Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CABEÇA E PESCOÇO
MUSCULATURA
1. Músculos da mastigação.
2. Músculos da expressão facial e do couro cabeludo.
3. Músculo platisma.
4. Músculos do assoalho da boca ou músculos supra-hióideos: são músculos cervicais que
se encontram acima da linha hióidea, sendo descritos como músculos do assoalho da
boca, elevando o osso hióide.
5. Músculos do pescoço ou cervicais:
i. Superficiais:
1. Infra-hióideos.
2. Supra-hióideos.
3. ECM.
4. Trapézio.
ii. Profundos: Pré-vertebrais.
MASTIGAÇÃO
Inervados motoramente pelo nervo mandibular, terceira divisão do nervo trigêmeo. Os ramos
recebem o nome dos músculos (ramos pterigóideos, massetéricos e temporais profundos).
Irrigação: ramos da segunda parte da artéria maxilar. Os ramos recebem nome dos músculos
(artéria massetérica, artérias temporais profundas e artérias pterigóideas).
1. Músculo temporal
2. Músculo masseter
3. Músculo pterigóideo medial
4. Músculo pterigóideo lateral
O nervo trigêmeo é o nervo sensitivo da face e o nervo motor dos músculos da mastigação.
Músculo temporal:
- Formado por fibras verticais, oblíquas e horizontais.
- Origem: Fossa temporal.
- Inserção: Processo coronóide da mandíbula.
- Função: Eleva (fecha a boca) e as fibras horizontais retraem a mandíbula.
- Irrigação: artérias temporais profundas.
Músculo masseter:
- Músculo mais forte do corpo.
- Origem: Arco zigomático.
- Inserção: Tuberosidade massetérica, lateralmente no ângulo da mandíbula.
- Função: Principal elevador da mandíbula, além de realizar sua protração (ação oposta às
fibras horizontais da do músculo temporal).
- Irrigação: artéria massetérica.
FACE
REGIÕES DA FACE
EXPRESSÃO FACIAL
Músculo prócero:
- Ação: franzir o cenho (rugas horizontais na região entre as sobrancelhas - movimento
de levantar o nariz e aproximar as sobrancelhas).
- Expressões denotadas: preocupação e reprovação.
Músculo nasal:
- Comprime as asas do nariz.
- Aumenta a abertura das narinas.
Músculo risório:
- Retrai lateralmente o ângulo dos lábios (a comissura labial).
- Sorriso amarelo.
- Responsável pelas covinhas.
Músculo bucinador:
- Profundo, localizado atrás do músculo risório.
- Protege as bochechas na mastigação e dá a elas seu formato arredondado.
- Perfurado pelo ducto parotídeo e pelo ramo bucal do nervo mandibular.
- Responsável pela forma das bochechas.
- Sucção, assovio e assopro.
- Muito desenvolvido em musicistas de sopro.
Músculo platisma:
- Grande músculo da pele do pescoço.
- Lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço.
- Cobre a face anterolateral do pescoço.
- Muito superficial, causando muitas rugas com o envelhecimento (estampa a idade).
- Tensiona a pele da região do pescoço.
- Salienta a veia jugular externa.
Músculo auriculares:
- São três: anterior, posterior e superior.
- Puxam as aurículas para cima, para trás e para frente.
- Poucas pessoas conseguem movimentar as orelhas graças ao desenvolvimento dos
músculos auriculares.
Correlação clínica:
- Linhas e rugas de expressão são relacionadas a perda de elasticidade da pele: a
aplicação de toxina botulínica paralisa os músculos da expressão facial, reduzindo o
aparecimento dessas marcas.
- Bichectomia: remoção do corpo adiposo de bichat (almofada suctorial)
presente entre a pele e o músculo bucinador.
- A mímica é volitiva, ou seja, assumimos a contração do músculo que desejamos,
quando desejamos.
- A expressão facial é involuntária e denota a contração dos músculos da expressão
facial frente a alguma emoção.
ASSOALHO DA BOCA
(Cai na teórica. Na prática, nem tanto, geralmente, é possível visualizar o digástrico e o milo-hióideo
apenas)
COURO CABELUDO
Correlações clínicas:
- Secção do couro cabeludo:
- Lesões do couro cabeludo tendem a sangrar abundantemente, pois se trata de
uma região extremamente irrigada.
- Além disso, a densidade tecidual local impede que as artérias se fechem caso
elas sejam lesionadas, o que produz um sangramento muito mais profundo.
- Aumento das bordas do corte: dada a tração provocada pelos ventres frontais e
occipitais do músculo occipitofrontal frontal sobre a aponeurose epicrânica,
desnudando a região.
- A camada de tecido frouxo confere enorme mobilidade às superfícies adjacentes. Há
com isso uma grande facilidade de remoção do escalpo (couro cabeludo) em
acidentes ou agressões.
Inervação dos músculos do couro cabeludo: ramos terminais do nervo facial através do plexo
parotídeo.
Drenagem venosa:
- Veias supraorbital e supratroclear (que convergem para formar a veia oftálmica superior)
drenam a região frontal.
- Veia temporal superficial lateralmente.
- Veia occipital, tributária da veia jugular interna, na região nucal.
Observe que toda a irrigação do couro cabeludo provém de inferior para superior (de ramos
que se originam inferiormente e ascendem em direção a região da calvária).
Inervação sensitiva: principalmente, a cargo do nervo trigêmeo. Seus ramos são: nervo oftálmico,
maxilar e mandibular. Também, essa inervação é dada pelo plexo cervical (ramos anteriores dos
nervos espinhais cervicais) e pelos ramos cutâneos dos ramos dorsais dos nervos espinhais
cervicais.
Revisão: o plexo cervical consiste em uma alça nervosa formada pelos ramos anteriores
adjacentes dos quatro primeiros nervos cervicais.
Ramos dorsais dos nervos cervicais espinhais: região posterior do couro cabeludo e região nucal.
IRRIGAÇÃO
DRENAGEM VENOSA
- Inicia com a veia angular, que, no epicanto do olho, se comunica com a veia oftálmica
superior, formada pelas veias supra orbital e supratroclear.
- Essa comunicação possibilita que infecções da face possam se propagar para a
região intracraniana no seio cavernoso.
- Por essa razão, a região correspondente ao nariz externo é chamada de área
perigosa da face.
- Essa relação justifica o fato de espinhais infeccionadas, mesmo que raramente,
serem capazes de provocar meningite.
- A veia angular continua inferiormente como a veia facial, a qual recebe tributárias
correspondentes aos ramos arteriais homônimos.
- A veia facial desemboca direta ou indiretamente na veia jugular interna.
- Geralmente, a veia facial desemboca no tronco facial comum, conjuntamente com
a divisão anterior da veia retromandibular, e este drena para a veia jugular interna.
- Na desembocadura indireta, a veia facial pode se unir a lingual e a tireóidea superior,
formando o tronco tíreo-línguo-facial antes de desembocar na jugular interna.
- A veia temporal superficial une-se à veia maxilar, formando a veia retromandibular.
- A veia retromandibular apresenta duas divisões:
- Anterior: une-se a veia facial.
- Posterior: une-se a veia auricular posterior, formando a veia jugular externa.
FÁSCIA CERVICAL
TRÍGONOS CERVICAIS
Região lateral do pescoço: limitada anteriormente pela margem posterior do ECM e posteriormente
pela margem anterior do trapézio.
- Dividido pelo ventre superior do músculo omo-hióideo em:
- Trígono cervical lateral ou occipital (2): onde cruza o nervo acessório.
- Trígono supraclavicular ou omoclavicular (3).
Trapézio:
- Músculo superficial do dorso.
- Músculo toraco-apendicular, atuando sobre o cíngulo do membro superior.
- Músculo cervical, movimenta o crânio.
- Inervado pelo nervo acessório e nervos espinhais de C3 e C4 (sobretudo de forma
dolorosa e proprioceptiva).
Correlação clínica:
- Torcicolo: rigidez do ECM.
- Fraqueza muscular por lesão do nervo acessório:
- Dificuldade na elevação do ombro.
- Dificuldade da rotação da cabeça para o lado oposto ao da lesão contra a
resistência.
- Escápula alada por comprometimento da inervação do trapézio.
Infra-hióideos:
- Músculos localizados na parte inferior do osso hióide.
- Inervado pela alça cervical: ramos anteriores de C1 a C3.
- O tireo-hióideo também é inervado por um ramo do nervo hipoglosso.
- Relacionados à deglutição (eleva o assoalho da boca).
- Omo-hióideo: abaixa o osso hióide.
- Apresenta um ventre superior e um ventre inferior, conectados por um
tendão intermediário.
- Seu tendão intermediário reduz a pressão sobre a veia jugular interna,
facilitando o retorno venoso.
- Origem: margem superior da escápula.
- Inserção: margem inferior do hióide.
- Ação: abaixa, retrai e estabiliza o osso hióide.
- Esterno-hióideo:
- Origem: manúbrio do esterno e porção medial da clavícula.
- Inserção: corpo do hióide.
VASCULARIZAÇÃO
IRRIGAÇÃO
Artéria subclávia:
- Localizado entre a clavícula e a primeira costela.
- Torna-se artéria axilar na borda externa da primeira costela.
- Dividida em três porções pelo músculo escaleno anterior.
- Todos os ramos, com exceção da artéria escapular dorsal e do tronco costocervical,
se originam do primeiro segmento da artéria subclávia.
- O tronco costocervical se origina da primeira parte e a artéria escapular dorsal da
terceira parte da artéria subclávia.
- Ramos:
- Artéria vertebral:
- Ascende nos forames transversos das vértebras cervicais.
- Forma a artéria basilar com a artéria vertebral contralateral.
- Tronco tireocervical:
- Artéria tireóidea inferior:
- Emite a artéria cervical ascendente.
- Artéria supraescapular.
- Irrigação dos músculos infra e supra espinhal.
- Nutre a articulação glenoumeral.
- Artéria cervical ascendente ou artéria transversa do pescoço:
- Irrigação do músculo trapézio.
Importância clínica:
- Arterite temporal: como em idosos, em que uma mudança celular na parede das artérias
causa fortes cefaléias na região lateral da cabeça.
- Enxaquecas: vasodilatação de artérias da cabeça.
DRENAGEM VENOSA
DRENAGEM LINFÁTICA
- Linfonodos da cabeça:
- Drenam para os linfonodos cervicais profundos e superficiais.
- Linfonodos cervicais superficiais:
- Drenam para os linfonodos do grupo supraclavicular e para os linfonodos cervicais
profundos inferiores laterais.
- Linfonodos profundos anteriores:
- Drenam para os cervicais profundos inferiores laterais.
- Realizam a drenagem da tireoide e da traqueia.
- Linfonodos profundos superiores laterais:
- Drenam para os cervicais profundos inferiores laterais.
- O principal linfonodo desse grupo é o jugulodigástrico, eferente da base da língua
e da orofaringe.
- Linfonodos cervicais profundos inferiores laterais:
- Formam os troncos jugulares de cada lado.
- Destaca-se o linfonodo jugulo-omo-hióideo, eferente da região central da língua
e recebe linfa também do linfonodos do grupo superior.
- Ducto linfático direito:
- Recebe a linfa do tronco jugular.
- Drena a linfa da hemiface, hemitórax e membro superior direito.
- Abre-se na junção entre a veia jugular interna e a veia subclávia.
- Ducto torácico:
INERVAÇÃO
Inervação craniana:
- Nervo olfatório:
- Origem: bulbo olfatório.
- Suas fibras originam-se no teto da cavidade nasal e perfuram a lâmina crivosa do
osso etmóide antes de se conectar aos bulbos olfatórios na base do telencéfalo.
- Distribui-se acima da concha nasal superior na mucosa do nariz.
- Correlação clínica: anosmia.
- Perda do sentido da olfação.
- Nervo óptico:
- Origina-se na retina.
- Correlação clínica: a lesão de suas fibras levam a cegueira completa.
- Nervo oculomotor:
- Componente somático: inerva todos os músculos extrínsecos dos olhos, com
exceção dos músculos oblíquo superior e reto lateral.
- Componente visceral ou parassimpático:
- Inervam os músculos ciliares (ajustam o cristalino, atuando na
acomodação visual) e o esfíncter da pupila (realiza a contração da
pupila).
- Ativa o músculo levantador da pálpebra superior, contraindo-o e
mantendo os olhos abertos.
- Correlação clínica: paralisia do nervo oculomotor.
- Limitação do movimento.
- Diplopia.
- Midríase.
- Incapacidade de acomodação visual.
- Ptose palpebral.
- Gânglio anexo: gânglio ciliar.
- Localizado no interior do cone muscular do olho.
- Passam pelo gânglio ciliar fibras sensitivas do trigêmeo e fibras simpáticas:
- Nervo troclear:
- Inerva o músculo oblíquo superior do olho.
- Correlação clínica: a paralisia leva a limitação do movimento do olho e diplopia.
- Nervo abducente:
- Inerva o músculo reto lateral que realiza a abdução do olho.
- Correlação clínica: sua lesão leva a diplopia.
- Nervo trigêmeo:
- Responsável pela inervação sensitiva da face e de parte significativa do couro
cabeludo.
- IMPORTANTE: Inerva sensitivamente os ⅔ anteriores da língua, grande
parte da sensibilidade das meninges, a membrana timpânica e as ATMs.
- Origina-se da ponte (tronco encefálico).
- Apresenta uma raiz motora que inerva os músculos da mastigação.
- Suas fibras pós-ganglionares provenientes do gânglio trigeminal dão origem ao:
- Nervo oftálmico:
- Destina-se a órbita, bulbo do olho, seios etmoidais e esfenoidais,
fronte e couro cabeludo até a altura do vértex.
- Nervo maxilar:
- Correlação clínica: neuralgia do trigêmeo.
- Dor de magnitude extrema, duração rápida e frequente que
distribui-se principalmente pelo território do nervo maxilar.
- Emerge do crânio pelo forame redondo, segue seu trajeto
alcançando a fossa pterigopalatina, na qual emite um nervo
- Nervo facial:
- Associado a inervação parassimpática das glândulas lacrimais, submandibular,
sublingual, nasais, palatinas e labiais.
- Da comissura labial para cima, a inervação parassimpática via nervo facial é
dada pelo nervo petroso maior. Para baixo, pelo nervo corda do tímpano.
- O nervo corda do tímpano, ramo do nervo facial, realiza sinapse no gânglio
submandibular.
- Inerva o músculo estapédio, que estabiliza o estribo, localizado no interior da
orelha interna, evitando vibração intensiva das ondas sonoras.
- Correlação clínica: se o paciente lesar essas fibras antes de sua sinapse
no gânglio geniculado, ele passa a sofrer de um quadro de hiperacusia,
em que qualquer estímulo sonoro soa extremamente agressivo a audição do
paciente.
- O nervo facial penetra na orelha média pelo poro acústico interno, emerge do
crânio pelo forame estilo-mastoideo, dando origem a seus ramos terminais no
interior da glândula parótida, que se distribuem para os músculos da expressão
facial, o músculo platisma e do couro cabeludo.
- No interior da orelha média, origina os nervos:
- Nervo motor para o músculo estapédio.
- Nervo vestibulococlear:
- Ver a frente no resumo de orelha.
- Nervo glossofaríngeo:
- O nervo timpânico emerge do glossofaríngeo, deixa o crânio pelo forame jugular,
dirige-se a cavidade timpânica e, após formar o plexo nervoso timpânico, uma
pequena porção origina o nervo petroso menor. Este se dirige ao gânglio ótico,
- Plexo cervical:
- Formado pelos ramos anteriores de C1 a C4.
- Ramos:
- Ramos sensitivos: nervos cutâneos do pescoço.
- Nervo occipital menor.
- Nervo auricular magno.
- Nervo transverso do pescoço.
- Ramos motores:
- Nervo frênico:
- Para o músculo diafragma.
- Formados sobretudo por fibras do ramo anterior de C4 (C3
a C5).
- Na secção unilateral do nervo frênico, paralisa-se o
diafragma de um lado.
- Ramos para o ECM, trapézio, levantador da escápula, escalenos
e pré-vertebrais.
- Alça cervical:
- Ramos anteriores de C1 a C3.
- Inerva os músculos infra-hióideos.
Inervação autônoma:
VÍSCERAS
Glândula tireóide:
- Glândula endócrina.
- Localizada na região anterior da traqueia.
- Formada por dois lobos unidos por um istmo.
- Irrigação:
- Artérias tireóideas superiores e inferiores.
- A anastomose entre essas artérias no estroma da tireoide constitui um
importante ponto de comunicação entre o sistema carotídeo externo e o
sistema subclávio.
- Artéria tireoidea ima:
- Inconstante.
- Pode se originar diretamente do arco da aorta ou do tronco
braquiocefálico.
- Em procedimentos em que há necessidade de acessar a cavidade da
traquéia (traqueostomia), quando a artéria tireoidea ima está presente,
o sangramento é intenso.
- Inervação:
- Nervo laríngeo recorrente:
- Ramo do nervo vago.
- No lado esquerdo, contorna o arco aórtico e recorre antes de penetrar na
laringe.
- No lado direito, envolve o tronco braquiocefálico e recorre antes de penetrar
na laringe.
- Em cirurgias da glândula tireóide, é possível que ocorra a lesão do nervo
laríngeo recorrente:
- Se a lesão é unilateral, ocorre fraqueza das cordas vocais e
rouquidão.
- Se a lesão é bilateral, ocorre paralisia das cordas vocais e o
paciente se torna afônico.
- Correlação clínica: bócio.
- Aumento não neoplásico da glândula tireoidea.
- Pode mergulhar no mediastino, comprimindo estruturas nobres dessa região, como o
arco aórtico.
Articulação temporo-mandibular:
- Côndilo da mandíbula articulando na fossa temporal do osso temporal.
- Articulação sinovial condilar biaxial.
- Inervação: Nervos massetéricos e temporais profundos (ramos do nervo mandibular),
além da participação de fibras do gânglio ótico e gânglio cervical superior.
- Irrigação: artérias auricular profunda, timpânica anterior e temporal superficial.
- Reforçada por três pares de ligamentos:
- Temporomandibular.
- Estilomandibular.
- Esfenomandibular.
- Apresenta um disco articular:
- O ventre superior do músculo pterigóideo lateral se prende ao disco articular,
tensionando a articulação. O ventre inferior se prende a fóvea pterigóidea no
côndilo da mandíbula.
- O músculo pterigóideo lateral (abre a boca) estabiliza o disco articular durante
os movimentos da mandíbula.
- Correlação clínica: bruxismo.