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Aula 12

POLITEC-RO (Perito Criminal Área 4 -


Fonoaudiologia) Conhecimentos
Específicos - 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Danielle Brandão

21 de Abril de 2022

Bons estudos -Bons Estudos


Danielle Brandão
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Sumário

Queimados ................................................................................................................................................. 3

Paralisia Facial ............................................................................................................................................ 5

Atuação em Neonatologia ...................................................................................................................... 12

Fissura Labiopalatina ............................................................................................................................... 25

Questões Comentadas ............................................................................................................................ 31

lista de questões ...................................................................................................................................... 56

Gabarito .................................................................................................................................................... 67

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Olá amigos do Estratégia concursos, tudo bem com vocês?

Chegamos ao último PDF do curso regular de Fonoaudiologia para concursos. Neste livro vamos falar um
pouco sobre a atuação da fonoaudiologia em neonatologia, fissuras labiopalatinas, paralisia facial e
pacientes queimados.

Então vamos começar e qualquer dúvida é só chamar! Vou deixar meu contato aqui.

Um grande Abraço e bons estudos!

Dani Brandão

Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes
sociais:

Instagram - https://www.instagram.com/fonodanibrandao/

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QUEIMADOS
A queimadura é uma forma de trauma que pode comprometer a vida do indivíduo em vários
aspectos. Quando estas lesões se localizam na face, as cicatrizes resultantes podem levar à rigidez da
mímica facial, alterando a imagem corporal e resultando em danos emocionais.

A atuação no fonoaudiólogo nesse campo é recente. Não encontrei muitas questões referentes ao
tema, apesar de constar em alguns editais, principalmente naqueles voltados para atuação hospitalar.

Antes de falar da atuação em si, precisamos entender alguns conceitos importantes. O primeiro
deles se refere a classificação das queimaduras.

As queimaduras podem ser classificadas em1 :

• Queimaduras de primeiro grau: atingem somente a camada epidérmica e se caracterizam pela


presença de vermelhidão e dor.
• Queimaduras de segundo grau: atingem toda a epiderme e uma porção da derme.
• Queimaduras de terceiro grau: são queimaduras que atingem todas as camadas da pele.

Outra divisão importante relacionada a queimaduras se se refere as etapas do tratamento. Este pode
ser dividido em:

• Fase de ressuscitação: Ocorre em geral nas primeiras 48h e busca uma resposta hemodinâmica
inicial ao trauma até que haja uma restituição da integridade capilar.
• Fase aguda: Ocorre a mobilização de fluidos acumulados durante a fase de ressuscitação,
caracterizada por intensa diurese. Tem início após 48h da queimadura e permanece até a alta
hospitalar.
• Fase de reabilitação: Tem início com a alta hospitalar e abrange o tratamento ambulatorial do
paciente, quando há eventuais sequelas. Envolve acompanhamento clínico com equipe
multidisciplinar.

A indicação do tratamento fonoaudiológico ocorre nas queimaduras de terceiro grau que atingem
cabeça e pescoço2.

1
Toledo, PN Arrunátegui, G Intervenção Fonoaudiológica em pacientes queimados in Fernandes et al, Tratado de
Fonoaudiologia, segunda edição, ed. Rocca, 2014
2 Toledo, PN Arrunátegui, G Intervenção Fonoaudiológica em pacientes queimados in Fernandes et al, Tratado de

Fonoaudiologia, segunda edição, ed. Rocca, 2014


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A indicação do tratamento fonoaudiológico ocorre nas queimaduras de terceiro grau que


atingem cabeça e pescoço3.

Na fase aguda, após as primeiras medidas tomadas pela equipe médica o fonoaudiólogo pode avaliar
funções estomatognáticas e prevenir sequelas funcionais.

No pós-cirúrgico imediato pode acompanhar o posicionamento no leito, indicação de colar cervical,


manobras de proteção e manobras facilitadoras da deglutição.

Na fase de reabilitação, a nível ambulatorial, o objetivo principal é o trabalho com as cicatrizes


buscando a redução das possíveis retrações causadas por estas.

Cicatriz é um tecido inelástico, que pode produzir ação restritiva sobre o crescimento de
outros tecidos normais que estão ao seu redor3

Os pacientes que sofrem queimadura na cabeça e no pescoço podem ter alteradas as funções
estomatognáticas tanto na fase aguda quanto na fase de reabilitação devido a sequelas que podem se
desenvolver devido a retração tecidual.

Cicatrizes na região perioral podem significar redução na mobilidade e tonicidade de lábios. A


tonicidade e mobilidade de língua e bochechas também podem estar alteradas. Estas alterações podem
impactar na expressão facial e na inteligibilidade de fala.

Em caso de queimadura na via aérea superior a região supraglótica pode ser acometida,
dificultando a produção sonora e alterando as características que identificam a voz do paciente.

3
Toledo, PN Arrunátegui, G Intervenção Fonoaudiológica em pacientes queimados in Fernandes et al, Tratado de
Fonoaudiologia, segunda edição, ed. Rocca, 2014
4

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PARALISIA FACIAL
A paralisia facial pode ser definida como uma ruptura na informação motora produzida pelo nervo
facial decorrente de uma lesão em alguma parte do seu trajeto. Antes de falar mais sobre essa patologia
precisamos entender um pouco mais sobre o nervo facial.

A paralisia facial se refere à interrupção da informação motora da musculatura facial


decorrente de uma alteração do nervo facial (VII par) em qualquer ponto do seu trajeto.4

O nervo facial recebe informações de várias estruturas encefálicas, estas estruturas enviam fibras
para o núcleo do nervo facial, que está localizado no tronco cerebral. Este nervo percorre um longo
trajeto que pode ser divido em vários segmentos5. Você pode ver no desenho abaixo o esquema
anatômico do nervo facial apresentado por Fernandes e Lazarine no livro Paralisia Facial: avaliação,
tratamento e reabilitação. Circulei em vermelho o núcleo do facial.

4
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In Fernandes
et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
5 Fernandes, M Lazarine, PR: Anatomia do nervo facial in Lazarine, PR e Fouquet, Ml – Paralisa Facial: Avaliação,

Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006


5

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Os dois ramos do nervo facial (facial e intermediário) passam pelo ângulo pontocerebelar para
entrar no meato acústico interno. O nervo facial corre lateralmente acima do vestíbulo, entre a cóclea e os
canais semicirculares. Passando entre a janela oval e o canal semicircular lateral, atinge o segmento
timpânico, de onde emerge o ramo que inerva o músculo estapédio. Mais à frente, ao entrar no segmento
mastoideo, saem as fibras do nervo corda do tímpano, que fornece inervação para glândulas
submandibulares e sublingual e fibras para degustação nos 2/3 anteriores da língua. Sendo assim, lesões
acima da emergência do nervo corda do tímpano vão resultar em diminuição da gustação dos 2/3
anteriores da língua6.

A função primária do nervo facial é a inervação motora dos músculos da mímica facial. Vamos ver agora
quais são esses músculos e suas funções7.

• Músculo frontal: eleva os supercílios.


• Músculo corrugador do supercílio: aproxima os supercílios.
• Músculo prócero: eleva e traciona a raiz do nariz.
• Músculo orbicular dos olhos: fecha as pálpebras.
• Músculo nasal: dilata e comprime a narina.
• Músculo elevador do lábio: eleva e everte o lábio superior.
• Músculo levantador do ângulo da boca
• Músculo orbicular da boca: é o esfíncter labial, promove o vedamento e a
protusão labial
• Músculo risório: traciona a comissura labial para trás.
• Músculos zigomáticos maior e menor: traciona a comissura labial para cima e
para trás.
• Músculo bucinador: mantém as bochechas tensionadas e promove sucção.
• Músculo abaixador do lábio: abaixa e everte o lábio inferior.
• Músculo abaixador do ângulo
• Músculo mentual: traciona o lábio superior para cima.
• Músculo platisma: traciona a pele do pescoço para cima.

6
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In Fernandes
et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.

7
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In Fernandes
et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
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As fibras que saem do córtex motor e se destinam ao núcleo do facial seguem dois caminhos, que
dependem da região da face a ser inervada. As fibras que inervam a porção superior da face são homo e
contralaterais. As fibras que inervam a porção inferior são exclusivamente contralaterais.

Esta informação é muito importante, pois permite diferenciar as paralisias periféricas e centrais.

Na paralisia central a lesão ocorre antes da chegada das fibras ao tronco cerebral, levando a
paralisia da porção inferior da face do lado contralateral a lesão. Este tipo de paralisia é chamado também
de supranuclear (lesões situadas acima da chegada dos núcleos faciais - acima do tronco encefálico).

Na paralisia facial periférica a lesão ocorre antes da divisão do nervo facial em ramos superficiais
(lesão no tronco principal do nervo) o que resulta em uma hemiparesia ipsilateral a lesão. (lesão acomete o
núcleo do facial a partir de neurônios motores periféricos). Pode ocorrer também acometimento de
segmentos específicos do nervo facial após a divisão na glândula parótida.

Vamos ver essa diferença entre paralisia facial e periférica na figura:

Lesões acima do núcleo do nervo facial são chamadas supranucleares e como consequência temos a
chamada paralisia facial central. Nesta há o comprometimento da porção inferior da face do lado oposto
ao da lesão.

8
https://docplayer.com.br/106130752-Paralisia-facial-periferica-diagnostico-e-tratamento.html
7

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Lesões no nervo facial vão resultar em paralisia facial periférica. Nesta há o comprometimento da
metade da face(hemiface) do mesmo lado (ipsilateral) da lesão.

Vou colocar novamente a figura que apresentei anteriormente reforçando o local da face comprometido
em cada tipo de paralisia.

Então mais uma vez: na primeira figura temos um exemplo de paralisia facial periférica pois a
lesão ocorreu no nervo facial. Neste tipo de paralisia temos o comprometimento de hemiface ipsilateral a
lesão.

Na segunda figura temos um exemplo de paralisia facial central pois a lesão ocorreu antes da
chegada das fibras nervosas ao tronco cerebral, ou seja, é uma lesão supranuclear. Neste tipo de paralisia
temos o comprometimento da porção inferior da face contralateral a lesão.

Esta divisão em paralisia facial central e periférica é a chamada divisão clássica. Existe ainda a
divisão que classifica a paralisia em supranuclear, nuclear e infranuclear.

Independe da divisão, a avaliação dos sintomas apresentados pelo paciente, associados a avaliação
complementar é que determinarão o tipo de comprometimento.

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Os sintomas apresentados por um indivíduo com paralisia facial podem ser: ardor no olho,
lacrimejamento, lábios desviados e falta de expressão facial. Além disso, alguns sinais podem estar
presentes na face paralisada.

De acordo com Mitre, Giancoli, e Lazarine9 o indivíduo com paralisia facial pode apresentar:

• Sinal de Bell: desvio do globo ocular para cima e para fora durante a tentativa de fechamento
facial na paralisia facial periférica.
• Sinal de Pitres: aspecto de raquete ou ovalóide da comissura labial quando o paciente tenta abrir a
boca, presente nos casos de paralisia facial periférica.
• Sinal de Legendre: diminuição da força do músculo orbicular da pálpebra no lado paralisado na
tentativa de fechar os olhos, presente nos casos de paralisia facial periférica.

Os sinais clínicos de acordo com a lesão, de acordo com Mitre, EI, Giancoli, SM e Lazarine, PR9 são:

Manifestação Supranuclear (central) Nuclear (periférica) Infranuclear (periférica)


Paralisia hemiface Metade inferir Toda Toda
Sinal de Bell Não Sim Sim
Paralisia de membros/ Sim Não Não

língua
Lacrimejamento Normal Normal Normal/alterado
Reflexos dos nervos Normais Ausentes Ausentes
faciais
Outros nervos cranianos Não Sim Não
Ataxia Sim Sim Não

A maioria das paralisias periféricas é de causa idiopática, e são denominadas de paralisia de Bell.
Na paralisia de Bell há uma paralisia da hemiface que ocorre de forma aguda, não contagiosa, isolada ou
acompanhada.

A contratura muscular é um dos sinais clínicos relacionados a paralisia facial periférica e se


caracteriza pelo aumento do tônus em um determinado grupo muscular de uma hemiface e pode aparecer
durante a recuperação da paralisia.

As principais causas da paralisia facial periférica são10:

• Nascimento (Congênita: isolada, sindrômica, sequência de Möbius, malformação do VII-VIII


par/Adquirida- trauma por fórceps)
• Trauma
• Iatrogênica
• Metabólica
• Hormonal

9
Mitre, EI, Giancoli, SM e Lazarine, PR: Avaliação clínica da Paralisia Facial Periférica in Lazarine, PR e Fouquet, Ml –
Paralisa Facial: Avaliação, Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
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• Vascular
• Neurológica
• Infecção
• Sistêmica
• Neoplásica
• Outras: Síndrome de Melkersson-Rosenthal. Este quadro apresenta etiologia desconhecida. O
quadro completo se caracteriza por paralisia facial periférica de instalação súbita, edema na
hemiface paralisada e nos lábios e no decorrer do tempo observa-se língua plicata ou fissurada10.
• A síndrome de Guillain-Barré é uma das principais causas neurológicas de paralisia facial periférica
bilateral.

Algumas características da sequência de Möbius:

Paralisia facial bilateral

Doença congênita rara

paralisia do nervo abducente uni e bilateral

anomalias de extremidade

envolve outros pares cranianos.

Como vimos no quadro de sinais clínicos, na paralisia facial periférica podemos ter alteração de
outros pares cranianos que estão próximos do facial, como o núcleo do nervo abducente, do trigêmeo e do
nervo vestíbulo-coclear. Por esta razão, deve ser realizada a avaliação auditiva destes pacientes.

A imitanciometria está entre os exames utilizados na avaliação complementar dos casos de


paralisia facial periférica. Este exame permite a pesquisa do reflexo do músculo estapédio, inervado pelo
ramo estapediano do nervo facial, possibilitando o topodiagnóstico da lesão: se a lesão estiver acima do
ramo que inerva o músculo estapédio os reflexos deste lado estarão ausentes. Se estiver abaixo os reflexos
estarão presentes. A mobilidade da membrana timpânica está preservada, logo nesses casos a curva
apresentada timpanométrica apresentada é do tipo A.

10
Lazarine, PR Almeida, R Etiologia da Paralisia Facial Periférica in Lazarine, PR e Fouquet, Ml – Paralisa Facial: Avaliação,
Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
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(CESGRANRIO /UNIRIO-2016)
No contexto da paralisia facial, o conhecimento neuroanatômico e o funcional norteiam o diagnóstico.
Quando a lesão na via motora facial ocorre antes da chegada das fibras nervosas ao tronco cerebral,
ocorre a paralisia na porção inferior da face com preservação da porção superior.
Esse tipo de manifestação clínica decorre de
a) acometimento infranuclear, com déficit motor da face contralateral à lesão.
b) comprometimento dos núcleos dos nervos cranianos de origem periférica.
c) alterações supranucleares, de característica transitória, ipsilaterais à lesão.
d) interrupções da informação motora, comprometendo face ipsilateral à lesão.
e) manifestações de origem supranucleares, com o deficit contralateral à lesão.
Comentários:
Lesões acima do núcleo do nervo facial são chamadas supranucleares e como consequência temos a
chamada paralisia facial central. Nesta há o comprometimento da porção inferior da face do lado oposto
ao da lesão.
Gabarito: Letra E
(IBFC/pref. C Sto. Agostinho-2019)
As paralisias faciais quando acometem o indivíduo trazem prejuízos em diversas funções como na
alimentação e na fala, além do prejuízo estético. Elas podem ser classificadas em centrais e periféricas e
em ambos os casos, a atuação fonoaudiológica se faz necessária. No contexto das paralisias faciais,
analise as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou falso (F).

( ) A paralisia facial central pode ser causada por acidentes vasculares cerebrais e traumatismos
cranioencefálicos e apresenta maior gravidade, pois, compromete toda a hemiface do paciente.

( ) Os sintomas apresentados por um indivíduo com paralisia facial podem ser: ardor no olho,
lacrimejamento, lábios desviados e falta de expressão facial.
( ) A maioria das paralisias faciais centrais é de causa idiopática, a denominada paralisia de Bell.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) F, V, F
b) F, F, F
c) V, V, F
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d) F, V, V
Comentários:
A paralisia facial central compromete a porção inferior da face do lado contrário à lesão. (afirmativa I -
falsa) Os sintomas apresentados por um indivíduo com paralisia facial podem ser: ardor no olho,
lacrimejamento, lábios desviados e falta de expressão facial.
Os sintomas apresentados por um indivíduo com paralisia facial podem ser: ardor no olho,
lacrimejamento, lábios desviados e falta de expressão facial. (afirmativa II - verdadeira)
A maioria das paralisias periféricas é de causa idiopática, denominada paralisia de Bell.
Gabarito: Letra A

ATUAÇÃO EM NEONATOLOGIA
A atuação do Fonoaudiólogo junto ao recém-nascido (RN) tem sido tema frequente de algumas
bancas. Esta atuação pode ocorrer em unidades de terapia intensiva neonatal, alojamento conjunto (mãe
e bebê no mesmo quarto), unidade canguru ou até ambulatorialmente no seguimento dos bebês que
necessitam de cuidados continuados.

Além do trabalho relacionado a questão da disfagia infantil, incentivo ao aleitamento materno e


ações mais diretas relacionadas as funções orais, o fonoaudiólogo que atua nas maternidades também vai
participar de programas de triagens auditivas neonatais (TANU).

Vamos rever (PDF sobre audiologia traz o tema em mais detalhes) alguns pontos relacionados a
triagem auditiva neonatal.

 A triagem auditiva neonatal deve ser realizada em TODAS as maternidades e em TODOS recém-
nascidos

Deve ser realizada preferencialmente nos primeiros dias de vida (24h a 48h) na maternidade, e, no
máximo, durante o primeiro mês de vida, a não ser em casos quando a saúde da criança não permita a
realização dos exames

No caso de nascimentos que ocorram em domicílio, fora do ambiente hospitalar, ou em maternidades
sem triagem auditiva, a realização do teste deverá ocorrer no primeiro mês de vida

Deve ser organizada em duas etapas (teste e reteste), no primeiro mês de vida.

São capacitados para a realização da TAN, médicos e fonoaudiólogos, devidamente registrados nos
conselhos profissionais de suas regiões.

Para a realização do registro das EOAE é necessária a integridade anatômica da orelha externa e média.
(vimos essa questão na sessão sobre EOA)

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A triagem seguirá dois protocolos diferentes um para crianças com Risco e outro para crianças SEM
Risco.

Nas crianças com baixo risco auditivo optamos pela triagem por EOA por ser um exame rápido e
simples que permite avaliar a integridade da cóclea.

Pode ocorrer de nas primeiras horas de vida a criança ainda estar com muito vêrnix (substância que
cobre a pele do bebê no momento do nascimento) e acabar falhando no exame. Isso não quer dizer que
esta criança apresenta problema auditivo e sim que precisamos repetir o exame antes da alta.

As emissões otoacústicas sofrem grandes influência da orelha média, então se o conduto auditivo
permanece com vêrnix o exame por EOA vai continuar falhando e devemos optar pela realização do
PEATE automático, pois as respostas desse exame não são influenciadas pelas condições da orelha média.
Caso o bebê apresente falha nesse exame devemos marcar um reteste para 30 dias.

Seguem as etapas por ordem de realização para as crianças com baixo risco auditivo:

1.Realização de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE), antes da alta hospitalar.

2.Caso não se obtenha resposta satisfatória, repetir o registro das EOAE. O registro das
EOAE não deve ser realizado mais do que duas vezes (EOAE-1 e EOAE-2).

3.Na persistência da falha, realizar o Peate-Automático (Peate-A) ou em modo triagem,


em 35 dBnNA, antes da alta hospitalar (teste).

4.Caso a resposta não seja satisfatória, o neonato deverá retornar (reteste) no período de
30 dias para nova avaliação com Peate-A em 35 dBnNA.

Nas crianças com Alto Risco de perda auditiva optamos por realizar a testagem inicial com o
PEATE- automático, pois este é capaz de identificar perdas retrococleares, mais comuns nesse grupo.
Antes de 2012 não havia essa recomendação e muitas crianças com perdas retrococleares acabavam
tendo diagnóstico tardio, por isso a mudança.

Seguem das etapas por ordem de realização:

1)Teste será realizado com Peate-A ou em modo triagem (teste), em 35 dBnNA.

2)Caso a resposta não seja satisfatória, o neonato deverá retornar (reteste) no período de
30 dias para nova avaliação com Peate-A em 35 dBnNA.

3)Os neonatos com malformação de orelha externa, mesmo que unilateral, deverão ser
encaminhados imediatamente para avaliação otorrinolaringológica e audiológica, em
centros de referência especializados.

A realização da etapa de reteste deverá acontecer no período de até 30 dias após o teste
tanto para as crianças com indicador de risco e sem indicador de risco. Deve ser

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realizado em ambas as orelhas, mesmo que a falha no teste tenha ocorrido de forma
unilateral. Deve ser realizado o Peate-A ou em modo triagem, em 35 dBnNA. No caso de
Falha os bebês devem ser encaminhados para avaliação otorrinolaringológica e
audiológica.

Uma outra triagem, que começou a fazer parte da rotina hospitalar a partir de 2014, que também
pode ser realizada por fonoaudiólogos é o teste da linguinha. Este teste tem como objetivo principal a
avaliação do frênulo da língua em bebês e pode ser realizado por qualquer profissional de saúde
habilitado.

A língua possui em sua face inferior uma pequena prega de membrana mucosa,
denominada frênulo da língua, que a conecta ao assoalho da boca. Essa membrana pode
limitar os movimentos da língua em graus variados, dependendo da porção de tecido
residual que não sofreu apoptose durante o desenvolvimento embrionário11.

O protocolo do teste é dividido em história clínica, avaliação anatomofuncional e avaliação de


sucção não nutritiva e nutritiva. Entretanto, para a triagem neonatal, realizada nas primeiras 48 horas de
vida, deverá ser realizada apenas a avaliação anatomofuncional. Caso o bebê apresente alteração no teste
o reteste deve ser realizado após 30 dias de vida.

Vou colocar aqui uma foto de um bebê que avaliei recentemente na maternidade. Quando cheguei
no plantão a equipe relatou que a criança não estava conseguindo sugar, apesar de todo apoio.

Na avaliação observei que o frênulo limitava os movimentos de língua. A frenotomia foi realizada
na maternidade pela pediatra e pouco depois o bebê já estava sugando.

11
MARTINELLI, Roberta Lopes de Castro; MARCHESAN, Irene Queiroz; BERRETIN-FELIX, Giédre. Protocolo de avaliação
do frênulo lingual para bebês: relação entre aspectos anatômicos e funcionais. Rev. CEFAC, São Paulo , v. 15, n. 3, p. 599-
610, June 2013
14

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A lei nº 13.002, de 20 junho 2014 torna o teste obrigatório em todas as maternidades e hospitais,
fazendo do Brasil pioneiro na iniciativa.

Para realização da triagem neonatal

Para a triagem neonatal (realizada nas primeiras 48 horas após o nascimento) é realizada
somente a avaliação anatomofuncional do bebê, considerando que o bebê demora de 15
a 20 dias para se adaptar às novas condições de vida. Esta avaliação inicial permite
diagnosticar os casos mais severos e indicar a frenotomia lingual (pique na língua) já na
maternidade. Se a soma total dos escores da avaliação anatomofuncional do protocolo
for igual ou maior que 7, pode-se considerar a interferência do frênulo nos movimentos
da língua e orientar a família sobre a necessidade da cirurgia. A única parte do protocolo
que pode ser aplicada, e os seus escores considerados de forma isolada, é a avaliação
anatomofuncional.

Nos casos onde houver dúvida, (normalmente quando o escore total da avaliação
anatomofuncional for entre 5 e 6), ou não for possível visualizar o frênulo lingual, o bebê
é encaminhado para reteste com 30 dias de vida, sendo que os pais devem ser orientados

15

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sobre possíveis dificuldades na amamentação, para que não ocorra o desmame precoce
nesse período12.

De forma resumida, vou apresentar para você os pontos chave relacionados ao teste da linguinha. Então
vamos lá!

Teste da Linguinha13

A avaliação do frênulo lingual é obrigatória em bebês de todos hospitais e maternidades.

O Brasil é o primeiro País a oferecer o teste em todas as maternidades.

O exame possibilita diagnosticar e indicar tratamento precoce para limitações do movimento de língua.

Deve ser realizado por profissional de saúde qualificado.

A liberação do frênulo lingual deve ser realizada por médico ou dentista.

O bebê deve fazer o exame o mais cedo possível, de preferência no primeiro mês de vida.

O protocolo do teste é dividido em: história clínica, avaliação anatofuncional e avaliação da sucção não-
nutritiva e nutritiva.

História clínica são coletadas informações sobre o parto, antecedentes familiares, problemas de saúde e
amamentação.

O protocolo pode ser aplicado por partes até o sexto mês de vida.

A triagem neonatal é realizada nas primeiras 48h de vida. Nela só é realizada a avaliação
anatomofuncional do protocolo pois o bebê demora de 15/20 dias para se adaptar as condições de vida.

 O exame permite identificar casos mais severos e identificar frenotomia ainda na maternidade.

O protocolo tem pontuações de acordo com cada item avaliado. Se o score (soma dos pontos) for maior
ou igual a 7 se considera interferência do frênulo na movimentação de língua.

12
https://www.sbfa.org.br/fono2014/pdf/testelinguinha_2014_livro.pdf
13
https://www.sbfa.org.br/fono2014/pdf/testelinguinha_2014_livro.pdf
16

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A avaliação anatomofuncional é uma parte do protocolo que pode ser aplicada de forma isolada.

No caso de dúvida e score 5 e 6 deve ser realizado reteste com 30 dias de vida.

O reteste deve realizado após 30 dias com aplicação do protocolo completo. Se a soma for maior ou
igual a 13 pontos considera-se interferência na movimentação de língua e a cirurgia é indicada.

Se for só realizada avaliação anatomofuncional e avaliação da sucção (no reteste) deve-se considerar
score maior ou igual a 9 indicando interferência no frênulo.

Os procedimentos que podem ser indicados são: frenectomia, frenuloplastia e frenotomia.

Frenectomia: remove o frênulo lingual

Frenuloplastia: reposição cirúrgica do frênulo

Frenotomia: corte e divulsão (separação de tecidos) do frênulo lingual.

Os procedimentos que podem ser indicados após a realização do teste da linguinha são:
frenectomia, frenuloplastia e frenotomia.

Vamos passar agora para atuação do fonoaudiólogo em bebês ou neonatos relacionada a


adequação das funções do sistema estomatognático.

Recém-nascidos prematuros (nascidos com menos de 37 semanas) ou que apresentam outras


patologias podem necessitar ficar internados em unidades de terapia intensiva ou unidades intermediárias
e muitas vezes podem estar impossibilitados de sugar ou apresentar dificuldades nesta função, o que pode
demandar o uso de sondas enterais para alimentação.

Muitas vezes, bebês a termo (nascidos com 37 semanas ou mais) também apresentam dificuldades
relacionadas a sucção e adaptação ao seio materno. Nesses casos a atuação geralmente acontece nas
enfermarias, nos chamados alojamentos conjuntos, onde mãe e bebês ficam juntos e vai ter como
objetivo principal a promoção do aleitamento materno.

O incentivo ao aleitamento materno ganhou grande força a partir da década de 90 devido as inúmeras
vantagens desta prática para bebês e mães. O fonoaudiólogo faz parte das equipes multidisciplinares que
atuam no apoio as mães.

17

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Foram criadas algumas iniciativas para incentivo ao aleitamento, entre elas, o Hospital Amigo da
Criança. Este título é concedido a todas as maternidades que seguem critérios pré-estabelecidos através
dos dez passos para o sucesso do aleitamento materno.

O principal objetivo de toda equipe que atua em um hospital amigo da criança é promover a
amamentação e prevenir o desmame precoce.

Você pode ler mais sobre a questão do aleitamento materno, hospital amigo da criança e método
canguru no nosso PDF 00 sobre políticas públicas.

Vamos voltar agora a questão da adequação das funções orais. Nas unidades neonatais, quando é
solicitada uma avaliação fonoaudiológica do recém-nascido, nosso primeiro passo é observar o
prontuário. Neste vamos obter dados da história clínica do bebê, idade gestacional do nascimento, peso,
síndromes associadas, entre outras.

Precisamos observar se o bebê está alerta ou sonolento porque isso pode influenciar na sua
resposta. O tempo da intervenção não deve ser muito longo, e nosso termômetro para continuar ou não a
intervenção deve ser a ocorrência de sinais de estresse do bebê tais como: choro, aumento da frequência
respiratória, sonolência, entre outros.

No RN pré-termo nem sempre os reflexos orais estão presentes de maneira satisfatória, por isso a
importância da realização de técnicas indutoras, massagens, estímulo através da sucção não nutritiva para
que o bebê possa evoluir em relação ao seu padrão de sucção. Pode ser utilizada estimulação tátil e
gustativa, utilizando toques em região peri e intra oral, sucção não nutritiva associada a alimentação por
sonda, entre outros. Nesses casos não é utilizada estimulação térmica gelada, somente no caso de
presença de hipotonia facial optamos por essa técnica.

Como muitas vezes o bebê prematuro apresenta um padrão débil de sucção e incoordenação
sucção/respiração/deglutição o trabalho geralmente tem início com estímulo da sucção não nutritiva. A
estimulação da sucção é feita com o dedo enluvado proporcionando um aumento nas séries de eclosões
de sugadas alternadas e rítmicas. Essa estimulação, ao ser complementada com a alimentação por sonda
orogástrica ou nasogástrica, acelera a maturação do reflexo de sucção, facilitando a transição para
alimentação por via oral, auxiliando no ganho de peso e proporcionando menos tempo de
hospitalização.14

A técnica de sucção não nutritiva se refere à estimulação da sucção através da introdução do dedo
do profissional na boca do RN, sem o oferecimento de líquidos.

14
Hernandez, AM Atuação fonoaudiológica com sistema estomatognático e alimentação in Hernandez(org.) -
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18

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15

O aleitamento materno exclusivo é trabalhado quando o bebê apresenta condições para esse
estímulo. Muitas vezes os bebês precisam usar sondas para alimentação, apresentam condições que
necessitam suporte respiratório e o aleitamento materno exclusivo precisa ser adiado para o momento
oportuno.

Nos recém-nascidos baixo peso, principalmente aqueles que estão nas unidades canguru, o
principal objetivo do trabalho fonoaudiológico é o estabelecimento do aleitamento materno, pelas
inúmeras vantagens que esta prática representa para estes bebês. Desta forma, quando possível, o
primeiro teste da sucção nutritiva, ou seja, a sucção onde há o oferecimento de alimento, esta deve ser
feita no seio materno.

Entre as vantagens do aleitamento materno temos: proteção contra doenças, crescimento e


desenvolvimento harmônico da face, estímulo ao crescimento da mandíbula, fortalecimento do vínculo
mãe-bebê, coordenação sucção-respiração-deglutição.

Nos hospitais amigos da criança o uso de mamadeiras e chupetas é limitado a casos específicos.
Quando o bebê não consegue sugar o seio materno o alimento pode oferecido no copinho.

Essa opção pela escolha do copinho e não do bico acontece para que possa ser evitada a chamada
"confusão de bicos". Esta é gerada por padrões diferentes na sucção da mamadeira e no seio, que pode
fazer o bebê abandonar o aleitamento materno.

O esforço realizado na sucção do seio e da mamadeira são diferentes. O processo de aleitamento


na mamadeira é mais curto o que faz que nem todas as necessidades fisiológicas e neurológicas do RN
sejam satisfeitas.

15
ALVES, Yasmin Vieira Teixeira et al. Avaliação da sucção não nutritiva de recém-nascidos a termo e sua relação com o
desempenho da mamada. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, v. 19, n. 3, p. 621-630, Sept. 2019
19

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A indicação de bicos artificiais pode ocorrer em algumas situações específicas, como por exemplo
nos bebês com fissura palatina que não conseguiram evoluir bem na sucção do seio materno. Mas, todas
as indicações vão respeitar normas e rotinas estabelecidas previamente pela equipe.

Estou descrevendo aqui a realidade dos hospitais amigos da criança, em muitas maternidades
ocorre o uso de mamadeiras para alimentação de RNs, no entanto nos concursos a prática nos hospitais
amigos da criança é que costumam ser cobradas.

Vou destacar agora alguns pontos importantes relacionados ao recém-nascidos descritos por
Hernandez16.

A prontidão do recém-nascido para alimentação e a competência na sucção refletem


sua condição de saúde geral e neurológica.

O plano de desenvolvimento motor do recém-nascido segue o sentido céfalo-caudal


para o plano vertical e próximo distal para o plano horizontal.

O padrão postural básico do recém-nascido à termo é de flexão, com exceção da


cintura escapular e cabeça que apresentam extensão para garantir o espaço aéreo e a
sobrevivência.

Os reflexos orais podem ser divididos em adaptativos e protetivos.

Reflexos protetivos: são aqueles que protegem as vias aéreas durante a alimentação.
São eles: reflexo de mordida, tosse, vômito ou nauseante (GAG)

Reflexos adaptativos são importantes para aquisição da condição alimentar. São eles:
reflexo de busca ou quatro pontos cardeais, sucção e deglutição.

Após o nascimento a sucção permanece como um ato reflexo até o quarto mês de vida
do bebê.

 A sucção se desenvolve a partir de dois padrões: suckling e sucking. O sukling é o


primeiro a se desenvolver, representa a movimentação da língua para trás e para frente
durante a sucção (sucção por lambidas). O sucking aparece por volta do sexto mês de

16
Hernandez, AM Atuação fonoaudiológica com sistema estomatognático e alimentação in Hernandez(org.) -
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idade cronológica do bebê, nessa fase os músculos da língua já apresentam força


(realizam movimentos de elevação e abaixamento) e a mandíbula já realiza movimentos
verticais.

O bebê apresenta condições de coordenar sucção e deglutição com a terceira função,


ou seja, com a respiração a partir da 34ª semana.

A mesma autora (Hernandez17) propõe estratégias para atuação nas dificuldades específicas de
alimentação de acordo com sintomas apresentados pelo recém-nascidos. Vamos ver algumas delas.

Sintoma Estratégia
Hipotonia Facial postura com estabilidade- tapping- estimulação
térmica frio
Hipertonia Manuseio global para adequação do tônus
Pouco vedamento labial Estimular com massagens em orbicular e vestíbulo
labial
Ausência de reflexos Estimulação tátil, térmica e/ou gustativa
Refluxo gastroesofágico Posicionar em decúbito elevado 24h por dia, evitar
manuseio pós-dieta.

As anomalias orofaciais congênitas são aquelas originadas ainda no período intraútero, entre elas
temos a fissura labiopalatina. Nesses casos o decúbito elevado ao oferecer o alimento para o recém-
nascido deve ser priorizado para evitar a regurgitação nasal que ocorre em decorrência da fissura. O bico
ortodôntico é uma opção nos casos onde não houve sucesso no aleitamento materno. O micropore no
lábio superior pode ser uma alternativa nos casos de fissura de lábio, usado com objetivo de auxiliar no
vedamento labial. A placa palatina é uma opção que pode ser usada em recém-nascidos até o momento
adequado da realização da cirurgia e que pode auxiliar na alimentação.

Uma outra alteração que pode estar presente no recém-nascido é a sequência de Pierre Robin.
Esta é uma anomalia em que a fissura palatina está geralmente associada. Além disso se caracteriza por
mais duas condições:micrognatia (tamanho da mandíbula reduzido) e glossoptose (queda ou retração de
língua). A obstrução das vias aéreas superiores é uma das principais complicações dessa anomalia, por

17
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esta razão a prevalência do decúbito em prono (barriga para baixo) 24 horas por dia. As dificuldades na
alimentação estão associadas principalmente a obstrução respiratória18.

Para finalizar, vamos relembrar os reflexos orais que podem estar presentes no recém-nascido, o
estímulo necessário para iniciar esse reflexo e até quando ele está presente.

Alguns reflexos orais vão desaparecer em uma determinada idade do bebê e outros permanecem. Vamos
ver cada um deles.19

Reflexos Infantis Orais


Reflexo Estímulo Idade do desaparecimento
Gag ou reflexo de vômito Toque na região posterior da Persiste
língua ou faringe
Mordida fásica Pressão nas gengivas 9-12 meses

Língua Protrusa Toque na língua ou lábios 4-6 meses

Transversa 6-9 meses

Suckling Mamadeira na boca ou toque na 6-12 meses


ponta da língua
Reflexo de busca Toque no canto da boca 3-6 meses
Deglutição Bolo alimentar na faringe Persiste

18
Nassar, E Atendimento Fonoaudiológico de bebês de bebês portadores de anomalias orofaciais com disfagia
orofaríngea in Hernandez(org.) Conhecimentos essenciais para atender bem o neonato – editora pulso – 2003.
19 Guedes,ZCF: Síndromes Craniofaciais e o Desenvolvimento Motor Oral in Tratado das Especialidades em

Fonoaudiologia.1 ed.São Paulo : Guanabara Koogan Ltda, 2014


22

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(QUADRIX /perf. Cristalina-2018)


O Projeto de Lei n.º 4.832/2012, de autoria do deputado federal Onofre Santo Agostini, que “obriga a
realização do protocolo de avaliação do frênulo da língua em bebês, em todos os hospitais e maternidades
do Brasil”, foi sancionado pela presidência da República e se converteu na Lei n.º 13.002/2014. Sendo
assim, de acordo com o protocolo sugerido pela fonoaudióloga Roberta Martinelli, assinale a alternativa
correta a respeito do teste da linguinha.
a) O teste da linguinha deve ser realizado exclusivamente pelo fonoaudiólogo. A avaliação não tem
contraindicações e recomenda‐se que seja inicialmente realizada na maternidade. Essa avaliação inicial
permite identificar inclusive os casos mais leves e indicá‐los para procedimento de liberação de frênulo,
que deverá ser realizado quando o bebê estiver com um mês de vida.
b) O protocolo é dividido em história clínica, avaliação anatomofuncional e avaliação de sucção não
nutritiva e nutritiva. Entretanto, para a triagem neonatal, realizada nas primeiras 48 horas de vida, deverá
ser realizada apenas a avaliação anatomofuncional.
c) O reteste é indicado para todos os bebês avaliados ainda na maternidade e deverá ser realizado com
três meses de vida.
d) Na avaliação anatomofuncional, são avaliados a movimentação da língua, o ritmo da sucção, a
coordenação entre sucção/deglutição/respiração e os estalos de língua durante a sucção.
e) O procedimento para liberação do frênulo lingual pode ser realizado pelo enfermeiro da unidade básica
de saúde. Para bebês, a frenectomia, remoção do frênulo lingual, é a técnica mais indicada.
Comentários:
O teste pode ser realizado por qualquer profissional de saúde habilitado.
O protocolo é dividido em história clínica, avaliação anatomofuncional e avaliação de sucção não nutritiva
e nutritiva. Entretanto, para a triagem neonatal, realizada nas primeiras 48 horas de vida, deverá ser
realizada apenas a avaliação anatomofuncional.
O reteste deve ser realizado após 30 dias de vida.
Procedimento deve ser realizado pelo médico ou dentista. Frenotomia é o procedimento mais indicado
para bebês.
Gabarito: Letra B
QUADRIX - Fonoaudiólogo Escolar (Pref. Cristalina) /2018
O aleitamento materno, além dos benefícios nutricionais, imunológicos, emocionais e econômico‐sociais,
amplamente divulgados na literatura, também tem efeitos positivos na saúde fonoaudiológica, uma vez
que está relacionado ao crescimento e ao desenvolvimento craniofacial e motor oral do recém‐nascido.
Com relação à amamentação, assinale a alternativa correta.
a) O bebê realiza o mesmo esforço físico quando se alimenta com a extração do leite em seio materno e
quando suga o leite na mamadeira.
b) Em um recém‐nascido prematuro, internado em uma unidade de terapia intensiva neonatal, a avaliação
fonoaudiológica deve ser iniciada com a realização da anamnese com a mãe, para levantamento das

23

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informações necessárias para a compreensão da problemática da criança. Em seguida, deve‐se realizar


avaliação da sucção em seio materno.
c) A intervenção fonoaudiológica realizada no ambiente da unidade neonatal deve ser de, no mínimo, 45
minutos, visto que muitas funções devem ser trabalhadas no mesmo atendimento. O recém‐nascido
prematuro passa a maior parte do tempo dormindo; por esse motivo, suporta ser manipulado por longos
períodos e dificilmente apresenta sinais de fadiga.
d) Com o estímulo da sucção não nutritiva, o recém‐nascido é capaz de adquirir um padrão de sucção
adequado, com pausas respiratórias, ritmo e coordenação sucção/deglutição/respiração.
e) Alteração no padrão respiratório, tremores de língua e mandíbula e batimento de asa de nariz são
alguns sinais de estresse fornecidos pelo recém‐nascido. A presença desses sinais indica que a estimulação
está sendo efetiva e deve ser continuada
Comentários:
O esforço realizado na sucção do seio e da mamadeira são diferentes. O processo de aleitamento na
mamadeira é mais curto o que faz que nem todas as necessidades fisiológicas e neurológicas do RN sejam
satisfeitas.
Na uti neonatal os dados sobre a história clínica do RN devem ser obtidos no prontuário.
A intervenção deve ser breve e respeitar os sinais de estresse apresentados pelo RN. A presença destes
sinais indica que a estimulação deve ser interrompida.
Gabarito: Letra D
PR4 (UFRJ) - Fonoaudiólogo (UFRJ)/Geral/2018
A amamentação é definida por um processo muito complexo e determinada biologicamente, abrangendo
aspectos individuais e a atuação de políticas públicas, com a participação interdisciplinar dos profissionais
de saúde.
Assinale a alternativa que descreve corretamente, quanto à amamentação, o principal objetivo da atuação
fonoaudiológica junto à equipe interdisciplinar, na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).
a) Diagnosticar as disfunções orais do recém-nascido.
b) Regularizar a utilização de bicos artificiais no neonato.
c) Controlar a luminosidade e ruídos excessivos.
d) Implantar programas de estimulação oral.
e) Promover a amamentação e prevenir o desmame precoce.
Comentários:
O principal objetivo de toda equipe que atua em um hospital amigo da criança é promover a
amamentação e prevenir o desmame precoce.
Gabarito: Letra E

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FISSURA LABIOPALATINA
A fissura labiopalatina pode ser entendida como uma anomalia craniofacial decorrente da falta de
fusão dos processos embrionários responsáveis pela formação da face e do palato ainda na vida
intraútero21.Podem ser uni ou bilaterais ou medianas. Atingir lábio, palato ou ambos simultaneamente.

Durante a 6ª semana de vida, o segmento intermaxiliar proveniente dos processos nasais


medianos, originará a região mediana do lábio superior e o filtrum. Caso esses processos
não aconteçam de forma adequada, ocorrem as fissuras palatinas e labiais, que podem
ser manifestações isoladas ou manifestações de síndromes genéticas e/ou consequências
delas.20

Existem várias classificações para as fissuras, sendo a de Spina a mais utilizada e a que mais
aparece nos concursos. A classificação clássica proposta por Spina21 toma como ponto de referência o
forame incisivo.

20
(GUEDES, Z.C.F. Síndromes Craniofaciais e o Desenvolvimento Motor Oral. Tratado de Especialidades em
Fonoaudiologia, 2014)
21 Genaro, KFG Yamashita, RP Trindade, IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in

Fernandes et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014


25

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De acordo com as Spina22 as fissuras podem ser:

• pré-forame incisivo: completa (atinge forame, lábio e processo alveolar) ou incompleta (atinge os
lábios)
• pós-forame incisivo: completa (alcança o forame, palato duro, palato mole e a úvula) ou
incompleta (atinge o palato duro parcialmente, o palato mole e a úvula ou o palato mole
parcialmente e a úvula).
• transforame incisivo: atravessa o forame incisivo, rompendo a maxila em toda extensão desde o
lábio até a úvula, atingindo lábio e palato.

Esses tipos de fissura podem estar presentes simultaneamente. Além das modalidades acima ainda
existem mais dois tipos de fissura que não estão na classificação de Spina.

• Fissura de palato submucosa clássica: indivíduo vai apresentar úvula bífida, diástase da
musculatura de palato mole e entalhe ósseo na porção posterior do palato.
• Fissura de palato oculta: Anormalidade do palato mole caracterizada pelo mau posicionamento
dos músculos, apesar de o palato mole se apresentar íntegro ao exame clínico.

Vamos ver uma imagem com alguns tipos de fissura para que a memorização possa ficar mais fácil.

23

• Figura A: Fissura pré-forame incisivo unilateral incompleta


• Figura B: Fissura pré-forame incisivo bilateral incompleta
• Figura C: Fissura pré-forame incisivo unilateral incompleta
• Figura D: Fissura pré-forame incisivo bilateral completa
• Figura E:Fissura transforame unilateral

22
Genaro, KFG Yamashita, RP Trindade, IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in
Fernandes et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014
23
(CYMROT, Moacir et al. Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um Hospital Pediátrico do
Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.), São Paulo, v. 25, n. 4, p. 648-651, Dec. 2010)

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• Figura F:Fissura transforame bilateral


• Figura G:Fissura pós-forame completa
• Figura H:Fissura pós-forame incompleta

Sérios problemas de comunicação podem estar associados as fissuras, independente do


acometimento ou não do lábio. Entre os principais problemas observados temos: ressonância hipernasal e
escape de ar nasal. Estes podem ser decorrentes de vários fatores: fissura aberta, disfunção velofaríngea
ou disfunção velofaríngea decorrente do insucesso na correção cirúrgica, alterações dentárias, perdas de
audição etc.24

A disfunção velofaríngea pode ser entendida como uma falha no mecanismo do palato mole e das
paredes da faringe, decorrente de alteração anatômica ou funcional, que impede a separação da cavidade
oral e nasal durante a produção de fonemas orais25.

Na intervenção fonoaudiológica é importante separar os distúrbios compensatórios dos distúrbios


obrigatórios.

Pacientes com fissura labiopalatina podem apresentar distúrbios articulatórios compensatórios.


Estes podem ser entendidos como uma estratégia para compensar a capacidade de se impor pressão
aérea na cavidade oral, estão associados ao defeito anatômico e não diretamente decorrentes deste24

As articulações compensatórias mais frequentes são: golpe de glote, fricativa faríngea, plosiva
faríngea, fricativa velar, plosiva dorso médio - palatal, fricativa nasal posterior. Estes erros, em sua
maioria, podem ser eliminados antes da correção do defeito anatômico.

Os distúrbios obrigatórios são decorrentes do defeito anatômico e dependem da correção deste para
serem resolvidos. Entre os distúrbios obrigatórios temos: escape de ar nasal durante a produção de sons
orais, fraca pressão durante a produção de sons plosivos e fricativos e hipernasalidade na produção de
fonemas vozeados.

24
KrooK, MIP et al Intervenção Fonoaudiológica na fissura palatina in Fernandes et al Tratado de fonoaudiologia –
segunda edição – Rocca - 2014

25
Vieira, JM Perfil espectrográfico da hipernasalidade de fala em mulheres portadoras de fissura palatina. Dissertação
(Mestrado) - Programa de Pós-Graduação Interunidades Bioengenharia (EESC/FMRP/IQSC), Universidade de São Paulo,
São Carlos,2003

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As articulações compensatórias mais frequentes são: golpe de glote, fricativa faríngea,


plosiva faríngea, fricativa velar, plosiva dorso médio - palatal, fricativa nasal posterior.

Os dois aspectos mais importantes na avaliação da fala nos casos de fissura palatina são: ressonância
e articulação. A articulação para avaliação dos distúrbios compensatórios, que podem comprometer a
inteligibilidade de fala e a ressonância para avaliação da hipernasalidade, tipo de alteração mais frequente
observada em indivíduos com fissura palatina.

==13272f==

Os dois aspectos mais importantes na avaliação da fala nos casos de fissura palatina são:
ressonância e articulação

(FAFIPA /Pref. Paraíso do Norte-2018)


Fissuras labiopalatinas constituem uma má formação congênita que ocorre em períodos embriológicos
distintos, causadas por diversos agentes diferentes, destacando-se a hereditariedade, fatores tóxico-
infecciosos, estresse emocional, radiação ionizante e algumas drogas (Silva et al. 2003). A respeito disso,
assinale a alternativa CORRETA:
a) Fissura pré-forame incisivo é quando acomete estruturas posteriores ao forame incisivo, ou seja, palato
primário, envolvendo lábio e/ou rebordo alveolar, podendo ser unilateral (direita ou esquerda), bilateral ou
mediana. Dependo da extensão em que ocorre, em cada uma dessas classificações, a fissura pode ser
considerada completa ou incompleta.
b) Fissura pós-forame incisivo é quando acomete estruturas anteriores ao forame incisivo, ou seja, palato
primário, podendo ser completa ou incompleta, dependendo da extensão anatômica atingida.
c) Fissura rara da face envolve o forame incisivo, até bochechas, pálpebras, orelhas, nariz e ossos do crânio
e face.
d) Fissura transforame incisivo é quando acomete o palato primário e secundário, estende do lábio até a
úvula e atravessa o rebordo alveolar, podendo ser unilateral (direita ou esquerda), bilateral ou mediana.
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Comentários:
De acordo com as Spina as fissuras podem ser:
•pré-forame incisivo: completa (atinge forame, lábio e processo alveolar) ou incompleta (atinge os lábios)
•pós-forame incisivo: completa (alcança o forame, palato duro, palato mole e a úvula) ou incompleta
(atinge o palato duro parcialmente, o palato mole e a úvula ou o palato mole parcialmente e a úvula).
•transforame incisivo: atravessa o forame incisivo, rompendo a maxila em toda extensão desde o lábio até
a úvula, atingindo lábio e palato.
Gabarito: Letra D
(Unifil /perf. Mandaguaçu-2019)
As fissuras labiopalatinas (FLP) são malformações congênitas de lábio e de palato, e se enquadram nas
malformações craniofaciais e na classificação de displasias. Elas podem ocorrer associadas ou
isoladamente. O desenvolvimento da linguagem e fala das crianças com FLP merece muita atenção do
fonoaudiólogo, já que as alterações são enquadradas nos distúrbios de aquisição de fala, uma vez que
essas crianças cumprem as etapas de aquisição da linguagem receptiva dentro da normalidade. Vários são
os distúrbios articulatórios compensatórios característicos da FLP. Assinale a alternativa que contém um
distúrbio compensatório comum da FLP.
a) Omissões de consoantes.
b) Substituições nasais.
c) Golpe de glote na emissão dos sons plosivos, por adução brusca das pregas vocais.
d) Distorções.
e) Alteração de ponto articulatório nos sons linguoalveolares /t/, /d/, /n/, /l/, com projeção lingual.
Comentários:
Pacientes com fissura palatina podem apresentar distúrbios articulatórios compensatórios. Estes podem
ser entendidos como uma estratégia para compensar a capacidade de se impor pressão aérea na cavidade
oral. As articulações compensatórias mais frequentes são: golpe de glote, fricativa faríngea, plosiva
faríngea, fricativa velar, plosiva dorso médio - palatal, fricativa nasal posterior.
Gabarito: Letra C
As fissuras labiopalatinas podem ter classificações diversas, entretanto, a mais utilizada pelos profissionais
da área é a formulada por Spina et al. (1972), que toma como referência anatômica o forame incisivo.

Analise a figura abaixo:

29

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CYMROT, Moacir et al. Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um Hospital Pediátrico do Nordeste brasileiro.
Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.), São Paulo, v. 25, n. 4, p. 648-651, Dec. 2010. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-
51752010000400015&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 20 abr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-51752010000400015.

Com base no conhecimento a respeito do assunto e na CORRETA utilização da figura, conclui-se que a
alteração é do tipo:
a) Fissura pré-forame unilateral incompleta.
b) Fissura pré-forame unilateral completa.
c) Fissura transforame unilateral.
d) Fissura pós-forame incompleta.
e) Fissura pós-forame completa.
Comentários:
A figura representa uma Fissura pré-forame unilateral completa.
Gabarito: Letra B
(IBFC/Pref. C Sto. Agostinho-2019)
Várias classificações são utilizadas para as fissuras labiopalatinas. Segundo a classificação de Spina (1979),
uma fenda à direita que vai, desde o lábio até o forame incisivo corresponde a _____________ assinale a
alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Fissura pré-forame incisivo incompleta unilateral
b) Fissura pré-forame incisivo completa unilateral
c) Fissura transforame incisivo completa unilateral
d) Fissura transforame incisivo incompleta unilateral
Comentários:
De acordo com as Spina as fissuras podem ser:
•pré-forame incisivo: completa (atinge forame, lábio e processo alveolar) ou incompleta (atinge os lábios)
•pós-forame incisivo: completa (alcança o forame, palato duro, palato mole e a úvula) ou incompleta
(atinge o palato duro parcialmente, o palato mole e a úvula ou o palato mole parcialmente e a úvula).

30

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•transforame incisivo: atravessa o forame incisivo, rompendo a maxila em toda extensão desde o lábio até
a úvula, atingindo lábio e palato.
Gabarito: Letra B

...

Bem pessoal fechamos por aqui nosso material. Agora faremos alguns exercícios para fixação.

Qualquer dúvida é só entrar em contato.

Abraços! Professora Danielle

QUESTÕES COMENTADAS
1. (FCC /Campinas -2016)

Considere a figura e as informações abaixo.

(CYMROT, Moacir et al. Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um Hospital Pediátrico do
Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.), São Paulo, v. 25, n. 4, p. 648-651, Dec. 2010)

Durante a 6ª semana de vida, o segmento intermaxiliar proveniente dos processos nasais medianos,
originará a região mediana do lábio superior e o filtrum. Caso esses processos não aconteçam de forma
adequada, ocorrem as fissuras palatinas e labiais, que podem ser manifestações isoladas ou manifestações
de síndromes genéticas e/ou consequências delas.
31

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(GUEDES, Z.C.F. Síndromes Craniofaciais e o


Desenvolvimento Motor Oral. Tratado de Especialidades em Fonoaudiologia, 2014)

Nesse contexto,

a) A é um exemplo de fissura pós-forame incompleta.

b) A e B são exemplos de fissuras pós-forame.

c) D é um exemplo de fissura transforame incisivo bilateral e completa.

d) E e F são exemplos de fissuras transforame.

e) H é um exemplo de fissura pós-forame alveolar central.

Comentários:

A alternativa A está errada. A figura A é um exemplo de fissura pré-forame unilateral incompleta.

A alternativa B está errada. A e B são exemplos de fissura pré-forame.

A alternativa C está errada. A figura D é um exemplo de fissura pré-forame bilateral completa.

A alternativa D está certa. E e F são exemplos de fissuras transforame.

A alternativa E está errada. H é um exemplo de fissura pré-forame bilateral completa.

Gabarito: Letra D

2. (VUNESP/Pref. Dois Córregos-2019)

As malformações craniofaciais são alterações congênitas que envolvem a região do crânio e da face, como
as fissuras labiopalatinas, por exemplo. Classicamente, a classificação desses quadros tem como
referência a própria fissura e um acidente anatômico.

Assinale a alternativa que corretamente denomina esse acidente.

a) Septo nasal.

b) Forame platino menor.

c) Traumatismo craniano.

d) Forame incisivo.

e) Processos alveolares da maxila.

32

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Comentários:

A alternativa A está errada. A classificação clássica proposta por Spina26 toma como ponto de referência o
forame incisivo.

A alternativa B está errada. A classificação clássica proposta por Spina toma como ponto de referência o
forame incisivo.

A alternativa C está errada. A classificação clássica proposta por Spina toma como ponto de referência o
forame incisivo.

A alternativa D está certa. A classificação clássica proposta por Spina toma como ponto de referência o
forame incisivo.

A alternativa E está errada. A classificação clássica proposta por Spina toma como ponto de referência o
forame incisivo.

Gabarito: Letra D

3. (FAUEL/Pref. Mandaguari -2019)

As fissuras labiopalatinas (FLP) são malformações congênitas de lábio e de palato, consideradas


craniofaciais e enquadradas na classificação das displasias (Cardim, 1989). Tomando como referência a
classificação de SPINA (1972) indique quais estruturas anatômicas afetadas condizem com a fissura pós-
forame completa:

a) Alvéolo e palato duro

b) Lábio e palato mole

c) Palato mole e palato duro

d) Lábio, alvéolo, palato duro, palato mole.

Comentários:

As fissuras pós-forame incisivo completas são aquelas que alcançam o forame envolvendo palato duro,
palato mole e úvula.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

26
Genaro, KFG Yamachita, RP Trindade, IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in
Fernandes et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014
33

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A alternativa C está certa.

A alternativa D está errada.

Gabarito: letra C

4. (PUC PR /Pref. Faz RG -2018)

A paralisia facial decorre de uma lesão em qual par craniano?

a) VII.

b) V.

c) VI.

d) VIII.

e) IX.

Comentários:

A paralisia facial se refere à interrupção da informação motora da musculatura facial


decorrente de uma alteração do nervo facial (VII par) em qualquer ponto do seu trajeto.27

A alternativa A está certa.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.

Gabarito: Letra A

5. (COSEAC UFF /Pref. Maricá -2018)

Nos pacientes portadores de Paralisia Facial Periférica, a investigação médica deve focar nos sinais e
sintomas relacionados às principais causas desta doença. A língua plicata pode ser comumente
encontrada no caso de a Paralisia Facial ter como fator causal:

a) mandíbula fraturada.

27
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In
Fernandes et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
34

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b) doenças infecciosas.

c) diabetes melito.

d) tumores de orelha média.

e) síndrome de Melkersson-Rosenthal.

Comentários:

As principais causas da paralisia facial periférica são:

• Nascimento (Congênita: isolada, sindrômica, sequência de Möbius, malformação do VII-VIII


par/Adquirida- trauma por fórceps)
• Trauma
• Iatrogênica
• Metabólica
• Hormonal
• Vascular
• Neurológica
• Infecção
• Sistêmica
• Neoplásica
• Outras: Síndrome de Melkersson-Rosenthal. Este quadro apresenta etiologia desconhecida. O
quadro completo se caracteriza por paralisia facial periférica de instalação súbita, edema na
hemiface paralisada e nos lábios e no decorrer do tempo observa-se língua plicata ou fissurada28.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.

A alternativa E está certa.

Gabarito: Letra E

6. (VUNESP /Pref. Cerquilho-2019)

28
Lazarine, PR Almeida, R Etiologia da Paralisia Facial Periférica in Lazarine, PR e Fouquet, Ml – Paralisa Facial: Avaliação,
Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
35

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Em pacientes com paralisia facial periférica cuja lesão do nervo facial está acima da emergência no nervo
da corda do tímpano, é esperado o seguinte comprometimento:

a) diminuição do lacrimejamento.

b) diminuição da gustação dos 2/3 anteriores da língua.

c) ausência do reflexo estapediano.

d) ausência do reflexo de piscamento.

e) paralisia da porção inferior da face.

Comentários:

Considerando o percurso do nervo facial este corre lateralmente acima do vestíbulo, entre a cóclea e os
canais semicirculares. Passando entre a janela oval e o canal semicircular lateral, atinge o semento
timpânico, de onde emerge o ramo que inerva o músculo estapédio. Mais à frente, ao entrar no segmento
mastoideo, saem as fibras do nervo corda do tímpano, que fornece inervação para glândulas
submandibulares e sublingual e fibras para degustação nos 2/3 anteriores da língua. Sendo assim, lesões
acima da emergência do nervo corda do tímpano vão resultar em diminuição da gustação dos 2/3
anteriores da língua29.

30

A alternativa A está errada.

29
Gomez, MVS Vasconcelos, LGE Bernardes, DFF: Intervenção Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica. In
Fernandes et al Tratado de Fonoaudiologia, Rocca ,2014.
30
Fernandes, M Lazarine, PR: Anatomia do nervo facial in Lazarine, PR e Fouquet, Ml – Paralisa Facial: Avaliação,
Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006

36

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A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.

A alternativa E está errada.

Gabarito: letra B

7. (VUNESP/Pref. Poá -2015)

Após uma consulta pediátrica, o bebê é encaminhado para o setor de fonoaudiologia com uma sugestão
de discussão do caso após a avaliação clínica fonoaudiológica.

Encaminhamento: “Encaminho A.S.T, 2 meses, para avaliação e conduta fonoaudiológica.

Ele apresenta paralisia facial bilateral congênita por acometimento do VI e VII pares cranianos,
oftalmologia, deformação de orelha externa, micrografia, dificuldade para se alimentar, sugando com
muito esforço. Ele se cansa e não ingere alimento suficiente, mantendo baixo peso. Também apresenta
estrabismo convergente.

Tenho dúvidas sobre sua acuidade auditiva.

Aguardo relatório e discussão do caso.”

Frente a esse quadro, possivelmente esse bebê é portador de síndrome de

a) Mohr.

b) Pierre Robin.

c) Sprintzen.

d) Moebius.

e) X frágil.

Comentários:

O Ponto chave que faz responder essa questão é a informação descrita no enunciado: paralisia facial
congênita bilateral.

Entre as causas de paralisia facial no nascimento temos:

Congênita: isolada, sindrômica, sequência de Möbius, malformação do VII-VIII par/Adquirida- trauma por
fórceps.
37

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Vamos ver mais algumas características dessa síndrome:

• Paralisia bilateral
• Doença congênita rara
• paralisia do nervo abducente uni e bilateral
• anomalias de extremidade
• envolve outros pares cranianos.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está certa

Gabarito: letra D

8. (VUNESP/Pref.Arujá-2015)

Nos atendimentos em berçários, o fonoaudiólogo pode encontrar casos de RN portadores de anomalias


ou malformações congênitas que necessitam de orientações específicas a fim de se garantir que o suporte
alimentar seja feito e a saúde e o ganho de peso comecem a se processar desde os primeiros dias de vida
do RN. Considere as orientações a seguir, dadas a dois casos:

Caso 1: Priorizar o decúbito elevado ao alimentar, o uso de bico ortodôntico, a colocação de micropore no
lábio superior, realizar higiene oral após a alimentação e verificar a possibilidade de uso de placa palatina.

Caso 2: Priorizar a postura em decúbito prono por 24 hs por dia, postura prono ou lateral ao se alimentar,
estimular sucção não nutritiva, podendo oferecer inicialmente com bico longo, e gradativamente passar
ao ortodôntico.

As orientações estão relacionadas a casos de

a) (1) fissuras labiais e (2) paralisias faciais.

b) (1) anomalias orofaríngeas e fissuras e (2) síndrome de Moebius.

c) (1) paralisias cerebrais atáxicas e (2) atetoides.

d) (1) anomalias orofaríngeas e fissuras e (2) sequência de Pierre Robin.

e) (1) síndrome velo cardio facial e (2) síndrome de Moebius.

Comentários:

38

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As anomalias orofaciais congênitas são aquelas originadas ainda no período intraútero.

No caso 1 as informações se referem a anomalias orofaríngeas e fissuras labiopalatinas. Nesses casos o


decúbito elevado ao oferecer o alimento para o recém-nascido deve ser priorizado para evitar a
regurgitação nasal que ocorre em decorrência da fissura. O bico ortodôntico é uma opção nos casos onde
não houve sucesso no aleitamento materno. O micropore no lábio superior pode ser uma alternativa nos
casos de fissura de lábio, usado com objetivo de auxiliar no vedamento labial. A placa palatina é uma
opção que pode ser usada em recém-nascidos até o momento adequado da realização da cirurgia e que
pode auxiliar na alimentação.

No caso 2 as informações se referem a sequência de Pierre Robin. Esta é uma anomalia em que a fissura
palatina está geralmente associada. Além disso se caracteriza por mais duas condições:micrognatia
(tamanho da mandíbula reduzido) e glossoptose (queda ou retração de língua). A obstrução das vias
aéreas superiores é uma das principais complicações dessa anomalia, por esta razão a prevalência do
decúbito em prono (barriga para baixo) 24 horas por dia. As dificuldades na alimentação estão associadas
principalmente a obstrução respiratória31.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está certa

Gabarito: letra D

9. (SELECON /SME Cuiabá-2019)

A paralisia facial é uma enfermidade que provoca paresia ou paralisia total de alguns ou todos os músculos
da face, podendo ser classificada como central ou periférica. Caracteriza-se a paralisia facial periférica na
seguinte afirmativa:

a) As estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, ocasionando lesão no córtex cerebral.

b) A lesão ocorre do núcleo para a periferia sem atingir o córtex cerebral e é causada pela paralisia dos
nervos faciais.

c) A lesão ocorre do núcleo para a periferia atingindo o córtex cerebral e é causada pela paralisia dos
nervos faciais.

d) As estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, porém sem atingir o córtex cerebral.

31
Nassar, E Atendimento Fonoaudiológico de bebês de bebês portadores de anomalias orofaciais com disfagia
orofaríngea in Hernandez(org.) Conhecimentos essenciais para atender bem o neonato – editora pulso – 2003.
39

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Comentários:

Via motora do nervo facial: córtex frontal - capsula interna- trato piramidal- algumas fibras seguem o
curso ipsilateral- fibras que partem do núcleo do facial que inervam a porção superior da face são homo e
contralaterais. As fibras da porção inferior da face são contralaterais.

Na paralisia central a lesão ocorre antes da chegada das fibras ao tronco cerebral levando a paralisia da
porção inferior da face do lado contralateral a lesão. (lesões situadas acima da chegada dos núcleos faciais
- acima do tronco encefálico)

Na paralisia facial periférica, a lesão ocorre antes da divisão do nervo facial em ramos superficiais o que
resulta em uma hemiparesia ipsilateral a lesão. (lesões acomete o núcleo do facial a partir de neurônios
motores periféricos)

32

A alternativa A está errada.

A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.

Gabarito: Letra B

32
https://docplayer.com.br/106130752-Paralisia-facial-periferica-diagnostico-e-tratamento.html
40

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10. (Machado de Assis/Pref. Paço do Lumiar -2019)

Alguns sinais informam dados preciosos sobre a topografia da lesão do paciente, o que torna mais fácil o
prognóstico fonoaudiológico. O sinal de Legendre, Pitres e de Bell estão relacionados intimamente com:

a) Acidente Vascular Cerebral.

b) Afasia de Wernike.

c) Paralisia Facial Periférica.

d) Sincinesias.

Comentários:

De acordo com Mitre, Giancoli, e Lazarine33

• Sinal de Bell: desvio do globo ocular para cima e para fora durante a tentativa de fechamento facial
na paralisia facial periférica.
• Sinal de Pitres: aspecto de raquete ou ovalóide da comissura labial quando o paciente tenta abrir a
boca, presente nos casos de paralisia facial periférica.
• Sinal de Legendre: diminuição da força do músculo orbicular da pálpebra no lado paralisado na
tentativa de fechar os olhos, presente nos casos de paralisia facial periférica.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está certa.

A alternativa D está errada.

Gabarito: Letra C

11. (IBFC/Pref. Cruzeiro do Sul -2019)

A atuação fonoaudiológica na reabilitação dos casos de paralisia facial busca reorganizar as estruturas
responsáveis pela expressão facial e do sistema estomatognático. Portanto, o fonoaudiólogo deve ter a
competência em saber o trajeto do nervo facial, as causas e consequências da paralisia facial. A esse
respeito, assinale a alternativa incorreta.

a) Na paralisia de Bell há paralisia ou paresia de músculos da face de forma súbita

33
Mitre, EI, Giancoli,SM e Lazarine, PR: Avaliação clínica da Paralisia Facial Periférica in Lazarine, PR e Fouquet, Ml –
Paralisa Facial: Avaliação, Tratamento, Reabilitação. Lovise - 2006
41

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b) A contratura é definida como a movimentação involuntária de um músculo ou de um grupo muscular na


hemiface comprometida e quando está presente pode gerar grande angústia ao paciente

c) A síndrome de Guillan Barré pode ocasionar paralisia facial periférica

d) A glândula parótida, o meato acústico interno e os músculos da face são regiões em que passam raízes
do nervo facial

Comentários:

A alternativa A está errada. Na paralisia de Bell há uma paralisia da hemiface que ocorre de forma aguda,
não contagiosa, isolada ou acompanhada.

A alternativa B está certa. Ou seja, é a alternativa incorreta que a banca solicita. A contratura muscular é
um dos sinais clínicos relacionados a paralisia facial periférica e se caracteriza pelo aumento do tônus em
um determinado grupo muscular de uma hemiface e pode aparecer durante a recuperação da paralisia
facial periférica.

A alternativa C está errada. A síndrome de Guillain-Barré é uma das principais causas de paralisia facial
periférica bilateral.

A alternativa D está errada. A glândula parótida, o meato acústico interno e os músculos da face são
regiões em que passam raízes do nervo facial

Gabarito: Letra B

12. (FEPESE /Pref. Florianópolis-2019)

Um paciente adulto, 35 anos, sexo masculino, compareceu à Policlínica para realização dos exames de:
audiometria tonal liminar, logoaudiometria e imitanciometria. O paciente foi encaminhado pelo médico
do centro de saúde em decorrência de um quadro de Paralisia Facial Periférica (PFP) à direita. O paciente
não relata queixas auditivas e/ou vestibulares.

Considerando que a PFP é supraestapediana e que à audiometria o paciente apresentou limiares auditivos
dentro dos padrões de normalidade bilateralmente, assinale a alternativa correta quanto aos resultados
do exame de imitanciometria.

a) Curva timpanométrica do tipo A bilateralmente, reflexo acústico contralateral direito ausente e


contralateral esquerdo presente.

b) Curva timpanométrica do tipo A bilateralmente, reflexo acústico contralateral direito presente e


contralateral esquerdo ausente.

c) Curva timpanométrica do tipo A bilateralmente, reflexo acústico contralateral direito e ipsilateral


direito ausentes.

42

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d) Curva timpanométrica do tipo Ad à orelha direita, tipo A à orelha esquerda, reflexo acústico
contralateral direito ausente e ipsilateral esquerdo presente.

e) Curva timpanométrica do tipo B à orelha direita, tipo A à orelha esquerda, reflexo acústico contralateral
e ipsilateral esquerdos ausentes.

Comentários:

A imitanciometria está entre os exames utilizados na avaliação complementar dos casos de paralisia facial
periférica. Este exame permite a pesquisa do reflexo do músculo estapédio, inervado pelo ramo
estapediano do nervo facial., possibilitando o topodiagnóstico da lesão: se a lesão estiver acima do ramo
que inerva o músculo estapédio a lesão os reflexos deste lado estarão ausentes. Se estiver abaixo os
reflexos estarão presentes.

No caso apresentado o paciente apresenta paralisia a direita, logo o reflexo estapédio ipsilateral estará
ausente deste lado(direito) e o contralateral direito presente. No lado esquerdo vamos ter ipsilateral
presente e contralateral ausente.

A mobilidade da membrana timpânica está preservada, logo nesses casos a curva apresentada é do tipo A.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.

Gabarito: Letra B

13. (CESGRANRIO /UNIRIO-2016)

A fonoaudiologia colabora, de forma reconhecida, promovendo o equilíbrio miofuncional e


estomatognático na reabilitação dos pacientes queimados.

A contribuição da fonoaudiologia para esses casos tem como característica a abordagem na fase

a) aguda, antes do término do processo de formação do tecido de granulação.

b) ambulatorial, aplicada ao tecido tegumentar resultante da queimadura, reduzindo retração cicatricial.

c) crítica, objetivando manipulação firme, aplicada de modo a atingir os músculos mais profundos.

d) de internação, direcionada para técnicas de massoterapia que objetivam alívio da dor.

e) pós-cirúrgica, com mobilização do tecido superficial, utilizando lubrificantes nas fricções.

43

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Comentários:

A indicação do tratamento fonoaudiológico ocorre nas queimaduras de terceiro grau que atingem cabeça
e pescoço34.

Na fase aguda, após as primeiras medidas tomadas pela equipe médica o fonoaudiólogo pode avaliar
funções estomatognáticas e prevenir sequelas funcionais.

No pós-cirúrgico imediato pode acompanhar o posicionamento no leito, indicação de colar cervical,


manobras de proteção e manobras facilitadoras da deglutição.

Na fase de reabilitação, a nível ambulatorial, o objetivo principal é o trabalho com as cicatrizes buscando a
redução das possíveis retrações causadas por estas.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.

Gabarito: Letra B

14. (PUC PR/Curitiba-2009)

A atuação fonoaudiológica junto a pacientes queimados é uma nova área de atuação da fonoaudiologia,
pois ocorrem sequelas importantes quando a região atingida é a face, pescoço ou ainda em caso de
queimadura inalatória.

Considere as afirmações abaixo:

I. De forma geral, os pacientes queimados de face e pescoço podem apresentar ineficiência de funções
neurovegetativas, insuficiência de movimento das estruturas da face e retração residual.

II. As sequelas fonoaudiológicas de pacientes queimados de face e pescoço podem englobar alterações de
expressão facial (que interferem na comunicação) e no grau de abertura da boca, impactando a
inteligibilidade da fala.

III. As queimaduras inalatórias podem levar a um quadro de disfonia por alteração na mucosa do trato e
das pregas vocais.

Assinale a alternativa CORRETA:

34
Toledo, PN Arrunátegui, G Intervenção Fonoaudiológica em pacientes queimados in Fernandes et al, Tratado de
Fonoaudiologia, segunda edição, ed. Rocca, 2014
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a) As afirmações I e II são verdadeiras.

b) As afirmações I e III são verdadeiras.

c) As afirmações II e III são falsas.

d) As afirmações I, II e III são verdadeiras.

e) A afirmação III é falsa.

Comentários:

Os pacientes que sofrem queimadura na cabeça e no pescoço podem ter alteradas as funções
estomatognáticas tanto na fase aguda quanto na fase de reabilitação devido á sequelas que podem se
desenvolver devido á retração tecidual. (afirmativa I - verdadeira)

Cicatrizes na região perioral podem significar redução na mobilidade e tonicidade de lábios. a tonicidade e
mobilidade de língua e bochechas também deve ser avaliada. As alterações podem impactar na expressão
facial e na inteligibilidade de fala. (afirmativa II - verdadeira)

Em caso de queimadura na via superior a região supraglótica pode ser acometida, dificultando a produção
sonora e alterando as características que identificam a voz do paciente. (afirmativa III- verdadeira)

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está certa

Gabarito: letra D

15. (IBFC /EBSERH-HUGG -2017)

Assinale a alternativa correta. Em recém-nascidos de baixo peso que estão fazendo uso de sonda para
nutrição, o primeiro teste de sucção nutritiva deve ser realizado:

a) Apenas depois da retirada da sonda

b) No peito materno

c) Com o neonato dormindo

d) Com mamadeiras apropriadas

e) Quando o neonato atingir o peso ideal


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Comentários:

Nos recém-nascidos baixo peso, principalmente aqueles que estão nas unidades canguru, o principal
objetivo do trabalho fonoaudiológico é o estabelecimento do aleitamento materno, pelas inúmeras
vantagens que esta prática representa para estes bebês. Desta forma, quando possível, o primeiro teste da
sucção nutritiva, ou seja, a sucção onde há o oferecimento de alimento, esta deve ser feita no seio
materno.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.

Gabarito: letra B

16. (UEPA /PM PA -2012)

Na amamentação natural denominada nutritiva, o bebê suga o leite materno, o que lhe proporciona
prazer oral e satisfaz a sua fome. O processo de sucção-respiração-deglutição contribui de várias formas
para o desenvolvimento da criança. Sobre os benefícios da sucção nutritiva é correto afirmar que:

a) contribui para o aparecimento de infecções bucais.

b) não coordena sucção-respiração-deglutição.

c) diminuição da cavidade oral.

d) ausência de fortalecimento do vínculo entre mãe e filho.

e) estimula o crescimento ósseo mandíbula.

Comentários:

O enunciado se refere as vantagens do aleitamento materno para o bebê. Entre elas temos: proteção
contra doenças, crescimento e desenvolvimento harmônico da face, estímulo ao crescimento da
mandíbula, fortalecimento do vínculo mãe-bebê, coordenação sucção-respiração-deglutição.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.


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A alternativa E está certa.

17. (UFMT /Pref. VG-2018)

A Lei n.º 13.002/2014 torna obrigatória a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em
Bebês – Teste da Linguinha – em todos os hospitais e maternidades. Sobre esse teste, assinale a
afirmativa INCORRETA.

a) A triagem neonatal compreende a avaliação anatomofuncional e a avaliação da sucção não nutritiva e


nutritiva.

b) O reteste para casos de dúvida quanto à interferência do frênulo nos movimentos da língua deve ser
realizado após 30 dias de vida.

c) O teste é um exame padronizado que possibilita diagnosticar e indicar o tratamento precoce das
limitações dos movimentos da língua.

d) A frenotomia é o procedimento mais indicado para bebês que apresentam interferência do frênulo nos
movimentos da língua.

Comentários:

Nesta questão a banca solicita a questão incorreta em relação ao " teste da linguinha". Este teste
tem como objetivo principal a avaliação do frênulo da língua em bebês.

Desde 2014 este teste passou a ser obrigatório em todas as maternidades e hospitais, tornando o
Brasil pioneiro na iniciativa.

Para realização da triagem neonatal

Para a triagem neonatal (realizada nas primeiras 48 horas após o nascimento) é realizada
somente a avaliação anatomofuncional do bebê, considerando que o bebê demora de 15
a 20 dias para se adaptar às novas condições de vida. Esta avaliação inicial permite
diagnosticar os casos mais severos e indicar a frenotomia lingual (pique na língua) já na
maternidade. Se a soma total dos escores da avaliação anatomofuncional do protocolo
for igual ou maior que 7, pode-se considerar a interferência do frênulo nos movimentos
da língua e orientar a família sobre a necessidade da cirurgia. A única parte do protocolo
que pode ser aplicada, e os seus escores considerados de forma isolada, é a avaliação
anatomofuncional.

Nos casos onde houver dúvida, (normalmente quando o escore total da avaliação
anatomofuncional for entre 5 e 6), ou não for possível visualizar o frênulo lingual, o bebê
é encaminhado para reteste com 30 dias de vida, sendo que os pais devem ser orientados

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sobre possíveis dificuldades na amamentação, para que não ocorra o desmame precoce
nesse período35.

A partir das colocações a única que traz uma afirmativa incorreta é a letra A, já que para a triagem
neonatal (realizada nas primeiras 48 horas após o nascimento) é realizada somente a avaliação
anatomofuncional do bebê.

A alternativa A está certa.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.

Gabarito: Letra A

18. (FAU UNICENTRO /Pref. Apucarana-2017)

Quanto ao aleitamento materno, assinale a alternativa incorreta:

a) Recém-nascidos pré-termos podem recebê-lo, desde que tenham prontidão para a mamada e
possibilidade de estimulação oral.

b) Recém-nascidos com uso prolongado de sonda gástrica podem ter dificuldades relacionadas à
coordenação entre sucção, respiração e deglutição.

c) O fonoaudiólogo pode contribuir para o acompanhamento e a efetividade da técnica da transição de


sonda gástrica diretamente para seio materno (sonda-peito) em recém-nascido pré-termo.

d) A técnica de sucção não nutritiva se refere à estimulação da sucção na “mama vazia”, associada a
interrupção da dieta por sonda.

e) O fonoaudiólogo é profissional capacitado e deve ser inserido nas unidades neonatais, integrado à
equipe interdisciplinar.

Comentários:

A questão solicita a afirmativa incorreta em relação ao atendimento fonoaudiológico ao recém-nascido no


que se refere ao aleitamento materno. Entre as opções a letra D é a alternativa que traz uma afirmação
incorreta e sendo assim é a resposta para esta questão.

Na letra D a banca afirma: A técnica de sucção não nutritiva se refere à estimulação da sucção na “mama
vazia”, associada a interrupção da dieta por sonda. A afirmativa está errada pois a sucção não nutritiva

35
https://www.sbfa.org.br/fono2014/pdf/testelinguinha_2014_livro.pdf
48

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consiste na introdução do dedo do profissional na boca do RN, sem o oferecimento de líquidos e não da
introdução da mama vazia.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está certa

Gabarito: Letra D

19. (FDC /SEHAC-2019)

Analise as estratégias terapêuticas indicadas para recém nascidos pré termo, e identifique a alternativa
INCORRETA.

a) Indução de automatismos orais ausentes ou incompletos com uso de técnicas especificas coo tapping e
massagens.

b) Estimulação tátil e gustativa, utilizando toques em região peri e intra oral.

c) Sucção não nutritiva associada a alimentação por sonda.

d) Estratégias de manuseio global, principalmente, para os recém nascidos com neuropatias, visando a
adequação do tônus, postura e mobilidade global.

e) Estimulação térmica gelada, utilizando toques em região peri e intra oral.

Comentários:

No RN pré-termo nem sempre os reflexos orais estão presentes de maneira satisfatória, por isso a
importância da realização de técnicas indutoras, massagens, estímulo através da sucção não nutritiva para
que o bebê possa evoluir em relação ao seu padrão de sucção. Pode ser utilizada estimulação tátil e
gustativa, utilizando toques em região peri e intra oral, sucção não nutritiva associada a alimentação por
sonda, entre outros. Nesses casos não é utilizada estimulação térmica gelada.

Como a banca pede a afirmação incorreta, temos a resposta na alternativa E.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada.


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A alternativa E está certa.

Gabarito: Letra E

20. (QUADRIX /Pref. Jataí-2019)

O trabalho fonoaudiológico na UTI neonatal é fundamental na detecção de alterações do sistema


sensório‐motor‐oral principalmente em relação à coordenação das funções de
sucção/deglutição/respiração nos recém‐nascidos. Com relação à atuação fonoaudiológica nesses casos,
assinale a alternativa correta.

a) A intervenção fonoaudiológica, nesses casos, é iniciada por meio da sucção não nutritiva. A sucção
não‐nutritiva é uma série de eclosões de sugadas alternadas e com pausas. A estimulação da sucção é feita
com o dedo enluvado proporcionando um aumento nas séries de eclosões de sugadas alternadas e
rítmicas. Essa estimulação, ao ser complementada com a alimentação por sonda orogástrica ou
nasogástrica, acelera a maturação do reflexo de sucção, facilitando a transição para alimentação por via
oral, auxiliando no ganho de peso e proporcionando menos tempo de hospitalização.

b) Obtido o equilíbrio do estado clínico, procede‐se a avaliação vocal do paciente. Nesse momento
define‐se a possibilidade de trabalho fonoterápico vocal com técnicas específicas, a partir das
possibilidades de produção vocal do paciente. É fundamental dar continuidade à fonoterapia no leito.

c) Realiza ações e estratégias voltadas ao estímulo ao aleitamento materno exclusivo, inclusive durante os
horários da alimentação dos recém‐nascidos. Quando são identificadas dificuldades, o suporte específico
é realizado pela equipe interdisciplinar.

d) A intervenção fonoaudiológica, nesses casos, é iniciada por meio da orientação e estimulação do


sistema estomatognático, com foco na introdução de diferentes consistências (líquido, pastoso e sólido),
avaliando a mastigação e deglutição, observado o risco de broncoaspiração.

e) O trabalho é realizado com o paciente no leito, ainda em breve recuperação e apresentando um quadro,
por vezes, grave de algumas patologias. O objetivo é retardar ao máximo a evolução progressiva da
doença proporcionando maior qualidade de vida e bem‐estar do paciente.

Comentários:

A alternativa A está certa. Como muitas vezes o bebê prematuro apresenta um padrão débil de sucção e
incoordenação sucção/respiração/deglutição o trabalho geralmente tem início com estímulo da sucção
não nutritiva. A estimulação da sucção é feita com o dedo enluvado proporcionando um aumento nas
séries de eclosões de sugadas alternadas e rítmicas. Essa estimulação, ao ser complementada com a
alimentação por sonda orogástrica ou nasogástrica, acelera a maturação do reflexo de sucção, facilitando
a transição para alimentação por via oral, auxiliando no ganho de peso e proporcionando menos tempo de
hospitalização.

A alternativa B está errada. Não é realizada avaliação vocal do recém-nascido.

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A alternativa C está errada. O aleitamento materno exclusivo é estimulado quando o bebê apresenta
condições para esse estímulo. Muitas vezes os bebês precisam usar sondas para alimentação, apresentam
condições que necessitam suporte respiratório e o aleitamento materno exclusivo precisa ser adiado para
o momento oportuno.

A alternativa D está errada. Nesse tipo de assistência não é realizado oferecimento de várias
consistências.

A alternativa E está errada. Esta abordagem não faz parte do trabalho com RN.

Gabarito: Letra A

21. (SELECON /SMS Campo Grande-2019)

De acordo com Martinelli (2013), o protocolo específico de avaliação do frênulo lingual para bebês é
dividido em três partes, quais sejam:

a) história clínica, avaliação do palato e avaliação da bochecha

b) história clínica, avaliação da língua e avaliação da úvula

c) avaliação anatomofuncional, avaliação da sucção nutritiva e avaliação craniofacial

d) história clínica, avaliação anatomofuncional e avaliação da sucção não nutritiva e nutritiva

Comentários:

O protocolo para avaliação do frênulo lingual é dividido nas seguintes partes:

História clínica: Aqui são coletadas informações sobre o parto, antecedentes familiares, problemas de
saúde e amamentação.

Exame Clínico: este se divide em duas partes - avaliação anatofuncional e avaliação da sucção não-
nutritiva e nutritiva.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está errada.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está certa

Gabarito: Letra D

22. (CPCON UEPB /pref. M Horebe-2019)

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De acordo com a classificação das fissuras labiopalatinas preconizada por Spina et al. (1972), tendo como
referência anatômica o forame incisivo, as figuras A D e H abaixo correspodem respectivamente a:

Centro de tratamento das Malformações Craniofaciais. Malformações Craniofaciais - Fissuras labiopalatinas. São Paulo,
2012. Disponível em: <http://ctmc.lusiada.br/malformacoes-craniofaciais/>. Acesso em: 03 jun. 2019.

a) Fissura pré-forame unilateral completa; Fissura transforame bilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.

b) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame bilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.

c) Fissura pós-forame unilateral incompleta; Fissura pós-forame bilateral completa; Fissura transforame
incompleta.

d) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame unilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.

e) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame bilateral completa; Fissura transforame
incompleta.

Comentários:

A figura A representa uma fissura pré-forame incisivo unilateral incompleta pois é anterior ao forame
incisivo e atingiu apenas o lábio.

A figura D representa uma fissura pré-forame incisivo bilateral completa pois, atingiu o forame inciso, o
lábio e o rebordo alveolar.

A figura H representa uma pós forame incompleta pois atingiu palato mole e a úvula parcialmente.

A alternativa A está errada.


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A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada

Gabarito: Letra B

23. (VUNESP /perf. Valinhos-SS2019)

De acordo com a literatura, as fissuras labiopalatinas, podem ser categorizadas através da Classificação de
Spina (1972). Em caso de pacientes que são afetados o palato duro e o palato mole é denominado fissura

a) labial transforame.

b) palatina pós forame.

c) labial incompleta.

d) labial pré forame.

e) fissura palatina pré forame.

Comentários:

De acordo com as Spina36 as fissuras podem ser:

• pré-forame incisivo: completa (atinge forame, lábio e processo alveolar) ou incompleta (atinge os
lábios)
• pós-forame incisivo: completa (alcança o forame, palato duro, palato mole e a úvula) ou
incompleta (atinge o palato duro parcialmente, o palato mole e a úvula ou o palato mole
parcialmente e a úvula).
• transforame incisivo: atravessa o forame incisivo, rompendo a maxila em toda extensão desde o
lábio até a úvula, atingindo lábio e palato.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada

36
Genaro, KFG Yamachita, RP Trindade,IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in Fernandes
et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014
53

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Gabarito: Letra B

24. (IADES - Fiscal /CREFONO 7-2014)

Pode ocorrer em pacientes com fissuras labiopalatinas, é resistente à fonoterapia e, quando presente,
pode comprometer a fala de um indivíduo, de forma a torná-la ininteligível até mesmo para os familiares
mais próximos.

Essas informações caracterizam o (a)

a) desvio fonológico.

b) distúrbio articulatório compensatório.

c) disfunção temporomandibular.

d) disartria.

e) dispraxia.

Comentários:

Pacientes com fissura palatina podem apresentar distúrbios articulatórios compensatórios. Estes podem
ser entendidos como uma estratégia para compensar a capacidade de se impor pressão aérea na cavidade
oral. As articulações compensatórias mais frequentes são: golpe de glote, fricativa faríngea, plosiva
faríngea, fricativa velar, plosiva dorso médio - palatal, fricativa nasal posterior37.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada

A alternativa E está errada

Gabarito: Letra B

25. (AOCP / SESMA Belém / 2018)

Paciente masculino de 08 anos, portador de fissura pré-forame incisivo completa, foi encaminhado para o
serviço de Fonoaudiologia necessitando de uma avaliação clínica da produção da fala, pois essa avaliação

37
Genaro, KFG Yamachita, RP Trindade,IEK: Avaliação clínica e instrumental da fala na fissura labiopalatinas in Fernandes
et al Tratado de fonoaudiologia – segunda edição – Rocca - 2014
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é a mais importante para o diagnóstico e tratamento das alterações de comunicação da fissura


labiopalatina. Assinale a alternativa que apresenta dois aspectos importantes que compõem essa
avaliação.

a) Mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios e inteligibilidade de fala.

b) Ressonância e articulação.

c) Ritmo e mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios.

d) Ressonância e velocidade de fala.

e) Articulação e inteligibilidade de fala.

Comentários:

Os dois aspectos mais importantes na avaliação da fala nos casos de fissura palatina são: ressonância e
articulação. A articulação para avaliação dos distúrbios compensatórios, que podem comprometer a
inteligibilidade de fala e a ressonância para avaliação da hipernasalidade, tipo de alteração mais frequente
observada em indivíduos com fissura palatina.

A alternativa A está errada.

A alternativa B está certa.

A alternativa C está errada.

A alternativa D está errada

A alternativa E está errada

Gabarito: Letra B

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LISTA DE QUESTÕES

1. (FCC /Campinas -2016)

Considere a figura e as informações abaixo.

(CYMROT, Moacir et al. Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um
Hospital Pediátrico do Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.), São Paulo, v. 25, n. 4, p. 648-651, Dec. 2010)

Durante a 6ª semana de vida, o segmento intermaxiliar proveniente dos processos nasais medianos,
originará a região mediana do lábio superior e o filtrum. Caso esses processos não aconteçam de forma
adequada, ocorrem as fissuras palatinas e labiais, que podem ser manifestações isoladas ou manifestações
de síndromes genéticas e/ou consequências delas.

(GUEDES, Z.C.F. Síndromes Craniofaciais e o Desenvolvimento Motor Oral. Tratado de Especialidades em


Fonoaudiologia, 2014)

Nesse contexto,

a) A é um exemplo de fissura pós-forame incompleta.

b) A e B são exemplos de fissuras pós-forame.

c) D é um exemplo de fissura transforame incisivo bilateral e completa.

d) E e F são exemplos de fissuras transforame.

e) H é um exemplo de fissura pós-forame alveolar central.

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2. (VUNESP/Pref. Dois Córregos-2019)

As malformações craniofaciais são alterações congênitas que envolvem a região do crânio e da face, como
as fissuras labiopalatinas, por exemplo. Classicamente, a classificação desses quadros tem como
referência a própria fissura e um acidente anatômico.

Assinale a alternativa que corretamente denomina esse acidente.

a) Septo nasal.

b) Forame platino menor.

c) Traumatismo craniano.

d) Forame incisivo.

e) Processos alveolares da maxila.

3. (FAUEL/Pref. Mandaguari -2019)

As fissuras labiopalatinas (FLP) são malformações congênitas de lábio e de palato, consideradas


craniofaciais e enquadradas na classificação das displasias (Cardim, 1989). Tomando como referência a
classificação de SPINA (1972) indique quais estruturas anatômicas afetadas condizem com a fissura pós-
forame completa:

a) Alvéolo e palato duro

b) Lábio e palato mole

c) Palato mole e palato duro

d) Lábio, alvéolo, palato duro, palato mole.

4. (PUC PR /Pref. Faz RG -2018)

A paralisia facial decorre de uma lesão em qual par craniano?

a) VII.

b) V.

c) VI.

d) VIII.

e) IX.

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5. (COSEAC UFF /Pref. Maricá -2018)

Nos pacientes portadores de Paralisia Facial Periférica, a investigação médica deve focar nos sinais e
sintomas relacionados às principais causas desta doença. A língua plicata pode ser comumente
encontrada no caso de a Paralisia Facial ter como fator causal:

a) mandíbula fraturada.

b) doenças infecciosas.

c) diabetes melito.

d) tumores de orelha média.

e) síndrome de Melkersson-Rosenthal.

6. (VUNESP /Pref. Cerquilho-2019)

Em pacientes com paralisia facial periférica cuja lesão do nervo facial está acima da emergência no nervo
da corda do tímpano, é esperado o seguinte comprometimento:

a) diminuição do lacrimejamento.

b) diminuição da gustação dos 2/3 anteriores da língua.

c) ausência do reflexo estapediano.

d) ausência do reflexo de piscamento.

e) paralisia da porção inferior da face.

7. (VUNESP/Pref. Poá -2015)

Após uma consulta pediátrica, o bebê é encaminhado para o setor de fonoaudiologia com uma sugestão
de discussão do caso após a avaliação clínica fonoaudiológica.

Encaminhamento: “Encaminho A.S.T, 2 meses, para avaliação e conduta fonoaudiológica.

Ele apresenta paralisia facial bilateral congênita por acometimento do VI e VII pares cranianos,
oftalmologia, deformação de orelha externa, micrografia, dificuldade para se alimentar, sugando com
muito esforço. Ele se cansa e não ingere alimento suficiente, mantendo baixo peso. Também apresenta
estrabismo convergente.

Tenho dúvidas sobre sua acuidade auditiva.

Aguardo relatório e discussão do caso.”

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Frente a esse quadro, possivelmente esse bebê é portador de síndrome de

a) Mohr.

b) Pierre Robin.

c) Sprintzen.

d) Moebius.

e) X frágil.

8. (VUNESP/Pref.Arujá-2015)

Nos atendimentos em berçários, o fonoaudiólogo pode encontrar casos de RN portadores de anomalias


ou malformações congênitas que necessitam de orientações específicas a fim de se garantir que o suporte
alimentar seja feito e a saúde e o ganho de peso comecem a se processar desde os primeiros dias de vida
do RN. Considere as orientações a seguir, dadas a dois casos:

Caso 1: Priorizar o decúbito elevado ao alimentar, o uso de bico ortodôntico, a colocação de micropore no
lábio superior, realizar higiene oral após a alimentação e verificar a possibilidade de uso de placa palatina.

Caso 2: Priorizar a postura em decúbito prono por 24 hs por dia, postura prono ou lateral ao se alimentar,
estimular sucção não nutritiva, podendo oferecer inicialmente com bico longo, e gradativamente passar
ao ortodôntico.

As orientações estão relacionadas a casos de

a) (1) fissuras labiais e (2) paralisias faciais.

b) (1) anomalias orofaríngeas e fissuras e (2) síndrome de Moebius.

c) (1) paralisias cerebrais atáxicas e (2) atetoides.

d) (1) anomalias orofaríngeas e fissuras e (2) sequência de Pierre Robin.

e) (1) síndrome velo cardio facial e (2) síndrome de Moebius.

9. (SELECON /SME Cuiabá-2019)

A paralisia facial é uma enfermidade que provoca paresia ou paralisia total de alguns ou todos os músculos
da face, podendo ser classificada como central ou periférica. Caracteriza-se a paralisia facial periférica na
seguinte afirmativa:

a) As estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, ocasionando lesão no córtex cerebral.

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b) A lesão ocorre do núcleo para a periferia sem atingir o córtex cerebral e é causada pela paralisia dos
nervos faciais.

c) A lesão ocorre do núcleo para a periferia atingindo o córtex cerebral e é causada pela paralisia dos
nervos faciais.

d) As estruturas lesionadas estão acima do núcleo do nervo facial, porém sem atingir o córtex cerebral.

10. (Machado de Assis/Pref. Paço do Lumiar -2019)

Alguns sinais informam dados preciosos sobre a topografia da lesão do paciente, o que torna mais fácil o
prognóstico fonoaudiológico. O sinal de Legendre, Pitres e de Bell estão relacionados intimamente com:

a) Acidente Vascular Cerebral.

b) Afasia de Wernike.

c) Paralisia Facial Periférica.

d) Sincinesias.

11. (IBFC/Pref. Cruzeiro do Sul -2019)

A atuação fonoaudiológica na reabilitação dos casos de paralisia facial busca reorganizar as estruturas
responsáveis pela expressão facial e do sistema estomatognático. Portanto, o fonoaudiólogo deve ter a
competência em saber o trajeto do nervo facial, as causas e consequências da paralisia facial. A esse
respeito, assinale a alternativa incorreta.

a) Na paralisia de Bell há paralisia ou paresia de músculos da face de forma súbita

b) A contratura é definida como a movimentação involuntária de um músculo ou de um grupo muscular na


hemiface comprometida e quando está presente pode gerar grande angústia ao paciente

c) A síndrome de Guillan Barré pode ocasionar paralisia facial periférica

d) A glândula parótida, o meato acústico interno e os músculos da face são regiões em que passam raízes
do nervo facial

12. (FEPESE /Pref. Florianópolis-2019)

Um paciente adulto, 35 anos, sexo masculino, compareceu à Policlínica para realização dos exames de:
audiometria tonal liminar, logoaudiometria e imitanciometria. O paciente foi encaminhado pelo médico
do centro de saúde em decorrência de um quadro de Paralisia Facial Periférica (PFP) à direita. O paciente
não relata queixas auditivas e/ou vestibulares.

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Considerando que a PFP é supraestapediana e que à audiometria o paciente apresentou limiares auditivos
dentro dos padrões de normalidade bilateralmente, assinale a alternativa correta quanto aos resultados
do exame de imitanciometria.

a) Curva timpanométrica do tipo A bilateralmente, reflexo acústico contralateral direito ausente e


contralateral esquerdo presente.

b) Curva timpanométrica do tipo A bilateralmente, reflexo acústico contralateral direito presente e


contralateral esquerdo ausente.

c) Curva timpanométrica do tipo A bilateralmente, reflexo acústico contralateral direito e ipsilateral


direito ausentes.

d) Curva timpanométrica do tipo Ad à orelha direita, tipo A à orelha esquerda, reflexo acústico
contralateral direito ausente e ipsilateral esquerdo presente.

e) Curva timpanométrica do tipo B à orelha direita, tipo A à orelha esquerda, reflexo acústico contralateral
e ipsilateral esquerdos ausentes.

13. (CESGRANRIO /UNIRIO-2016)

A fonoaudiologia colabora, de forma reconhecida, promovendo o equilíbrio miofuncional e


estomatognático na reabilitação dos pacientes queimados.

A contribuição da fonoaudiologia para esses casos tem como característica a abordagem na fase

a) aguda, antes do término do processo de formação do tecido de granulação.

b) ambulatorial, aplicada ao tecido tegumentar resultante da queimadura, reduzindo retração cicatricial.

c) crítica, objetivando manipulação firme, aplicada de modo a atingir os músculos mais profundos.

d) de internação, direcionada para técnicas de massoterapia que objetivam alívio da dor.

e) pós-cirúrgica, com mobilização do tecido superficial, utilizando lubrificantes nas fricções.

14. (PUC PR/Curitiba-2009)

A atuação fonoaudiológica junto a pacientes queimados é uma nova área de atuação da fonoaudiologia,
pois ocorrem sequelas importantes quando a região atingida é a face, pescoço ou ainda em caso de
queimadura inalatória.

Considere as afirmações abaixo:

I. De forma geral, os pacientes queimados de face e pescoço podem apresentar ineficiência de funções
neurovegetativas, insuficiência de movimento das estruturas da face e retração residual.

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II. As sequelas fonoaudiológicas de pacientes queimados de face e pescoço podem englobar alterações de
expressão facial (que interferem na comunicação) e no grau de abertura da boca, impactando a
inteligibilidade da fala.

III. As queimaduras inalatórias podem levar a um quadro de disfonia por alteração na mucosa do trato e
das pregas vocais.

Assinale a alternativa CORRETA:

a) As afirmações I e II são verdadeiras.

b) As afirmações I e III são verdadeiras.

c) As afirmações II e III são falsas.

d) As afirmações I, II e III são verdadeiras.

e) A afirmação III é falsa.

15. (IBFC /EBSERH-HUGG -2017)

Assinale a alternativa correta. Em recém-nascidos de baixo peso que estão fazendo uso de sonda para
nutrição, o primeiro teste de sucção nutritiva deve ser realizado:

a) Apenas depois da retirada da sonda

b) No peito materno

c) Com o neonato dormindo

d) Com mamadeiras apropriadas

e) Quando o neonato atingir o peso ideal

16. (UEPA /PM PA -2012)

Na amamentação natural denominada nutritiva, o bebê suga o leite materno, o que lhe proporciona
prazer oral e satisfaz a sua fome. O processo de sucção-respiração-deglutição contribui de várias formas
para o desenvolvimento da criança. Sobre os benefícios da sucção nutritiva é correto afirmar que:

a) contribui para o aparecimento de infecções bucais.

b) não coordena sucção-respiração-deglutição.

c) diminuição da cavidade oral.

d) ausência de fortalecimento do vínculo entre mãe e filho.


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e) estimula o crescimento ósseo mandíbula.

17. (UFMT /Pref. VG-2018)

A Lei n.º 13.002/2014 torna obrigatória a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em
Bebês – Teste da Linguinha – em todos os hospitais e maternidades. Sobre esse teste, assinale a
afirmativa INCORRETA.

a) A triagem neonatal compreende a avaliação anatomofuncional e a avaliação da sucção não nutritiva e


nutritiva.

b) O reteste para casos de dúvida quanto à interferência do frênulo nos movimentos da língua deve ser
realizado após 30 dias de vida.

c) O teste é um exame padronizado que possibilita diagnosticar e indicar o tratamento precoce das
limitações dos movimentos da língua.

d) A frenotomia é o procedimento mais indicado para bebês que apresentam interferência do frênulo nos
movimentos da língua.

18. (FAU UNICENTRO /Pref. Apucarana-2017)

Quanto ao aleitamento materno, assinale a alternativa incorreta:

a) Recém-nascidos pré-termos podem recebê-lo, desde que tenham prontidão para a mamada e
possibilidade de estimulação oral.

b) Recém-nascidos com uso prolongado de sonda gástrica podem ter dificuldades relacionadas à
coordenação entre sucção, respiração e deglutição.

c) O fonoaudiólogo pode contribuir para o acompanhamento e a efetividade da técnica da transição de


sonda gástrica diretamente para seio materno (sonda-peito) em recém-nascido pré-termo.

d) A técnica de sucção não nutritiva se refere à estimulação da sucção na “mama vazia”, associada a
interrupção da dieta por sonda.

e) O fonoaudiólogo é profissional capacitado e deve ser inserido nas unidades neonatais, integrado à
equipe interdisciplinar.

19. (FDC /SEHAC-2019)

Analise as estratégias terapêuticas indicadas para recém nascidos pré termo, e identifique a alternativa
INCORRETA.

a) Indução de automatismos orais ausentes ou incompletos com uso de técnicas especificas coo tapping e
massagens.

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b) Estimulação tátil e gustativa, utilizando toques em região peri e intra oral.

c) Sucção não nutritiva associada a alimentação por sonda.

d) Estratégias de manuseio global, principalmente, para os recém nascidos com neuropatias, visando a
adequação do tônus, postura e mobilidade global.

e) Estimulação térmica gelada, utilizando toques em região peri e intra oral.

20. (QUADRIX /Pref. Jataí-2019)

O trabalho fonoaudiológico na UTI neonatal é fundamental na detecção de alterações do sistema


sensório‐motor‐oral principalmente em relação à coordenação das funções de
sucção/deglutição/respiração nos recém‐nascidos. Com relação à atuação fonoaudiológica nesses casos,
assinale a alternativa correta.

a) A intervenção fonoaudiológica, nesses casos, é iniciada por meio da sucção não nutritiva. A sucção
não‐nutritiva é uma série de eclosões de sugadas alternadas e com pausas. A estimulação da sucção é feita
com o dedo enluvado proporcionando um aumento nas séries de eclosões de sugadas alternadas e
rítmicas. Essa estimulação, ao ser complementada com a alimentação por sonda orogástrica ou
nasogástrica, acelera a maturação do reflexo de sucção, facilitando a transição para alimentação por via
oral, auxiliando no ganho de peso e proporcionando menos tempo de hospitalização.

b) Obtido o equilíbrio do estado clínico, procede‐se a avaliação vocal do paciente. Nesse momento
define‐se a possibilidade de trabalho fonoterápico vocal com técnicas específicas, a partir das
possibilidades de produção vocal do paciente. É fundamental dar continuidade à fonoterapia no leito.

c) Realiza ações e estratégias voltadas ao estímulo ao aleitamento materno exclusivo, inclusive durante os
horários da alimentação dos recém‐nascidos. Quando são identificadas dificuldades, o suporte específico
é realizado pela equipe interdisciplinar.

d) A intervenção fonoaudiológica, nesses casos, é iniciada por meio da orientação e estimulação do


sistema estomatognático, com foco na introdução de diferentes consistências (líquido, pastoso e sólido),
avaliando a mastigação e deglutição, observado o risco de broncoaspiração.

e) O trabalho é realizado com o paciente no leito, ainda em breve recuperação e apresentando um quadro,
por vezes, grave de algumas patologias. O objetivo é retardar ao máximo a evolução progressiva da
doença proporcionando maior qualidade de vida e bem‐estar do paciente.

21. (SELECON /SMS Campo Grande-2019)

De acordo com Martinelli (2013), o protocolo específico de avaliação do frênulo lingual para bebês é
dividido em três partes, quais sejam:

a) história clínica, avaliação do palato e avaliação da bochecha

b) história clínica, avaliação da língua e avaliação da úvula


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c) avaliação anatomofuncional, avaliação da sucção nutritiva e avaliação craniofacial

d) história clínica, avaliação anatomofuncional e avaliação da sucção não nutritiva e nutritiva

22. (CPCON UEPB /Pref. M Horebe-2019)

De acordo com a classificação das fissuras labiopalatinas preconizada por Spina et al. (1972), tendo como
referência anatômica o forame incisivo, as figuras A D e H abaixo correspodem respectivamente a:

Centro de tratamento das Malformações Craniofaciais. Malformações Craniofaciais - Fissuras labiopalatinas. São Paulo,
2012. Disponível em: <http://ctmc.lusiada.br/malformacoes-craniofaciais/>. Acesso em: 03 jun. 2019.

a) Fissura pré-forame unilateral completa; Fissura transforame bilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.

b) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame bilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.

c) Fissura pós-forame unilateral incompleta; Fissura pós-forame bilateral completa; Fissura transforame
incompleta.

d) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame unilateral completa; Fissura pós-forame
incompleta.

e) Fissura pré-forame unilateral incompleta; Fissura pré-forame bilateral completa; Fissura transforame
incompleta.

23. (VUNESP /Pref. Valinhos-SS2019)

De acordo com a literatura, as fissuras labiopalatinas, podem ser categorizadas através da Classificação de
Spina (1972). Em caso de pacientes que são afetados o palato duro e o palato mole é denominado fissura

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a) labial transforame.

b) palatina pós forame.

c) labial incompleta.

d) labial pré forame.

e) fissura palatina pré forame.

24. (IADES - Fiscal /CREFONO 7-2014)

Pode ocorrer em pacientes com fissuras labiopalatinas, é resistente à fonoterapia e, quando presente,
pode comprometer a fala de um indivíduo, de forma a torná-la ininteligível até mesmo para os familiares
mais próximos.

Essas informações caracterizam o (a)

a) desvio fonológico.

b) distúrbio articulatório compensatório.

c) disfunção temporomandibular.

d) disartria.

e) dispraxia.

25. (AOCP / SESMA Belém / 2018)

Paciente masculino de 08 anos, portador de fissura pré-forame incisivo completa, foi encaminhado para o
serviço de Fonoaudiologia necessitando de uma avaliação clínica da produção da fala, pois essa avaliação
é a mais importante para o diagnóstico e tratamento das alterações de comunicação da fissura
labiopalatina. Assinale a alternativa que apresenta dois aspectos importantes que compõem essa
avaliação.

a) Mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios e inteligibilidade de fala.

b) Ressonância e articulação.

c) Ritmo e mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios.

d) Ressonância e velocidade de fala.

e) Articulação e inteligibilidade de fala.

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GABARITO
1. D
2. D
3. C
4. A
5. E
6. B
7. D
8. D
9. B
10. C
11. B
12. B
13. B
14. D
15. B
16. E
17. A
18. D
19. E
20. A
21. D
22. B
23. B
24. B
25. B

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