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Processamento Auditivo & Gagueira - 21/02/2022

Licenciado para - Leticia María M Vasconcélos Parreira - 04055301618 - Protegido por Eduzz.com

direitos autorais reservados a Karenina


Calarga

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PROGRAMAÇÃO
Processamento O
1 – Conceituação

auditivo e
 Fluência; Disfluência; Gagueira
QUE  Modelos de processamento de fala + participação da audição

Gagueira VAMOS
2 – Revisão da Literatura
 PAC e gagueira

3 - Tratamentos
VER  Terapia da fala: abordagens diretas e indiretas
 Speech Easy
 Treinamento auditivo
Graduação e Mestrado pela HOJE? 4 – Síntese e recapitulação
Faculdade de Medicina da USP

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Fluência

Fluxo contínuo e suave da produção da fala


O que é

Natural aos falantes em termos de linguagem e fala


fluência?

 Velocidade e continuidade  facilidade sem esforço

(Stark-Weather e Givens-Ackerman,1997)

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• A partir de qual duração de ruptura a fala é percebida como disfluente?
Parâmetros para fluência do discurso: • Limiar de disfluência: gaps com duração > 126,46 ms

Sequência Duração
Organização temporal dos Tempo que dura a articulação
fonemas do fonema

Velocidade Ritmo
Rapidez com que os fonemas Forma da velocidade da fala: prosódia,
são articulados melodia, tonalidade, intensidade e
duração dos elementos

(Launay e Burel Maisonny,1989; Bosker, Quen ́e, Sanders, & De Jong, 2014; Cucchiarini, van Doremalen, & Strik, 2010; Duez, 1982; Goldman-Eisler,
1961; Krivokapi ́c, 2007; Love & Jeffress, 1971; Trofimovich & Baker, 2006).

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Disfluência

Rupturas no fluxo da fala, que variam em

O que é maior ou menor grau, dependendo do


dia, da emoção envolvida e do domínio

disfluência? sobre o tema da conversação.

Andrade (2000)

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Tipologia das Disfluências

Tipo comum Tipo não-comum (gagas)


Modelos de
 Hesitações  Bloqueios
produção fala
 Interjeições  Prolongamentos &
Revisões
Participação da

 Intrusões
 Palavras incompletas  Pausas longas
 Repetições de:  Repetição de: audição na fala
• Frases Baseados em estudos com neuroimagem
• Sons
• Palavras e com ampla literatura científica
• Sílabas

Andrade (1999 e 2000)

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2 - Hipótese do sistema pré-motor duplo
1. Modelo de Perkins, Kent e Curlee
Sistema medial Sistema lateral
Fala fluente depende do equilíbrio temporal dos sistemas operacionais: Programação
Controla músculos e
motora e início Área pré-
Área motora postura antes do
movimentos
suplementar sequenciais
movimento + Estímulos motora
sensoriais externos
Sistema Simbólico Sistema de Sinais Facilitam início
Integra componentes cognitivos, Determina duração da sílaba e a das sequências
motoras
linguísticos e segmentais da fala: ordem de sequencialização dos Gânglios Integração e
aprendidas
Forma e conteúdo da mensagem fonemas da base coordenação dos
Pistas temporais movimentos Cerebelo
internas de cada + Regulação do tônus
movimento e equilíbrio

Integração equilibrada

Fala sem rupturas Goldberg G (1991); Alm PA (2004); Alm PA &Risberg (2007) Kiefte & Armson (2008)
Perkins, Kent e Curlee (1991)

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Hipótese do sistema pré-motor duplo

Sistema medial Sistema lateral Distúrbio nas


pistas temporais
do sistema
medial (gânglios
Programação da base)
Controla músculos e
motora e início Área pré-
Área motora postura antes do
movimentos
suplementar sequenciais
movimento + Estímulos motora
sensoriais externos

Facilitam início
Output Input
das sequências bilateral
influências
Gagueira déficit no deficiente do emocionais
Gânglios
motoras
fornecimento de pistas Integração e
conflitante dos Gagueira córtex motor  desproporcionais
aprendidas núcleos da aos núcleos da do sistema límbico
da base temporais internas coordenação dos base base
Pistas
pelos temporais
gânglios da base movimentos Cerebelo
internas de cada + Regulação do tônus
movimento e equilíbrio

↓relação
receptores D1/D2
no estriado,
lesões focais do
estriado ou outras
partes do sistema
Goldberg G (1991); Alm PA (2004); Alm PA &Risberg (2007) Kiefte & Armson (2008) medial, etc.

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3. DIVA model
(Direction of Velocities into Articulators)
DIVA model
(Direction of Velocities into Articulators)
Sequencias motoras para a produção da fala controladas por:

Feedforward loop Feedback loop

Informações do Informações
planejamento motor somatossensoriais

Corrige diferenças entre os Corrige diferenças entre os


movimentos pretendidos e Incompatibilidade entre os Gagueira
mapas internos e os
os movimento em execução comandos motores e mapas
comandos motores
internos imprecisos
previamente à produção da
Déficit no desenvolvimento
fala
preciso dos mapas
rupturas na fala internos

Guenter & Vladusich (2012); Tourville & Guenther(2011); Guenther(2016). Guenter & Vladusich,2012; Tourville & Guenther,2011; Guenther,2016.

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4. Hipótese da dependência do feedback sensorial

Pessoas que não gaguejam


Usam mais estratégias de
O que é
gagueira?
feedforward (automatizadas)

• Usam menos estratégias automatizadas


Pessoas que gaguejam de modo severo • São + lentas e + dependentes do sensorial  rupturas na fala
Namasivayam et al. (2009)

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Muitas Velocidade de Disfunção controle motor e Gagueira: causas


rupturas fala lentificada do SNC temporal da fala

Disfunção do
Alterações cerebrais Alterações
modelo de processamento sensório
Disfluências Base transmissão
anatômicas e funcionais fisiológicas
genética poligênico- motor da fala
gagas multifatorial
Fox et al (1996); Etchell et al. (2018); Hutchinson and Watkin (1976)
Foundas et. Al (2004); Jancke et al. (2004); Foundas et al. Hutchinson and Watkin, 1976
Stromsta (1972); Neilson and Neilson (1987);
Gagueira (2003); Neumann et al. (2005); Sommer et al ( 2002); Jancke
et al. (2004).
Max et al.(2004); Bloodstein and Ratner (2008)

Mesmo que com Fatores ainda não estão


períodos cíclicos
Desordem pessoais suficientemente
de fluência crônica e ambientais compreendidos

Mecanismo subjacente permanece incerto


Desequilíbrio Implicar em
Prosódicos e mau ajustamento
entre os impacto
linguísticos social
processamentos psicológico

(Van Riper, 1982; Månsson, 2000; Yairi and Ambrose, 2013; Guitar, 2018)

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Processamento Auditivo e Gagueira

Neuroimagem  atividade cerebral atípica em áreas relacionadas

PAC e
à audição em indivíduos que gaguejam.
(Brown et al., 2005; Budde et al., 2014; Belyk et al., 2017; Etchell et al., 2018)

gagueira Estudos não são unânimes quanto a padrões característicos de


respostas no PAC de pessoas que gaguejam

Evidências Científicas
Objetivo do PAC: avaliar a maneira pela qual o indivíduo ouve a
informação, atenta a ela, a memoriza e programa uma resposta
 caracterizar a circuitaria auditiva dos indivíduos que gaguejam

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Parâmetros para fluência do discurso:

Sequência Duração
Organização temporal dos Tempo que dura a articulação
do fonema
Processamento
fonemas

temporal
Velocidade Ritmo
Rapidez com que os fonemas Forma da velocidade da fala: prosódia,
são articulados melodia, tonalidade, intensidade e
duração dos elementos

(Launay e Burel Maisonny,1989; Bosker, Quen ́e, Sanders, & De Jong, 2014; Cucchiarini, van Doremalen, & Strik, 2010; Duez, 1982; Goldman-Eisler,
1961; Krivokapi ́c, 2007; Love & Jeffress, 1971; Trofimovich & Baker, 2006).

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Mascaramento temporal

Caracterizado pela mudança do limiar de um som na presença de outro estímulo subseqüente. Isto ocorre quando um estímulo é
apresentado com duração e intensidade suficientes para reduzir a sensibilidade do outro estímulo apresentado antes ou depois do estímulo
inicial.

Se este sinal preceder o mascarador, a tarefa é chamada de "mascaramento sucessivo" (backward masking); se o sinal seguir o
 G.E.: 16 adultos que gaguejam e G.C.:16 controles pareados mascarador, o processo é o "mascaramento antecessor" (forward masking)

 Testes: RGDT. Limiar no silêncio – limiar com mascaramento = qtdade de mascaramento sucessivo em dB.

 Não foram encontradas diferenças no RGDT  teste fácil (?)


Alteração: evidência de alteração no processamento temporal e de sons simultâneos .
 Conclusões: Representações sensoriais das modulações temporais estão comprometidas para quem gagueja –>
interferência na programação de movimentos rítmicos durante o planejamento da fala.
Hipótese: mascaramento interfere na memória do sinal

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https://doi.org/10.1016/j.jfludis.2018.07.001 © Direitos autorais reservados a Karenina Calarga. Proibida cópia e reprodução. 2022
https://sci-hub.st/10.1016/j.ijporl.2020.109935

https://sci-hub.st/https://doi.org/10.1016/j.jfludis.2018.07.001

 G.E: 54 crianças que gaguejam entre 7-12anos G.C.: 63 controles pareados


 Testes: Backward Masking; TPD, GIN
 G.E.: 8 pessoas que gaguejam 18-35 anos ; G.C.: 8 controles pareados  Backward masking: detectar o estímulo tonal, que vem logo antes do ruído de mascaramento em diferentes níveis
 Componente perceptivo auditivo para gagueira avaliado por backward masking de intensidade, desde o supralimiar até o limiar. O ruído reduz a sensibilidade ao tom precedente mesmo em
 Reconhecimento de fala no silêncio e no ruído pior no G.E. indivíduos normais; no entanto, no TPA há desempenho mais fraco, limiar alterado.
 Pequeno déficit perceptivo-auditivo para compreensão de fala na ausência de contexto lexical.  Pessoas com gaguejam obtiveram pior desempenho
 Possível dificuldade para compreender os limites dos fonemas.
 TPA associado pode exarcerbar gagueira

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Dicóticos  G.E.: 20 escolares que gaguejam G.C: 20 controles pareados


 Testes: TPF, TDD, Fala no ruído, MLD
 Pior desempenho do G.E. no TDD, TPF e Fala no Ruído
 Desempenho similar ao controle no MLD
 Sem correlação entre severidade da gagueira e alteração no PAC

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https://doi.org/10.1080/02699206.2019.1697372

Emissões Otoacústicas
e
 80 destros entre 18-58 anos em 4 grupos: 20 monolingues que gaguejam; 20 bilíngues que gaguejam; 20 Potenciais Evocados
monolíngues que não gaguejam e 20 bilingues que não gaguejam Auditivos
 Vantagem da OD para todos grupos
 Sem correlação entre escuta dicótica e severidade da gagueira
 Nem a gagueira nem o bilinguismo têm qualquer efeito nas diferenças funcionais dos hemisférios cerebrais no
processamento da linguagem na escuta dicótica.

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CoDAS 29 (3) • 2017 • https://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016230

 30 pessoas que gaguejam entre 18-40 anos:


• G.E.= 15 pessoas que gaguejam G.C: 15 controles pareados
 G.E: 30 crianças que gaguejam de 8-18 anos; G.C: 30 controles pareados
• G.E.: + alterações de processamento auditivo.
 Testes aplicados: TFR; TDNV; SSW; TPD; SSI; TPF e RGDT.  Gagueira mais severa  latências aumentadas e amplitudes reduzidas
 Testes que diferenciaram os grupos: TDNV e TPF  aspectos suprassegmentais (prosódia e ritmo)
 G.E.: maior ocorrência de ausência do efeito de supressão das EOA  anormalidade do funcionamento do sistema
eferente olivococlear medial.  dificuldade de discriminação auditiva, principalmente na presença de ruído.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4380808/pdf/nihms671484.pdf

 Investigação da modulação sensorial pré-movimento

 G.E.: 12 adultos que gaguejam e G.C.: 12 controles pareados


 G.E: 10 crianças que gaguejam de 8-18 anos; G.C: 12 controles pareados
 Diferenças de amplitudes entre grupos, durante planejamento motor
 MNM: discriminação da fala (estímulos fonéticos e prosódicas) atípica no G.E.
 Evidências eletrofisiológicas de que a gagueira está associada a deficiências na modulação do sistema auditivo
cortical durante o planejamento do movimento da fala  monitoramento ineficiente do feedback

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 Estudos não são unânimes quanto a padrões característicos de


respostas no PAC.

O que a  O grau em que as pessoas que gaguejam usa o feedback auditivo


está em debate.

literatura  Quais testes devo analisar com olhar mais atento?


Tratamentos
nos diz??
 Evidências mais significativas para estudos com temporais

 PAC: informações importantes sobre o funcionamento das vias


auditivas centrais determinantes para a reabilitação.

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Tratamentos

Abordagens indiretas

Terapia da Orientações aos pais para modificação de comportamentos de fala e ambiente.

fala Pais treinados a fornecer estímulos de acordo com a fala da criança, incentivando a fala suave e lenta.

Pequenas correções quando ocorrem rupturas, direcionando à fluência.

Stuttering Foundation of America (1995) Avila & Andrade (2019)

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Tratamentos
Tratamento fonoaudiológico
Abordagens Técnicas de modificação da gagueira :
diretas Gagueira é resultado das evitações, conflito ou esforço para falar.

Terapia: redução das evitações, dos medos e das atitudes


Principio de que gagueira é negativas relacionadas à fala, modificação da forma da gagueira,  Tem potencial pra melhora da fluência em qualquer faixa etária.
multifatorial: da tensão e da velocidade da fala
• genética, Luper e Mulder, 1964; Sheehan, 1970; Van Riper, 1973; Fransella, 1972, e Healey et al., 1998
• ambiente,  Técnicas mais eficazes:
• psicológico e
- Temporalização da fala
• linguístico
influenciam início e Técnicas de modelamento da fluência: - Redução da ansiedade e tensão
prognóstico condicionamento e programação dos princípios da fluência, pelo - Promoção de atitudes comunicativas p/ diminuir impacto da gagueira
monitoramento da atividade motora.

Terapia: controle inicial da fluência que, gradualmente, passa a se


aproximar dos padrões normais de conversação.
Perkins, 1973; Webster, 1995; e Gregory, 1980; LIF-FPMF

Biancalana (2017)

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Dispositivos de Alteração de feedback auditivo (AFA)

 Têm o efeito temporal de aliviar a gagueira


 Simular efeito de promoção da fluência a partir da fala em coro

Dispositivos de
Alteração de DAF FAF FAM
(delayed (frequency (feedback
feedback auditivo auditory altered auditivo
feedback) feedback) mascarado
(AFA)
Retorno auditivo atrasado Escuta da própria voz com Retorno auditivo mascarado
frequência fundamental
diferente do habitual (mais
grave ou mais aguda).

Kalinowski et al., 1993; Lincoln et al., 2006; Ritto & Andrade (2018)

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Speech Easy
 Artigos publicados desde 1930 Feedback auditivo Feedback auditivo
 Fluência imediata, substancial (reduz 90-100% ) e sem esforço natural controlado
 Inicialmente achavam que pessoas ficavam menos ansiosas ou mudanças motoras na produção da
fala, incluindo velocidade de fala reduzida e aumento da intensidade vocal Monitorização da performance Modificação persistente no feedback natural
durante execução da fala
 Explicação neurofisiológica
Adaptação no sistema de feedback pela
Desvios da performance desejada alteração nos formantes da fala.
são corrigidos naturalmente
através da informação sensorial Adaptação fisiológica em resposta à alteração
provocada indica uma reorganização no
Ajustes em tempo real, cruciais mapeamento sensório-motor subjacente
pra correção automática e ao controle da fala
fluência

Ritto & Andrade (2018)

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Canto, fala automática e leitura em coro  reduzem disfluências, pois sistema lateral estaria ativo durante essas tarefas e utilizaria pistas
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externas para fornecer os sinais de tempos de cada segmento, compensando o déficit dos gânglios
(ALM, 2004)
Sistema medial Sistema lateral
Programação
Controla músculos e
motora e início Área pré-
Área motora postura antes do
movimentos
suplementar sequenciais
movimento + Estímulos motora
sensoriais externos

Facilitam início
das sequências
Gagueira déficit no
motoras
Gânglios Usa Integração
pistas temporais
e
fornecimento de pistas
aprendidas somatossensoriais
coordenação dos do
da base temporais internas
Pistas temporais cerebelo ao invés das
movimentos Cerebelo  Compararam a ativação cerebral em fala espontânea e no canto
pelos gânglios da base
internas de cada pistas temporais
+ Regulação do tônus
internas dos gânglios da
e equilíbrio
movimento
base  Fala espontânea: maior aumento da atividade cerebral dos gânglios da base

 Canto não ativa gânglios da base em nenhum hemisfério

Goldberg G (1991); Alm PA (2004); Alm PA &Risberg (2007) Kiefte & Armson (2008)

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© DireitosPicoloto
autoraiset reservados a Karenina Calarga.
al. CoDAS 2017;29(6):e20170038 DOI:Proibida cópia e reprodução. 2022
10.1590/2317-1782/20172017003 © Direitos autorais reservados a Karenina Calarga. Proibida cópia e reprodução. 2022

 20 sujeitos que gaguejam, 7-17 anos  16 pessoas que gaguejam entre 8-17anos: grupo com gagueira moderada e grupo com gagueira severa
 Grupo Gagueira + TPA: 10 indivíduos e Grupo Gagueira (GG) sem TPA: 10 indivíduos  O feedback atrasado foi favorável para o grupo com gagueira severa promoveu fluência
 Efeito da retroalimentação auditiva atrasada diferente entre grupos: melhora da fluência apenas nos  As condições de feedback mascarado e amplificado mostraram benefícios espontâneos para ambos os
indivíduos sem alteração do PAC. grupo redução das disfluências gagas
 A taxa de fala não foi prejudicada por nenhuma das condições de escuta analisadas

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Treinamento
Auditivo

 AAF é tao efetivo quanto terapia comportamental: melhor intervenção é a combinação de modulação da fluência + AAF
 AAF efeitos apenas durante o uso do aparelho
 Não é efetivo para todos os pacientes
 Restrições: perda auditiva, alterações de pavilhão e conduto

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 6 sujeitos entre 8-16anos


 TPF, TPD, TDD, RGDT, MLD
 Treino: 8 sessões de 40 min, exclusivamente via plataforma de jogos

 Um indivíduo não mostrou melhora em nenhuma habilidade


 TPD apresentou maior índice de melhora que TPF
 RGDT melhorou para todos
 TDD integração melhorou em 66,6%

 O programa mostrou eficácia terapêutica na melhora das habilidades ● 2 pacientes: 8 e 9 anos de idade
auditivas e na redução da gravidade da gagueira.
● Testes: SSI; TFR, MLD, TPF, RGDTe TDD.
 Houve redução estatisticamente significante no escore dos concomitantes
físicos e no escore total do Instrumento de Gravidade da Gagueira ● Alterações: figura fundo, fechamento auditivo, integração e separação binaural.

 A maioria dos indivíduos reduziu no mínimo um grau de gravidade da


● Treino: 8 sessões unicamente com jogos de plataforma de treinamento auditivo
gagueira ● Não houve melhora no padrão da fluência da fala das crianças participantes após o treinamento auditivo, embora
tenha sido observado melhora no desempenho das habilidades auditivas

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Treinamento Auditivo na Gagueira

 Focar nas habilidades auditivas alteradas.


 Poucos estudos sobre eficácia do treinamento auditivo  Encaminhar para terapia fonoaudiológica direcionada à fala
para melhora na fluência
O que fazer se eu receber um
paciente que gagueja para
 Casos clínicos ou estudos não revisados por pares treinamento?

 Resultados diversos

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S Conceitos sobre fluência da fala


I
N
Fluência
T
E • Fluxo contínuo e suave da produção da fala
T
I Disfluência

Z • Rupturas no fluxo da fala


A
N Gagueira

D • Rupturas abruptas e involuntárias do fluxo da fala disfluências gagas


O

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Tratamentos
Participação da audição na produção da fala

Parâmetros para Terapias indiretas orientação parental


Audição fornece pistas
Mecanismos de produção de fala
somatossensoriais fluente: sequência,
feedback e
que propiciam ajustes
feedforward duração, velocidade e Complementares
na produção da fala
ritmo Terapias diretas  modificação da gagueira e modulação da fluência e com evidências
científicas

Achados mais
Estudos com
Estudos com PAC: consistentes para
participação do eletrofisiologia: Feedback auditivo alterado  Speech Easy
resultados variados
evidências mais
metodologias? processamento
consistentes
temporal

Treinamento auditivo: literatura escassa; sem evidência científica

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Referências Bibliográficas
● Andrade, Claudia Regina Furquim de & Marcondes, Eduardo (coord.). Fonoaudiologia em Pediatria. São Paulo: Sarvier,2003.
● https://www.abragagueira.org.br/2017/11/07/gagueira-2/
● https://teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-11122019-120801/publico/NathaliadosSantosFernandesdeAvilaVersaoCorrigida.pdf
● https://www.abragagueira.org.br/2017/11/07/tratamento-neurolinguisticomotor-da-gagueira
● https://teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-07122018-092828/publico/AnaPaulaRitto.pdf

OBRIGADA!!
● The effect of gap duration on the perception of fluent versus disfluent speech. Haley J Warner 1, D H Whalen 2, Daphna Harel 3, Eric S Jackson 4J Fluency Disord. 2022 Jan
7;71:105896. doi: 10.1016/j.jfludis.2022.105896. Online ahead of print.
● https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S0094730X22000018?token=E40C450D9579B3FE57D9EF028BECE2E751DD0519F26F5D38A99953A432D65DC365F831B3DC65EFEF
D8F9B3F1C21E779B&originRegion=us-east-1&originCreation=20220119185253
● Backward masking of tones and speech in people who do and do not stutter https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30064031/
● Auditory-Perceptual Assessment of Fluency in Typical and Neurologically Disordered Speech https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29710314/
● Effect of delayed auditory feedback on stuttering with and without central auditory processing disorders https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29236907/
● Cortical auditory evoked potentials in children who stutter https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28483259/ karenina.calarga@gmail.com
● Research about suppression effect and auditory processing in individuals who stutter https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28538833/


Temporal processing and long-latency auditory evoked potential in stutterers
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-10032017-101255/publico/JuliaBiancalanaCosta.pdf (11) 96661-7471
● https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27233690/
● Impact of auditory feedback alterations in individuals with stuttering https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31648949/.Detection of Gap and Modulations: Auditory Temporal
Resolution Deficits in Adults Who Stutter. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31132766/

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