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SURDEZ

COMO DENOMINAR?

Deficient SURDO
e auditivo SURDO-
MUDO
SURDO-MUDO
apague esta idéia

Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos


GRAUS DE PERDA AUDITIVA

Audição normal - até 20 dB


• Surdez leve - de 20 a 40 dB
• Surdez moderada - de 40 a 70 dB
• Surdez severa- de 70 a 90 dB
• Surdez profunda - acima de 90 dB
•Pessoa surda aquela que, por ter
SURDOS
perda auditiva, compreende e
interage com o mundo por meio de
experiências visuais, manifestando
sua cultura principalmente pelo uso
da Língua Brasileira de Sinais –
Libras.
• DECRETO FEDERAL 5626/2005
1º período - meados do século XVIII
até a primeira metade do século
XIX.
•Professores surdos, mediação da
língua de sinais, leitura e escrita,
com bons resultados acadêmicos e
sociais.
2º período - Congresso de Milão
(1880) até meados da década
de 1960.
•Proibição da língua de sinais.
•Imposição da língua falada.
•Fracasso escolar maciço.
3º período - a partir de 1965
•William Stokoe - estudos científicos
sobre a língua de sinais americana
•Superioridade no desenvolvimento e
aprendizagem de surdos filhos de pais
surdos.
•Experiências de educação bilíngüe:
língua de sinais e língua oficial.
ALGUMAS IDÉIAS ERRADAS
SOBRE A LÍNGUA DE SINAIS

 “ A língua de sinais é uma mistura de mímica e gestos


naturais.”

“ A língua de sinais é igual em qualquer lugar.”

“ A língua de sinais é pobre e não transmite idéias


abstratas.”

“ Os surdos utilizam apenas o alfabeto manual para


se comunicar.”

“ Todos os surdos usam a língua de sinais.”


A LÍNGUA BRASILEIRA DE
SINAIS
•Lei n. 10.436/2001 - oficializa a
Libras em território nacional.
•Decreto 5626/2005.
•Modalidade visual espacial.
•Estrutura gramatical própria.
PARÂMETROS PRINCIPAIS

Configuração da mão (CM)

Ponto de articulação (PA)


Orientação das mãos.

Movimento (M)
Expressão facial
Espaço de realização dos sinais e as quatro áreas
principais de articulação dos sinais

24/07/2022
A LÍNGUA BRASILEIRA DE
SINAIS
• Variações lingüísticas.
• Aquisição da linguagem -
primeira língua das crianças
surdas.
Quais os direitos educacionais
assegurados aos surdos como minoria
lingüística?

O direito à Língua Brasileira de Sinais


– Libras – como primeira língua na
infância.
O direito ao aprendizado da língua
portuguesa. Ou seja:
O direito à educação bilíngüe.
Educação bilíngüe para surdos
A educação bilíngüe compreende
uma situação lingüística que envolve
o uso de duas línguas distintas na
comunicação e no ensino: a língua de
sinais e a língua oficial do país.
PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SURDEZ:

Educador surdo: professor,


instrutor e monitor.
Professor bilíngüe: ensino do
português escrito (práticas de
letramento).
Intérprete de Libras: apoio à
inclusão escolar.
AIDS
Eu sabe namorado conversar precisa sengue
medico conhece não aids saúde bom livre
pode cuidado precisa sempre médico saúde
beijo boca pode, sexo precisa camisinha. bom
normal paz eu eviste sempre médico bom,
livre eu HIV + positivo normal.
Eu vivo mulher com bom não ou sem ela
nunca eu medico sempre. Eu namorado com
depois quero de limpo marido. Saúde precisa
sempre médico bom.
(N. 20 - 2ª ano Ens. Médio)
EM QUE CONSISTE A DIFERENÇA
DOS SURDOS?

PROBLEMAS DE
COMUNICAÇÃO
NÃO FALAM NÃO
OUVEM
ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO
CURRÍCULO
• A capacitação da comunidade
• escolar sobre a surdez, a língua de
• sinais e as necessidades
• diferenciadas dos alunos.
• A implantação da educação
• bilíngüe nas escolas que têm
• alunos surdos.
ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO
CURRÍCULO
• A inclusão da Libras no currículo
da escola.

• Implantar serviços de apoio:


instrutor surdo, intérpretes e
professores bilíngües.
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
NA METODOLOGIA

• Mudar a forma de comunicação


com o aluno (usar Libras).

• Enfatizar a expressão facial e


corporal.
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
NA METODOLOGIA

• Construir regras para facilitar a


comunicação do grupo.
• Recursos visuais de apoio:
alfabeto manual, desenhos, fotos,
cartazes.
ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE
CONTEÚDO E AVALIATIVAS

• Adequar conteúdos que exijam


audição (tonicidade e separação
silábica, acentuação).

• Priorizar estratégias visuais na


avaliação (ligue, desenhe, associe,
indique...).
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
DE CONTEÚDO E AVALIATIVAS
• Suprimir estratégias voltadas à
alfabetização (letra X som).

• Avaliar a produção escrita de


forma diferenciada (segunda
língua).
Ouvido humano
• O ouvido é dividido em 3 partes: externo,
médio e interno.
Ouvido externo: É formado pela orelha e
canal auditivo com a membrana timpânica
no fundo do canal.
• Ouvido médio: Estão os 3 ossículos
(martelo, bigorna, estribo) e a abertura da
tuba auditiva.
• Ouvido interno: Também chamado de
labirinto, é formado pelo aparelho vestibular
(equilíbrio) e cóclea (audição).
Estrutura do ouvido
• Ação da audição (surdez) produz
uma redução na percepção de
sons e dificulta a compreensão
das palavras.
• A dificuldade aumenta com o grau
de surdez, que pode ser leve,
moderada, severa e profunda.
Como o ouvido funciona
• O ouvido capta vibrações do ar (sons)
e as transforma em impulsos
nervosos que o cérebro "ouve". O
ouvido externo é composto pelo
pavilhão e pelo canal auditivo. A
entrada do canal auditivo é coberta
de pêlos e cera, que ajudam a mantê-
lo limpo.
• O canal auditivo leva o som a uma
membrana circular e flexível,
chamada tímpano, que vibra ao
receber ondas sonoras. Esta, por sua
vez, faz vibrar, no ouvido médio, três
ossículos, que ampliam e intensificam
as vibrações, conduzindo-as ao
ouvido interno.
• O ouvido interno é formado por um
complexo sistema de canais contendo
líquido aquoso. Vibrações do ouvido
médio fazem com que esse líquido se
mova e as extremidades dos nervos
sensitivos convertem esse movimento
em sinais elétricos, que são enviados
ao cérebro, através do nervo da
audição (nervo auditivo).
Causas da surdez
• Surdez é uma condição que se manifesta
com diferentes graus, desde perdas
auditivas leves até a surdez profunda.
• Grande parte dos casos de surdez são
transmitidos durante a gravidez como
consequência do consumo de álcool e
drogas, má nutrição da mãe, doenças como
diabetes, ou mesmo infecções que surgem
durante a gestação como sarampo
ou rubéola.
• Outro grande causador de
deficiência auditiva  é exposição 
a ruídos intensos (mais de 75
decibéis), como de máquinas
industriais, música alta, armas ou
foguetes por exemplo.
• Doenças infecciosas bacterianas
ou virais, assim como o uso de
alguns medicamentos podem
causar a surdez.
• Frequentemente a dificuldade
auditiva desenvolve-se em pessoas
com mais de 65 anos de idade
devido ao processo degenerativo
natural.
• O tratamento para a surdez
depende da sua causa, podendo-se
recorrer à próteses ou implantação
de sistemas eletrônicos conside -
rando também a profundidade da
deficiência auditiva.
Prevenção da Surdez
• Detecção Precoce ou Tardia da Surdez: Vantagens ou
Conseqüências
• Aproximadamente,uma, em cada mil crianças, nasce
com surdez profunda. Muitas outras nascem com grau
menor de surdez e outras mais a adquirem após o
nascimento.
• A diminuição da audição na criança, principalmente
nos primeiros anos de vida, interfere no
desenvolvimento das habilidades da fala e linguagem.
Efeitos adversos também costumam ocorrer no
desenvolvimento social, emocional cognitivo e no
relacionamento familiar.
-Embora existam métodos efetivos para
detectar perdas auditivas desde o
nascimento, a média de idade de
detecção da surdez está entre três e
cinco anos. Graus menores de surdez
costumam ser detectados com mais
idade, em geral, quando inicia o período
escolar.
-O resultado disso é que muitas crianças
com deficiência auditiva não recebem
aprendizado adequado no período etário
considerado o mais importante para o
desenvolvimento da fala e linguagem.
-Existe, portanto, também, um consenso
de que a surdez seja detectada o mais
cedo possível a fim de que sejam
tomadas, em tempo hábil, as medidas
adequadas para o desenvolvimento da
criança, com isso minimizando ou
prevenindo efeitos adversos.
-Existe um consenso de que o período
mais importante para o desenvolvimento
da fala e linguagem é o dos primeiros
três anos de vida.
O modo como os sinais elétricos são
interpretados pelo cérebro ainda não
está claramente entendido.
Os três ossos
• Os três ossos do ouvido médio são os
menores do corpo. Devido ao seu formato,
chamam-se: martelo, bigorna e estribo. Eles
estão interligados de maneira que as
vibrações de um osso provocam vibrações
no próximo osso da cadeia, levando as
ondas sonoras até o ouvido interno, onde
são transformadas em impulsos elétricos,
que chegam ao cérebro através do nervo
auditivo.
Ondas sonoras
• As vibrações que as ondas sonoras causam no ar são
convertidas em sinais elétricos na cóclea do ouvido
interno, onde penetram por uma membrana chamada
janela oval e passam para um canal cheio de líquido.
Tudo isso tem mais ou menos o tamanho do dedo
mindinho e o formato de um caracol. O canal contém
membranas com milhares de terminações nervosas
parecidas com cílios. É o chamado órgão de Corti. As
vibrações movimentam o líquido, que mexe os cílios e
faz os nervos dispararem sinais elétricos. Esses sinais
são transmitidos ao cérebro por meio do nervo
auditivo. Vibrações mais fortes criam sons mais
intensos.
O equilíbrio
• O que dá a sensação de equilíbrio são os três canais
semicirculares do ouvido interno. No final de cada um,
há uma área dilatada chamada ampola. Os canais
semicirculares vão dar em duas bolsas, o utrículo e o
sáculo. Toda a estrutura está imersa em líquido. A
ampola, o utrículo e o sáculo são recobertos de pêlos
sensoriais. Ao movermos a cabeça, o líquido
pressiona os pêlos, que convertem a pressão em
sinais elétricos conduzidos até o cérebro. As bolsas
indicam a posição da cabeça, e os canais indicam a
direção em que ela se move. No utrículo e no sáculo,
os pêlos estão envoltos por uma substância
gelatinosa contendo minúsculos cristais de carbonato
de cálcio, os otólitos.
O Cérebro
• Os sinais provenientes da cóclea viajam
até o cérebro através do nervo auditivo.
Este transporta os sinais sonoros até a
área do cérebro chamada córtex auditivo.
É nessa área que o cérebro interpreta os
sinais como "sons". Na verdade, não se
sabe ao certo como o cérebro interpreta
as ondas sonoras captadas pelo ouvido e
transformadas em energia elétrica.

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