Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Clínica Médica de
Animais de Companhia
Apostila com base nas anotações realizadas em
sala de aula e com os slides. O presente conteúdo
não é de minha autoria.
Maria Eduarda Cabral
SUMÁRIO
ressecadas, TPC >2-3”, pulso Paciente com diarreia que não deixou de se alimentar, está
rápido e fraco, enoftalmia. bebendo água, não está crítico, conseguimos fazer um
tratamento suporte orientando o proprietário a aumentar
perda considerável do
a ingestão hídrica, com o aumento da disponibilidade de
turgor cutâneo, enoftalmia
água, oferta de água de coco, gatorade e entre outros
grave, taquicardia, mucosas para auxiliar na reidratação.
>10% - severa extremamente secas, TPC
>3”, pulso fraco, hipotensão, Se não está se alimentando (hiporexia ou anorexia) não
conseguimos fazer a reidratação pela via oral.
alteração no nível de
consciência.
Via intravenosa
5%: muitas vezes uma fluidoterapia subcutânea e
aumentar a ingestão hídrica do paciente se ele não tiver É a via de eleição, faz uma reidratação mais rápida por
vômito será o suficiente. colocar o líquido direto no vaso sanguíneo do paciente e
10%: emergência. também consegue utilizar para fazer a administração de
fármacos por ela.
Prefere vasos mais calibrosos, seguindo a ordem:
inicia a tentativa pela veia cefálica.
segunda veia se não conseguir é a veia safena.
paciente chegou com desidratação grave ou A cefálica é mais fácil fazer a fixação do cateter, a
hipovolêmico faz a reanimação, se não chegou com safena é mais complicada e a jugular precisa fazer uma
desidratação maior que 10% e hipovolêmico não fixação envolta de toda a região cervical do paciente,
sendo mais complicada.
precisa fazer reanimação.
2. Reidratação ou reposição: repor perdas dos
compartimentos intra e extracelular.
para fazer essa etapa é necessário o grau de
desidratação.
3. Manutenção: quantidade de líquido que o animal precisa
para manter as funções fisiológicas, como função
cardíaca, renal, hepática, produção de líquidos importantes
para o organismo, como líquor, humor aquoso e etc.
dentro dessa fluidoterapia precisa verificar se o animal
apresenta perdas contínuas, como vômito e/ou
diarreia. Via subcutânea
NACL
RINGER SIMPLES
Manutenção
FÓRMULA
50mL/kg/dia.
50mL/kg/dia.
40mL/kg/dia.
40mL/kg/dia.
Dentro da manutenção tem que considerar se tem perdas
contínuas, como vômito e/ou diarreia, se tiver essas
perdas contínuas a manutenção será alterada.
Se precisa fazer 200ml em 24h consegue programar na Faz primeiro o cálculo de manutenção e acrescenta as
bomba de infusão para que o animal receba essa perdas contínuas, se não tiver vômito e nem diarreia não
quantidade de fluido em 24h. precisa fazer o cálculo de perdas contínuas.
PERDAS CONTÍNUAS
fórmula
40mL/kg/dia.
40mL/kg/dia.
60mL/kg/dia.
manutenção + perdas contínuas
Taxa para o animal manter seus parâmetros fisiológicos.
% = volume em
ml/24h.
Grau de desidratação: >10% - severa ou pacientes
hipovolêmicos.
– manutenção + perdas contínuas + reposição
Exemplo
Cão, 10kg.
Manutenção + perdas contínuas + reposição, esse cálculo
= dará a quantidade em mL que o animal precisa receber
em 24 h.
Essa fluido pode repetir quantas vezes forem
necessárias, mas se não responder a essa fluidoterapia é
Página 6 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares
CÃES
Diarreia.
Cães
Letargia.
Letargia. ANOREXIA – apetite seletivo.
Anorexia. paciente que intercala fases que não come, fases que
VÔMITO. come o que apenas quer e fases que está nauseado
para comer.
Desidratação.
VÔMITOS ESPORÁDICOS.
DOR ABDOMINAL.
Diarreia. Dor abdominal.
Massa. GATOS
Gatos ASSINTOMÁTICO.
Letargia.
Letargia.
Anorexia.
ANOREXIA.
VÔMITOS ESPORÁDICOS.
VÔMITO.
Diarreia.
Desidratação.
pode apresentar diarreia intermitente.
Dor abdominal (é questionável).
Diarreia.
Massa. Para o diagnóstico temos os métodos
até os métodos , sendo 4 métodos que
Pancreatite aguda gradativamente se tornam mais invasivos.
1. Histórico e sinais clínicos.
DOR ABDOMINAL – ABDOME CRANIAL
2. Achados laboratoriais.
Os cães ficam na posição de prece, sendo uma posição
hemograma e bioquímica sérica.
que demonstra uma dor abdominal. É uma posição que alivia
mensuração de enzimas pancreáticas específicas.
a dor, mas ao manipular os cães é notável uma dor
abdominal intensa. 3. Exames de imagem.
ultrassom abdominal.
4. Histopatológico.
Achados laboratoriais
aumento das células sanguíneas, das hemácias e PTP tem excreção renal e pode estar aumentada em
decorrente da desidratação pelo vômito, diarreia e pacientes com doença renal crônica, com doença
processo inflamatório. inflamatória intestinal e com linfoma.
leucocitose. Lipase pancreática específica.
principalmente na fase aguda da doença. Lipase pancreática específica
leucopenia.
Mensurada através de um teste ELISA.
principalmente nos animais que estão com o processo
IDEXX Laboratories.
inflamatório ativo a algum tempo e o organismo
começou a entrar em esgotamento na produção de semiquantitativo.
leucócitos. resultado em 10 minutos.
trombocitopenia. interpreta a cor.
quantitativo.
aumento de enzimas hepáticas. resultado em 7 a 10 dias.
aumento de bilirrubina. o laboratório nos dá um número.
diminuição da glicose. SNAP TEST
aumento do colesterol. Com o conta gotas coloca 3 gotas de sangue e 4 gotas do
reagente no eppendorf e homogeneíza com calma, após
diminuição da albumina.
isso, deposita no fosso da amostra essa diluição.
diminuição do potássio e cálcio ionizado.
Quando a amostra chegar no ponto de ativação, o teste
Se o pâncreas inflama pode favorecer a uma inflamação é iniciado.
hepática pela lesão, ocorrendo aumento de todas as
enzimas hepáticas, aumento de bilirrubina, diminuição do
potássio pelo vômito e quanto mais baixo o cálcio ionizado
pior será o prognóstico do paciente.
ENZIMAS PANCREÁTICAS
Fazem 5 décadas que estudam as enzimas pancreáticas.
Se a coloração da bolinha direita for menor que do lado
Lipase e amilase.
esquerdo, significa que está normal.
os gatos produzem mais amilase que o cão, então
Se as duas bolinhas estão da mesma cor significa que está
muitas vezes a interpretação é difícil.
elevado.
também estarão aumentadas em doenças renais, Se a bolinha direita estiver mais corada que a esquerda
doenças hepáticas, doença gastroentérica, doenças significa que é consistente para pancreatite.
neoplásicas e administração de corticoides
Tripsina e tripsinogênio.
são as outras enzimas mensuradas para a detecção
da pancreatite.
mais específica e sensível que a amilase e lipase,
entretanto, sua limitação é que precisa ser coletada
nas primeiras 48h da pancreatite.
Página 13 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
PANCREATITE AGUDA
Ausência de fibrose e atrofia acinar.
Infiltrado de (supurativa).
PANCREATITE CRÔNICA
Fibrose e atrofia acinar.
Infiltrado de (linfocítica).
omeprazol com o antiemético (Cêrenia ou Além disso, no cão e no gato o jejum prolongado causa um
Ondansetrona). decréscimo da espessura da mucosa intestinal e do
tamanho das vilosidades, resultando no aumento da
Controle da dor permeabilidade intestinal que predispõe a uma
translocação bacteriana.
25 mg/kg SID- BID.
A bactéria se aproveita desse aumento da permeabilidade
pode associar dipirona + tramadol. intestinal e cai na corrente sanguínea, gerando o quadro
dipirona tem uma ação mais analgésica do que anti- de choque séptico.
inflamatória.
se for uma dor mais branda pode usar apenas a Antibioticoterapia
dipirona, dores mais intensas associa a dipirona +
+ 22mg/kg BID.
tramadol e dependendo da dor utiliza apenas o
tramadol. 20mg/kg BID.
2-4 mg/kg BID-TID. 7,5-15mg/kg BID.
0,1-0,3 mg/kg TID-QID. Se o animal está sem se alimentar e está com anorexia,
dor abdominal intensa pode fazer a metadona. inicia a antibioticoterapia pela translocação, o antibiótico
de eleição é a amoxicilina mais clavulanato, em quadro
MLK (morfina, lidocaína e ketamina),
FLK (fentanil, lidocaína e ketamina), Fentanil. mais grave pode associar metronidazol + amoxicilina.
Resultado:
aumentado: sugestivo de pancreatite.
normal.
diminuído: IPE.
Anormalidades sistêmicas.
o vômito em si é inespecífico, precisando encontrar
essas anormalidades para os diferenciais.
animais com parvovirose e com muita diarreia acabam insuficiência: quando a função do órgão não está
desenvolvendo intussuscepção, ou seja, uma alça mantida mais.
intestina adentra na outra. colecistite.
Gastrite cetoacidose diabética.
úlceras, erosões.
endotoxemia/toxemia.
CE. Causas diversas.
Enterite (*agudo). alimentação excessiva.
parvovirose.
hipomotilidade (ex. íleo paralítico).
GEH (gastroenterite hemorrágica): diarreia com sangue
SNC – neoplasias, meningite, ↑ PIC.
inespecífica.
parasitas (agudo ou crônico).
doença intestinal inflamatória.
Dependente de diversos fatores.
Pancreatite – aguda ou crônica.
Avaliação sistêmica.
Colite.
importante para encontrar a causa do vômito.
Esplenite.
Avaliação física minuciosa.
Causas extra trato gastrointestinal.
Exames laboratoriais.
uremia.
hemograma, bioquímica sérica.
pela doença renal é até comum de ocorrer, paciente
em idade avançada que chega com vômito e diarreia Exames de imagem.
pode ter uma uremia lesionando o trato radiografia abdominal/torácica.
gastrointestinal.
ultrassonografia.
insuficiência/doença hepática.
**pesquisar corpos estranhos, avaliar rins, fígado,
doença: quando a estrutura está acometida por uma pâncreas!
determinada enfermidade, mas a função do órgão está
mantida.
Maropitant (Cerênia)
Antagonista da neuroquinina-1.
Página 18 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Bons resultados.
0,5 a 1 mg/kg IV ou PO BID ou TID.
Não indicado utilizar com opioides. Resenha
devido ao antagonismo que ela faz com o opioide. Espécie, sexo, idade, raça
Anamnese
Exame clínico
Anormalidades sistêmicas.
CIMETIDINA
Identificar causa de base. 5 a 10 mg/kg PO, IM ou IV TID ou QID.
Tratamento e remoção da causa.
FAMOTIDINA
Tratar vômitos.
0,5 a 2 mg/Kg PO SID ou BID.
Utilização de protetores gástricos.
Muito utilizada para gatos.
Antagonista de receptores H2
Inibidores da bomba de prótons
RANITIDINA
OMEPRAZOL
Mais utilizada atualmente.
Bloqueio não competitivo a via final da produção de ácidos
1 a 2 mg/kg PO ou IV de BID a TID.
gástricos.
Não é efetivo para gatos.
0,7 a 2 mg/kg PO, IV SID ou BID.
Está fora do mercado no momento.
Custo aumentou pela retirada da ranitidina do mercado.
alguns lugares ainda tem a via oral para utilizar, mas a
IV não encontra mais.
Página 20 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Anamnese
SUCRALFATO
Indicado em caso de erosões e ulcerações. Vomito? Agudo? Crônico? Aparência? Hematêmese?
Formação de um filme protetor. Identificar possíveis causas. Evitar induzir o tutor ao erro,
animal com hematêmese ou diarreia com sangue utiliza
Exame físico
sucralfato, formando um filme protetor no trato
gastrointestinal. Sinais sistêmicos!!
0,5 a 1 g/cão e 0,25 a 0,5 g/ gato TID ou QID.
Fornecer de uma a duas horas após outras medicações Exames laboratoriais
→ impede a absorção.
Auxiliares.
impede a absorção de outras medicações, por isso tem
que ser fornecido apenas depois. Exames de imagem
Má absorção
Secretora
Resenha.
Anamnese.
Exame físico.
Exames laboratoriais.
Exames de imagem.
Exames específicos.
Página 22 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Reidratação.
Manutenção.
Reposição de perdas.
Se está perdendo muito conteúdo pela diarreia terá um
quadro de desidratação.
→ origem em cólon,
reto, região do períneo Omeprazol.
Ranitidina.
Sucralfato.
indispensável em casos de melena para conseguir
proteger estômago e duodeno.
diarreia de intestino grosso pode fazer o enema de
sucralfato, introduz uma sonda oronasal ou uretral mais
grossa no ânus, usa uma seringa mais cheia e o enema
com sucralfato.
→ TGI alto
(estômago, duodeno) procinético!
Necessário grande quantidade de sangramento para não indicado.
produzir melena!
Exemplo
Etiologia
Está localizado no gradil intercostal, o bordo fica um pouco Infecções virais e bacterianas.
para fora e consegue sentir na palpação, principalmente podem causar uma hepatite aguda e se tornar uma
quando está aumentado de tamanho. hepatite crônica posteriormente.
Podemos dividir o abdômen em 3 regiões: , Intoxicação.
e . Autoimune.
Acúmulo de metais (cobre principalmente, pois o fígado
não consegue metabolizá-lo corretamente.).
Metabolismo. Tóxicas.
proteínas, carboidratos, lipídios, hormônios. fármacos, infecções.
Controle e manutenção da glicemia.
Página 24 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
O fenobarbital é um dos principais fármacos tóxicos. vômito, diarreia, anorexia, poliúria/polidipsia, perda de
Animal epiléptico que faz o tratamento com fenobarbital peso.
tem que fazer o exame das enzimas hepáticas a cada 3 icterícia, ascite.
meses para dosagem do fenobarbital sérico, nessa consulta icterícia: visualizamos a mucosa oral e ocular
colhe o sangue para fazer a avaliação das enzimas de amareladas, em casos de icterícias graves até a pele
do paciente fica alterada.
função hepática.
em gatos, para visualizar a icterícia é na região de
palato.
perda de
perda de
massa sinais clínicos
função
hepática
SHUNT PORTOSSISTÊMICO
Ocorre a fibrose do tecido hepático, consequentemente
tem hipertensão portal, o sangue que está vindo da veia Desvio venoso da veia porta para veia cava caudal.
porta para ir para o fígado tem sua passagem dificultada Metabolismo não ocorre!
devido a fibrose.
Tem o desvio venoso da veia porta para a veia cava
A hepatite crônica piora com o tempo causando desvios
caudal.
portossistêmicos, esses shunts portossistêmicos é comum
de ocorrer em filhotes de até 5 anos. Os nutrientes são absorvidos e pela absorção
Esse desvio leva a alterações neurológicas importantes, enterohepática vão para o fígado e sofrem metabolismo,
animal fica magro e com pelagem feia. sendo encaminhado para o restante do organismo.
peso, quando ocorre em ninhadas normalmente é o filhote mas também pode estar associada a processos hepáticos,
menor. com esses parâmetros visualizamos se tem lesão.
RAIO-X
Inespecífico.
↑ ALT.
Possível ver ascite.
↑ FA.
Para chegar no diagnóstico sempre realizar uma ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL
avaliação bioquímica, sendo fundamental dosar ALT e FA. Micro-hepatia.
A ALT está mais associada a lesões do próprio hepatócito fígado diminuído.
e a FA mais associada com processos da vesícula biliar,
tamém é possível ver no ultrassom o fígado aumentado.
Página 26 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
FARMACOLÓGICO
Etiologia
Podem ser considerados em doses anti-inflamatórias no
Leptospirose → muito comum.
início da doença.
comum em casos de leptospirose devido ao tropismo
Pode pensar em usar corticoides no início da doença como
pelas células hepáticas e pelo processo sistêmico que
Prednisona ou Prednisolona, após a fase inicial não tem ela causa, como anemia e hipóxia.
motivos para usar os corticoides. Adenovírus canino tipo 1 (CAV-1): hepatite infecciosa.
animal fica com um olho azulado.
Drogas:
Ação antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora.
Fenobarbital.
Favorece a drenagem da bile.
entra com um tratamento de proteção hepática.
10 a 15 mg/Kg PO SID.
Antifúngicos.
Carprofeno.
Página 27 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
ULTRASSONOGRAFIA Diurese!!
2 mg/kg BID/TID, IV, SC, IM, PO
Hepatomegalia.
Alterações difusas de ecogenicidade. 1 a 2 mg/kg BID PO.
Ascite. Furosemida ou Espironolactona em casos de ascite, toda
quando a ascite é grave é interessante realizar a vez que entra com Furosemida precisa fazer o
drenagem do líquido, após isso, o envio para a análise acompanhamento renal do paciente, por ser um diurético a
e até para o histopatológico porque alguns tumores Furosemida pode fazer hipocalemia, a Espironolactona
podem realizar isso. idem.
após a drenagem faz o ultrassom de forma adequada.
DIETAS DE ALTO VALOR BIOLÓGICO
Tratamento suporte
Suplementar albumina (inclusive nos casos de hepatite
crônica).
FLUIDOTERAPIA
a albumina carreia até a bilirrubina.
GF (glicofisiológica) 5%, RL?
Página 28 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Diagnóstico
Colangite.
Colangio-hepatite. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
Lipidose. ↑ ALT e AST.
↑ FA.
GGT.
Ocorre deposição de gordura nos hepatócitos.
pode estar aumentada em causas primárias e muito
Normalmente, ocorre com gatos obesos. altas em causas secundárias.
Estresse, anorexia.
Procurar a causa base. RAIO-X
PAAF Antioxidantes
vitamina E.
Punção Aspirativa por Agulha Fina.
SAME.
Opção mais segura.
Fluidoterapia: SF? GF? RL?
Pode não ser conclusiva.
Antieméticos.
Não precisa anestesiar, pode apenas sedar o paciente,
entretanto pode não ser conclusiva. maropitant, ondansetrona, metoclopramida.
Antiácidos.
Tratamento omeprazol.
DIETA!!! Estimuladores de apetite.
repouso + metabólica. cobavital: 2 mg/gato PO BID 7 dias.
alto teor de proteína mirtazapina: 3,75 mg/gato PO q. 24/48 horas.
se houver encefalopatia hepática: menores As medicações embora estejam disponíveis no mercado,
quantidades em maior frequência
normalmente são manipuladas, não é ideal colocar na
quase em todos os casos. forma de líquido e com sabor, o ideal é fazer em cápsulas e
sonda esofágica ou nasoesofágica -> sonda dividi-las para facilitar a ingestão.
nasoesofágica estressa muito o animal e fica
espirrando, o melhor é a sondagem esofágica.
Prognóstico
gastrostomia? é um procedimento mais invasivo,
geralmente não é feita. Péssimo sem suporte alimentar.
alta mortalidade.
Reservado com suporte alimentar.
Se termina em it?
inflamação se estende do trato biliar para o
parênquima hepático.
Extremamente comum em gatos.
Etiologia desconhecida.
Sinais clínicos de hepatopatia com ou sem febre e letargia.
sinais clínicos inespecíficos.
Gatos obstruem a vesícula facilmente, quando ocorre a
obstrução da vesícula no cão funciona o tratamento clínico,
no gato esse tratamento clínico não funciona, sendo o
tratamento cirúrgico, é um tratamento complicado.
Tratar coagulopatias.
HEMOGRAMA
vitamina K: 0,5 mg/kg SC/IM BID 3 dias.
Neutrofilia com desvio a esquerda.
Página 30 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
BIOQUÍMICA cistos.
Platynosomum.
↑ ALT, FA, GGT*** e bilirrubina.
Secundária → tecido cicatricial/inflamatório comprimindo
GGT aumentada e quando está muito aumentada se
as vias de saída.
refere a processos obstrutivos da bile.
pancreatite.
ULTRASSOM hepatite.
Pode ter dilatação de canais biliares. colangite.
Pode não ter alterações por ser agudo. pancreatite, hepatite e colangite seria a tríade
felina.
Avaliação da bile
Sinais clínicos
Coleta de material possível através de cirurgia.
Cultura/antibiograma. Início: inespecíficos.
Avaliação histológica. Vômito, letargia, perda de peso, diarreia, hepatomegalia,
icterícia, dor.
Tratamento
Diagnóstico
ANTIBIOTICOTERAPIA Anamnese + sinais clínicos + exames complementares.
Os mesmos citados anteriormente. Elevação de bilirrubina direta.
4 a 6 semanas. ↑ ALT, FA, GGT.
Amplo espectro antes do resultado da cultura. Ultrassonografia:
dilatação das vias biliares.
URSACOL
sinais de obstrução.
Deixa a bile mais fluída.
15 a 20 mg/kg PO SID. Tratamento
Se não houver obstrução da vesícula biliar.
se romper a vesícula é sepse e peritonite grave, OBSTRUÇÃO PARCIAL
apresentando uma alta letalidade. Ursacol.
DIETA Antioxidantes.
Tratar doença base.
Rica em proteínas.
OBSTRUÇÃO TOTAL
ANTIOXIDANTES
Cirúrgico → sempre mandar biópsia hepática.
PRAQUIZANTEL Colecistoenterostomia.
Colecistojejunostomia.
Suspeita de Platynosomum.
Colecistoduodenostomia.
Prognóstico
Pode ser intra ou extra luminal.
Intra Péssimo!!!!
colelitíase.
Página 31 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Em casos de cirurgia a equipe precisa estar preparada e monitorar o paciente pelo risco de sepse ou infecção
a monitoração pós-cirúrgica por 24 horas: bacteriana secundária ascendente.
sepse. hipotensão grave.
óbito transoperatório e pós!
Filtração do sangue.
Excreção de resíduos metabólicos, como a ureia e
creatinina (são as mais importantes).
Reabsorção de substâncias necessárias, como eletrólitos.
ex: sódio, potássio, cloreto.. .
Manutenção da volemia.
Controle ácido-base.
Manutenção da pressão sanguínea.
Estimula a produção de glóbulos vermelhos.
O rim é envolto por uma cápsula que o delimita e protege
a região do parênquima.
Temos a região do córtex renal e da medula.
O rim direito se posiciona mais cranialmente do que o rim
esquerdo, acima do rim encontramos as adrenais. Quando o animal está recebendo fluidoterapia a pelve
renal estará dilatada.
em casos de obstrução de ureter, que pode ser
causado por cálculos ou obstruções extraluminais, a
pelve pode dilatar desenvolvendo a hidronefrose, sendo
visível na imagem.
O néfron é a unidade funcional do rim, sendo dividido em
glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo
contorcido distal e ducto coletor.
o glomérulo é o local que ocorre a maior parte da
filtração do sangue.
a alça de Henle é o local que age a furosemida.
no ducto coletor ocorre a reabsorção de água
controlada por hormônios, como o ADH.
Quando o animal está em diurese ou possui uma doença
renal e o mesmo não está mais concentrando a urina, o
animal fica hipocalêmico pela perda de potássio.
Página 32 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Angiotensinogênio
ECA
angiotensina-aldosterona, esse sistema faz o controle do libera a renina, ao jogar a renina na circulação irá
ritmo da filtração glomerular e do fluxo sanguíneo renal. transformar o angiotensinogênio produzido pelo fígado em
angiotensina 1, a ECA irá converter a angiotensina I em
Renina angiotensina 2.
nas arteríolas causam uma vasoconstrição para esse volume está diminuído, o rim irá entender que tem
direcionar o fluxo de sangue para os órgãos mais uma baixa na perfusão e irá ativar o SRAA. Essa ativação
importantes e aumenta a pressão devido a isso. faz com que tenha as alterações, aumenta a pressão
sistólica e causa a retenção de líquido, essa retenção leva
na pituitária estimula a secreção de ADH que vai
a um quadro de ICC e ao edema pulmonar se for
no ducto coletor e aumenta a reabsorção de água, insuficiência cardíaca congestiva esquerda.
aumentando ainda mais o volume circulante.
Se for um caso de hemorragia e o rim fizer isso, esse
mecanismo irá funcionar bem.
Estímulo para produção de eritrócitos.
Quando tem uma doença cardíaca, o coração irá trabalhar
menos e consequentemente diminui o débito cardíaco, se Mecanismo da eritropoetina
Quando tem baixos níveis de oxigênio, seja por anemia ou 7-desidrocolesterol clivado na pele em pré-vit D3
por qualquer outra patologia, como em alguns desvios pela ação dos raios ultravioletas.
cardíacos congênitos, irá diminuir o oxigênio circulante.
O rim percebe essa hipóxia e libera eritropoetina que irá Pré-vit. D3 sofre rearranjo em Vit. D3
estimular a medula óssea a produzir mais células
vermelhas.
No fígado sofre hidroxilação pelo citocromo P-
Em situações de anemia isso é válido, em situações em que 450
o problema não é anemia terá um excesso de hemácias
na circulação, fazendo com que o sangue fique mais denso.
No rim sofre hidroxilação adicional no túbulo
contorcido proximal formando o calcitriol
Cálcio
ORGÂNICO ureteral.
Constituinte da membrana plasmática e componentes uretral.
celulares.
ureteral.
vesical.
Azotemia: aumento de creatinina e ureia.
uretral.
Creatinina: advém do metabolismo muscular → Aumento da creatinina e ureia.
creatina + fosfocreatina
Densidade urinária variável (depende da hidratação).
filtrada pelos glomérulos e não reabsorvida.
um gato obstruído não estará conseguindo excretar a
Ureia: advém do metabolismo da amônia. urina, essa urina retida está ficando mais concentrada
filtrada pelos glomérulos e reabsorvida pelos túbulos. e a densidade tende a estar aumentada, junto a isso,
a inflamação também aumentará a densidade.
em excesso causará a síndrome urêmica, intoxicando o
organismo do animal. Rins normais em quadros iniciais.
Ureia e creatinina aumentada causa lesões orais, lesões abdominocentese.
gastrointestinais e afins. solicitar creatinina do líquido.
creatinina do líquido > creatinina sérica =
uroabdomên!!!
compara a creatinina do líquido e a sérica do paciente,
Pré-renal
se a creatinina do líquido estiver mais aumentada do
que a sérica, provavelmente será uroabdômen.
desidratação. Renal
hemorragias.
perda do parênquima renal.
Página 35 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Leptospirose.
Erliquiose.
AINES!
Lesão tubular
Aspectos clínicos
Sinais variáveis.
Página 37 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Aspectos clínicos
FLUIDOTERAPIA
DIETAS
Restrição de fósforo, restrição de sódio e restrição de
3 ml em 500 de fluido. proteína.
perdas por vômito, poliúria. Alcalinizantes.
CORREÇÃO DA ANEMIA
Benazepril, Enalapril: 0,25 a 0,5 mg/kg PO SID
ou BID **gatos não funciona! cálculo
® → 1 mg/kg SID. para aumentar porcentagem do hematócrito entre 25 a
30%.
antagonista da angiotensina 2.
100 UI/Kg SC q. 72 horas até normalizar
o hematócrito.
Anlodipino: fornecimento de ferro pela via oral.
O,625 mg/gato SID. O paciente de maneira geral não apresenta anemias muito
0,1 a 0,25 mg/kg PO SID ou BID. graves, em casos mais graves estará abaixo de 15%, se está
O concentrado de hemácias sai mais caro que o sangue Outros comuns: Staphylococcus, Proteus, Klebsiella,
total, o sangue total tem mais proteínas que podem causar Enterecoccus e Streptococcus spp.
reações e sobrecarga, ao usar o concentrado diminuímos São menos comuns em gatos!!
essas complicações. Quando ocorre em gatos pode estar relacionada a:
Aumentar entre 25 a 30% porque se aumentar muito o diabetes mellitus, Hipertireoidismo, DRC.
hematócrito iremos suprimir o estímulo na medula para a cateterização (DTUIF obstrutiva).
produção de eritropoetina. quando tem a doença do trato urinário inferior
obstrutiva em felinos, precisa passar uma sonda e
Eritropoetina administrada a cada 72h e monitora o através dessa sonda pode entrar patógenos idem.
paciente porque esse animal pode ter um choque anafilático uretrostomias.
pela eritropoetina. Depois da administração da
eritropoetina se fornece ferro.
Micção.
TRATAR GASTROENTERITE urina por ser mais ácida e passar pelo trato urinário
Antieméticos. inviabiliza o crescimento de bactérias.
Antiácidos. Uretra proximal estéril.
Protetor de mucosa. Imunoglobulinas e glicosaminoglicanos na mucosa, impedindo
a multiplicação bacteriana.
CETOANÁLOGOS Alta osmolalidade da urina e altas concentrações de ureia.
Ketosteril®; outros nutraceuticos.
Quelam o nitrogênio circulante ↓ azotemia.
Estrangúria.
Formam aminoácidos essenciais.
Polaciúria.
Alto custo!!!
Disúria.
Servem como uma proteção para o rim e impedem a
Hematúria.
progressão da doença renal, diminui a azotemia do
Periúria.
paciente além de formar aminoácidos essenciais.
Hiporexia ou anorexia.
Letargia.
Febre.
Grande ocorrência na rotina clínica. Sinais clínicos de azotemia (Pielonefrite**).
Fêmeas castradas e cães idosos são mais afetados. Poliúria/polidipsia (Pielonefrite**).
Patógeno mais comum → Escherichia coli.
Página 42 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Resistência bacteriana.
Diabetes melito → cistite enfisematosa!!
E. coli; Clostridium spp.
glicose, proteínas → gás! Procurar causas de predisposição.
No diabetes temos uma complicação maior que é a cistite
enfisematosa, ocorrendo a produção de gás dentro da
Encontrada principalmente associada a endocrinopatias,
bexiga.
DR e distúrbios da micção.
Tratamento prévio com glicocorticoides ou
imunossupressores.
Agente localizado em regiões mais profundas do tecido. Pacientes submetidos a uretrostomia.
Dose subterapêutica de antibiótico.
Resistência bacteriana.
Urocultura:
cultura + antibiograma.
Pode não ter alterações.
Bexiga espessada. Cistite recorrente?
Dor em região hipogástrica ventral. Pesquisar causas predisponentes.
Distensão vesical em caso de obstruções. Hemograma, bioquímicos.
Sinais de doença renal (Pielonefrite**). Pesquisar alterações anatômicas.
Avaliação prostática.
sempre deve ser feita.
Anamnese + exame físico.
Pesquisa de doenças endócrinas.
Urinálise: ideal → cistocentese → bacteriúria!
Uretrocistografia retrógrada.
Ultrassonografia.
Urografia excretora.
espessamento.
Biópsia e cultura vesical → infecções mais profundas!
sinais de pielonefrite.
Cultura do cálculo.
divertículos: pequena saliência onde a urina fica retida
na bexiga, essa urina parada vira um ambiente propicio cálculo de estruvita geralmente tem bactérias
para as bactérias. envolvidas.
divertículo é possível visualizar pelo US e pelo RX
contrastado dependendo do tamanho.
Página 43 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
7 a 14 dias.
Terapia empírica até sair o resultado do antibiograma.
11 a 15 mg/kg TID.
10 mg/kg SID (*apenas cães).
em gatos pode lesionar a retina.
15 mg/kg BID.
4 a 6 semanas.
Correção de fatores predisponentes.
Evitar terapia antimicrobiana empírica.
Terapia empírica – 4 a 6 semanas.
Drogas baseadas no resultado da cultura + antibiograma.
Enrofloxacina: 10 mg/kg SID (**Apenas cães).
Realizar nova cultura 7 dias após o término da terapia.
Amoxicilina + clavulanato de K: 15 a 20
Bacteriúria subclínica mg/kg TID.
Favorável.
Comuns em cães.
Menos comuns em gatos.
Página 44 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Gatos Diagnóstico
→
→
Estudo do funcionamento das glândulas e dos órgãos com
função endócrina. →
É a especialidade médica que cuida do funcionamento das
glândulas e das doenças que as afetam.
glândulas:
adrenal, tireoide e pâncreas.
substâncias produzidas por glândulas →
liberadas na corrente sanguínea e atuam sobre
tecidos-alvo, ligando-se a receptores específicos.
doenças: hiperadrenocorticismo, hipoadrenocorticismo,
hipertireoidismo, hipotireoidismo e diabete melitus.
Temos as glândulas endócrinas centrais e periféricas. Na tireoide temos hipertireoidismo que é comum em
gatos e o hipotireoidismo comum em cães.
hipertireoidismo: acelera o metabolismo, sendo um
gato mais magro, ativo.
→
→ hipotireoidismo: cão é mais letárgico e com
sobrepeso, pode ter alterações dermatológicas e
cardíacas.
→ Adrenais: tem o hiperadrenocorticismo e
→
hipoadrenocorticismo.
hiperadrenocorticismo: mais comum o iatrogênico
pelo uso indiscriminado de corticoides, é o mais comum
na rotina clínica.
Página 46 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
hipoadrenocorticismo: tem uma deficiência na A alimentação faz com que aumente a quantidade de
produção de glicocorticoides e mineralocorticoides, glicose sérica, com isso, o pâncreas percebe esse aumento da
precisando ser suplementado, normalmente o animal
concentração de glicose no sangue e estimula as células
chega em emergência.
beta a secretarem a insulina, em contrapartida, devido ao
Pâncreas: deficiência da produção de insulina
feedback negativo, teremos as células alfa sendo inibidas a
desenvolve a diabetes mellitus.
liberarem o glucagon. A insulina secretada se junta com a
glicose sendo encaminhada para o fígado, sendo que o
fígado é composto pelos hepatócitos que na formação de
Tecido adiposo → leptina, resistina e adiponectina. Com isso, ocorre a diminuição da glicose sérica, devido a
leptina é importante em relação ao sistema esse decréscimo, acontece a inibição das células beta para a
cardiovascular. secreção de insulina e o estímulo das células alfa para a
Coração → peptídeos natriuréticos. liberação de glucagon. O glucagon chega até o hepatócito
realizando a quebra do glicogênio que acarreta na
liberação de glicose.
Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.
Página 47 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tireoide.
sempre tem que pedir urinálise, se tem uma densidade Era bastante realizado antigamente, porém é muito
urinária baixa em torno de 1,006 ou 1,010 desconfia trabalhoso.
de endocrinopatias, mas levanta diversos diagnósticos Coloca o paciente em um ambiente controlado ou na gaiola
diferenciais. e retira a água aos poucos até sua retirada completa, 2
Levantar diagnósticos diferenciais: a 3 dias antes o proprietário começa a retirar a água
cães: DRC, DM, HAC, DIC, DIN, leptospirose, pielonefrite, parcialmente em casa, no hospital retira tudo.
piometra, hipoadrenocorticismo, psicogênica, excesso o intuito é que o paciente chegue a 5% de
de fluidoterapia, uso de diuréticos ou glicocorticóides, desidratação, quando chega nesses 5% de
dietas pobres em Na. desidratação faz a avaliação.
gatos: DRC, DM, hipertireoidismo, pielonefrite,
piometra, psicogênica, excesso de fluido, diuréticos e desidratados entre 3 e 10 h e não conseguem concentrar
glicocorticóides, dietas pobres em Na. a urina, mesmo após desidratação grave.
se desidratou entre 3 e 10h e não está concentrando
a urina, com densidade abaixo de 1,006 é um
diabetes insipidus central ou nefrogênico
Animal ingere muita água e urina demasiadamente primário.
também.
1 a 4 dias para desidratar
central parcial: <1,020.
Deficiência parcial ou completa da secreção de ADH.
polidipsia psicogênica: > 1,030.
Se o paciente demora de 1 a 4 dias para desidratar e faz a
urinálise dele, se for central parcial tem a concentração
Primário
urinária chegando até 1,020 porque ainda tem um pouco
Defeito congênito raro estrutural ou funcional dos rins, de produção de ADH, na polidipsia psicogênica consegue
onde não há resposta ao ADH. concentrar a urina porque não está ingerindo água,
o rim não está funcionando, o ADH está sendo consequentemente tem maior produção de ADH
produzido normalmente, mas não consegue se ligar no
concentrando a urina..
rim.
sugere diabetes
insipidus central. aumento da
mama com consequente aumento na secreção de GH, que
Diabetes insipidus
atua a longas distâncias causando resistência insulínica!
nefrogênico primário.
a progesterona faz a mama aumentar e aumenta a
está fornecendo ADH ao paciente, mas o rim não está produção de GH que atua a longa distâncias, causando
respondendo. resistência à insulina, tem hiperglicemia e diabetes, ao
polidipsia retirar esse fator tem a resolução do quadro.
psicogênica.
Central: desmopressina.
Nefrogênico primário: redução de Na; clorotiazida
ou hidroclorotiazida (reduzem o débito urinário).
pode tentar reduzir a quantidade de sódio do paciente
para conseguir concentrar mais a urina.
não tem muita resposta a esse tratamento.
Polidipsia psicogênica: comportamental!
pode ir diminuindo a quantidade de água que deixa
disponível até o animal começar a tomar a quantidade
por completo.
às vezes apenas os tratamentos comportamentais
não conseguem resolver por completo, podendo utilizar
ansiolíticos ou outros medicamentos. Se tem deficiência de insulina, os músculos, tecido adiposo
e fígado começam a serem utilizados para a produção de
glicose, com isso, tem mais glicose circulante e causa
hiperglicemia.
A hiperglicemia nos rins deixa a urina hiperosmolar
fazendo puxar mais água, ou seja, tem uma diurese
Decorre da deficiência relativa ou absoluta da insulina, osmótica pelo excesso de glicose, resultando em
resultando em hiperglicemia e diversos sintomas desidratação que ativa o centro da sede e o animal tem
sistêmicos progressivos. polidipsia, nos rins tem glicosúria e poliúria que leva a perda
de peso.
Os músculos e tecidos sendo utilizados para produzir mais
Genética, imunomediada, pancreatite, obesidade, doenças glicose acarreta na perda de peso, pela deficiência de
ou fármacos antagônicos à insulina (ex. HAC, insulina teremos agindo no centro da saciedade resultando
glicocorticoides). em polifagia.
obesidade é um fator de resistência à insulina, Animal tem poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso.
resultando em diabetes.
pacientes que tem hiperadrenocorticismo (HAC) irão
desenvolver diabetes.
Página 51 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Letargia.
Catarata diabética.
Cetoacidose diabética (CAD).
Sintomatologia.
Hiperglicemia persistente em jejum.
Urinálise: glicosúria**, cetonúrina, proteinúria
limiar em cães: > 180 mg/dL.
Acima de 180mg/dL atinge o limiar e tem glicosúria, é um Pico de duração é o nadir, quando tem o menor valor de
valor que pode circular de glicose, mas não força o rim a glicemia dentro de uma curva.
eliminar glicose. Paciente desidratado não faz subcutâneo porque a
periferia estará em vasoconstrição, não possuindo uma
limiar em gatos: > 220 mg/dL (acima de 220 a absorção adequada de insulina.
glicemia em gatos teremos glicosúria). Glargina é mais utilizada em gatos porque é importante a
Pesquisa de fatores causadores de resistência insulínica. insulina permanecer por um período maior por se
alimentar no momento que ele definir.
hemograma, bioquímicos, urinálise, ultrassonografia.
é utilizada em caneta e pode ser mantida em
temperatura ambiente.
OBJETIVO: eliminar sintomas secundários a
hiperglicemia e glicosúria, evitar hipoglicemia e a
cetoacidose diabética (CAD).
manter refrigerada (porta da geladeira),
trocar a cada 30 dias.
sempre verificar a turbidez da insulina, é
esbranquiçada, mas não pode formar cristais ou
alterações na coloração, se esquecer fora da geladeira
não pode utilizá-la, tem que ser descartada.
Se começou a insulina hoje, faz a observação inicial da inicialmente, em cães cuja glicemia permanece alta, não
respostado paciente para ver se a dose não está muito alta e realizar alterações na dosagem nos primeiros 5 a 7
dias → adaptação!
para o paciente não fazer hipoglicemia, de 5 a 7 dias
instruir o tutor a monitorar de forma adequada o
depois que estiver em insulinoterapia com uma dose
paciente!
constante sem alteração que faz a curva glicêmica.
Monitoração
Frutosamina
Dieta
Resultado da união estável, irreversível e não enzimática
Correção da obesidade. de proteínas plasmáticas com a glicose, formando
glicoproteínas.
a gordura em excesso é uma causa de resistência à
insulina. Quanto maior a glicemia nas últimas semanas, maior a
concentração de frutosamina e vice-versa.
Dietas ricas em fibras → retardo no esvaziamento Paciente de jejum (hiperlipidemia pode prejudicar a leitura),
gástrico e absorção de nutrientes, a fibra ajuda a solicitar dosagem de albumina (hipoalbuminemia reduz a
controlar a glicemia. concentração de frutosamina).
Dietas comerciais!
Exercícios
OBS: minimizar estresse do paciente. Curvas em domicilio Deve-se reduzir a dose de insulina em 10 a 25% ou
são mais fidedignas, porém o proprietário precisa saber reiniciar a terapia (0,25 U/Kg) em alguns casos e reavaliar
fazer da forma correta! em 7 dias.
Fornece alimentação e aplica insulina, depois da primeira
aferição faz a aferição da glicemia a cada 2h até
completar 12h, depois de 12h aplica a insulina novamente.
Hipoglicemia.
Persistência dos sintomas.
INTERPRETAÇÃO DA CURVA PARA AJUSTE DE Somogyi.
DOSES Anticorpos anti-insulina.
Resistência insulínica.
Polifagia. NPH
Neuropatia diabética → andar plantígrado.
Não é a escolha ideal.
NPH pode ser utilizada devido o preço ser menor do
que a glargina.
Sinais clínicos.
Hiperglicemia + glicosúria. Insulinas de ação longa
Diferenciar de hiperglicemia por estresse:
Glargina e detemir.
frutosamina.
Assemelham-se a secreção constante de insulina pelo
minimizar condições de estresse. pâncreas.
betahidroxibutirato pode estar levemente aumentado. se assemelham com a secreção constante de insulina
Gato faz muita hiperglicemia por estresse, para diferenciar no pâncreas, o gato tem uma secreção de insulina
pode usar frutosamina que mostra a situação da glicose em constante porque se alimentam por parcelas durante
o dia.
relação a semanas atrás, se a frutosamina der normal a
hiperglicemia é por estresse, frutosamina aumentada a
Glargina: menor risco de hipoglicemia grave.
hiperglicemia vem de algumas semanas, sendo um gato
dose:
provavelmente diabético. 0,5 U/Kg BID.
0,25 U/Kg BID.
dose inicial depende da glicemia do gato.
Página 55 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Dieta.
Exercícios.
Observação constante do tutor.
Resistência insulínica.
Curva glicêmica em gatos é estressante para se fazer no
Hipoglicemia.
consultório veterinário.
Catarata e Neuropatia diabética.
Anorexia, vômitos, prostração, desidratação grave. IM ou IV até que a glicemia atinja 250
mg/dL.
Cetonúria, cetonemia.
normalmente não utiliza subcutânea devido a
Cetose diabética = paciente apresenta corpos cetônicos
desidratação do paciente.
circulantes, mas está clinicamente bem.
>10 kg: 0,25 U/Kg na primeira aplicação e depois
0,12 U/Kg a cada hora.
→ acidemia ou acidose metabólica. < 10 kg: 2 U IM na primeira aplicação e depois 1
U/hora.
Cetonemia.
após chegar em 250 mg/dL fazer IR na dose de 0,1
Cetonúria. a 0,4 U/Kg a cada 4 ou 6 horas e manter infusão de
Dosagem do betahidroxidobutirato. fluido com glicose para manter a glicemia entre 100 e
> 1,9 mmol/l → suspeita. 250.
> 3,8 mmol/l → CAD. Paciente chega com uma glicose muito alta, então faz a
insulinoterapia até diminuir.
A resistência insulínica não advém do nada, sempre tem
uma causa base.
INFUSÃO CONTÍNUA DE INSULINA REGULAR
Página 57 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
1,1 ou 2,2 U/Kg em 250 ml de NaCl 0,9% O paciente está com a insulina regular, mas precisa saber
quando irá fazer a transição para a NPH, só faz a
transição quando o paciente volta a comer.
HIPOCALEMIA
Diurese osmótica, diminuição de consumo, vomito e
diarreia.
Bradicardia.
Diminuição do pulso femoral.
Oftálmicos
Cegueira.
Neuromusculares
Principais doenças
Hemograma
Diabete Mellitus.
Anemia não regenerativa (normocítica normocrômica).
Hipo e Hiperadrenocorticismo.
Bioquímica sérica Doença Renal Crônica.
Hepatopatias.
Aumento de: Protusão/extrusão do disco intervertebral.
Triglicérides. Piodermite crônica.
Colesterol.
Enzimas hepáticas.
Página 59 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Controle do tratamento
Meia idade a idosos: 4-22 anos → 9 anos.
Raça: Siamês e Himalaios.
Animal em jejum, 4-6 horas após a administração do Sexo: fêmeas.
medicamento.
Alimentos enlatados: peixe, fígado e aves.
revestimento de plástico.
Hemograma
Sinais de hemoconcentração.
Leucograma de estresse.
Bioquímica sérica
Aumento de:
Marcadores renais.
Glicemia.
Fosfatase alcalina.
Testes tireoidianos
Cardiovasculares
METIMAZOL
Inibe a síntese do hormônio tireoidiano.
Pode ser manipulado em “gel transdérmico”.
Aumento da dose a cada 2 semanas.
DOSE: 1,25 a 2,5mg/animal BID.
Efeito colateral
Página 61 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
70% fêmeas.
4-12 anos.
Poodle, Rotweiller, Border Collie, Dogue Alemão.
Cirúrgico
TIREOIDECTOMIA.
Curativo.
Iodo radioativo
$$$.
Melhor opção de tratamento.
Deficiência de glicocorticoides
Variável. Letargia.
Iodo radioativo: Fraqueza.
excelente a longo prazo. Diminuição da tolerância ao exercício.
melhor modalidade de tratamento atualmente.
Deficiência de mineralocorticoides
Doenças concomitantes → pior prognóstico.
D.R.C. As principais funções da ALDOSTERONA são: poupar
sódio, cloro e água.
neoplasias.
Com sua falta teremos:
perda excessiva de sódio: levando junto água –
DESIDRATAÇÃO.
Prof.º Marcelo Soares
alteração na função neuromuscular.
distúrbios na condução cardíaca.
Pouco diagnosticada no cão e no gato.
Evolução
Corrigir hipovolemia
Emergência
Prednisona: 0,6-1mg/kg/dia.
Dexametasona: 0,5-2mg/kg IV.
Resultados esperados
Controlar vômito
HEMOGRAMA
Cerenia, Ondansetrona.
Anemia normocítica normocrômica – doença crônica.
Ranitidina, Omeprazol.
Linfocitose e eosinifilia.
Metoclopramida.
BIOQUÍMICOS
Associar antibiótico caso necessário
Azotemia, hipoglicemia, hipoproteinemia e
hipocolesterolemia. Metronidazol, enrofloxacina, amoxicilina + clavulanato.
ELETRÓLITOS Hipercalemia
Hipercalemia.
Hiponatremia e cloremia. ELETRO
Na:K <23 – altamente sugestivo. Fibrilação ou Assistolia ventricular.
Página 63 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
BRADICARDIA severa.
Parada Sinoatrial.
TRATAMENTO
Idade
Iatrogênico
6-12 anos (< 9 anos).
Uso de glicocorticoides.
Raças
Sexo
70% fêmeas.
Peso
Adrenal dependente (15-20%)
<20kg: 70% hipófise dependente.
Adenoma (principal). >20kg: adrenal dependente.
Uma adrenal aumentada e outra diminuída.
FÊMEAS
Dificuldade para entrar no cio.
Sinais respiratórios
Sinais cutâneos
BIOQUÍMICOS
Creatinina aumentada, ureia diminuída.
Letargia Aumento de enzimas hepáticas: FA principalmente.
Página 65 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
DOSAGEM DO CORTISOL
Animal deve estar em jejum de 8 horas.
Ter recebido a dosagem de trilostano 4-6 horas antes de
vir a clínica.
Aplicar o ACTH.
Uma hora após coletar o sangue.
Aproveitar e dosar eletrólitos, marcadores renais e
hepáticos.
INTERPRETAÇÃO
<2 (diminuir a dosagem de 20-30%).
2-7,2 (mantém tratamento).
>7 (aumentar a dosagem de 20-30%).
Apenas não haverá mudança na dosagem se K estiver
aumentado!
Trilostano
Outras opções de tratamento
Inibe a cadeia de síntese do cortisol, através da inibição da
esteroidogenase.
MITOTANO
Dosagem: 2-7mg/kg BID ou SID.
cães com < 20kg: 3mg/kg SID. É adrenocorticolitico.
Fazer de ataque: 25mg/kg BID – máximo 8 dias.
cães >20kg: 1mg/kg SID.
Manutenção: 50mg/kg/semana, divide a dose em 3-5
dias.
exemplo: animal de 10kg.
10x50= 500mg/5 dias: 100mg por dia, por 5 dias na
semana.
ADRENALECTOMIA
Página 66 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Hematose.
Inspiratória.
Expiratória ou mista.
Restritiva.
Entrada e saída de ar.
em vias aéreas superiores tem a entrada e saída do
ar, o pulmão faz a hematose que é a troca de gás
carbônico por oxigênio no alvéolo.
Obstrução das vias aéreas superiores
Página 67 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Características
Paciente não consegue trazer tanto ar para dentro e
Narinas dilatadas na inspiração.
expirar muito o ar.
Boca aberta.
Frequência respiratória normal ou pouco elevada. Doenças da cavidade pleural, peritoneal, musculatura
intercostal ou diafragmática (dispneia inspiratória).
Inspiração lenta.
padrão respiratório restritivo.
Maior amplitude respiratória.
Aumento dos movimentos abdominais. Características
Ruídos anormais na inspiração.
Aumento da frequência respiratória.
MUITO GRAVE Diminuição da amplitude torácica.
Posição ortopneica. Muito grave.
animal sentado ou em esternal.
pescoço estendido.
membros torácicos abduzidos. Narinas.
Cavidade Nasal.
Laringe.
Traqueia Cervical.
Diagnóstico diferencial
Massas
Obstrução.
tumores nasais.
Diagnóstico diferencial
pólipos.
criptococose.
Massa na cavidade nasal causa obstrução, podendo ser Estenose.
por tumores nasais, pólipos ou criptococose pela inflamação Corpo estranho.
grave. Trauma.
Neoplasia.
Infecção.
viral, bacteriana, parasitária.
Diagnóstico diferencial
COLAPSO DE TRAQUEIA
Comum na rotina clínica de pequenos animais.
Neoplasia/ . Definição
Trauma. Estreitamento do lúmen traqueal devido ao
enfraquecimento dos anéis cartilaginosos, do excesso da
Corpo estranho.
membrana traqueal dorsal ou ambos.
Sons/vocalização: ronco.
Gravidade
SÍNDROME BRAQUICEFÁLICA 4 graus.
Página 69 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
RESENHA
Colapso de traqueia. Raças pequenas, adulto-idoso (endocardiose, colapso de
Estenose. traqueia).
Trauma. adulto-idoso precisa pensar nos diferenciais por ser
comum endocardiose e colapso de traqueia nos
Corpo estranho. pacientes mais idosos.
Neoplasia.
Infecção. ETIOLOGIA
Idiopática.
SINAIS CLÍNICOS
Bronquite crônica.
Bronquite (asma) felina. → crises, sibilos e crepitações (calor, estresse,
Bronquite alérgica. alérgenos, infecção bacteriana), sem alterações
sistêmicas.
Bronquite canina.
PATOGENIA
Bronquite (asma) felina
Idem outras bronquites.
PATOGENIA Crônicas → alterações irreversíveis: fibrose,
bronquiectasia.
Inflamação:
aumenta mucosas e muco.
Página 70 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Pneumonia. Anestesia.
Edema pulmonar. Doença neuromuscular: ↓ consciência.
Tromboembolismo pulmonar. Alimentação forçada.
Neoplasia. Sondas de alimentação em traqueia.
Contusão pulmonar.
Edema pulmonar
Fibrose pulmonar.
Vermes.
ETIOLOGIA
Pneumonia ICC esquerda, neoplasias, tromboembolismo, hidratação
excessiva, toxinas inaladas, veneno de cobra, erliquiose,
DEFINIÇÃO uremia, choque elétrico, trauma, convulsão, sepse,
pancreatite..
É a infecção do pulmão, o pulmão pode sofrer pneumonite
também que é a inflamação do pulmão. SINAIS CLÍNICOS
Paciente com síndrome urêmica pode desencadear a
inflamação do pulmão (pneumonite), essa inflamação pode
Crônicos progressivos
deixar mais susceptível a infecções. Dispneia expiratória, intolerância ao exercício, tosse,
edema → crepitação, efusão pleural/pneumotórax,
DOENÇAS PREDISPONENTES silêncio, sinais sistêmicos, linfonodomegalia, osteopatia
hipertrófica.
Bronquite crônica.
Neoplasia, corpo estranho, imunodepressão (fármacos, Tromboembolismo pulmonar
desnutrição, estresse, DM, HAC, cinomose, FIV).
ETIOLOGIA ETIOLOGIA
Alérgenos, contactantes.
Trauma, êmese/regurgitação.
Vermifugação/vacinação.
Doença predisponente.
cardiopatia, magaesôfago.
neoplasia, outras.
1º passo.
Canular.
Liberar vias aéreas.
Oxigênioterapia no internamento.
cateter nasal.
gaiola de oxigênio.
intubação traqueal.
ventilação mecânica. Toracocentese.
doenças neurológicas, paralisia torácica, edema fazer antes dos exames complementares.
pulmonar. não levar o paciente para fazer exames de imagem
antes de estabiliza-lo.
Força do coração para ejetar o volume. DC: FC (frequência cardíaca) x VS (volume sistólico).
Volume ejetado por minuto. PA: DC (débito cardíaco) x RVP (resistência vascular
periférica).
é estimado visualmente com outros sinais, a
mensuração é somente a nível de pesquisa.
ADH.
SRAA.
Página 77 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Quando tem alguma doença cardíaca, por exemplo, a tônus simpático e frequência cardíaca, com isso, aumenta
endocardiose de valva mitral, tem um refluxo do sangue a contratilidade, os mecanismos cardíacos e o de Frank
do ventrículo para o átrio, esse pouco sangue que volta Starling, acarretando no aumento do débito cardíaco e
fica no átrio e do ventrículo o sangue que segue para o pressão arterial.
organismo não é o mesmo volume que esperado, com isso, Tem o ADH circulando, com isso, tem uma menor perfusão
o organismo sente que o débito cardíaco caiu e começa a renal e ativação do SRAA que faz a vasoconstrição
agir de alguma forma, com isso, o rim começa a agir. periférica levando ao aumento do tônus simpático,
O rim começa a produzir renina no aparelho frequência cardíaca, contratilidade, débito cardíaco
justaglomerular que faz com que o angiotensinogênio se resultando em uma maior retenção de água no organismo.
transforme em angiotensina I que é transformada em Paciente com insuficiência cardíaca, como o organismo
angiotensina II pela ECA que é produzida nos rins e está tentando manter o órgão funcionando de uma
pulmões, a angiotensina II aumenta a atividade simpática, maneira adequada, o proprietário não perceberá os sinais
aumenta reabsorção de cloro, sódio, aumenta a excreção clínicos em casa ficando por muito tempo os mecanismos
de potássio e retenção de água. ativados, com isso, o animal ainda tem uma menor ejeção
Além disso, vai no córtex da adrenal e estimula a produção de sangue para o organismo aumentando a pressão
de aldosterona que aumenta a reabsorção de água idem, diastólica nos ventrículos e átrios e aumento da pressão
faz vasoconstrição das artérias e estimula a produção de hidrostática, resultando em congestão e em ICC esquerda
ADH que aumenta a reabsorção de água. ou direita.
No primeiro momento é um mecanismo compensatório que Cães de grande porte tem mais ICC direita e cães de
o organismo entende que está faltando volume. pequeno porte mais ICC esquerda.
Vasoconstricção periférica.
Nutricional
Ocorre a dilatação das câmaras cardíacas, o coração não
consegue contrair corretamente. Deficiência de taurina em gatos.
Na imagem do ecocardiograma visualiza as câmaras gatos antigamente tinha a CMD pela deficiência de
dilatadas e com uma contração inadequada, com o débito taurina, atualmente pelo aumento da utilização das
cardíaco diminuído. rações comerciais e sua melhoria não é visto mais em
gatos.
Tóxica
Uso de doxorrubicina.
Página 80 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Caquexia.
Ausência de pulso ou pulso fraco.
Fibrilação atrial.
esses pacientes tendem a ter fibrilação atrial devido ao
tamanho do átrio e a perda das funções das fibras.
Tratamento da ICC.
Presença de complexos ventriculares prematuros – VPC.
não ter o Q e o S é normal em cães e gatos, a onda
Q pode ser negativa, positiva ou bifásica.
no VPC tem ausência de onda P e um complexo QRS
largo.
Sopro em foco mitral e tricúspide, geralmente até grau É a mais comum.
III/VI. No coração tem uma hipertrofia grave generalizada, mas
o sopro não é muito audível. não são todos os casos assim, geralmente tem hipertrofia
septal ou da parede livre.
ICC direita e esquerda.
A hipertrofia septal pega a região que o sangue passa
pode ter ICC esquerda ou direita porque afeta o para passar para a aorta, com isso, esse sangue ao
coração como um todo. tentar ser ejetado irá reverberar na hipertrofia septal
Paciente tem tosse, caquexia, pulso fraco ou ausente porque auscultando um sopro.
o coração não está contraindo adequadamente.
Radiografia.
Ecocardiografia.
Eletrocardiografia.
Página 81 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Tromboembolismo
Tosse.
Sopro em foco mitral.
Cansaço.
Cianose.
ICC esquerda.
O PAM 345, tem no 3º EIC o foco pulmonar, no 4º
o aórtico e no 5 o mitral, do outro lado sente o
choque de ponta, ou seja, sente mais forte o
75% das doenças cardíacas em pequenos animais. coração batendo sendo a região da tricúspide.
→ mais comum.
mais velhos.
menor gravidade.
Cavalier King Charles.
devido aos vários cruzamentos tem um gene capaz de
fazer com que tenha a endocardiose de mitral com
cerca de 2 anos de idade, vindo de forma mais grave.
é o sopro que coloca e é identificado, mas Visualiza a degeneração da valva mitral, aumento do átrio
viaja pelo tórax, ou seja, não precisa colocar o esquerdo.
estetoscópio exatamente em cima do foco. Poodle, SHhihTzu, Lhasa Apso,
ausculta o sopro e se colocar a mão no tórax Splitz, Pinscher..
do paciente irá sentir o sopro na mão.
ausculta em todo o tórax, sente o sopro na
mão e se der um leve afastada o estetoscópio do tórax
consegue ainda auscultar o sopro.
Resenha.
Sinais clínicos.
Ecodopplercadiografia.
Radiografia de tórax.
DIETA
Restrição de sódio.
Estágio A
Proteínas de alto valor biológico.
Reprodutores que apresentem sopro ou evidencias de ômega 3, coenzima Q10.
DDVM devem ser retirados da reprodução.
Gorduras.
Estágio B1 fornece energia para o coração.
Objetivos
Drenagem de efusões
Pleural, abdominal.
10 – 20 mg/kg TID.
Não é um bom anticonvulsivante.
Sedação, ataxia.
Fenobarbital
Em gatos é bastante utilizada.
Cães: 2,5 a 3 mg/kg PO BID.
Gatos: 2 a 4 mg/kg PO BID.
Iniciar com doses baixas, a concentração sérica adequada 20 mg/kg TID ou QID.
leva até duas semanas.
Não é hepatotóxico.
Sedação, ataxia, sinais gastrointestinais.
Página 90 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Muito utilizado para substituir a terapia com fenobarbital Medicamento manipulando dependendo da farmácia não
quando não está funcionando. funciona muito bem, precisando manipular em farmácias
Valor mais elevado. confiáveis.
Diferenciais
Reação de hipersensibilidade.
Não sazonal.
Dermatite pruriginosa da face e cervical (90%).
Sintomas digestivos em 30% dos casos.
pápulas, pústulas, eritema, escoriações, escamas e
crostas.
< 50%
Dermatite Alérgica a Saliva de Pulga
não fazem efeito.
Lesões mais comuns são escamas, pápulas, pequenas
crostas, podem se tornar placas eosinofílicas ou ainda → desafio.
granuloma linear. proteínas diferentes das que já foram utilizadas.
Gatos
Diferente do cão, pode haver prurido facial e raramente Doença inflamatória crônica recorrente, altamente
há infecção bacteriana secundária. pruriginosa.
Difícil de encontrar pulgas e/ou seu dejetos, pelo hábito VÁRIOS FATORES: genéticos, psicogênicos,
do gato de se lamber o tempo todo. ambientais.
DASP
É fundamental o controle de pulgas no ambiente. Normalmente se inicia dos 6 meses aos 3 anos.
Pode-se usar Advocate©,Frontline©, Revolution©, Mais comum em fêmeas.
Advantage©, etc. Boxer, chihuahua, yorkshire, shar pei, west highland
Cuidado: white terrier, scotish terrier, lhasa apso, shih tzu, fox
terrier, pug, dálmata, setters, labrador, golden retriever,
não usar produtos à base de Permetrina e Carbamatos
cocker, beagle, poodle, schnauzer miniatura.
em gatos.
Página 94 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
: clorexidina 2 a 3%
se o tratamento tópico não estiver resolvendo, associa
Prurido intenso que causa lesões. um tratamento sistêmico no paciente.
Início moderado com piora gradativa.
periocular, perilabial e nasolabial.
cervical, abdominal, axilar.
Distal de membros e interdígitos.
Períneo.
Impetigo, foliculite levando a pápulas, pústulas e colaretes. Antifúngicos
Malassezioze.
TÓPICO
Clorexidina 3 ou 4%
: muitos falsos positivos.
Miconazol 2%
: melhora < 50% enquanto HA > 80%.
SISTÊMICO
Itraconazol: 10mg/Kg VO SID 2d na sem por 4 semanas.
Locais arejados e iluminados por luz natural, limpos e secos. Inibidor fosfodiesterase – derivado metilxantina.
Ambiente sem umidade, evitar guarda-roupa, áreas de ↓ TNF-α, IL-1, IL-6.
serviço e banheiros. ↓ ativação leucócitos.
Restrição grama orvalhada ou após o corte. Liberação superóxido.
Estocar ração em lugar limpo e seco. : 10mg/kg bid-tid.
Limpeza ambiente com fungicida ou hipoclorito de sódio.
: > 50%
: mielotoxidade, vômito, diarreia.
mielotoxidade: paciente pode desenvolver anemia
Anti-histamínicos crônica, neoplasia de medula grave e ficar com os
leucócitos abaixo.
Ciclosporina A
Inibidor da calcineurina.
Inibe proliferação de células LA.
↓sobrevida e degranulação de mastócitos + apoptose
eosinófilos.
Glicocorticoides Suprime transcrição de citocinas – IL-2, 3, 4, 5, 18, TNF
e IFNγ.
: 58 a 86%
: 5mg/Kg SID.
em 30 a 80%
: 40 a 86%
podem desenvolver hiperadrenocorticismo.
Efeito após 30 dias.
PREDNISONA OU PREDNISOLONA: 0,5 a 1
mg/Kg VO SID. Associar glicocorticoide ou anti-histamínico.
prednisona: cão. EFEITO COLATERAL
prednisolona: gatos porque não consegue converter
Vômito e diarreia intermitente.
a prednisona em prednisolona.
Predisposição a infecções.
pode usar por um período inicial mais longo de 7 a 10
dias e depois ir diminuindo a dose gradativamente de Hiperplasia gengival.
glicocorticoide até retirar completamente. Proliferações papiloformes.
Uso a longo prazo apenas nos casos crônicos sem Neoplasias oral.
resposta a terapias alternativas.
terapias crônicas começa a passar de SID para 48h
até chegar em 72h, até ter um equilíbrio adequado
dos sintomas e dos efeitos colaterais. Presença de pulgas
SID → q. 48hs → cd 72hs → equilíbrio sintomas e
Eliminar.
efeitos colaterais.
30% casos de DASP – proprietários negam presença.
Produtos com ação pulicida de contato a cada 15 dias no
1º mês.
Página 96 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Exame físico.
Citologia – acantócitos.
Histopatologia.
Pênfigo foliáceo
prednisona/prednisolona:
cão: 2-6 mg/Kg.
gato: 3-8 mg/Kg SID.
Pênfigo vulgar
Drogas imunomoduladoras.
Síndrome intermediária entre pênfigo foliáceo e Lupus Azatioprina:
eritematoso gatos: leucopenia, trombocitopenia.
Sem predisposição sexual e etária Clorambucil.
Predisposição racial: Collie e PA. Fotoproteção.
Vitamina E.
Exame físico
Ácidos graxos: ômega 3 e 6.
Dermatite pustular eritematosa → erosão/ulceração.
Mycoplasma haemofelis.
Transmissão por saliva: brigas, contato, fômites.
Muitos gatos são portadores, porém não desenvolvem a
Caracterizada por desencadear várias alterações clínicas. micoplasmose.
Sinais clínicos inespecíficos: Transmissão pela picada de pulgas infectadas.
apatia, anorexia, letargia, diarreias. Induzem anemia hemolítica por adesão às hemácias.
Anemias, leucemias, pancitopenias. se estiver causando a anemia hemolítica é um
pode ter anemias, leucemias e pancitopenias por conta Mycoplasma que está causando problemas.
da medula ser atingida.
Gengivite-estomatite, conjuntivite.
Linfomas. Apatia, hiporexia ou anorexia, fraqueza.
Mucosas pálidas ou ictéricas.
dependendo do grau da hemólise pode ter icterícia, um
Teste sorológico (Snap Test) para detecção do vírus (Ag). gato começa a ter icterícia no palato.
Pacientes vacinados não positivam no teste devido as
diferenças utilizadas no antígeno vacinal!!!
Pode-se utilizar: sangue total, soro, plasma, saliva Hemograma:
para fazer o teste. sinais de hemólise (bilirrubinemia).
anemia arregenerativa.
Pesquisa de hematozoários:
Não há cura.
esfregaço de ponta de orelha.
Terapia suporte.
lâminas durante a avaliação hematológica.
Imunomoduladores.
PCR.
Interferon α.
Página 99 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Vacinação
Prevenção.
Secreção nasal serosa e/ou purulenta, pneumonia. Doença caracterizada pela inflamação, ulceração e
secreção nasal purulenta ou serosa depende da proliferação de tecidos moles na boca.
cronicidade do caso e da carga viral. Maine Coon é uma raça frequentemente acometida.
Conjuntivite com secreção ocular, úlceras.
Página 100 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz
Antifúngicos
Não há um teste específico.
Mais que 90 dias de tratamento. US, RX.
Fluconazol 50 mg/gato VO SID. Testes sorológicos não diferenciam os anticorpos entre
Itraconazol 5 mg/kg VO BID. vírus mutado e entérico.
OBS: acompanhar enzimas hepáticas. Efusões: exsudato asséptico, densidade > 1,018, +++
proteínas.
Terapia suporte Relação albumina/globulina <0,44.
Teste de Rivalta.
Inalação, alimentação.
não é definitivo para o diagnóstico de PIF.
Combater ou tratar infecções secundárias.
Necropsia.