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com Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2014 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA

ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 2014


Arlindo Ugulino Netto; Prof. Roberto Guimarães Maia.

SISTEMA DIGESTÓRIO

Para todas as atividades desenvolvidas pelas células do nosso corpo, é necessário o consumo de substâncias
nutritivas (Ex: proteínas, vitaminas, gorduras, açúcares), as quais são obtidas no meio externo através dos alimentos que
fazem parte de nossa dieta diária.
Entretanto, os nutrientes da maneira em que são encontrados nos alimentos, não conseguem atravessar a
parede capilar em direção ao sangue, e assim ser distribuídos para os tecidos.
Ao conjunto de transformações físicas e químicas, responsáveis, por solubilizar os nutrientes, damos o nome de
Digestão. Os órgãos envolvidos na digestão constituem o Sistema Digestório.

DIVISÃO ANATÔMICA
 Canal alimentar: tubo apresentando 10 a 12m de comprimento, se estendendo da cabeça à pelve. Ao longo
deste tubo os alimentos vão sofrendo transformações visando reduzi-los até seus constituintes elementares.
Esse processo é denominado de digestão.
 Boca
 Faringe
 Esôfago
 Estômago
 Intestino Delgado
 Intestino Grosso
 Glândulas anexas: glândulas que apresentam atividade exócrina associada a alguns segmentos do canal
alimentar, responsáveis por produzir e secretar para estes compartimentos, um fluído contendo substâncias
denominadas enzimas. As Enzimas agem sobre os alimentos, produzindo uma digestão química.
 Glândulas Salivares: Parótidas, Submandibulares, Sublinguais
 Fígado
 Pâncreas

BOCA
A boca é a primeira porção do canal alimentar. Apresenta um aspecto cuboide, com 06 limites para estudo.
Através da boca os alimentos iniciam seu percurso ao longo do canal alimentar. Na boca ocorre digestão Física
e Química dos alimentos. A digestão dos alimentos verificada na boca, produz como resultado o bolo alimentar.
Seus limites são:
 Limite Anterior: Lábios
 Limite posterior: Istmo das Fauces
 Limite Superior: Palato Duro
 Limite Inferior: Assoalho da boca
 Limites Laterais: Bochechas

Anatomicamente, a boca pode ser dividida em vestíbulo, arcos alvéolo-dentais e cavidade da boca
propriamente dita.
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VESTÍBULO DA BOCA
A região do vestíbulo é um espaço limitado, por diante pelos Lábios,
lateralmente pelas bochechas, e posteriormente pelos arcos alvéolo-dentais. Na
região interna correspondente às bochechas (mucosa jugal), encontramos 02
estruturas associadas às Gls. Parótidas: a Papila Parotídea (lateralmente ao 2º
ou 3º molar superior) e o Ducto Parotídeo.
Nos Lábios, em nível do plano mediano, encontramos 02 pregas da
mucosa: o Frênulo do Lábio Superior e o Frênulo do Lábio Inferior.

CAVIDADE DA BOCA
Compartimento situado para trás dos arcos alvéolos-dentais. Na cavidade
da boca propriamente dita, fazem saliência:
 Dentes: órgãos rijos e esbranquiçados, implantados através das
Gonfoses Dento-alveolares, na maxila e mandíbula. São responsáveis
pela mastigação dos alimentos.
 Língua: órgão muscular envolvido na mastigação, fonação, e também
com o sentido especial da Gustação.

Os dentes apresentam uma camada mais externa (o esmalte), uma


intermediária (dentina) e uma mais interna (polpa dental). Durante a infância, a
dentição da decídua apresenta apenas três grupos de dentes (em um número
total de 20): incisivos, caninos e molares. Já na dentição permanente (em número
de 32), temos: incisivos, caninos, pré-molares e molares.
A língua é um órgão muscular de forma cônica, com a base voltada para Faringe, e o Ápice, de forma
arredondada, está voltada para o vestíbulo. Ela auxilia na condução dos alimentos para os dentes executarem a
digestão mecânica, através da mastigação. Está dividida para estudo anatômico em Corpo e Raiz:
 Raiz: a raiz é representada pelo bloco muscular que se situa posteriormente entre a mandíbula e osso hioide. A
raiz é representada pelo bloco muscular que se situa posteriormente entre a mandíbula e osso hioide.
 Corpo: é dividido em dorso e ventre, separados entre si pelas margens laterais.
o Dorso da língua: O Dorso da língua é dividido em duas partes através de um sulco em forma da letra “V”,
o Sulco Terminal. Na parte Oral da Língua encontramos os receptores da gustação, associados as
Papilas Linguais.
o Ventre da língua: em nível do plano mediano da Face Ventral da Língua, identificamos o Frênulo da
Língua. A cada lado do Frênulo Lingual, identificamos por transparência, as Veias Linguais.

As Veias Linguais costumam apresentarem-se varicosas em pacientes hipertensos.

FARINGE
Apenas as Partes Oral e Laríngea da Faringe participam da condução do bolo alimentar. Depois de passar pela
parte Laríngea da Faringe, o bolo alimentar é conduzido para o Esôfago.
A descrição de suas partes já foi realizada junto com o Sistema Respiratório. Neste momento iremos nos deter,
apenas em comentar sobre o Istmo das Fauces.
O istmo das fauces corresponde a um espaço estreitado, responsável por comunicar, a Cavidade da Boca com
a Faringe. Seus limites são:
 Superior: Úvula
 Inferior: Dorso da Língua
 Laterais: Arco Palatoglosso (mais anterior) e Arco Palatofaríngeo (mais posterior), que delimitam a fossa tonsilar
(onde está alojada a tonsila palatina).

ESÔFAGO
Trata-se de um tubo fibro-músculo-mucoso, estreitado, com cerca de 25cm, responsável por conduzir o bolo
alimentar, da Faringe para o Estômago. É dividido em três porões: cervical, torácica e abdominal (esta abaixo do
diafragma).
Ao cruzar do pescoço ao abdome, sua relação com outros elementos anatômicos, determinam estreitamentos
em seu calibre. São eles:
 Cricoideo: Produzido pelo M. Constrictor Inferior da Faringe.
 Aórtico: Resultante da compressão do Arco da Aorta.
 Bronquial: Decorrente da compressão do Brônquio Principal Esquerdo.
 Diafragmático: Ocorre quando da passagem do Esôfago através do M. Diafragma.

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OBS: Divisão topográfica do abdome. O abdome é dividido em nove regiões por quatro planos: 2 planos horizontais
(transversais): plano subcostal (atravessa a margem inferior da reborda costal que cruza com a linha hemiclavicular de
cada lado) e o plano transtubercular (que atravessa os tubérculos ilíacos, pontos mais elevados da crista ilíaca, ao nível
do corpo de L5); e 2 planos verticais (sagitais): geralmente são o planos medioclaviculares (que seguem do ponto
médio das clavículas até os pontos médio-inguinais, que são os pontos médios das linhas que unem a espinha ilíaca
ântero-superior e a margem superior da sínfise púbica).
As regiões delimitadas por esses planos são: Hipocondríaca direita, Hipocondríaca
esquerda, Flanco direito, Flanco esquerdo, Fossa ilíaca direita (região inguinal
direita), Fossa ilíaca esquerda (região inguinal esquerda), Região Epigástrica,
Umbilical e Hipogástrica. Posteriormente, o abdome é dividido, a partir de uma linha
mediana, em duas regiões: região Lombar Direita e região Lombar Esquerda.
1. Hipocôndrio Direito: fígado, vesícula biliar, rim direito, flexura hepática
do cólon.
2. Epigástrio: fígado (lobo esquerdo), piloro, duodeno, cólon transverso e
cabeça e corpo do pâncreas.
3. Hipocôndrio Esquerdo: baço, estômago, flexura esplênica do cólon,
pâncreas (cauda), rim esquerdo.
4. Flanco (lateral) Direito: cólon ascendente, jejuno e rim direito.
5. Mesogástrio ou umbilical: duodeno, jejuno, íleo, aorta abdominal,
mesentério, linfonodos.
6. Flanco (lateral) Esquerdo: cólon descendente, jejuno, íleo.
7. Fossa Ilíaca Direita: ceco, apêndice, ovário e tuba uterina direita.
8. Hipogástrio: bexiga, útero, ureter.
9. Fossa Ilíaca Esquerda: cólon sigmoide, ovário e tuba esquerda.

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PERITÔNIO
O peritônio consiste em uma vasta membrana serosa contínua, que reveste as paredes e vísceras do abdome.
Apresenta duas camadas:
 Peritônio Visceral: folheto do Peritônio responsável por revestir as Vísceras
 Peritônio Parietal: folheto peritoneal que reveste as paredes do Abdome.

Essas camadas delimitam, dentro do abdome, duas cavidades menores. São elas:
 Cavidade Peritoneal: espaço virtual, situado entre os folhetos Visceral e Parietal do Peritônio e preenchido por
Líquido Peritoneal.
 Retroperitoneal: Termo utilizado para referenciar vísceras fixas à parede posterior do Abdome através do folheto
Parietal do Peritônio. Tais vísceras só serão revestidas por peritônio em um de suas faces.

O Peritônio forma reflexões, as Pregas Peritoneais, que auxiliam a fixação dos órgãos no Abdome. Representam
pregas do peritônio: Omento, Meso e Ligamento.
 Omento: Prega do Peritônio acompanhada de vasos e nervos, responsável por unir duas vísceras entre si. Ex:
Omento Maior.
 Meso: Prega do Peritônio acompanhada de vasos e nervos, responsável por unir Uma Víscera à parede do
Abdome. Ex: Mesentério.
 Ligamento: Prega do Peritônio sem vasos ou nervos em sua constituição. Os ligamentos, tanto podem ligar
duas vísceras entre si, como pode ligar víscera à parede do Abdome. Ex: Ligamento Falciforme

ESTÔMAGO
O estômago é uma dilatação do Canal
Alimentar, onde os alimentos permanecem, até que
sejam convertidos em Quimo, através da ação do
suco gástrico, e dos movimentos de mistura
proporcionados por sua musculatura. Tem
comprimento de 25cm, com largura de 25cm,
apresentando uma capacidade média de
armazenamento de cerca de 1,5 litro.
Está situado na parte superior do Abdome,
abaixo do fígado, por cima do Colo Transverso do
Intestino Grosso. Ocupa o hipocôndrio esquerdo e o
parte da Região epigástrica.
 Paredes:
o Anterior: Voltada para o M. Diafragma e
para o Fígado
o Posterior: Voltada para o Pâncreas
 Margens:
o Curvatura Maior: inferior
o Curvatura Menor: superior
 Comunicações:
o Superior: Esôfago (através do óstio
cárdico)
o Inferior: Duodeno (através do óstio pilórico)

Além de sua continuação com Esôfago e Duodeno, e da Pressão Intra-Abdominal, Auxiliam na fixação do órgão,
as seguintes pregas peritoneais:

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 Omento Maior: Liga a curvatura maior do Estômago ao Colo Transverso do Intestino Grosso.
 Omento Menor: Liga a curvatura menor do Estômago à Face Visceral do Fígado.
 Omento Gastro-Esplênico: Liga a curvatura maior do Estômago ao Hilo do Baço.

INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é longo órgão músculo-tubular que pode ser dividido, para estudo anatômico, em três partes:
Duodeno, Jejuno e Íleo.

DUODENO
O termo duodeno significa “12 dedos”, e faz alusão à sua extensão. Pode ser dividido nas seguintes partes:
 1ª porção (ampola): inicia após o piloro, com
5cm de extensão , dirige-se para trás, para cima
e para direita. Próximo ao Rim D. apresenta um
encurvamento, a flexura superior do duodeno, e
logo após muda de direção, sendo continuado
pela Parte Descendente.
 2ª porção (descendente): desce verticalmente
(7,5cm), por diante do rim D. até o seu Polo
Inferior, onde um novo encurvamento, a flexura
inferior do duodeno, muda novamente sua
direção, originando uma nova porção para o
órgão.
 3ª porção (horizontal): estende-se para
esquerda, apresentando trajeto transversal
(6cm), até a passagem dos Vasos Mesentérico
Superiores, quando então passa apresentar um
trajeto oblíquo, voltado para cima, originado a
ultima porção do órgão.
 4ª porção (ascendente): Mantém o trajeto
ascendente (6,5cm) até terminar por uma
brusca angulação, a flexura duodenojejunal.
Está Flexão é mantida através do M. suspensor
do duodeno.

O Duodeno ocupa as Regiões Epigástrica e


Umbilical. Está fixado à Parede Posterior do Abdome
através do Folheto Parietal do Peritônio. A Ampola do
Duodeno, situada na região Epigástrica, é uma região
suscetível ao aparecimento de Úlceras, em razão de ser
o primeiro segmento do órgão a entrar em contato com
o quimo. Em razão da suscetibilidade da Ampola, e de
sua situação, pacientes com dor na Região do
Epigástrio devem ser investigados em relação a
presença de Úlcera Duodenal.
A porção descendente do duodeno corresponde
a parte mais importante do Duodeno, pois em sua Face
Póstero-Medial encontramos os orifícios de
desembocadura para as secreções do fígado e do
pâncreas.
 Papila maior (ou principal) do duodeno:
orifício de desembocadura da ampola
hepatopancreática, a qual reúne os ductos
colédoco (bile) e pancreático principal (suco
pancreático).
 Papila menor do duodeno: orifício de
desembocadura do ducto pancreático acessório
(suco pancreático).

JEJUNO/ÍLEO
Corresponde a 2ª e a 3ª Porção do intestino delgado. Está envolvido diretamente com a Absorção dos Nutrientes
para o Sangue, em razão de sua mucosa apresentar projeções cônicas denominadas vilosidades intestinais. Estende-se
até o Óstio Íleo-cecal. Tem comprimento médio de 6 metros.
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O Jejuno/Íleo ocupa os 06 quadrantes


inferiores do Abdome. Seus Meios de Fixação são
representados pela pressão intra-abdominal, e por
uma prega do peritônio, o mesentério. A raiz de
implantação para o mesentério na parede posterior
do abdome apresenta 15cm de extensão, com
direção oblíqua de L2 (Processo Transverso) até a
Articulação Sacro-Ilíaca D. Sua margem livre,
aderida ao Jejuno/Íleo, acompanha a extensão do
Órgão.

Sua localização associada ao comprimento


longo, e sua grande mobilidade, faz com
que as alças do Jejuno/Íleo possam sofrer
alterações, como invaginações deu uma
valva na outra; torções; e herniações. Cada
uma dessas situações poderá proporcionar
oclusão intestinal, com consequências tão
graves que podem ocasionar até a morte do
paciente. A hérnia ocorre quando uma alça
intestinal ou parte do omento maior, sofre
uma protrusão através de um ponto frágil da
parede anterior do Abdome, podendo ser
inguinal ou umbilicais.

INTESTINO GROSSO
O intestino grosso (IG) corresponde ao
último segmento do canal alimentar. Começa no
óstio ileocecal e termina no ânus. No IG é
confeccionado o bolo fecal. Nenhuma substância
nutritiva é absorvida em nível do IG, apenas Água
e Eletrólitos. Tem o comprimento de 1,5 metros.
Está subdividido, sequencialmente, em 06
porções:
 Ceco: corresponde à 1ª porção do IG,
apresenta forma de fundo de saco. Ocupa
a Região Inguinal Direita.
o Óstio ileocecal: orifício de
desembocadura do Jejuno/Íleo,
localizado na parede medial do
Ceco. Neste orifício encontramos
a valva ileocecal, responsável por
evitar o refluxo do conteúdo do
Ceco para o íleo.
o Apêndice Vermiforme: fino e
curto segmento tubular, que
representa uma expansão do
Ceco, localizado em sua parede
ínfero-medial. Apresenta natureza
linfoide.
 Colo ascendente: continua cranialmente o ceco, atravessando à região lombar d até alcançar o hipocôndrio
direito, onde toca o fígado, e logo após flete-se para direita, sendo continuado pelo colo transverso. O ponto de
transição entre os colos é denominado flexura direita do colo.
 Colo transverso: vai do hipocôndrio direito ao esquerdo, cruzando à região umbilical. Ao alcançar o hipocôndrio
esquerdo, flete-se para baixo, sendo continuado pelo colo transverso. No ponto de transição entre os colos
transverso e descendente, identificamos a flexura esquerda do colo.
 Colo descendente: vai do hipocôndrio esquerdo até a crista ilíaca, a partir da qual, é continuado pelo colo
sigmoide.
 Colo sigmoide: apresenta um aspecto sinuoso, se estendendo da região inguinal esquerda até a hipogástrica,
quando então será continuado pelo reto.

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 Reto: Assim denominado pelo aspecto quase retilíneo que apresenta ao longo de sua extensão. Inferiormente
apresenta uma porção mais dilatada denominada ampola do reto. O reto termina ao perfurar o diafragma
pélvico, sendo continuado até o meio externo, pelo canal anal.

A apendicite corresponde à inflamação no apêndice vermiforme. O paciente refere, normalmente, dor na região
inguinal direita à descompressão brusca do examinador. Pode cursar com febre e aumento dos leucóticos no
sangue. Configura uma urgência cirúrgica.

O canal anal corresponde ao segmento final do canal alimentar. Apesar do curto trajeto que apresenta (3cm),
algumas formações associadas a este segmento são de relevada importância funcional. O canal anal abre-se para o
meio externo através do ânus.
 Esfíncter Interno do Ânus: está situado profundamente, resultado do espessamento de fibras circulares lisas. É
de controle involuntário.
 Esfíncter Externo do Ânus: é constituído por fibras musculares estriadas. Dispõe-se externamente, em torno do
esfíncter interno do ânus.
 Colunas Anais: pregas longitudinais e paralelas identificadas na mucosa anal. Entre as colunas encontramos
depressões, os seios anais. Na base das colunas anais, em nível da camada Submucosa, identificamos o plexo
venoso retal (hemorroidas). A dilatação do plexo origina a doença hemorroidária.

No que diz respeito à configuração externa do IG, temos:


 Saculações: dilatações identificadas ao longo do IG, estas dilatações estão separadas entre si através de sulcos
transversais.
 Tênias do Colo: São 03 faixas de M. Liso, 1cm de Largura, que percorrem o IG longitudinalmente, em toda sua
extensão, reunindo-se em nível do Apêndice Vermiforme. As tênias recebem o nome de mesocólica; omental;
e livre.
 Apêndices Adiposos: Representam coleções de gordura envolta por Peritônio, pedunculados e apresentando
forma irregular, identificados ao longo do IG, principalmente em nível do colo sigmoide.

GLÂNDULAS SALIVARES
São Formações exócrinas, responsáveis pela produção e secreção da saliva para a cavidade da boca. A saliva,
além de ser um excelente lubrificante para a mucosa bucal, também participa do processo de digestão (enzima =
Amilase) dos alimentos. A ausência de saliva é conhecida como xerostomia (boca seca), enquanto que sua produção
excessiva e denominada sialorreia.
As Glândulas Salivares são divididas em Maiores e Menores. As Gls. Salivares Maiores são representadas por
03 pares:
 Menores: são representadas por pequenos corpúsculos espalhadas pelas paredes da boca. São elas: labiais,
palatinas, da bochecha, linguais e molares.
 Maiores: Parótidas, Submandibulares e Sublinguais.

PARÓTIDAS
A glândula parótida é a mais volumosa das glândulas
salivares. Está localizada na parte lateral da cabeça, em uma
escavação situada entre ao o ramo da mandíbula e o Processo
Mastoide do Osso Temporal. Este espaço é denominado de
compartimento parotídeo.
O ducto parotídeo emerge da margem anterior da
Glândula, dirigindo-se horizontalmente na face externa do M.
Masseter, logo após perfura o M. Bucinador e abre-se no
vestíbulo, em nível do segundo molar superior. A
desembocadura deste Ducto é marcada por uma prega de
mucosa, a papila parotídea.

A Parotidite Epidêmica corresponde a infecção viral


aguda da Gl. Parótida (também chamada de caxumba
ou “papeira”). O principal sintoma apresentado pelos
pacientes corresponde à dor durante a abertura bucal.
Os sialólitos são formações calcificadas que podem
obstruir o ducto da Glândula, impedindo a drenagem
da saliva para boca. A dor na região da glândula é
referida pelos pacientes como sintoma comum antes
das refeições.

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GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
Apresentam um volume bem inferior,
quando comparado às Parótidas. Estão localizados
na Face Medial do Corpo da Mandíbula, abaixo da
linha e do M. Milo-hioideo, em uma escavação
denominada fóvea submandibular.
O ducto submandibular emerge da face
medial da Glândula, dirigindo-se medialmente para
diante. Abre-se a cada lado do frênulo da língua, em
nível da carúncula sublingual.

As glândulas submandibulares, representam


as Gls. salivares mais acometidas por
sialolitos, em razão da relação angulada
existente entre a glândula e seu ducto. a
dor na região submandibular, durante as
refeições, acompanhada de aumento de
volume do assoalho da boca, representam
forte indícios da presença de sialólitos
obstruindo o ducto da glândula, e impedindo
o fluxo da saliva para a boca.

GLÂNDULAS SUBLINGUAIS
São as Gls. de menor volume dentre as Salivares. Estão localizados na Face Medial do Corpo da Mandíbula,
acima da linha e do M. Milo-hióideo, em uma escavação denominada fóvea sublingual.
A saliva produzida pelas Sublinguais desemboca no assoalho da boca, através de múltiplos ductos (15 a 20)
sublinguais maiores e menores.

FÍGADO
Glândula mais volumosa do Corpo Humano, tem função mista. Uma de suas secreções endócrinas corresponde
a própria glicose, enquanto a exócrina é liberada no duodeno, sendo denominada bile (derivada do metabolismo da
hemoglobina). No vivo, juntamente com o sangue circulante, o Fígado pesa cerca de 2kg.
Os meios de fixação do fígado são: Lig. Falciforme, Lig. Redondo, Ligg. Triangulares e Lig. Coronário.
O Fígado está dividido para estudo anatômico em 02 Faces:
 Face Diafragmática: Lisa e convexa em toda sua extensão, ajusta-se à Cúpula do M. Diafragma. Esta Face é
subdividida pelo Lig. Falciforme em 02 Lobos: o direito e esquerdo.
 Face Visceral: irregularmente côncava, está voltada para as vísceras abdominais. Esta Face é subdividida por
03 sulcos, em 04 Lobos: direito; esquerdo; quadrado; e caudado.

Entre os lobos direito e quadrado, encontramos a vesícula biliar, ajustada em uma escavação a fossa da
vesícula biliar. Entre os lobos direito e caudado, encontramos a veia cava inferior, ajustada em um sulco, o sulco da veia
cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, encontramos a porta do fígado. através da porta do fígado atravessam
os elementos que vão constituir o pedículo hepático.
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OBS: Pedículo hepático: A. hepática própria; V. porta; e o ducto hepático comum.

A vesícula biliar corresponde a uma formação


sacular localizada na fossa da vesícula biliar do fígado,
tendo como função armazenar e concentrar a bile.
Esta dividida em: Fundo, Corpo e Colo. Dela, parte
do ducto cístico.

A inflamação da vesícula biliar é denominada


de colecistite, uma patologia comum.
Geralmente é decorrente de um processo de
formação de cálculos (colelitíase); mas
eventualmente, não ocorre a formação de
cálculos (colecistite alitiásica).

PÂNCREAS
O Pâncreas é uma glândula de função mista.
Elabora e secreta a insulina para o sangue (hormônio
hipoglicemiante), e o suco pancreático para o
duodeno. Os Ductos que conduzem o Suco
Pancreático para o Duodeno são: Ducto Pancreático
Principal e Ducto Pancreático Acessório.
Está fixo à parede posterior do Abdome pelo Folheto Visceral do Peritônio Parietal. Pode ser localizando nas
regiões do hipocôndrio esquerda; epigástrica e região umbilical.
Está dividido para estudo anatômico em:
 Cabeça: parte dilatada do órgão, alojada na concavidade do duodeno.
 Colo: representado por um estreitamento, que corresponde a região de transição entre a cabeça e o corpo.
 Corpo: corresponde a maior porção do órgão, disposta transversalmente, da direita para esquerda.
 Cauda: extremidade afilada. Estende-se até a face medial do baço.

ROTEIRO PARA ESTUDO PRÁTICO

BOCA
 Vestíbulo da Boca:
 Lábios da boca
 Frênulo do lábio superior
 Frênulo do lábio Inferior
 Bochecha (Papila do Ducto Parotídeo)

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 Cavidade Própria da Boca:


 Palato Duro
 Palato Mole
 Istmo das Fauces
 Úvula palatina
 Arco palatoglosso
 Arco palatofaríngeo
 Tonsila palatina
 Língua
 Gengivas

FARINGE
 Parte nasal da Faringe:
 Óstio Faríngeo da Tuba Auditiva;
 Toro Tubário;
 Tonsila faríngea

 Parte Oral da Faringe


 Parte Laríngea da Faringe:
 Cartilagem epiglótica;
 Adito da laringe;
 Recesso piriforme.

ESÔFAGO
 Parte Cervical
 Parte Torácica
 Parte Abdominal

ESTÔMAGO
 Parede Anterior
 Parede Posterior
 Curvatura Maior
 Curvatura Menor
 Omento maior
 Omento menor
 Cárdia: Óstio Cárdico
 Fundo Gástrico
 Corpo Gástrico
 Parte Pilórica: Piloro,
Óstio Pilórico

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INTESTINO DELGADO
 Duodeno :
 Papila Maior do Duodeno
 Papila Menor do Duodeno
 Jejuno-íleo

INTESTINO GROSSO
 Ceco: Apêndice Vermiforme
 Colo Ascendente
 Colo Transverso
 Colo Descendente
 Colo Sigmóide
 Reto
 Canal Anal

FÍGADO
 Face Diafragmática
 Lobo Direito
 Ligamento Falciforme
 Lobo Esquerdo
 Face Visceral
 Lobo Direito
 Lobo Esquerdo
 Lobo Quadrado
 Porta do Fígado
 Veia Porta;
 A. Hepática;
 Ducto Hepático.
 Lobo Caudado
 Vesícula Biliar
 Veia Cava Inferior
 Ligamento Redondo do Fígado

VESÍCULA BILIAR
 Ducto Cistíco
 Ducto Colédoco

PÂNCREAS
 Cabeça do Pâncreas
 Corpo do Pâncreas
 Cauda do Pâncreas

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