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Autor:
Danielle Brandão
21 de Abril de 2022
Sumário
Queimados ................................................................................................................................................. 3
Gabarito .................................................................................................................................................... 67
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Chegamos ao último PDF do curso regular de Fonoaudiologia para concursos. Neste livro vamos falar um
pouco sobre a atuação da fonoaudiologia em neonatologia, fissuras labiopalatinas, paralisia facial e
pacientes queimados.
Então vamos começar e qualquer dúvida é só chamar! Vou deixar meu contato aqui.
Dani Brandão
Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes
sociais:
Instagram - https://www.instagram.com/fonodanibrandao/
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QUEIMADOS
A queimadura é uma forma de trauma que pode comprometer a vida do indivíduo em vários
aspectos. Quando estas lesões se localizam na face, as cicatrizes resultantes podem levar à rigidez da
mímica facial, alterando a imagem corporal e resultando em danos emocionais.
A atuação no fonoaudiólogo nesse campo é recente. Não encontrei muitas questões referentes ao
tema, apesar de constar em alguns editais, principalmente naqueles voltados para atuação hospitalar.
Antes de falar da atuação em si, precisamos entender alguns conceitos importantes. O primeiro
deles se refere a classificação das queimaduras.
Outra divisão importante relacionada a queimaduras se se refere as etapas do tratamento. Este pode
ser dividido em:
• Fase de ressuscitação: Ocorre em geral nas primeiras 48h e busca uma resposta hemodinâmica
inicial ao trauma até que haja uma restituição da integridade capilar.
• Fase aguda: Ocorre a mobilização de fluidos acumulados durante a fase de ressuscitação,
caracterizada por intensa diurese. Tem início após 48h da queimadura e permanece até a alta
hospitalar.
• Fase de reabilitação: Tem início com a alta hospitalar e abrange o tratamento ambulatorial do
paciente, quando há eventuais sequelas. Envolve acompanhamento clínico com equipe
multidisciplinar.
A indicação do tratamento fonoaudiológico ocorre nas queimaduras de terceiro grau que atingem
cabeça e pescoço2.
1
Toledo, PN Arrunátegui, G Intervenção Fonoaudiológica em pacientes queimados in Fernandes et al, Tratado de
Fonoaudiologia, segunda edição, ed. Rocca, 2014
2 Toledo, PN Arrunátegui, G Intervenção Fonoaudiológica em pacientes queimados in Fernandes et al, Tratado de
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Na fase aguda, após as primeiras medidas tomadas pela equipe médica o fonoaudiólogo pode avaliar
funções estomatognáticas e prevenir sequelas funcionais.
Cicatriz é um tecido inelástico, que pode produzir ação restritiva sobre o crescimento de
outros tecidos normais que estão ao seu redor3
Os pacientes que sofrem queimadura na cabeça e no pescoço podem ter alteradas as funções
estomatognáticas tanto na fase aguda quanto na fase de reabilitação devido a sequelas que podem se
desenvolver devido a retração tecidual.
Em caso de queimadura na via aérea superior a região supraglótica pode ser acometida,
dificultando a produção sonora e alterando as características que identificam a voz do paciente.
3
Toledo, PN Arrunátegui, G Intervenção Fonoaudiológica em pacientes queimados in Fernandes et al, Tratado de
Fonoaudiologia, segunda edição, ed. Rocca, 2014
4
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PARALISIA FACIAL
A paralisia facial pode ser definida como uma ruptura na informação motora produzida pelo nervo
facial decorrente de uma lesão em alguma parte do seu trajeto. Antes de falar mais sobre essa patologia
precisamos entender um pouco mais sobre o nervo facial.
O nervo facial recebe informações de várias estruturas encefálicas, estas estruturas enviam fibras
para o núcleo do nervo facial, que está localizado no tronco cerebral. Este nervo percorre um longo
trajeto que pode ser divido em vários segmentos5. Você pode ver no desenho abaixo o esquema
anatômico do nervo facial apresentado por Fernandes e Lazarine no livro Paralisia Facial: avaliação,
tratamento e reabilitação. Circulei em vermelho o núcleo do facial.
4
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In Fernandes
et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
5 Fernandes, M Lazarine, PR: Anatomia do nervo facial in Lazarine, PR e Fouquet, Ml – Paralisa Facial: Avaliação,
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Os dois ramos do nervo facial (facial e intermediário) passam pelo ângulo pontocerebelar para
entrar no meato acústico interno. O nervo facial corre lateralmente acima do vestíbulo, entre a cóclea e os
canais semicirculares. Passando entre a janela oval e o canal semicircular lateral, atinge o segmento
timpânico, de onde emerge o ramo que inerva o músculo estapédio. Mais à frente, ao entrar no segmento
mastoideo, saem as fibras do nervo corda do tímpano, que fornece inervação para glândulas
submandibulares e sublingual e fibras para degustação nos 2/3 anteriores da língua. Sendo assim, lesões
acima da emergência do nervo corda do tímpano vão resultar em diminuição da gustação dos 2/3
anteriores da língua6.
A função primária do nervo facial é a inervação motora dos músculos da mímica facial. Vamos ver agora
quais são esses músculos e suas funções7.
6
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In Fernandes
et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
7
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In Fernandes
et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
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As fibras que saem do córtex motor e se destinam ao núcleo do facial seguem dois caminhos, que
dependem da região da face a ser inervada. As fibras que inervam a porção superior da face são homo e
contralaterais. As fibras que inervam a porção inferior são exclusivamente contralaterais.
Esta informação é muito importante, pois permite diferenciar as paralisias periféricas e centrais.
Na paralisia central a lesão ocorre antes da chegada das fibras ao tronco cerebral, levando a
paralisia da porção inferior da face do lado contralateral a lesão. Este tipo de paralisia é chamado também
de supranuclear (lesões situadas acima da chegada dos núcleos faciais - acima do tronco encefálico).
Na paralisia facial periférica a lesão ocorre antes da divisão do nervo facial em ramos superficiais
(lesão no tronco principal do nervo) o que resulta em uma hemiparesia ipsilateral a lesão. (lesão acomete o
núcleo do facial a partir de neurônios motores periféricos). Pode ocorrer também acometimento de
segmentos específicos do nervo facial após a divisão na glândula parótida.
Lesões acima do núcleo do nervo facial são chamadas supranucleares e como consequência temos a
chamada paralisia facial central. Nesta há o comprometimento da porção inferior da face do lado oposto
ao da lesão.
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https://docplayer.com.br/106130752-Paralisia-facial-periferica-diagnostico-e-tratamento.html
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Lesões no nervo facial vão resultar em paralisia facial periférica. Nesta há o comprometimento da
metade da face(hemiface) do mesmo lado (ipsilateral) da lesão.
Vou colocar novamente a figura que apresentei anteriormente reforçando o local da face comprometido
em cada tipo de paralisia.
Então mais uma vez: na primeira figura temos um exemplo de paralisia facial periférica pois a
lesão ocorreu no nervo facial. Neste tipo de paralisia temos o comprometimento de hemiface ipsilateral a
lesão.
Na segunda figura temos um exemplo de paralisia facial central pois a lesão ocorreu antes da
chegada das fibras nervosas ao tronco cerebral, ou seja, é uma lesão supranuclear. Neste tipo de paralisia
temos o comprometimento da porção inferior da face contralateral a lesão.
Esta divisão em paralisia facial central e periférica é a chamada divisão clássica. Existe ainda a
divisão que classifica a paralisia em supranuclear, nuclear e infranuclear.
Independe da divisão, a avaliação dos sintomas apresentados pelo paciente, associados a avaliação
complementar é que determinarão o tipo de comprometimento.
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Os sintomas apresentados por um indivíduo com paralisia facial podem ser: ardor no olho,
lacrimejamento, lábios desviados e falta de expressão facial. Além disso, alguns sinais podem estar
presentes na face paralisada.
De acordo com Mitre, Giancoli, e Lazarine9 o indivíduo com paralisia facial pode apresentar:
• Sinal de Bell: desvio do globo ocular para cima e para fora durante a tentativa de fechamento
facial na paralisia facial periférica.
• Sinal de Pitres: aspecto de raquete ou ovalóide da comissura labial quando o paciente tenta abrir a
boca, presente nos casos de paralisia facial periférica.
• Sinal de Legendre: diminuição da força do músculo orbicular da pálpebra no lado paralisado na
tentativa de fechar os olhos, presente nos casos de paralisia facial periférica.
Os sinais clínicos de acordo com a lesão, de acordo com Mitre, EI, Giancoli, SM e Lazarine, PR9 são:
língua
Lacrimejamento Normal Normal Normal/alterado
Reflexos dos nervos Normais Ausentes Ausentes
faciais
Outros nervos cranianos Não Sim Não
Ataxia Sim Sim Não
A maioria das paralisias periféricas é de causa idiopática, e são denominadas de paralisia de Bell.
Na paralisia de Bell há uma paralisia da hemiface que ocorre de forma aguda, não contagiosa, isolada ou
acompanhada.
9
Mitre, EI, Giancoli, SM e Lazarine, PR: Avaliação clínica da Paralisia Facial Periférica in Lazarine, PR e Fouquet, Ml –
Paralisa Facial: Avaliação, Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
9
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• Vascular
• Neurológica
• Infecção
• Sistêmica
• Neoplásica
• Outras: Síndrome de Melkersson-Rosenthal. Este quadro apresenta etiologia desconhecida. O
quadro completo se caracteriza por paralisia facial periférica de instalação súbita, edema na
hemiface paralisada e nos lábios e no decorrer do tempo observa-se língua plicata ou fissurada10.
• A síndrome de Guillain-Barré é uma das principais causas neurológicas de paralisia facial periférica
bilateral.
anomalias de extremidade
Como vimos no quadro de sinais clínicos, na paralisia facial periférica podemos ter alteração de
outros pares cranianos que estão próximos do facial, como o núcleo do nervo abducente, do trigêmeo e do
nervo vestíbulo-coclear. Por esta razão, deve ser realizada a avaliação auditiva destes pacientes.
10
Lazarine, PR Almeida, R Etiologia da Paralisia Facial Periférica in Lazarine, PR e Fouquet, Ml – Paralisa Facial: Avaliação,
Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
10
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(CESGRANRIO /UNIRIO-2016)
No contexto da paralisia facial, o conhecimento neuroanatômico e o funcional norteiam o diagnóstico.
Quando a lesão na via motora facial ocorre antes da chegada das fibras nervosas ao tronco cerebral,
ocorre a paralisia na porção inferior da face com preservação da porção superior.
Esse tipo de manifestação clínica decorre de
a) acometimento infranuclear, com déficit motor da face contralateral à lesão.
b) comprometimento dos núcleos dos nervos cranianos de origem periférica.
c) alterações supranucleares, de característica transitória, ipsilaterais à lesão.
d) interrupções da informação motora, comprometendo face ipsilateral à lesão.
e) manifestações de origem supranucleares, com o deficit contralateral à lesão.
Comentários:
Lesões acima do núcleo do nervo facial são chamadas supranucleares e como consequência temos a
chamada paralisia facial central. Nesta há o comprometimento da porção inferior da face do lado oposto
ao da lesão.
Gabarito: Letra E
(IBFC/pref. C Sto. Agostinho-2019)
As paralisias faciais quando acometem o indivíduo trazem prejuízos em diversas funções como na
alimentação e na fala, além do prejuízo estético. Elas podem ser classificadas em centrais e periféricas e
em ambos os casos, a atuação fonoaudiológica se faz necessária. No contexto das paralisias faciais,
analise as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) A paralisia facial central pode ser causada por acidentes vasculares cerebrais e traumatismos
cranioencefálicos e apresenta maior gravidade, pois, compromete toda a hemiface do paciente.
( ) Os sintomas apresentados por um indivíduo com paralisia facial podem ser: ardor no olho,
lacrimejamento, lábios desviados e falta de expressão facial.
( ) A maioria das paralisias faciais centrais é de causa idiopática, a denominada paralisia de Bell.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) F, V, F
b) F, F, F
c) V, V, F
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d) F, V, V
Comentários:
A paralisia facial central compromete a porção inferior da face do lado contrário à lesão. (afirmativa I -
falsa) Os sintomas apresentados por um indivíduo com paralisia facial podem ser: ardor no olho,
lacrimejamento, lábios desviados e falta de expressão facial.
Os sintomas apresentados por um indivíduo com paralisia facial podem ser: ardor no olho,
lacrimejamento, lábios desviados e falta de expressão facial. (afirmativa II - verdadeira)
A maioria das paralisias periféricas é de causa idiopática, denominada paralisia de Bell.
Gabarito: Letra A
ATUAÇÃO EM NEONATOLOGIA
A atuação do Fonoaudiólogo junto ao recém-nascido (RN) tem sido tema frequente de algumas
bancas. Esta atuação pode ocorrer em unidades de terapia intensiva neonatal, alojamento conjunto (mãe
e bebê no mesmo quarto), unidade canguru ou até ambulatorialmente no seguimento dos bebês que
necessitam de cuidados continuados.
Vamos rever (PDF sobre audiologia traz o tema em mais detalhes) alguns pontos relacionados a
triagem auditiva neonatal.
A triagem auditiva neonatal deve ser realizada em TODAS as maternidades e em TODOS recém-
nascidos
Deve ser realizada preferencialmente nos primeiros dias de vida (24h a 48h) na maternidade, e, no
máximo, durante o primeiro mês de vida, a não ser em casos quando a saúde da criança não permita a
realização dos exames
No caso de nascimentos que ocorram em domicílio, fora do ambiente hospitalar, ou em maternidades
sem triagem auditiva, a realização do teste deverá ocorrer no primeiro mês de vida
Deve ser organizada em duas etapas (teste e reteste), no primeiro mês de vida.
São capacitados para a realização da TAN, médicos e fonoaudiólogos, devidamente registrados nos
conselhos profissionais de suas regiões.
Para a realização do registro das EOAE é necessária a integridade anatômica da orelha externa e média.
(vimos essa questão na sessão sobre EOA)
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A triagem seguirá dois protocolos diferentes um para crianças com Risco e outro para crianças SEM
Risco.
Nas crianças com baixo risco auditivo optamos pela triagem por EOA por ser um exame rápido e
simples que permite avaliar a integridade da cóclea.
Pode ocorrer de nas primeiras horas de vida a criança ainda estar com muito vêrnix (substância que
cobre a pele do bebê no momento do nascimento) e acabar falhando no exame. Isso não quer dizer que
esta criança apresenta problema auditivo e sim que precisamos repetir o exame antes da alta.
As emissões otoacústicas sofrem grandes influência da orelha média, então se o conduto auditivo
permanece com vêrnix o exame por EOA vai continuar falhando e devemos optar pela realização do
PEATE automático, pois as respostas desse exame não são influenciadas pelas condições da orelha média.
Caso o bebê apresente falha nesse exame devemos marcar um reteste para 30 dias.
Seguem as etapas por ordem de realização para as crianças com baixo risco auditivo:
2.Caso não se obtenha resposta satisfatória, repetir o registro das EOAE. O registro das
EOAE não deve ser realizado mais do que duas vezes (EOAE-1 e EOAE-2).
4.Caso a resposta não seja satisfatória, o neonato deverá retornar (reteste) no período de
30 dias para nova avaliação com Peate-A em 35 dBnNA.
Nas crianças com Alto Risco de perda auditiva optamos por realizar a testagem inicial com o
PEATE- automático, pois este é capaz de identificar perdas retrococleares, mais comuns nesse grupo.
Antes de 2012 não havia essa recomendação e muitas crianças com perdas retrococleares acabavam
tendo diagnóstico tardio, por isso a mudança.
2)Caso a resposta não seja satisfatória, o neonato deverá retornar (reteste) no período de
30 dias para nova avaliação com Peate-A em 35 dBnNA.
3)Os neonatos com malformação de orelha externa, mesmo que unilateral, deverão ser
encaminhados imediatamente para avaliação otorrinolaringológica e audiológica, em
centros de referência especializados.
A realização da etapa de reteste deverá acontecer no período de até 30 dias após o teste
tanto para as crianças com indicador de risco e sem indicador de risco. Deve ser
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realizado em ambas as orelhas, mesmo que a falha no teste tenha ocorrido de forma
unilateral. Deve ser realizado o Peate-A ou em modo triagem, em 35 dBnNA. No caso de
Falha os bebês devem ser encaminhados para avaliação otorrinolaringológica e
audiológica.
Uma outra triagem, que começou a fazer parte da rotina hospitalar a partir de 2014, que também
pode ser realizada por fonoaudiólogos é o teste da linguinha. Este teste tem como objetivo principal a
avaliação do frênulo da língua em bebês e pode ser realizado por qualquer profissional de saúde
habilitado.
A língua possui em sua face inferior uma pequena prega de membrana mucosa,
denominada frênulo da língua, que a conecta ao assoalho da boca. Essa membrana pode
limitar os movimentos da língua em graus variados, dependendo da porção de tecido
residual que não sofreu apoptose durante o desenvolvimento embrionário11.
Vou colocar aqui uma foto de um bebê que avaliei recentemente na maternidade. Quando cheguei
no plantão a equipe relatou que a criança não estava conseguindo sugar, apesar de todo apoio.
Na avaliação observei que o frênulo limitava os movimentos de língua. A frenotomia foi realizada
na maternidade pela pediatra e pouco depois o bebê já estava sugando.
11
MARTINELLI, Roberta Lopes de Castro; MARCHESAN, Irene Queiroz; BERRETIN-FELIX, Giédre. Protocolo de avaliação
do frênulo lingual para bebês: relação entre aspectos anatômicos e funcionais. Rev. CEFAC, São Paulo , v. 15, n. 3, p. 599-
610, June 2013
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A lei nº 13.002, de 20 junho 2014 torna o teste obrigatório em todas as maternidades e hospitais,
fazendo do Brasil pioneiro na iniciativa.
Para a triagem neonatal (realizada nas primeiras 48 horas após o nascimento) é realizada
somente a avaliação anatomofuncional do bebê, considerando que o bebê demora de 15
a 20 dias para se adaptar às novas condições de vida. Esta avaliação inicial permite
diagnosticar os casos mais severos e indicar a frenotomia lingual (pique na língua) já na
maternidade. Se a soma total dos escores da avaliação anatomofuncional do protocolo
for igual ou maior que 7, pode-se considerar a interferência do frênulo nos movimentos
da língua e orientar a família sobre a necessidade da cirurgia. A única parte do protocolo
que pode ser aplicada, e os seus escores considerados de forma isolada, é a avaliação
anatomofuncional.
Nos casos onde houver dúvida, (normalmente quando o escore total da avaliação
anatomofuncional for entre 5 e 6), ou não for possível visualizar o frênulo lingual, o bebê
é encaminhado para reteste com 30 dias de vida, sendo que os pais devem ser orientados
15
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sobre possíveis dificuldades na amamentação, para que não ocorra o desmame precoce
nesse período12.
De forma resumida, vou apresentar para você os pontos chave relacionados ao teste da linguinha. Então
vamos lá!
Teste da Linguinha13
O exame possibilita diagnosticar e indicar tratamento precoce para limitações do movimento de língua.
O bebê deve fazer o exame o mais cedo possível, de preferência no primeiro mês de vida.
O protocolo do teste é dividido em: história clínica, avaliação anatofuncional e avaliação da sucção não-
nutritiva e nutritiva.
História clínica são coletadas informações sobre o parto, antecedentes familiares, problemas de saúde e
amamentação.
O protocolo pode ser aplicado por partes até o sexto mês de vida.
A triagem neonatal é realizada nas primeiras 48h de vida. Nela só é realizada a avaliação
anatomofuncional do protocolo pois o bebê demora de 15/20 dias para se adaptar as condições de vida.
O exame permite identificar casos mais severos e identificar frenotomia ainda na maternidade.
O protocolo tem pontuações de acordo com cada item avaliado. Se o score (soma dos pontos) for maior
ou igual a 7 se considera interferência do frênulo na movimentação de língua.
12
https://www.sbfa.org.br/fono2014/pdf/testelinguinha_2014_livro.pdf
13
https://www.sbfa.org.br/fono2014/pdf/testelinguinha_2014_livro.pdf
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A avaliação anatomofuncional é uma parte do protocolo que pode ser aplicada de forma isolada.
No caso de dúvida e score 5 e 6 deve ser realizado reteste com 30 dias de vida.
O reteste deve realizado após 30 dias com aplicação do protocolo completo. Se a soma for maior ou
igual a 13 pontos considera-se interferência na movimentação de língua e a cirurgia é indicada.
Se for só realizada avaliação anatomofuncional e avaliação da sucção (no reteste) deve-se considerar
score maior ou igual a 9 indicando interferência no frênulo.
Os procedimentos que podem ser indicados são: frenectomia, frenuloplastia e frenotomia.
Os procedimentos que podem ser indicados após a realização do teste da linguinha são:
frenectomia, frenuloplastia e frenotomia.
Muitas vezes, bebês a termo (nascidos com 37 semanas ou mais) também apresentam dificuldades
relacionadas a sucção e adaptação ao seio materno. Nesses casos a atuação geralmente acontece nas
enfermarias, nos chamados alojamentos conjuntos, onde mãe e bebês ficam juntos e vai ter como
objetivo principal a promoção do aleitamento materno.
O incentivo ao aleitamento materno ganhou grande força a partir da década de 90 devido as inúmeras
vantagens desta prática para bebês e mães. O fonoaudiólogo faz parte das equipes multidisciplinares que
atuam no apoio as mães.
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Foram criadas algumas iniciativas para incentivo ao aleitamento, entre elas, o Hospital Amigo da
Criança. Este título é concedido a todas as maternidades que seguem critérios pré-estabelecidos através
dos dez passos para o sucesso do aleitamento materno.
O principal objetivo de toda equipe que atua em um hospital amigo da criança é promover a
amamentação e prevenir o desmame precoce.
Você pode ler mais sobre a questão do aleitamento materno, hospital amigo da criança e método
canguru no nosso PDF 00 sobre políticas públicas.
Vamos voltar agora a questão da adequação das funções orais. Nas unidades neonatais, quando é
solicitada uma avaliação fonoaudiológica do recém-nascido, nosso primeiro passo é observar o
prontuário. Neste vamos obter dados da história clínica do bebê, idade gestacional do nascimento, peso,
síndromes associadas, entre outras.
Precisamos observar se o bebê está alerta ou sonolento porque isso pode influenciar na sua
resposta. O tempo da intervenção não deve ser muito longo, e nosso termômetro para continuar ou não a
intervenção deve ser a ocorrência de sinais de estresse do bebê tais como: choro, aumento da frequência
respiratória, sonolência, entre outros.
No RN pré-termo nem sempre os reflexos orais estão presentes de maneira satisfatória, por isso a
importância da realização de técnicas indutoras, massagens, estímulo através da sucção não nutritiva para
que o bebê possa evoluir em relação ao seu padrão de sucção. Pode ser utilizada estimulação tátil e
gustativa, utilizando toques em região peri e intra oral, sucção não nutritiva associada a alimentação por
sonda, entre outros. Nesses casos não é utilizada estimulação térmica gelada, somente no caso de
presença de hipotonia facial optamos por essa técnica.
Como muitas vezes o bebê prematuro apresenta um padrão débil de sucção e incoordenação
sucção/respiração/deglutição o trabalho geralmente tem início com estímulo da sucção não nutritiva. A
estimulação da sucção é feita com o dedo enluvado proporcionando um aumento nas séries de eclosões
de sugadas alternadas e rítmicas. Essa estimulação, ao ser complementada com a alimentação por sonda
orogástrica ou nasogástrica, acelera a maturação do reflexo de sucção, facilitando a transição para
alimentação por via oral, auxiliando no ganho de peso e proporcionando menos tempo de
hospitalização.14
A técnica de sucção não nutritiva se refere à estimulação da sucção através da introdução do dedo
do profissional na boca do RN, sem o oferecimento de líquidos.
14
Hernandez, AM Atuação fonoaudiológica com sistema estomatognático e alimentação in Hernandez(org.) -
Conhecimentos Essenciais para atender bem o neonato – coleção CEFAC – editora pulso- 2003
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O aleitamento materno exclusivo é trabalhado quando o bebê apresenta condições para esse
estímulo. Muitas vezes os bebês precisam usar sondas para alimentação, apresentam condições que
necessitam suporte respiratório e o aleitamento materno exclusivo precisa ser adiado para o momento
oportuno.
Nos recém-nascidos baixo peso, principalmente aqueles que estão nas unidades canguru, o
principal objetivo do trabalho fonoaudiológico é o estabelecimento do aleitamento materno, pelas
inúmeras vantagens que esta prática representa para estes bebês. Desta forma, quando possível, o
primeiro teste da sucção nutritiva, ou seja, a sucção onde há o oferecimento de alimento, esta deve ser
feita no seio materno.
Nos hospitais amigos da criança o uso de mamadeiras e chupetas é limitado a casos específicos.
Quando o bebê não consegue sugar o seio materno o alimento pode oferecido no copinho.
Essa opção pela escolha do copinho e não do bico acontece para que possa ser evitada a chamada
"confusão de bicos". Esta é gerada por padrões diferentes na sucção da mamadeira e no seio, que pode
fazer o bebê abandonar o aleitamento materno.
15
ALVES, Yasmin Vieira Teixeira et al. Avaliação da sucção não nutritiva de recém-nascidos a termo e sua relação com o
desempenho da mamada. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, v. 19, n. 3, p. 621-630, Sept. 2019
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A indicação de bicos artificiais pode ocorrer em algumas situações específicas, como por exemplo
nos bebês com fissura palatina que não conseguiram evoluir bem na sucção do seio materno. Mas, todas
as indicações vão respeitar normas e rotinas estabelecidas previamente pela equipe.
Estou descrevendo aqui a realidade dos hospitais amigos da criança, em muitas maternidades
ocorre o uso de mamadeiras para alimentação de RNs, no entanto nos concursos a prática nos hospitais
amigos da criança é que costumam ser cobradas.
Vou destacar agora alguns pontos importantes relacionados ao recém-nascidos descritos por
Hernandez16.
Reflexos protetivos: são aqueles que protegem as vias aéreas durante a alimentação.
São eles: reflexo de mordida, tosse, vômito ou nauseante (GAG)
Reflexos adaptativos são importantes para aquisição da condição alimentar. São eles:
reflexo de busca ou quatro pontos cardeais, sucção e deglutição.
Após o nascimento a sucção permanece como um ato reflexo até o quarto mês de vida
do bebê.
16
Hernandez, AM Atuação fonoaudiológica com sistema estomatognático e alimentação in Hernandez(org.) -
Conhecimentos Essenciais para atender bem o neonato – coleção CEFAC – editora pulso- 2003
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A mesma autora (Hernandez17) propõe estratégias para atuação nas dificuldades específicas de
alimentação de acordo com sintomas apresentados pelo recém-nascidos. Vamos ver algumas delas.
Sintoma Estratégia
Hipotonia Facial postura com estabilidade- tapping- estimulação
térmica frio
Hipertonia Manuseio global para adequação do tônus
Pouco vedamento labial Estimular com massagens em orbicular e vestíbulo
labial
Ausência de reflexos Estimulação tátil, térmica e/ou gustativa
Refluxo gastroesofágico Posicionar em decúbito elevado 24h por dia, evitar
manuseio pós-dieta.
As anomalias orofaciais congênitas são aquelas originadas ainda no período intraútero, entre elas
temos a fissura labiopalatina. Nesses casos o decúbito elevado ao oferecer o alimento para o recém-
nascido deve ser priorizado para evitar a regurgitação nasal que ocorre em decorrência da fissura. O bico
ortodôntico é uma opção nos casos onde não houve sucesso no aleitamento materno. O micropore no
lábio superior pode ser uma alternativa nos casos de fissura de lábio, usado com objetivo de auxiliar no
vedamento labial. A placa palatina é uma opção que pode ser usada em recém-nascidos até o momento
adequado da realização da cirurgia e que pode auxiliar na alimentação.
Uma outra alteração que pode estar presente no recém-nascido é a sequência de Pierre Robin.
Esta é uma anomalia em que a fissura palatina está geralmente associada. Além disso se caracteriza por
mais duas condições:micrognatia (tamanho da mandíbula reduzido) e glossoptose (queda ou retração de
língua). A obstrução das vias aéreas superiores é uma das principais complicações dessa anomalia, por
17
Hernandez, AM Atuação fonoaudiológica com sistema estomatognático e alimentação in Hernandez(org.) -
Conhecimentos Essenciais para atender bem o neonato – coleção CEFAC – editora pulso- 2003
21
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esta razão a prevalência do decúbito em prono (barriga para baixo) 24 horas por dia. As dificuldades na
alimentação estão associadas principalmente a obstrução respiratória18.
Para finalizar, vamos relembrar os reflexos orais que podem estar presentes no recém-nascido, o
estímulo necessário para iniciar esse reflexo e até quando ele está presente.
Alguns reflexos orais vão desaparecer em uma determinada idade do bebê e outros permanecem. Vamos
ver cada um deles.19
18
Nassar, E Atendimento Fonoaudiológico de bebês de bebês portadores de anomalias orofaciais com disfagia
orofaríngea in Hernandez(org.) Conhecimentos essenciais para atender bem o neonato – editora pulso – 2003.
19 Guedes,ZCF: Síndromes Craniofaciais e o Desenvolvimento Motor Oral in Tratado das Especialidades em
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FISSURA LABIOPALATINA
A fissura labiopalatina pode ser entendida como uma anomalia craniofacial decorrente da falta de
fusão dos processos embrionários responsáveis pela formação da face e do palato ainda na vida
intraútero21.Podem ser uni ou bilaterais ou medianas. Atingir lábio, palato ou ambos simultaneamente.
Existem várias classificações para as fissuras, sendo a de Spina a mais utilizada e a que mais
aparece nos concursos. A classificação clássica proposta por Spina21 toma como ponto de referência o
forame incisivo.
20
(GUEDES, Z.C.F. Síndromes Craniofaciais e o Desenvolvimento Motor Oral. Tratado de Especialidades em
Fonoaudiologia, 2014)
21 Genaro, KFG Yamashita, RP Trindade, IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in
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• pré-forame incisivo: completa (atinge forame, lábio e processo alveolar) ou incompleta (atinge os
lábios)
• pós-forame incisivo: completa (alcança o forame, palato duro, palato mole e a úvula) ou
incompleta (atinge o palato duro parcialmente, o palato mole e a úvula ou o palato mole
parcialmente e a úvula).
• transforame incisivo: atravessa o forame incisivo, rompendo a maxila em toda extensão desde o
lábio até a úvula, atingindo lábio e palato.
Esses tipos de fissura podem estar presentes simultaneamente. Além das modalidades acima ainda
existem mais dois tipos de fissura que não estão na classificação de Spina.
• Fissura de palato submucosa clássica: indivíduo vai apresentar úvula bífida, diástase da
musculatura de palato mole e entalhe ósseo na porção posterior do palato.
• Fissura de palato oculta: Anormalidade do palato mole caracterizada pelo mau posicionamento
dos músculos, apesar de o palato mole se apresentar íntegro ao exame clínico.
Vamos ver uma imagem com alguns tipos de fissura para que a memorização possa ficar mais fácil.
23
22
Genaro, KFG Yamashita, RP Trindade, IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in
Fernandes et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014
23
(CYMROT, Moacir et al. Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um Hospital Pediátrico do
Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.), São Paulo, v. 25, n. 4, p. 648-651, Dec. 2010)
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A disfunção velofaríngea pode ser entendida como uma falha no mecanismo do palato mole e das
paredes da faringe, decorrente de alteração anatômica ou funcional, que impede a separação da cavidade
oral e nasal durante a produção de fonemas orais25.
As articulações compensatórias mais frequentes são: golpe de glote, fricativa faríngea, plosiva
faríngea, fricativa velar, plosiva dorso médio - palatal, fricativa nasal posterior. Estes erros, em sua
maioria, podem ser eliminados antes da correção do defeito anatômico.
Os distúrbios obrigatórios são decorrentes do defeito anatômico e dependem da correção deste para
serem resolvidos. Entre os distúrbios obrigatórios temos: escape de ar nasal durante a produção de sons
orais, fraca pressão durante a produção de sons plosivos e fricativos e hipernasalidade na produção de
fonemas vozeados.
24
KrooK, MIP et al Intervenção Fonoaudiológica na fissura palatina in Fernandes et al Tratado de fonoaudiologia –
segunda edição – Rocca - 2014
25
Vieira, JM Perfil espectrográfico da hipernasalidade de fala em mulheres portadoras de fissura palatina. Dissertação
(Mestrado) - Programa de Pós-Graduação Interunidades Bioengenharia (EESC/FMRP/IQSC), Universidade de São Paulo,
São Carlos,2003
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Os dois aspectos mais importantes na avaliação da fala nos casos de fissura palatina são: ressonância
e articulação. A articulação para avaliação dos distúrbios compensatórios, que podem comprometer a
inteligibilidade de fala e a ressonância para avaliação da hipernasalidade, tipo de alteração mais frequente
observada em indivíduos com fissura palatina.
==13272f==
Os dois aspectos mais importantes na avaliação da fala nos casos de fissura palatina são:
ressonância e articulação
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Comentários:
De acordo com as Spina as fissuras podem ser:
•pré-forame incisivo: completa (atinge forame, lábio e processo alveolar) ou incompleta (atinge os lábios)
•pós-forame incisivo: completa (alcança o forame, palato duro, palato mole e a úvula) ou incompleta
(atinge o palato duro parcialmente, o palato mole e a úvula ou o palato mole parcialmente e a úvula).
•transforame incisivo: atravessa o forame incisivo, rompendo a maxila em toda extensão desde o lábio até
a úvula, atingindo lábio e palato.
Gabarito: Letra D
(Unifil /perf. Mandaguaçu-2019)
As fissuras labiopalatinas (FLP) são malformações congênitas de lábio e de palato, e se enquadram nas
malformações craniofaciais e na classificação de displasias. Elas podem ocorrer associadas ou
isoladamente. O desenvolvimento da linguagem e fala das crianças com FLP merece muita atenção do
fonoaudiólogo, já que as alterações são enquadradas nos distúrbios de aquisição de fala, uma vez que
essas crianças cumprem as etapas de aquisição da linguagem receptiva dentro da normalidade. Vários são
os distúrbios articulatórios compensatórios característicos da FLP. Assinale a alternativa que contém um
distúrbio compensatório comum da FLP.
a) Omissões de consoantes.
b) Substituições nasais.
c) Golpe de glote na emissão dos sons plosivos, por adução brusca das pregas vocais.
d) Distorções.
e) Alteração de ponto articulatório nos sons linguoalveolares /t/, /d/, /n/, /l/, com projeção lingual.
Comentários:
Pacientes com fissura palatina podem apresentar distúrbios articulatórios compensatórios. Estes podem
ser entendidos como uma estratégia para compensar a capacidade de se impor pressão aérea na cavidade
oral. As articulações compensatórias mais frequentes são: golpe de glote, fricativa faríngea, plosiva
faríngea, fricativa velar, plosiva dorso médio - palatal, fricativa nasal posterior.
Gabarito: Letra C
As fissuras labiopalatinas podem ter classificações diversas, entretanto, a mais utilizada pelos profissionais
da área é a formulada por Spina et al. (1972), que toma como referência anatômica o forame incisivo.
29
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CYMROT, Moacir et al. Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um Hospital Pediátrico do Nordeste brasileiro.
Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.), São Paulo, v. 25, n. 4, p. 648-651, Dec. 2010. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-
51752010000400015&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 20 abr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-51752010000400015.
Com base no conhecimento a respeito do assunto e na CORRETA utilização da figura, conclui-se que a
alteração é do tipo:
a) Fissura pré-forame unilateral incompleta.
b) Fissura pré-forame unilateral completa.
c) Fissura transforame unilateral.
d) Fissura pós-forame incompleta.
e) Fissura pós-forame completa.
Comentários:
A figura representa uma Fissura pré-forame unilateral completa.
Gabarito: Letra B
(IBFC/Pref. C Sto. Agostinho-2019)
Várias classificações são utilizadas para as fissuras labiopalatinas. Segundo a classificação de Spina (1979),
uma fenda à direita que vai, desde o lábio até o forame incisivo corresponde a _____________ assinale a
alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Fissura pré-forame incisivo incompleta unilateral
b) Fissura pré-forame incisivo completa unilateral
c) Fissura transforame incisivo completa unilateral
d) Fissura transforame incisivo incompleta unilateral
Comentários:
De acordo com as Spina as fissuras podem ser:
•pré-forame incisivo: completa (atinge forame, lábio e processo alveolar) ou incompleta (atinge os lábios)
•pós-forame incisivo: completa (alcança o forame, palato duro, palato mole e a úvula) ou incompleta
(atinge o palato duro parcialmente, o palato mole e a úvula ou o palato mole parcialmente e a úvula).
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•transforame incisivo: atravessa o forame incisivo, rompendo a maxila em toda extensão desde o lábio até
a úvula, atingindo lábio e palato.
Gabarito: Letra B
...
Bem pessoal fechamos por aqui nosso material. Agora faremos alguns exercícios para fixação.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (FCC /Campinas -2016)
(CYMROT, Moacir et al. Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um Hospital Pediátrico do
Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.), São Paulo, v. 25, n. 4, p. 648-651, Dec. 2010)
Durante a 6ª semana de vida, o segmento intermaxiliar proveniente dos processos nasais medianos,
originará a região mediana do lábio superior e o filtrum. Caso esses processos não aconteçam de forma
adequada, ocorrem as fissuras palatinas e labiais, que podem ser manifestações isoladas ou manifestações
de síndromes genéticas e/ou consequências delas.
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Nesse contexto,
Comentários:
Gabarito: Letra D
As malformações craniofaciais são alterações congênitas que envolvem a região do crânio e da face, como
as fissuras labiopalatinas, por exemplo. Classicamente, a classificação desses quadros tem como
referência a própria fissura e um acidente anatômico.
a) Septo nasal.
c) Traumatismo craniano.
d) Forame incisivo.
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Comentários:
A alternativa A está errada. A classificação clássica proposta por Spina26 toma como ponto de referência o
forame incisivo.
A alternativa B está errada. A classificação clássica proposta por Spina toma como ponto de referência o
forame incisivo.
A alternativa C está errada. A classificação clássica proposta por Spina toma como ponto de referência o
forame incisivo.
A alternativa D está certa. A classificação clássica proposta por Spina toma como ponto de referência o
forame incisivo.
A alternativa E está errada. A classificação clássica proposta por Spina toma como ponto de referência o
forame incisivo.
Gabarito: Letra D
Comentários:
As fissuras pós-forame incisivo completas são aquelas que alcançam o forame envolvendo palato duro,
palato mole e úvula.
26
Genaro, KFG Yamachita, RP Trindade, IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in
Fernandes et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014
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Gabarito: letra C
a) VII.
b) V.
c) VI.
d) VIII.
e) IX.
Comentários:
Gabarito: Letra A
Nos pacientes portadores de Paralisia Facial Periférica, a investigação médica deve focar nos sinais e
sintomas relacionados às principais causas desta doença. A língua plicata pode ser comumente
encontrada no caso de a Paralisia Facial ter como fator causal:
a) mandíbula fraturada.
27
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In
Fernandes et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
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b) doenças infecciosas.
c) diabetes melito.
e) síndrome de Melkersson-Rosenthal.
Comentários:
Gabarito: Letra E
28
Lazarine, PR Almeida, R Etiologia da Paralisia Facial Periférica in Lazarine, PR e Fouquet, Ml – Paralisa Facial: Avaliação,
Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
35
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Em pacientes com paralisia facial periférica cuja lesão do nervo facial está acima da emergência no nervo
da corda do tímpano, é esperado o seguinte comprometimento:
a) diminuição do lacrimejamento.
Comentários:
Considerando o percurso do nervo facial este corre lateralmente acima do vestíbulo, entre a cóclea e os
canais semicirculares. Passando entre a janela oval e o canal semicircular lateral, atinge o semento
timpânico, de onde emerge o ramo que inerva o músculo estapédio. Mais à frente, ao entrar no segmento
mastoideo, saem as fibras do nervo corda do tímpano, que fornece inervação para glândulas
submandibulares e sublingual e fibras para degustação nos 2/3 anteriores da língua. Sendo assim, lesões
acima da emergência do nervo corda do tímpano vão resultar em diminuição da gustação dos 2/3
anteriores da língua29.
30
29
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In
Fernandes et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
30
Fernandes, M Lazarine, PR: Anatomia do nervo facial in Lazarine, PR e Fouquet, Ml – Paralisa Facial: Avaliação,
Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
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Gabarito: letra B
Após uma consulta pediátrica, o bebê é encaminhado para o setor de fonoaudiologia com uma sugestão
de discussão do caso após a avaliação clínica fonoaudiológica.
Ele apresenta paralisia facial bilateral congênita por acometimento do VI e VII pares cranianos,
oftalmologia, deformação de orelha externa, micrografia, dificuldade para se alimentar, sugando com
muito esforço. Ele se cansa e não ingere alimento suficiente, mantendo baixo peso. Também apresenta
estrabismo convergente.
a) Mohr.
b) Pierre Robin.
c) Sprintzen.
d) Moebius.
e) X frágil.
Comentários:
O Ponto chave que faz responder essa questão é a informação descrita no enunciado: paralisia facial
congênita bilateral.
Congênita: isolada, sindrômica, sequência de Möbius, malformação do VII-VIII par/Adquirida- trauma por
fórceps.
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• Paralisia bilateral
• Doença congênita rara
• paralisia do nervo abducente uni e bilateral
• anomalias de extremidade
• envolve outros pares cranianos.
Gabarito: letra D
8. (VUNESP/Pref.Arujá-2015)
Caso 1: Priorizar o decúbito elevado ao alimentar, o uso de bico ortodôntico, a colocação de micropore no
lábio superior, realizar higiene oral após a alimentação e verificar a possibilidade de uso de placa palatina.
Caso 2: Priorizar a postura em decúbito prono por 24 hs por dia, postura prono ou lateral ao se alimentar,
estimular sucção não nutritiva, podendo oferecer inicialmente com bico longo, e gradativamente passar
ao ortodôntico.
Comentários:
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No caso 2 as informações se referem a sequência de Pierre Robin. Esta é uma anomalia em que a fissura
palatina está geralmente associada. Além disso se caracteriza por mais duas condições:micrognatia
(tamanho da mandíbula reduzido) e glossoptose (queda ou retração de língua). A obstrução das vias
aéreas superiores é uma das principais complicações dessa anomalia, por esta razão a prevalência do
decúbito em prono (barriga para baixo) 24 horas por dia. As dificuldades na alimentação estão associadas
principalmente a obstrução respiratória31.
Gabarito: letra D
A paralisia facial é uma enfermidade que provoca paresia ou paralisia total de alguns ou todos os músculos
da face, podendo ser classificada como central ou periférica. Caracteriza-se a paralisia facial periférica na
seguinte afirmativa:
a) As estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, ocasionando lesão no córtex cerebral.
b) A lesão ocorre do núcleo para a periferia sem atingir o córtex cerebral e é causada pela paralisia dos
nervos faciais.
c) A lesão ocorre do núcleo para a periferia atingindo o córtex cerebral e é causada pela paralisia dos
nervos faciais.
d) As estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, porém sem atingir o córtex cerebral.
31
Nassar, E Atendimento Fonoaudiológico de bebês de bebês portadores de anomalias orofaciais com disfagia
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Comentários:
Via motora do nervo facial: córtex frontal - capsula interna- trato piramidal- algumas fibras seguem o
curso ipsilateral- fibras que partem do núcleo do facial que inervam a porção superior da face são homo e
contralaterais. As fibras da porção inferior da face são contralaterais.
Na paralisia central a lesão ocorre antes da chegada das fibras ao tronco cerebral levando a paralisia da
porção inferior da face do lado contralateral a lesão. (lesões situadas acima da chegada dos núcleos faciais
- acima do tronco encefálico)
Na paralisia facial periférica, a lesão ocorre antes da divisão do nervo facial em ramos superficiais o que
resulta em uma hemiparesia ipsilateral a lesão. (lesões acomete o núcleo do facial a partir de neurônios
motores periféricos)
32
Gabarito: Letra B
32
https://docplayer.com.br/106130752-Paralisia-facial-periferica-diagnostico-e-tratamento.html
40
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Alguns sinais informam dados preciosos sobre a topografia da lesão do paciente, o que torna mais fácil o
prognóstico fonoaudiológico. O sinal de Legendre, Pitres e de Bell estão relacionados intimamente com:
b) Afasia de Wernike.
d) Sincinesias.
Comentários:
• Sinal de Bell: desvio do globo ocular para cima e para fora durante a tentativa de fechamento facial
na paralisia facial periférica.
• Sinal de Pitres: aspecto de raquete ou ovalóide da comissura labial quando o paciente tenta abrir a
boca, presente nos casos de paralisia facial periférica.
• Sinal de Legendre: diminuição da força do músculo orbicular da pálpebra no lado paralisado na
tentativa de fechar os olhos, presente nos casos de paralisia facial periférica.
Gabarito: Letra C
A atuação fonoaudiológica na reabilitação dos casos de paralisia facial busca reorganizar as estruturas
responsáveis pela expressão facial e do sistema estomatognático. Portanto, o fonoaudiólogo deve ter a
competência em saber o trajeto do nervo facial, as causas e consequências da paralisia facial. A esse
respeito, assinale a alternativa incorreta.
33
Mitre, EI, Giancoli,SM e Lazarine, PR: Avaliação clínica da Paralisia Facial Periférica in Lazarine, PR e Fouquet, Ml –
Paralisa Facial: Avaliação, Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
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d) A glândula parótida, o meato acústico interno e os músculos da face são regiões em que passam raízes
do nervo facial
Comentários:
A alternativa A está errada. Na paralisia de Bell há uma paralisia da hemiface que ocorre de forma aguda,
não contagiosa, isolada ou acompanhada.
A alternativa B está certa. Ou seja, é a alternativa incorreta que a banca solicita. A contratura muscular é
um dos sinais clínicos relacionados a paralisia facial periférica e se caracteriza pelo aumento do tônus em
um determinado grupo muscular de uma hemiface e pode aparecer durante a recuperação da paralisia
facial periférica.
A alternativa C está errada. A síndrome de Guillain-Barré é uma das principais causas de paralisia facial
periférica bilateral.
A alternativa D está errada. A glândula parótida, o meato acústico interno e os músculos da face são
regiões em que passam raízes do nervo facial
Gabarito: Letra B
Um paciente adulto, 35 anos, sexo masculino, compareceu à Policlínica para realização dos exames de:
audiometria tonal liminar, logoaudiometria e imitanciometria. O paciente foi encaminhado pelo médico
do centro de saúde em decorrência de um quadro de Paralisia Facial Periférica (PFP) à direita. O paciente
não relata queixas auditivas e/ou vestibulares.
Considerando que a PFP é supraestapediana e que à audiometria o paciente apresentou limiares auditivos
dentro dos padrões de normalidade bilateralmente, assinale a alternativa correta quanto aos resultados
do exame de imitanciometria.
42
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d) Curva timpanométrica do tipo Ad à orelha direita, tipo A à orelha esquerda, reflexo acústico
contralateral direito ausente e ipsilateral esquerdo presente.
e) Curva timpanométrica do tipo B à orelha direita, tipo A à orelha esquerda, reflexo acústico contralateral
e ipsilateral esquerdos ausentes.
Comentários:
A imitanciometria está entre os exames utilizados na avaliação complementar dos casos de paralisia facial
periférica. Este exame permite a pesquisa do reflexo do músculo estapédio, inervado pelo ramo
estapediano do nervo facial., possibilitando o topodiagnóstico da lesão: se a lesão estiver acima do ramo
que inerva o músculo estapédio a lesão os reflexos deste lado estarão ausentes. Se estiver abaixo os
reflexos estarão presentes.
No caso apresentado o paciente apresenta paralisia a direita, logo o reflexo estapédio ipsilateral estará
ausente deste lado(direito) e o contralateral direito presente. No lado esquerdo vamos ter ipsilateral
presente e contralateral ausente.
A mobilidade da membrana timpânica está preservada, logo nesses casos a curva apresentada é do tipo A.
Gabarito: Letra B
A contribuição da fonoaudiologia para esses casos tem como característica a abordagem na fase
c) crítica, objetivando manipulação firme, aplicada de modo a atingir os músculos mais profundos.
43
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Comentários:
A indicação do tratamento fonoaudiológico ocorre nas queimaduras de terceiro grau que atingem cabeça
e pescoço34.
Na fase aguda, após as primeiras medidas tomadas pela equipe médica o fonoaudiólogo pode avaliar
funções estomatognáticas e prevenir sequelas funcionais.
Na fase de reabilitação, a nível ambulatorial, o objetivo principal é o trabalho com as cicatrizes buscando a
redução das possíveis retrações causadas por estas.
Gabarito: Letra B
A atuação fonoaudiológica junto a pacientes queimados é uma nova área de atuação da fonoaudiologia,
pois ocorrem sequelas importantes quando a região atingida é a face, pescoço ou ainda em caso de
queimadura inalatória.
I. De forma geral, os pacientes queimados de face e pescoço podem apresentar ineficiência de funções
neurovegetativas, insuficiência de movimento das estruturas da face e retração residual.
II. As sequelas fonoaudiológicas de pacientes queimados de face e pescoço podem englobar alterações de
expressão facial (que interferem na comunicação) e no grau de abertura da boca, impactando a
inteligibilidade da fala.
III. As queimaduras inalatórias podem levar a um quadro de disfonia por alteração na mucosa do trato e
das pregas vocais.
34
Toledo, PN Arrunátegui, G Intervenção Fonoaudiológica em pacientes queimados in Fernandes et al, Tratado de
Fonoaudiologia, segunda edição, ed. Rocca, 2014
44
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Comentários:
Os pacientes que sofrem queimadura na cabeça e no pescoço podem ter alteradas as funções
estomatognáticas tanto na fase aguda quanto na fase de reabilitação devido á sequelas que podem se
desenvolver devido á retração tecidual. (afirmativa I - verdadeira)
Cicatrizes na região perioral podem significar redução na mobilidade e tonicidade de lábios. a tonicidade e
mobilidade de língua e bochechas também deve ser avaliada. As alterações podem impactar na expressão
facial e na inteligibilidade de fala. (afirmativa II - verdadeira)
Em caso de queimadura na via superior a região supraglótica pode ser acometida, dificultando a produção
sonora e alterando as características que identificam a voz do paciente. (afirmativa III- verdadeira)
Gabarito: letra D
Assinale a alternativa correta. Em recém-nascidos de baixo peso que estão fazendo uso de sonda para
nutrição, o primeiro teste de sucção nutritiva deve ser realizado:
b) No peito materno
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Comentários:
Nos recém-nascidos baixo peso, principalmente aqueles que estão nas unidades canguru, o principal
objetivo do trabalho fonoaudiológico é o estabelecimento do aleitamento materno, pelas inúmeras
vantagens que esta prática representa para estes bebês. Desta forma, quando possível, o primeiro teste da
sucção nutritiva, ou seja, a sucção onde há o oferecimento de alimento, esta deve ser feita no seio
materno.
Gabarito: letra B
Na amamentação natural denominada nutritiva, o bebê suga o leite materno, o que lhe proporciona
prazer oral e satisfaz a sua fome. O processo de sucção-respiração-deglutição contribui de várias formas
para o desenvolvimento da criança. Sobre os benefícios da sucção nutritiva é correto afirmar que:
Comentários:
O enunciado se refere as vantagens do aleitamento materno para o bebê. Entre elas temos: proteção
contra doenças, crescimento e desenvolvimento harmônico da face, estímulo ao crescimento da
mandíbula, fortalecimento do vínculo mãe-bebê, coordenação sucção-respiração-deglutição.
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A Lei n.º 13.002/2014 torna obrigatória a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em
Bebês – Teste da Linguinha – em todos os hospitais e maternidades. Sobre esse teste, assinale a
afirmativa INCORRETA.
b) O reteste para casos de dúvida quanto à interferência do frênulo nos movimentos da língua deve ser
realizado após 30 dias de vida.
c) O teste é um exame padronizado que possibilita diagnosticar e indicar o tratamento precoce das
limitações dos movimentos da língua.
d) A frenotomia é o procedimento mais indicado para bebês que apresentam interferência do frênulo nos
movimentos da língua.
Comentários:
Nesta questão a banca solicita a questão incorreta em relação ao " teste da linguinha". Este teste
tem como objetivo principal a avaliação do frênulo da língua em bebês.
Desde 2014 este teste passou a ser obrigatório em todas as maternidades e hospitais, tornando o
Brasil pioneiro na iniciativa.
Para a triagem neonatal (realizada nas primeiras 48 horas após o nascimento) é realizada
somente a avaliação anatomofuncional do bebê, considerando que o bebê demora de 15
a 20 dias para se adaptar às novas condições de vida. Esta avaliação inicial permite
diagnosticar os casos mais severos e indicar a frenotomia lingual (pique na língua) já na
maternidade. Se a soma total dos escores da avaliação anatomofuncional do protocolo
for igual ou maior que 7, pode-se considerar a interferência do frênulo nos movimentos
da língua e orientar a família sobre a necessidade da cirurgia. A única parte do protocolo
que pode ser aplicada, e os seus escores considerados de forma isolada, é a avaliação
anatomofuncional.
Nos casos onde houver dúvida, (normalmente quando o escore total da avaliação
anatomofuncional for entre 5 e 6), ou não for possível visualizar o frênulo lingual, o bebê
é encaminhado para reteste com 30 dias de vida, sendo que os pais devem ser orientados
47
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sobre possíveis dificuldades na amamentação, para que não ocorra o desmame precoce
nesse período35.
A partir das colocações a única que traz uma afirmativa incorreta é a letra A, já que para a triagem
neonatal (realizada nas primeiras 48 horas após o nascimento) é realizada somente a avaliação
anatomofuncional do bebê.
Gabarito: Letra A
a) Recém-nascidos pré-termos podem recebê-lo, desde que tenham prontidão para a mamada e
possibilidade de estimulação oral.
b) Recém-nascidos com uso prolongado de sonda gástrica podem ter dificuldades relacionadas à
coordenação entre sucção, respiração e deglutição.
d) A técnica de sucção não nutritiva se refere à estimulação da sucção na “mama vazia”, associada a
interrupção da dieta por sonda.
e) O fonoaudiólogo é profissional capacitado e deve ser inserido nas unidades neonatais, integrado à
equipe interdisciplinar.
Comentários:
Na letra D a banca afirma: A técnica de sucção não nutritiva se refere à estimulação da sucção na “mama
vazia”, associada a interrupção da dieta por sonda. A afirmativa está errada pois a sucção não nutritiva
35
https://www.sbfa.org.br/fono2014/pdf/testelinguinha_2014_livro.pdf
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consiste na introdução do dedo do profissional na boca do RN, sem o oferecimento de líquidos e não da
introdução da mama vazia.
Gabarito: Letra D
Analise as estratégias terapêuticas indicadas para recém nascidos pré termo, e identifique a alternativa
INCORRETA.
a) Indução de automatismos orais ausentes ou incompletos com uso de técnicas especificas coo tapping e
massagens.
d) Estratégias de manuseio global, principalmente, para os recém nascidos com neuropatias, visando a
adequação do tônus, postura e mobilidade global.
Comentários:
No RN pré-termo nem sempre os reflexos orais estão presentes de maneira satisfatória, por isso a
importância da realização de técnicas indutoras, massagens, estímulo através da sucção não nutritiva para
que o bebê possa evoluir em relação ao seu padrão de sucção. Pode ser utilizada estimulação tátil e
gustativa, utilizando toques em região peri e intra oral, sucção não nutritiva associada a alimentação por
sonda, entre outros. Nesses casos não é utilizada estimulação térmica gelada.
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Gabarito: Letra E
a) A intervenção fonoaudiológica, nesses casos, é iniciada por meio da sucção não nutritiva. A sucção
não‐nutritiva é uma série de eclosões de sugadas alternadas e com pausas. A estimulação da sucção é feita
com o dedo enluvado proporcionando um aumento nas séries de eclosões de sugadas alternadas e
rítmicas. Essa estimulação, ao ser complementada com a alimentação por sonda orogástrica ou
nasogástrica, acelera a maturação do reflexo de sucção, facilitando a transição para alimentação por via
oral, auxiliando no ganho de peso e proporcionando menos tempo de hospitalização.
b) Obtido o equilíbrio do estado clínico, procede‐se a avaliação vocal do paciente. Nesse momento
define‐se a possibilidade de trabalho fonoterápico vocal com técnicas específicas, a partir das
possibilidades de produção vocal do paciente. É fundamental dar continuidade à fonoterapia no leito.
c) Realiza ações e estratégias voltadas ao estímulo ao aleitamento materno exclusivo, inclusive durante os
horários da alimentação dos recém‐nascidos. Quando são identificadas dificuldades, o suporte específico
é realizado pela equipe interdisciplinar.
e) O trabalho é realizado com o paciente no leito, ainda em breve recuperação e apresentando um quadro,
por vezes, grave de algumas patologias. O objetivo é retardar ao máximo a evolução progressiva da
doença proporcionando maior qualidade de vida e bem‐estar do paciente.
Comentários:
A alternativa A está certa. Como muitas vezes o bebê prematuro apresenta um padrão débil de sucção e
incoordenação sucção/respiração/deglutição o trabalho geralmente tem início com estímulo da sucção
não nutritiva. A estimulação da sucção é feita com o dedo enluvado proporcionando um aumento nas
séries de eclosões de sugadas alternadas e rítmicas. Essa estimulação, ao ser complementada com a
alimentação por sonda orogástrica ou nasogástrica, acelera a maturação do reflexo de sucção, facilitando
a transição para alimentação por via oral, auxiliando no ganho de peso e proporcionando menos tempo de
hospitalização.
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A alternativa C está errada. O aleitamento materno exclusivo é estimulado quando o bebê apresenta
condições para esse estímulo. Muitas vezes os bebês precisam usar sondas para alimentação, apresentam
condições que necessitam suporte respiratório e o aleitamento materno exclusivo precisa ser adiado para
o momento oportuno.
A alternativa D está errada. Nesse tipo de assistência não é realizado oferecimento de várias
consistências.
A alternativa E está errada. Esta abordagem não faz parte do trabalho com RN.
Gabarito: Letra A
De acordo com Martinelli (2013), o protocolo específico de avaliação do frênulo lingual para bebês é
dividido em três partes, quais sejam:
Comentários:
História clínica: Aqui são coletadas informações sobre o parto, antecedentes familiares, problemas de
saúde e amamentação.
Exame Clínico: este se divide em duas partes - avaliação anatofuncional e avaliação da sucção não-
nutritiva e nutritiva.
Gabarito: Letra D
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De acordo com a classificação das fissuras labiopalatinas preconizada por Spina et al. (1972), tendo como
referência anatômica o forame incisivo, as figuras A D e H abaixo correspodem respectivamente a:
Centro de tratamento das Malformações Craniofaciais. Malformações Craniofaciais - Fissuras labiopalatinas. São Paulo,
2012. Disponível em: <http://ctmc.lusiada.br/malformacoes-craniofaciais/>. Acesso em: 03 jun. 2019.
a) Fissura pré-forame unilateral completa; Fissura transforame bilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.
b) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame bilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.
c) Fissura pós-forame unilateral incompleta; Fissura pós-forame bilateral completa; Fissura transforame
incompleta.
d) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame unilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.
e) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame bilateral completa; Fissura transforame
incompleta.
Comentários:
A figura A representa uma fissura pré-forame incisivo unilateral incompleta pois é anterior ao forame
incisivo e atingiu apenas o lábio.
A figura D representa uma fissura pré-forame incisivo bilateral completa pois, atingiu o forame inciso, o
lábio e o rebordo alveolar.
A figura H representa uma pós forame incompleta pois atingiu palato mole e a úvula parcialmente.
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Gabarito: Letra B
De acordo com a literatura, as fissuras labiopalatinas, podem ser categorizadas através da Classificação de
Spina (1972). Em caso de pacientes que são afetados o palato duro e o palato mole é denominado fissura
a) labial transforame.
c) labial incompleta.
Comentários:
• pré-forame incisivo: completa (atinge forame, lábio e processo alveolar) ou incompleta (atinge os
lábios)
• pós-forame incisivo: completa (alcança o forame, palato duro, palato mole e a úvula) ou
incompleta (atinge o palato duro parcialmente, o palato mole e a úvula ou o palato mole
parcialmente e a úvula).
• transforame incisivo: atravessa o forame incisivo, rompendo a maxila em toda extensão desde o
lábio até a úvula, atingindo lábio e palato.
36
Genaro, KFG Yamachita, RP Trindade,IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in Fernandes
et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014
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Gabarito: Letra B
Pode ocorrer em pacientes com fissuras labiopalatinas, é resistente à fonoterapia e, quando presente,
pode comprometer a fala de um indivíduo, de forma a torná-la ininteligível até mesmo para os familiares
mais próximos.
a) desvio fonológico.
c) disfunção temporomandibular.
d) disartria.
e) dispraxia.
Comentários:
Pacientes com fissura palatina podem apresentar distúrbios articulatórios compensatórios. Estes podem
ser entendidos como uma estratégia para compensar a capacidade de se impor pressão aérea na cavidade
oral. As articulações compensatórias mais frequentes são: golpe de glote, fricativa faríngea, plosiva
faríngea, fricativa velar, plosiva dorso médio - palatal, fricativa nasal posterior37.
Gabarito: Letra B
Paciente masculino de 08 anos, portador de fissura pré-forame incisivo completa, foi encaminhado para o
serviço de Fonoaudiologia necessitando de uma avaliação clínica da produção da fala, pois essa avaliação
37
Genaro, KFG Yamachita, RP Trindade,IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in Fernandes
et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014
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b) Ressonância e articulação.
Comentários:
Os dois aspectos mais importantes na avaliação da fala nos casos de fissura palatina são: ressonância e
articulação. A articulação para avaliação dos distúrbios compensatórios, que podem comprometer a
inteligibilidade de fala e a ressonância para avaliação da hipernasalidade, tipo de alteração mais frequente
observada em indivíduos com fissura palatina.
Gabarito: Letra B
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LISTA DE QUESTÕES
(CYMROT, Moacir et al. Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um
Hospital Pediátrico do Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.), São Paulo, v. 25, n. 4, p. 648-651, Dec. 2010)
Durante a 6ª semana de vida, o segmento intermaxiliar proveniente dos processos nasais medianos,
originará a região mediana do lábio superior e o filtrum. Caso esses processos não aconteçam de forma
adequada, ocorrem as fissuras palatinas e labiais, que podem ser manifestações isoladas ou manifestações
de síndromes genéticas e/ou consequências delas.
Nesse contexto,
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As malformações craniofaciais são alterações congênitas que envolvem a região do crânio e da face, como
as fissuras labiopalatinas, por exemplo. Classicamente, a classificação desses quadros tem como
referência a própria fissura e um acidente anatômico.
a) Septo nasal.
c) Traumatismo craniano.
d) Forame incisivo.
a) VII.
b) V.
c) VI.
d) VIII.
e) IX.
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Nos pacientes portadores de Paralisia Facial Periférica, a investigação médica deve focar nos sinais e
sintomas relacionados às principais causas desta doença. A língua plicata pode ser comumente
encontrada no caso de a Paralisia Facial ter como fator causal:
a) mandíbula fraturada.
b) doenças infecciosas.
c) diabetes melito.
e) síndrome de Melkersson-Rosenthal.
Em pacientes com paralisia facial periférica cuja lesão do nervo facial está acima da emergência no nervo
da corda do tímpano, é esperado o seguinte comprometimento:
a) diminuição do lacrimejamento.
Após uma consulta pediátrica, o bebê é encaminhado para o setor de fonoaudiologia com uma sugestão
de discussão do caso após a avaliação clínica fonoaudiológica.
Ele apresenta paralisia facial bilateral congênita por acometimento do VI e VII pares cranianos,
oftalmologia, deformação de orelha externa, micrografia, dificuldade para se alimentar, sugando com
muito esforço. Ele se cansa e não ingere alimento suficiente, mantendo baixo peso. Também apresenta
estrabismo convergente.
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a) Mohr.
b) Pierre Robin.
c) Sprintzen.
d) Moebius.
e) X frágil.
8. (VUNESP/Pref.Arujá-2015)
Caso 1: Priorizar o decúbito elevado ao alimentar, o uso de bico ortodôntico, a colocação de micropore no
lábio superior, realizar higiene oral após a alimentação e verificar a possibilidade de uso de placa palatina.
Caso 2: Priorizar a postura em decúbito prono por 24 hs por dia, postura prono ou lateral ao se alimentar,
estimular sucção não nutritiva, podendo oferecer inicialmente com bico longo, e gradativamente passar
ao ortodôntico.
A paralisia facial é uma enfermidade que provoca paresia ou paralisia total de alguns ou todos os músculos
da face, podendo ser classificada como central ou periférica. Caracteriza-se a paralisia facial periférica na
seguinte afirmativa:
a) As estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, ocasionando lesão no córtex cerebral.
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b) A lesão ocorre do núcleo para a periferia sem atingir o córtex cerebral e é causada pela paralisia dos
nervos faciais.
c) A lesão ocorre do núcleo para a periferia atingindo o córtex cerebral e é causada pela paralisia dos
nervos faciais.
d) As estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, porém sem atingir o córtex cerebral.
Alguns sinais informam dados preciosos sobre a topografia da lesão do paciente, o que torna mais fácil o
prognóstico fonoaudiológico. O sinal de Legendre, Pitres e de Bell estão relacionados intimamente com:
b) Afasia de Wernike.
d) Sincinesias.
A atuação fonoaudiológica na reabilitação dos casos de paralisia facial busca reorganizar as estruturas
responsáveis pela expressão facial e do sistema estomatognático. Portanto, o fonoaudiólogo deve ter a
competência em saber o trajeto do nervo facial, as causas e consequências da paralisia facial. A esse
respeito, assinale a alternativa incorreta.
d) A glândula parótida, o meato acústico interno e os músculos da face são regiões em que passam raízes
do nervo facial
Um paciente adulto, 35 anos, sexo masculino, compareceu à Policlínica para realização dos exames de:
audiometria tonal liminar, logoaudiometria e imitanciometria. O paciente foi encaminhado pelo médico
do centro de saúde em decorrência de um quadro de Paralisia Facial Periférica (PFP) à direita. O paciente
não relata queixas auditivas e/ou vestibulares.
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Considerando que a PFP é supraestapediana e que à audiometria o paciente apresentou limiares auditivos
dentro dos padrões de normalidade bilateralmente, assinale a alternativa correta quanto aos resultados
do exame de imitanciometria.
d) Curva timpanométrica do tipo Ad à orelha direita, tipo A à orelha esquerda, reflexo acústico
contralateral direito ausente e ipsilateral esquerdo presente.
e) Curva timpanométrica do tipo B à orelha direita, tipo A à orelha esquerda, reflexo acústico contralateral
e ipsilateral esquerdos ausentes.
A contribuição da fonoaudiologia para esses casos tem como característica a abordagem na fase
c) crítica, objetivando manipulação firme, aplicada de modo a atingir os músculos mais profundos.
A atuação fonoaudiológica junto a pacientes queimados é uma nova área de atuação da fonoaudiologia,
pois ocorrem sequelas importantes quando a região atingida é a face, pescoço ou ainda em caso de
queimadura inalatória.
I. De forma geral, os pacientes queimados de face e pescoço podem apresentar ineficiência de funções
neurovegetativas, insuficiência de movimento das estruturas da face e retração residual.
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II. As sequelas fonoaudiológicas de pacientes queimados de face e pescoço podem englobar alterações de
expressão facial (que interferem na comunicação) e no grau de abertura da boca, impactando a
inteligibilidade da fala.
III. As queimaduras inalatórias podem levar a um quadro de disfonia por alteração na mucosa do trato e
das pregas vocais.
Assinale a alternativa correta. Em recém-nascidos de baixo peso que estão fazendo uso de sonda para
nutrição, o primeiro teste de sucção nutritiva deve ser realizado:
b) No peito materno
Na amamentação natural denominada nutritiva, o bebê suga o leite materno, o que lhe proporciona
prazer oral e satisfaz a sua fome. O processo de sucção-respiração-deglutição contribui de várias formas
para o desenvolvimento da criança. Sobre os benefícios da sucção nutritiva é correto afirmar que:
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A Lei n.º 13.002/2014 torna obrigatória a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em
Bebês – Teste da Linguinha – em todos os hospitais e maternidades. Sobre esse teste, assinale a
afirmativa INCORRETA.
b) O reteste para casos de dúvida quanto à interferência do frênulo nos movimentos da língua deve ser
realizado após 30 dias de vida.
c) O teste é um exame padronizado que possibilita diagnosticar e indicar o tratamento precoce das
limitações dos movimentos da língua.
d) A frenotomia é o procedimento mais indicado para bebês que apresentam interferência do frênulo nos
movimentos da língua.
a) Recém-nascidos pré-termos podem recebê-lo, desde que tenham prontidão para a mamada e
possibilidade de estimulação oral.
b) Recém-nascidos com uso prolongado de sonda gástrica podem ter dificuldades relacionadas à
coordenação entre sucção, respiração e deglutição.
d) A técnica de sucção não nutritiva se refere à estimulação da sucção na “mama vazia”, associada a
interrupção da dieta por sonda.
e) O fonoaudiólogo é profissional capacitado e deve ser inserido nas unidades neonatais, integrado à
equipe interdisciplinar.
Analise as estratégias terapêuticas indicadas para recém nascidos pré termo, e identifique a alternativa
INCORRETA.
a) Indução de automatismos orais ausentes ou incompletos com uso de técnicas especificas coo tapping e
massagens.
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d) Estratégias de manuseio global, principalmente, para os recém nascidos com neuropatias, visando a
adequação do tônus, postura e mobilidade global.
a) A intervenção fonoaudiológica, nesses casos, é iniciada por meio da sucção não nutritiva. A sucção
não‐nutritiva é uma série de eclosões de sugadas alternadas e com pausas. A estimulação da sucção é feita
com o dedo enluvado proporcionando um aumento nas séries de eclosões de sugadas alternadas e
rítmicas. Essa estimulação, ao ser complementada com a alimentação por sonda orogástrica ou
nasogástrica, acelera a maturação do reflexo de sucção, facilitando a transição para alimentação por via
oral, auxiliando no ganho de peso e proporcionando menos tempo de hospitalização.
b) Obtido o equilíbrio do estado clínico, procede‐se a avaliação vocal do paciente. Nesse momento
define‐se a possibilidade de trabalho fonoterápico vocal com técnicas específicas, a partir das
possibilidades de produção vocal do paciente. É fundamental dar continuidade à fonoterapia no leito.
c) Realiza ações e estratégias voltadas ao estímulo ao aleitamento materno exclusivo, inclusive durante os
horários da alimentação dos recém‐nascidos. Quando são identificadas dificuldades, o suporte específico
é realizado pela equipe interdisciplinar.
e) O trabalho é realizado com o paciente no leito, ainda em breve recuperação e apresentando um quadro,
por vezes, grave de algumas patologias. O objetivo é retardar ao máximo a evolução progressiva da
doença proporcionando maior qualidade de vida e bem‐estar do paciente.
De acordo com Martinelli (2013), o protocolo específico de avaliação do frênulo lingual para bebês é
dividido em três partes, quais sejam:
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De acordo com a classificação das fissuras labiopalatinas preconizada por Spina et al. (1972), tendo como
referência anatômica o forame incisivo, as figuras A D e H abaixo correspodem respectivamente a:
Centro de tratamento das Malformações Craniofaciais. Malformações Craniofaciais - Fissuras labiopalatinas. São Paulo,
2012. Disponível em: <http://ctmc.lusiada.br/malformacoes-craniofaciais/>. Acesso em: 03 jun. 2019.
a) Fissura pré-forame unilateral completa; Fissura transforame bilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.
b) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame bilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.
c) Fissura pós-forame unilateral incompleta; Fissura pós-forame bilateral completa; Fissura transforame
incompleta.
d) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame unilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.
e) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame bilateral completa; Fissura transforame
incompleta.
De acordo com a literatura, as fissuras labiopalatinas, podem ser categorizadas através da Classificação de
Spina (1972). Em caso de pacientes que são afetados o palato duro e o palato mole é denominado fissura
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a) labial transforame.
c) labial incompleta.
Pode ocorrer em pacientes com fissuras labiopalatinas, é resistente à fonoterapia e, quando presente,
pode comprometer a fala de um indivíduo, de forma a torná-la ininteligível até mesmo para os familiares
mais próximos.
a) desvio fonológico.
c) disfunção temporomandibular.
d) disartria.
e) dispraxia.
Paciente masculino de 08 anos, portador de fissura pré-forame incisivo completa, foi encaminhado para o
serviço de Fonoaudiologia necessitando de uma avaliação clínica da produção da fala, pois essa avaliação
é a mais importante para o diagnóstico e tratamento das alterações de comunicação da fissura
labiopalatina. Assinale a alternativa que apresenta dois aspectos importantes que compõem essa
avaliação.
b) Ressonância e articulação.
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GABARITO
1. D
2. D
3. C
4. A
5. E
6. B
7. D
8. D
9. B
10. C
11. B
12. B
13. B
14. D
15. B
16. E
17. A
18. D
19. E
20. A
21. D
22. B
23. B
24. B
25. B
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