musculares são estimadas pela utilização conjunta da circunferência
do braço e da dobra cutânea triciptal.
e) Para indivíduos com doença renal crônica, recomenda-se o uso do índice creatinina-altura
para estimativa da massa muscular.
O “padrão ouro” para avaliação da composição corporal são a RM, o DEXA e a pletismografia.
Como a DCT refere-se ao tecido adiposo subcutâneo, quanto maior for seu valor, menor será a
AMB, o que pode ser evidenciado na equação proposta para AMB. A AMB é a utilização conjun-
ta da CB e a DCT. As dobras cutâneas não podem refletir a gordura visceral. A creatinina urinária
sofre influência de seus valores na DRC, não devendo ser utilizado o ICA em pacientes renais.
Letra d.
O acrômio é o acidente ósseo da escápula e forma a porção mais alta do ombro. O olécrano
faz parte da ulna e é um dos três ossos que compõem a articulação do cotovelo. Ambos são
as referências para se medir o ponto médio do braço.
Letra a.
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d) ajustado.
e) usual.
Para saber sobre uma mudança recente de peso é necessário saber o peso usual do paciente,
aquele que o paciente considera ser seu peso normal. O peso atual é o do momento do pacien-
te, sendo aferido com balança. O desejável e ideal são sinônimos e se refere ao peso adequado
para o indivíduo manter a boa saúde. Já o peso ajustado é o peso corrigido para pacientes
desnutridos ou obesos.
Letra e.
Segundo a tabela de retenção hídrica proposta por Riella e Martins (2001), a anasarca repre-
senta um peso de 10 a 12 kg. Edemas na raiz na coxa de 5 a 6 kg, no joelho de 3 a 4 kg e no
tornozelo 1 kg.
Letra c.
Para medir a circunferência da cintura o indivíduo deverá estar em posição anatômica, isto é,
não deve levantar os braços nem afastar os pés. Não se deve contrair o abdômen, sendo reco-
mendada a medição ao fim da expiração e com a fita diretamente na pele da pessoa.
Letra e.
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b) zinco.
c) vitamina A.
d) vitamina C.
e) vitamina K.
A AGS é formada por história clínica, que inclui mudança de peso, ingestão dietética, sintomas
gastrintestinais, exame físico e classificação do estado nutricional, além de exame físico com
avaliação da gordura subcutânea, massa muscular, edema/ascite e capacidade funcional. An-
tropometria e composição corporal são métodos objetivos de avaliação nutricional.
Letra c.
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A AGS observa em seu exame físico sintomas do trato gastrointestinal, não somente diarreia
ou náuseas especificamente. Não possui avaliação de IMC, proeminência óssea, nem perda
de gordura apenas no braço.
Letra a.
A perda de peso involuntária nos últimos 3 meses é significativa quando igual a 7,5% ou grave
quando maior que esse valor. A albumina possui meia vida de 20 dias. Para idosos o IMC de
22 kg/m é ponto de corte inferior e pode sugerir quadro de desnutrição, mas deve-se realizar
a avaliação nutricional. A PRC é uma proteína positiva de fase aguda muito importante para
avaliar a resposta inflamatória. A transferrina é uma proteína transportadora de ferro que pode
refletir quadro de anemias.
Letra c.
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RDA não é utilizada para avaliar ingestão, mas sim a EAR. A AI apresenta os valores mínimos,
estando acima dificilmente estará inadequado. A UL é nível máximo de ingestão. A RDA é mé-
dia diária de ingestão dietética do nutriente, suficiente para fornecer a necessidade daquele
nutriente de aproximadamente 97 a 98% dos indivíduos saudáveis.
Letra e.
Todos os itens estão corretos. Importante lembrar que o IMC isoladamente não pode predizer
composição corporal, distribuição de gordura corporal, muito menos estado nutricional. É cal-
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culado da mesma maneira em todo o mundo, não refletindo as diferentes proporções corporais
e como não considera a compleição óssea, faz com que indivíduos da mesma altura possuam
o mesmo peso ideal, quando não deveria ser.
Letra a.
Obesidade moderada e mórbida não são nomenclaturas adequadas. Obesidade grau II e III
são classificações de IMC. A obesidade androide (centrípeta ou abdominal) também pode ser
chamada de forma de maçã e juntamente com a obesidade em forma de pêra formam duas
classificações da obesidade em relação ao local de acúmulo de gordura.
Letra c.
Nenhuma medida de dobra deve ser feita com o músculo referente contraído. A abdominal
está a 2 cm da cicatriz umbilical. A da coxa é no ponto médio. A da panturrilha é em sua maior
circunferência.
Letra b.
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O R24h também pode ser feito referente a dias atípicos, isso não impede sua aplicação. O re-
gistro alimentar não tem viés da memória e consegue avaliar o hábito alimentar quando feito
de modo seriado. Suplementos de todos os tipos devem ser considerados nos inquéritos. O
QFA é um inquérito qualitativo.
Letra c.
A RDA se utiliza para prescrever e planejar, mas para avaliar adequação é utilizada a EAR.
Errado.
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Para aferir peso corporal é utilizado uma balança, a estatura um estadiômetro e qualquer cir-
cunferência com uma fita métrica.
Letra d.
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Não é necessário estimar a altura do paciente quando se possui IMC e peso. Mas se fosse
necessário estimar, não existe o método de estimativa de altura sentado. A classificação de
obesidade é para IMC igual ou acima de 30 kg/m2. Acima de 25 e abaixo de 30 é classificado
como sobrepeso. A sarcopenia é a perda de massa muscular, que é comum em idosos.
Letra a.
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A questão trata das DRIs, portanto a incorreta é a alternativa que afirma que pode ser utilizada
para indivíduos enfermos. Somente são usadas para pessoas saudáveis.
Letra c.
057. (INSTITUTO AOCP/UFGD/2014) Qual dos seguintes exames bioquímicos avalia o con-
trole metabólico dos níveis glicêmicos até 2 meses anteriores ao teste?
a) Frutosamina.
b) Glicemia TOTG/pós-prandial.
c) Glicemia de jejum
d) Hemoglobina Glicosilada (HbG).
e) Glicemia plasmática casual.
O Teste Oral de Tolerância à Glicose, a glicemia de jejum e a glicemia plasmática são exames
que avaliam os níveis glicêmicos momentâneos e como o organismo reage a ingestão de gli-
cose aguda. A frutosamina avalia os níveis de glicose no sangue ao longo de um período de
tempo (2 semanas) mas a hemoglobina glicada possui capacidade de mostrar esse controle
em um período superior a 2 meses.
Letra d.
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EAR é o valor para suprir apenas 50% da população. Já a RDA é pra suprir mais de 97% da po-
pulação. O nível máximo de ingestão é dado pela UL.
Letra d.
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060. (FGV/TJ-PI/2015) A análise da história dietética é uma forma de obter informações rela-
cionadas à ingestão alimentar. Essas informações podem ser avaliadas por dados retrospec-
tivos ou prospectivos. Cada método tem finalidades específicas, vantagens e desvantagens. O
método que, embora possa não representar o consumo real, não depende de o avaliado ler e
escrever, somente da sua memória, é:
a) análise da ingestão de nutrientes;
b) questionário de frequência alimentar;
c) recordatório de 24h;
d) registro alimentar;
e) registro alimentar pesado.
Registros alimentares dependem da alfabetização da pessoa pois ela deverá anotar tudo que
ingere. o QFA normalmente é um inquérito no qual o próprio paciente marca a frequência de
consumo de determinado alimento. O R24h é realizado pelo aplicador.
Letra c.
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3) Mancha de Bitot
4) Queratomalácia
5) Cacifo
6) Xantelasma
7) Glossite
8) Sinal de Bandeira
9) Umbigo em chapéu
10) Pelagra
11) Anasarca
12) Xantoma
13) Palidez de pálpebras
( ) Hipovitaminose A
( ) Desnutrição proteico-calórica
( ) Dislipidemia
( ) Deficiência de ferro
( ) Excesso de líquidos no interstício
a) 4, 9, 12, 13, 8.
b) 3, 8, 6, 1, 2.
c) 8, 5, 6, 13, 9.
d) 2, 4, 12, 1, 5.
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GABARITO
13. a 30. c 47. a
14. a 31. c 48. c
15. b 32. C 49. b
16. b 33. E 50. c
17. c 34. E 51. E
18. a 35. b 52. d
19. b 36. d 53. a
20. c 37. a 54. a
21. C 38. e 55. c
22. C 39. c 56. c
23. E 40. e 57. d
24. C 41. a 58. e
25. d 42. d 59. d
26. C 43. c 60. c
27. C 44. a 61. C
28. E 45. c 62. b
29. e 46. e
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REFERÊNCIAS
. Washington, DC: The National Academies Press
BARRERÉ, A.P.N.; HORIE, L.M.; NOGUEIRA, P.B.P. e colaboradores. Triagem e avaliação nutricio-
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NUTRIÇÃO
Avaliação Nutricional
Lucas Guimarães
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NUTRIÇÃO
Avaliação Nutricional
Lucas Guimarães
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Lucas Guimarães
Doutorando em Ciências da Saúde (UFU). Mestre em Ciências dos Alimentos (UFLA). Pós-graduando em
Nutrição Esportiva (ICM). Antropometrista N2 ISAK graduado em Nutrição pelo Unifor-MG. Nutricionista do
Exército Brasileiro.
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