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NUTRIÇÃO

Avaliação Nutricional

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NUTRIÇÃO
Avaliação Nutricional

Sumário
Lucas Guimarães

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Avaliação Nutricional...................................................................................................................... 4
1. Conceitos em Avaliação Nutricional.. ....................................................................................... 4
2. Objetivo da Avaliação Nutricional. ........................................................................................... 4
3. Estado Nutricional (EN).............................................................................................................. 5
4. Anamnese...................................................................................................................................... 5
5. Métodos para Avaliação do Estado Nutricional. . .................................................................. 5
5.1. Métodos Objetivos.................................................................................................................... 6
5.2 Métodos Subjetivos................................................................................................................ 26
6. Recomendação das Necessidades Nutricionais................................................................. 35
6.1. Estimativa de Requerimento Médio (EAR). . ....................................................................... 36
6.2. Ingestão Diária Recomendada (RDA)................................................................................. 36
6.3. Ingestão Adequada (AI)......................................................................................................... 36
6.4. Ingestão Máxima Tolerada (UL).......................................................................................... 37
6.5. As DRIs Consideram............................................................................................................... 37
6.6. Equações Preditivas para Estimativas Energéticas....................................................... 39
6.7. Recomendações de Macronutrientes. . ............................................................................... 41
6.8. Outras Equações Preditivas de Gasto Energético de Repouso.................................... 42
Resumo.............................................................................................................................................46
Mapa Mental................................................................................................................................... 47
Questões de Concurso..................................................................................................................48
Gabarito............................................................................................................................................ 73
Referências...................................................................................................................................... 74

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Lucas Guimarães

Apresentação
Olá, nutri!
Tudo bem com você?
Eu sou o professor Lucas Guimarães e também sou nutricionista do Exército Brasileiro,
formado pelo Centro Universitário Formiguense (UNIFOR/MG), Mestre em Ciências dos Ali-
mentos, pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Doutorando em Ciências da Saúde pela
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Antropometrista nível 2 da Sociedade Internacional
para o Avanço da Cineantropometria (ISAK), com mais de 10 anos de atuação em avaliação
nutricional ambulatorial e na docência. Estaremos juntos aqui com todo o suporte necessário
e abordagem de conteúdo para que você possa arrasar nas provas. E claro, deixar você o mais
confortável possível das questões de concursos, te aproximando ainda mais da aprovação.
Aproveite este material para mergulhar na avaliação nutricional de um jeito leve e fique
inteirado de um conteúdo muito presente e cobrado em provas. E caso queira aprofundar na
teoria, explore a bibliografia complementar que aparece nas referências bibliográficas ao final
do material.
Será um prazer caminhar com você.
Vamos nessa?
Tio Lucas está aqui com você!

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Lucas Guimarães

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
1. Conceitos em Avaliação Nutricional
A avaliação nutricional é um instrumento diagnóstico realizado por um Nutricionista e ava-
lia as condições nutricionais do organismo por meio de vários parâmetros. Isto quer dizer
que existe mais de um parâmetro dentro da avaliação nutricional, e é comum que as pessoas
confundam a avaliação nutricional com a antropometria. Contudo, vale lembrar que a antropo-
metria é apenas um dos vários parâmetros de uma avaliação nutricional.
Também podemos conceituar a avaliação nutricional como um processo para obter, ve-
rificar e interpretar os dados necessários para identificar problemas relacionados à nutrição,
suas causas e consequências. Assim, é importante destacar que a avaliação nutricional é um
processo sistemático, sendo o primeiro passo da assistência nutricional.
No contexto da alimentação (parâmetro dietético), a avaliação nutricional irá abranger os
seguintes pontos:
• Ingestão;
• Absorção;
• Utilização;
• Excreção de nutrientes.

DICA:
Você pode se lembrar dos vários parâmetros que constituem
a avaliação nutricional pelo método ABCD (BARRERÉ, 2017):
A – antropometria
B – bioquímico
C – clínica
D – dietético

2. Objetivo da Avaliação Nutricional


Identificar os distúrbios nutricionais, e também a gravidade desses, possibilitando uma in-
tervenção adequada de forma a auxiliar na recuperação e/ou manutenção do estado de saúde
do indivíduo, isto é, para traçar condutas que possibilitem o adequado estado de saúde (SAM-
PAIO, 2012).
A avaliação nutricional ocorre antes da conduta nutricional. É por meio dela que se chega a
um diagnóstico ou uma hipótese diagnóstica para formar a conduta nutricional.

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3. Estado Nutricional (EN)


O estado nutricional é o balanço entre a ingestão e a perda de nutrientes. Assim, se rela-
cionarmos o conceito de avaliação nutricional com o de estado nutricional, pode-se dizer que
a avaliação nutricional determina o estado nutricional do indivíduo, que por sua vez, resulta do
equilíbrio entre o consumo e a utilização dos nutrientes (MUSSOI, 2014).
O Nutricionista realiza a avaliação nutricional e faz a correlação do balanço entre a perda e
a ingestão de nutrientes para, assim, identificar o real estado nutricional do avaliado e também
identificar doenças carenciais ou do excesso da ingestão de nutrientes.

4. Anamnese
A palavra anamnese tem origem grega e possui o significado de recordar. É comumente
utilizada no ambiente clínico por diversos profissionais de saúde com o direcionamento de
recordar os eventos relacionados à saúde do paciente, e o intuito de identificar os sintomas e
sinais atuais, bem como a história dos motivos que trazem esse indivíduo à consulta (SAM-
PAIO, 2012).
A avaliação nutricional está contida na anamnese, como também estão contidas informa-
ções referentes à identificação pessoal do paciente, características socioeconômicas.
Abaixo segue uma lista do que é importante conter em uma anamnese e avaliação
nutricional:
Dados pessoais (sexo, idade etc.);
Condições socioeconômicas (renda, atividade, grau de instrução etc.);
História clínica (patologias pessoais e familiares etc.);
Avaliação do consumo alimentar ou anamnese alimentar (O que come? Quantas vezes
come? Onde come? Por que come?);
Avaliação antropométrica;
Exame físico (estado da pele, do cabelo, das unhas, coloração, mucosas etc.);
Investigação dos exames laboratoriais (hipótese diagnóstica pode se tornar um diagnóstico).

5. Métodos para Avaliação do Estado Nutricional


Um único parâmetro isolado não é capaz de definir a condição nutricional geral do indiví-
duo, dessa forma, é necessária uma associação de vários indicadores para melhorar a pre-
cisão do diagnóstico nutricional. Isto é muito importante, pois um diagnóstico mal-feito irá
determinar condutas inadequadas (CUPPARI, 2018).
Sendo assim, os métodos para avaliação do estado nutricional são divididos em dois tipos:
objetivos e subjetivos (BARRERE, 2017).

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5.1. Métodos Objetivos


Tais métodos são considerados objetivos, pois, ao realizá-los, é possível se obter um resul-
tado imediato, normalmente numérico.
Antropometria: Envolve a mensuração/aferição do peso, da estatura, das dobras cutâneas
e das circunferências;
Composição corporal: Caracteriza-se, principalmente, pela definição do percentual de gor-
dura corporal (por quilo de peso) e do percentual de massa muscular (também em relação ao
peso corporal total), mas também
Parâmetros laboratoriais (exames bioquímicos);
Consumo alimentar (dietético).

5.1.1. Antropometria

O termo antropometria foi criado a partir de estudos científicos realizados na Universidade


de Pádua, na Itália. Esse termo foi levantado por Johan Sigismund Elsholtz, que era um médico
alemão (1623-1688) e possui o seguinte significado:
− Antropo → anthropos = ser humano;
− Metria → metrein = medição.

Ou seja, antropometria nada mais é do que uma medição do corpo humano. É a medida do
tamanho corpóreo e de suas proporções (Cuppari, 2018).
Hoje, a antropometria é muito importante na avaliação nutricional, pois gera resultados
relativos ao estado nutricional do paciente, bem como sua monitorização, e desempenho es-
portivo, quando for o caso.
As medidas mais utilizadas na antropometria são peso, estatura/ altura, pregas cutâneas
e circunferências.
• Vantagens da Antropometria:
− Equipamentos de baixo custo, de fácil aquisição e portáteis;
− Técnicas não invasivas;
− Obtenção rápida de resultados.
• Limitações da Antropometria:
− Incapacidade de detectar alterações recentes no estado nutricional;
− Não permite identificar deficiências específicas de nutrientes;
− Depende do estado de hidratação do paciente (ex: se presença de edema);
− Necessita de profissionais capacitados.

A fim de monitorar os efeitos da intervenção em saúde e nutrição alinhados à influência


de fatores ambientais no estado nutricional é possível utilizar indicadores antropométricos

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nos âmbitos individual e coletivo. Indicadores são combinações de uma ou mais medidas
associadas ao sexo e/ou idade (SAMPAIO, 2012). São considerados indicadores da antro-
pometria clássica:
− Peso;
− Altura;
− IMC (Índice de Massa Corporal);
− Circunferências;
− Pregas cutâneas;
− Bioimpedância elétrica.

5.1.1.1. Peso

É a soma de todos os componentes corporais (massa gorda e massa magra), que refle-
te equilíbrio proteico-energético (CUPPARI, 2018). O significado desta medida sofre varia-
ção de acordo com o contexto em que é avaliado, sendo subdividido em:
Peso atual: Aquele mostrado na balança.
Peso usual ou habitual: Utilizado quando há mudanças recentes de peso e na impossi-
bilidade de medir o peso atual.
Peso ideal ou desejável: Definido a partir de alguns parâmetros, tais como idade, bioti-
po, sexo e altura de modo que o indivíduo mantenha um bom estado de saúde.
Peso estimado (quando não é possível pesar o paciente): Utilizado quando há impos-
sibilidade de medir o peso atual utilizando balança, comum em situações como trauma,
sepse e doenças neurológicas.

Obs.: O peso ideal pode ser obtido por meio da multiplicação do IMC médio (Homens
→ 22 kg/m2 / Mulheres → 21 kg/m2) pela estatura ao quadrado. O peso desejável
pode ser obtido por meio da variação desse IMC, o ajustando às particularidades
do indivíduo.

001. (UFLA/2018/UFLA/NUTRICIONISTA) Considerando um indivíduo do sexo masculino


que possui 1,75 m, 35 anos, peso atual de 150 kg e peso habitual de 110 kg, o peso máximo
que ele pode apresentar para ser classificado como eutrófico é:
a) 35,94 Kg
b) 49,01 Kg
c) 76,46 Kg
d) 79,56 Kg

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Para resolver essa questão é necessário multiplicar o valor do IMC máximo dentro da eutrofia
(24,9) pelo quadrado da altura desse paciente. Dessa forma, chega-se ao resultado de 76,46 Kg.
Letra d.

É muito importante o cuidado com a utilização do peso como única medida de avaliação,
principalmente em situações de retenção hídrica (edema e ascite), insuficiência renal, insufici-
ência cardíaca e desidratação. Dessa forma, o peso deve ser interpretado com cautela nessas
ocasiões. Para aquelas situações em que haja edemaciação (acúmulo indesejável de líquido),
é possível ter uma estimativa de peso real por meio do desconto com valores demonstrados
na tabela abaixo:

Excesso de peso
Edema Localização
hídrico

+ Tornozelo 1 kg

++ Joelho 3 e 4 kg

+++ Base da coxa 5 a 6 kg

++++ Anasarca 10 e 12 kg
Fonte: MATARESE, 1997.

 Obs.: Anasarca é um edema generalizado, ou seja, que atinge o corpo todo. É mais comum
dentro do contexto hospitalar, quando o paciente está internado.

Como dito anteriormente, determinadas situações dificultam ou impossibilitam a aferição


do peso atual do paciente, sendo necessário estimar o peso. Essa estimativa é realizada por
meio de equações preditivas, e, possivelmente, a mais famosa é a proposta por Chumlea e
colaboradores, que se encontra descrita abaixo (CHUMLEA e cols, 1985). Lembrando que são
duas equações, uma para o sexo feminino e outra para o sexo masculino. Para a leitura da
equação considere CP como circunferência da panturrilha (valores em cm), AJ como altura do
joelho (valores em cm), CB como circunferência do braço (valores em cm), PCSE como prega
cutânea subescapular (valores em mm).
− Homem: Peso (kg) = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69]
− Mulher: Peso (kg) = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35]

O peso estimado pode, em muitos casos, coincidir com o peso atual do paciente, contudo,
também é possível que seja diferente.
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Caso não seja possível considerar as dobras cutâneas para chegar ao peso estimado do
paciente, há uma outra maneira de calcular esse peso estimado, segundo Rabito e colaborado-
res (RABITO e cols, 2006). Considere CB como circunferência do braço (cm), CA como circun-
ferência abdominal (cm) e CP como circunferência da panturrilha (cm).
− Homem = (0,5759 x CB) + (0,5263 x CA) + (1,2452 x CP) – (4,8689 x 1) – 32,9241
− Mulher = (0,5759 x CB) + (0,5263 x CA) + (1,2452 x CP) – (4,8689 x 2) – 32,9241

Na avaliação nutricional é muito importante identificar a perda involuntária de peso do


paciente, podendo, inclusive, ter uma forte correlação com a desnutrição e por este motivo
aparece na famosa Avaliação Global Subjetiva (AGS) (DETSKY; JEEJEEBHOY, 1987). Em pa-
cientes cirúrgicos pode até ser considerado um marcador de pior evolução pós-operatória
(STUDLEY, 1936).
Assim, para classificar a perda de peso podem-se utilizar os valores referenciados na ta-
bela abaixo. A classificação é feita a partir de um determinado período de tempo decorrido
relacionando com o percentual de peso perdido.

Perda de peso Perda de peso grave


Tempo
significativa (%) (%)

1 semana 1a2 >2

1 mês 5 >5

3 meses 7,5 >7,5

6 meses 10 >10
Fonte: BLACKBURN; BISTRIAN, 1977; HEYMSFIELD; MATTHEWS, 1994.

Com base na tabela acima, a análise da perda de peso com base no tempo permite mensu-
rar os riscos nutricionais do paciente e, até mesmo, o risco de comorbidades.
Assim, quanto maior for a perda de peso e menor o intervalo de tempo, maior será o risco
nutricional e o risco de que esse paciente desenvolva comorbidades.

5.1.1.2. Estatura

É a expressão da dimensão longitudinal ou linear do corpo humano. É medida utilizando


um estadiômetro, antropômetro ou fita métrica inextensível. Seu valor pode ser identificado
por meio da aferição convencional ou por estatura estimada. A estimativa é feita para indivídu-
os impossibilitados de utilizar os métodos convencionais e podem ser por meio de:
• Altura do joelho (AJ): Equação proposta por Chumlea e colaboradores (Chumlea e cols,
1985) que utiliza da AJ e da idade para a estimativa.
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• Extensão dos braços: Medida da distância entre os dedos médios das mãos, com o in-
divíduo posicionado com os braços estendidos formando um ângulo de 90 graus com o
corpo. O valor encontrado corresponde à estatura do indivíduo.
• Meia envergadura: Semelhante à extensão dos braços, porém a distância é medida en-
tre o dedo médio de um dos braços estendidos e o meio do externo na altura do ombro.
• Estatura Recumbente: Nesta esta estimativa o paciente deve permanecer deitado em
posição supina e com leito horizontal completo, os lençóis são marcados nas extremi-
dades do corpo e depois feita a leitura da medida entre essas marcações.
• Aferição Convencional: Aqueles indivíduos que podem ficar de pé são recomendados
realizar a aferição convencional da estatura. Caso a parede seja utilizada como suporte
de medida, esta deve ser lisa e não possuir rodapés. Além disso, o instrumento de me-
dição não deve ser posicionado sobre tapete, carpete ou piso irregular. Assim, a técnica
para esta medida exige que o paciente/ indivíduo:
− Esteja em pé e descalço;
− Tenha a nuca, a escápula, as nádegas e os calcanhares alinhados em uma barra (ou
parede) vertical fixa;
− Disponha o peso distribuído igualmente entre os pés;
− Mantenha a cabeça ereta e olhar fixo à frente.

De acordo com o protocolo da American College, que rege os métodos de avaliação antro-
pométrica dentro da Nutrição, a aferição da estatura deve ser feita dessa maneira para que não
haja alterações nos resultados.
Há casos em que o paciente pode alegar ser um pouco mais alto após a aferição da estatu-
ra. Isso acontece, pois, ao longo do dia ocorre uma compressão nas vértebras que pode gerar
uma redução de até 2 cm na estatura do paciente. É por isso que o mais indicado é fazer essa
aferição da estatura logo pela manhã.
• Estatura Estimada – Equação por Chumlea:

Considere AJ como altura do joelho dada em centímetros (Chumlea e cols. 1985).


− Masculino= [64,19 – (0,04 x idade em anos) + (2,02 x AJ)]
− Feminino= [84,88 – (0,24 x idade em anos) + (1,83 x AJ)]

5.1.1.3. Índice de Quetelet

É mais conhecido como Índice de Massa Corporal (IMC), mas como foi criado por Adophe
Quetelet, em 1835, o índice leva seu nome.
A equação para o índice de Quetelet é dada pelo peso atual dividido pela estatura
ao quadrado:

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Com ele é possível a análise de dados antropométricos nos quais se faz uma ordenação,
correlação e classificação. Com ele são feitas análises de dados antropométricos, estabelecer
relação entre antropometria função (atividade laboral). Esse índice também apresentado com
uma classificação, valores de média, mínimo-máximo e frequências.
• Classificação do IMC para Adultos:

Fonte: WHO.

A classificação anterior já possuiu as estratificações de desnutrição grau I, grau II e grau III,


mas não são mais utilizadas.

O IMC deve ser cuidadosamente utilizado e não deve ser utilizado de forma isolada para
avaliar estado nutricional.
Exemplo: Numa pessoa hipertrófica o músculo tem densidade maior do que a gordura.
Quanto maior a massa muscular, maior o peso, o que pode gerar um IMC classificado como
obesidade. A obesidade é, na verdade, caracterizada por um acúmulo de gordura acima dos ní-
veis da normalidade. Assim, somente determinando o percentual de gordura que será possível
determinar se o paciente está ou não obeso.
• Classificação do IMC para Idosos:

Fonte: LIPSCHITZ, 1994.

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O envelhecimento leva à diminuição da estatura e a uma maior perda da massa muscular,


por isso os valores são diferentes.

002. (IF-CE/TÉCNICO DE LABORATÓRIO/EDUCAÇÃO FÍSICA/2017) O Índice de Massa Cor-


pórea (IMC) ou Índice de Quetelet é um dos indicadores mais utilizados para avaliar o estado
nutricional de uma pessoa. Seu resultado é obtido por meio da relação entre o peso (Kg) e a
Estatura (m) elevada ao quadrado. Sua classificação segue um escore que determina se o indi-
víduo se encontra em baixo peso (magreza), normal (eutrófico), sobrepeso ou obesidade. Um
indivíduo, para se encontrar com a classificação considerada como normal (eutrófico), deverá
apresentar o resultado do IMC, compreendido entre
a) ≤ 18,4 kg/m2
b) ≥ 18,5 a ≤ 24,9 kg/m2
c) ≥ 25 a ≤ 29,9 kg/m2
d) ≥ 35 kg/m2
e) ≥ 30 a ≤ 34,9 kg/m2

Para o indivíduo adulto se encontrar em eutrofia, seu IMC deve se encontrar entre 18,5 e 24,9
kg/m². Atenção aos índices diferentes para adultos e idosos.
Letra b.

5.1.1.4. Distribuição da Gordura Corporal

• Classificação Visceral ou Central ou Andróide:

Essa classificação faz lembrar o formato de maçã, por apresentar tronco mais arredon-
dado e acúmulo de gordura acima da região da cintura. O acúmulo de gordura abdominal,
caracterizado como obesidade superior, é bem característico e a gordura está distribuída pre-
ferencialmente na região do tronco. É mais comum em homens e possui maior relação com
doenças crônicas não transmissíveis - DCNT – como doenças cardiovasculares, esteatose
hepática, dislipidemia, síndrome metabólica, dentre outras.

• Classificação Gluteofemural ou Periférica ou Ginecóide ou Ginóide:

Esta lembra o formato de uma pera. O acúmulo de gordura subcutânea, caracterizado


como obesidade inferior, é a característica principal. O acúmulo de gordura é do tronco para
baixo – quadris, pernas, coxas. Do tronco para cima, o acúmulo costuma ser menor. É mais
comum em mulheres.

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A concentração de gordura abdominal, independentemente do percentual de gordura cor-


poral, é um fator de risco para doenças para doenças metabólicas e cardiovasculares. Dos
indicadores de distribuição de gordura corporal, temos a razão cintura-quadril (RCQ) e a cir-
cunferência da cintura (CC). Atualmente, o mais utilizado para predizer o risco associado às
DCNTs, relacionado ao acúmulo de gordura na região abdominal, é a CC. Os pontos de corte
para este indicador permitem caracterizar os indivíduos como apresentando risco elevado e
muito elevado, sendo específicos para cada sexo (SAMPAIO, 2012).

003. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/2018) O método de avaliação nutricional reco-


mendado para diferenciar a obesidade ginoide da obesidade androide é:
a) Prega cutânea do tríceps.
b) Relação cintura/quadril.
c) Índice de Massa Corpórea.
d) Circunferência do braço.
e) Circunferência da panturrilha.

Como a gordura se acumula de forma superior na região do tronco ou inferior na região dos
quadris, podem ser feitas as medidas da cintura e do quadril para diferenciação. Esse cálculo
é feito a partir da divisão da medida da cintura pelo valor da medida do quadril.
Letra b.

5.1.1.5. Circunferência da Cintura (CC)

Parâmetro como fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes mellitus. É aferi-
da na parte mais estreita do tronco, ponto médio entre as costelas e a crista ilíaca, através de
uma fita métrica inextensível e após a expiração. Além disso, esta circunferência isoladamente
prediz melhor sobre o tecido adiposo visceral do que a RCQ (CUPPARI, 2018).
A CC tem a vantagem de ser simples, mas um fator limitante do seu uso é decorrente das
diferentes técnicas de aferição, o que requer treinamento do avaliador para fidedignidade da
medida. Outro ponto de atenção é que nos indivíduos muito obesos, o reconhecimento dos
pontos anatômicos necessários à realização da medida é dificultado pelo acúmulo de gordura
nestas regiões (SAMPAIO, 2012).
Existem diversos valores de corte para a CC na literatura, diferenciados principalmente de
acordo com a etnia (ROSS, 2020). Contudo, os valores adotados no Brasil, de acordo com a I
Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, são de circunferência
da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem.

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5.1.1.6. Circunferência do Quadril (CQ)

Aferida através de uma fita inextensível, que deve ser posicionada horizontalmente à exten-
são posterior máxima dos glúteos. O indivíduo deverá estar usando roupas de tecido fino, de
preferência ajustada ao corpo, em posição ortostática.

5.1.1.7. Relação do Índice Cintura/Quadril (Centímetros)

É a relação entre a circunferência da cintura e a circunferência do quadril (RCQ) e é calcu-


lada dividindo-se o valor da medida CC pelo resultado da medida CQ. Se utiliza a RCQ como
indicador da distribuição da gordura corporal, devido a sua associação direta entre gordura
abdominal elevada e risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e hiperlipidemia.
Possui como classificação para risco de doença cardiovascular os valores para homens >
1,0 e para mulheres > 0,85 (WHO, 1998).
Entretanto, o uso desse índice pode apresentar problemas. Exemplo: supondo uma pa-
ciente de 25 anos, com cintura medindo 65 cm e quadril também medindo 65 cm, ao realizar o
cálculo, o resultado será 1. Esse resultado a enquadraria em risco muito alto, mesmo ela sendo
magra. Outra questão seria um acúmulo muito acentuado na região dos quadris: mesmo que
a pessoa apresente circunferência abdominal proeminente, o resultado poderá ser um falso
negativo (um risco baixo). Para corrigir o erro, pode ser avaliada somente a circunferência da
cintura após as aferições.

5.1.1.8. Dobras Cutâneas

São medidas antopométricas utilizadas para estimar as reservas da gordura corporal total.
Dobras cutâneas, ou pregas cutâneas, aferem a espessura da pele e a espessura do tecido
adiposo, e não aferem músculo. É um método simples, de baixo custo, porém necessita de
exaustivo treinamento para o desprendimento correto dos tecidos (SAMPAIO, 2012).

Dobra cutânea não tem relação com musculatura, seu objetivo é verificar gordura.

Em avaliação nutricional, podem ser aferidas diversas pregas cutâneas. Contudo, existem
4 delas que apresentam fácil localização e menor quantidade de tecido fibroso, logo, pos-
suem desprendimento mais fácil. Estas são a tricipital (PCT), a bicipital (PCB), a subescapular
(PCSE) e a supra-ilíaca (PCSI). É importante ressaltar que as dobras cutâneas devem sempre
ser medidas do lado direito do corpo do paciente. São dobras cutâneas aferíveis:
• Dobra cutânea biciptal;
• Dobra cutânea triciptal;
• Dobra cutânea subescapular;

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• Dobra cutânea abdominal;


• Dobra cutânea supra-ilíaca;
• Dobra cutânea axilar média;
• Dobra cutânea do tórax;
• Dobra cutânea da coxa;
• Dobra cutânea da panturrilha.

Todos os protocolos padronizados e validados aferem do lado direito. O lado não dominan-
te é mencionado pela literatura quando são avaliados pacientes com risco de desnutrição. Teo-
ricamente o lado esquerdo tem percentual maior de massa gorda e menor de massa muscular,
por não ser dominante e se possuir menor esforço da musculatura. Partindo desse raciocínio,
ao aferir o lado não dominante a tendência é que esse lado tenha quantidade de massa mus-
cular menor quando comparado ao lado dominante.
Com as dobras cutâneas coletadas, gera-se o valor que será usado para calcular a densi-
dade corporal. Desse resultado da densidade, usa-se o enquadramento para outra fórmula que
fornece o resultado da gordura corporal do paciente.
• Predição de gordura corporal:

004. (BANCA UF-MT/2017/UFSBA/NUTRICIONISTA) Sobre a aferição de dobras cutâneas


em adultos, assinale a afirmativa correta:
a) Deve ser feita do lado esquerdo do corpo, nas regiões do tríceps, bíceps, coxa e panturrilha,
para estimar a gordura corporal total.
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b) É utilizada para estimar a gordura corporal total por meio de valores de gordura subcutânea
em vários pontos do corpo.
c) É utilizada para estimar a gordura corporal total por meio de valores de gordura intramuscu-
lar em um ou mais pontos do corpo.
d) É utilizada para estimar a gordura corporal subcutânea e abdominal por meio da medida de
circunferências em um ou mais pontos do corpo.

As dobras cutâneas são medidas antropométricas utilizadas para estimar a gordura corporal
total, por meio de valores de da gordura subcutânea em diferentes regiões do corpo. Existem
vários protocolos de determinação do percentual de gordura, cada um utilizando determinada
combinação de dobras e ainda variando com sexo. As dobras não possuem a capacidade de
aferir gordura intramuscular nem visceral, pois utiliza-se uma técnica de pinçamento da espes-
sura da pele mais a espessura do tecido adiposo subcutâneo.
Letra b.

5.1.2. Composição Corporal

A composição corporal envolve diferentes níveis de organização do corpo humano, que in-
cluem anatômico (nível elementar), molecular, celular, sistema de tecidos e corpo inteiro (nível
funcional). Além disso, também possui diferentes modelos de compartimentação. Na prática,
o método bicompartimental é o mais utilizado, que consiste em dividir a composição total do
corpo em massa magra e massa gorda. Logo, a soma da massa gorda e da massa corporal
magra resulta na composição corporal do organismo (SAMPAIO, 2012; CUPPARI, 2018).
Composição corporal = massa gorda + massa corporal magra
Entende-se por massa gorda tudo aquilo que for gordura (essencial e de armazenamento).
Já massa magra é tudo aquilo que não é gordura (pele, proteínas, cabelo, órgãos, músculos,
água e conteúdo mineral ósseo).

É preciso ter cuidado para não confundir a massa magra com a massa muscular.

5.1.2.1. Métodos de Avaliação da Composição Corporal

Os métodos de avaliação da composição corporal são divididos em três grupos: direto,


indiretos e duplamente indiretos.
• Métodos Diretos: Dissecação de cadáveres ou extração lipídica.

São métodos que quantificam diretamente a composição corporal.

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• Métodos Indiretos: Pesagem hidrostática; DEXA; interactância de raio infravermelho;


ultrassonografia (US); tomografia computadorizada (TC); ressonância magnética (RM);
pletismografia.

São procedimentos que oferecem estimativas muito precisas sobre os componentes da


composição corporal.
• Métodos Duplamente Indiretos: Bioimpedância elétrica (BIA) e antropometria.

São classificados como métodos duplamente indiretos, pois resultam de equações ou nor-
mogramas derivados dos métodos indiretos. Logo, é indireto porque é derivado de outro méto-
do e novamente indireto porque precisa de uma equação para chegar na composição corporal.

005. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE) Quanto aos métodos para a avaliação da


composição corporal, pode-se afirmar que:
a) O método direto mensura os elementos que compõem o corpo com medidas intermediárias.
b) Os métodos indiretos são aqueles em que há a manipulação dos componentes se-
paradamente.
c) A pesagem hidrostática que define o volume corporal é um método direto.
d) A técnica antropométrica é um método duplamente indireto.

A antropometria e a bioimpedância são métodos duplamente indiretos da avaliação da com-


posição corporal.
Letra d.

5.1.2.2. Bioimpedância Elétrica (BIA)

É considerado um método rápido e não invasivo para avaliar a composição corporal. Ele
baseia-se no princípio da condutividade elétrica para estimar os compartimentos corpóreos,
partindo do princípio que os tecidos magros são condutores de corrente elétrica, isto é, pos-
suem baixa impedância e apresentam baixa resistência à passagem da corrente elétrica. Por
outro lado, a gordura, o osso, a pele e os pulmões constituem um meio de baixa condutividade,
apresentando, portanto, elevada resistência (WARD, 2019).
A BIA é o resultado da resistência oferecida pelos tecidos corporais à passagem de uma
corrente elétrica. Quando o tecido tem pouca água, possui alta impedância. Assim, é utilizada
para determinar a água corporal total e posteriormente estimar o percentual de gordura.
O método tetrapolar é o que utiliza quatro pequenos eletrodos aplicados na mão e punho
direitos e no tornozelo e pé direitos, logo, possui quatro pontos de contato com o corpo. Este é
o único validado na literatura.
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Normalmente, o aparelho é conectado aos eletrodos e estes são conectados em pontos


específicos do corpo. Em seguida, uma corrente de baixa voltagem é passada. Os valores
obtidos são combinados com altura, peso e sexo possibilitam o cálculo de compartimentos
corporais. Existem diversas equações “dentro” de cada um dos aparelhos e é importante saber
para qual população ela foi validada.
• Limitações: Fatores que alteram a hidratação do indivíduo: alimentação, bebidas, uso de
determinados medicamentos, desidratação e exercícios físicos.
• Recomendações para Análise de BIA: Como os resultados da BIA podem ser afetados
por diversos fatores, são necessárias algumas recomendações para realização da aná-
lise a fim de evitar o máximo de interferência no resultado (HEYWARD; STOLARCZYK,
2000; HEYWARD, 2004; COELHO; AMORIM, 2007). Seguem algumas orientações:
− Não comer ou beber a menos de 4 horas do teste;
− Não fazer exercícios a menos de 12 horas do teste;
− Urinar a menos de 30 minutos do teste;
− Não consumir álcool a menos de 48 horas do teste;
− Não consumir café nem fumar cigarro antes do exame;
− Não tomar medicamentos diuréticos a menos de 7 dias do teste;
− Não avaliar indivíduos com marca-passo;
− Não avaliar gestantes.

006. (UFLA/2018/NUTRICIONISTA) São recomendações para realização do exame de bioim-


pedância elétrica:
I – Abstenção de alimentos por, no mínimo, 4 horas.
II – Abstenção de sono por, no mínimo, 4 horas.
III – Abstenção de bebidas alcoólicas por, no mínimo, 48 horas.
IV – Abstenção de exercícios físicos por, no mínimo, 24 horas.

Assinale a alternativa CORRETA:


a) Somente os procedimentos I, II e III estão corretos.
b) Somente os procedimentos I, II e IV estão corretos.
c) Somente os procedimentos I, III e IV estão corretos.
d) Somente os procedimentos II, III e IV estão corretos.

Permanecer acordado (abster de sono) não irá influenciar nas reservas nem composição cor-
poral, sendo a única alternativa que não é uma recomendação para realização da BIA.
Letra c.

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007. (UFES/2017/UF-ES/NUTRICIONISTA) São condições que aumentam os valores de re-


sistência, detectados no exame de bioimpedância elétrica:
a) atrofia muscular, obesidade, edema e caquexia.
b) hipertrofia muscular, obesidade, edema e caquexia.
c) atrofia muscular, hipertrofia muscular, desidratação e caquexia.
d) atrofia muscular, obesidade, desidratação e caquexia.
e) atrofia muscular, hipertrofia muscular, desidratação e obesidade.

O aumento da massa muscular (hipertrofia) e o edema (aumento de água) reduzem os valores


de resistência. Já a obesidade (percentual alto de tecido adiposo), a desidratação (perda de
água), a caquexia e a atrofia muscular (que caracterizam perdas de tecido muscular) vão au-
mentar os valores de resistência.
Letra d.

A BIA ainda fornece um valor chamado Ângulo de Fase (AF). Ele é um instrumento de valor
prognóstico, nutricional, de função de membrana celular e pode ser um indicador de saúde em
várias condições clínicas. O AF avalia hidratação tissular e distribuição, além da permeabilida-
de da membrana celular. Além disso, existe uma associação positiva entre o AF e vários tipos
de doenças graves, podendo, então, ser um instrumento para estimar resultados clínicos ou
monitorar pacientes críticos (BARBOSA-SILVA, 2005).

5.1.2. Consumo Alimentar

Existem vários métodos para se avaliar o consumo alimentar e todos eles irão depender da
habilidade do investigador para terem validade e reprodutibilidade, além, claramente, da coo-
peração do paciente (CUPPARI, 2018).
Não existe um método “ouro” para avaliação do consumo alimentar. Assim, para escolher
qual método utilizar é necessário conhecer a população alvo e o propósito da investigação.
A avaliação dietética é instrumento de trabalho exclusivo do nutricionista e pode ser usa-
do para conhecer melhor o paciente. Seu objetivo é determinar o hábito alimentar e estimar a
ingestão de alimentos e de nutrientes. Isto é, faz uma avaliação da quantidade e da qualida-
de. Para tanto, são utilizados os inquéritos alimentares como métodos de avaliação dietética
(MUSSOI, 2014).

• Inquéritos Alimentares:

São métodos utilizados para avaliação de consumo alimentar de indivíduos e populações em um


determinado período de tempo estabelecido previamente (DUARTE, 2007).

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Os inquéritos alimentares são divididos em métodos retrospectivos e prospectivos. Os re-


trospectivos colhem a informação do passado imediato ou em longo prazo e estão associados
com a dieta habitual. Já os prospectivos registram informações recentes e estão associados
à dieta atual.
• Objetivos dos Inquéritos Alimentares:

• Escolha do Método:

Para escolher o método mais adequado a ser utilizado é necessário ficar atento a alguns
fatores, pois cada inquérito vai exigir do entrevistado características e habilidades diferentes.
Além disso, deve-se ter o objetivo, a população alvo e os recursos disponíveis muito bem claros
e definidos.
Seguem abaixo algumas avaliações importantes:
− Participação do entrevistado;
− Necessidade de ser alfabetizado;
− Dependência de memória;
− Número de aplicações do instrumento;
− Estimativa da ingestão habitual.

5.1.2.1. Métodos Retrospectivos

São considerados métodos retrospectivos os que seguem:


− Recordatório dietético ou de 24 horas;
− Questionário de frequência alimentar;
− Questionário de frequência semiquantitativa de alimentos;
− Histórico alimentar.
• Recordatório de 24 horas:

Consiste de uma investigação na qual o nutricionista propõe ao paciente recordar tudo que
ele comeu e bebeu nas últimas 24 horas anteriores à entrevista. O registro possui anotação e
quantificação de tudo que o indivíduo relatar (CUPPARI, 2018).
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É o método mais utilizado na prática clínica. E para garantir uma maior acurácia no registro
é possível utilizar instrumentos de auxílio visual, como kit utensílios e álbum fotográfico.

Vantagens Limitações

Barato, simples e rápido de aplicar. Não representa ingestão usual.

É menos desgastante para o entrevistado. Depende da memória.

A ingestão de alguns nutrientes pode ser


Pode ser quantitativo e qualitativo.
subestimada.

Dificuldade de relatar tamanho das


Tempo de aplicação é pequeno.
porções.

Avalia dieta atual e coloca o paciente como Ingestão de líquidos, petiscos, álcool e
participante ativo da entrevista. doces, geralmente é esquecida.

Pode ser utilizado com pessoas analfabetas


e de qualquer faixa etária.

• Questionário de frequência alimentar (FQ):

Possui o objetivo de conhecer e identificar o consumo habitual de alimentos ou grupos


alimentares. Este método não fornece informações quantitativas da ingestão alimentar (SAM-
PAIO, 2012).
Consiste na utilização de uma lista de alimentos, em que o entrevistado aponta a frequên-
cia que consome esses alimentos (ex.: diário, semanal, raro). O número e o tipo de alimentos
presentes na lista variam de acordo com o propósito da avaliação.

Vantagens Limitações

Fornecem informações quanto à frequência Não fornece informações sobre a


de consumo. quantidade consumida.

Não é possível saber sobre a hora ou


Não requerem entrevistadores habilidosos. circunstância em que o alimento foi
consumido.

Rápido. Requer paciência se a lista for grande.

Rapidez na estimativa de um único


É mais exato para grupos que indivíduos.
nutriente ou grupo de nutrientes.

Analisam bem os padrões alimentares. A ingestão é subestimada.

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Vantagens Limitações

Permitem associações entre a ingestão de A análise fica difícil sem o uso de


nutrientes e doenças. computadores e programas especiais.

De fácil padronização.

Avalia a ingestão usual.

Baixo custo.

• Questionário de frequência semiquantitativa de alimentos:

Analisa frequência e quantidade de alimentos ingeridos pelo mesmo meio do QFA, que é
a lista de diferentes alimentos com sua frequência de consumo. Porém, existe uma padroni-
zação prévia do tamanho da porção de cada alimento/preparação, de acordo com o hábito do
grupo ou população que está sendo investigado (SAMPAIO, 2012).

Vantagens Limitações

Não alteram dietas usuais. Devem ser periodicamente revisados.

Não refletem a ingestão de grupos


Permitem análises pelo computador, uma
específicos como os vegetarianos, por
vez que os dados podem ser codificados.
exemplo.

Podem ser aplicados em grandes


investigações epidemiológicas. Sua aplicação consome muito tempo.
Custo relativamente baixo.

• Histórico Alimentar

Avalia os hábitos de consumo alimentar minuciosamente a fim de determinar o histórico


alimentar pregresso e/ou atual, podendo ser quantitativo ou qualitativo. Possui como principal
característica o fato de agregar diferentes métodos, como recordatório de 24 horas e ques-
tionário de frequência alimentar. Além disso, descreve dados como aversões, preferências,
intolerâncias, número de tipo de refeições, horário e local das refeições, hábitos de vida, dificul-
dades de mastigação, deglutição, modificação na consistência das refeições, horário e local
das refeições, mudanças recentes na prática alimentar e atividade física.
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É considerado um método bem completo.

Vantagens Limitações

Entrevista extensa, requer cooperação do


Aborda maior número de informações.
entrevistado.

Pode ser qualitativo e quantitativo. Sujeito a viés da memória.

Reflete o histórico alimentar atual e Entrevistador deve ter domínio das


pregresso. questões.

5.1.2.2. Métodos Prospectivos

São considerados métodos prospectivos os que seguem:


− Registro ou diário alimentar;
− Método da pesagem/ registro dietético pesado ou resto-ingestão.
• Registro ou Diário Alimentar:

Este inquérito possui uma participação do paciente/ indivíduo bastante ativa, pois é ele que
registra, no momento do consumo, todos os alimentos e bebidas ingeridos. Costuma-se soli-
citar o registro de três dias, incluindo um dia de final de semana, porém pode variar de número
chegando até a uma semana de coleta (CUPPARI, 2018).
Como o registro é feito pelo próprio paciente, as quantidades estimadas aparecem em
medidas caseiras. Dessa forma, posteriormente as quantidades são transformadas em gra-
maturas pelo profissional.

Vantagens Limitações

O registro da ingestão é feito no momento Alteração da ingestão durante o período da


do consumo investigação

Indivíduos podem ser instruídos Exige muita paciência e colaboração do


previamente para minimizar erros entrevistado

Erros são bem menores do que aqueles Entrevistado pode não registrar os dias
dos métodos retrospectivos típicos

Dificuldade em estimar tamanho de


Não está sujeito a viés de memória
porções

Requer entrevistados alfabetizados

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Vantagens Limitações

Relatos subestimados são comuns

Número de dias deve ser suficiente para


fornecer dados da ingestão usual.

• Pesagem ou Resto-Ingestão:

Trata-se de um método já ultrapassado, contudo, em virtude de sua previsão na literatura,


pode ser cobrado em provas de concursos públicos.
Consiste na pesagem dos alimentos e bebidas antes do consumo e posterior pesagem das
possíveis sobras.
• Vantagem: dados precisos e não sujeitos a viés de memória;
• Desvantagem: requer tempo, predisposição e paciência de quem for realizar a pesagem,
além da necessidade de balança apropriada (e confiável).

5.1.3. Principais Fontes de Erro

A ingestão alimentar pode ser afetada por vários e diferentes fatores Dessa forma, a va-
riabilidade da dieta e o erro inerente ao próprio método de inquérito afetam a qualidade dos
resultados obtidos na avaliação do consumo alimentar. Os principais erros associados às me-
didas dietéticas estão categorizados em três grupos, relacionados com o entrevistado, com o
método e com o entrevistador.
• Relacionados com o entrevistado:
− Incompreensão quanto ao que está sendo questionado (pode acontecer, por exemplo,
pelo uso de linguagens técnicas);
− Sub ou superestimação do consumo;
− Erro na estimativa do tamanho da porção (o paciente costuma ter uma falta de conhe-
cimento em relação às medidas caseiras, principalmente no que tange à gramatura
dos alimentos);
− Omissão do uso de suplementos (além de balas e pequenos doces);
− Falha de memória (pode omitir o consumo de alimentos com alto teor de calorias);
− Respondem o que eles acham que o investigador quer que eles comam.
• Relacionados com o entrevistador:
− Registro incorreto das respostas;
− Indivíduos sem motivação ou desinteressados;
− Descrição incompleta de alimentos (pode acabar fazendo com que uma pessoa ingi-
ra alimentos diferentes daqueles que foram recomendados);

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− Ambiente da entrevista (não deve conter distrações);


− Empatia pelo indivíduo entrevistado;
− Erro na conversão em gramas da medida caseira.
• Relacionados ao método:
− Erro na escolha (que deve ser adequada aos objetivos do estudo e às características
de cada instrumento).

5.1.4. Tabelas ou Softwares de Composição de Alimentos

A Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO) é utilizada como base, contudo,


há uma série de softwares utilizados para cálculo de dieta e montagem de cardápio. O grande
problema é que alguns desses softwares têm por base a TACO e outros têm por base tabelas
mistas, que incluem tabelas internacionais. Ou seja, não há uma padronização entre softwares
e tabelas de composição.
Assim, os principais erros são:
• Fontes desatualizadas, incompletas (sobretudo de micronutrientes);
• Tabelas com fontes de dados internacionais;
• As tabelas não fornecerem dados sobre receitas dos alimentos comerciais.

008. (COTEC/PREFEITURA DE LAGOA GRANDE – MG/NUTRICIONISTA/2019) A avaliação


do consumo alimentar individual requer, inicialmente, a definição clara da finalidade a ser al-
cançada para orientar a seleção do método de inquérito. Quando se deseja quantificar e avaliar
a ingestão de nutrientes os instrumentos mais apropriados são:
a) O questionário de frequência alimentar e a história alimentar.
b) O recordatório de 24 horas e a história alimentar.
c) O diário alimentar e o questionário de frequência alimentar.
d) O recordatório de 24 horas e o diário alimentar.

A história alimentar não permite quantificar os alimentos consumidos pelo paciente, mas sim
ter uma noção da evolução da alimentação desse paciente. Ela também não permite estimar a
quantidade da ingestão de nutrientes. O questionário de frequência alimentar apresenta uma
grande dificuldade em se quantificar os alimentos consumidos. Nesse caso, o ideal é utilizar o
recordatório de 24 horas e o diário alimentar.
Letra d.

009. (CESPE/FUB/NUTRICIONISTA/2018) Tendo em vista que existem diversos métodos de


avaliação do consumo, como, por exemplo, o recordatório de 24 horas, o diário alimentar, o

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questionário de frequência alimentar e a história alimentar, e que cada um deles apresenta


vantagens, mas também limitações em razão do público-alvo e do nível de detalhamento de-
sejado, julgue o item subsequente, acerca da avaliação do consumo alimentar e da ingestão
dietética.
Embora proporcione grande precisão, pois não depende da memória do indivíduo, o diário ali-
mentar tem como limitação a dificuldade das pessoas em quantificar o que é consumido.

Uma das limitações do método de registro ou diário alimentar está na dificuldade de estimar o
tamanho das porções.
Certo.

010. (FCC/TRT – 2ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/NUTRIÇÃO/2018) A avaliação do con-


sumo alimentar na prática clínica tem como finalidade fornecer informações dietéticas preci-
sas para o desenvolvimento do plano alimentar. O método mais indicado para correlacionar o
hábito alimentar com o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis é:
a) O registro alimentar.
b) O recordatório de 24 horas.
c) O questionário de frequência alimentar.
d) A história alimentar.
e) A história clínica.

O questionário de frequência alimentar traz a frequência do consumo de alimentos específi-


cos. Assim, trata-se de um método bastante indicado para correlacionar o hábito alimentar e o
desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Letra c.

5.2 Métodos Subjetivos


Os métodos subjetivos são aqueles que não geram um resultado imediato, tal como ocorre
no caso dos métodos objetivos. São eles:
• Exame físico;
• Avaliação Global Subjetiva (AGS);
• Outros protocolos de triagem.

5.2.1. Exame Físico Nutricional

É uma parte da avaliação nutricional que verifica sinais e sintomas físicos de deficiência
nutricional e desnutrição com base no relato do paciente (CUPPARI, 2018).

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Essa é uma das áreas da avaliação nutricional em que ocorre o maior número de erros
por parte dos nutricionistas, inclusive, quando o assunto é cobrado em provas de concur-
sos públicos.
A semiologia nutricional complementa o diagnóstico na área clínica, principalmente no
caso de pacientes que já possuem ou estão desenvolvendo alguma patologia e apresentam
sintomas específicos. Contudo, o diagnóstico não deve se basear exclusivamente neste méto-
do, principalmente porque esses sinais e sintomas só se desenvolvem em estágios avançados
da depleção nutricional. No caso de doença aguda instalada, o exame físico para deficiências
nutricionais deve ser realizado semanalmente (WAITZBERG, 2009).
Aspectos relevantes:
− No emagrecimento há depleção de massa magra e depleção de tecido adiposo;
− Sinais característicos de alterações patológicas só serão identificados por meio de
observação detalhada de regiões como pele, face, tórax e membros;
− O domínio das técnicas requer experiência;
− Inclui parâmetros subjetivos e de difícil padronização;
− Acrescenta informações aos achados da história nutricional e alimentar;
− Requer análise criteriosa de sinais e sintomas;
− É um parâmetro que não deve ser analisado isoladamente, assim como os demais
indicadores de avaliação nutricional.

A avaliação nutricional é composta por vários itens/vertentes. Nesse sentido, não é apenas
a antropometria ou os inquéritos alimentares que devem ser considerados, mas sim diversos
parâmetros que, juntos, formam o diagnóstico nutricional do paciente.

• Anemia: A anemia é uma patologia muito comum na população brasileira, principalmen-


te em fases específicas da vida, tais como a gestação e os primeiros anos de vida da
criança.

O principal sintoma é a coloração alterada da pele e das mucosas, geralmente oca-


sionada por:
− doenças hematológicas;
− deficiência de ferro;
− vitamina B12;
− ácido fólico;
− hemorragia;
− insuficiência renal crônica;
− desnutrição.

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Além da pele, o nutricionista precisa avaliar a coloração das mucosas do seu paciente. Isso
porque não é em todos os casos que será possível fazer esse diagnóstico apenas analisando
a cor da pele.
• Icterícia: Doença que tem como característica a coloração amarelada da pele e das
mucosas, causada por impregnação de pigmentos biliares nos tecidos. Ela se divide em:
− hemolítica: causada por bilirrubina não conjugada ou indireta, geralmente secundária
a doenças hemolíticas;
− colestática: causada por bilirrubina conjugada ou direta; intra-hepática: ocasionadas
por hepatite e cirrose;
− extrahepática: obstrução das vias biliares por cálculos.

 Obs.: Existe a possibilidade da icterícia ser proveniente de problemas biliares, principalmen-


te por obstrução dos canais biliares. Nesses casos, é fácil identificar o acúmulo da
bilirrubina na região ocular do paciente.

• Desidratação: É a perda de água pura em todos os compartimentos corporais. Decorre


do consumo de líquidos menor que a necessidade. Em regra, a recomendação é que as
pessoas consumam 30 ml/kg de água, contudo, há pessoas que precisam consumir
necessidades diferentes (WAITZBERG, 2009).

A desidratação também pode ocorrer a partir da perda excessiva de líquidos (ex.: sudorese
intensa, diarreia ou outro problema), além de ocorrer em pacientes com queimaduras extensas.
São sinais e sintomas que levam a identificação dessa condição:
− salivação deficiente;
− brilho nos olhos reduzido;
− elasticidade da pele diminuída;
− umidade da mucosa diminuída;
− sede intensa;
− fraqueza
− sonolência.

• Edema: Inchaço corporal ocasionado pela passagem de líquido através das paredes dos
vasos sanguíneos ou linfáticos para os tecidos. É um distúrbio importante para diagnós-
tico de desnutrição proteico-energética.

Os edemas estão intimamente relacionados com a presença de hipoalbuminemia, por essa


proteína estar diretamente relacionada com a pressão osmótica quando em baixas quantida-
des favorece o extravasamento de água para os espaços intercelulares dos tecidos (KOEPPEN;
STANTON, 2020).
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A avaliação física pesquisando por edema deve levar em consideração o decúbito prefe-
rencial do paciente, pois será onde haverá maior deposição de líquidos, observando-se a pre-
sença do Sinal de Cacifo. Dessa forma, o acúmulo pode ser a seguinte orientação:
− maleolar: em pacientes que estão deambulando;
− sacral: em pacientes acamados.

• Sinal de Cacifo:

 Obs.: Os edemas nessa região estão muito correlacionados à desnutrição proteico-energéti-


ca, à gestação, às doenças renais crônicas e agudas, e a problemas cardíacos.

• Exame Físico da Face: É de extrema importância para verificação de problemas correla-


cionados à desnutrição, podendo evidenciar sinais de depleção muscular (WAITZBERG,
2009). Nesse caso, observa-se a perda da bola gordurosa de Bichat por conta da redu-
ção prolongada de reserva calórica. Consequentemente, ocorre o aparecimento de outro
sinal, o sinal da “asa quebrada”. Este é comumente provocado pela restrição proteico-
-calórica prolongada.
• Alterações na Cavidade Oral, Pescoço, Pele e Cabelos: A inspeção geral inicial fornece
muitas informações sobre o estado nutricional e é importante lembrar que os achados
podem refletir uma depleção crônica mais do que uma depleção aguda (WAITZBERG,
2009).

A princípio a pele pode parecer não se relacionar com o estado nutricional, mas quando
observada sua cor, contusões, lesões, turgor e temperatura podem estar evidenciados muitos
sinais de carências e desnutrição. O mesmo vale para a cavidade oral, pescoço e cabelos.
Abaixo seguem sinais e sintomas de deficiências associados com o achado clínico e a
carência relacionada:
− Língua saburrosa ou branca: decorre falta de mastigação/deglutição e por deficiência
de vitaminas específicas, principalmente as do complexo B.

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− Queilite angular: causada pela hipovitaminose C. Em casos extremos, pode chegar ao


escorbuto.
− Estomatite angular: carência de riboflavina, piridoxina e niacina.
− Língua despapilada (ou atrófica): causada pela carência de vitaminas do complexo B.
− Presença de Bócio: causada pela deficiência de Iodo.
− Alterações de cabelo: causada pela carência de proteínas e zinco.
− Petéquias: causada pela deficiência de vitamina C. Pode ocorrer em membros inferio-
res e em membros superiores.
− Púrpura (hematomas e sangramento subcutâneo): deficiência de vitamina K.
− Hiperqueratose folicular: carência de vitamina A e C.
− Palidez da pele: anemia.
• Exame Físico do Tronco: O exame físico do tronco está bastante relacionado ao proces-
so de desnutrição. Assim, é de extrema importância avaliar sinais de atrofia de massa
muscular:
− Na fúrcula external. É um indicativo de desnutrição crônica, com consequente capaci-
dade diminuída na produção de anticorpos;
− Na musculatura paravertebral. É correlacionado com a incapacidade do paciente em
sustentar o próprio corpo com favorecimento de complicações infecciosas devido ao
longo período de decúbito dorsal (é mais comum em pacientes hospitalizados).

No exame, o abdômen do paciente também pode apresentar as seguintes características:


− Apresentar distensão: provavelmente causado pelo acúmulo de líquido na região ab-
dominal (conhecido como ascite);
− Estar escavado: causado por uma desnutrição proteico-energética em estágio avan-
çado.

 Obs.: O abdômen distendido também pode ser um indicativo de obstrução intestinal ou pro-
blemas gástricos específicos. A ascite é um acúmulo de fluidos na cavidade do peritô-
nio e é popularmente conhecida como “barriga d’água”.

• Depleção Grave de Reservas Energéticas na Região Bicipital: Caracterizada pela pre-


sença de pouco músculo na região dos bíceps do paciente podendo ser um marcador
de perda massa muscular generalizada.
• Atrofia das Musculaturas nas Regiões Supra/Infraclavicular: É visível a perda de massa
muscular e gordura na região da clavícula do paciente.
• Depleção Grave de Tecido Muscular na Região Paravertebral: Fica evidente a escassez
de massa muscular e adiposa na região da coluna vertebral e na escápula do paciente.
• Atrofia de Tecido Muscular na Região da Panturrilha: É, com frequência, investigada em pa-
cientes idosos. Dentre os métodos antropométricos aplicados ao idoso, esse é o principal.

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Na prática também é utilizada como marcador de perda generalizada de massa muscular,


pois a perda em membros inferiores ocorre antes dos membros superiores (SANTOS; GONZA-
LEZ, 2019).
• Atrofia Grave do Masseter E Temporal: A atrofia desses músculos da face acaba geran-
do o chamado “sinal da chave”.

 Obs.: Se essa atrofia se apresentar em apenas um dos lados da face é indicativo que o
paciente possui um problema neuromuscular. Quando a atrofia é dos dois lados, ela
está diretamente correlacionada ao processo de desnutrição.

• Atrofia Grave do Adutor e Atrofia dos Músculos Interósseos das Mãos: O único músculo
que pode ser quase que diretamente medido no corpo é o músculo adutor do polegar e
ele possui uma correlação positiva com variáveis ​​antropométricas que estimam a mas-
sa muscular. A perda visível do adutor do polegar durante a desnutrição ocorre progres-
sivamente à medida que as atividades da vida são reduzidas principalmente pela apatia
associada à desnutrição. O uso da medida da espessura do músculo adutor do polegar
na prática clínica ainda é escassa, mas ele tem uma associação positiva com a estima-
tiva do compartimento muscular total (GONZALEZ et al, 2015; LAMEU et al, 2004).

Esse músculo é medido utilizando o adipômetro e possui os seguintes pontos de corte:


− Homens: 16 mm
− Mulheres: 12 mm

A função dos outros músculos da mão já foi estudada por dinamometria, que é a chama de
força da preensão palmar. A redução da função contrátil é um parâmetro prognóstico para o
paciente hospitalizado e também é um marcador do estado nutricional em algumas doenças.
Está diretamente relacionado com a perda da funcionalidade (parâmetro importante da avalia-
ção nutricional) evidenciando a força muscular reduzida do paciente.

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Para realizar a medição da força da preensão palmar utiliza-se um aparelho chamado dina-
mômetro. Ele apresenta os resultados em quilos. Abaixo segue os valores de referência para
esse exame (CRUZ-JENTOF et al, 2019):
− Homens: 27 kg
− Mulheres: 16 kg
• Glossite: A glossite é a inflamação ou infecção da língua. Os sinais mais comuns são
mudança na coloração para um vermelho mais intenso, edema e dor. Dentro das carên-
cias nutricionais está associada à hipovitaminose do complexo B.
• Alopecia: É a queda de cabelo que acontece por carências de proteínas e zinco, contudo,
também podem ser causadas por outras hipovitaminoses, como de biotina.
• Unha Coiloníquia: Crescimento das unhas de forma inadequada. Ocorre por carência de
proteínas e de minerais específicos, como o ferro.
• Escorbuto: Deficiência elevada de vitamina C. Facilmente diagnosticado pela queilite
angular inicial. Ocasiona um processo inflamatório e sangramentos frequentes nas gen-
givas.
• Anasarca: É caracterizada pelo edema generalizado (em todas as regiões do corpo).
• Desnutrição: A perda de peso e massa magra é o ponto inicial da geração dos mais
diversos quadros relacionados ao processo de desnutrição, o que pode acabar com a
piora do quadro do paciente.

A desnutrição está ligada a uma série de fatores, tais como:


− instabilidade clínica;
− aumento do custo;
− imunocompetência;
− má cicatrização;
− alta permanência hospitalar e mortalidade;
− perda de peso e massa magra.

Dentro da avaliação nutricional, relação entre perda de peso e tempo está diretamente
ligada a maior possibilidade de morbimortalidade do paciente, principalmente em ambiente
hospitalar.
Ainda nesse ambiente hospitalar ocorre um aumento do catabolismo do paciente e a dimi-
nuição da capacidade de digestão. Isso pode levar a uma menor absorção intestinal, que pode
gerar um estado de jejum nesse paciente. Assim, na maioria das vezes, a ingestão energética
estimulada pode provocar náuseas nesse paciente e a possibilidade de disfagia. Tudo isso
pode levar a inapetência ou saciedade precoce.
Pacientes que perderam mais de 20% do peso habitual apresentaram risco de óbito de
33,3%, comparado com um risco de apenas 3,5% para aqueles que perdem menos de 20%.

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 Obs.: Na avaliação nutricional, a perda de peso pelo intervalo de tempo pode demonstrar um
perigo de morte para o paciente, principalmente quando o peso perdido é superior a
20% do peso habitual.

• Prevalência da Desnutrição Hospitalar no Brasil (IBRANUTRI):

• Prevalência da Desnutrição Hospitalar no Brasil Segundo Tempo de Permanência Hos-


pitalar (IBRANUTRI):

A desnutrição hospitalar se divide em duas vertentes, podendo ser a conjugação entre as


duas, denominadas primária e secundária. Comumente, a desnutrição primária é decorrente do
baixo nível socioeconômico, o que dificulta o acesso e a aquisição de alimentos suficientemen-
te para atingir o aporte proteico-calórico adequado. A desnutrição secundária é consequente a
alguma outra doença, como câncer, infecções ou outras doenças crônicas (WATZBERG, 2009).
• Kwashiorkor: Desnutrição proteico-energética que causa um acúmulo de líquidos na re-
gião abdominal (acite). Os membros inferiores desses pacientes costumam ser finos.
• Marasmo: Um tipo de desnutrição que ocorre no estágio final da caquexia, em que se
observa uma depleção bem elevada de todas as reservas proteicas e lipídicas. Nesses
casos, a pessoa possui o abdômen escavado, deferente da desnutrição do tipo Kwa-
shiorkor.

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Marasmo Kwashiorkor

Característica Estágio final do processo Concomitante ao aparecimento do


geral de caquexia. estresse orgânico (UTI).

Estágio inicial: aparência pode


Característica Quase todo estoque de
indicar adequada nutrição até
física gordura se esgota.
obesidade.

Valores de
albumina normais: Albumina > 2,8 g/dl Albumina < 2,8 g/dl.
3.5 a 5.5 g/dl

Terapia nutricional
Conduta Prevenção/Intervenção precoce.
agressiva.

Ingestão energética. Ingestão energética e proteica


Etiologia
(estresse orgânico).

Tempo de
Meses ou anos. Semanas (ou dias).
instalação da DPE

Aparência de assolação,
Aparência de bem nutrido, cabelo
Exame clínico definhamento, peso <
quebradiço, edema.
80%.

Exames Índice creatinina altura < Albunina sérica < 2,8g/dl; CTLF <
laboratoriais 60%. 200μg; linfócito <1500mm³.

Responde
Infecção, dificuldade de cicatrização,
Evolução clínica razoavelmente, estresse
escara, pele ressecada.
orgânico leve.

Mortalidade Baixa prevalência. Alta prevalência.

Metabolismo Hipo Hiper

Relativamente sem
Estresse orgânico Presença de estresse orgânico
estresse

Intenso, com degradação de massa


Catabolismo Leve e moderado
corporal

5.2.2. Avaliação Global Subjetiva (AGS)

A AGS foi inicialmente desenvolvida para avaliação de pacientes cirúrgicos e buscava in-
vestigar possíveis sinais e sintomas que identificassem a presença de desnutrição no indiví-
duo (BAKER; JEEJEEBHOY, 1982).

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É uma ferramenta baseada em um questionário contendo informações sobre a história


do paciente e exame físico, portanto é um método considerado subjetivo. Ela depende de um
julgamento clínico global sobre o paciente, porém com simplicidade e confiabilidade. (CAM-
POS, 2013).
Ela é composta por sete elementos fundamentais:
• Perda recente de peso;
• Mudanças na dieta habitual;
• Presença de sintomas gastrointestinais;
• Capacidade funcional;
• Perda de gordura subcutânea;
• Atrofia muscular;
• Presença de edemas;

Após aplicar a ferramenta é possível determinar o estado nutricional do paciente, que


pode ser classificado em nutrido, moderadamente desnutrido e desnutrido grave (DETSKY et
al, 1987).

6. Recomendação das Necessidades Nutricionais

• Avaliação das Necessidades de Nutrientes: Dris – Dietary Reference Intake: As DRIs


foram criadas em 1997 em substituição das RDAs de 1989. Elas possuem dois objetivos
básicos (IOM, 2008):
− avaliação do consumo;
− planejamento de planos alimentares.

As DRIs trazem o mínimo e o máximo para cada nutriente para todos os indivíduos de
todas as idades. Além disso, vale destacar que elas trazem recomendações apenas para indi-
víduos saudáveis.
Em 2019 houve uma atualização das recomendações de sódio e potássio. As DRIs são fre-
quentemente atualizadas, principalmente em função das necessidades da população de cada
região e da população global. Isso se faz necessário, pois as recomendações foram criadas
ainda na década de 1990, mas os novos estudos mostram quando é preciso aumentar ou dimi-
nuir o valor de recomendação de cada nutriente para cada faixa etária (NASEM, 2019).
Sempre que ocorrer a necessidade de alterar a recomendação nutricional, as pessoas res-
ponsáveis pelas DRIs se debruçarão sobre o tema e gerarão novas atualizações.
Existem quatro parâmetros de recomendação de ingestão de nutrientes pelas DRI: as EAR
(Estimated Average Requirement), as RDA (Recommended Dietary Allowance), as AI (Adequate
Intake) e as UL (Tolerable Upper Intake Level).
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6.1. Estimativa de Requerimento Médio (EAR)


É um valor de ingestão diária de um nutriente que supre a necessidade de metade (50%)
dos indivíduos saudáveis de um determinado grupo de mesmo gênero e estágio de vida
(IOM, 2006).
A EAR pode ser usada para avaliar o consumo e também para prescrição. Ela atende as
necessidades de 50% da população. Neste nível de ingestão, a outra metade do grupo não tem
suas necessidades atingidas.
• Atendem as necessidades de 50% da população.
• Usado para AVALIAR O CONSUMO.

6.2. Ingestão Diária Recomendada (RDA)


É a que chega mais próximo dos 100%. É o nível de ingestão dietética diária que é suficiente
para atender as necessidades de um nutriente de quase todos os indivíduos saudáveis (97 a
98%) de um determinado grupo de mesmo gênero e mesmo estágio de vida (IOM, 2006).
A RDA é usada para recomendação, visto que supre a necessidade de quase 100% da
população.
• Chega a abranger 97,72% da população.
• É usada para RECOMENDAÇÃO.
• RDA = EAR + 2DP.

Em um grupo de 100 homens de 20 a 40 anos, saudáveis, se avaliar o consumo alimentar


com base na EAR, só será capaz de suprir a necessidade de 50% desses indivíduos, isto é, 50
homens. Se utilizar a RDA para prescrever, será capaz de atingir quase a totalidade, cerca de
97, 98% deles (aproximadamente 98 homens).

6.3. Ingestão Adequada (AI)


É usada para avaliar o consumo quanto não se tem RDA nem EAR do nutriente, isto é, na
situação de insuficiência da informação para estabelecer a necessidade média estimada do
nutriente. Isso ocorre para o cálcio, por exemplo.
É baseada em níveis de ingestão derivados experimentalmente ou por aproximações da
média de ingestão do nutriente por um grupo de indivíduos aparentemente saudáveis, que
mantêm um estado nutricional definido ou adequado.
Utilizada para avaliar o consumo quanto à meta do indivíduo. Será utilizada quando não
existir RDA ou EAR do nutriente.
• Avaliar CONSUMO.
• Na ausência de EAR e RDA.

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6.4. Ingestão Máxima Tolerada (UL)


É o máximo de consumo tolerado de determinado nutriente. É o limite superior de ingestão
diária prolongada de um nutriente que não apresenta efeito adverso à saúde em quase todos
os indivíduos do mesmo gênero e estágio da vida (IOM, 2006).

UL não é recomendação. Ela trata de suplementação para evitar toxidade ao organismo.

Utilizada para se chegar ao limite máximo tolerável sem que se prejudique a saúde. À
medida que a ingestão aumenta acima do UL, aumenta o risco potencial de efeitos prejudi-
ciais à saúde.
É o máximo de consumo que um ser humano pode suportar. É utilizada em casos de toxi-
cidade e de suplementação.

EXEMPLO:
Dieta com 150 mg de vitamina C. UL é de 1000 mg. Suplementar, no máximo, quanto? Até o
máximo de 1000 mg por dia.

 Obs.: Vale lembrar que, dentro da nutrição, a regra básica é o equilíbrio. Ou seja, a oferta de
um nutriente específico acima das recomendações pode trazer efeitos adversos ao
organismo em função de ter excedido o limite máximo recomendado trazido pela UL.

6.5. As DRIs Consideram


− O metabolismo nas diferentes faixas etárias;
− A redução de risco de doenças, levando-se em consideração variações individuais
nas necessidades de cada nutriente;
− A biodisponibilidade;
− Os erros associados aos métodos de avaliação do consumo dietético.
• Estágios de vida norteados pelas DRIs:

0 a 6 meses
Bebês
7 a 12 meses

1 a 3 anos
Crianças
4 a 8 anos

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9 a 13 anos
14 a 18 anos
19 a 30 anos
Homens e mulheres
31 a 50 anos
51 a 70 anos
> 70 anos

< 18 anos
Gestação e lactação 19 a 30 anos
31 a 50 anos

• Necessidade Estimada de Energia (Estimated Energy Requirement – EER): Média de


ingestão energética dietética a qual mantém o BALANÇO ENERGÉTICO em adultos sau-
dáveis com idade, sexo, peso, altura e nível de atividade física de acordo com um bom
estado de saúde (IOM, 2006).

O gasto energético de um indivíduo representa a taxa de metabolismo basal de repouso


+ efeito térmico dos alimentos + atividade física + termorregulação. Sendo que em alguns es-
tágios de vida ainda adiciona-se a energia gasta para a formação de novos tecidos ou para a
produção de leite materno (como na gestação).
As equações preditivas são dividas por sexo, faixa etária e até mesmo fase de vida. Para
uma abrangência mais próxima do rela do indivíduo é necessário somar dois desvio padrão
(DP) ao resultado, isto é, deve-se considerar intervalo de confiança de 95%.
− EER + 2DP: Homens e mulheres possuem demandas diferenciadas no que tange aos
micros e aos macronutrientes. Tais diferenças de demanda são causadas pela idade
pela fisiologia específica dos organismos masculino e feminino. A tendência é que os
homens tenham um gasto de energia maior do que o das mulheres. Assim, o cálculo
do EER de um homem e de uma mulher na mesma idade e com a mesma estatura,
ainda assim há a tendência de que o EER gere um valor mais elevado para o homem
do que para a mulher.

Em relação à eutrofia e ao sobrepeso, da mesma forma que um organismo eutrófico gasta


um quantitativo específico de quilocalorias, o indivíduo com sobrepeso ou obesidade irá gastar
mais quilocalorias para manter o seu organismo em funcionamento. Assim, a necessidade de
energia de uma pessoa com sobrepeso/obesidade é maior do que a de uma pessoa eutrófica.
Estudos mostram que, no caso de pessoas com sobrepeso/obesidade, uma mudança no
plano alimentar desses indivíduos para um cardápio mais saudável, por mais que conserve a
quantidade de quilocalorias diárias recomendadas, pode fazer com que essa pessoa perca
peso. Isso é bastante disseminado na literatura.

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 Obs.: Vale lembrar que as DRIs trazem as recomendações nutricionais para os seres huma-
nos em diversas faixas etárias, mas sempre voltadas para indivíduos saudáveis. Ou
seja, DRIs não trazem recomendações para seres humanos com patologias específicas.

• Espectro Aceitável da Distribuição de Macronutrientes (Acceptable Macronutrient Dis-


tribution Ranges – AMDR): Espectro percentual, em relação ao total energético da dieta,
no qual o consumo de carboidratos, gorduras e proteínas não está associado à ocorrên-
cia de doenças crônicas.
− É um espectro percentual, em relação ao total energético da dieta, no qual o consumo
de carboidratos, gorduras e proteínas não está associado a ocorrência de doenças
crônicas.

Macronutrientes Percentual da energia

1 a 3 anos 4 a 18 anos Adultos

Gorduras totais 30 a 40 25 a 35

Ômega 6 5 a 10 5 a 10 5 a 10

Ômega 3 0,6 a 1,2 0,6 a 1,2 0,6 a 1,2

Carboidratos 45 a 65 45 a 65 45 a 65

Proteínas 5 a 20 10 a 30 10 a 35

É importante perceber que há diferença no quantitativo de gorduras e proteínas recomen-


dadas ao longo da vida; contudo, isso não acontece no caso dos carboidratos, que se mantém
idêntico durante toda a vida. Isso mostra que o carboidrato é a principal fonte de energia e a
tendência é que ele se mantenha linear ao longo da vida.

6.6. Equações Preditivas para Estimativas Energéticas


6.6.1. EER para Crianças (0 a 35 Meses)
• 0 – 3 meses: EER = (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 175 (Kcal de energia de depósito).
• 4 – 6 meses: EER = (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 56 (Kcal de energia de depósito).
• 7 – 12 meses: EER = (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 22 (Kcal de energia de depósito).
• 13 – 35 meses: EER = (89 x peso corporal [Kg] – 100) + 20 (Kcal de energia de depósito).

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6.6.2. EER para Crianças (3 a 18 Anos)

Sexo feminino:
EER = 135,3 – 30,8 x Idade [a] + NAF x (10,0 x Peso [Kg] + 934 x Altura [m]) + energia
de depósito*
Sexo masculino:
EER = 88,5 – 61,9 x Idade [a] + NAF x (26,7 x Peso [Kg] + 903 x Altura [m]) + energia
de depósito*
*Energia de depósito:
− Para 3 a 8 anos: 20 Kcal
− Para 9 a 18 anos: 25 Kcal
• Desvio Padrão da EER para crianças e adolescentes saudáveis:
− sexo feminino: 68 Kcal
− sexo masculino: 58 Kcal
• Coeficiente de nível de atividade física - NAF (3 a 18 anos):

Sexo feminino Sexo masculino

Sedentária 1,0 1,9

Leve 1,16 1,13

Moderada 1,31 1,26

Intensa 1,56 1,42


IOM, 2006

6.6.4. EER para Adultos (19 Anos ou Mais)

Sexo feminino:
EER = 354 – (6,91 x Idade [a]) + NAF x (9,36 x Peso [Kg] + 727 x Altura [m])
Sexo masculino:
EER = 661,8 – (9,53 x Idade [a] + NAF x (15,91 x Peso [Kg] + 539,6 x Altura [m])
• Desvio Padrão da EER para adultos saudáveis:
− Sexo feminino: 162 Kcal;
− Sexo masculino: 199 Kcal.

6.6.5. EER em Caso de Sobrepeso/Obesidade (> 19 Anos)

Masculino:
EER = 1086(-10,4 x I) + NAF x (13,7 x Peso + 416 x E)
Feminino:
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EER = 448(-7,95 x I) + NAF x (11,4 x Peso + 619x E)

6.6.6. EER em Caso de Sobrepeso/Obesidade (3-18 Anos)

Masculino:
EER = 114(-50,9 x I) + NAF x (19,5 x Peso + 1161,4 x E)
Feminino:
EER = 389(-41,2 x I) + NAF x (15 x Peso + 701,6 x E)
• Coeficiente de nível de atividade física - NAF (19 ANOS E MAIS):

Sexo feminino Sexo masculino

Sedentária 1,0 1,9

Leve 1,12 1,11

Moderada 1,27 1,25

Intensa 1,45 1,48


IOM, 2006

6.7. Recomendações de Macronutrientes

DRI, 2001 OMS, 1995 SBAN, 1990

Carboidrato %

45 a 65 55 a 75 60 a 70

Lipídeo %

20 a 35 15 a 30 20 a 25

Proteína %

10 a 35 10 a 15 10 a 12

Ao elaborar a recomendação a um paciente, o nutricionista precisa definir o quantitativo de


cada tipo de macronutriente (carboidrato, lipídeo e proteína) de modo que o somatório tenha
o valor de 100%.

Como as recomendações variam de acordo com a referência fique atento à bibliografia su-
gerida pela banca do seu concurso para que você utilize os valores referentes à bibliografia
sugerida por ela.
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• Gasto Energético Basal (GEB):

GEB (ou taxa metabólica basal) consiste na totalidade da energia consumida, estando o
indivíduo acordado, mas em repouso completo, geralmente após 12-14 horas de jejum. Assim,
o GEB é a quantidade de energia requerida para manter processos essenciais básicos envolvi-
dos na manutenção do organismo vivo em funções que incluem:
− atividade do sistema nervoso;
− ventilação pulmonar;
− circulação;
− excreção renal;
− tônus muscular;
− secreção glandular, síntese proteica, de hormônios etc.

Em suma, o gasto energético basal se refere ao quantitativo de quilocalorias necessárias


para que o ser humano consiga manter-se vivo.

O cálculo de um plano alimentar para um ser humano saudável deve contemplar, no mínimo, a
taxa metabólica basal. Nesse sentido, se uma pessoa precisa de 1.500 kcal diárias para viver,
o Nutricionista não pode elaborar um plano alimentar que contemple apenas 1.300 kcal.

6.8. Outras Equações Preditivas de Gasto Energético de Repouso

Lembrando que para determinar o gasto energético total do indivíduo, após utilizar qualquer
uma dessas equações, ainda é preciso adicionar o gasto energético com as atividades diárias
(atividade física, por exemplo) ou multiplicar o resultado pelo fator atividade física (FA ou FAF).

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Todas as fórmulas utilizadas possuem tendência de superestimar os valores do GEB, apre-


sentando as seguintes proporções:
• Henry & Rees (1991) – 7,4%;
• Schofield (1985) – 12,9%;
• FAO/OMS – 13,5%; e
• HB – 17,1%.

011. (RESIDÊNCIA/USP/2020) Um dos objetivos da avaliação dietética é determinar se as in-


gestões de nutrientes de um indivíduo ou grupo estão atendendo às suas necessidades. Já um
dos objetivos do planejamento dietético é recomendar uma dieta que forneça níveis adequa-
dos de nutrientes. Para tanto, as DRIs (Dietary Reference Intakes) são uma referência possível
para o estabelecimento de metas nutricionais. Assinale a alternativa correta:
a) As DRIs aplicam-se a indivíduos saudáveis e também àqueles que estão doentes ou
desnutridos.
b) As DRIs fornecem informações exatas da necessidade nutricional de um indivíduo.
c) Indivíduos em circunstâncias especiais mantêm inalteradas suas necessidades nutricionais.
d) O uso das DRIs é mais eficaz quando conduzida como uma atividade cíclica que compreen-
de avaliação, planejamento, implementação e reavaliação.
e) Com o uso das DRIs não é possível estimar se o nível de ingestão de determinado nutriente
pode levar a um efeito adverso.

Primeira informação necessária é que as DRIs se aplicam apenas para indivíduos saudáveis.
As DRIs norteiam sobre o mínimo e máximo para cada nutriente para indivíduos saudáveis.
Não são para indivíduos doentes! As DRIs não fornecem informações exatas da necessidade
nutricional de um indivíduo, visto que cada pessoa pode apresentar uma necessidade diferen-
te. As recomendações propostas pelas DRIs informam a quantidade de nutrientes suficiente
para atender as necessidades diárias da maioria da população. Indivíduos em circunstâncias
especiais têm as suas necessidades nutricionais alteradas, logo, as DRIs poodem não se apli-
car. E por fim, a estimativa do nível de ingestão de determinado nutriente pode levar a um efeito
adverso é a UL.
Letra d.

012. (RESIDÊNCIA/USP/2020) Com relação ao formulário de avaliação de marcadores de


consumo alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério da
Saúde, assinale a alternativa correta:

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a) Esse formulário propõe a avaliação de alimentos consumidos no último mês, o que ameniza
possíveis vieses de memória, ou seja, esquecimento em relação à alimentação realizada.
b) Para crianças com 2 anos ou mais, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, o formulário
contém um bloco de questões que contemplam marcadores de consumo alimentar construí-
dos com base na segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira.
c) Para menores de 2 anos, o formulário objetiva identificar padrões de comportamento saudá-
vel ou não saudável, sem contemplar a introdução da alimentação complementar.
d) É um marcador saudável o consumo de frutas e feijão e não saudável o consumo de embu-
tidos, bebidas adoçadas, verduras, macarrão instantâneo e biscoitos salgados, bem como o
consumo de doces, guloseimas e biscoitos recheados.
e) O profissional deve enfocar exclusivamente o aspecto quantitativo da alimentação; é preci-
so também estar atento à quantidade de refeições que a pessoa realiza ao longo do dia, bem
como ao hábito de se alimentar assistindo à televisão.

Observe o modelo do formulário abaixo:

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Observe detalhes sobre o formulário, tais como qual o tempo que ele compreende, diferenças
entre as idades.
O formulário para avaliação de marcadores de consumo alimentar propõe a avaliação de ali-
mentos consumidos no dia anterior, o que ameniza possíveis vieses de memória, ou seja, es-
quecimento em relação à alimentação realizada. Os formulários direcionados para crianças
possuem um conjunto de questões que visa à caracterização da introdução de alimentos de
qualidade em tempo oportuno, à identificação de marcadores de risco ou proteção para as
carências de micronutrientes e à ocorrência de excesso de peso. É um marcador saudável, o
consumo de frutas, verduras e feijão; e não saudável o consumo de embutidos, bebidas adoça-
das, macarrão instantâneo e biscoitos salgados, bem como o consumo de doces, guloseimas
e biscoitos recheados. O profissional não deve enfocar exclusivamente o aspecto quantitativo
da alimentação, mas sim identificar qualidade e comportamentos de risco. Por fim, é preciso
também estar atento à quantidade de refeições que a pessoa realiza ao longo do dia, bem
como, ao hábito de se alimentar assistindo à televisão.

Cuidado com termos restritivos nas alternativas!

Letra b.

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RESUMO
Nutri, chegamos ao final do nosso conteúdo. Mas antes de nos despedirmos, aproveite
para fazer uma revisão esperta com esse resumo aqui.
A avaliação nutricional serve para avaliar as condições nutricionais do organismo e para
isso deve-se utilizar VÁRIOS parâmetros. Esses parâmetros são divididos em objetivos e
subjetivos.
Nos parâmetros objetivos encontramos a famosa antropometria, que inclui medir o peso,
a estatura, as circunferências e a dobras cutâneas. Ainda em parâmetros objetivos avalia-se a
composição corporal, os exames laboratoriais e o consumo alimentar.
A composição corporal comumente utilizada na prática clínica (a bioimpedância elétrica
e o percentual de gordura por dobras cutâneas) são consideradas formas duplamente indire-
tas, pois utilizam de equações preditivas além de depender de outro método para chegar nas
medidas que são colocas nas equações (no caso das dobras cutâneas seria a antropometria).
A avaliação do consumo alimentar é realizada por meio dos inquéritos alimentares, que
são divididos em métodos prospectivos e retrospectivos. Os retrospectivos são aqueles que
têm o viés da memória e incluem o recordatório de 24 horas, o questionário de frequência ali-
mentar (e o semiquantitativo dele) e o histórico alimentar. Os prospectivos são aqueles que
normalmente o paciente vai anotar o consumo, como o registro (ou diário) alimentar e o resto-
-ingestão (que necessita de uma balança).
Os parâmetros subjetivos da avaliação nutricional incluem essencialmente o exame físico
e, nesta aula, também é abordada a ferramenta da Avaliação Global Subjetiva. No exame físico
o paciente é analisado da cabeça aos pés na busca de sinais de alguma deficiência nutricional.
Inclusive, o exame físico engloba muitos elementos da AGS, que culmina com o diagnóstico
nutricional do paciente após associação da história clínica e alimentar.
Além de tudo isso, vimos como calcular e identificar as recomendações nutricionais, que
para indivíduos saudáveis se baseiam nas DRIs. As DRIs apresentam valores de EAR (para
avaliar o consumo), de RDA (para recomendações de consumo), AI, UL, equações preditivas
de gasto energético e distribuição de macronutrientes pelo valor calórico total. Importante
lembrar que gasto energético basal é bem diferente do gasto energético diário (que adiciona a
atividade da pessoa durante o dia).
Bom, esses sãos principais pontos sobre avaliação nutricional. Estude bastante e caso
tenha dúvidas conte comigo para te ajudar.
Até mais!

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES DE CONCURSO
013. (IADES/SES-SP/2021) O diagnóstico nutricional, em conjunto com a etiologia e os indi-
cadores nutricionais identificados, direcionam o planejamento e o monitoramento das inter-
venções em nutrição. Com base nas etapas da avaliação nutricional e nos diagnósticos em
nutrição, assinale a alternativa correta.
a) As etapas da avaliação nutricional para se chegar a um diagnóstico nutricional adequado
são: história nutricional global; história alimentar; exame físico nutricional; antropometria e
composição corporal; e exames bioquímicos.
b) A história nutricional global, a história dietética e o exame físico são métodos objetivos da
avaliação nutricional.
c) A avaliação clínica do estado nutricional depende inteiramente dos métodos objetivos.
d) A perda de gordura subcutânea é normalmente observada na região das têmporas, do del-
toide e do quadríceps.
e) O exame físico nutricional não depende da experiência do avaliador e é caracterizado como
um método de alta confiabilidade, especialmente nas alterações corporais relacionadas a mi-
cronutrientes.

A letra “a” é correta pois apresenta todos os parâmetros da avaliação nutricional. O exame
físico é método subjetivo. A avaliação do estado nutricional também depende dos métodos
subjetivos. A região das têmporas, deltoide e quadríceps são de análise de perda de tecido
muscular. O exame físico é um método subjetivo, logo dependente da experiência do avaliador.
Letra a.

014. (CESPE/CEBRASPE-PBC/2020) A avaliação subjetiva global, ou avaliação nutricional


subjetiva (ANS) do estado nutricional, é um método essencialmente clínico, em forma de ques-
tionário. Inicialmente, foi motivo de controvérsia, mas, depois de ter sido comparado com mé-
todos considerados padrão-ouro, obteve grande aceitação na prática clínica. É utilizado em
pacientes cirúrgicos e foi adaptado para várias outras situações clínicas. Esse método é com-
posto por dados sobre
a) alterações no peso e na ingestão alimentar, sintomas gastrointestinais, capacidade funcio-
nal, diagnóstico clínico, exame físico e classificação do estado nutricional em bem nutrido,
moderadamente desnutrido e gravemente desnutrido.
b) alterações no peso e na ingestão alimentar, sexo, idade, procedência e exame físico.
c) alterações no peso e na ingestão alimentar e força muscular medida pelo dinamômetro.
d) alterações no peso e na ingestão alimentar, sintomas, atividade e função, estresse metabó-
lico, uso de corticosteroides e exame físico.

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e) índice de massa corporal (IMC), perda de peso, ingestão dietética, gravidade da doença e
idade do paciente.

A letra “a” apresenta todos os parâmetros que envolvem a AGS. Todas as outras alternativas
estão incompletas ou apresentam algum item que faz parte da AGS, como sexo, idade, proce-
dência, dinamometria, uso de corticoides, IMC e gravidade da doença.
Letra a.

015. (IBADE/IAPEN-AC/2020) A avaliação do estado nutricional tem como objetivo identificar


os distúrbios nutricionais, afim de possibilitar uma intervenção adequada. Para tanto são clas-
sificadas como método direto e indireto, assinale a opção correta.
O consumo alimentar é um método direto, na qual é avaliada a frequência alimentar dos
indivíduos.
a) A antropometria é um exemplo de método direto para avaliação nutricional.
b) Os exames bioquímicos apresentam indiretamente o estado nutricional.
c) Inquéritos socioeconômicos e a composição corpórea são métodos diretos de avaliação
nutricional.
d) Consumo alimentar e exame físico avaliam indiretamente o estado nutricional dos indivíduos

O consumo alimentar é direto (objetivo), porém não avalia somente a frequência alimentar. Os
exames bioquímicos são um método direto (objetivo). Inquéritos socioeconômicos são méto-
dos subjetivos (indiretos) e composição corporal é direto. Consumo alimentar é método direto
e exame físico indireto.
Letra b.

016. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/2021) O Índice de Massa Corporal (IMC) é utili-


zado para classificar o estado nutricional do indivíduo. Utilizando um IMC de 22 calcule o peso
ideal de um indivíduo de 1,65 m:
a) 55.
b) 60.
c) 65.
d) 70.

O cálculo é feito a partir da multiplicação do IMC pela altura ao quadrado. Ou seja: 22 x 1,65
x 1,65 que será igual a 59,89 kg. O valor aproximado mais próximo entre as alternativas é 60.
Letra b.

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017. (IADES/SES-SP/2021) Assinale a alternativa que indica, para o nutricionista, os exames


laboratoriais marcadores de função renal.
a) Creatinina sérica, sódio e fosfato.
b) TGO, TGP, Gama GT, fosfatase alcalina e TGFe (filtração glomerular estimada).
c) Cistatina C, ureia, creatinina sérica e TFGe.
d) Fosfatase alcalina, ureia, creatinina sérica e TGFe.
e) TSH, hemoglobina, ureia, creatinina sérica e relação ureia: creatinina.

A alternativa letra “c” é a única que apresenta apenas exames de função renal. Sódio e fosfato
são de distúrbio hidroeletrolítico. TGO, TGP, GGT e FA são de função hepática. TSH é de função
tireoidiana. Hemoglobina é referente ao hemograma, para avaliar presença de anemia.
Letra c.

018. (IADES/SES-SP/2021) A avaliação do consumo alimentar na prática clínica é realizada


com a finalidade de fornecer bases para o desenvolvimento e implantação de planos nutricio-
nais. Condições como o estado geral do paciente, evolução da condição clínica e os motivos
pelos quais o indivíduo necessita de orientação nutricional direcionarão a escolha do método
de avaliação do consumo alimentar.
FISBERG, Regina Mara et al. Inquéritos alimentares: métodos e bases científicos. Barueri: Ma-
nole, 2005.
Considerando os métodos de avaliação da ingestão alimentar, assinale a alternativa correta.
a) Para minimizar erros na avaliação de consumo, é recomendada a utilização de álbuns foto-
gráficos, medidas geométricas ou caseiras, com o intuito de detalhamento do tamanho e do
volume das porções.
b) O recordatório de 24 horas é o método mais utilizado na avaliação de consumo alimentar
por não apresentar viés de memória, visto que ocorre em um curto espaço de tempo.
c) Dieta habitual refere-se à média do consumo alimentar em curto período de tempo corrente.
d) O questionário de frequência alimentar (QFA) tem sido considerado pouco prático e com pou-
co detalhamento de informações e por isso não é recomendado para estudos epidemiológicos
e) Métodos retrospectivos de avaliação da ingestão alimentar registram as informações do
presente e do passado imediato.

Materiais imagéticos e utensílios de medida caseiras contribuem para que o indivíduo descre-
va com exatidão o tamanho da porção ingerida. A dieta habitual não pode ser estimada por um
curto período de tempo. O QFA é o inquérito mais recomendado para estudos epidemiológicos.
Todos os métodos retrospectivos registram informações do passado.
Letra a.

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019. (OMNI/PREFEITURA DE PIRATUBA/2021) As proteínas séricas mais frequentemente


avaliadas para determinação do estado nutricional são albumina, transferrina e pré-albumina.
A respeito da pré-albumina assinale a alternativa CORRETA:
a) É a proteína mais abundante do plasma e dos líquidos extracelulares.
b) É uma proteína de transporte de hormônios tireoidianos que existe na circulação, formando
um complexo com a proteína transportadora de retinol.
c) É uma beta globulina transportadora de ferro no plasma (7), sendo uma proteína de vida
média intermediária.
d) Nenhuma das alternativas.

A proteína mais abundante do plasma é a albumina. A proteína que transporta ferro no plasma
é a transferrina. A pré albumina tem vida média curta (2 a 3 dias). A letra “b” apresenta todas
as informações corretas: pré-albumina tem como funções transportar hormônio tireoidiano
(tiroxina) e formar um complexo com a proteína ligante de retinol.
Letra b.

020. (CEPERJ/PREFEITURA DE ANGRA DO REIS-RJ/2008) Na avaliação nutricional, o parâ-


metro que avalia a adequação da oferta de proteínas e o grau de hipercatabolismo é:
a) a concentração de albumina plasmática;
b) o índice de creatinina-altura;
c) o balanço nitrogenado;
d) contagem de linfócitos periféricos circulantes;
e) teste cutâneo de hipersensibilidade tardia.

O balanço nitrogenado fornece uma relação entre o que foi ingerido de proteína e o que foi
eliminado pelo organismo, a partir do conteúdo de nitrogênio. Assim, é o parâmetro que avalia
de forma mais adequada a oferta de proteína em relação ao que está sendo metabolizado. O
índice creatinina-altura é um parâmetro para análise de massa corporal magra. A albumina
plasmática é utilizada como índice de prognóstico clínico e de mortalidade. A contagem de
linfócitos e o teste cutâneo de hipersensibilidade tardia avaliam momentaneamente a defesa
celular no indivíduo, isto é, as reservas imunológicas.
Letra c.

021. (CESPE/CEBRASPE-MS/2010) A espessura das dobras cutâneas indica a quantidade de


gordura localizada na região subcutânea de um ou mais segmentos do corpo.

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As dobras cutâneas avaliam justamente o tecido adiposo subcutâneo e a partir de equações


preditivas faz uma correlação com a gordura corporal total. As DC não avaliam diretamente o
tecido adiposo total (visceral), muito menos o tecido muscular.
Certo.

022. (CESPE/CEBRASPE-MS/2010) A medida da circunferência do pescoço é um indicador


do estado nutricional e é usada como instrumento de triagem para detectar indivíduos com
excesso de peso ou obesidade.

A circunferência do pescoço foi indicada como triagem para detecção de indivíduos adultos
com excesso de peso, se essa medida for ≥ 37 cm para homens e ≥ 34 cm para mulheres, es-
tando também associado com risco de doenças cardiovasculares.
Certo.

023. (CESPE/CEBRASPE-INCA/2010) A avaliação nutricional subjetiva global é um instru-


mento indicado para detectar risco nutricional em crianças e adultos em fase pré-operatória.

A AGS não é um instrumento de risco nutricional para crianças, mas sim a Strong Kids. A AGS
pode ser considerada um instrumento de triagem nutricional, que inicialmente foi validado
para uso em pacientes cirúrgicos, sendo posteriormente aplicado e adaptado a outras situa-
ções clínicas. Mas é também uma ferramenta de avaliação nutricional subjetiva para adultos.
Errado.

024. (CESPE/CEBRASPE/2010) Os resultados da bioimpedância elétrica são analisados pela


determinação do ângulo de fase, no qual os valores baixos sugerem decréscimo na integridade
celular. Contudo, ainda não existe consenso quanto aos valores de referência desse parâmetro.

O AF é o ângulo que se forma entre o vetor impedância e o vetor resistência. Determina-se o


AF pela celularidade tecidual, pela hidratação tecidual e pelo potencial da membrana. Ângulos
de fase baixos sugerem morte celular ou decréscimo na integridade celular, enquanto ângulos
de fase elevados, como os observados em pessoas saudáveis, sugerem grandes quantidades
de membranas celulares intactas, ou seja, adequado estado de saúde. Não existem valores de
referência para AF definidos.
Certo.

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025. (FUNIVERSA/CEB-DISTRIBUIÇÃO/2010) Em relação aos métodos de avaliação nutricio-


nal, assinale a alternativa correta.
a) A bioimpedância elétrica é um método rápido e não invasivo que se baseia no princípio de
que os componentes corporais oferecem uma resistência diferenciada à passagem da corren-
te elétrica. Enquanto os tecidos magros apresentam alta resistência à passagem da corrente
elétrica, a gordura e o osso apresentam baixa resistência.
b) O exame físico é um método simples e permite identificar vários estágios da deficiência de
micronutrientes.
c) A história dietética é um método rápido de avaliação do consumo alimentar que apresenta
como vantagem a possibilidade de gerar resultados padronizados.
d) A concentração de albumina sérica, apesar de muito utilizada na prática clínica para avaliação
do estado nutricional, pode estar alterada em virtude de doenças hepáticas e de inflamação.
e) A circunferência muscular do braço avalia a reserva de tecido muscular e é obtida a partir
dos valores da circunferência do braço e da prega cutânea bicipital.

A BIA é um método rápido e não invasivo que se baseia no princípio de que os componentes
corporais oferecem uma resistência diferenciada à passagem da corrente elétrica, mas os teci-
dos magros e osso apresentam baixa resistência à passagem da corrente elétrica, ao contrário
da gordura. O exame físico é um método simples, mas não permite identificar vários estágios
da deficiência de micronutrientes, muitas vezes identificando estágios já avançados. A história
dietética não é um método rápido, sendo necessária a associação de mais e um inquérito para
sua análise. A albumina é a proteína em maior quantidade circulante e determina pressão on-
cótica, além de ser uma proteína negativa de fase aguda, isto é, reduz suas concentrações em
casos de estresse e inflamação. A circunferência muscular do braço (CMB) é obtida por meio
da CB (circunferência do braço) e da DCT (dobra cutânea tricipital) e avalia a reserva de tecido
muscular sem correção da área óssea.
Letra d.

026. (CESPE/CEBRASPE-UNIPAMPA/2009) Indicadores antropométricos avaliam objetiva-


mente o crescimento linear do indivíduo, a massa corpórea total, assim como sua composição,
além da distribuição da gordura.

Para a avaliação antropométrica, utilizamos as medidas, os índices e indicadores, que são


parâmetros, portanto, objetivos. Por meio dos indicadores antropométricos, é possível estudar
e acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento, de acordo com a faixa etária e
/ou sexo, avaliar a massa corporal total, a distribuição de gordura e a composição corporal,
permitindo, assim, identificar indivíduos com problemas de saúde/ nutricionais e em risco de

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doenças. Além disso, a antropometria é importante no monitoramento do estado nutricional,


sendo utilizada em pesquisas epidemiológicas e na prática clínica.
Certo.

027. (CESPE/CEBRASPE-UNIPAMPA/2009) O valor aferido da circunferência abdominal


sugere risco muito aumentado de complicações metabólicas associadas ao diagnóstico
nutricional.

A concentração de gordura abdominal, independentemente do % de gordura, é um fator de ris-


co para doenças metabólicas e cardiovasculares. Isso porque o adipócito visceral é maior, tem
menos receptores de insulina e é mais sensível à estimulação da lipólise pelas catecolaminas,
entre outras causas. A circunferência do abdômen é um indicador da gordura abdominal, po-
dendo também ser aferida e denominada de circunferência da cintura.
Certo.

028. (CESPE/CEBRASPE-SEPLAG-DF/2009) Na prática clínica, antropometria, consumo ali-


mentar, composição corporal e exames laboratoriais são métodos que compõem a avaliação
nutricional subjetiva global.

Todos os métodos citados no enunciado são métodos objetivos de avaliação nutricional, e não
subjetivos. São métodos subjetivos: exame físico e avaliação global subjetiva. Mas a questão
se refere à AGS, e na AGS não há avaliação de exames bioquímicos nem antropometria.
Errado.

029. (COPESE/UFJF/2009) A avaliação do estado nutricional tem como objetivo identificar os


distúrbios nutricionais, possibilitando uma intervenção adequada de forma a auxiliar na recu-
peração e/ou manutenção do estado de saúde do indivíduo. Quanto à avaliação nutricional de
idosos, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Os pontos de corte do índice de massa corporal são superiores aos do adulto devido à maior
suscetibilidade a desnutrição.
b) O maior problema até a meia idade (65 anos) é o sobrepeso, entretanto, há tendência de
ocorrer declínio do IMC com o avanço da idade (70 a 75 anos).
c) O aumento do ponto de corte mínimo para a eutrofia permite uma intervenção dietética pre-
ventiva evitando formas graves de desnutrição.
d) O aumento do ponto de corte para a desnutrição e obesidade indica um aumento da sensi-
bilidade e da especificidade desses diagnósticos, respectivamente.
e) A altura do joelho é alterada com a idade e apresenta-se fortemente relacionada com
a estatura.

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Todas as alternativas estão corretas com exceção da letra “e” que afirma que a altura do joelho
é alterada com a idade e essa medida não sofre alteração com o avanço da idade.
Letra e.

030. (COPESE/UFJF/2009) Quanto à avaliação bioquímica e clínica do estado nutricional, é


CORRETO afirmar que:
a) a avaliação clínica permite identificar estágios iniciais da depleção nutricional.
b) os sinais e sintomas da desnutrição são específicos para o diagnóstico correto do estado
nutricional.
c) o balanço nitrogenado é o melhor método quantitativo e dinâmico para observar a continui-
dade da terapêutica nutricional.
d) a avaliação bioquímica isolada é conclusiva sobre o estado nutricional do indivíduo
em questão.
e) quando a depleção proteica é muito grave, há aumento das concentrações de proteínas
plasmáticas.

A avaliação clínica, exame físico, permite identificar estágios mais avançados da depleção
nutricional. Não existem sinais e sintomas específicos de desnutrição, mas sim de atrofia mus-
cular, diminuição de tecido adiposo, ingestão alimentar insuficiente etc., que em conjunto le-
varão ao diagnóstico de desnutrição. O balanço nitrogenado é um parâmetro para se avaliar
adequação da oferta de proteínas, colaborando para a continuidade da terapêutica nutricional.
Nenhum parâmetro isoladamente é suficiente para diagnosticar estado nutricional. A depleção
proteica grave leva à redução das concentrações de proteínas plasmáticas.
Letra c.

031. (COPESE/UFJF/2009) A respeito da avaliação antropométrica e da composição corpo-


ral, avalie as afirmativas a seguir, atribuindo (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. Em
seguida, escolha a opção correta:
I – a estatura é considerada indicadora das condições de vida de uma população, uma
vez que seu déficit pode refletir inadequações nutricionais de caráter crônico, de longa
duração.
II – peso é a soma de todos os componentes corpóreos, constituído tanto pelo tecido adi-
poso como pela massa magra. Trata-se de uma medida de modificação rápida e inten-
sa em intervalos curtos de tempo.

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III – o IMC é considerado um bom indicador de gordura corporal. Embora, apresente baixa
correlação com a estatura, apresenta boa correlação com a gordura corporal e com o
peso corporal. Isso justifica o seu uso na prática.
IV – a circunferência da cintura prediz o risco de doenças crônico-degenerativas por correla-
cionar-se com IMC, gordura corporal total e gordura intra-abdominal. Além disso, é um
marcador mais preciso de gordura abdominal do que a relação cintura-quadril, principal-
mente quando se deseja observar alterações ao longo do tempo.
V – a circunferência braquial é um bom indicador de desnutrição ou obesidade, pois sua di-
minuição resulta em perda de gordura ou massa muscular, ao contrário, o seu aumento
implica em ganho de tecido adiposo.
VI – os termos massa magra e massa livre de gordura são sinônimos e indicam o componen-
te corpóreo isento de gordura.
VII – são considerados indicadores diretos do estado nutricional: antropometria, composi-
ção corporal, avaliação clínica, bioquímica e dietética.

a) (V) (V) (V) (V) (V) (F) (F)


b) (V) (V) (V) (V) (V) (V) (V)
c) (V) (V) (F) (V) (F) (F) (F)
d) (V) (F) (V) (V) (V) (F) (V)
e) (F) (F) (F) (V) (V) (V) (V)

O IMC não é capaz de predizer composição corporal, apenas faz uma correlação entre estatura
e peso corporal, mostrando a distribuição do peso pela altura do indivíduo. A circunferência do
braço é usada como indicador de massa muscular e não de tecido adiposo. Massa magra e
massa livre de gordura não são sinônimos, sendo que a massa corporal magra inclui o peso
combinado dos órgãos internos, ossos, músculos, ligamentos de água, tendões, além do peso
da gordura essencial nos órgãos, sistema nervoso central e osso. Já a massa livre de gordura é
quando o peso da gordura essencial é subtraído da massa corporal magra. A avaliação clínica
(exame físico) é indicador indiretos de estado nutricional (parâmetro subjetivo ou indireto da
avaliação nutricional).
Letra c.

032. (CESPE/CEBRASPE-FUB/2009) A determinação da circunferência do abdôme é medida


efetiva para avaliar o tipo de distribuição de gordura corporal que, associada ao excesso de
gordura visceral, representa alto risco cardiovascular.

A concentração de gordura abdominal, independentemente do % de gordura, é um fator de ris-


co para doenças metabólicas e cardiovasculares. Isso porque o adipócito visceral é maior, tem
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menos receptores de insulina e é mais sensível à estimulação da lipólise pelas catecolaminas,


entre outras causas. A circunferência do abdômen é um indicador da gordura abdominal, po-
dendo também ser aferida e denominada de circunferência da cintura.
Certo.

033. (CESPE/CEBRASPE-FHS-SE/2009) O diagnóstico nutricional deve ter-se baseado em


parâmetros bioquímicos, uma vez que medidas antropométricas, como o índice de massa cor-
poral (IMC), são inadequadas para indivíduos idosos.

O diagnóstico nutricional deve ser baseado em mais de um parâmetro de avaliação nutricional,


mas não utilizando somente o parâmetro bioquímico. IMC isoladamente é inadequado para
diagnóstico nutricional em qualquer faixa etária e fase da vida.
Errado.

034. (CESPE/CEBRASPE-FHS-SE/2009)

Julgue os itens subsequentes, relativos ao tema tratado no texto acima. O IMC serve para ca-
racterizar o tipo de distribuição de gordura corporal, ainda que com margem de erro.

O que caracteriza o tipo de distribuição de gordura corporal é a localização da gordura e o for-


mato do corpo (ginecóide, nos quadris; andróide, no abdômen). O IMC serve como indicador de
avaliação da massa corporal total do indivíduo em relação à altura.
Errado.

035. (CESPE/CEBRASPE-SES-DF/2009) O esquema abaixo representa os componentes da


composição corporal de um indivíduo adulto.

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Com base na figura apresentada, assinale a opção correta.


a) A seta 1 representa a massa muscular, também conhecida como massa livre de gordura.
b) A massa celular, representada pela seta 2, é boa condutora de corrente elétrica, ao contrário
da gordura e do componente ósseo.
c) Indivíduos edemaciados deverão apresentar, proporcionalmente, menor quantidade de gor-
dura corporal.
d) Em idosos, devido à diminuição da atividade física e redução da taxa metabólica basal, há
tendência à redução da gordura corporal total.
e) O índice de massa corporal é um parâmetro de fácil aplicabilidade e de baixo custo e serve
para avaliar a composição corporal.

A seta 1 representa a massa magra, mas esta não é sinônimo de massa muscular. Os idosos
tendem a aumentar a gordura corporal. O IMC não um parâmetro de composição corporal, é
apenas uma relação do peso com a estatura, isto é, da distribuição do peso corporal.
Letra b.

036. (CESPE/CEBRASPE-SES-DF/2009) O esquema abaixo representa os componentes da


composição corporal de um indivíduo adulto.

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Com relação aos métodos de avaliação da composição corporal, assinale a opção correta.
a) O exame de bioimpedância é o padrão ouro para este fim.
b) O valor da área muscular do braço será maior quanto maior for a dobra cutânea triciptal.
c) A espessura das dobras cutâneas reflete a gordura localizada na região subcutânea e visce-
ral de um ou mais segmentos do corpo.
d) As reservas proteicas musculares são estimadas pela utilização conjunta da circunferência
do braço e da dobra cutânea triciptal.
e) Para indivíduos com doença renal crônica, recomenda-se o uso do índice creatinina-altura
para estimativa da massa muscular.

O “padrão ouro” para avaliação da composição corporal são a RM, o DEXA e a pletismografia.
Como a DCT refere-se ao tecido adiposo subcutâneo, quanto maior for seu valor, menor será a
AMB, o que pode ser evidenciado na equação proposta para AMB. A AMB é a utilização conjun-
ta da CB e a DCT. As dobras cutâneas não podem refletir a gordura visceral. A creatinina urinária
sofre influência de seus valores na DRC, não devendo ser utilizado o ICA em pacientes renais.
Letra d.

037. (CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) A aferição da dobra cutânea é importante para a


avaliação do estado nutricional. A dobra que deve ser aferida no ponto médio entre o acrômio
e o olécrano é a do(a):
a) tríceps.
b) peitoral.
c) coxa.
d) panturrilha.
e) suprailíaca.

O acrômio é o acidente ósseo da escápula e forma a porção mais alta do ombro. O olécrano
faz parte da ulna e é um dos três ossos que compõem a articulação do cotovelo. Ambos são
as referências para se medir o ponto médio do braço.
Letra a.

038. (CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) O peso corporal é a soma de todos os componentes


corporais e reflete o equilíbrio proteico-energético do indivíduo. O peso utilizado como referên-
cia na avaliação das mudanças recentes de peso é o:
a) atual.
b) desejável.
c) ideal.

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d) ajustado.
e) usual.

Para saber sobre uma mudança recente de peso é necessário saber o peso usual do paciente,
aquele que o paciente considera ser seu peso normal. O peso atual é o do momento do pacien-
te, sendo aferido com balança. O desejável e ideal são sinônimos e se refere ao peso adequado
para o indivíduo manter a boa saúde. Já o peso ajustado é o peso corrigido para pacientes
desnutridos ou obesos.
Letra e.

039. (CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) A interpretação do peso como indicador do estado


nutricional deve ser feita com cautela em algumas situações. No caso de edemas, deve ser
estimado o peso real do paciente. Em um paciente com anasarca, o excesso de peso devido
ao edema pode variar, em kg, entre:
a) 5 a 6
b) 7 a 9
c) 10 a 12
d) 13 a 15
e) 15 a 18

Segundo a tabela de retenção hídrica proposta por Riella e Martins (2001), a anasarca repre-
senta um peso de 10 a 12 kg. Edemas na raiz na coxa de 5 a 6 kg, no joelho de 3 a 4 kg e no
tornozelo 1 kg.
Letra c.

040. (CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) A circunferência da cintura parece estar associada


à adiposidade visceral. A técnica correta para sua avaliação considera, entre outros procedi-
mentos, que o(a):
a) indivíduo deve estar com os pés levemente afastados.
b) indivíduo deve levantar os braços até a altura dos ombros.
c) indivíduo deve estar com o abdômen levemente contraído.
d) abdômen deve estar livre de roupas ou com roupas bem ajustadas ao corpo.
e) medida não deve ser obtida de frente e sim em uma posição mais lateral.

Para medir a circunferência da cintura o indivíduo deverá estar em posição anatômica, isto é,
não deve levantar os braços nem afastar os pés. Não se deve contrair o abdômen, sendo reco-
mendada a medição ao fim da expiração e com a fita diretamente na pele da pessoa.
Letra e.

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041. (FAUEL/PREFEITURA DE MANDAGUARI-PR/2019) Analise as colunas a seguir e assina-


le a alternativa de corresponde à sequência CORRETA, da primeira à última definição
1) Avaliação Dietética.
2) Avaliação Antropométrica.
3) Avaliação Laboratorial.
4) Avaliação Clínica.
( ) É composta pela história médica e pelo exame físico com o objetivo de detectar sinais e sin-
tomas físicos associados à nutrição inadequada. A história médica pode ser obtida a partir da
administração de um questionário ou de anotações médicas. Já o exame físico visa identificar
aquelas mudanças que se acredita estarem relacionadas à nutrição inadequada, que podem
ser vistas ou sentidas no tecido epitelial superficial, especialmente a pele, os olhos, o cabelo e
a mucosa bucal, ou em órgãos localizados perto da superfície corpórea (glândulas paratireoide
e tireoide).
( ) Tem como objetivo inicial identificar a ingestão alimentar e, posteriormente, avaliá-la em
relação às recomendações nutricionais para a obtenção de uma dieta equilibrada. Essa avalia-
ção permite identificar a ingestão deficiente e excessiva de energia, macro e micronutrientes e
o padrão de consumo habitual.
( ) Fornece meios objetivos de avaliação do estado nutricional, independente de fatores emo-
cionais e subjetivos, e pode ser usada para complementar outros métodos de avaliação nu-
tricional, permitindo que problemas nutricionais específicos sejam identificados. Estados de
deficiência subclínica podem ser identificados por testes bioquímicos estáticos e funcionais.
( ) Se utiliza de técnicas, equipamentos e métodos para obter as medidas das variações das di-
mensões físicas e composição total do corpo humano em diferentes idades e graus de nutrição.
a) 4 / 1 / 3 / 2.
b) 1 / 3 / 4 / 2.
c) 3 / 2 / 1 / 4.
d) 2 / 4 / 1 / 3.

Medidas de variação física se trata de um método objetivo, portanto a avaliação antropomé-


trica. A história médica associada a exame físico se trata da avaliação clínica. E identificar a
ingestão alimentar se trata da avaliação dietética.
Letra a.

042. (CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) A avaliação do estado nutricional tem como obje-


tivo identificar os distúrbios nutricionais. O exame físico é um método utilizado para avaliar
carências nutricionais e deve ser associado a outros métodos para a definição do diagnóstico
nutricional. Sinais de petéquias podem estar associados à deficiência de:
a) ferro.

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b) zinco.
c) vitamina A.
d) vitamina C.
e) vitamina K.

O escorbuto desencadeado pela deficiência de vitamina C no organismo, é uma doença ca-


racterizada por manifestações hemorrágicas (petéquias, equimoses, sangramento das gengi-
vas), edema nas articulações, fadiga, lassidão, tonteiras, anorexia, alterações cutâneas, infec-
ções e morte.
Letra d.

043. (COVEST-COPSET/HC-UFPE/2010) Para a correta avaliação nutricional dos distúrbios


nutricionais são utilizados métodos objetivos e subjetivos de avaliação. Em relação aos méto-
dos subjetivos, analise as proposições abaixo.
1) Não apresentam correlação com os métodos objetivos de avaliação, principalmente se
forem realizados nos 3 primeiros dias de diagnóstico de patologias clínicas.
2) São formados pelo exame físico, avaliação subjetiva global (ASG), antropometria e ava-
liação da composição corporal, que nos idosos não apresentam resultados significati-
vos, portanto não apresentam validade para diagnóstico nutricional.
3) A ASG é um método subjetivo de avaliação que consta de história clínica - mudança de
peso, ingestão dietética, sintomas gastrintestinais, exame físico e classificação da ASG.
4) A ASG poderá ser realizada pelo exame físico – avaliação da gordura subcutânea, massa
muscular, edema/ascite – e pela aplicação de um questionário, por meio do qual são
avaliadas mudanças de peso, ingestão dietética, sintomas gastrintestinais e capacidade
funcional.
Está(ão) correta(s), apenas:
a) 1, 2 e 3.
b) 1 e 2.
c) 3 e 4.
d) 4.
e) 1, 3 e 4.

A AGS é formada por história clínica, que inclui mudança de peso, ingestão dietética, sintomas
gastrintestinais, exame físico e classificação do estado nutricional, além de exame físico com
avaliação da gordura subcutânea, massa muscular, edema/ascite e capacidade funcional. An-
tropometria e composição corporal são métodos objetivos de avaliação nutricional.
Letra c.

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044. (FUNDATEC/IF FARROUPILHA-RS/2019) A avaliação do estado nutricional tem como


objetivo identificar os distúrbios nutricionais, possibilitando uma intervenção adequada na re-
cuperação e/ou manutenção do estado nutricional do indivíduo. Nesse sentido, a Avaliação
Subjetiva Global (ASG) baseia-se no exame físico e na história clínica do indivíduo. Quais ele-
mentos são observados no exame físico?
a) Perda de gordura subcutânea, perda muscular e presença de edema.
b) Perda muscular, IMC e ingestão dietética.
c) Presença de sintomas gastrointestinais e proeminência óssea.
d) Perda de gordura na região do tríceps e bíceps e presença de diarreia.
e) Perda da capacidade funcional e relato de náuseas.

A AGS observa em seu exame físico sintomas do trato gastrointestinal, não somente diarreia
ou náuseas especificamente. Não possui avaliação de IMC, proeminência óssea, nem perda
de gordura apenas no braço.
Letra a.

045. (COVEST-COPSET/HC-UFPE/2010) Em relação à avaliação nutricional, é correto


afirmar que:
a) a perda de peso involuntária nos últimos 3 meses é um índice de desnutrição, oscilando de
leve (< que 10%) para grave (> que 15%).
b) a dosagem de albumina não é um bom parâmetro bioquímico, pois tem tempo de vida curto.
c) índice de massa corporal em idosos (< que 22kg/m²) pode sinalizar desnutrição.
d) a proteína C reativa é um marcador menos importante para a estimativa da resposta in-
flamatória.
e) a transferrina pode refletir mais prontamente o estado nutricional sem apresentar impacto
dilucional.

A perda de peso involuntária nos últimos 3 meses é significativa quando igual a 7,5% ou grave
quando maior que esse valor. A albumina possui meia vida de 20 dias. Para idosos o IMC de
22 kg/m é ponto de corte inferior e pode sugerir quadro de desnutrição, mas deve-se realizar
a avaliação nutricional. A PRC é uma proteína positiva de fase aguda muito importante para
avaliar a resposta inflamatória. A transferrina é uma proteína transportadora de ferro que pode
refletir quadro de anemias.
Letra c.

046. (IBADE/IAPEN-AC/2020) As DRI’S (Dietary Reference Intake) devem ser utilizadas de


acordo com o objetivo do profissional que está planejando a dieta e os critérios são significa-
tivamente diferentes para indivíduos e grupos. Marque a opção correta:
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a) RDA deve ser utilizada para avaliar a ingestão de nutriente em grupos.


b) A ingestão habitual do nutriente igual ou acima da AI tem alta probabilidade de estar inade-
quada nos indivíduos.
c) UL é o nível médio de ingestão diária de um nutriente tolerado biologicamente, não oferecen-
do riscos de efeitos adversos à saúde.
d) RDA é o valor máximo de ingestão diária de um nutriente estimado para atender as necessi-
dades de aproximadamente 80% da população saudável.
e) EAR é usada para determinar a prevalência de inadequação da ingestão de um nutriente em
determinado grupo.

RDA não é utilizada para avaliar ingestão, mas sim a EAR. A AI apresenta os valores mínimos,
estando acima dificilmente estará inadequado. A UL é nível máximo de ingestão. A RDA é mé-
dia diária de ingestão dietética do nutriente, suficiente para fornecer a necessidade daquele
nutriente de aproximadamente 97 a 98% dos indivíduos saudáveis.
Letra e.

047. (QUADRIX/CRN-3ª REGIÃO/2014) A avaliação do índice de massa corporal (IMC) é uma


medida internacional e um dos mais populares indicadores para avaliação nutricional. Por utili-
zar somente a razão do peso corpóreo pelo quadrado de sua altura, tem como limitações:
I – Não distingue massa gordurosa de massa magra, podendo ser pouco estimado em
indivíduos mais velhos, em decorrência de sua perda de massa magra e diminuição do
peso, e superestimado em indivíduos com hipertrofia muscular.
II – Não reflete, de fato, a distribuição da gordura corporal, e sabe-se que o acúmulo de gor-
dura intra-abdominal (visceral) é um fator de risco para doenças.
III – Não indica necessariamente o mesmo grau de gordura nas populações diversas, parti-
cularmente importante devido às diferentes proporções corporais.
IV – Não leva em consideração a compleição óssea, que define a estrutura óssea individual
e faz com que varie o peso ideal em indivíduos com a mesma altura.

Está correto o que se afirma em:


a) todas.
b) II, somente.
c) II, III e IV, somente.
d) I e III, somente.
e) III, somente.

Todos os itens estão corretos. Importante lembrar que o IMC isoladamente não pode predizer
composição corporal, distribuição de gordura corporal, muito menos estado nutricional. É cal-
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culado da mesma maneira em todo o mundo, não refletindo as diferentes proporções corporais
e como não considera a compleição óssea, faz com que indivíduos da mesma altura possuam
o mesmo peso ideal, quando não deveria ser.
Letra a.

048. (QUADRIX/CRN-3ª REGIÃO/2014) A razão cintura/quadril (RCQ) é um indicador da dis-


tribuição da gordura corporal. Estudos têm mostrado que, em adultos, o padrão de distribuição
do tecido adiposo tem maior valor preditivo de morbimortalidade do que o depósito total de
gordura. Tal distribuição configura a obesidade em dois tipos:
a) obesidade grau moderado e obesidade mórbida
b) obesidade grau II e grau III.
c) obesidade androide, centrípeta ou abdominal e ginecoide, universal ou forma de “pera”.
d) obesidade crônica e obesidade mórbida.
e) obesidade ginecoide, abdominal ou forma de “maçã” e obesidade androide, com maior risco
para a saúde cardiovascular.

Obesidade moderada e mórbida não são nomenclaturas adequadas. Obesidade grau II e III
são classificações de IMC. A obesidade androide (centrípeta ou abdominal) também pode ser
chamada de forma de maçã e juntamente com a obesidade em forma de pêra formam duas
classificações da obesidade em relação ao local de acúmulo de gordura.
Letra c.

049. (CESGRANRIO/CEFET-RJ/2014) A medida de dobras cutâneas expressa a quantidade


de tecido adiposo corporal. A técnica de execução da medida das dobras cutâneas deve seguir
o seguinte padrão para posterior avaliação:
a) dobra cutânea tricipital: medida da dobra na face posterior no braço contraído e estendido
ao longo do corpo.
b) dobra cutânea suprailíaca: medida da dobra na direção oblíqua, 2 cm acima da crista ilíaca.
c) dobra cutânea abdominal: medida da dobra na direção vertical no ponto médio entre a cica-
triz umbilical e a crista ilíaca
d) dobra cutânea da coxa: medida da dobra na face anterior da perna na circunferência máxima.
e) dobra cutânea da panturrilha: medida da dobra na face posterior da perna na circunferência
média da panturrilha.

Nenhuma medida de dobra deve ser feita com o músculo referente contraído. A abdominal
está a 2 cm da cicatriz umbilical. A da coxa é no ponto médio. A da panturrilha é em sua maior
circunferência.
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050. (IADES/EBSERH/2014) O inquérito dietético é parte fundamental na avaliação do esta-


do nutricional do paciente, pois permite a identificação de deficiências e excessos de macro
e micronutrientes, além do conhecimento dos hábitos alimentares individuais. A respeito dos
métodos quantitativos e qualitativos de avaliação do consumo alimentar, assinale a alternati-
va correta.
a) O recordatório de 24 horas só tem validade para avaliar a ingestão alimentar do paciente
quando as 24 horas questionadas são típicas e representam o consumo habitual.
b) O registro alimentar apresenta a vantagem de ser realizado em casa e de necessitar da me-
mória do paciente. Por ser um método quantitativo, não é possível avaliar os hábitos alimenta-
res do paciente nesse modelo de inquérito dietético.
c) O principal objetivo dos métodos quantitativos é conhecer a quantidade de calorias, macro
e micronutrientes consumidos pelo paciente e analisá-los com base nas tabelas de composi-
ção de alimentos, enquanto o principal objetivo dos métodos qualitativos é conhecer o hábito
alimentar do paciente.
d) A ingestão de suplementos alimentares, bem como de complexos vitamínicos, não deve ser
considerada nos métodos quantitativos de avaliação de consumo alimentar.
e) O questionário de frequência é um método quantitativo que possibilita avaliar o consumo
usual de macro e micronutrientes, permitindo a associação com doenças crônicas e estados
carenciais.

O R24h também pode ser feito referente a dias atípicos, isso não impede sua aplicação. O re-
gistro alimentar não tem viés da memória e consegue avaliar o hábito alimentar quando feito
de modo seriado. Suplementos de todos os tipos devem ser considerados nos inquéritos. O
QFA é um inquérito qualitativo.
Letra c.

051. (QUADRIX/CRN-2º REGIÃO/2020) O termo “necessidade nutricional” pode ser definido


como as quantidades de nutrientes e de energia disponíveis nos alimentos que um indivíduo
sadio deve ingerir para satisfazer suas necessidades fisiológicas normais e prevenir sintomas
de deficiências. Nesse contexto, julgue o item.
A ingestão dietética recomendada (recommended dietary allowance – RDA) é usada como
meta de ingestão na prescrição da dieta para indivíduos saudáveis e deve ser utilizada para
avaliação da adequação da dieta.

A RDA se utiliza para prescrever e planejar, mas para avaliar adequação é utilizada a EAR.
Errado.

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052. (SRH/UERJ/2015) O adipômetro é utilizado para medir:


a) o peso corporal
b) a estatura corporal
c) a circunferência braquial
d) a prega cutânea do tríceps

Para aferir peso corporal é utilizado uma balança, a estatura um estadiômetro e qualquer cir-
cunferência com uma fita métrica.
Letra d.

053. (FUNDEP-GESTÃO DE CONCURSOS/PREFEITURA DE BELA VISTA DE MINAS-


-MG/2014) Sobre avaliação nutricional, analise as afirmativas a seguir e assinale V para as
verdadeiras e F para as falsas.
I – A triagem nutricional identifica rapidamente indivíduos desnutridos ou em risco nutri-
cional e pode ser realizada por qualquer profissional da área da saúde.
II – A precisão das medidas antropométricas diminui com a obesidade.
III – A albumina é considerada um bom e fácil marcador de desnutrição proteico-energética
por apresentar uma meia vida curta.
IV – Métodos retrospectivos para avaliação da ingestão alimentar possuem validade e con-
fiabilidade questionáveis, pois dependem da memória do avaliado e podem não refletir
sua ingestão habitual.

Assinale sequência CORRETA.


a) F V F V.
b) V V F F.
c) F V V V.
d) V V F V

A triagem nutricional identifica indivíduos em risco nutricional. Em indivíduos obesos as pre-


gas cutâneas não são consideradas consistentes. A albumina possui meia-vida de 20 dias, o
que não é considerado curto. Todo inquérito alimentar retrospectivo depende da memória, e se
avaliado em dias atípicos não refletirão o consumo habitual.
Letra a.

054. (FUNDEP-GESTÃO DE CONCURSOS/PREFEITURA DE BELA VISTA DE MINAS-


-MG/2014) Considere o caso de um paciente do sexo masculino, 70 anos, peso atual de 74kg
e IMC de 26kg/m2.

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Analise as afirmativas a seguir.


I – Caso seja necessário estimar a altura do paciente, seria possível realizá-la por métodos
indiretos como medidas da envergadura do braço, altura deitado ou sentado e altura do
joelho.
II – Segundo classificação do IMC, o paciente é considerado um indivíduo obeso e sua dieta
deverá conter restrição calórica para ajuste do peso atual.
III – A sarcopenia é comumente observada nos idosos.
IV – Para a tomada de decisão em relação à conduta nutricional, a abordagem deve ser
multidisciplinar, levando-se também em consideração os fatores econômicos, sociais
e psicológicos do paciente.

Assinale a sequência CORRETA.


a) F F V V.
b) V F F V.
c) V F V V.
d) F V V V.

Não é necessário estimar a altura do paciente quando se possui IMC e peso. Mas se fosse
necessário estimar, não existe o método de estimativa de altura sentado. A classificação de
obesidade é para IMC igual ou acima de 30 kg/m2. Acima de 25 e abaixo de 30 é classificado
como sobrepeso. A sarcopenia é a perda de massa muscular, que é comum em idosos.
Letra a.

055. (CPCON/PREFEITURA DE VIÇOSA-RN/2021) A realização de conduta nutricional sem-


pre estará respaldada na análise dos exames físicos, bioquímico e em uma anamnese alimen-
tar. Na etapa de exame físico para a avaliação nutricional, a pele com petéquias apresenta
sinais de deficiência de:
a) Vitamina A.
b) Vitamina C.
c) Vitamina K.
d) Proteína.
e) Ferro.

Petéquias caracteriza a pelagra, típico da hipovitaminose C. Sinal de hipoavitaminose A é ce-


gueira noturna, de K é sangramento, de proteína é atrofia da musculatura e de Ferro é mucosas
hipocoradas.
Letra c.

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056. (NUCEPE/FMS/2019) As recomendações nutricionais são definidas como a quantidade


de energia e nutrientes que atende às necessidades da maioria de indivíduos de um grupo ou
de uma população. Nesse contexto, marque a opção INCORRETA.
a) Historicamente as recomendações nutricionais tiveram início com a observação sobre a
ausência de determinados alimentos na dieta.
b) São baseadas em várias evidências científicas como estudos populacionais e epide-
miológicos.
c) São instrumentos importantes para o planejamento, prescrição e avaliação de dietas para
indivíduos saudáveis e enfermos.
d) São fundamentadas em avaliações bioquímicas de restrição e saturação.
e) Podem significar as escolhas alimentares que promova a saúde do indivíduo ou do grupo
por meio de uma alimentação adequada.

A questão trata das DRIs, portanto a incorreta é a alternativa que afirma que pode ser utilizada
para indivíduos enfermos. Somente são usadas para pessoas saudáveis.
Letra c.

057. (INSTITUTO AOCP/UFGD/2014) Qual dos seguintes exames bioquímicos avalia o con-
trole metabólico dos níveis glicêmicos até 2 meses anteriores ao teste?
a) Frutosamina.
b) Glicemia TOTG/pós-prandial.
c) Glicemia de jejum
d) Hemoglobina Glicosilada (HbG).
e) Glicemia plasmática casual.

O Teste Oral de Tolerância à Glicose, a glicemia de jejum e a glicemia plasmática são exames
que avaliam os níveis glicêmicos momentâneos e como o organismo reage a ingestão de gli-
cose aguda. A frutosamina avalia os níveis de glicose no sangue ao longo de um período de
tempo (2 semanas) mas a hemoglobina glicada possui capacidade de mostrar esse controle
em um período superior a 2 meses.
Letra d.

058. (INSTITUTO AOCP/UFGD/2014) Em relação aos parâmetros nutricionais do exame físi-


co, qual é o possível significado para a atrofia da musculatura das panturrilhas?
a) Depleção crônica.
b) Perda da reserva calórica.
c) Privação calórica, sem perda ponderal significativa.

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d) Perda de força muscular.


e) Desnutrição proteico-calórica.

A atrofia da musculatura da panturrilha indica perda de massa muscular, não necessariamente


crônica. Para essa atrofia se expressar normalmente está associada a perda ponderal. A perda
de reserva calórica apresenta diminuição no tecido adiposo, não no muscular. A perda de força
é avaliada por dinamometria ou testes de esforço.
Letra e.

059. (IDCAP/PREFEITURA DE SANTA LEOPOLDINA-ES/2021) As recomendações dietéticas


tratam-se das quantidades de energia e de nutrientes que devem conter nos alimentos consu-
midos com a finalidade de atender as necessidades de praticamente todos os indivíduos de
uma população saudável. Nesse contexto correlacione as lacunas abaixo e, em seguida, assi-
nale a alternativa CORRETA.
1) Ingestão Adequada (AI).
2) Limite superior de ingestão (UL).
3) Ingestão dietética recomendada (RDA).
4) Necessidade média estimada (EAR).
(__) Valor de ingestão diária previsto para suprir a necessidade, como definida pelo indicador
de adequação específico, de 50% dos indivíduos de um grupo de faixa etária e sexo.
(__) Nível de ingestão suficiente para alcançar a necessidade diária de um nutriente da maioria
(97 a 98%) dos indivíduos de um grupo de faixa etária e sexo.
(__) Nível máximo de ingestão diária de um modo que, improvavelmente, cause riscos de efei-
tos adversos à saúde para quase todos os indivíduos (97 a 98%).
(__) Médias observadas ou ingestão experimentalmente derivadas da ingestão média de um
dado nutriente.
a) 1, 4, 2, 3.
b) 1, 3, 2, 4.
c) 3, 4, 1, 2.
d) 4, 3, 2, 1.
e) 3, 4, 2, 1

EAR é o valor para suprir apenas 50% da população. Já a RDA é pra suprir mais de 97% da po-
pulação. O nível máximo de ingestão é dado pela UL.
Letra d.

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060. (FGV/TJ-PI/2015) A análise da história dietética é uma forma de obter informações rela-
cionadas à ingestão alimentar. Essas informações podem ser avaliadas por dados retrospec-
tivos ou prospectivos. Cada método tem finalidades específicas, vantagens e desvantagens. O
método que, embora possa não representar o consumo real, não depende de o avaliado ler e
escrever, somente da sua memória, é:
a) análise da ingestão de nutrientes;
b) questionário de frequência alimentar;
c) recordatório de 24h;
d) registro alimentar;
e) registro alimentar pesado.

Registros alimentares dependem da alfabetização da pessoa pois ela deverá anotar tudo que
ingere. o QFA normalmente é um inquérito no qual o próprio paciente marca a frequência de
consumo de determinado alimento. O R24h é realizado pelo aplicador.
Letra c.

061. (CESPE/FUB/2018) A respeito da avaliação do metabolismo energético a partir da calo-


rimetria indireta, julgue o item subsequente.
Nessa avaliação, o termo “indireta” indica que a produção de energia é calculada por equiva-
lentes calóricos de oxigênio consumido e gás carbônico produzido, considerando que todo
oxigênio consumido é utilizado para oxidar os substratos energéticos e todo gás carbônico é
eliminado pela respiração.

O descrito é exatamente o princípio da calorimetria indireta, levando em consideração o quo-


ciente respiratório da oxidação dos substratos energéticos. Se fosse a calorimetria direta que
mede a transferência de calor do organismo para o meio ambiente, é calculada a partir dos
equivalentes calóricos do oxigênio consumido e do gás carbônico produzido.
Certo.

062. (UFU-MG/2019) O exame físico nutricional é importante para a verificação de alteração


de componentes corporais e auxilia na identificação da desnutrição proteico-energética, bem
como dos excessos ou das carências nutricionais ou, ainda, das condições clínicas específicas.
Relacione os números abaixo (exame ou sinal clínico) com os parênteses (excesso ou defici-
ência de nutrientes ou condição clínica específica), identificando a correspondência adequada
e assinalando a ordem correta dos números.
1) Coiloniquia
2) Sinal de Piparote +

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3) Mancha de Bitot
4) Queratomalácia
5) Cacifo
6) Xantelasma
7) Glossite
8) Sinal de Bandeira
9) Umbigo em chapéu
10) Pelagra
11) Anasarca
12) Xantoma
13) Palidez de pálpebras
( ) Hipovitaminose A
( ) Desnutrição proteico-calórica
( ) Dislipidemia
( ) Deficiência de ferro
( ) Excesso de líquidos no interstício
a) 4, 9, 12, 13, 8.
b) 3, 8, 6, 1, 2.
c) 8, 5, 6, 13, 9.
d) 2, 4, 12, 1, 5.

A coiloniquia é o sinal de unha no formato de colher na anemia ferropriva. Sinal de Piparote é


avaliativo de ascite. As manchas de Bitot são manchas brancas-acinzentadas, ovais, espumo-
sas e de formato irregular, na parte interna dos olhos. Queratomalacia é o amolecimento da
córnea que pode levar à perfuração ocular. Sinal de cacifo é para avaliação de edema. Xante-
lasma é o depósito de gordura e colesterol abaixo da superfície da pele. Glossite é a inflama-
ção da língua. Umbigo em chapéu é avaliativo de abdomen quando há grande perda ponderal.
Pelagra é a deficiência de niacina (B3). Anasarca é edema generalizado.
Letra b.

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GABARITO
13. a 30. c 47. a
14. a 31. c 48. c
15. b 32. C 49. b
16. b 33. E 50. c
17. c 34. E 51. E
18. a 35. b 52. d
19. b 36. d 53. a
20. c 37. a 54. a
21. C 38. e 55. c
22. C 39. c 56. c
23. E 40. e 57. d
24. C 41. a 58. e
25. d 42. d 59. d
26. C 43. c 60. c
27. C 44. a 61. C
28. E 45. c 62. b
29. e 46. e

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Doutorando em Ciências da Saúde (UFU). Mestre em Ciências dos Alimentos (UFLA). Pós-graduando em
Nutrição Esportiva (ICM). Antropometrista N2 ISAK graduado em Nutrição pelo Unifor-MG. Nutricionista do
Exército Brasileiro.

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