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Principais características

- Dentição forte com presença de dentes caninos curvados para dentro. Os


dentes são usados para agarrar, segurar e matar a presa. Também servem
para comer a carne. O quarto pré-molar (superior e inferior) é muito afiado e
usado para rasgar a carne e quebrar ossos, facilitando assim a mastigação.

- Assim como seus dentes, suas mandíbulas também são muito fortes e
resistentes.

- Presença de pés com 4 ou 5 dedos, sendo que estes possuem garras


(também atuam favoravelmente no momento da caça).

- Grande parte das espécies de carnívoros possuam hábitos noturnos e são


gregários (vivem em grupos).

- São encontrados em praticamente todas as regiões do mundo.

- Possuem olfato, audição e visão bem desenvolvidos.

- Podem se alimentar de outros carnívoros ou de animais herbívoros (que se


alimentam de vegetais).

- Podem caçar sozinhos ou em grupos.

Animais carnívoros, tal como o nome indica, são aqueles indivíduos que se
alimentam predominantemente de carne. São considerados predadores, já que
removem indivíduos da população ao capturá-los para este fim. Tais animais se
alimentam de herbívoros, mas podem também ter como fonte nutricional
indivíduos com esse mesmo hábito. Assim, podem ser consumidores
secundários, no primeiro caso, ou terciários em diante, nos outros casos.

Alguns carnívoros perseguem suas presas sozinhos: estratégia que pode não
ser tão eficiente quanto uma caçada em grupo. Assim, animais como leões e
hienas e algumas espécies de formigas preferem se unir para capturarem um
alimento maior e sem correrem grandes riscos de vida (ou de voltarem da caça
sem alimento).
Adaptações, como dentes que permitem morder a presa e rasgar sua carne,
são essenciais para que exerçam este papel ecológico. Garras e bicos afiados,
em caso de algumas aves, facilitam esse mesmo processo; e mandíbulas de
determinadas serpentes têm capacidade de se alargar e deslocar a fim de que
o alimento seja engolido. Olfato e audição bem desenvolvidos facilitam a
localização do alimento.

Glandulas

As glândulas salivares são órgãos pareados que secretam saliva através de


seus ductos na cavidade oral. A saliva matem a mucosa da boca úmida e se
misturar ao alimento durante a mastigação para lubrificar a passagem do bolo
alimentar durante a deglutição e iniciar a digestão química do alimento.

As glândulas salivares menores estão presentes a mucosa dos lábios,


bochechas da língua e do palato no assoalho oral sublingual e produzem uma
secreção mucosa. As glândulas salivares da bochecha formam grupos
maiores ventral e dorsalmente. A maior parte da saliva e produzido pelas
glândulas salivares maiores. Elas se situam a uma determinada distancia da
cavidade oral e secretam através de ductos. Essas glândulas produzem um
fluido mais seroso, algumas delas produzem uma secreção mucuserosas,
contendo a enzima amilase a qual inicia a digestão de carboidratos. A saliva
constituídas principalmente de água também de mucina, amilase e sais,
especialmente bicarbonato de sódio.

Embora a secreção de saliva costume ser continua, sua frequência e


controlada pela inervação simpática e parassimpática. A inervação
parassimpática ocorre pelo V, VII, e IX nervos cranianos e ocorre elo olfato e
pelo paladar, levando a um aumento de secreção de saliva e na dilatação dos
vados sanguíneos. As fibras simpáticas se originam se a partir de segmentos
torácicos caudais da medula espinhal, formam sinapses no gânglio cervical
cranial e alcançam as glândulas salivares na túnica adventícia das artérias. A
estimulação e seguida, por vasoconstrição, que diminui a taxa de produção de
saliva, e também a desidratação que acarreta sesação de sede.
Alem de suas funções de limpeza, lubrificação e digestão, a saliva serve como
via de excreção de determinados substancias, algumas das quais podem se
acumular como um deposito (tártaros) nos dentre, especialmente em cães e
gatos.

Glandula salivar parótida:

As glândulas salivar parótida é um órgão pareado, que se situa na união entre


a cabeça e pescoço, ventral á cartilagem auricular na fossa retromandibular.
Ela é particularmente desenvolvida em herbívoros. A glândula salivar parótida e
uma glândula tubuloacinosa, seroucosa e mista. Sua localização e proxima da
artelia carótida externa da veia maxilar e dos ramos dos nervos facial e
trigemio.

A glândula salivar parótida esta envolvida por uma cobertura facial que proteja
trabéculas para dentro e a divide em vários lóbulos. Os ductos coletores
maiores atravessam essas trabéculas ate se unirem novamente e formarem
um único ducto que se inicia na fase rostral da glândula. Em carnívoros e
pequenos ruminantes , esse ducto passa sobre a face lateral do músculo
masseter.

A glândula parótida e vascularizada por ramos da artéria e da veia maxilares.


Sua inervação ocorre por ramos do nervo glossofaríngeo, cujas fibras
parassimpáticas acompanham o trajeto do nervo petroso menor ate o gânglio
ótico.

Glandula salivar:

A glândula salivar mandibular se situa próximo ao ângulo da mandíbula e esta


parcialmente coberta pela glândula salivar parótida. Ele é ligeralmente maior
que a glândula parótida, na maioria dos cães e gatos, mas consideravelmente
maior em ruminantes. Nos carnívoros, seu formato é oval, e ela se posiciona
subcultaneamente, caudal á glândula salivar monosomatica entre as veias
linguofacial e maxilar. Tanto a glândula mandibular quanto a sublingual
monosomatico tem importância pratica no cão, pois elas podem sofrer
alterações císticas.
A glândula salivar mandibular produz uma secreção serosa e mucosa mista,
mas também pode alterar entre duas. Ela secreta atravez, de um único ducto, o
qual passa ventral a mucosa do assoalho da cavidade oral, próximo ao frenulo
da língua, ate desembocar co o ducto sublingual maior na carúncula sublingual.
A artéria e a veia linguofaciais fornecem o suprimento vascular da glândula
salivar mandibular. A inervação parassimpática é proporcionada por fibras que
emergem do nervo facial. Essas fibras acompanham inicialmente a corda do
tímpano ate o ramo mandibular do nervo trigêmeo e prosseguem no ramo
lingual deste ultimo ate o gânglio mandibular onde realizam sinapse com os
neurônios pós ganglionarios.

Quando mastigado, o alimento é misturado com as secreções salivares que


permitem que este seja moldado em bolos bem lubrificados, o que facilita a
deglutição. Além disso,a saliva pode ter funções antibacterianas, digestivas e
de resfriamento evaporativo, dependendo da espécie.

A atividade antibacteriana da saliva resulta da ação de anticorpos e enzimas

antimicrobianas conhecidas como lisozimas. Inicialmente, pode-se pensar que


as propriedades antimicrobianas da saliva são ineficientes, uma vez que a boca
contém normalmente uma grande e florescente população de bactérias.
Contudo, a saliva auxilia a manter essa população sob controle e os animais
com a função salivar comprometida estão sujeitos a doenças infecciosas da
cavidade oral.
A maioria dos mamíferos possui pelo menos três pares de glândulas salivares:
as glândulas parótidas, as quais se localizam sob a orelha e atrás do ramo
vertical da mandíbula; as glândulas mandibulares, que estão no espaço
intermandibular; e as glândulas linguais, localizadas na base da língua. Cada
uma dessas glândulas drena para um ducto principal que tem uma abertura
única para a cavidade bucal. Além dessas glândulas principais, há glândulas
menores na língua e mucosa bucal. Essas glândulas menores e indistintas
muitas vezes possuem numerosos ductos secretórios que desembocam na
boca. A concentração de muco é diferente nas secreções das diversas
glândulas salivares. A parótida secreta saliva aquosa, ou serosa, enquanto
muitas das glândulas menores secretam saliva altamente mucosa. As outras
glândulas secretam um tipo misto de saliva, contendo tanto material mucoso
como seroso. As glândulas salivares das aves secretam uma quantidade
copiosa de muco para lubrificar o alimento não mastigado para a deglutição.

Estômago e suco gástrico

No estômago, o alimento é misturado com a secreção estomacal, o suco


gástrico (solução rica em ácido clorídrico e em enzimas (pepsina e renina).

A pepsina decompõe as proteínas em peptídeos pequenos. A renina, produzida


em grande quantidade no estômago de recém-nascidos, separa o leite em
frações líquidas e sólidas. Apesar de estarem protegidas por uma densa camada
de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas
pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada

O suco pancreático

O pâncreas secreta o suco pancreático, uma solução alcalina formada por sais
(dentre eles o bicarbonato de sódio), água e diversas enzimas, cujas principais
são:

 tripsina e quimiotripsina, duas proteases que desdobrem as proteínas


em peptídeos. Essas enzimas são liberadas pelo pâncreas na forma
inativa de tripsinogênio e quimotripsinogênio, respectivamente;
 lipase pancreática, que atua na digestão de lipídios (triglicerídeos);
 amilase pancreática (ou amilopsina) que atua sobre o amido,
transformando-o em maltose;
 diversas peptidases, que rompem ligações peptídicas existentes nos
peptídeos formados na digestão de proteínas, levando à liberação de
aminoácidos;
 nucleases, que digerem ácidos nucléicos.
Bile: ação física na digestão dos lipídeos

A bile é um líquido esverdeado produzido no fígado. Não contém enzimas


digestivas. É rica em água e sais minerais de natureza alcalina. É armazenada
na vesícula biliar, onde é concentrada para posterior liberação no intestino
delgado.

A ação da bile no processo digestivo é física. Age como um detergente e provoca


a emulsificação das gorduras ao reduzir a tensão superficial existente entre as
moléculas lipídicas. Isso promove a formação de gotículas, o que aumenta a
superfície total de exposição dos lipídios, favorecendo, assim, a ação das
lípases.

Hormônio Fonte Estímulo Modo de ação


eastimula a
contato de secreção de
alimentos suco gástrico
Gastrina Estômago protéicos com as e a contração
paredes do da
estômago musculatura
estomacal
estimula o
pâncreas a
contato produzir suco
Intestino
Secretina do HClestomacal rico em
delgado
com o duodeno bicarbonato e
o fígado a
secretar bile
estimula a
liberação de
contato de
enzimas
Intestino lipídios e
Colecistoquininaou Pancreozimina digestivas e
delgado aminoácidos na
liberação de
parede duodenal
bile no
duodeno
inibe a
secreção de
presença de
Intestino suco gástrico
Enterogastrona gordura no
delgado bem como a
intestino delgado
motilidade do
estômago

INTESTINO DELGADO E GROSSO

Animais carnivoros apresentam caracteristicas gastointestinais simples,com


intestino delgado e grosso curtos. O intestino delgado é dividido em tres regioes:
duodeno, jejuno e ileo. A digestão do quimo ocorre no duodeno e na primeira
porção do jejuno. A mucosa do intestino delgado secreta enzimas peptidases
que atuam nos peptideos levando a liberação de aminoacidos.

As funçoes dos animais monograstricos são auxiliadas pelas secreçoes


pancreaticas e biliares. Grande parte da absorção de agua, vitaminas e
nutrientes provenientes da digestão enzimatica ocorre no intestino delgado e
essa absorção ocorre nas vilosidades intestinais e são transportados para vasos
sanguineos e distribuidos pelo organismo.

A colecistocinina CCK e a SECRETINA são hormonios secretados por celulas


duodenais. A CCK é secretada em resposta a gordura e a secretina é secretada
em resposta ao baixo pH, ambas parecem secretar a supressão do
esvaziamento gastrico.

O esfíncter de Oddi é uma válvula muscular que controla o fluxo dos fluidos
digestivos (biles e suco pancreático) que passam por dois “canais” que drenam
a bile que sai do fígado e do ducto do pâncreas em direção ao intestino
(duodeno). O esfíncter é controlado pela colecistocinina (CCK), que, quando
presente, relaxa-o e deixa as secreções entrarem no duodeno.

Para que todo alimento possa ser digerido é importante que eles sejam
intensamente misturados com as secreçoes digestivas e pelos movimentos de
peristaltismo que promovem o deslocamento ate o intestino grosso.

No intestino grosso proliferam diversos tipos de bactérias, muitas mantendo


relações amistosas, produzindo as vitaminas K e B12, riboflavina, tiamina, em
troca do abrigo e alimento de nosso intestino. Essas bactérias úteis constituem
nossa flora intestinal e evitam a proliferação de bactérias patogênicas que
poderiam causar doenças. O reto, parte final do intestino grosso, fica geralmente
vazio, enchendo-se de fezes pouco antes da defecação. A distensão provocada
pela presença de fezes estimula terminações nervosas do reto, permitindo a
expulsão de fezes, processo denominado defecação.

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