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Desafio

Há uma grande diferença entre a pessoa surda e a com deficiência auditiva


(D.A.). Entretanto, a terminologia “surdo” é usada dentro da comunidade surda,
já o termo D.A. é mais usado especificamente no âmbito clínico, por
profissionais da área da saúde.
Em alguns casos, na área clínica, o uso da língua de sinais não é reconhecido
como uma alternativa de intervenção, pois poderia prejudicar no tratamento de
terapia da fala. Sendo assim, o seu ensino como língua é geralmente
descartado para as pessoas com perda auditiva, que recebem apenas a oferta
e a oportunidade da oralização.

Você é professor em uma escola regular e que recebeu recentemente dois


alunos surdos (um com deficiência auditiva e outro com surdez profunda).
Como você atenderia esses dois alunos, analisando do ponto de vista
comunicacional, acessibilidade e ensino?

Resposta

Ao atender esses dois alunos surdos, é importante adotar abordagens e


estratégias de ensino que promovam a inclusão e atendam às necessidades
individuais de cada aluno. Aqui estão algumas sugestões:

1. Comunicação: Reconheça que cada aluno tem um perfil de comunicação


diferente. O aluno com deficiência auditiva pode se beneficiar de apoios visuais
como legendas, intérpretes de língua de sinais ou amplificação sonora. O aluno
com surdez profunda pode não se beneficiar da amplificação sonora, então a
língua de sinais será essencial para sua comunicação. É importante garantir
que a comunicação seja efetiva e acessível para ambos.

2. Acessibilidade: Garanta que o ambiente escolar seja acessível para esses


alunos. Isso pode incluir a disponibilização de intérpretes de língua de sinais,
recursos visuais, legendas em vídeos, materiais de ensino adaptados e
sistemas de alerta visual para avisos sonoros, entre outros.

3. Ensino: Adapte suas práticas de ensino para atender às necessidades dos


alunos surdos. Isso pode incluir a utilização de materiais visuais,
demonstrações práticas, atividades práticas, jogos e trabalho em grupo. Além
disso, considere fornecer apoio extra, como tempo adicional para tarefas,
avaliação diferenciada e acompanhamento individual.

4. Formação: Busque capacitação e formação em inclusão e educação de


alunos surdos. Isso ajudará a desenvolver um entendimento mais profundo das
necessidades desses alunos e das melhores práticas de ensino. Avanços na
tecnologia e na pedagogia têm trazido muitas oportunidades para melhorar o
ensino e a aprendizagem para alunos surdos.

5. Sensibilização: Promova a sensibilização e a conscientização sobre a surdez


e a inclusão dentro da comunidade escolar. Isso pode ser feito através de
palestras, workshops e atividades que envolvam todos os alunos, professores e
funcionários da escola.

Lembrando que essas são apenas algumas sugestões, pois cada aluno é único
e podem ter necessidades diferentes. É fundamental ter uma abordagem
individualizada e colaborativa para atender às necessidades específicas de
cada aluno surdo.

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