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Tecido Epitelial

Glandular

HISTOLOGIA BUCAL
Prof. Ms Vera Alice Pexe

UNIVAG
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR DA CAVIDADE BUCAL

Origina-se a partir do epitélio de revestimento;

Funções: secreção

Tipo de glândula:

EXÓCRINA: lança seu produto na superfície corporal


externa ou cavidades corporais, exemplo: glândulas
salivares.
AS GLÂNDULAS SALIVARES

# glândulas exócrinas localizadas na região da boca


e lançam seus produtos na cavidade oral, formam a
saliva;

# constituição histológica: formadas por um


parênquima (parte funcional de tecido epitelial),
suportado por tecido conjuntivo (estroma);

# origem embrionária: o parênquima se origina do


ectoderma e o estroma do mesoderma;
FORMAÇÃO DAS GLÂNDULAS SALIVARES
# ocorre de forma similar em todas as glândulas salivares;

# surgem por proliferação, em locais específicos, de


cordões de células epiteliais que crescem no
ectomesênquima, ramificando-se e formando cordões
sólidos;

# formação da parótida: entre a 4ª e 6ª semana


embrionária;

# submandibular: inicia a formação na 6ª semana;

# sublingual e glândulas menores: entre a 8ª e 12ª semana


de desenvolvimento.
ESTRUTURA DAS GLÂNDULAS SALIVARES
Adenômero: unidade funcional da glândula, contém as unidades
secretoras e seus ductos, que vão se reunindo até liberarem a
saliva na cavidade oral.

# Parênquima: unidades secretoras terminais e ductos;

# Estroma: tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos,


vasos linfáticos e nervos
UNIDADES SECRETORAS

# unidades secretoras terminais :


# tubulares: formato alongado
#acinosas: formato cacho de uva
# túbulo alveolares: ramificada
TIPOS DE CÉLULAS DAS UNIDADES SECRETORAS
TERMINAIS

# serosas( cora escuro)

# mucosas( cora claro)

# mioepiteliais
CÉLULAS SEROSAS

# piramidais, tendo os ápices voltados para o lúmen da


glândula;

# núcleo esférico na região basal da célula;

# unidas por desmossomos e junções oclusivas;

#coram intensamente devido aos grânulos presentes no


citoplasma.

# sintetizam e armazenam proteínas;

# componente glicoproteico produzido por estas glândulas:


galactose, manose, fucose, glicosamina, galactosamina e
ácido siálico = seromucosas. FORMA A AMILASE SALIVAR.
CÉLULAS MUCOSAS:

# piramidais, com núcleos achatados e basais;

# sintetizam grandes cadeias de carboidratos (muco);

# coram-se fracamente, devido ao muco presente;

# semilua serosa: células serosas envolvendo as


células mucosas
CÉLULAS MIOEPITELIAIS

# possuem estrutura típica de células de músculo


liso;

# apresentam filamentos que envolvem as


unidades secretoras;

# função contrátil, auxilia no esvaziamento da


unidade secretora e do ducto;
DUCTOS
1- INTERCALARES.
2-ESTRIADOS.
3-EXCRETORES.
DUCTOS
1- Intercalares: menores ductos, próximos às unidades
secretoras as células cúbicas;

# apresentam lisozima e lactoferrina, que são antibacterianos;

# secreção proteica e isotônica ao plasma, com altas


concentrações de Na+ e Cl -, e baixa concentração de K+
2- Ductos Estriados: apresentam células colunares ou
cilíndricas, de núcleo central e citoplasma acidófilo;

# unidas por muitos desmossomos;

# aqui a secreção se torna hipotônica, com baixo teor de


Na+ e Cl- e alta concentração de K+;

# transporte ativo dos íons.


3-Ductos Excretores: conduzem o líquido salivar para
a cavidade oral;

# apresentam epitélio pseudoestratificado próximo


aos ductos estriados e depois estratificado com
células caliciciformes.
• DUCTOS

DUCTOS

Junqueira e Carneiro,2013
GLÂNDULAS SALIVARES MENORES
# localizadas em toda a cavidade oral, exceto
gengiva e porção anterior do palato duro;

# são pequenas glândulas que não possuem cápsula


conjuntiva bem definida;

# unidades secretoras mucosas, algumas com


semiluas serosas; apresentam ductos curtos que se
abrem na cavidade oral

# glândulas de von Ebner: localizadas na base das


papilas valadas linguais, são serosas apenas; se
abrem nos sulcos das papilas.
GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES
PARÓTIDAS: Predomínio de células serosas, formada por
unidades terminais acinosas;

# ducto de Stenon: ducto terminal da parótida que se


abre na cavidade oral na altura do 2º molar;
PARÓTIDA
SUBMANDIBULAR: glândula de secreção mista, com
predomínio de unidades secretoras serosas (acinosas);

# as unidades secretoras mucosas tubulares apresentam-se


com semiluas serosas;

# maior quantidade de ductos que a parótida;

# ducto de Wharton: ducto excretor terminal, abre-se no


assoalho da cavidade oral, próximo ao freio da língua.
Glândula Submandibular
# SUBLINGUAL: conjunto de glândulas unidas por um estroma
comum, predomínio de mucosa;

# vários ductos excretores terminais,(ducto de Bartholin) que


se abrem ao lado do freio da língua, junto ao canal de Wharton;

# são tubulares mucosas, com presença de semiluas acinosas


serosa;
A SALIVA
# líquido incolor, viscoso, com pH levemente ácido, cerca
de 500 ml /dia;

# 85% da saliva é produzido pelas glândulas salivares


maiores, principalmente a submandibular;

# secreção da parótida: fluida(serosa) e rica em amilase;

# secreção da submandibular é mista; serosa e mucosa.

# secreção da sublingual e glândulas menores é mucosa;

# células epiteliais, bactérias, vírus, imunoglobulinas (A),


íons, entre outros componentes;

# funções: lubrificação e formação do bolo alimentar,


atividade antibacteriana, maturação e remineralização dos
dentes (contém Ca e P)
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
O conhecimento da histologia e fisiologia das
glândulas salivares é essencial para a prática
odontológica.
Tumores.
Doenças inflamatórias virais, bacterianas e
alérgicas.
Mucocele- rompimento do ducto e retenção de
saliva.
Aumento da parótida por álcool, gravidez, diabetes
entre outros.
Quantidade de saliva esta diretamente relacionada
com a presença da cárie.
Diminuição da saliva no idoso.
Referência:

ARANA, V.; Katchburian, E. Histologia e Embriologia


Oral . 12 ed. Guanabara Koogan,

BARCELLOS,K.S.A.,ANDRADE,L.E.EC.Histopatologia e
Imunopatologia de Glândulas Salivares com Sindrme
de Sjogren(SSJ).Artigo de revisão. Ver Bras.
Reumatol,v45,N4,jul/ago.2005 w.ww.scielo.br. Data
de acesso 06,ago,2018.

BHASKAR, S. N. Histologia e Embriologia Oral de


Orban. 10ª ed. Rio de Janeiro, 1998.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. HISTOLOGIA


BÁSICA. 7ª Ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,
2013.

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