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PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS

SALIVARES
Prof. Me. Allysson Soares
Glândulas Salivares Normais
Glândulas Salivares
•Glândulas exócrinas localizadas na boca responsáveis
pela produção de saliva
Glândulas Salivares
•Desenvolvimento
Glândulas Salivares
•Desenvolvimento
Glândulas Salivares
Glândulas Salivares
•Adenômero: unidade funcional das glândulas salivares
Glândulas Salivares

•Parênquima:
Unidades secretores e
ductos

•Estroma:
Tecido conjuntivo
Glândulas Salivares
•Parênquima
Glândulas Salivares
•Parênquima:
Células das unidades secretoras
1. Serosas
2. Mucosas
3. Mioepiteliais
Glândulas Salivares
Células Serosas:
•Secretam proteínas
•Pequena quantidade de um componente glicoprotéico
Glândulas Salivares
Células Serosas:
•Piramidais, com o ápice voltado para o lúmen
•Núcleo esférico e localizado no terço basal
•Unidades secretoras se arranjam em forma esférica
Glândulas Salivares
Células Serosas:
•Células basofílicas
Glândulas Salivares
Células Serosas:
Síntese, armazenamento e secreção de proteínas

•Grânulos de secreção na porção apical

•Complexo de Golgi desenvolvido, localizado


apicalmente ou lateralmente ao núcleo

•Abundante retículo endoplasmático rugoso,


localizado na porção basal e lateral ao núcleo
Glândulas Salivares
Células Serosas:
Síntese, armazenamento e secreção de proteínas

•Lisossomos

•Mitocôndrias laterais à membrana plasmática


e em torno do retículo endoplasmático rugoso
Glândulas Salivares
Células Serosas:
Glândulas Salivares
Células Serosas:
Complexos juncionais
Glândulas Salivares
Células Serosas:
Complexos juncionais
Glândulas Salivares
Células Serosas:
As células serosas formam típicos hemidesmossomos com a
lâmina basal
Glândulas Salivares
Células Serosas:
Na extremidade apical existem numerosos desmossomos
Glândulas Salivares
Células Mucosas:
•Secretam o muco, que é formado por glicoproteínas
•A maioria das glicoproteínas contém 70 a 80% de cadeias
de carboidratos (mucinas)
Glândulas Salivares
Células Mucosas:
•Piramidais, com núcleos achatados e localizados em
sua base
•Unidades secretoras se arranjam formando túbulos
Glândulas Salivares
Células Mucosas:
•O ápice se cora levemente
Glândulas Salivares
Células Mucosas:
•O citoplasma cora com PAS
Glândulas Salivares
Células Mucosas:
Síntese de grandes cadeias de carboidratos

•Grânulos de secreção volumosos ocupando


a porção apical e grande parte do citoplasma

•Complexo de Golgi extenso, bastante ativo

•Retículo endoplasmático limitado a uma


estreita faixa de citoplasma na porção basal
e lateral
Glândulas Salivares
Células Mucosas:
•Complexos juncionais na sua extremidade apical
Glândulas Salivares
Semilua:
•Células serosas envolvendo parcialmente as células mucosas
•Canalículos que se dirigem do lúmen até os canalículos entre as
células serosas
Glândulas Salivares
Células Mioepiteliais:
•Abraçam a unidade secretora e os ductos intercalares
•Geralmente há uma célula para cada unidade secretora
•Interpostas entre a lâmina basal e a membrana plasmática
Glândulas Salivares
Células Mioepiteliais:
•Função contrátil, contribuindo para o esvaziamento da
secreção das unidades secretoras e ductos
•Possuem filamentos de actina e miosina
•Possuem filamentos de citoqueratina (origem epitelial)
Glândulas Salivares
Células Mioepiteliais:
•Difícil visualização
•Reação de imunoistoquímica para actina de músculo liso
Glândulas Salivares
Células Mioepiteliais:
•Prendem-se às células secretoras por meio de desmossomos e
possuem filamentos de citoqueratna
Glândulas Salivares
•Parênquima:
Sistema de ductos
1. Ductos intercalares
2. Ductos estriados
3. Ductos excretores Ductos excretores
Glândulas Salivares
Ductos Intercalares:
•As unidades secretoras se abrem nos ductos intercalares
•Menores ductos do sistema e mais próximos das unidades
secretoras
Glândulas Salivares
Ductos Intercalares:
•Revestidos por células cúbicas baixas de núcleos centrais e
escasso citoplasma
•Contém pouco retículo endoplasmático rugoso na região basal
e alguns sáculos de complexo de golgi na região apical
Glândulas Salivares
Ductos Intercalares:
•As células possuem alguns microvilos que se projetam para a luz
do ducto
•Suas bordas laterais interdigitam-se e são conectadas
apicalmente por complexos juncionais
Glândulas Salivares
Ductos Intercalares:
•São curtos quando saem das unidades secretoras mucosas e
mais desenvolvidos nas unidades secretoras serosas
Glândulas Salivares
Ductos Estriados:
•São revestidos por células colunares de núcleo central e
citoplasma acidófilo
•Facilmente reconhecíveis na coloração com HE
Glândulas Salivares
Glândulas Salivares
Ductos Estriados:

•O aspecto mais característico


é a estriação na região basal

•As estriações correspondem


a profundas invaginações da
membrana plasmática
Glândulas Salivares
Ductos Estriados:
•As dobras basais se estendem além dos limites laterais das células
formando projeções em formas de pés, aumentando
consideravelmente a área da membrana plasmática na região basal
Glândulas Salivares
Ductos Estriados:

•Entre as dobras há numerosas


mitocôndrias envolvidas na
função de transporte ativo

•No restante do citoplasma


poucos retículos
endoplasmáticos e complexos
de Golgi são visualizados ao
redor do núcleo
Glândulas Salivares
Ductos Estriados:
•Na porção apical há algumas vesículas e a membrana projeta
curtos microvilos para a luz do ducto
•As células são conectadas por complexos juncionais e
desmossomos
Glândulas Salivares
Ductos Estriados:
•Numerosos vasos sanguíneos são observados adjacentes aos
ductos estriados
•Esses vasos estão relacionados a mudanças na composição iônica
da secreção que passa pelo ducto
Glândulas Salivares
Ductos Excretores:
•O fluido salivar percorre ductos
excretores cada vez mais calibrosos
sendo eliminado na cavidade oral

•O epitélio modifica a medida que


se aproxima da desembocadura:
1. Pseudoestratificado
2. Estratificado
Glândulas Salivares
Ductos Excretores:
Pseudoestratificado
Glândulas Salivares
Ductos Excretores:
Estratificado
Glândulas Salivares

•Parênquima:
Unidades secretores e
ductos

•Estroma:
Tecido conjuntivo
Glândulas Salivares
Estroma:
•Tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos, linfáticos e nervos
•Células: fibroblastos e células inflamatórias
•Matriz extracelular: colágeno tipo I e substância fundamental
formada por proteoglicanos e glicoproteínas
Glândulas Salivares
Estroma:
•Nas glândulas maiores divide o parênquima em lóbulos
Glândulas Salivares
Estroma:
Suprimento vascular:
•Extensa rede vascular
•Artérias penetram na glândula e
ramificam-se em arteríolas
•Ampla rede capilar em torno dos
ductos estriados
•Retorno venoso ocorre pelas
vênulas que convergem em veias
maiores
Glândulas Salivares
Estroma:
Suprimento nervoso:
•O fluxo salivar é controlado
pelo sistema nervoso
simpático e parassimpático
•Nervos penetram na
glândula e subdividem-se em
plexos terminais
Glândulas Salivares
Estroma:
Suprimento nervoso:
A inervação final é constituída por
2 tipos morfológicos:
1. Epilemal: os axônios se
aproximam da célula-alvo, mas
permanecem no conjuntivo.
Os axônios ficam separados da
célula-alvo pela lâmina basal
2. Hipolemal: os axônios
penetram a lâmina basal e
transitam entre as célula-alvo
Glândulas Salivares
Estroma:
Suprimento nervoso:
•Nas unidades secretoras
ocorrem os 2 tipos de inervação
•No sistema de ductos ocorre
exclusivamente o epilemal
Glândulas Salivares
Estroma:
Suprimento nervoso:
•O reflexo para secreção salivar é
mediado por quimiorreceptores
dos botões gustativos e
mecanorreceptores do ligamento
periodontal
Glândulas Salivares
Glândulas Salivares Maiores:
Glândulas Salivares
Parótida:
Localização:
1. Anterior ao meato acústico
externo
2. Abaixo do arco zigomático
3. Lateral e posterior ao ramo da
mandíbula e ao mm masseter
Glândulas Salivares
Parótida:
Estreita relação com:
1. Nervo facial
2. Artéria carótida externa
3. Veia maxilar
4. Vários nódulos linfáticos
Glândulas Salivares
Parótida:
•O ducto excretor abre-se na cavidade oral na altura do
segundo molar superior (Ducto de Stenon)
Glândulas Salivares
Parótida:
•Unidades secretoras constituídas por células serosas
•Ductos intercalares alongados
•Ductos estriados desenvolvidos
Glândulas Salivares
Submandibular:
Localização:
1. Região submamdibular, próxima ao ângulo da mandibula
Glândulas Salivares
Submandibular:
Estreita relação com:
1. MM milo-hiodeo
2. MM pterigóideo medial
3. Artéria e veia faciais
Glândulas Salivares
Submandibular:
•O ducto excretor abre-se no assoalho da cavidade oral ao lado
de freio lingual (Ducto de Wharton)
Glândulas Salivares
Submandibular:
•Glândula mista: 75 a 80% das unidades secretoras é de células
serosas e 20 a 25% de células mucosas
•Ductos intercalares são mais curtos que os da parótida
•Ductos estriados mais longos e ramificados
Glândulas Salivares
Sublingual:
•Conjunto de glândulas próximas ligadas por um estroma comum
Localização:
1. Mucosa de assoalho de boca
2. Sobre o mm milo-hioide
Glândulas Salivares
Sublingual:
•Vários ductos excretores terminais que abrem-se ao lado do freio
lingual próximo ao ducto da submandibular
Glândulas Salivares
Sublingual:
•Predominantemente mucosa
•Possui semiluas serosas
•Ductos intercalares e estriados são curtos
Glândulas Salivares
Glândulas Salivares Menores:
•Numerosas e pequenas glândulas
caracterizadas por não terem uma
cápsula definida
Localização:
1. Mucosa e submucosa que
recobre a cavidade oral
2. Exceção da gengiva e porção
anterior do palato
Glândulas Salivares
Glândulas Salivares Menores:
•Maioria unidades secretoras mucosas
•Algumas semiluas
•Ductos curtos que se abrem na cavidade oral
Glândulas Salivares
Glândulas Salivares Menores:

•Exceção: glândulas localizadas nas


papilas valadas (von Ebner)

•Unidades secretoras puramente


serosas
SIALOLITÍASE
• Calcificações dentro do sistema de ductos
salivares.
• Surgem da deposição de sais de cálcio
• Pode ser provocada pela sialadenite crônica e
sua obstrução parcial
• Desenvolvimento não relacionado a nenhum
transtorno sistêmico de cálcio ou do
metabolismo do fósforo
SIALOLITÍASE
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E
RADIOGRÁFICAS
• GERALMENTE DESENVOLVE-SE NO SISTEMA DA GL.
SUBMANDIBULAR (MENOS FREQ. EM PARÓTIDA)
• DUCTO DE WHARTON LONGO, SINUOSO E ESPESSO E
SUA SECREÇÃO MUCÓIDE E ESPESSA FACILITAM A
MAIOR TENDÊNCIA DE FORMAÇÃO DE CÁLCULO
SALIVAR
• PRESENTES EM GLÂNDULAS SALIVARES MENORES
(LÁBIO SUPERIOR E MUCOSA JUGAL)
SIALOLITÍASE
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E
RADIOGRÁFICAS

• SEM PREDILEÇÃO POR FAIXA ETÁRIA, MAIS


COMUM EM ADULTOS JOVENS E DE MEIA-IDADE
• EM GL. MAIORES CAUSA EPISÓDIOS DE
DOR/AUMENTO DE VOLUME, SOBRETUDO AO SE
ALIMENTAR
• GRAVIDADE DOS SINTOMAS VARIA: GRAU DE
OBSTRUÇÃO/PRESSÃO NEGATIVA NA GLÂNDULA.
• SE PRÓXIMO AO TÉRMINO DO DUCTO, AUMENTO
DE VOLUME DURO PALPADO LOGO ABAIXO DA
MUCOSA
SIALOLITÍASE
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E
RADIOGRÁFICAS

• TIPICAMENTE COMO MASSA RADIOPACA


• POUCO VISÍVEIS EM RX CONVENCIONAIS ( GRAU DE
CALCIFICAÇÃO)
• PRESENTES EM QQ. LOCAL DO DUCTO OU DENTRO DA
PRÓPRIA GLÂNDULA
• RAD. OCLUSAL MOSTRA MELHOR EM TÉRMINO DO
DUCTO SUBMANDIBULAR
• EM PANORÂMICAS/PERIAPICAIS/CALCIFICAÇÃO
SUPERPOSTA À MANDÍBULA (DIAGN. DIFERENCIAL
COM LESÕES INTRA-ÓSSEAS)
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
COM LESÕES
ÓSSEAS
SIALOLITÍASE
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E
RADIOGRÁFICAS

• Em Gl. Saliv. Menores é geralmente assintomático, pode


haver edema local e dor

• Pequena radiopacidade em radiografia com bom contraste


para tecido mole
SIALOLITÍASE
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
RADIOGRÁFICO

• Múltiplas pedras na parótida podem imitar


linfonodos parotídeos calcificados ( tuberculose).
Ultrassonografia e TC auxiliam no diag. por
imagem.
SIALOLITÍASE
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS

 Macroscopicamente:
 duros aumentos de volume, arredondada, oval ou
cilíndrica.
 Amarelada,branca,marrom-amarelada
 Submandibulares maiores que os de parótida ou
glândulas menores
 Solitários, ocasionalmente dois ou mais
podem ser encontrados.
SIALOLITÍASE
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS

 Aumento de volume calcificado com laminações


concêntricas (circunda ninho amorfo de debris)
 Ducto associado deve ser removido se houver
metaplasia escamosa, oncocítica e mucosa
 Inflamação periductal presente
Ribeiro, et al. 2011 .Piracicaba
Ribeiro, et al. 2011 .Piracicaba
SIALOLITÍASE
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

 CONSERVADOR: MASSAGEM NA GLÂNDULA E


ESFORÇO PARA EXPELIR A PEDRA
 SIALOGOGOS (DROGAS QUE ESTIMULAM FLUXO
SALIVAR)
 TERAPIA COM CALOR LOCAL E INGESTÃO DE LÍQ.
 REMOÇÃO CIRÚRGICA (SIALOLITOS GRANDES)
 GL. REMOVIDA SE DANO INFLAMATÓRIO FOR
EXTENSO
 EM GL. MENORES EXCISÃO CIRÚRGICA, INCLUINDO
GL. AFETADA.
SIALOLITÍASE
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

 TÉCNICAS NOVAS P/ REMOÇÃO EM GL.


MAIORES:

 LITOTRIPSIA DE ONDAS DE CHOQUE


(EXTRACORPÓREA OU INTRACORPÓREA)
 ENDOSCOPIA DE GL. SALIVAR
 REMOÇÃO GUIADA RADIOGRAFICAMENTE
 POUCO INVASIVAS, BAIXA MORBIDADE PODEM
PRESERVAR A GLÂNDULA
Sing et al, 2012
Sing et al, 2012
Xerostomia
Mestrado de Patologia Bucal
Carla Matos Vieira Borges
Abril 2016
Refere-se à sensação de
boca seca, que é subjetiva
Xerostomia
• Geralmente
Geralmente associada
associada à hipofunção
a hipofunção dada
glândula
glândula salivar
salivar

Há também glândulas salivares menores, estão localizadas abaixo do


revestimento dos lábios, palato, língua, no interior das bochechas, nariz, seios
paranasais e laringe.
Xerostomia é a sensação de boca seca

Diferentemente da hipossalivação, que é a diminuição do fluxo


salivar
Algumas funções da
Saliva
Digestão
Digestão
Gustação
Gustação
Ação Antimicrobiana *
Açãoenzima-lisozima,
(possui uma Antimicrobiana* sem a
(possui uma enzima
presença de salivaa (lisozima),
pode osem
dente ter cárieda
a presença
Manutenção
saliva da integridade
o dente dos dentes
pode cariar)
Manutenção da integridade
Reparação dos dentes
Tecidual
Neutralização
Reparação acidez
Tecidual bucal
Neutralização acidez bucal
Quimioterapia Síndrome de Sjögren
Diabetes Mellitus-Insípido Infecção pelo vírus HIV
Mastigação diminuída Respiração Bucal
Tabagismo
Radioterapia -> Xerostomia
radioterapia
na região
cabeça e
pescoço

partes das glândulas


salivares podem estar
incluídas na radiação

gerando
diminuição Após uma
do fluxo semana Glândulas remanescentes
salivar radioterapia desenvolvem uma
hiperplasia na tentativa
começam as
de manter função
mudanças
Xerostomia
Problema relatado em 25% dos idosos
Xerostomia
No passado a
No passado a XEROSTOMIA era HOJEé éassociado
HOJE ao
associada ao
XEROSTOMIA era atribuído usode
demedicações
medicações
atribuída às possíveis uso
as possíveisdo
consequências consequências
envelhecimento
do envelhecimento
Medicações
Medicaçõesassociadas
associadas àaXerostomia
Xerostomia
Classe da droga ALGUNS EXEMPLOS

Difenidramina
AGENTES ANTI-HISTAMÍNICOS
Clorfeniramina

AGENTES
Pseudoefedrina
DESCONGESTIONANTES
Amitriptilina
AGENTES ANTIDEPRESSIVOS Citalopram

AGENTES ANTIPSICÓTICOS derivados da fenotiazina Haloperidol

AGENTES ANSIOLÍTICAS E Diazepam


SEDATIVOS Lorazepan

Reserpina
AGENTES ANTI-HIPERTENSIVOS Metildopa
Características Clínicas
Características Clínicas
Características Clínicas
Xerostomia
Características Clínicas
Característcas Clínicas

Achados clínicos
Alguns pacientes com queixa de boca
seca
=
apresentam fluxo salivar normal

Alguns pacientes clinicamente


apresentam boca seca
nem sempre =
correspondem aos porém não tem queixas
sintomas do paciente
Características Clínicas

Esse problema está sendo


mais associado à
radioterapia e às vezes é
chamado de cárie por
radiação
Xerostomia
Tratamento
Condutas mais aceitas pelos pacientes:
Produtos de higiene oral que contenham:
Lactoperoxidade
Lisozima
Lactoferina
Influência da geléia de
hidratação oral como um
substituto de saliva para
o alívio da xerostomia
em pacientes idosos
com hipertensão e
diabetes mellitus

Feito um estudo com um tipo de geléia oral de hidratação


OMJ
em 118 pacientes com problemas hipertensão e diabetes
mellitus
Depois de usar OMJ, sinais e sintomas de boca seca foram
comparados com os dados de base.
SIALADENITE
 Inflamação das
glândulas salivares;
 Causas infecciosas e
não infecciosas;
 Infecção viral –
;
 Outros vírus:
 Coxsackie A;
 ECHO;
 Coriomeningite;
 Parainfluenza;
 Citomegalovírus (CMV).
 Infecções bacterianas surgem como:
 Resultado da obstrução ductal
 Diminuição do fluxo salivar

 Disseminação retrógrada das bactérias através do


sistema ductal;

 Bloqueio do ducto:
 Sialolitíase
 Estreitamentos congênitos;
 Compressão pela presença de tumor adjacente
 Diminuição do fluxo salivar:
 Desidratação;
 Medicações.

 Caxumba cirúrgica:
 Cirurgia (principalmente cirurgia abdominal);
 Paciente mantido sem alimentação e ingestão
de fluidos;
 Atropina.
 Staphylococcus
aureus;
 Estreptococos;
 Outros organismos.
 Causas não
infecciosas:
 Síndrome de
Sjögren;
 Sarcoidose;
 Radioterapia;
 Diversos alérgenos.
 Mais comum na
glândula
parótida;
 Bilateral em 10%
a 25% dos casos;
 Glândula afetada
apresenta-se
dolorida e com
aumento de
volume;
 Pele sobrejacente
pode apresentar-se
quente e eritematosa;
 Febre baixa e trismo;
 Drenagem purulenta
(orifício do ducto);

Fonte: Neville, 2009, p. 463.


 Obstrução ductal persistente ou
recorrente – SIALADENITE
CRÔNICA;
 Tumor de Küttner:
 Glândula submandibular;
 Aumento persistente;
 Difícil distinguir de uma
neoplasia verdadeira;
 Sialografia – dilatação ductal
próxima à área de obstrução.
Fonte: Neville, 2009, p. 464.
 PAROTIDITE
CRÔNICA:
 Ducto de Stensen;
 Na sialografia apresenta
“forma de linguiça”;
 Combinação de
dilatações ductais com o
estreitamento ductal
decorrente da formação
de cicatrizes;
 PAROTIDITE CRÔNICA:
 Pode ocorrer nas glândulas salivares
menores;
 Resultante de bloqueio do fluxo ductal ou
trauma local.
 SIALADENITE
NECROTISANTE
SUBAGUDA:
 Inflamação das glândulas
salivares;
 Adolescentes e adultos
jovens;
 Gl. salivares menores do
palato duro e palato mole;
 Nódulo doloroso recoberto
por mucosa eritematosa
intacta;
 Causas alérgicas ou
infecciosas.
 SIALADENITE AGUDA:
 Acúmulo de neutrófilos dentro do sistema
ductal e acinar.
 SIALADENITE CRÔNICA:
 Infiltração difusa ou focal no parênquima
glandular;
 Linfócitos e plasmócitos;
 Atrofia dos ácinos;
 Dilatação dos ductos
 Presença de fibrose – Sialadenite crônica
esclerosante.
Fonte: Neville, 2009, p. 464.
 SIALADENITE
NECROSANTE
SUBAGUDA:
 Intenso infiltrado
inflamatório misto;
 Neutrófilos,
linfócitos,
histiócitos,
eosinófilos;
Fonte: Woo, 2013, p. 279.
 SIALADENITE
NECROSANTE
SUBAGUDA:
 Perda das células
acinares;
 Necrose;
 Ductos tendem a se
apresentar atróficos;
 Não apresentam
hiperplasia ou
metaplasia escamosa.
Fonte: Woo, 2013, p. 279.
SIALADENITE SIALOMETAPLASIA

Fonte: Woo, 2013, p. 278


SIALADENITE AGUDA:
Antibioticoterapia;

Reidratação para estimular o fluxo salivar;

Taxa de mortalidade de 20% a 50% em pacientes


debilitados;

Disseminação de infecção e sepse.


SIALADENITE CRÔNICA:
Depende da gravidade da condição;

Conduta inicial: antibióticos, analgésicos, sialogogos


e massagem glandular;

Obstrução ductal: remoção do sialolito ou de outras


causas de bloqueio;

Sialadenoscopia e irrigação ductal – dilatam os


estreitamentos ductais com a finalidade de eliminar
sialolitos e tampões mucosos;
SIALADENITE CRÔNICA:

Ligação do ducto de Stensen (elevada


taxa de insucesso);

Neurectomia timpânica (sucesso em 75%


dos pacientes);

Remoção cirúrgica da glândula.


SIALADENITE NECROSANTE
SUBAGUDA:

Autolimitante (2 semanas).
CONDIÇÃO INFLAMATÓRIA

INCOMUM

LOCALMENTE DESTRUTIVA

CAUSA INCERTA

MIMETIZA PROCESSO MALIGNO


FATORES PREDISPONENTES:

PRÓTESES MAL ADAPTADAS

TUMORES ADJACENTES

CIRURGIAS PRÉVIAS
FATORES PREDISPONENTES:

LESÕES TRAUMÁTICAS

ANESTESIAS

INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR


SIALOMETAPLASIA NECROSANTE

+ FREQUENTE EM GLÂNDULAS
SALIVARES DO PALATO

75% POSTERIOR DO PALATO

2/3 UNILATERAIS
RARO EM
GLÂNDULA
SUBMANDIBULAR E
SUBLINGUAL
MAIS COMUM
EM ADULTO

HOMENS 2X MAIS
AFETADOS QUE AS
MULHERES
AUMENTO DEVOLUME
NÃO ULCERADO
ASSOCIADO COM DOR E PARESTESIA

EM 2 A 3 SEMANASTECIDO
NECRÓTICO É PERDIDO=
ÚLCERA CRATERIFORME
NESTA FASE DOR DIMINUI
HISTOPATOLÓGICO

NECROSE ACINAR NAS


LESÕES PRECOCES

MATAPLASIA ESCAMOSA
DOS DUCTOS SALIVARES
HISTOPATOLÓGICO

HIPERPLASIA
PSEUDOEPITELIOMATOSA
do epitélio sobrejacente
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

CARCINOMA EPIDERMOIDE
CARCINOMA
MUCOEPIDERMOIDE

WWW.GOOGLE.COM.BR

WWW.GOOGLE.COM.BR

NEVILLE,2009
TRATAMENTO

BIÓPSIA PARA EXCLUIR NEOPLASIA


MALIGNA;

NENHUM TRATAMENTO SE FAZ NECESSÁRIO;

5 A 6 SEMANAS OCORRE A CICATRIZAÇÃO.


Desordem autoimune crônica sistêmica
caracterizada pela infiltração de células
mononucleares nas glândulas exócrinas

 Síndrome de Sjögren primária (síndrome sicca)


 Xerostomia e xeroftalmia somente
 Síndrome de Sjögren secundária (associada a outra
desordem autoimune)
 Artrite reumatóide (15%)
 Lúpus eritematoso sistêmico (30%)

Neville et al., 2009


 Patogênese permanece incerta

- Predisposição genética ?

- Hereditariedade ?

- Vírus ?

Neville et al., 2009; Kivity et al., 2014


 Não é uma condição rara
 0,2% a 3% da população (0,17% BR)
 Mulheres (9:1) entre os 40 e 60 anos

Neville et al., 2009; Reksten et al., 2014; Kivity et al.,


 Principal sintoma oral é a xerostomia
 Saliva espumosa
 1/3 a metade dos pacientes apresentam um
aumento firme e difuso das glândulas salivares
maiores

Neville et al., 2009


Napeñas, Rouleau, 201
 Língua fissurada
 Atrofia das papilas
 Mucosa vermelha e dolorida (candidíase)
 Úlceras causadas por próteses
 Queilite angular
 Predisposição à cáries (cárie cervical)
 Gengivite/periodontite
 Sialadenite bacteriana retrógrada

Neville et al., 2009


Neville et al., 2009; Napeñas, Rouleau, 2014
Sialografia revela sialectasia pontual e perda da
arborização normal do sistema ductal

“árvore carregada de frutos, sem galhos”

Neville et al., 2009


 Velocidade de hemossedimentação é elevada
 IgG elevado
 Positividade para o fator reumatóide (60%)
 Anticorpos antinucleares (ANAs) (75-85%)
 Anticorpos nucleares – anti-SS-A (anti-Ro – 40%) e
anti-SS-B (anti-La – 25%)
 Auto-anticorpos do ducto salivar

Neville et al., 2009


Ceratoconjuntivite sicca
 Redução de produção de lágrimas pelas glândulas
lacrimais
 Efeito patológico nas células epiteliais da superfície
ocular
 Gravidade da xeroftalmia varia entre os pacientes

 Queixa de presença de areia, arranhadura ou corpo


estranho nos olhos
 Visão pode tornar-se embaçada e algumas vezes há
sensibilidade dolorosa
 Teste de Schirmer
Infiltração linfocítica nas glândulas salivares com
destruição das unidades acinares

Neville et al., 2009


Se as glândulas maiores estiverem aumentadas 
evolução para lesão linfoepitelial

Neville et al., 2009


Biópsia das glândulas salivares menores do lábio
inferior
 Presença de agregados inflamatórios crônicos
focais (50 ou mais linfócitos e plasmócitos)
 Agregados devem estar adjacentes a ácinos
aparentemente normais. Mais de um foco de 50 ou +
células dentro da área de 4 mm2 é considerado
importante para sustentar o diagnóstico.
 Não é 100% confiável
 Infiltração dos linfócitos pode variar
 Pacientes tabagistas

Neville et al., 2009


 Tratamento de suporte

 Lágrima artificial (xeroftalmia)


 Saliva artificial (xerostomia)
 Uso de medicamentos sialogogos para estímulo do fluxo
salivar
 Evitar medicamentos que diminuam as secreções
 Aplicações diárias de flúor (bochechos de NaF a 0,05%)
 Terapia antifúngica para candidíase secundária

Neville et al., 2009


Pacientes com Síndrome de Sjögren apresentam um

risco elevado de desenvolver linfomas que podem

inicialmente surgir dentro das glândulas salivares ou

linfonodos (cerca de 40 vezes mais que a população

normal).

Neville et al., 2009


MUCOCELE, RÂNULA
E CISTO DE
RETENÇÃO MUCOSO.
Lesão comum da cavidade oral

Resultado da ruptura de um ducto de glândula salivar


(trauma),

Obstrução (sialólitos)

Extravasamento de mucina
Neville,2009.
Aumento de volume mucoso (em forma de cúpula)

Variando de tamanho (1 a 2 mm – cm)

Flutuante / Recorrente

Crianças e adultos jovens

Evolução: dias a anos


Neville,2009.
Neville,2009.
Neville,2009.
Neville,2009.
Neville,2009.
Neville,2009.
Variante clínica não usual

Mucina extravasada infiltra


através do músculo milo – hioide.

Neville,2009.
Vesículas (únicas ou multiplas)
Medindo de 1 a 4 mm

Palato mole, região retromolar e


ao longo da mucosa jugal posterior

Recidivas são comuns.

Desordens liquenóides:
( líquen plano, erupções liquenóides por drogas e a doença do
enxerto versus hospedeiro)
Neville,2009.
Área de mucina extravasada, circundada
por tecido de granulação reacional Neville,2009.
Histiócitos
espumosos
(macrófagos)

Neville,2009.
Mucocele

Carcinoma
mucoepidermóide

Rânula
Mucocele

Variz

Rânula
Mucocele

Hemangioma

Rânula
Mucocele

Neurofibroma

Rânula
Mucocele

Lipoma

Rânula
Autolimitantes.

Excisão cirúrgica local, incluindo as glândulas


salivares menores adjacentes.

Prognóstico excelente.

Neville,2009.
Varias cavidades revestidas por tecido de granulação
exibindo paredes grossas / Algumas partes exibindo epitélio
ductal metaplásico
Projeções polipóides do tecido de granulação para
o Lúmen
Cavidade revestida por tecido de granulação com
proeminentes histiócitos em paliçada
Células gigantes multinucleadas na parede do
tecido de granulação
Muitas estruturas globulares hialinizadas são
observadas livres dentro da cavidade.
Estruturas globulares hialinizadas forradas por
macrófagos
Brotamento a partir da parede representando
diferentes fases de formação destas estruturas
globulares hialinizadas
Aqui duas fases distintas das estruturas globulares
adjacentes ( hialina / restante do tecido de
granulação)
Aqui as estruturas globulares são separadas, mas
com as mesmas características
É uma cavidade delimitada por epitélio que surge a
partir do tecido da glândula salivar

Causa incerta

Neville,2009.
Adultos
Glândulas salivares (maiores = menores)
Maiores + Parótida
Aumento de volume de crescimento lento e
assintomático.

Cistos intraorais ( glândula salivar menor < soalho


da boca, mucosa jugal e lábios)

Neville,2009.
Aumento de volume nodular, sobreposto ao ducto
de wharton Neville,2009.
Epitélio cuboidal

Epitélio colunar

Epitélio pavimentoso
atrófico

Neville,2009.
djigfjfk

Cisto abaixo da superfície mucosa / Ducto excretor


da glândula salivar, delimitado por epitélio colunar.
Neville,2009.
A ectasia ductal secundária à obstrução salivar é
caracterizada por uma metaplasia oncocítica do epitélio
de revestimento do ducto
Neville,2009.
Cisto do ducto salivar isolados = excisão cirúrgica
conservadora

Nas glândulas salivares maiores = remoção parcial


ou total da glândula pode ser necessário

Lesão não sofre recidivas.

Neville,2009.
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