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Resumo exame físico UE:

Por Anna Neves


EXAME FÍSICO Exemplo 2:
 Ectoscopia  Caso: Dor retroesternal que irradia para dorso, em queimação, 10/10 há 40
 Sinais Vitais: minutos, com diferença entre os pulsos, PA e TEC do MSD e do MSE.
 PA  HD: Síndrome de Emergência hipertensiva (Aumento de PA + LOA – dor torácica)
 FC  Dissecção de Aorta
 FR  SCA
 SatO2  Ruptura esofágica.
 Tax  Conduta:
 Hgt  Solicitar AngioTC, pois confirma diagnóstico e orienta se o TTO precisa ser
 ABCDE: cirurgia de urgência (tipo A) ou pode ser conservador (tipo B). Lembrando que
A- Via aérea e Avaliação Cervical (massas, edema, Turgor jugular etc.) o tipo B pode precisar de cirurgia de urgência se dissecar para vasos
B- AR, Esforço, simetria, expansibilidade, abaulamentos. importantes, como tronco celíaco, artérias mesentéricas superior/inferior,
C- AC, TEC (<3 segundos), Pulsos (presentes e simétricos) artérias renais, ilíacas etc.
Exame abdominal (Flácido, indolor, peristáltico)  Vasodilatador (Nitroprussiato, mas como aqui há risco de ser SCA, usar
D- Glasgow, Fundo de olho ou USG com diâmetro bainha do nervo óptico, déficit Nitroglicerina) + BB + Morfina (de preferência, BIC)
focal (perda de força, tônus) e meningismo.
E- Lesões, edema. !!! Meta é <120 de PAS e 60bpm.
 HD: deve ser sindrômica e deve abordar os possíveis diagnósticos diferenciais.
!!! Apresentação pode ser por choque, nesse caso, não dá vasodilatador e BB,
EXEMPLOS mas sim noradrenalina, visando as mesmas metas.
Exemplo 1:
 Caso: dispneia há 30 minutos, aos esforços que persiste ao repouso, e tosse com
expectoração rósea.
 HD: Síndrome de Emergência hipertensiva (Aumento de PA + LOA – dispneia)
 EAP hipertensivo
 SCA
 TEP
 IC descompensada
 Pneumonia.
 Conduta:
 MOV (O2 com cateter nasal – se precisar de menos oxigênio - ou máscara- se
precisar de mais oxigênio) e internar em UTI
 Solicitar Rx, ECG e troponina, Função renal, eletrólitos, BNP e gasometria.
 Tríade EAP= Vasodilatador (Nitroprussiato, mas como aqui há risco de ser
SCA, usar Nitroglicerina) + Furosemida + VNI (CPAP).
!!! Reduzir PA em 25% na 1°hora.
 Cabeceira elevada a 30° ou 45°
 Como não é possível descartar SCA: AAS, Clopidogrel e Enoxaparina.
Resumo Prática UE
TEP
Quadro Clínico: → Cirurgia
→ TEP Periférico: Dor torácica súbita do tipo pleurítica, dispneia → ACO
e hemoptise, taquicardia e taquipneia. → Neoplasia
→ TEP Proximal: Dor torácica súbita do tipo anginosa e dispneia
intensa. Pode ter sinais de instabilidade hemodinâmica. Exame físico:
HDA: → MOV + Ectoscopia + Sinais vitais + ABCDE
→ Viagem  Ausculta Pulmonar normal.
→ Repouso prolongado

Exames complementares:
→ Hemograma e Coagulograma
→ Gasometria Arterial: é uma IRA tipo 1
→ ECG
o Mais frequente: Taquicardia Sinusal
o Mais específico: BRD ou S1Q3T3
o Pior prognóstico: Inversão de onda T e ↑FC
→ Radiografia de Tórax
→ Ureia e Creatinina
→ Troponina e BNP – Indicam pior prognóstico
→ Eletrólitos
→ Doppler de MMII
→ D-dímero/AngioTC
→ ECOtt
o Hipertensão pulmonar
o Dilatação de VD
o Disfunção Sistólica de VD

Escore de Wells

Baixo Médio Alto


0-1 2-6 ≥7

Escore de PERC D-dímero Estável Instável


v
≥1

AngioTC ECOtt

Se contraindicação da
Encerra angioTC (Gestante,
Encerra AngioTC
Investigação disfunção renal e alergia ao
Investigação
contraste)

Iniciar
Encerra
Tratamento USG com doppler de MMII
Investigação

Tratamento (baseado no prognóstico)para iniciar o tratamento: o Warfarina só pode ser feita após
→ Se paciente com TEP instável hemodinamicamente: alto anticoagulação sistêmica.
risco→ Reperfusão primária (por trombolítico ou • PESI de III a IV: avaliar disfunção de VD e biomarcador
embolectomia) + HNF IV (pós reperfusão) +UTI. o Internar na UTI: se houver alguma alteração de risco
 Obs.: O principal dado prognóstico no TEP é a intermediário-alto (disfunção de VD e troponina, alteração da
instabilidade hemodinâmica. instabilidade hemodinâmica)→Tratamento: Via subcutânea-
 OBS.: Embolectomia é feita se(terapêutica que substitui o heparina de baixo peso molecular- enoxaparina ou
trombolítico): Contraindicação ao fibrinolítico e/ou Fondaparinux
Paciente não responder bem a terapia trombolítica. o Intermediático baixo: Internar na enfermaria→ Tratamento: Via
→ Se paciente com TEP estável hemodinamicamente: subcutânea- heparina de baixo peso molecular- enoxaparina
 Aplicar o Score de PESI ou Fondaparinux
• PESI I e II: baixo risco.
o Tratamento ambulatorial → Filtro de cava feito se: Contra indicação a anticoagulação, Novo
o Anticoagulação oral- Rivaroxaban TEP fazendo uso de anticoagulação, Complicações graves da
anticoagulação.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Quadro clínico: → IC Crônica Agudizada: Início gradual. Hipervolemia
→ Dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna. geral, com edema de MMII e ganho de peso→ Essa IC
→ Sempre questionar infecção nos 4 principais sítios, necessita de maior dose de diurético.
buscando fator desencadeante (Tosse, diarreia e vômito,
ITU?) 3° Passo: Definir o perfil hemodinâmico + Tratamento da
Exame físico: IC + Tratamento do desencadeante:
→ MOV + ABCDE → Perfil A: Quente e Seco (Bem perfundido + Sem
→ Possíveis achados: congestão): Paciente compensado.
 Sinais de Mal Perfusão: Pulso fino,  Tratamento: Continuar com a medicação em uso e
Sonolência/Rebaixamento de consciência, reafirmar MEV.
Extremidades frias, Oligúria, Hipotensão, TEC >3
segundos. → Perfil B: Quente e Úmido (Bem perfundido + Com
 Sinais de Congestão: Ortopneia, Turgência Jugular, congestão)
Hepatomegalia, Edema, Estertores bilaterais, EAP,  Causa: Má aderência a medicação
BE, hepatomegalia.  Tratamento: Diurético EV + Vasodilatador EV (Se
Exames complementares: UTI- nitroglicerina) ou VO (se Enfermaria- IECA ou
→ Hemograma Nitrato) + Instruir medicação para uso em casa +
→ Eletrólitos: se potássio alto- retirar espironolactona, instruir MEV.
IECA e BRA (BB- suspender se hipotensão.
→ Função hepática: Albumina, TGO e TGP → Perfil L: Frio e Seco (Mal perfundido + Sem congestão)
→ Função Renal: Ureia + Creatinina + EAS +Urocultura  Causa: Excesso de diurético
→ Radiografia de Tórax  Tratamento: recalcular dose de diurético/retirar +
→ ECOtt 250 ml Soro fisiológico 0.9% por 20 min, seguido de
→ ECG: pulso alternante-IC grave reavaliação.
→ BNP
→ Perfil C: Frio e Úmido (Mal perfundido + Com congestão)
→ Troponina
 Causa: Qualquer uma
 Tratamento: Diurético EV + Dobutamina +
2° Passo- Diferenciar se é IC aguda ou IC crônica
Noradrenalina- se PA muito baixa
agudizada:
→ IC Aguda Nova: Início rápido. Hipervolemia geralmente
OBS.: Alvo de diurese: 100-150 ml/hora/6horas!
pulmonar, sem edema de MMII ou ganho de peso.

Modelo de prescrição- adaptar conforme perfil hemodinâmico:


1. Cabeceira elevada
2. Monitor
3. Oxigênio
4. Acesso Venoso
5. Controle glicêmico
6. Dieta hipossódica com restrição hídrica
7. Furosemida 20mg EV 8/8 horas -- até 240 mg/dL
8. Nitroglicerina ou Nitroprussiato + SF EV, BIC, ACM- reduzindo a dose
9. Enalapril 5mg: VO, 12/12 horas – aumento a dose do oral, de modo que se
retire completamente o oral ficando apensas com o venoso
10. Heparina profilática
11. Avaliar peso diário: o ideal é que o paciente perca entre 500- 800 g por dia.
12. Controle de diurese em ml: meta nas primeiras 6 horas é de 100-150 ml/hora
BRADIARRITMIAS
1º Passo- HDA:
→ Se síncope questionar, antes, durante (duração) e 3° Passo- Exames complementares:
depois (não esquecer de perguntar se houve iberação → ECG
esficteriana) → ECO
→ Eletrólitos
2° Passo: Exame físico → TSH e T4 livre
→ MOV (Se hipoxêmicos-oxigênio, Acesso IV) + Sinais → Holter 24 horas
vitais (atenção para temperatura) + ABCDE → Teste ergométrico
OBS.: para ser bradicardia é inpescidível uma FC <50bpm.

1. Dor Anginosa Internar na UTI


2. EAP
SIM 1°) Atropina
3. Rebaixamento Instabilidade?
4. Choque
2°) Marcapasso provisório
5. Hipotensão ou
Dopamina / Adrenalina

1. Medicamentos
2. Hipotireoidismo
3. Eletrólitos SIM
Causa justificável? Tratar causa
4. IAM
5. Hipotermia
6. Hipóxia

Razão P:QRS + Avaliar Intervalo PR

1:1 P > QRS

Bradicardia Sinusal BAV 1° BAV 2° M1 BAV 2° M2 BAV 3°

Conduzir o paciente Conduzir o paciente no Se sinais de gravidade: Internar na UTI +


Internar na UTI +
no Ambulatório + Ambulatório + investigar UTI investigar a causa
investigar a causa
investigar a causa a causa com exames com exames com exames
Se Oligossintomático:
com exames complementares + complementares complementares
Conduzir o paciente no
complementares + sintomático + Tratar a + tratar a + Atropina (ou
Ambulatório + investigar
Tratar a causa causa/Marcapasso causa/Marcapass marcapasso
a causa com exames
base/Marcapasso definitivo. o definitivo transvenoso) +
complementares +
definitivo. encaminhar para
sintomático + Tratar a
marcapasso
causa/Marcapasso
definitivo após
definitivo.
estabilização.
TAQUIARRITMIAS

1º Passo- HDA: → Teste ergométrico


→ Clínica:Palpitações- principal sintoma da taquiarritmia, → Raio X de tórax, troponina e polissonografia→ se FA
Dispneia, Sincope, Dor precordial, Hipotensão.
Passo a Passo para a realização da CVE (Cardioversão
2° Passo-Exame físico: Elétrica)→Realizar o mnemônico OSASCO:
→ MOV (Se hipoxêmicos-oxigênio, Acesso IV) + Sinais  O→ Orientar.
vitais (atenção para temperatura) + ABCDE  S→ Sedar: nunca chocar sem sedar antes.
OBS.: para ser Taquicardia é imprescindível uma FC>100 o Utiliza-se sedativo sem bloqueador
bpm. neuromuscular.
 A→ Ambu/pré-oxigenação: para evitar hipóxia
3° Passo- Exames complementares: durante a sedação.
→ Hemograma  S→ Sincronizar o aparelho.
 C→ Realizar o choque.
→ ECG
 O→ Observar o resultado: o esperado é que se
→ ECO
volte para o ritmo sinusal
→ Eletrólitos Eletrólitos: Potássuio e magnésio
→ TSH e T4 livre
→ Holter 24 horas

SIM
Sinusal? Tratar causa

1. Dor Anginosa
2. EAP SIM Cardioversão Elétrica
3. Rebaixamento Instabilidade?
Sincronizada
4. Choque
5. Hipotensão A) Anticoagulação: Verificar se Há contraindicação
 Rivaroxabana
 Se prótese mecânica: Enoxaparina
B) Baixar FC: Atenolol
C1) Buscar causa
SIM C2) Se instável: Cardioversão elétrica sincronizada
Irregular? Fibrilação Atrial C3) Se estável:
 FA <48 horas: cardioversão química-
Propafenona ou amiodarona.
Flutter atrial:  FA>48 horas: anticoagular por 3 semanas
→Achado: DII em dente de primeiro
serra D) Calcular CHA2DS2-VASc
→Tratamento : cardioversão 1°) Valsalva modificada
elétrica +ablação SIM 2°) Adenosina
QRS estreito? TSV 3°) BB
Taquicardia atrial multifocal 4°) BCC
→Comum do DPOC
→Tratamento: Amiodarona
+ tratar doença base
QRS largo? TV 1°) CV Elétrica Sincronizada
Síndrome de Wolff- 2°) Amiodarona ou Lidocaína
Parkinson-White 3°) Internar na UTI
SIM
→Achado: Presença de onda
delta Se TV polimórfica o diagnóstico é Torsades de Pointes: Desfibrilar + Sulfato de magnésio
→Tratamento: Propafenona
+ ablação

OBS.: Após toda cardioversão deve-se repetir o ECG.


PARA TODO AVC:
Quadro clínico: → Sintomas associados (cefaleia, desmaio, crise epiléptica)?
→ Déficit neurológico súbito. → Tem alguma doença?
HDA: → Medicamentos em uso? Anticoagulantes- como está a última
→ Quando os sintomas começaram? dose e a adesão.
 Último momento assintomático?
→ Já apresentou episódio semelhante? Avaliação inicial/ Estabilização:
MOV + ABCDE
→ Como os sintomas começaram e evoluíram?
→ Fator de melhora ou piora?

AVC ISQUÊMICO
Definição: → Sintomáticos
→ Déficit neurológico súbito, com duração >24h ou TC com → Prevenção de TEP (heparina→ mas não fazer nas primeiras 24
isquemia. horas pós trombólise) e UPP
 AIT→Quadro clínico: Déficit neurológico súbito, com → Higiene oral
duração < 24h e TC sem isquemia. → Controle de fatores de risco: Dislipdemia, controle pressórico,
cessar tabagismo e etilismo, alimentação e e atividade física.
Anamnese dirigida:
→ HDA Terapia antitrombolítica profilática→Para o paciente que não
 Quando os sintomas começaram? será trombolizado:
Último momento assintomático?  Se ABCD2 ≥ 4 (AIT de alto risco) ou NIHSS ≤ 5 (AVC
 Já apresentou episódio semelhante? minor): fazer dupla antiagregação plaquetária (AAS e
 Como os sintomas começaram e evoluíram? clopidogrel) – 300 de AAS e 300 de Clopidogrel de ataque
 Fator de melhora ou piora? e 100 de AAS e 75 de Clopidogrel de manutenção (AAS
 Sintomas associados? eClopidogrel por 21 dias, e ,após esse período, segue
 Tem alguma doença? apenas com o AAS contínuo).
 Medicamentos em uso? Anticoagulantes?  Se ABCD2 < 4 (AIT de baixo risco) ou NIHSS >5 (AVC
→ HPP maior): fazer monoterapia (AAS) – 300 de ataque e 100 de
→ HF manutenção.
→ Contraindicações a trombólise OBS.: Ataque é para paciente que não vai ser trombolisado.
Paciente trombolisado só vai iniciar terapia antiplaquetária
Exames Complementares: depois de avaliar TC de controle de 24h e descartar
→ Glicemia capilar: 1° exame (<50 contraindica trombólise) sangramento.
→ TC de crânio sem contraste
 No geral, faz TC de controle em 48h. Trombólise Endovenosa (Indicação para UMA<4,5h):
 Se trombólise, antecipa (24h após a trombólise). → Medicamento de escolha: Alteplase 0,9 mg/kg (máx. 90 mg)→
 Se fibrilação atrial, adia (72h). 10% EV em bolus + 90% EV em BIC 1 hora
 Se última vez visto assintomático >4,5h: Fazer RM de → É a 1ª Opção, mas sempre verificar:
crânio→FLAIR só se altera com 4,5h, em média. Então, se Indicações:
vê difusão brilhado e FLAIR normal, tem mismatch FLAIR x  Idade > 18 anos
Difusão e entende que esse AVC foi há menos de 4,5h, logo,  Ictus < 4h 30min
pode trombolisar.  NIHSS ≥ 5 ou Déficit Incapacitante
 Achados: Perda da diferenciação da atenuação entre a Contraindicações:
substância branca e cinzenta, Edema cortical leve,  Perguntar do checklist!
Hipoatenuação discreta na área infartada, Artéria cerebral  Varfarina só CI se INR ≥1.7→ Antídoto Protrombínico/plasma
média hiperdensa (alta especificidade, baixa sensibilidade) + Vit. K
→ AngioTC de crânio e cervical:  PA > 185/110
 Sempre que possível fazer para complementar a TC.  Heparinas e DOACs: Heparina < 48h e TTPa > 40seg; Enoxa
 Tem que ser feita antes da trombólise. plena < 48h e função renal normal.
 Avalia o ASPECTS: 10 é normal. Complicações:
→ Laboratório Geral: ECG, troponina, ureia, creatinina, eletrólitos, • Hemorragia Intracraniana e/ou Hemorragia Sistêmica:
LDH Suspender trombólise + adm crioprecipitado + TC de
→ INR ou TPPa (Se uso de anticoagulante) crânio de urgência.
 Se uso de varfarina = TP/INR antes de trombolisar • Angioedema Orolingual: Suspende trombólise, proteger
 Se heparina< 48h = TTPa antes de trombolisar via aérea + Metilprednisolona + Difenidramina +
Famotidina
Tratamento:
→ Suporte Ventilatório Trombectomia mecânica (Indicação para UMA < 6h):
 Proteção de vias aéreas → Oclusão da ACI ou da ACM (M1)
 Avaliar IOT: se Glasgow < 8 → Idade ≥ 18 anos
 O2 em máscara não-reinalante: meta é sat ≥ 95% → Rankin ≤ 1
→ Controle Pressórico: Nitroprussiato de Sódio →Meta ≤185/110 → UMA (ictus) < 6h
para poder trombolisar e <180/105 após trombólise. → NIHSS ≥6
 Para o paciente que não pode ser trombolizado a meta de → ASPECTS ≥ 6
PA (<24 horas)é <220/120.
→ Controle Glicêmico (Corrigir se <60 mg/dl): Meta: 140-180
→ Controle Temperatura: ≤38°
AVC HEMORRÁGICO
Exames Gerais: → Reverter anticoagulação.
→ TC de crânio sem contraste: é o 1° exame para todo déficit → Controle pressórico.
cognitivo de início súbito. → Suporte ventilatório, sedação e analgesia.
→ Coagulograma (INR e TAP) Nunca esquecer! → Monitorização da pressão intracraniana
→ Glicemia → Cabeceira elevada.
→ Laboratório geral: hemograma, Ur, Cr, eletrólitos, etc → Controle glicêmico.
→ Outros- conforme necessidade e disponibilidade: → Controle térmico.
 Troponina → Manter Hb > 8-10.
 Exame toxicológico
 EAS e urocultura Reversão da Anticoagulação:
 bHCG → Heparina: Reversor: Protamina (50 mg/5mL)
 ECG
→ Enoxaparina: Protamina (reversão incompleta)
→ Varfarina: Reversor: Complexo Protrombínico (OU Plasma
Tratamento:
Fresco) + Vitamina K.
Medidas Gerais- Nunca Esquecer:
→ Suspender antiplaquetários e anticoagulantes.
HSA
Clínica: → Manter euvolemia
→ Cefaleia em Thunderclap, rigidez de nuca, paralisia de nervos → Avaliação da Neurocirurgia
cranianos, RNC, dor cervical, iniciada após esforço físico, > 40
anos. Complicações → Prevenção:
→ Principal causa é trauma, e principal causa espontânea é → Ressangramento:
ruptura de aneurisma.  Oclusão precoce do aneurisma.
 Controle Pressórico.
Exames Específicos: → Vasoespasmo:
→ TC de crânio sem contraste: 1º exame.  Nimodipino.
→ Punção Liquórica: fazer se Se clínica sugestiva e TC normal  Euvolemia.
 Xantocromia fecha diagnóstio  Hipertensão.
→ AngioTC: para investigar a causa.  Angioplastia.
Conduta – Específica: → Hidrocefalia:
→ Controle Pressórico:  Derivação Ventricular.
 Medicamento: Nitroprussiato de Sódio → Hiponatremia (SIADH ou sind perdedora de sal):
 Meta antes do tratamento do aneurisma: PAS< 160 e PAM  Restrição de volume no SIADH.
<110  Reposição de sódio na síndrome perdedora.
 Meta após o tratamento: PAS <200
AVC HEMORRÁGICO - HIP
Clínica: Conduta – específica:
→ Cefaleia e vômito com déficit neurológico focal. Sinais de → Controle Pressórico
hipertensão intracraniana (Tríade de Cushing)...  Nitroprussiato de Sódio
 Meta:
Exames Específicos: • Se PAS > 220: abaixar para < 220 em 1 hora e para PAS
→ TC de crânio sem contraste 140-160 na sequência.
 Causa hipertensiva: Sangramento de núcleos da base • Se PAS 150-220: PAS <140 na 1° hora
 Causa angiopatia amiloide: sangramento em região lobar → Avaliação da Neurocirurgia
+ 55 anos.
→ TC de crânio com contraste: se visualizado sangue na TC
sem contraste.
 Sinais de pior prognóstico: Swirl Sign e Spot Sing
INJÚRIA ENCEFÁLICA E HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
QUADRO CLÍNICO:
→ História de: AVC, Hematoma cerebral, hidrocefalia, tumor, CONDUTA:
corpo estranho. → Internação na UTI + MOV
→ Varia de acordo com a etiologia. → Posição no leito: decúbito dorsal, sem mobilização de cabeça
→ Os achados mais significativos são: RNC (SINAL MAIS e cabeceira entre 40 e 45°
IMPORTANTE), cefaleia, vômitos em jato e convulsão. → Dieta zero com sonda nasogástrica aberta
Pode ser definida por Pressão Intracraniana (PIC) > 20mmHg → Hidratação:
 SF 0,9% 1000ml, EV, em 24h (não fazer RL)
→ Controle da Pressão (PCC > 60mmHg ou PAM > 90mmHg e
Exames Físico: nunca ultrapassar 120).
→ MOV + Ectoscopia +Sinais vitais + ABCDE (ECG- 13-15:  Iniciar só com volume, se precisar faz nora
trauma leve, 9-12: moderado; 3-8: GRAVE→ IOT) → Controle da Temperatura: Meta ≤ 37°
 Antitérmico, compressa de gelo.
Exames: → Controle da Hemoglobina: Meta Hg > 9
→ HC  Transfundir concentrado de hemácias.
→ PAM → Oxigenação: PaO2 ≥ 90 na gaso e O2 ≥95% no oxímetro
→ Sat O2  Manter PEEP≤10.
→ PVC → Suporte Ventilatório Meta: PCO2 = 35-38!!!
→ Gasometria  Fazer discreta hiperventilação: VC de 8ml/kg predito,
 CO2: → Não fazer vasoconstrição demais e deixar bem longe da
• Aumentado (>45): vasodilatação- interferência apenas vasodilatação
em casos agudos → Controle do Sódio: Meta: 145-150 (Discreta hipernatremia)
• Diminuído (<35): vasoconstrição.  Usar hipertônico.
→ Deixar o sódio sérico um pouco elevado para evitar perder
→ Temperatura líquido pro 3° espaço
→ Glicemia → Glicose: Meta: Glicemia = 100-180
→ Natremia  Insulina em boulus→ Se hipoglicemia, manter infusão em
→ TC crânio e coluna cervical EV.
→ RX de tórax e abdome epassagem de sonda nasogástrica: se → Sedação e Analgesia: Evitar agitação
evento traumático  Midazolan + Fentanil
→ Proteção contra TVP: Não usar enoxaparina se a causa for
Medidas específicas de monitorização de escolha: hemorrágica, nesses casos fazer meia de compressão.
→ PIC: Normal≤ 10, mas até se tolera até 20. → Avaliar:
 Meta: ≤ 20 → Manitol
 >40 é sinal de mau prognóstico. → Tratamento cirúrgico ou específico
→ PCC (Pressão de Perfusão Cerebral)
 PCC = PAM – PIC
 Meta: ≥ 60 mmHg
DPOC EXACERBADA
HDA: → Prova de função pulmonar (Peak Flow/Espirometria)
→ exposição a alérgenos
→ Investigar infeção Tratamento:
→ Critérios de exacerbação/ Sinais cardinais: → Avaliar local de tratamento:
 Piora da Dispneia  Ambulatório
 Aumento da produção de escarro  Enfermaria: Dispneia intensa em repouso, DPOC
 Mudança na característica do Escarro- torna-se purulento avançada, comorbidades, idade, achados clínicos
OBS.: Diferentemente da asma a obstrução ao fluxo aéreo não é preocupantes, saturação <90%.
totalmente reversível  UTI: Rebaixamento de consciência, dispneia ou hipóxia ou
hipercapnia grave/refratária e instabilidade hemodinâmica.
Exame Físico:
→ MOV + Ectoscopia +Sinais +ABCDE → Suporte Ventilatório (se < 90%): Iniciar VNI/CPAP precoce +
 Forma leve e moderada pode ser normal O2 em baixo fluxo
 Possíveis sintomas: Sibilos, respiração forçada, diminuição  Meta de O2 90-92% → Se aumentar demais causa
do MV. Tórax em tonel, taquipneia, taquicardia, roncos e carbonarcose
crepitação, achados de hipertensão pulmonar, cianose.  Avaliar indicação de IOT

Classificação- GOLD: → Broncodilatadores


→ Leve → 1 critério cardinal + um achado adicional (Febre,  SABA + SAMA: Salbutamol/ Fenoterol + Brometo de
↑tosse, ↑FC, IVAS, Sibilos, etc) Ipratrópio
→ Moderada → Presença de 2 critérios cardinais  3 ciclos de 20-20min e reavalia
→ Grave → Presença dos 3 critérios cardinais
→ Corticoide Sistêmico
Exames Complementares:  Pednisona VO
→ Hemograma  Se paciente grave: metilprednisona EV
→ Eletrólitos
→ Gasometria: para todo mundo que internar → Antibioticoterapia: Amoxicilina com clavulanato.
 Internar quando saturação <90%  Não é para todos os casos.
→ Radiografia de Tórax  Indicações: Exacerbações moderadas/graves ou com
 Retificação da cúpula diafragmática ventilação mecânica, Clínica de infecção.
 Tórax me tonel
 Aumento dos espaços intercostais. → Tratar causa base da exacerbação.
→ ECG: sinais de hipertensão pulmonar, isquemia.

CRISE DE ASMA
HDA:
→ Crônica e intermitente
→ Manifestação desde a infância
→ Fatores precipitantes: Mudança climática, exposição
bacteriana, estresse emocional, exercício físico
→ Sintomas que pioram a noite ou pelo amanhecer.
→ Tríade da exacerbação: Dispneia, dor torácica em opressão e
sibilância.
→ Preditores de mal prognóstico (avaliar IOT): Rebaixamento de
consciência e ausculta silenciosa.
Exame Físico:
→ MOV + Ectoscopia +Sinais vitais +ABCDE
Tratamento:
Exames Complementares: → Suporte Ventilatório (Não usar VNI) – Suplementação de O2
OBS: Não pedir nenhum exame complementar nos casos simples em baixo fluxo
(diagnóstico é clínico).  Meta de O2 > 94%
OBS: Realizar para diagnóstico diferencial ou casos  Avaliar indicação de IOT → Rebaixamento de consciência,
graves/internação. tórax silencioso, iminência de PCR e bradicardia
→ Hemograma
→ Eletrólitos → Broncodilatadores
→ Saturação de oxigênio (manter > 93%)  SABA + SAMA: Salbutamol/ Fenoterol + Brometo de
→ Prova de função pulmonar Ipratrópio
→ Gasometria arterial  3 ciclos de 20-20min e reavalia
→ ECG (em caso de histórico de DPOC)
→ Sulfato de magnésio: fazer se falha na terapêutica com os
Classificação: broncodilatadores na 1ªhora
→ Exacerbação ameaçadora à vida = Sonolência, confusão
→ Corticoide Sistêmico
mental e tórax silencioso
 Pednisona VO
 Metilprednisona EV: apenas se náusea, vômito, diarreia ou
condição ameaçadora da vida.

ALTA:
 Prednisona VO por 5 a 7 dias + Corticoide inalatório +
Retorno em 7 dias
SEPSE E CHOQUE SÉPTICO
Definição:
→ Sepse: SIRS + Infecção suspeita ou confirmada + → Hemograma e Coagulograma
disfunção orgânica (≥2 no SOFA) → Ureia e Creatinina
 Disfunção orgânica – SOFA score: → Eletrólitos
• Disfunção respiratório: Hipoxemia (PaO2/FiO2= <300) → Gasometria: acidose metabólica
• Disfunção de coagulação: Plaquetopenia (<100) e/ou → EAS
alargamento do TAP/INR → PCR
• Disfunção hepática: Bilirrubinas elevadas → TGO e TGP + Função Hepática
• Disfunção hemodinâmica: Hipotensão Arterial: PAS < → Glicemia
90 e/ou PAM<70 → ECG
• Disfunção do SNC: Rebaixamento de Consciência
• Disfunção renal: Creatinina elevada e/ou oliguria Conduta:
 SIRS: FC >90; FR >20; Tax > 38º ou <36º; Leuco: → Internar na UTI, MOV.
12.000 ou < 4.000.  O2 PEEB elevada + paciente em pronação

Choque Séptico: Sepse + hipotensão refratária a reposição → Elevar a cabeceira 30-45


volêmica (PAM ≤ 65) → Ressuscitação volêmica: Cristaloides- Ringer lactato
30ml/Kg em ±1 hora
OBS.: Os 2 principais problemas da sepse são a hipóxia  Feito se PAS <90 ou PAM <70 ou lactato aumentado
tissular e infecção. → Dosar lactato: na admissão e repetir após 4 horas
→ Colher culturas: 2 hemoculturas periféricas + 1
Clínica: hemocultura percutânea + 1 hemocultura do cateter +
→ Febre > 38º ou <36º matérias cabíveis
→ Taquicardia >90 → Antibioticoterapia (empírico): Largo espectro e dose alta.
→ Vasodilatação → Noradrenalina: manter PAM≥ 65
→ Taquipneia/Dispneia → Remover sítio infeccioso!!!!!!
→ RNV → Cateter vesical para avaliar débito urinário
→ Distúrbios sistêmicos → Avaliar necessidade de IOT
→ Sinais conforme sítio infeccioso → Se paciente continuar com hipotensão: hidrocortisona
200mg/dia + vasopressina + dobutamina (se sinais de
Exame Físico: disfunção miocárdica)
→ MOV + Ectoscopia +Sinais vitais + ABCDE → Outras medidas: Nutrir precocemente + analgesia
(fentanil)+ enoxapariana +IBP + insulina (necessário
Exames Complementares: manter a PA entre 80-180).
→ 2x Hemoculturas de sítios distintos
→ Exame de Imagem – Investigar sítios prováveis OBS.: Em amarelo estão as prioridades da 1ª hora.
→ Lactato (marcador de hipóxia tecidual): >4mmol

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