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1. Atendimento ao politraumatizado 5
2. Trauma cranioencefálico 6
3. Trauma torácico 8
7. Pré-operatório 12
7.1 Medicações 12
8. Intraoperatório 13
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9. Pós-operatório 14
9.1 REMIT 14
11. Disfagia 16
11.1 Acalásia 16
12. Hérnias 17
14.2 Tratamento 20
16.1 Diagnóstico 21
16.2 Manejo 22
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18. Queimaduras 25
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1. Atendimento ao politraumatizado
1.1 Principais contraindicações à intubação orotraqueal (IOT)
Paciente com Glasgow ≤ 8, PCR, incapacidade de manter via aérea pérvia e sinais
de comprometimento iminente de vias aéreas tem indicação de via aérea definitiva, sendo a IOT
a primeira opção, exceto em caso de:
Transecção de traqueia ⚠
Fratura de laringe
*Segundo o ATLS, a IOT pode ser realizada apenas se puder ser feita imediatamente.
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I II III IV
1.000 mL de
1.000 mL de 1.000 mL de ringer
ringer lactato
1.000 mL de ringer lactato e lactato e protocolo
ringer lactato hemotransfusão de transfusão
Considerar
1-1-1 maciça
hemotransfusão
Fonte: Aristo.
2. Trauma cranioencefálico
2.1 Indicações de realização de tomografia de crânio (TC) no trauma
cranioencefálico (TCE)
Precisamos conhecer as principais indicações de tomografia de crânio através do mnemônico
“SOLICITAR”.
• Suspeita de fratura de face ou crânio
• VÔmitos repetidos
• ConvuLsões repetidas
• Idosos
• CefaIeia progressiva
• TCE grave ou moderado (Glasgow 3-12)
• Amnésia
• Rebaixamento do nível de consciência
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Fonte: Aristo.
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3. Trauma torácico
3.1 Principais traumas torácicos e condutas
Pneumotórax hipertensivo
• Instabilidade hemodinâmica, desvio da traqueia, turgência jugular, hipertimpanismo,
murmúrios vesiculares diminuídos ou abolidos.
• Conduta inicial: toracocentese de alívio no 5º EIC (adultos) entre linha axilar anterior e linha
axilar média.
• Conduta definitiva: drenagem torácica no mesmo ponto.
Pneumotórax aberto
• Ferida profunda de grandes proporções (≥ 2/3 do diâmetro da traqueia) com MV diminuído
no lado afetado e movimentos ruidosos do ar passando pela lesão na parede torácica.
• Conduta inicial: curativo de 3 pontas.
• Conduta definitiva: drenagem torácica + toracotomia.
Hemotórax maciço
• Acúmulo rápido de no mínimo 1.500 ml ou ≥ 1/3 da volemia do hemitórax cursando com
instabilidade hemodinâmica + macicez à percussão com redução/abolição dos MV.
• Conduta inicial: reposição volêmica + hemoconcentrados + drenagem torácica.
• Toracotomia se houver:
• Drenagem imediata de 1.500 ml de sangue
• Saída de 200 - 300 ml/hora de sangue durante 2-4 horas consecutivas no dreno
• Necessidade persistente de transfusão
Tamponamento cardíaco
• Tríade de Beck (abafamento de bulhas cardíacas, hipotensão e estase de jugular) + pulso
paradoxal (redução de mais de 10 mmHg na pressão sistólica durante a inspiração). Diagnóstico
pelo E-FAST.
• Conduta inicial: pericardiocentese subxifoidiana.
• Conduta definitiva: toracotomia.
Tórax instável
• Duas ou mais costelas adjacentes são fraturadas em pelo menos dois lugares.
• Conduta: suplementação de oxigênio, fisioterapia respiratória e analgesia.
• Cuidado: o grande problema do tórax instável está relacionado a sua principal complicação,
a contusão pulmonar.
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Pulmão
Artéria vertebral Traqueia
Clavícula/manúbrio esternal Carótida proximal Tireoide
Zona 1
à cartilagem cricoide Artéria inominada Esôfago
Vasos subclávios Medula espinhal
Laringe
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Febre
B. Sinais sistêmicos
PCR elevada
de inflamação
Contagem elevada de leucócitos
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7. Pré-operatório
7.1 Medicações
Veja um truque para memorizar as indicações de suspender ou manter medicações em uso
no pré-operatório:
• Suspender = a maioria das palavras começa com VOGAIS e com a letra “A”: AINES,
antidiabéticos orais, anticoncepcionais orais, anti-hipertensivos (grande maioria),
antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, insulina de ação rápida e intermediária
- cuidado com as exceções! Exceção: fitoterápico e tamoxifeno.
• Manter = a maioria das palavras começa com CONSOANTES: betabloqueadores, corticoides,
broncodilatadores, medicações psiquiátricas. Exceção: estatinas e insulina de ação
prolongada.
Informação
pré-operatória
Videocirurgia
Mobilização
Não usar SNG de rotina
ultraprecoce
Fonte: AGUILAR-NASCIMENTO, José Eduardo de. Acerto: Acelerando a recuperação total pós-operatória. 2020.
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8. Intraoperatório
8.1 Anestésicos locais
Os anestésicos locais bloqueiam os canais de sódio dependentes de voltagem, interrompendo
o impulso nervoso, ou seja, causando o efeito anestésico. Em meio ácido, como locais infectados,
possuem dificuldade em atravessar o neurônio e bloquear os canais de sódio, não realizando o efeito
esperado.
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9. Pós-operatório
9.1 REMIT
Na REMIT, a maioria dos hormônios está AUMENTADA, com exceção da insulina, e as citocinas
pró-inflamatórias são TNF-B, IFN, IL-1, IL-6, IL-8 e IL-12.
Colecistite aguda
Pancreatite aguda
Colite pseudomembranosa
Febre pós-esplenectomia
Doenças hemotransfusionais
Fonte: Aristo.
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11. Disfagia
11.1 Acalásia
Aperistalse e hipertonia do esfíncter esofágico inferior são características da acalasia,
reconhecida pela tríade clássica de disfagia, regurgitação e perda de peso, e seu tratamento
depende da classificação de Mascarenhas.
Classificação de Mascarenhas
Grau
Miotomia
Tratamento Dilatação
Tratamento de Heller Esofagectomia
clínico endoscópica
modificada
Fonte: Aristo.
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12. Hérnias
12.1 Classificação de Nyhus
⚠ Classificação de Nyhus
Tipo II – indireta:
a) Direta.
a) Direta.
b) Indireta.
c) Crural.
d) Mista.
Fonte: Sabiston, 21ª edição.
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Migração da dor 1
Sintomas Anorexia 1
Elevação da temperatura 1
Laboratório Leucocitose 2
Total 9
Fonte: Aristo.
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14.2 Tratamento
O tratamento da apendicite aguda dependerá da sua apresentação clínica e presença
de complicações. De maneira geral, podemos nos deparar com as seguintes situações na
prática clínica e nas provas médicas, e saber as condutas:
Tratamento apendicite
Apendicite aguda
Antibiótico profilático + apendicectomia
não complicada
Antibioticoterapia + reposição volêmica agressiva +
Apendicite aguda perfurada
apendicectomia + lavagem da cavidade abdominal
Drenagem percutânea guiada do abscesso +
Apendicite tardia - cursando
antibioticoterapia, podendo ou não realizar
com abscesso
apendicectomia de intervalo
Apendicite tardia - cursando Antibioticoterapia, podendo ou não realizar
com flegmão apendicectomia de intervalo
Ausência de alterações
macroscópicas de apendicite Investigação de outras causas + apendicectomia
(apendicite branca)
Fonte: Aristo.
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Fonte: Aristo.
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16.2 Manejo
Um dos passos essenciais do manejo do paciente com pancreatite aguda é a definição
de gravidade do quadro. Para isso, alguns escores são utilizados e precisamos saber deles
para as provas. Os mais cobrados são:
• Escore de Ranson: utiliza critérios clínicos e laboratoriais para verificar a gravidade
do quadro.
Escore de Ranson
LDH > 350 U/L PO2 < 60 mmHg LDH > 400 U/L PO2 não avaliado
TGO > 250 UI/L BE < -4 TGO > 250 UI/L BE < -5
Para decorar:
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Escore de Balthazar
Estágio Escore
A) Pâncreas normal 0
C) B + inflamação peri-pancreática 2
Necrose (%)
Nenhuma 0
< 33 2
33 a 50 4
> 50 6
Critérios de atlanta
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Muita coisa, não é mesmo? Mas o ponto principal para as provas é saber identificar quais
os achados encontrados em casos de pancreatite grave. Não se preocupe, também há um
resumo para isso:
Fonte: Aristo.
Radiografia:
• Alta: distensão central e empilhamento de moedas
• Baixa: distensão periférica e presença de haustrações
Causas:
• Alta: brida (aderências por cirurgias abdominais ou pélvicas)
• Baixa: neoplasia de cólon
• Crianças: intussuscepção (invaginação intestinal)
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18. Queimaduras
18.1 Reposição volêmica
Devemos calcular a reposição volêmica a partir da fórmula de Brooke modificada e o débito
urinário alvo.
• Fórmula de Parkland: 4 ml de Ringer lactato - antiga, porém algumas questões podem pedir
especificamente para calcular com base nessa fórmula.
• Fórmula de Brooke modificada: 2 ml - recomendação acolhida a partir da 10ª edição do ATLS.
Tipo de fonte
Idade e peso Taxa de infusão Débito urinário alvo
de queimadura
Adultos e crianças
⚠ 2 ml RL x kg x SCQ ⚠ 0,5 ml/kg/h
≥ 14 anos
Crianças < 14 anos 3 ml RL x kg x SCQ 1 ml/kg/h
Chama ou
escaldadura 3 ml RL x kg x SCQ
Recém-nascidos e
(adicional de
crianças pequenas 1 ml/kg/h
manutenção com
(≤ 30 kg)
solução glicosada)
⚠ 4 ml RL x kg x SCQ ⚠ 1-1,5 ml/kg/h
Elétrica Todas as idades
(até urina clarear) (até urina clarear)
Fonte: adaptado de ATLS, 10ª edição.
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Epididimite e orquite
• Dor, edema e eritema do testículo acometido + reflexo cremastérico é normal + sinal de Prehn.
• Diagnóstico clínico, mas é importante solicitar exame de urina + urocultura e swab uretral,
dado o risco de infecção bacteriana.
• O tratamento para os sexualmente ativos é feito com fluroquinolonas e investigar outras
infecções sexualmente transmissíveis. Os sexualmente inativos devem ser tratados com
os esquemas de infecção do trato urinário até o resultado da urocultura.
Redondo
Oxalato de cálcio 70-75% Tipo mais comum
Muito radiopaco
Redondo
Hiperuricemia não é um fator
Ácido úrico 10-15%
obrigatório para formação
Radiotransparente
Coraliforme
Estruvita 10% Presença de ITU complicada
Pouco radiopaco
Oval, dendrítico
Erro inato no metabolismo
Cistina 1%
da metionina
Pouco radiopaco
Fonte: Aristo.
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Importante:
• Oxalato de cálcio: está na maioria dos casos. É formado por substância radiopaca que
pode ser observada nas radiografias simples.
• Estruvita: está relacionado a infecção por germes produtores de urease, sendo o principal
deles o Proteus mirabilis. Formam os cálculos coraliformes que ocupam praticamente toda
a pelve renal.
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Fonte: Aristo.
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Tumor GIST
• Oriundo das células de Cajal; acomete preferencialmente o estômago.
• Mutação de um gene receptor do fator de crescimento chamado de c-KIT (memorize-o!).
• Não precisa de linfadenectomia, pois possuem um risco menor de disseminação a distância
e para linfonodos regionais.
• Metástases para fígado e peritônio.
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Classificação de Forrest
Classificação Risco
Ia - sangramento ativo
Alto
e pulsátil/em jato
Forrest I
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Forrest
III - úlcera clara Baixo
III
Fonte: Aristo.
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Referências:
1. NETO, G. P. B.; GONÇALVES, M. D. C. Pré e pós-operatório. In: COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES. Primeiro
programa de autoavaliação em cirurgia. Rio de Janeiro: Diagrapihc, 2001. Disponível em: https://cbc.org.br/
wp-content/uploads/2013/05/Ano1-I.Pre-e-pos-operatorio.pdf
2. AGUILAR-NASCIMENTO, José Eduardo de. Acerto: Acelerando a recuperação total pós-operatória. Editora:
Rúbio, 4ª edição, Rio de Janeiro, 2020
3. TOWNSEND, Courtney M. Sabiston: Textbook of surgery: The biological basis of modern surgical practice.
21. ed. St. Louis, Missouri: Elsevier, 2022. 2176 p.
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