Você está na página 1de 103

Nome:________________________________________

Clínica Médica de
Animais de Companhia
Apostila com base nas anotações realizadas em
sala de aula e com os slides. O presente conteúdo
não é de minha autoria.
Maria Eduarda Cabral
SUMÁRIO

Fluidoterapia em Animais de Companhia p.1


Exercícios ----------------------------------------------------------p.6
Afecções Pancreáticas Exócrina p.9
Abordagem do Paciente com Vômito p.16
Abordagem do Paciente com Diarreia p.20
Afecções Hepatobiliares p.23
Nefrologia p.31
Endocrinologia p.45
Doença do Sistema Respiratório em Cães e Gatos p.66
Cardiologia em Pequenos Animais p.74
Abordagem do Paciente com Crise Epiléptica p.85
Dermatologia em Pequenos Animais p.90
Medicina Felina p.97
Página 1 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

Prof.º Marcelo Soares


Corrigir desequilíbrios hídricos (desidratação) e eletrolíticos
(reposição de eletrólitos, como potássio).
Administração de fluidos em um organismo! Auxiliar no tratamento da doença primária.
É a reposição de líquidos.

 em pouquíssimos casos a fluidoterapia será um


tratamento primário, na maior parte é um tratamento
suporte. Na hemorragia o animal está perdendo o volume
sanguíneo, sendo necessário realizar a reposição desse
 ex. paciente desidratado por vômito e diarreia deve
volume.
reidratá-lo com fluidoterapia, porém, essa fluidoterapia
não irá tratar o vômito e a diarreia, então é necessário Muitas vezes o início da reposição é com fluidos, se for
descobrir a causa da hipovolemia. uma hemorragia intensa que gera uma anemia irá precisar
realizar uma transfusão sanguínea para repor os
Doença primária deve ser diagnosticada e tratada
hemoderivados, mas muitas vezes a fluidoterapia é o
adequadamente.
suficiente para manter a volemia até que seja corrigida a
A fluidoterapia pode auxiliar na administração de fármacos hemorragia
se for realizada pela via intravenosa.
Por exemplo, animal com trauma abdominal que teve
ruptura esplênica com hemorragia ativa, coloca o paciente
na fluidoterapia intensa até fazer a esplenectomia e
eliminar a causa da hemorragia.
A água está dividida em 3 compartimentos:
 as vezes não é tempo suficiente para necessitar de
 intravascular.
uma transfusão sanguínea, porém a fluidoterapia auxilia
 intracelular. na manutenção do volume circulante no animal, não
 líquido intersticial. deixando a pressão cair, não acarretando em uma
lesão renal pela baixa de volume circulante e etc.
O volume intravascular é o mais importante devido à maior
parte das reposições serem feitas nesse compartimento.

É a perda de volume intravascular, ou seja, basicamente


é a perda de todos os componentes sanguíneos.
Perdas gastrintestinais.
 vômito e diarreia intensa.
Sangramento.
Poliúria intensa.
Intravascular:  principalmente em casos de doenças renais e
 cães: 8-9% endocrinopatias, como diabetes, hipoadrenocorticismo..

 gatos: 4-6% Vasodilatação.


 processo inflamatório é uma das principais causas de
vasodilatação, fazendo o paciente entrar em
hipovolemia, sendo os pacientes com sepse, choque
Expandir a volemia, ou seja, expandir o volume de líquido séptico, pancreatites, pacientes com qualquer
circulante.
Página 2 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

processo inflamatório intenso acontecendo no


organismo.

Perda de água e eletrólitos, sendo a perda do plasma


sanguíneo.
Poliúria.
 pode desidratar se não for tão intensa.
Diarreia. pulsos acelerados
tendem a sugerirem uma desidratação mais intensa,
Vômitos. porém pulsos fracos e lentos podem remeter a uma
Peritonite. hipovolemia.
Traumatismo grave.
Obstrução intestinal.
Uma desidratação intensa leva ao quadro de hipovolemia.
Sempre que diagnosticar a desidratação tem que pensar
em corrigir o quanto antes para não levar a uma
hipovolemia, um paciente hipovolêmico é de emergência,
precisando fazer uma reposição de líquidos de uma forma
mais agressiva.

o humor aquoso e humor vítreo são


líquidos oculares, em casos de desidratações graves tem
a perda de parte do líquido e tem retração do globo ocular,
sendo a .
faz uma pinça com os dedos e estica  consegue ser vista em pacientes com desidratação
a pele do animal, quanto mais a pele demorar para voltar grave.
ao seu estado normal, mais desidratado o animal estará.
líquido mais concentrado o
coração tem que trabalhar mais para bombear, com isso,
o animal apresenta uma taquicardia.
 gatos com desidratação intensa podem apresentar
uma frequência cardíaca normal.

quanto mais ressecada normohidratado sem alterações


a mucosa do animal mais desidratado estará, maior o perda mínima de turgor
tempo de TPC maior será a desidratação idem. cutâneo, mucosas
5% - leve
levemente ressecadas,
TPC <2, olhos normais.
perda moderada do turgor
8% - moderada
cutâneo, mucosas
Página 3 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

ressecadas, TPC >2-3”, pulso Paciente com diarreia que não deixou de se alimentar, está
rápido e fraco, enoftalmia. bebendo água, não está crítico, conseguimos fazer um
tratamento suporte orientando o proprietário a aumentar
perda considerável do
a ingestão hídrica, com o aumento da disponibilidade de
turgor cutâneo, enoftalmia
água, oferta de água de coco, gatorade e entre outros
grave, taquicardia, mucosas para auxiliar na reidratação.
>10% - severa extremamente secas, TPC
>3”, pulso fraco, hipotensão, Se não está se alimentando (hiporexia ou anorexia) não
conseguimos fazer a reidratação pela via oral.
alteração no nível de
consciência.
Via intravenosa
5%: muitas vezes uma fluidoterapia subcutânea e
aumentar a ingestão hídrica do paciente se ele não tiver É a via de eleição, faz uma reidratação mais rápida por
vômito será o suficiente. colocar o líquido direto no vaso sanguíneo do paciente e
10%: emergência. também consegue utilizar para fazer a administração de
fármacos por ela.
Prefere vasos mais calibrosos, seguindo a ordem:
 inicia a tentativa pela veia cefálica.
 segunda veia se não conseguir é a veia safena.

1. Reanimação: emergência.  por último é a veia jugular.

 paciente chegou com desidratação grave ou A cefálica é mais fácil fazer a fixação do cateter, a
hipovolêmico faz a reanimação, se não chegou com safena é mais complicada e a jugular precisa fazer uma
desidratação maior que 10% e hipovolêmico não fixação envolta de toda a região cervical do paciente,
sendo mais complicada.
precisa fazer reanimação.
2. Reidratação ou reposição: repor perdas dos
compartimentos intra e extracelular.
 para fazer essa etapa é necessário o grau de
desidratação.
3. Manutenção: quantidade de líquido que o animal precisa
para manter as funções fisiológicas, como função
cardíaca, renal, hepática, produção de líquidos importantes
para o organismo, como líquor, humor aquoso e etc.
 dentro dessa fluidoterapia precisa verificar se o animal
apresenta perdas contínuas, como vômito e/ou
diarreia. Via subcutânea

É uma via de fluidoterapia excelente, utiliza muito a via


subcutânea em pacientes renais crônicas, sendo uma das
Via oral metas manter o paciente hidratado, com isso, utiliza a via
subcutânea para manter a hidratação do paciente e
É a via fisiológica, mas é limitada. ajudar na função renal.
Se o animal tem vômito não irá ingerir água, se o animal Pode ser usado para desidratações leves.
tiver anorexia em muitos casos não fará a ingestão de
água também, muitas vezes não consegue fazer uma
reidratação eficiente pela via oral.
Página 4 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

Via bastante utilizada, muitas vezes essa via evita um


internamento indesejável se for possível controlar as Mais difícil de ser
perdas contínuas em casa. encontrado.
Pode ser utilizado para a
Via intraóssea reposição.
Mais caro que o ringer com
Essa via geralmente é utilizada em filhotes pequenos que lactato.
tem o acesso venoso dificultado, conseguindo fazer a
introdução do cateter intraósseo em ósseos longos, como
fêmur e úmero.
/

NACL

É chamado de soro fisiológico,


mas não é mais fisiológico que
Cristaloides o ringer com lactato.
Amplamente utilizado, contém
A preferência é pelos cristaloides, basicamente os
apenas sódio, cloro e água e é
cristaloides são água e eletrólitos.
uma solução acidificante.
Os coloides contêm moléculas de alto peso molecular,
antigamente era bastante utilizado, mas começou a
questionar que por serem moléculas grandes poderiam GLICOFISIOLÓGICA
causar lesões renais importantes, com isso, os coloides
não são muito utilizados. É a solução fisiológica mais a
glicose, sendo um fluido de
RINGER COM LACTATO reposição.
O cristaloide mais utilizado Pacientes em jejum prolongado
é o ringer com lactato. ou com hipoglicemia pode optar
pela administração da
É considerado a solução
glicofisiológica ou adicionar
mais fisiológica, ou seja,
glicose no ringer com lactato.
sua composição é mais
parecida com a
composição sanguínea em
questão de pH, eletrólitos
e líquidos.
É uma solução alcalinizante.
Não é administrado quando o animal está recebendo
transfusão sanguínea ou quando acabou de receber,
nesse caso preferimos a solução fisiológica (NaCL), caso
contrário, é preferível ringer com lactato.

RINGER SIMPLES

Quanto maior a numeração do cateter mais calibroso será.


Cães e gatos geralmente utiliza-se o amarelo, azul ou rosa.
Página 5 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

preciso achar outra maneira de expandir esse volume,


podendo optar pela administração de fármacos.

Manutenção

FÓRMULA
50mL/kg/dia.
50mL/kg/dia.
40mL/kg/dia.
40mL/kg/dia.
Dentro da manutenção tem que considerar se tem perdas
contínuas, como vômito e/ou diarreia, se tiver essas
perdas contínuas a manutenção será alterada.
Se precisa fazer 200ml em 24h consegue programar na Faz primeiro o cálculo de manutenção e acrescenta as
bomba de infusão para que o animal receba essa perdas contínuas, se não tiver vômito e nem diarreia não
quantidade de fluido em 24h. precisa fazer o cálculo de perdas contínuas.

PERDAS CONTÍNUAS
fórmula
40mL/kg/dia.
40mL/kg/dia.
60mL/kg/dia.
manutenção + perdas contínuas
Taxa para o animal manter seus parâmetros fisiológicos.

% = volume em
ml/24h.
Grau de desidratação: >10% - severa ou pacientes
hipovolêmicos.
– manutenção + perdas contínuas + reposição

Exemplo

Cão, 10kg.
Manutenção + perdas contínuas + reposição, esse cálculo
= dará a quantidade em mL que o animal precisa receber
em 24 h.
Essa fluido pode repetir quantas vezes forem
necessárias, mas se não responder a essa fluidoterapia é
Página 6 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

Recalcular sempre que preciso.


Após reidratação, manter em taxa de manutenção.
Canino, Shi-tzu, 3 anos, 6kg chegou ao atendimento com
queixa de vômito e diarreia com início a um dia. Durante o
exame clínico do paciente, definiu-se que o grau de
desidratação era de 7%. Foram coletados exames de 1. Um cão shih-tzu, macho, 3 anos, 7kg, castrado chegou ao
sangue e realizado ultrassom abdominal. Enquanto os atendimento com histórico de ter comido um pedaço de
resultados dos exames não saem, optou-se por já colocar pizza no dia anterior, após isso teve 3 episódios de vômito.
o animal em fluidoterapia para iniciar a hidratação. Quanto Animal está alerta, sem alterações em FC, FR e TºC.
de fluido esse animal necessita receber para Apresente leve ressecamento de mucosas, TPC menor
reestabelecer a hidratação em 24hrs? que 2”.
leve (6%).
Cão adulto = 50mL/kg/dia.
Cão adulto = 50 x 6 = 300mL/24h. Cão adulto = 50mL/kg/dia
Cão adulto = 50 X 7 = 350mL/24h.
Vômitos e diarreias = 60mL/kg/dia.
Vômitos e diarreias= 60 X 6 = 360mL/24h. Vômitos = 40mL/kg/dia.
Vômitos = 40 X 7 = 280mL/24h.
+ +
300 + 360 = 660mL/24h. 350 + 280 = 630mL/24h.

% Desidratação x Peso (Kg) x 10 % de desidratação X peso (kg) X 10


7 X 6 X 10 = 420mL/24h. 6 X 7 X 10 = 420mL/kg
+ +
660 + 420 = 1080mL/24h. 630 + 420 = 1.050mL/24h.
980mL/24h = 43,75mL/h = 43mL/h.
1080mL/24h = 45mL/h bomba de infusão.
equipo microgota
equipo microgota
60 gotas/mL.
60 gotas/mL.
43mL/h X 60 gotas = 2.580 gotas/h.
45mL/h X 60 gotas = 2.700 gotas/h.
2.580 gotas/3.600 segundos = 0,71 gotas/segundo.
2.700 gotas/3.600 segundos = 0,7 gotas/segundo.
1 gota a cada 2 segundos.
Com isso, teremos a cada dois segundos 1,4 gotas, a fim
de facilitar a contagem no equipo, aproximamos esse subcutânea.
valor, sendo: 1 gota a cada 2 segundos. 2. Um felino, Persa, fêmea, 6 anos, 3,5kg, castrada está a
3 dias apresentando quadro de vômito e diarreia, a
diarreia não apresenta sangue e é de alto volume e 4-5
episódios por dia. Animal está prostrado, FC e FR normais,
Exame físico frequente. TºC discretamente aumentada. Animal com TPC 2-3”,
mucosas ressecadas e discreta enoftalmia.
Pesagem diária.
moderada (9%).
 é normal em pacientes que estão iniciando a
fluidoterapia ganhe peso, mostrando que a
fluidoterapia está funcionando. Gato = 40mL/kg/dia
Página 7 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

Gato = 40 X 3,5 = 140mL/24h. % de desidratação X peso (kg) X 10


10 X 16 X 10 = 1600mL/24h.
Vômitos + diarreia = 60mL/kg/dia. +
Vômitos + diarreia = 60 X 3,5 = 210mL/24h. 1.280 + 1.600 = 2880mL/24h.
+ 2.880mL/24h = 120mL/h.
140 + 210 = 350mL/24h. equipo macrogota
20 gotas/mL.
% de desidratação X peso (kg) X 10 120mL/h X 20 gotas = 2.400 gotas/h.
9 X 3,5 X 10 = 315mL/24h. 2.400 gotas/3.600 segundos = 0,66 gotas/segundo.
+ 1 gota a cada 2 segundos.
350 + 315 = 665mL/24h. intravenosa.
665mL/24h = 27mL/h. 4. Um filhote de gato acabou de ser resgatado, o mesmo
equipo microgota aparenta ter menos de 2 meses de idade e pesou 300g.
Animal com espirros, secreção nasal e um episódio de
60 gotas/mL. diarreia quando estava vindo ao hospital veterinário. Animal
27mL/h X 60 gotas = 1.620 gotas/h. magro, prostrado, aumento considerável do turgor de
1.620 gotas/3.600 segundos = 0,45 gotas/segundo. pele, TPC 2-3” e mucosas levemente ressecadas. FC e FR
normais
1 gota a cada 3 segundos.
moderada (8%).
intravascular.
3. Um cão, macho, 12 anos, SRD, 16kg, castrado foi
diagnosticado com Doença Renal Crônica a 2 anos. Animal Gato = 40mL/kg/dia
manteve-se estável, porém, a 3 dias iniciou quadros de Gato = 40 X 0,3 = 12mL/24h.
vomito, prostração, poliúria e polidipsia. Animal ingere água 300g = 0,3kg.
e vomita logo em seguida. Paciente chegou para
atendimento prostrado, decúbito lateral preferencial, FC
aumentada, hiperventilando, hipotenso, aumento do turgor Vômitos = 40mL/kg/dia.
de pele e TPC4”. Vômitos = 40 X 0,3 = 12mL/24h.
severa (10%). +
12 + 12 = 24mL/24h.
15 X 16 = 240mL em 10 minutos.
intravenosa. % de desidratação X peso (kg) X 10
8 X 0,3 X 10 = 24mL/24h.
Cão idoso = 40mL/kg/dia +
Cão idoso = 40 X 16 = 640mL/24h. 24 + 24 = 48mL/24h.
48mL/24h = 2mL/h.
Vômitos = 40mL/kg/dia. equipo microgota
Vômitos = 40 X 16 = 640mL/24h. 60 gotas/mL.
+ 2mL/h X 60 gotas = 120 gotas/h.
640 + 640 = 1280mL/24h. 120 gotas/3.600 segundos = 0,03 gotas/segundo.
1 gota a cada 30 segundos.
Página 8 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

intraóssea. Cão adulto = 50mL/kg/dia


5. Um cão, Rottweiler, 3 meses, 19kg iniciou com quadro de Cão adulto = 50 X 48 = 2.400mL/24h.
diarreia com sangue, vômitos intensos, anorexia e
prostração a 2 dias. Animal chegou ao atendimento em
decúbito lateral, mucosas ressecadas, aumento do turgor % de desidratação X peso (kg) X 10
de pele, TPC>3 e em esturpor. O pulso femural está fraco 5 X 48 X 10 = 2.400mL/24h.
e rápido e com 35ºC de temperatura. Não foi possível +
aferir a pressão arterial.
2.400 + 2.400 = 4.800mL/24h.
grave (10%).
3.990mL/24h = 200mL/h.
equipo macrogota
15 X 19 = 285mL/10min. 20 gotas/mL.
intravenosa. 200mL/h X 20 gotas = 4.000 gotas/h.
4.000 gotas/3.600 segundos = 1,11 gotas/segundo.
Cão jovem = 50mL/kg/dia 10 gotas a cada 9 segundo.
Cão jovem = 50 X 19 = 950mL/24h. intravenosa.
7. Um felino macho, 14 anos, 3,1kg faz tratamento para
Vômitos + diarreia = 60mL/kg/dia. doença renal crônica a 5 anos, como parte do manejo da
Vômitos + diarreia = 60 X 19 = 1.140mL/24h. doença, o animal faz fluidoterapia pela via subcutânea uma
vez na semana, esse procedimento já vem sendo realizado
+ a 6 meses. O animal faz retornos mensais para pesagem
950 + 1.140 = 2.090mL/24h. e recalcular a quantidade de fluido a ser administrado. O
peso anterior era 2,9kg. Visto isso, a quantidade deverá
ser recalculada. Para isso, deve-se calcular apenas a taxa
% de desidratação X peso (kg) X 10 de manutenção, visto que ao exame físico o animal não
10 X 19 X 10 = 1.900mL/24h. apresenta alterações.
+
2.090 + 1.900 = 3.990mL/24h. Gato = 40mL/kg/1h.
3.990mL/24h = 166mL/h. Gato = 40 X 3,1 = 124ml/1h.
equipo macrogota equipo microgota
20 gotas/mL. 20 gotas/mL.
166mL/h X 20 gotas = 3.320 gotas/h. 124mL/h X 60 gotas = 2.480 gotas/h.
3.320 gotas/3.600 segundos = 0,9 gotas/segundo. 2.480 gotas/3.600 segundos = 0,68 gotas/seg.
1 gota a cada 1 segundo. 1 gota a cada 2 segundos.
intravenosa. 8. Um cão poodle, fêmea, 8 anos, 10,5kg apresenta quadro
6. Um cão, Golden Retriever, 48kg, macho castrado deu de vômito e diarreia desde a noite anterior. Animal está
entrada apresentando quadro de anorexia a 24hrs e ativo, FC e FR normais, mucosas ressecadas e TPC<2.
prostração. Ao exame clínico foi notado ressecamento de Proprietária é resistente quanto a deixar animal internado,
mucosas, discreto aumento do turgor de pele e mucosas portanto, deverá ser realizado as medicações e correção
ressecadas. Demais parâmetros todos dentro da da desidratação durante o atendimento ambulatorial.
normalidade. leve (7%).
leve (5%).
Cão idoso = 40mL/kg/dia
Página 9 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares

Cão idoso = 40 X 10,5 = 420mL/24h. +


1.050 + 735 = 1.785mL/24h.
Vômitos + diarreia = 60mL/kg/dia. 1.785mL/24h = 74mL/h.
Vômitos + diarreia = 60 X 10,5 = 630mL/24h. equipo macrogota
+ 20 gotas/mL.
420 + 630 = 1.050mL/24h. 74mL/h X 20 gotas = 1.480 gotas/h.
1.480 gotas/3.600 segundos = 0,4 gotas/segundo.
% de desidratação X peso (kg) X 10 1 gota a cada 3 segundo.
7 X 10,5 X 10 = 735mL/24h. subcutâneo.

Prof.º Marcelo Soares


 se o pâncreas produzisse as enzimas na forma ativa
iria começar a degradar o próprio tecido pancreático,
por conta disso, a produção das enzimas ocorre na
Está aproximado anatomicamente do estômago e duodeno, forma inativa.
além disso, por cima teremos o fígado.
 as enzimas são ativadas ao chegar no duodeno para
O pâncreas está próximo de outros órgãos importantes, começar a realizar a degradação do bolo alimentar.
sendo necessário lembrar dessa aproximação.
2% do tecido pancreático, sendo importante
para a produção de hormônios.
 insulina.
 glucagon.
 somatostatina.

É uma doença inflamatória do pâncreas exócrino.


Podemos dividir em pancreatite ou , sendo
definida pela presença de lesão histopatológica
permanente.
 só afirma com 100% de segurança qual a fase da
pancreatite depois de coletar o tecido pancreático e o
patologista confirmar a presença de lesão
histopatológico permanente, quando isso ocorre
98% do tecido pancreático. teremos uma pancreatite crônica.
 enzimas digestivas.  dificilmente é feito a coleta do tecido inflamado em um
paciente com pancreatite, pois se realizar essa coleta
 as enzimas digestivas compõem o suco pancreático
iremos produzir uma nova lesão e aumenta a
que é responsável pela digestão de proteínas, gorduras
inflamação, devido a isso, muitas vezes o diagnóstico
e carboidratos.
definitivo é quando o animal vem a óbito pela necropsia,
 as enzimas digestivas são produzidas nos ácinos, sendo definindo se é uma pancreatite aguda ou crônica.
as principais a amilase, tripsina e protease.
Página 10 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Quando tem algum dos fatores etiológicos no organismo


animal, teremos a conversão do tripsinogênio em tripsina
dentro do pâncreas.
Aguda
Ao ter essa
1. Necrotizante: necrose pancreática. começará a ocorrer a digestão do pâncreas, ou seja, inicia
o processo de .
2. Supurativa: infiltrado predominante. Esse processo acarreta em efeitos locais e
Se tiver neutrófilo é agudo, se tiver linfócitos é crônico. posteriormente efeitos sistêmicos.
Os são a necrose e peritonite localizada,
Crônica esse processo inflamatório libera os
, a partir desse momento iniciará os
Fibrose, atrofia, infiltração e dilatação cística. , sendo eles o choque, CID e SIRS (síndrome da
resposta inflamatória sistêmica).
Crônica ativa Se as enzimas pancreáticas começam o processo de
autodigestão de forma intensa e não iniciar o tratamento,
Alterações histopatológicas AGUDAS e CRÔNICAS.
o animal pode vir a óbito.
Ex. teremos fibrose, atrofia, neutrófilos e linfócitos,
quando achar esse material no pâncreas teremos uma
.
Não há .
Todo paciente que teve pancreatite na sua vida pode
5 meses – 20 anos.
apresentar recidivas.
algumas raças são mais
predispostas a pancreatite.
 cães: Yorkshire terrier e Schnauzer (sempre em
O é uma enzima secretada inativa e Schnauzer com vômitos temos que colocar o
produzida pelos ácinos pancreáticos, quando o diferencial de pancreatite).
tripsinogênio chega no duodeno ele será convertido em
, que é a enzima ativa que realiza a digestão do
bolo alimentar.
Quando tem os teremos uma
alteração no momento da conversão do tripsinogênio em
tripsina.

 dieta rica em gordura.


 gatos: persa e siamês.
 isquemia.
 toxinas, drogas.  persa é predisposto a várias outras doenças.
 obstrução ductal (pode ocorrer por tumores, cálculos e
afins).
 trauma abdominal.
 endocrinopatias (principalmente diabetes e
hiperadrenocorticismo).
 tumores pancreáticos (não são muito frequentes, mas
podem predispor a inflamação pancreática).
Página 11 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

CÃES
Diarreia.
Cães
Letargia.
Letargia. ANOREXIA – apetite seletivo.
Anorexia.  paciente que intercala fases que não come, fases que
VÔMITO. come o que apenas quer e fases que está nauseado
para comer.
Desidratação.
VÔMITOS ESPORÁDICOS.
DOR ABDOMINAL.
Diarreia. Dor abdominal.
Massa. GATOS

Gatos ASSINTOMÁTICO.
Letargia.
Letargia.
Anorexia.
ANOREXIA.
VÔMITOS ESPORÁDICOS.
VÔMITO.
Diarreia.
Desidratação.
 pode apresentar diarreia intermitente.
Dor abdominal (é questionável).
Diarreia.
Massa. Para o diagnóstico temos os métodos
até os métodos , sendo 4 métodos que
Pancreatite aguda gradativamente se tornam mais invasivos.
1. Histórico e sinais clínicos.
DOR ABDOMINAL – ABDOME CRANIAL
2. Achados laboratoriais.
Os cães ficam na posição de prece, sendo uma posição
 hemograma e bioquímica sérica.
que demonstra uma dor abdominal. É uma posição que alivia
 mensuração de enzimas pancreáticas específicas.
a dor, mas ao manipular os cães é notável uma dor
abdominal intensa. 3. Exames de imagem.
 ultrassom abdominal.
4. Histopatológico.

Achados laboratoriais

Hemograma + bioquímica sérica.


O hemograma e bioquímica sérica
.
Os gatos não costumam demonstrar a dor, quando
demonstram é porque estão totalmente debilitados, sendo
que a dor abdominal em felinos é relativa.  anemia.
 hemoconcentração.
Pancreatite crônica
Página 12 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 aumento das células sanguíneas, das hemácias e PTP  tem excreção renal e pode estar aumentada em
decorrente da desidratação pelo vômito, diarreia e pacientes com doença renal crônica, com doença
processo inflamatório. inflamatória intestinal e com linfoma.
 leucocitose. Lipase pancreática específica.
 principalmente na fase aguda da doença. Lipase pancreática específica
 leucopenia.
Mensurada através de um teste ELISA.
 principalmente nos animais que estão com o processo
IDEXX Laboratories.
inflamatório ativo a algum tempo e o organismo
começou a entrar em esgotamento na produção de semiquantitativo.
leucócitos.  resultado em 10 minutos.
 trombocitopenia.  interpreta a cor.
quantitativo.
 aumento de enzimas hepáticas.  resultado em 7 a 10 dias.
 aumento de bilirrubina.  o laboratório nos dá um número.
 diminuição da glicose. SNAP TEST
 aumento do colesterol. Com o conta gotas coloca 3 gotas de sangue e 4 gotas do
reagente no eppendorf e homogeneíza com calma, após
 diminuição da albumina.
isso, deposita no fosso da amostra essa diluição.
 diminuição do potássio e cálcio ionizado.
Quando a amostra chegar no ponto de ativação, o teste
Se o pâncreas inflama pode favorecer a uma inflamação é iniciado.
hepática pela lesão, ocorrendo aumento de todas as
enzimas hepáticas, aumento de bilirrubina, diminuição do
potássio pelo vômito e quanto mais baixo o cálcio ionizado
pior será o prognóstico do paciente.

Podem estar todos os parâmetros do hemograma e


bioquímica sérica dentro da normalidade.

ENZIMAS PANCREÁTICAS
Fazem 5 décadas que estudam as enzimas pancreáticas.
Se a coloração da bolinha direita for menor que do lado
Lipase e amilase.
esquerdo, significa que está normal.
 os gatos produzem mais amilase que o cão, então
Se as duas bolinhas estão da mesma cor significa que está
muitas vezes a interpretação é difícil.
elevado.
 também estarão aumentadas em doenças renais, Se a bolinha direita estiver mais corada que a esquerda
doenças hepáticas, doença gastroentérica, doenças significa que é consistente para pancreatite.
neoplásicas e administração de corticoides
Tripsina e tripsinogênio.
 são as outras enzimas mensuradas para a detecção
da pancreatite.
 mais específica e sensível que a amilase e lipase,
entretanto, sua limitação é que precisa ser coletada
nas primeiras 48h da pancreatite.
Página 13 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

PANCREATITE AGUDA
Ausência de fibrose e atrofia acinar.
Infiltrado de (supurativa).

PANCREATITE CRÔNICA
Fibrose e atrofia acinar.
Infiltrado de (linfocítica).

Avaliar a gravidade do caso e enfermidades


concomitantes.
Não existe um tratamento para a pancreatite curativo, o
tratamento é de suporte e sintomático.
Na pancreatite NÃO pode utilizar anti-inflamatório
porque irá piorar a situação do pâncreas.

Correção de distúrbios hidroeletrolíticos.


Controle da êmese e náusea.
→ %
Controle da dor.
→ %
Antibioticoterapia.
Exames de imagem Nutrição.
Cirurgia.
RAIO-X Não são feitos todos os pilares em todos os pacientes, o
tratamento irá variar em cada paciente.
Pouca sensibilidade.
Controle da êmese e náusea
ULTRASSOM
Sensibilidade de 68%. (Cêrenia):
O exame de imagem solicitado é o ultrassom, lembrando  dose: 1 mg/kg SID.
que sensibilidade irá depender da experiência do  pode prescrever por até 5 dias consecutivos, se os
veterinário ultrassonografista e do aparelho usado. vômitos persistirem é feito uma pausa no sexto dia e
Pâncreas hipoecóico. no sétimo dia volta com o Cerênia.
Maior que 0,7mm. : 0,5-1 mg/kg BID-TID.
Mesentério peripancreático hiperecóico.  vômitos muito intensos que o Maropitant não consegue
Pâncreas hiperecóico sugere uma pancreatite crônica. segurar, é prescrito a Ondansetrona.
2-3 mg/kg BID-TID.
Histopatologia  é um protetor de mucosa estomacal, não funciona em
gatos.
0,7 mg/kg BID.
Diferencia pancreatite aguda da pancreatite crônica.
 o omeprazol é o protetor de mucosa escolhido na
maioria dos casos para cães e gatos, unindo o
Página 14 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

omeprazol com o antiemético (Cêrenia ou Além disso, no cão e no gato o jejum prolongado causa um
Ondansetrona). decréscimo da espessura da mucosa intestinal e do
tamanho das vilosidades, resultando no aumento da
Controle da dor permeabilidade intestinal que predispõe a uma
translocação bacteriana.
25 mg/kg SID- BID.
A bactéria se aproveita desse aumento da permeabilidade
 pode associar dipirona + tramadol. intestinal e cai na corrente sanguínea, gerando o quadro
 dipirona tem uma ação mais analgésica do que anti- de choque séptico.
inflamatória.
 se for uma dor mais branda pode usar apenas a Antibioticoterapia
dipirona, dores mais intensas associa a dipirona +
+ 22mg/kg BID.
tramadol e dependendo da dor utiliza apenas o
tramadol. 20mg/kg BID.
2-4 mg/kg BID-TID. 7,5-15mg/kg BID.
0,1-0,3 mg/kg TID-QID. Se o animal está sem se alimentar e está com anorexia,

 dor abdominal intensa pode fazer a metadona. inicia a antibioticoterapia pela translocação, o antibiótico
de eleição é a amoxicilina mais clavulanato, em quadro
MLK (morfina, lidocaína e ketamina),
FLK (fentanil, lidocaína e ketamina), Fentanil. mais grave pode associar metronidazol + amoxicilina.

 fentanil: preferível nas infusões contínuas, pois a


Cirurgia
junção da ketamina e lidocaína pode diminuir a pressão
do paciente resultando no quadro de hipotensão. Pouco provável o cirurgião aceitar fazer uma cirurgia em
quadros de pancreatite.
Nutrição
Em casos de:
Algumas literaturas antigas sugerem o jejum total, porém,  peritonite severa.
atualmente não é feito o jejum mais.  cistos/abcessos pancreáticos.
Nesse paciente fazemos o controle do vômito e náusea,
logo após, inicia-se o tratamento nutricional, em muitos
casos esse animai não irá querer se alimentar, sendo
necessário fazer a sondagem (esofágica ou Cálcio ionizado diminuído o prognóstico é ruim.
nasoesofágica). Cálcio ionizado dentro da normalidade o prognóstico é
É extremamente importante alimentar o animal, se o gato bom.
não estiver se alimentando irá desenvolver um quadro de
lipidose hepática, sendo que alguns estudos
mostraram que se o gato permanecer 12h em jejum já
começa a apresentar um certo grau de lipidose hepática.
Se o gato não está se alimentando, ele não está ingerindo Pode ocorrer por 3 causas, sendo elas:
proteína para produzir energia, com isso, começa a 1. Atrofia acinar pancreática: mais comum em animais
ocorrer a mobilização de lipídios para gerar energia. jovens, sendo que em muitos casos o animal nasce com
Essa gordura degradada começa a se depositar nos essa insuficiência pancreática exócrina.
hepatócitos, desenvolvendo o quadro de lipidose hepática,  raças predispostas: pastor alemão e border collie.
é importante realizar o tratamento e reverter o quadro
de lipotoxicidade.
Página 15 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Resultado:
 aumentado: sugestivo de pancreatite.
 normal.
 diminuído: IPE.

2. Pancreatite crônica: mais associada em animais mais


velhos. Suplementação com enzimas pancreáticas.
3. Tumores pancreáticos: menos frequentes. Pancreatina: 25.000UI BID junto com alimento.
Na IPE temos uma diminuição da produção das enzimas  mistura a pancreatina com o alimento, geralmente
digestivas, isso ocorre devido ao fato de não ter ácino fazemos a manipulação desse suplemento.
suficiente para produzir as enzimas, resultando em má
O pâncreas do bovino também pode ser ofertado junto
digestão que carreta em má absorção e diarreia, pois,
com a alimentação, mas não é tão efetivo quanto a
basicamente tudo o que o animal come irá passar direto
suplementação com a pancreatina.
pelo intestino.
Para tutores que não tem condição de realizar o
aumento de volume, fezes gordurosas e diagnóstico, podemos entrar com o diagnóstico
acólicas, presença de alimentos não digeridos. terapêutico, iniciando a suplementação de pancreatina
animal começa a perder peso ficando sem o diagnóstico definitivo de IPE.
caquético, pelagem sem brilho e polifagia. Importante mensurar a vitamina B, essa vitamina tende a
 a polifagia é devido ao fato de o animal não estar estar baixa em doenças intestinais e atua como
conseguindo se alimentar e absorver os nutrientes para regenerador das células intestinais.
saciá-lo. Vitamina B diminuída começa a suplementação por pelo
Alguns animais podem apresentar vômito também porque menos um mês para conseguir regenerar as células
está se alimentando em grandes quantidades, esse intestinais.
aumento faz com que ele vomite.

TLI – Imunoreatividade para Tripsina sérica

O vômito é um sinal inespecífico rotineiramente atendido


na clínica.
Página 16 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Descrição, quantidade, conteúdo, episódios, momento.

Anormalidades sistêmicas.
 o vômito em si é inespecífico, precisando encontrar
essas anormalidades para os diferenciais.

Cinetose → passeio de carro.


 comum.
 quando o animal passeia de carro e fica nauseado.
Tanto quimiorreceptores e mecanorreceptores estão
envolvidos nesse desenvolvimento do reflexo do vômito Dieta → indiscrição/intolerância.
que vem até a zona quimiorreceptora no tronco Fármacos
encefálico.  digoxina.
A parede do estômago é repleta de quimiorreceptores e  quimioterápicos: ciclofosfamida, doxorrubicina,
mecanorreceptores que recebem o sinal e enviam para o cisplastina.
tronco encefálico.
 antibioticoterapia: doxiciclina, amoxicilia + clavulanato. de
K.
 anti-inflamatórios não esteroidais.
conteúdo estomacal ou intestinal.  morfina.
conteúdo da boca, faringe ou esôfago.  morfina é utilizada além da analgesia para fazer o
animal vomitar em algumas situações de intoxicação.
Substâncias tóxicas.
- +  metais pesados.
- +
não digerido digerido
Obstrução do fluxo gástrico.
7  5 ou  8
 estenose pilórica.
- +-
 corpo estranho (CE).
 neoplasias (extra ou intramural).
Obstrução do fluxo intestinal
 CE.
 neoplasias (extra ou intramural)
Espécie, sexo, idade, raça.
 intussuscepção (**parvovirose).
 idade: direciona a doenças infecciosas, congênitas e
entre outras, cães mais novos tendem a ter
parvovirose ou coronavirose.
Página 17 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 animais com parvovirose e com muita diarreia acabam  insuficiência: quando a função do órgão não está
desenvolvendo intussuscepção, ou seja, uma alça mantida mais.
intestina adentra na outra.  colecistite.
Gastrite  cetoacidose diabética.
 úlceras, erosões.
 endotoxemia/toxemia.
 CE. Causas diversas.
Enterite (*agudo).  alimentação excessiva.
 parvovirose.
 hipomotilidade (ex. íleo paralítico).
 GEH (gastroenterite hemorrágica): diarreia com sangue
 SNC – neoplasias, meningite, ↑ PIC.
inespecífica.
 parasitas (agudo ou crônico).
 doença intestinal inflamatória.
Dependente de diversos fatores.
Pancreatite – aguda ou crônica.
Avaliação sistêmica.
Colite.
 importante para encontrar a causa do vômito.
Esplenite.
Avaliação física minuciosa.
Causas extra trato gastrointestinal.
Exames laboratoriais.
 uremia.
 hemograma, bioquímica sérica.
 pela doença renal é até comum de ocorrer, paciente
em idade avançada que chega com vômito e diarreia Exames de imagem.
pode ter uma uremia lesionando o trato  radiografia abdominal/torácica.
gastrointestinal.
 ultrassonografia.
 insuficiência/doença hepática.
 **pesquisar corpos estranhos, avaliar rins, fígado,
 doença: quando a estrutura está acometida por uma pâncreas!
determinada enfermidade, mas a função do órgão está
mantida.

Maropitant (Cerênia)

Antagonista da neuroquinina-1.
Página 18 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Extremamente efetivo.  pela ação procinética ela irá aumentar a motilidade do


Biodisponibilidade oral afetada por alimentação. trato gastrointestinal.
1 mg/kg SC SID para cães e gatos.
2 mg/kg PO SID para cães.
1 mg PO SID para gatos. Clorpromazina
Custo alto, 1 ml de uma aplicação está em torno de 40 a
0,3 a 0,5 mg/kg IM, IV, SC TID.
60 reais. É um antagonista da neuroquinina-1 que é um
É um fármaco de controle especial, sendo um sedativo.
receptor, devido a isso possui uma ação central.
Não é muito utilizado para controle de vômito.

Vômito com sangue digerido ou fresco.

Sangramento oral nem tosse com sangue são hematêmese,


a hematêmese advém do trato gastrointestinal.

Se tem pontos de sangue no vômito não chega a chamar de


hematêmese, agora o sangue no vômito é uma hematêmese.

Ondansetrona Pontos de sangue no vômito vs Sangue no vômito.

Bons resultados.
0,5 a 1 mg/kg IV ou PO BID ou TID.
Não indicado utilizar com opioides. Resenha
 devido ao antagonismo que ela faz com o opioide. Espécie, sexo, idade, raça

Anamnese

Descrição, quantidade, conteúdo, episódios, momento.

Exame clínico

Anormalidades sistêmicas.

Lesão em trato gastrointestinal


Metoclopramida
Ulceração/erosão.
Plasil.
 neoplasias.
0,2 a 0,5 mg/kg PO, IM, IV SID a TID.
 choque hipovolêmico/séptico – ulceração por estresse.
Ação procinética! → → → Cuidado!
Excesso de acidez.
 não utilizar em animais com obstrução, intussuscepção,
diarreias em filhotes!  mastocitoma.
Página 19 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Mastocitoma causa muita ulceração gástrica, nesses  esofagite.


animais não aplica opioides por degranular mastócitos que  trauma.
causam essa sintomatologia gastrointestinal, usa protetor Choque e abdome agudo trata imediatamente o animal.
gástrico para prevenir o aparecimento de úlceras.

Iatrogênicas. Outras causas


 AINEs. Doença hepática.
 corticosteroides. Pancreatite.
Gastrites. Corpo estranho.
 aguda, crônica, GEH.
Doenças esofágicas.
 neoplasias.

CIMETIDINA
Identificar causa de base. 5 a 10 mg/kg PO, IM ou IV TID ou QID.
Tratamento e remoção da causa.
FAMOTIDINA
Tratar vômitos.
0,5 a 2 mg/Kg PO SID ou BID.
Utilização de protetores gástricos.
Muito utilizada para gatos.
Antagonista de receptores H2
Inibidores da bomba de prótons
RANITIDINA
OMEPRAZOL
Mais utilizada atualmente.
Bloqueio não competitivo a via final da produção de ácidos
1 a 2 mg/kg PO ou IV de BID a TID.
gástricos.
Não é efetivo para gatos.
0,7 a 2 mg/kg PO, IV SID ou BID.
Está fora do mercado no momento.
Custo aumentou pela retirada da ranitidina do mercado.
 alguns lugares ainda tem a via oral para utilizar, mas a
IV não encontra mais.
Página 20 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Protetor gastrointestinal Vomito? Regurgitação? Hematêmese?

Anamnese
SUCRALFATO
Indicado em caso de erosões e ulcerações. Vomito? Agudo? Crônico? Aparência? Hematêmese?
Formação de um filme protetor. Identificar possíveis causas. Evitar induzir o tutor ao erro,
 animal com hematêmese ou diarreia com sangue utiliza
Exame físico
sucralfato, formando um filme protetor no trato
gastrointestinal. Sinais sistêmicos!!
0,5 a 1 g/cão e 0,25 a 0,5 g/ gato TID ou QID.
Fornecer de uma a duas horas após outras medicações Exames laboratoriais
→ impede a absorção.
Auxiliares.
 impede a absorção de outras medicações, por isso tem
que ser fornecido apenas depois. Exames de imagem

Podem ter valor diagnóstico.


procurar identificar a causa do vômito ou Exames específicos
da hematêmese.
Podem ter valor diagnóstico.
Queixa principal

Má absorção

Perda do epitélio gastrointestinal.


Ex. doenças virais.
Acontece a perda do epitélio gastrointestinal como nas
doenças virais (parvovirose e coronavirose). As vilosidades
se perdem e sem a sua presença íntegra não tem a absorção
de nutrientes de forma adequada.

Secretora

Volume de secreção supera a capacidade de absorção.


Toxinas produzidas por bactérias, ligadas às vilosidades.
Acontece em casos que tem toxinas que se ligam nas
vilosidades causando a hipersecreção.
Página 21 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

MÁ DIGESTÃO: acontece principalmente nos casos de


insuficiência pancreática exócrina, se tem essa IPE tem
deficiência nas enzimas digestivas estando a digestão
inadequada, apresentando a diarreia com aspecto aquóico.
MÁ ABSORÇÃO: ex. enteropatia com perda proteica
leva a uma hipoalbuminemia, para esse diagnóstico precisa
excluir causas de hipoalbuminemia.
 sem perda proteica precisa de testes adicionais.

Resenha.
Anamnese.
Exame físico.
Exames laboratoriais.
Exames de imagem.
Exames específicos.
Página 22 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Reidratação.
Manutenção.
Reposição de perdas.
Se está perdendo muito conteúdo pela diarreia terá um
quadro de desidratação.

→ origem em cólon,
reto, região do períneo Omeprazol.
Ranitidina.
Sucralfato.
 indispensável em casos de melena para conseguir
proteger estômago e duodeno.
 diarreia de intestino grosso pode fazer o enema de
sucralfato, introduz uma sonda oronasal ou uretral mais
grossa no ânus, usa uma seringa mais cheia e o enema
com sucralfato.

→ TGI alto
(estômago, duodeno) procinético!
Necessário grande quantidade de sangramento para  não indicado.
produzir melena!

Exemplo

PARASITOSES: vermífugos, tratamento do ambiente.


 precisa fazer o vermífugo no animal, em todas as
pessoas e ambiente da casa e limpar o ambiente com
Tenesmo: insuficiência ou esforço doloroso na micção ou amônia quaternária.
defecação. DIETA: alergia alimentar? Dieta hipoalergênica.

Disquezia: dor ou dificuldade em eliminar fezes do reto. DII: uso de corticosteroides.


Página 23 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 importante para gatos nos casos de lipidose hepática.


Sintetização da bile.
6 lobos: Digestão de gorduras.
 lateral esquerdo.  na vesícula biliar tem a sintetização da bile importante
 medial esquerdo. para a digestão de gordura.
 quadrado. Excreção.
 lateral direito.  metabólitos e substâncias tóxicas.
 medial direito. Funções hematológicas.
 caudado.  fatores de coagulação e proteínas plasmáticas
(principalmente a albumina).

Elevação de enzimas (ALT, FA) por mais de 4 meses.


 ALT está mais voltada para a função dos hepatócitos.
 FA está mais aumentada em razão de processos
infecciosos ou inflamatórios da vesícula biliar.
 se essas enzimas estão aumentadas por mais de 4
meses já considera um paciente hepatopata crônico.
Jovens de meia idade.
Pode ter influência genética.
 cães da raça Sharpei são predispostos a terem
amiloidose.

Etiologia

Está localizado no gradil intercostal, o bordo fica um pouco Infecções virais e bacterianas.
para fora e consegue sentir na palpação, principalmente  podem causar uma hepatite aguda e se tornar uma
quando está aumentado de tamanho. hepatite crônica posteriormente.
Podemos dividir o abdômen em 3 regiões: , Intoxicação.
e . Autoimune.
Acúmulo de metais (cobre principalmente, pois o fígado
não consegue metabolizá-lo corretamente.).
Metabolismo. Tóxicas.
 proteínas, carboidratos, lipídios, hormônios.  fármacos, infecções.
Controle e manutenção da glicemia.
Página 24 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

O fenobarbital é um dos principais fármacos tóxicos.  vômito, diarreia, anorexia, poliúria/polidipsia, perda de
Animal epiléptico que faz o tratamento com fenobarbital peso.
tem que fazer o exame das enzimas hepáticas a cada 3  icterícia, ascite.
meses para dosagem do fenobarbital sérico, nessa consulta  icterícia: visualizamos a mucosa oral e ocular
colhe o sangue para fazer a avaliação das enzimas de amareladas, em casos de icterícias graves até a pele
do paciente fica alterada.
função hepática.
 em gatos, para visualizar a icterícia é na região de
palato.

perda de
perda de
massa sinais clínicos
função
hepática

Tem a perda de massa hepática, perda de função e sinais ASCITE


clínicos mais evidentes.
Acúmulo de líquido abdominal, a classificação do líquido é
pela análise.
Em casos de hipertensão portal.
Prognóstico ruim.
hipertensão desvio
fibrose Ascite em casos mais graves, pode ocorrer pela hipertensão
portal portossistêmico
portal ou pela hipoalbuminemia decorrente do fígado
afuncional.

SHUNT PORTOSSISTÊMICO
Ocorre a fibrose do tecido hepático, consequentemente
tem hipertensão portal, o sangue que está vindo da veia Desvio venoso da veia porta para veia cava caudal.
porta para ir para o fígado tem sua passagem dificultada Metabolismo não ocorre!
devido a fibrose.
Tem o desvio venoso da veia porta para a veia cava
A hepatite crônica piora com o tempo causando desvios
caudal.
portossistêmicos, esses shunts portossistêmicos é comum
de ocorrer em filhotes de até 5 anos. Os nutrientes são absorvidos e pela absorção
Esse desvio leva a alterações neurológicas importantes, enterohepática vão para o fígado e sofrem metabolismo,
animal fica magro e com pelagem feia. sendo encaminhado para o restante do organismo.

Sinais clínicos Quando tem a presença desse desvio, invés de ir para o


fígado, vai diretamente para a veia cava caudal, inclusive
Os sinais clínicos surgem quando cerca de 75% da função componentes tóxicos, como ácidos biliares. Os ácidos
se foi. A evolução da hepatite crônica é a insuficiência
hepática. biliares ao caírem na corrente sanguínea podem atingir o
sistema nervoso central, fazendo com que o animal
Sinais
apresente convulsão e até coma, pelagem opaca, perda de
 inespecíficos, brandos e intermitentes.
Página 25 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

peso, quando ocorre em ninhadas normalmente é o filhote mas também pode estar associada a processos hepáticos,
menor. com esses parâmetros visualizamos se tem lesão.

Geralmente, os sinais aparecem logo após a alimentação


por ter uma liberação maior de ácidos biliares que agem
na digestão e pelo desvio portossistêmico conseguem atingir ↓ureia, albumina, glicose.
a circulação, após passar por toda a circulação esses  o fígado faz o metabolismo da ureia, da albumina e a
gliconeogênese, quando a ureia, albumina e glicose
ácidos passam pelo fígado, sendo removidos.
estão diminuídas temos perda da função hepática.
A problemática é que para conseguir corrigir o desvio ↑ bilirrubina, ácidos biliares.
portossistêmico precisa diagnosticar de forma adequada,
fazendo a dosagem de ácidos biliares em jejum e duas
FASE TERMINAL
horas após a alimentação, FA e ALT normalmente não ALT normal.
estarão muito aumentadas.  podemos ter a ALT normal porque o fígado não tem
massa suficiente para ter esse extravasamento de
Desvio portossistêmico adquirido devido a hepatite crônica, ALT e dessa forma não resulta na avaliação bioquímica
teremos por conta do comprometimento hepático o esse aumento.
aumento dessas enzimas, dependendo do
comprometimento não teremos a produção adequada de  considera aumentado quando está 3 vezes acima do
ALT. valor de referência.
Algumas técnicas de ultrassom tornam possível visualizar ↑ amônia e ácidos biliares.
esse desvio.  é importante esse aumento da amônia, pois ela é
A correção é cirúrgica, colocando um anel ameróide absorvida e metabolizada em ureia, quando o fígado
envolta do vaso anômalo, conforme é colocado não não está fazendo a metabolização de ureia, a amônia
podemos causar a oclusão do vaso de uma única vez, pois estará aumentada pelo fato da ureia estar diminuída,
se ocluir irá causar hipertensão portal e o animal pode vir a amônia faz a encefalopatia hepática, essa
a apresentar convulsões mais graves vindo a óbito. toxicidade causada pela amônia gera convulsões e
coma.
Esse anel se hidrata com o líquido abdominal e com isso
começa a ocluir o lúmen aos poucos.  encefalopatia hepática: chega ao diagnóstico
Alguns lugares utilizam o celofane no lugar do anel pensando na função hepática, um fígado pode ser
ameróide. analisado seu comprometimento pelo ultrassom, além
disso, a ureia estará muito baixa e a glicose idem,
Diagnóstico apresenta sinais neurológicos e chegamos ao
diagnóstico de encefalopatia.
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA Icterícia.

RAIO-X
Inespecífico.
↑ ALT.
Possível ver ascite.
↑ FA.
Para chegar no diagnóstico sempre realizar uma ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL
avaliação bioquímica, sendo fundamental dosar ALT e FA. Micro-hepatia.
A ALT está mais associada a lesões do próprio hepatócito  fígado diminuído.
e a FA mais associada com processos da vesícula biliar,
 tamém é possível ver no ultrassom o fígado aumentado.
Página 26 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Hiperecóico. Sinais de obstrução da vesícula biliar não é indicado realizar


Sinais de fibrose. esse medicamento porque pode causar a ruptura dessa
vesícula.
Sinais de neoplasia → biópsia (ideal).

BIÓPSIA EXCISIONAL HEPÁTICA


20 mg/kg PO SID.
Diagnóstico definitivo.
20 a 50 mg/kg PO SID.
Obrigatório:
 é um fitoterápico.
 perfil hemostático pré-operatório: para analisar o
5 a 10 mg/kg PO SID.
tempo de coagulação.
 é interessante deixar separado para a cirurgia uma
bolsa de sangue com reação cruzada negativa. 22 mg/kg BID/TID IV/PO.
Tratamento 5 mg/kg BID PO.
10 a 20 mg/kg BID/TID PO/IV.
Paciente com doença hepática não é indicado prescrever
muitos medicamentos porque estará forçando o fígado a 10 mg/kg SID PO/SC.
funcionar. 7,5 mg/kg BID.
Amoxicilina ou Ampicilina associado ao Metronidazol é
DIETA
o mais utilizado, a Doxiciclina geralmente é a última
Proteínas de alto valor biológico. escolha e o Metronidazol é seguro utilizar nessa dosagem
 peixe, frango, tofu, ricota, queijo cottage. baixa.
Reposição de vitaminas B, E e K.
Carboidratos de alto valor biológico. Prognóstico
 arroz, batata.
Reservado: animal sem processo de fibrose ou cirrose.
Fibras.
 reduzem o risco de encefalopatia hepática. Ruim: animal com fibrose, cirrose e/ou desvio.

FARMACOLÓGICO

Etiologia
Podem ser considerados em doses anti-inflamatórias no
Leptospirose → muito comum.
início da doença.
 comum em casos de leptospirose devido ao tropismo
Pode pensar em usar corticoides no início da doença como
pelas células hepáticas e pelo processo sistêmico que
Prednisona ou Prednisolona, após a fase inicial não tem ela causa, como anemia e hipóxia.
motivos para usar os corticoides. Adenovírus canino tipo 1 (CAV-1): hepatite infecciosa.
 animal fica com um olho azulado.
Drogas:
Ação antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora.
 Fenobarbital.
Favorece a drenagem da bile.
 entra com um tratamento de proteção hepática.
10 a 15 mg/Kg PO SID.
 Antifúngicos.
 Carprofeno.
Página 27 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 Lomustina.  por muitos anos o ringer lactato (RL) foi banido em


animais com hepatopatias, atualmente, sabe-se que
Sinais clínicos não é contraindicado ser utilizado porque a dosagem
de lactato é baixa.
Variáveis.
 o ringer com lactato enriquece com glicose porque
Anorexia, vômito, desidratação, encefalopatia hepática. geralmente os animais estão hipoglicêmicos.
Icterícia, febre, dor abdominal epigástrica, petéquias,
hematêmese. TRANSFUSÕES DE PLASMA
Ascite, melena. Coagulopatias, hipoalbuminemia.
20 a 40 ml/kg em 2 horas.
Diagnóstico
Transfusão de plasma fresco congelado nos casos de
Anamnese. coagulopatias e hipoalbuminemia, se necessário, repete a
Exame físico. transfusão.
Exames laboratoriais:
 ALT: aumento de 10 a 100 x o valor de referência. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
 FA e bilirrubina: aumentadas devido a colestase. Enemas com lactulose (1 mg/kg) junto com solução
 Hipoglicemia. fisiológica.
Histopatológico.  pode fazer o uso de lactulona para o esvaziamento do
trato gastrointestinal
Diagnóstico definitivo, porém, demora!
 se for fazer uma biópsia o diagnóstico é definitivo, TRATAMENTO DE ÚCLERAS
entretanto tem uma demora no resultado. GASTROINTESTINAIS
CID Sucralfato.
Trombocitopenia. ANTIEMÉTICOS
Tempos de coagulação aumentados.
A doença pode causar CID. ASCITE

ULTRASSONOGRAFIA Diurese!!
2 mg/kg BID/TID, IV, SC, IM, PO
Hepatomegalia.
Alterações difusas de ecogenicidade. 1 a 2 mg/kg BID PO.
Ascite. Furosemida ou Espironolactona em casos de ascite, toda

 quando a ascite é grave é interessante realizar a vez que entra com Furosemida precisa fazer o
drenagem do líquido, após isso, o envio para a análise acompanhamento renal do paciente, por ser um diurético a
e até para o histopatológico porque alguns tumores Furosemida pode fazer hipocalemia, a Espironolactona
podem realizar isso. idem.
 após a drenagem faz o ultrassom de forma adequada.
DIETAS DE ALTO VALOR BIOLÓGICO
Tratamento suporte
Suplementar albumina (inclusive nos casos de hepatite
crônica).
FLUIDOTERAPIA
 a albumina carreia até a bilirrubina.
GF (glicofisiológica) 5%, RL?
Página 28 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

ANTIBIOTICOTERAPIA Estresse, anorexia e outras doenças que fazem com que


o gato pare de se alimentar pode levar ao quadro de
Sepse!! lipidose hepática.
 pacientes que fazem hepatite aguda é comum entrar O organismo começa a captar a gordura de outros lugares
em sepse, devido a isso utilizamos antibiótico de amplo levando ao fígado, o fígado perde a função e junto a isso
espectro. temos a colestase associada.
Utilizar de amplo espectro.
Fatores envolvidos
Cefalosporinas, amoxicilina + clavulanato, enrofloxacina.
Metronidazol: 7,5 mg/kg BID IV ou PO. Obesidade.
Estresse. anorexia
Doença concomitante.
Gato que está sem se alimentar pode desenvolver a lipidose
tratamento identificar tratar causa
hepática, principalmente gatos obesos, nesses casos, se não
suporte causa base base
tem muito tempo de anorexia pode entrar com medicações
para estimular o apetite do paciente (Cobavital e
Mirtazapina), se estiver mais tempo sem se alimentar faz a
sondagem esofágica.

Diagnóstico
Colangite.
Colangio-hepatite. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
Lipidose. ↑ ALT e AST.
↑ FA.
GGT.
Ocorre deposição de gordura nos hepatócitos.
 pode estar aumentada em causas primárias e muito
Normalmente, ocorre com gatos obesos. altas em causas secundárias.
Estresse, anorexia.
Procurar a causa base. RAIO-X

Temos diversos fatores associados, como por exemplo, gato Hepatomegalia.


obeso que ficou 2 a 3 dias sem se alimentar pode
ULTRASSONOGRAFIA
desenvolver a lipidose hepática.
Alterações no parênquima hepático.
Alterações biliares.
Aumento da ecogenicidade.
deposição de O fígado estará brilhoso.
perda de
anorexia gordura nos colestase
hepatócitos
função BIÓPSIA
Definitivo.
Risco anestésico.
Página 29 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

PAAF Antioxidantes
 vitamina E.
Punção Aspirativa por Agulha Fina.
 SAME.
Opção mais segura.
Fluidoterapia: SF? GF? RL?
Pode não ser conclusiva.
Antieméticos.
Não precisa anestesiar, pode apenas sedar o paciente,
entretanto pode não ser conclusiva.  maropitant, ondansetrona, metoclopramida.
Antiácidos.
Tratamento  omeprazol.
DIETA!!! Estimuladores de apetite.
 repouso + metabólica.  cobavital: 2 mg/gato PO BID 7 dias.
 alto teor de proteína  mirtazapina: 3,75 mg/gato PO q. 24/48 horas.
 se houver encefalopatia hepática: menores As medicações embora estejam disponíveis no mercado,
quantidades em maior frequência
normalmente são manipuladas, não é ideal colocar na
 quase em todos os casos. forma de líquido e com sabor, o ideal é fazer em cápsulas e
 sonda esofágica ou nasoesofágica -> sonda dividi-las para facilitar a ingestão.
nasoesofágica estressa muito o animal e fica
espirrando, o melhor é a sondagem esofágica.
Prognóstico
 gastrostomia? é um procedimento mais invasivo,
geralmente não é feita. Péssimo sem suporte alimentar.
 alta mortalidade.
Reservado com suporte alimentar.

Se termina em it?
 inflamação se estende do trato biliar para o
parênquima hepático.
Extremamente comum em gatos.
Etiologia desconhecida.
Sinais clínicos de hepatopatia com ou sem febre e letargia.
 sinais clínicos inespecíficos.
Gatos obstruem a vesícula facilmente, quando ocorre a
obstrução da vesícula no cão funciona o tratamento clínico,
no gato esse tratamento clínico não funciona, sendo o
tratamento cirúrgico, é um tratamento complicado.

No momento só consegue fazer sangue total no gato. Diagnóstico

Tratar coagulopatias.
HEMOGRAMA
 vitamina K: 0,5 mg/kg SC/IM BID 3 dias.
Neutrofilia com desvio a esquerda.
Página 30 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

BIOQUÍMICA  cistos.
 Platynosomum.
↑ ALT, FA, GGT*** e bilirrubina.
Secundária → tecido cicatricial/inflamatório comprimindo
 GGT aumentada e quando está muito aumentada se
as vias de saída.
refere a processos obstrutivos da bile.
 pancreatite.
ULTRASSOM  hepatite.
Pode ter dilatação de canais biliares.  colangite.
Pode não ter alterações por ser agudo.  pancreatite, hepatite e colangite seria a tríade
felina.
Avaliação da bile
Sinais clínicos
Coleta de material possível através de cirurgia.
Cultura/antibiograma. Início: inespecíficos.
Avaliação histológica. Vômito, letargia, perda de peso, diarreia, hepatomegalia,
icterícia, dor.
Tratamento
Diagnóstico
ANTIBIOTICOTERAPIA Anamnese + sinais clínicos + exames complementares.
Os mesmos citados anteriormente. Elevação de bilirrubina direta.
4 a 6 semanas. ↑ ALT, FA, GGT.
Amplo espectro antes do resultado da cultura. Ultrassonografia:
 dilatação das vias biliares.
URSACOL
 sinais de obstrução.
Deixa a bile mais fluída.
15 a 20 mg/kg PO SID. Tratamento
Se não houver obstrução da vesícula biliar.
 se romper a vesícula é sepse e peritonite grave, OBSTRUÇÃO PARCIAL
apresentando uma alta letalidade. Ursacol.
DIETA Antioxidantes.
Tratar doença base.
Rica em proteínas.
OBSTRUÇÃO TOTAL
ANTIOXIDANTES
Cirúrgico → sempre mandar biópsia hepática.
PRAQUIZANTEL Colecistoenterostomia.
Colecistojejunostomia.
Suspeita de Platynosomum.
Colecistoduodenostomia.

Prognóstico
Pode ser intra ou extra luminal.
Intra Péssimo!!!!
 colelitíase.
Página 31 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Em casos de cirurgia a equipe precisa estar preparada e  monitorar o paciente pelo risco de sepse ou infecção
a monitoração pós-cirúrgica por 24 horas: bacteriana secundária ascendente.
 sepse.  hipotensão grave.
 óbito transoperatório e pós!

Filtração do sangue.
Excreção de resíduos metabólicos, como a ureia e
creatinina (são as mais importantes).
Reabsorção de substâncias necessárias, como eletrólitos.
 ex: sódio, potássio, cloreto.. .
Manutenção da volemia.
Controle ácido-base.
Manutenção da pressão sanguínea.
Estimula a produção de glóbulos vermelhos.
O rim é envolto por uma cápsula que o delimita e protege
a região do parênquima.
Temos a região do córtex renal e da medula.
O rim direito se posiciona mais cranialmente do que o rim
esquerdo, acima do rim encontramos as adrenais. Quando o animal está recebendo fluidoterapia a pelve
renal estará dilatada.
 em casos de obstrução de ureter, que pode ser
causado por cálculos ou obstruções extraluminais, a
pelve pode dilatar desenvolvendo a hidronefrose, sendo
visível na imagem.
O néfron é a unidade funcional do rim, sendo dividido em
glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo
contorcido distal e ducto coletor.
 o glomérulo é o local que ocorre a maior parte da
filtração do sangue.
 a alça de Henle é o local que age a furosemida.
 no ducto coletor ocorre a reabsorção de água
controlada por hormônios, como o ADH.
Quando o animal está em diurese ou possui uma doença
renal e o mesmo não está mais concentrando a urina, o
animal fica hipocalêmico pela perda de potássio.
Página 32 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Produção estimulada pela diminuição da perfusão renal.

Angiotensinogênio

Produzido pelo fígado.


Transformada pela renina em angiotensina I.

ECA

Enzima conversora de angiotensina.


A renina é estimulada pela diminuição da perfusão renal
fazendo com que o rim secrete, o angiotensinogênio é
produzido no fígado e é transformado pela renina em
angiotensina 1, a ECA é a Enzima Conversora de
Angiotensina produzida parte pelo rim e parte pelo
Controle do ritmo de filtração glomerular.
pulmão, gatos produzem em outras vias a ECA.
Controle do fluxo sanguíneo renal.
Problemas cardíacos ativam o sistema renina- O rim quando percebe a diminuição da pressão renal

angiotensina-aldosterona, esse sistema faz o controle do libera a renina, ao jogar a renina na circulação irá

ritmo da filtração glomerular e do fluxo sanguíneo renal. transformar o angiotensinogênio produzido pelo fígado em
angiotensina 1, a ECA irá converter a angiotensina I em

Renina angiotensina 2.

A aumenta a ativação simpática, ou  no córtex da adrenal estimula a produção de


seja, aumenta a frequência cardíaca, aumenta a aldosterona que atua reabsorvendo sódio e cloreto,
reabsorção tubular de sódio e cloreto e a excreção de excretando potássio e retendo água, com isso, retém
potássio, além de aumentar a retenção de água. mais líquido e aumenta a pressão sanguínea.
Página 33 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 nas arteríolas causam uma vasoconstrição para esse volume está diminuído, o rim irá entender que tem
direcionar o fluxo de sangue para os órgãos mais uma baixa na perfusão e irá ativar o SRAA. Essa ativação
importantes e aumenta a pressão devido a isso. faz com que tenha as alterações, aumenta a pressão
sistólica e causa a retenção de líquido, essa retenção leva
 na pituitária estimula a secreção de ADH que vai
a um quadro de ICC e ao edema pulmonar se for
no ducto coletor e aumenta a reabsorção de água, insuficiência cardíaca congestiva esquerda.
aumentando ainda mais o volume circulante.
Se for um caso de hemorragia e o rim fizer isso, esse
mecanismo irá funcionar bem.
Estímulo para produção de eritrócitos.
Quando tem uma doença cardíaca, o coração irá trabalhar
menos e consequentemente diminui o débito cardíaco, se Mecanismo da eritropoetina

Quando tem baixos níveis de oxigênio, seja por anemia ou 7-desidrocolesterol clivado na pele em pré-vit D3
por qualquer outra patologia, como em alguns desvios pela ação dos raios ultravioletas.
cardíacos congênitos, irá diminuir o oxigênio circulante.
O rim percebe essa hipóxia e libera eritropoetina que irá Pré-vit. D3 sofre rearranjo em Vit. D3
estimular a medula óssea a produzir mais células
vermelhas.
No fígado sofre hidroxilação pelo citocromo P-
Em situações de anemia isso é válido, em situações em que 450
o problema não é anemia terá um excesso de hemácias
na circulação, fazendo com que o sangue fique mais denso.
No rim sofre hidroxilação adicional no túbulo
contorcido proximal formando o calcitriol

Forma ativa da vitamina D.


Aumenta absorção de cálcio intestinal.
Importantes para diversos processos fisiológicos.
Diminui excreção de cálcio pelo rim.
Estão interligados.
Precisa dosar o cálcio e o fósforo porque o rim perde
cálcio e retém fósforo.
Página 34 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Cálcio

Contração muscular.  cardiopatias.


Atividade das células do sistema nervoso.  anestesia.
Liberação hormonal.
Coagulação.
 aórtico.
Manutenção de membranas celulares e ligação entre
células.  artéria renal.
Aumento da creatinina e ureia.
Fosfato Aumento da densidade urinária.
Orgânico ou inorgânico. Fácil corrigir.
 exceto nos casos de trombo.
INORGÂNICO
Estrutura de ossos e dentes. Pós-renal
Tampão para o hidrogênio.

ORGÂNICO  ureteral.
Constituinte da membrana plasmática e componentes  uretral.
celulares.

 ureteral.
 vesical.
Azotemia: aumento de creatinina e ureia.
 uretral.
Creatinina: advém do metabolismo muscular → Aumento da creatinina e ureia.
creatina + fosfocreatina
Densidade urinária variável (depende da hidratação).
 filtrada pelos glomérulos e não reabsorvida.
 um gato obstruído não estará conseguindo excretar a
Ureia: advém do metabolismo da amônia. urina, essa urina retida está ficando mais concentrada
 filtrada pelos glomérulos e reabsorvida pelos túbulos. e a densidade tende a estar aumentada, junto a isso,
a inflamação também aumentará a densidade.
 em excesso causará a síndrome urêmica, intoxicando o
organismo do animal. Rins normais em quadros iniciais.
Ureia e creatinina aumentada causa lesões orais, lesões abdominocentese.
gastrointestinais e afins.  solicitar creatinina do líquido.
 creatinina do líquido > creatinina sérica =
uroabdomên!!!
 compara a creatinina do líquido e a sérica do paciente,
Pré-renal
se a creatinina do líquido estiver mais aumentada do
que a sérica, provavelmente será uroabdômen.

 desidratação. Renal
 hemorragias.
perda do parênquima renal.
Página 35 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 agentes infecciosos (leptospirose e erliquiose).  cor, odor, aspecto, quantidade.


 agentes tóxicos (AINE e paracetamol).  micção: posição, frequência.
 evolução de causas pré e pós não tratadas.  gatos obstruídos ou a ponto de obstruir adotam uma
Aumento da creatinina e ureia. posição mais álgica e ficam saindo e voltando.
Densidade urinária:  ingestão hídrica: volume, frequência.
 hipostenúrina.  histórico anterior.
 isostenúria.
Não se corrige completamente.  pelagem, escore corporal, escore de massa
DRC/DRA ou IRC/IRA. corporal.
 palpação abdominal: rins, bexiga, próstata →
tamanho, contorno, sensibilidade.
Sempre observar hidratação do paciente!!!  avaliação oral: coloração de mucosas, hálito
 sempre importante avaliar a hidratação do paciente. (normalmente é urêmico), presença de úlceras.
 paciente desidratado pode estar com uma urina hemograma, bioquímicos,
mais concentrada devido a um mecanismo urinálise, ultrassonografia abdominal, radiografia
compensatório. abdominal.
Ideal = colher ANTES da hidratação.  ultrassom abdominal para conseguir visualizar esse rim,
 depois da hidratação perde os parâmetros ideais se o classificando em agudo ou crônico.
paciente for renal.
 paciente que a suspeita é renal, deve coletar a urinálise
antes da hidratação.
 pacientes que chegam grave colocamos na fluido, mas IRA DRC
sempre que possível colher antes da hidratação. Perda abrupta da função Perda crônica da função
≥ 1.025. renal renal

< 1.025. Animal com pelagem e Animal com pelagem sem


escore corporal normais brilho, fraca e escore
corporal baixo ativando o
catabolismo muscular.
Pouca ou nenhuma Rins com sinais de perda
alteração de definição cortico-
ultrassonográfica medular, alterações
Shih-tzu, Lhasa Apso → displasia
estruturais
renal.
incontinência urinaria?
 jovem: ureter ectópico.
Causas
 incontinência urinária pode desconfiara de um ureter
ectópico, invés de se implantar no trígono vesical pode
estar se implantando na uretra.
 adulto: distúrbio hormonal.  desidratação grave.
 fêmeas castradas adultas podem ter esse distúrbio.  esse período de isquemia lesiona o rim.
Página 36 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Nesse momento não temos a perda de função ainda.


células epiteliais e cilindros.
 AINES.
Terapia precoce → reduz lesão e impede IRA.
 gentamicina (fármaco nefrotóxico, ao utilizar o animal
deve receber fluidoterapia). ETAPA 2

 Leptospirose.
 Erliquiose.

Fatores de risco Azotemia e


Túbulos Diminuição da
alterações de
danificados função renal
densidade

 diminuição do débito cardíaco.


 anestesia.
 desidratação grave. Com o túbulo danificado não teremos a função renal
normal, então tem a sua diminuição gerando azotemia e
alterações na densidade (geralmente produz menos urina).
 Leptospirose, Erliquiose, piometra, SEPSE! Terapia: boa resposta ou nenhuma resposta.
 piometra principalmente por infecção bacteriana
ascendente secundária. ETAPA 3

 hepatite, diabetes mellitus, pancreatite.


 liberam muitas ocitocinas inflamatórias que podem
lesionar o rim. Pode haver Não produção Hipertrofia de
Reparo das
reversão de de novos néfrons
lesões
danos ou não néfrons remanescentes

 AINES!

Lesão tubular

Teve a lesão e essas lesões começam a ser reparadas,


ETAPA 1 desenvolvendo a cicatriz, dependendo do grau da lesão
pode recuperar o túbulo ou não.
Se não tem a recuperação do túbulo, os néfrons que
sobraram sofrem hipertrofia pelo rim forças os néfrons
que estavam sadios a trabalhar mais, levando o néfron a
um desgaste maior e fazendo com que eles parem
progressivamente.
Lesão tubular Função preservada
Terapia: boa resposta ou nenhuma resposta.

Aspectos clínicos

Sinais variáveis.
Página 37 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Vômito, diarreia, letargia, anorexia, desidratação, halitose Hipocalcemia.


urêmica, úlceras orais.
 halitose urêmica e úlceras orais são as mais observadas. Tratamento
Sinais relacionados à doença base.
OBJETIVOS
pelagem, escore...
Recuperar homeostase.
Diagnóstico Tratar a causa base.
Manutenção da produção urinária.
Somatória de sinais
diminuir creatinina e aumentar o
Azotemia + isostenúria + hipostenúria. débito urinário.
Imagem: rins normais ou aumentados e OBS: maior produção de urina não indica maior TFG.
hiperecogênicos.
 pode indicar diminuição da reabsorção tubular.
Hemoconcentração (desidratação).
 não tem hemoconcentração se a doença que o HIDRATAÇÃO
paciente tinha causou anemia RL, SF.
Leucositose (dependendo da causa). Reidratar nas primeiras 6 a 12 horas.
Urinálise: cilindros, células epiteliais, proteínas  faz o cálculo da hidratação mais a manutenção para
 UPC: relação proteína : creatinina urinária. 12 horas.
 microprotéinúria. Pesar o animal → grande indicativo de hidratação!
Obtém um valor que indica se tem microproteinúria ou não,  conforme for sendo feita a fluidoterapia, o peso tem
sendo importante fazer para classificar a doença renal ou que ir aumentando.
nos casos iniciais que não teve o aumento da creatinina e Reposição de K.
ureia.  ideal: dosar eletrólito.
 se hipercalêmico não repor!
Biópsia renal.
 repor apenas após diurese intensa!
Hipercalemia.
 é o aumento do potássio circulante. Se tiver hipercalemia não repõe o potássio se precisar repô-
lo é necessário dosar ele antes e repor apenas após a
 o potássio é fundamental para a contração muscular,
porém, é um fármaco utilizado para fazer eutanásia, diurese intensa.
excesso de potássio circulante faz o coração parar
(fibrilação cardíaca). OLIGÚRIA, ANÚRIA?
Hiperfosfatemia < 0,5 ml/kg/hora.
 acidose metabólica hiperfosfatêmica!!!! Se está produzindo pouca urina está em oligúria, se
Em excesso causa acidose metabólica hiperfosfatêmica, não está produzindo urina está em anúria.
com isso, o metabolismo não ocorre pois todo o Gaiolas metabólicas.
metabolismo precisa acontecer dentro da faixa de pH Tapete higiênico.
fisiológico, causas de acidose e alcalose fazem com que o  pesa o tapete antes, coloca dentro da baia, após uma
metabolismo não ocorra. hora pesa de novo e assim por diante, calculando o
débito urinário.
Pacientes podem estar de 6 a 10x com o fósforo acima do
Sondagem.
valor de referência.
Página 38 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Caixas de areia. DIETA


Fluitoterapia de choque!!!
Restrição de proteína e fósforo.
 cuidado para não causa uma hiper-hidratação ou
 dieta com restrição de proteína porque é metabolizada
edema pulmonar.
aumentando a creatinina e o fósforo.
Fluidoterapia de choque não funcionou?
Diversas dietas comerciais disponíveis.
 repete novamente.
Está hidratado? OUTRAS OPÇÕES
 diurético: invasivo, demanda tempo e risco de
 Furosemida: 2 a 6 mg/kg IV. contaminação alto.
 Manitol: 0,5 a 1 g/kg em 20 minutos.  é uma opção.
 introduz um líquido no peritônio do paciente e o drena,
HIPERCALEMIA faz isso por 24 horas e mensura a creatinina, porém,
0,1 a 0,25 ui/kg o risco de contaminação é alta e é extremamente
invasivo.
 fazer glicose 50% 1 a 2 g/UI de insulina administrada.
indicado apenas para causas onde há
 a insulina regular capta o potássio e o leva para dentro possibilidade de reversão do quadro.
da célula, é a mais usada.
 doença renal crônica não se cura com
1 mEq/kg. hemodiálise.
1 ml/kg IV lentamente  custo elevado!!
 não diminui potássio, neutraliza os efeitos.

CORREÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA  indicada para pacientes que fazem anúria.

Normalmente a fluidoterapia com RL resolve. Prognóstico


Hiperfosfatemica → não resolve!!
Variável.
Se necessário:
Dependente:
 peso x BE x 0,3 = mEq necessários.
 da causa base.
 bicarbonato de sódio 8,4% = 1 mEq/ml.
 da gravidade da azotemia.
 fazer 1/3 lentamente e repetir a gasometria.
 oligúria/anúria.
Paciente desidratado que fez gasometria e está em acidose,
não irá resolver repor bicarbonato, hidrata primeiro, repete
a gasometria e se for necessário, utiliza. É a doença que o animal tem creatinina e ureia elevada
A única forma de resolver é fazer o fósforo ser eliminado, o por mais de 4 meses (azotemia) e provém de algumas
bicarbonato pode ajudar momentaneamente.
causas mais específicas do rim, não estando elucidado o
mecanismo para a ocorrência da DRC.
TRATAR GASTROENTERITE Causas
Vômitos.
Lesões glomerulares.
 se tiver sangramento utiliza-se o sucralfato.
Leptospirose, autoimune, PIF.
Antiácidos.
 leptospirose: causa uma IRA, ocorre uma inflamação
Protetor de mucosa. grave de todo o organismo, a bactéria possui tropismo
Página 39 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

pelo tecido renal, além de ocorrer deposição de Ultrassonografia abdominal.


imunocomplexos na região tubular que leva a uma lesão Rins pequenos, hiperecóicos.
aguda, quando ocorre a cicatrização o néfron perde a
função. Perda de definição cortico-medular.
Obstruções, cálculos, neoplasias. Irregular.
 obstrução: felino é comum, dependendo do tempo Nefrolitíase.
que o animal fica obstruído sem receber o tratamento  pode ser visto no ultrassom.
adequado, pode desenvolver uma doença renal. Anemia arregenerativa.
Rins policísticos (Persas). Hipercalemia ou hipocalcemia.
Displasia renal. Hiperfosfatemia.
 raças predispostas são Shihtzu e Lhasa Apso. Hipocalemia.
Lesões isquêmicas. Urinálise.
 ex. hipotensão durante a anestesia, o aporte  cilindros, células epiteliais.
sanguíneo diminuído causa uma necrose na região e UPC.
posteriormente, fibrose.
Intoxicações. Estadiamento IRIS – International
Renal Interest Sociaty
Fisiopatologia

Ocorre a perda de néfrons e diminuição da taxa de


filtração glomerular (TFG).
Diminuição da excreção de substâncias.
Diminuição da eritropoetina e calcitriol.

Aspectos clínicos

Os sinais aparecem progressivamente com o decorrer do


tempo.
Sinais brandos:
 perda de peso, vômitos intermitentes, poliúria/polidipsia,
hiporexia.
 má condição corporal, pelagem seca e quebradiça.
Estágio 1: paciente que não tem azotemia, a creatinina
 anemia arregenerativa. estará normal.
 o rim está acometido gravemente, com isso, a Sempre que for estagiar o paciente faz a creatinina, UPC
produção de eritropoetina fica comprometida, e aferição de pressão.
decorrente disso, não tem estímulo para a medula
óssea produzir os eritrócitos. Para a aferição de pressão, o ideal é aferir 5 vezes do
mesmo membro em decúbito lateral, descarta o menor e
 rins pequenos e irregulares. maior valor, após isso, faz uma média dos valores
restantes.
Diagnóstico
Tratamento
Azotemia + isostenúria/hipostenúria.
Má condição corporal. Monitoração.
Página 40 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Impedir progressão. As dietas comerciais para doentes renais já são


Correção da sintomatologia. hiperfosfatêmicas, mas também pode utilizar quelantes de
Não tem cura, pois cerca de 75% do rim está afuncional, a fósforo após a alimentação.
função do tratamento é manter uma qualidade de vida ao Se o paciente é renal e chega para o atendimento
paciente. apresentando vômito, diarreia, anorexia e apatia, além
disso, está com fósforo aumentado e com azotemia, mas
FASE INICIAL não está se alimentando, não adianta fazer o hidróxido de
antibioticoterapia de amplo alumínio, pois estará estressando mais. Se o paciente não
espectro com doses altas por 30 dias até 6 semanas. está vomitando ou usa uma sonda esofágico ou
cirurgia. naosesofágica, conseguimos fazer.

Quelante de fósforo apenas se o anima estiver se


 dieta com restrição de proteínas. alimentando.
 iECA. Paciente que come comida caseira, podemos passar por
 inibidores da ECA, entra com esses inibidores para um nutricionista que formula a alimentação de forma
tentar controlar a hipertensão. adequada para o paciente.

FLUIDOTERAPIA
DIETAS
Restrição de fósforo, restrição de sódio e restrição de
3 ml em 500 de fluido. proteína.
 perdas por vômito, poliúria. Alcalinizantes.

HIPERTENSÃO CORREÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA

CORREÇÃO DA ANEMIA
 Benazepril, Enalapril: 0,25 a 0,5 mg/kg PO SID
ou BID **gatos não funciona! cálculo
® → 1 mg/kg SID. para aumentar porcentagem do hematócrito entre 25 a
30%.
 antagonista da angiotensina 2.
100 UI/Kg SC q. 72 horas até normalizar
o hematócrito.
 Anlodipino:  fornecimento de ferro pela via oral.
 O,625 mg/gato SID. O paciente de maneira geral não apresenta anemias muito
 0,1 a 0,25 mg/kg PO SID ou BID. graves, em casos mais graves estará abaixo de 15%, se está

HIPERFOSFATEMIA abaixo de 21% já temos um comprometimento da


oxigenação tecidual, dispondo de mecanismos
compensatórios para que esse oxigênio chegue nos órgãos
vitais, 15% de anemia para baixo pensa na transfusão
 hidróxido de alumínio: 10 a 30 mg/kg PO após sanguínea.
a alimentação.
Página 41 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

O concentrado de hemácias sai mais caro que o sangue Outros comuns: Staphylococcus, Proteus, Klebsiella,
total, o sangue total tem mais proteínas que podem causar Enterecoccus e Streptococcus spp.
reações e sobrecarga, ao usar o concentrado diminuímos São menos comuns em gatos!!
essas complicações. Quando ocorre em gatos pode estar relacionada a:
Aumentar entre 25 a 30% porque se aumentar muito o  diabetes mellitus, Hipertireoidismo, DRC.
hematócrito iremos suprimir o estímulo na medula para a  cateterização (DTUIF obstrutiva).
produção de eritropoetina.  quando tem a doença do trato urinário inferior
obstrutiva em felinos, precisa passar uma sonda e
Eritropoetina administrada a cada 72h e monitora o através dessa sonda pode entrar patógenos idem.
paciente porque esse animal pode ter um choque anafilático  uretrostomias.
pela eritropoetina. Depois da administração da
eritropoetina se fornece ferro.
Micção.
TRATAR GASTROENTERITE  urina por ser mais ácida e passar pelo trato urinário
Antieméticos. inviabiliza o crescimento de bactérias.
Antiácidos. Uretra proximal estéril.
Protetor de mucosa. Imunoglobulinas e glicosaminoglicanos na mucosa, impedindo
a multiplicação bacteriana.
CETOANÁLOGOS Alta osmolalidade da urina e altas concentrações de ureia.
Ketosteril®; outros nutraceuticos.
Quelam o nitrogênio circulante ↓ azotemia.
Estrangúria.
Formam aminoácidos essenciais.
Polaciúria.
Alto custo!!!
Disúria.
Servem como uma proteção para o rim e impedem a
Hematúria.
progressão da doença renal, diminui a azotemia do
Periúria.
paciente além de formar aminoácidos essenciais.
Hiporexia ou anorexia.
Letargia.
Febre.
Grande ocorrência na rotina clínica. Sinais clínicos de azotemia (Pielonefrite**).
Fêmeas castradas e cães idosos são mais afetados. Poliúria/polidipsia (Pielonefrite**).
Patógeno mais comum → Escherichia coli.
Página 42 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Resistência bacteriana.
Diabetes melito → cistite enfisematosa!!
 E. coli; Clostridium spp.
 glicose, proteínas → gás! Procurar causas de predisposição.
No diabetes temos uma complicação maior que é a cistite
enfisematosa, ocorrendo a produção de gás dentro da
Encontrada principalmente associada a endocrinopatias,
bexiga.
DR e distúrbios da micção.
Tratamento prévio com glicocorticoides ou
imunossupressores.
Agente localizado em regiões mais profundas do tecido. Pacientes submetidos a uretrostomia.
Dose subterapêutica de antibiótico.
Resistência bacteriana.

Urocultura:
 cultura + antibiograma.
Pode não ter alterações.
Bexiga espessada. Cistite recorrente?
Dor em região hipogástrica ventral. Pesquisar causas predisponentes.
Distensão vesical em caso de obstruções. Hemograma, bioquímicos.
Sinais de doença renal (Pielonefrite**). Pesquisar alterações anatômicas.
Avaliação prostática.
 sempre deve ser feita.
Anamnese + exame físico.
Pesquisa de doenças endócrinas.
Urinálise: ideal → cistocentese → bacteriúria!
Uretrocistografia retrógrada.
Ultrassonografia.
Urografia excretora.
 espessamento.
Biópsia e cultura vesical → infecções mais profundas!
 sinais de pielonefrite.
Cultura do cálculo.
 divertículos: pequena saliência onde a urina fica retida
na bexiga, essa urina parada vira um ambiente propicio  cálculo de estruvita geralmente tem bactérias
para as bactérias. envolvidas.
 divertículo é possível visualizar pelo US e pelo RX
contrastado dependendo do tamanho.
Página 43 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Ascenção de bactérias do trato urinário inferior (TUI) para


o trato urinário superior (TUS) chegando no rim.
Pode ser aguda ou crônica.
Geralmente as bactérias estão localizadas na medula,
córtex, pelve, epitélio tubular distal.
Resposta inflamatória → lesão renal!

Anamnese, exame físico (febre**).


Urinálise, urocutura e antibiograma.
Exames de imagem.
Biópsia renal?
Terapia empírica inicial para ITU  é uma possibilidade se guiada com o ultrassom.
simples

7 a 14 dias.
Terapia empírica até sair o resultado do antibiograma.
11 a 15 mg/kg TID.
10 mg/kg SID (*apenas cães).
 em gatos pode lesionar a retina.
15 mg/kg BID.

ITU recorrentes e/ou complicadas

4 a 6 semanas.
Correção de fatores predisponentes.
Evitar terapia antimicrobiana empírica.
Terapia empírica – 4 a 6 semanas.
Drogas baseadas no resultado da cultura + antibiograma.
 Enrofloxacina: 10 mg/kg SID (**Apenas cães).
Realizar nova cultura 7 dias após o término da terapia.
 Amoxicilina + clavulanato de K: 15 a 20
Bacteriúria subclínica mg/kg TID.

Tratar apenas pacientes com doenças que causem


imunossupressão ou que estão em quimioterapia.
Reservado.

Favorável.
Comuns em cães.
Menos comuns em gatos.
Página 44 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 gato com obstrução uretral deve ser submetido a  uretra pélvica.


exame de imagem, para verificar se não tem cálculo  osso peniano.
também.
→ radiopacos
 mais comuns!
Cães
→ pouco radiopacos.
Podem gerar obstrução ureteral e/ou uretral.

Gatos Diagnóstico

→ predispostos. Anamnese, exame físico.


→ mais comum. Hemograma, bioquímicos.
 dietas acidificantes de urina. Radiografia abdominal simples.
→ ocorrência crescente.  ambos radiopacos.
 dietas alcalinizantes. Ultrassonografia abdominal.
 hidroureter, hidronefrose.
Sinais clínicos
Tratamento
Hematúria.
Disúria. DIETA DE DISSOLUÇÃO – 3 A 4 SEMANAS
Estrangúria.
Estruvita, urato ou cistina.
Anúria.
Indicado em casos mais leves.
Dor em região hipogástrica ventral.
 cálculos pequenos, pouca quantidade.
Apatia.
Sempre associar um antibiótico.
Hiporexia.
Dietas:
URETEROLITÍASE  Royal Canin Canine, Veterinary S/O.
Dor em região epigástrica/mesogástrica → distensão  Hill’s Prescription Veterinary Diet Canine s/d.
renal.  Royal Canin Feline Veterinary S/O.
 distensão renal pelo desenvolvimento de hidronefrose. Acompanhamento ultrassonográfico ou radiográfico.
Hiporexia, emagrecimento, apatia.
ANALGESIA
Hematúria.
2 a 5 mg/kg TID, QID.
Sinais de azotemia!
Página 45 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

0,2 a 0,6 mg/kg TID, QID. OXALATO DE CÁLCIO

FLUIDOTERAPIA Dietas comerciais secas e úmidas após remoção:


 Canine urinary SO, Feline urinary SO – Royal Canin®.
Quando necessário.
 Canine u/d, Feline u/d Multicare – Hill’s Prescription ®.
REMOÇÃO CIRÚRGICA
ESTRUVITA
Quando não é possível tratamento médico.
Prevenir futuras ITU.
Cistotomia, uretrotomia, ureterotomia, nefrotomia,
nefrectomia. Ingestão de dietas úmidas.
OBS: enviar todos os cálculos para análise!!! Diminuir o pH urinário: Vitamina C 500 mg/animal SID, BID,
TID.
Prevenção



Estudo do funcionamento das glândulas e dos órgãos com
função endócrina. →
É a especialidade médica que cuida do funcionamento das
glândulas e das doenças que as afetam.

 glândulas:
 adrenal, tireoide e pâncreas.
 substâncias produzidas por glândulas →
liberadas na corrente sanguínea e atuam sobre
tecidos-alvo, ligando-se a receptores específicos.
 doenças: hiperadrenocorticismo, hipoadrenocorticismo,
hipertireoidismo, hipotireoidismo e diabete melitus.
Temos as glândulas endócrinas centrais e periféricas. Na tireoide temos hipertireoidismo que é comum em
gatos e o hipotireoidismo comum em cães.
 hipertireoidismo: acelera o metabolismo, sendo um
gato mais magro, ativo.

→  hipotireoidismo: cão é mais letárgico e com
sobrepeso, pode ter alterações dermatológicas e
cardíacas.
→ Adrenais: tem o hiperadrenocorticismo e

hipoadrenocorticismo.
 hiperadrenocorticismo: mais comum o iatrogênico
pelo uso indiscriminado de corticoides, é o mais comum
na rotina clínica.
Página 46 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 hipoadrenocorticismo: tem uma deficiência na A alimentação faz com que aumente a quantidade de
produção de glicocorticoides e mineralocorticoides, glicose sérica, com isso, o pâncreas percebe esse aumento da
precisando ser suplementado, normalmente o animal
concentração de glicose no sangue e estimula as células
chega em emergência.
beta a secretarem a insulina, em contrapartida, devido ao
Pâncreas: deficiência da produção de insulina
feedback negativo, teremos as células alfa sendo inibidas a
desenvolve a diabetes mellitus.
liberarem o glucagon. A insulina secretada se junta com a
glicose sendo encaminhada para o fígado, sendo que o
fígado é composto pelos hepatócitos que na formação de

Rim → renina, eritropoetina. glicogênio e produção de energia.

Tecido adiposo → leptina, resistina e adiponectina. Com isso, ocorre a diminuição da glicose sérica, devido a
 leptina é importante em relação ao sistema esse decréscimo, acontece a inibição das células beta para a
cardiovascular. secreção de insulina e o estímulo das células alfa para a
Coração → peptídeos natriuréticos. liberação de glucagon. O glucagon chega até o hepatócito
realizando a quebra do glicogênio que acarreta na
liberação de glicose.

98% tecido pancreático.


A medula adrenal realiza a produção de
Enzimas digestivas.
catecolaminas.
O córtex da adrenal é dividido em 3 zonas:
2% tecido pancreático. 1. faz a produção de mineralocorticoides –
células beta. aldosterona.
células alfa. 2. cortisol.
3. andrógenos e pequena quantidade
de cortisol.

Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.
Página 47 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tireoide.

Metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos.


Ação catabólica.
Gliconeogênese.
Supressão da resposta inflamatória e imunológica →
predispõe a infecções secundárias.
Propriedade antialérgica.
Inibem a secreção de vasopressina pelo hipotálamo e
atrapalham a sua ação a nível renal.
Estimula o apetite.
Estimula a produção de melanócitos.
Inibe a liberação de gonadotrofinas: FSH e LH.
 dificulta a reprodução.
Sobre outros hormônios: Desenvolvimento fetal.
 inibe a liberação de TSH. Estimula a produção de calor.
 estimula a liberação de Glucagon. Síntese de proteínas e enzimas.
 dificulta a ação da insulina-glicose. Secreção e degradação de hormônios.
Resposta dos hormônios no tecido alvo.
Metabolismo de lipídeos.
Efeito cronotrópico e inotrópico sobre o coração.
Glândula bilobada
Essencial no centro respiratório.
Lóbulos ligados pelo Istmo.
Estimula eritropoiese.
É formada por células foliculares.
Estimula o metabolismo ósseo.
Responsável pela secreção dos hormônios tireoidianos e
tireoglobulina (precursor dos hormônios).

Desconfia de doença endócrina ou renal.


Página 48 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

A produção urinária e a sede são controladas pela


interação entre rins, hipófise e hipotálamo.
produção de urina acima do normal
 normal: 50 ml/kg/dia.
ingestão hídrica acima do normal
 normal: 100 ml/kg/dia.

O primeiro passo para a abordagem é ter a certeza de


que realmente se trata de PU/PD. Sódio em maior concentração no organismo faz absorver
mais água.
 é importante mensurar para considerar uma poliúria e
polidipsia.

O sistema renina-angiotensina-aldosterona  diminuição do volume circulante: aumenta ADH.


também faz parte da regulação, a produção de 
angiotensinogênio pelo fígado e a de renina pelo rim, faz
com que o angiotensinogênio se transforme em  aumento do volume circulante: diminuição do
angiotensina I, após isso, a ECA (enzima conversora de ADH.
angiotensina) converte a angiotensina I em angiotensina II 
que possui inúmeras funções no organismo animal.
Se tem um menor volume de líquido, tem uma maior
→ PU.
secreção de ADH e maior reabsorção de água.
 ADH diminuído não irá reabsorver água, com isso, animal
tem poliúria. Se tem um maior volume de líquido circulante, tem uma

→ PU. menor secreção de ADH e maior excreção de água.

→ PU/PD. Várias são as causas:


→ PU/PD.  renais.
Geralmente a é compensatória devido a  endócrinas (diabetes, hiperadrenocorticismo,
hipoadrenocorticismo.. ).
!!!!
Sempre!!! → URINÁLISE.
Em vias normais:  densidades muito baixas? desconfie de endocrinopatia.
Página 49 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 sempre tem que pedir urinálise, se tem uma densidade Era bastante realizado antigamente, porém é muito
urinária baixa em torno de 1,006 ou 1,010 desconfia trabalhoso.
de endocrinopatias, mas levanta diversos diagnósticos Coloca o paciente em um ambiente controlado ou na gaiola
diferenciais. e retira a água aos poucos até sua retirada completa, 2
Levantar diagnósticos diferenciais: a 3 dias antes o proprietário começa a retirar a água
 cães: DRC, DM, HAC, DIC, DIN, leptospirose, pielonefrite, parcialmente em casa, no hospital retira tudo.
piometra, hipoadrenocorticismo, psicogênica, excesso  o intuito é que o paciente chegue a 5% de
de fluidoterapia, uso de diuréticos ou glicocorticóides, desidratação, quando chega nesses 5% de
dietas pobres em Na. desidratação faz a avaliação.
 gatos: DRC, DM, hipertireoidismo, pielonefrite,
piometra, psicogênica, excesso de fluido, diuréticos e desidratados entre 3 e 10 h e não conseguem concentrar
glicocorticóides, dietas pobres em Na. a urina, mesmo após desidratação grave.
 se desidratou entre 3 e 10h e não está concentrando
a urina, com densidade abaixo de 1,006 é um
diabetes insipidus central ou nefrogênico
Animal ingere muita água e urina demasiadamente primário.
também.
1 a 4 dias para desidratar
 central parcial: <1,020.
Deficiência parcial ou completa da secreção de ADH.
 polidipsia psicogênica: > 1,030.
Se o paciente demora de 1 a 4 dias para desidratar e faz a
urinálise dele, se for central parcial tem a concentração
Primário
urinária chegando até 1,020 porque ainda tem um pouco
Defeito congênito raro estrutural ou funcional dos rins, de produção de ADH, na polidipsia psicogênica consegue
onde não há resposta ao ADH. concentrar a urina porque não está ingerindo água,
 o rim não está funcionando, o ADH está sendo consequentemente tem maior produção de ADH
produzido normalmente, mas não consegue se ligar no
concentrando a urina..
rim.

Secundário Avaliação da resposta a


desmopressina
Inabilidade adquirida em responder ao ADH.
Paciente com doença renal pode desenvolver diabetes Mais fácil e prático, porém o custo é mais elevado.
insipidus nefrogênico secundário. A desmopressina é um análogo ao ADH.
Tutor deverá medir a quantidade de água ingerida por 24
horas de 2 a 3 dias antes, mas deve continuar
PU/PD. mensurando a ingestão hídrica mesmo após o início do
< 1,006, mesmo com desidratação. teste.
Tratar o paciente com desmopressina SC ou conjuntival
de 5 a 7 dias.
O tutor deve continuar mensurando a ingestão hídrica
Teste de privação de água durante esse período e a excreção urinária.
Página 50 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

sugere diabetes
insipidus central. aumento da
mama com consequente aumento na secreção de GH, que
Diabetes insipidus
atua a longas distâncias causando resistência insulínica!
nefrogênico primário.
 a progesterona faz a mama aumentar e aumenta a
 está fornecendo ADH ao paciente, mas o rim não está produção de GH que atua a longa distâncias, causando
respondendo. resistência à insulina, tem hiperglicemia e diabetes, ao
polidipsia retirar esse fator tem a resolução do quadro.
psicogênica.

Central: desmopressina.
Nefrogênico primário: redução de Na; clorotiazida
ou hidroclorotiazida (reduzem o débito urinário).
 pode tentar reduzir a quantidade de sódio do paciente
para conseguir concentrar mais a urina.
 não tem muita resposta a esse tratamento.
Polidipsia psicogênica: comportamental!
 pode ir diminuindo a quantidade de água que deixa
disponível até o animal começar a tomar a quantidade
por completo.
 às vezes apenas os tratamentos comportamentais
não conseguem resolver por completo, podendo utilizar
ansiolíticos ou outros medicamentos. Se tem deficiência de insulina, os músculos, tecido adiposo
e fígado começam a serem utilizados para a produção de
glicose, com isso, tem mais glicose circulante e causa
hiperglicemia.
A hiperglicemia nos rins deixa a urina hiperosmolar
fazendo puxar mais água, ou seja, tem uma diurese
Decorre da deficiência relativa ou absoluta da insulina, osmótica pelo excesso de glicose, resultando em
resultando em hiperglicemia e diversos sintomas desidratação que ativa o centro da sede e o animal tem
sistêmicos progressivos. polidipsia, nos rins tem glicosúria e poliúria que leva a perda
de peso.
Os músculos e tecidos sendo utilizados para produzir mais
Genética, imunomediada, pancreatite, obesidade, doenças glicose acarreta na perda de peso, pela deficiência de
ou fármacos antagônicos à insulina (ex. HAC, insulina teremos agindo no centro da saciedade resultando
glicocorticoides). em polifagia.
 obesidade é um fator de resistência à insulina, Animal tem poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso.
resultando em diabetes.
 pacientes que tem hiperadrenocorticismo (HAC) irão
desenvolver diabetes.
Página 51 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Letargia.
Catarata diabética.
Cetoacidose diabética (CAD).

Sintomatologia.
Hiperglicemia persistente em jejum.
Urinálise: glicosúria**, cetonúrina, proteinúria
 limiar em cães: > 180 mg/dL.
Acima de 180mg/dL atinge o limiar e tem glicosúria, é um Pico de duração é o nadir, quando tem o menor valor de
valor que pode circular de glicose, mas não força o rim a glicemia dentro de uma curva.
eliminar glicose. Paciente desidratado não faz subcutâneo porque a
periferia estará em vasoconstrição, não possuindo uma
 limiar em gatos: > 220 mg/dL (acima de 220 a absorção adequada de insulina.
glicemia em gatos teremos glicosúria). Glargina é mais utilizada em gatos porque é importante a
Pesquisa de fatores causadores de resistência insulínica. insulina permanecer por um período maior por se
alimentar no momento que ele definir.
 hemograma, bioquímicos, urinálise, ultrassonografia.
 é utilizada em caneta e pode ser mantida em
temperatura ambiente.
OBJETIVO: eliminar sintomas secundários a
hiperglicemia e glicosúria, evitar hipoglicemia e a
cetoacidose diabética (CAD).
manter refrigerada (porta da geladeira),
trocar a cada 30 dias.
 sempre verificar a turbidez da insulina, é
esbranquiçada, mas não pode formar cristais ou
alterações na coloração, se esquecer fora da geladeira
não pode utilizá-la, tem que ser descartada.

 ação intermediária: Insulina NPH.


 mais utilizada para tratamento domiciliar. Insulina NPH
 ação rápida e curta duração: Insulina Regular.
Inicial: 0,25 U/Kg a 0,5 U/Kg BID.
 aplica, começa a agir, mas age por um curto
período de tempo. Aferir a cada 2 horas.
 é a mais utilizada em casos de emergência, Efeito máximo: 2 a 8 horas.
cetoacidose diabética ou quando o paciente não Resposta ideal a terapia em alguns dias: reavaliar
está se alimentando. em 5 a 7 dias.
 ação lenta: insulina veterinária Canisulim. Ajustes devem ser feitos de acordo com a resposta de
cada paciente!
 pouco utilizada.
Página 52 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Se começou a insulina hoje, faz a observação inicial da  inicialmente, em cães cuja glicemia permanece alta, não
respostado paciente para ver se a dose não está muito alta e realizar alterações na dosagem nos primeiros 5 a 7
dias → adaptação!
para o paciente não fazer hipoglicemia, de 5 a 7 dias
 instruir o tutor a monitorar de forma adequada o
depois que estiver em insulinoterapia com uma dose
paciente!
constante sem alteração que faz a curva glicêmica.
Monitoração

Uso de glicosímetros em domicilio: amostras


de pina de orelha, mucosa oral, coxins.
Aferir 2 vezes ao dia é suficiente, no início.
Instruir o tutor a confeccionar um diário, para anotar
diariamente:
 glicemia, ingestão hídrica, comportamento..

Frutosamina
Dieta
Resultado da união estável, irreversível e não enzimática
Correção da obesidade. de proteínas plasmáticas com a glicose, formando
glicoproteínas.
 a gordura em excesso é uma causa de resistência à
insulina. Quanto maior a glicemia nas últimas semanas, maior a
concentração de frutosamina e vice-versa.
Dietas ricas em fibras → retardo no esvaziamento Paciente de jejum (hiperlipidemia pode prejudicar a leitura),
gástrico e absorção de nutrientes, a fibra ajuda a solicitar dosagem de albumina (hipoalbuminemia reduz a
controlar a glicemia. concentração de frutosamina).
Dietas comerciais!

Exercícios

Redução de peso = elimina resistência insulínica.


Estimulam a redução da glicemia pelo aumento da
mobilização.
Exercícios esporádicos e extenuantes devem ser evitados
→ hipoglicemia.
 por utilizar demais a glicose e a insulina não consegue
dar conta.
Curva glicêmica
Ajustes na dosagem de insulina
Aferir a glicemia antes da alimentação e da aplicação da
Levar em consideração: insulina.
 exame físico, peso, valores de glicemia pela manhã e Alimentar o paciente.
pela tarde, presença dos sintomas (PU/PD/PF). Aplicar a insulina.
 controle adequado: 80 a 250 mg/dL ao longo do Aferir a cada 2 horas até completar 12 horas.
dia. Nadir: menor valor obtido → indica o pico de ação da
insulina.
Página 53 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

OBS: minimizar estresse do paciente. Curvas em domicilio Deve-se reduzir a dose de insulina em 10 a 25% ou
são mais fidedignas, porém o proprietário precisa saber reiniciar a terapia (0,25 U/Kg) em alguns casos e reavaliar
fazer da forma correta! em 7 dias.
Fornece alimentação e aplica insulina, depois da primeira
aferição faz a aferição da glicemia a cada 2h até
completar 12h, depois de 12h aplica a insulina novamente.
Hipoglicemia.
Persistência dos sintomas.
INTERPRETAÇÃO DA CURVA PARA AJUSTE DE Somogyi.
DOSES Anticorpos anti-insulina.
Resistência insulínica.

Incidência aumentando desde a década de 90.


 aumento da longevidade dos pacientes.
 aumento na procura por cuidados veterinários.
 obesidade!!!
Glicemia mantendo-se > 500 mg/dL. Fatores predisponentes:
Causas variadas:  idade, sexo, obesidade, genética, fármacos, autoimunes,
 pancreatite. pancreatite crônica..
 neoplasias.  gatos mais idosos a partir do sexto ano de idade
tendem a ter diabetes.
 infecções variadas.
 gatos machos idem pela tendência a serem mais
 obesidade. obesos.
remover a causa de resistência  amiloidose pancreática: deposito do amiloide leva a
Paciente em tratamento e está descompensado, podendo perda das células beta da ilhota.
estar ou não em cetoacidose diabética, tem que procurar a
causa da resistência à insulina.
Alteração nas proteínas transportadoras de glicose.
Alteração na síntese de insulina.
Sobredose com consequente hipoglicemia seguida por  o próprio pâncreas não sintetiza de forma adequada
hiperglicemia rebote. a insulina.
 tem sobredose de insulina e consequentemente tem Alteração na secreção de insulina.
uma hipoglicemia seguida de hiperglicemia rebote. Alteração nos receptores de insulina.
 ocorre devido a uma alta dose de insulina. Mais comum é alteração na síntese e secreção de insulina.
Glicemias vão de 400 a 800 mg/dL nesses casos. Nos gatos obesos o mais comum é a alteração nos
Ocorre devido à redução muito rápida da glicemia ou em receptores de insulina.
resposta a glicemias <65 mg/dL
 estímulo da produção de glicose hepática.
PU/PD.
 liberação de epinefrina e glucagon.
Perda de Peso.
 produção de cortisol e GH.
Página 54 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Polifagia. NPH
Neuropatia diabética → andar plantígrado.
Não é a escolha ideal.
 NPH pode ser utilizada devido o preço ser menor do
que a glargina.
Sinais clínicos.
Hiperglicemia + glicosúria. Insulinas de ação longa
Diferenciar de hiperglicemia por estresse:
Glargina e detemir.
 frutosamina.
Assemelham-se a secreção constante de insulina pelo
 minimizar condições de estresse. pâncreas.
 betahidroxibutirato pode estar levemente aumentado.  se assemelham com a secreção constante de insulina
Gato faz muita hiperglicemia por estresse, para diferenciar no pâncreas, o gato tem uma secreção de insulina
pode usar frutosamina que mostra a situação da glicose em constante porque se alimentam por parcelas durante
o dia.
relação a semanas atrás, se a frutosamina der normal a
hiperglicemia é por estresse, frutosamina aumentada a
Glargina: menor risco de hipoglicemia grave.
hiperglicemia vem de algumas semanas, sendo um gato
 dose:
provavelmente diabético.  0,5 U/Kg BID.
 0,25 U/Kg BID.
 dose inicial depende da glicemia do gato.
Página 55 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Dieta.
Exercícios.
Observação constante do tutor.
Resistência insulínica.
Curva glicêmica em gatos é estressante para se fazer no
Hipoglicemia.
consultório veterinário.
Catarata e Neuropatia diabética.

Quando a insulinoterapia pode ser suspensa por, pelo


menos, 4 semanas e as concentrações de glicose
mantêm-se normais e os sintomas desaparecem.  é uma condição de emergência de cães e gatos que
Suspeita-se de remissão quando houver hipoglicemia estão com diabetes, sendo o diabetes descontrolado.
mesmo com doses muito baixas, se a glicemia for < 150 Alterações metabólicas extremas
mg/dL antes da aplicação da insulina ou se a frutosamina  hiperglicemia, acidose metabólica, cetonemia (excesso
der < 350. de corpos cetônicos), desidratação e perda de
eletrólitos.
Ocorre quando há deficiência de insulina somada ao
Fraqueza nos membros pélvicos, dificuldade em se excesso de hormônios hiperglicemiantes (catecolaminas,
locomover, postura e andar plantígrado, atrofia muscular, glucagon, cortisol e GH).
irritabilidade ao tocar nos membros pélvicos.
 várias situações de resistência insulínica, inflamação do
Não há causa conhecida, apenas hipóteses. organismo, obesidade, neoplasias em um animal
controle da glicemia. diabético pode levar a ter a CAD.
Página 56 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Tem a ausência da insulina e com isso tem a quebra dos


triglicérides em ácidos graxos e glicerol devido a lipólise.
O organismo entende que não tem glicose disponível para
ele, paciente diabético inicial faz polifagia, poliúria e
polidipsia e, com isso, o organismo ainda não tem glicose
suficiente porque a insulina não está carreando essa
glicose para a célula, com a quebra muscular e quebra de
lipídios faz com que tenha um excesso de ácidos graxos
livres no organismo. Avaliar o paciente como um todo, com atenção especial
Com isso, ocorre a gliconeogênese, enquanto que a quanto a função respiratória, cardiovascular e renal.
glicogenólise é a estimulação da conversão do glicogênio em Urinálise, gasometria, hemograma, creatinina, ureia,
glicose, principalmente com a lipólise tem ácidos graxos dosagem de eletrólitos.
livres que faz a acilcoenzima A ser convertida em
acetilcoenzima A no fígado. Exames complementares: RX, US, culturas bacteriológicas
Quando tem hipoinsulinemia, a acetil-CoA é convertida em → ajudam a encontrar a causa da resistência insulínica.
ácido acético que é convertido na presença de NADH, após
isso, será reduzido em betahidroxibutirado, o ácido acético
sofre a carboxilação espontânea formando a acetona.
 o betahidroxibutirado consegue ser mensurado por Fluidoterapia
fitas e aparelhos específicos.
Inicialmente NaCl 0,9% para reidratação.
O organismo tem um sistema de tamponamento nas
 após reidratação e a glicemia chegar em torno
situações de acidose, mas começa a ficar esgotado devido
a cetose grande, levando a uma acidose metabólica. de 250 mg/dL → glicofisiológica 5% com o objetivo
de manter a glicemia nesse nível até a estabilização
Paciente com cetoacidose diabética é o que já do paciente.
descompensou
Insulinoterapia

Anorexia, vômitos, prostração, desidratação grave. IM ou IV até que a glicemia atinja 250
mg/dL.
Cetonúria, cetonemia.
 normalmente não utiliza subcutânea devido a
Cetose diabética = paciente apresenta corpos cetônicos
desidratação do paciente.
circulantes, mas está clinicamente bem.
 >10 kg: 0,25 U/Kg na primeira aplicação e depois
0,12 U/Kg a cada hora.
→ acidemia ou acidose metabólica.  < 10 kg: 2 U IM na primeira aplicação e depois 1
U/hora.
Cetonemia.
 após chegar em 250 mg/dL fazer IR na dose de 0,1
Cetonúria. a 0,4 U/Kg a cada 4 ou 6 horas e manter infusão de
Dosagem do betahidroxidobutirato. fluido com glicose para manter a glicemia entre 100 e
 > 1,9 mmol/l → suspeita. 250.
 > 3,8 mmol/l → CAD. Paciente chega com uma glicose muito alta, então faz a
insulinoterapia até diminuir.
A resistência insulínica não advém do nada, sempre tem
uma causa base.
INFUSÃO CONTÍNUA DE INSULINA REGULAR
Página 57 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

1,1 ou 2,2 U/Kg em 250 ml de NaCl 0,9% O paciente está com a insulina regular, mas precisa saber
quando irá fazer a transição para a NPH, só faz a
transição quando o paciente volta a comer.

Prof.º Marcelo Soares

HIPOCALEMIA
Diurese osmótica, diminuição de consumo, vomito e
diarreia.

Normalmente os pacientes estão com hipocalemia, o


potássio diminuído não é interessante principalmente para
a musculatura cardíaca 4-10 anos.
Perde potássio pela alta diurese osmótica, o aumento da Animais castrados.
glicose circulante ultrapassa o limiar de reabsorção renal
e faz glicosúria, com a glicosúria e a urina hiperosmótica Golden, Doberman, Labrador, Cocker, Pastor Alemão.
puxa mais líquido.
Paciente normalmente tem polifagia, mas nessas
condições de CAD o diabetes descompensa muito e faz
anorexia, diminui alimentação e diminui o potássio. Sinais metabólicos
Perde potássio pelo vômito e diarreia. Diminui o metabolismo.
A reposição de potássio muitas vezes é feita de forma Letargia.
empírica, mas quando o paciente tem hipocalemia, tem
.
algumas tabelas de dosagem.
O potássio só pode fornecer até 0,5mEq/kg/h porque  obesidade.
acima disso o paciente morre. Intolerância ao exercício.
Intolerância ao frio.
TRANSIÇÃO PARA INSULINA NPH
 adora o aquecedor, ficar ao sol.
Quando o paciente volta a se alimentar.
Se o paciente já era tratado antes pode-se manter a Dermatológicos
dose, se o fator desencadeante da CAD foi controlado.
Alopecia simétrica bilateral.
Se o paciente foi diagnosticado neste episódio de CAD a
dose da insulina deve ser de 0,5 a 1 U/Kg. Pele ressecada.
Seborréia.
Hiperpigmentação.
Página 58 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Otite recorrente. Testes tireoidianos


Mixedema – pálpebras, bochechas e testa – expressão
trágica. Fatores que afetam o teste:
Uso de glicocorticoides.
Sulfonamidas.
Fenobarbital.
Condicionamento atlético e de treinamento.
Vacinação recente – aumento transitório de anticorpos
circulantes – realizar duas semanas após.
Cardiovasculares

Bradicardia.
Diminuição do pulso femoral.

Oftálmicos

Cegueira.

Neuromusculares

Raros – em fase terminal de doença não tratada.


Confusão mental.
Dificuldade de locomoção.

Paciente tem clínica de paciente eutireoideo, mas o


problema é outro.
Ocorre uma anormalidade na função da tireóide em
pacientes com doença grave.

Principais doenças
Hemograma
Diabete Mellitus.
Anemia não regenerativa (normocítica normocrômica).
Hipo e Hiperadrenocorticismo.
Bioquímica sérica Doença Renal Crônica.
Hepatopatias.
Aumento de: Protusão/extrusão do disco intervertebral.
Triglicérides. Piodermite crônica.
Colesterol.
Enzimas hepáticas.
Página 59 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Levotiroxina sódica Carcinoma folicular.


Carcinoma papilar.
Administrar em jejum, alimentar meia hora após.
Dose: 0,022mg/kg ou 22mcg/kg SID. Distúrbios Hipotalâmicos ou
PURAN T4 – há dificuldade na absorção. Hipofisários
Syntroid.
Raros.
Eutryrox.

Controle do tratamento
Meia idade a idosos: 4-22 anos → 9 anos.
Raça: Siamês e Himalaios.
Animal em jejum, 4-6 horas após a administração do Sexo: fêmeas.
medicamento.
Alimentos enlatados: peixe, fígado e aves.
 revestimento de plástico.

Prof.º Marcelo Soares


Enfermidade crônica. Alguns podem ser considerados normais pelos
proprietários.
Excessiva produção e secreção dos hormônios tiroxina
(T4) e tri-iodotironina (T3) pela tireoide. Aumento do volume da tireóide (SEMPRE PALPAR).
PERDA DE PESO.
O hipertireoidismo causa:
 aumento da taxa metabólica. Polifagia.
Poliúria/polidipsia.
 aumento do consumo de oxigênio.
Êmese.
 redução da resistência vascular periférica.
Hiperatividade-agressividade.
Diarreia.
Dispneia.
Hiperplasia Adenomatosa
Ventroflexão do pescoço.
Multilobular Benigna (98%)
Termofobia → ele adora um ventilador/ar condicionado.
Nódulos Hiperplásicos de 1mm a 2cm de diâmetro. Dermatológicos:
< – único lóbulo da tireóide.  pelame opaco e despenteado.
> – multilobular.  troca acentuada.
 rarefação pilosa.
Adenocarcinoma (2%)  hipertrofia das garras.
Página 60 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Hemograma

Sinais de hemoconcentração.
Leucograma de estresse.

Bioquímica sérica

Aumento de:
Marcadores renais.
Glicemia.
Fosfatase alcalina.

Testes tireoidianos
Cardiovasculares

Aumento da condução cardíaca – HIPERTROFIA.


Taquicardia.
Ritmo de galope.
Arritmia.
Sopro.
HIPERTENSÃO.

COM A EVOLUÇÃO, SEM TRATAMENTO Diabete Mellitus.


Hipertireoidismo apático NEFROPATIAS.
Linfoma gastrintestinal.
1 ano de evolução da doença.
Doença Inflamatória Intestinal.
Ocorre desgaste do organismo.
Hiperadrenocorticismo.
Letargia.
Hepatopatias.
Depressão.
Hipo ou anorexia.
Fraqueza muscular.
Caquexia. Clínico

Não cura, diminui sintomatologia.

METIMAZOL
Inibe a síntese do hormônio tireoidiano.
Pode ser manipulado em “gel transdérmico”.
Aumento da dose a cada 2 semanas.
DOSE: 1,25 a 2,5mg/animal BID.

Efeito colateral
Página 61 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Anorexia e êmese.  envolve glicocorticoides e mineralocorticoides


Alterações hematológicas. (aldosterona).
Prurido facial.
Secundária ou atípica
Hepatopatia tóxica.
Iatrogênico.
Monitoramento
Destruição seletiva das zonas das adrenocorticais.
Aumento do TSH: diminui a dose.
Ocorre diminuição do ACTH:
Diminuição do TSH: aumenta a dose.
 lesão na hipófise ou hipotálamo (raro).

70% fêmeas.
4-12 anos.
Poodle, Rotweiller, Border Collie, Dogue Alemão.
Cirúrgico

TIREOIDECTOMIA.
Curativo.

Iodo radioativo

$$$.
Melhor opção de tratamento.
Deficiência de glicocorticoides

Variável. Letargia.
Iodo radioativo: Fraqueza.
 excelente a longo prazo. Diminuição da tolerância ao exercício.
 melhor modalidade de tratamento atualmente.
Deficiência de mineralocorticoides
Doenças concomitantes → pior prognóstico.
 D.R.C. As principais funções da ALDOSTERONA são: poupar
sódio, cloro e água.
 neoplasias.
Com sua falta teremos:
 perda excessiva de sódio: levando junto água –
DESIDRATAÇÃO.
Prof.º Marcelo Soares
 alteração na função neuromuscular.
 distúrbios na condução cardíaca.
Pouco diagnosticada no cão e no gato.

Primária ou clássica Letargia e depressão.


Perda de peso.
Destruição imunomediada de todas as zonas
adrenocorticais. Hiporexia.
Página 62 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Vômito e diarreia intermitente. Teste endócrino


Fraqueza muscular generalizada.
Desidratação intensa. DOSAGEM DO CORTISOL

Evolução

Sinais de choque moderados a severos:


 fraqueza extrema ou coma.
 hematêmese.
 hipotermia.
 fasciculações musculares.
 hipovolemia.
 aumento de TPC. Interpretação:
 pulso fraco.  cortisol basal < 1,0 μg/dL.
 BRADICARDIA intensa.  cortisol pós ACTH < 1,0 μg/dL.

Corrigir hipovolemia

Fluido de escolha: NaCl 0,9% ou Ringer com Lactato.


Fazer reposição de choque.

Emergência

Prednisona: 0,6-1mg/kg/dia.
Dexametasona: 0,5-2mg/kg IV.
Resultados esperados
Controlar vômito
HEMOGRAMA
Cerenia, Ondansetrona.
Anemia normocítica normocrômica – doença crônica.
Ranitidina, Omeprazol.
Linfocitose e eosinifilia.
Metoclopramida.
BIOQUÍMICOS
Associar antibiótico caso necessário
Azotemia, hipoglicemia, hipoproteinemia e
hipocolesterolemia. Metronidazol, enrofloxacina, amoxicilina + clavulanato.

ELETRÓLITOS Hipercalemia
Hipercalemia.
Hiponatremia e cloremia. ELETRO
Na:K <23 – altamente sugestivo. Fibrilação ou Assistolia ventricular.
Página 63 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

BRADICARDIA severa.
Parada Sinoatrial.

TRATAMENTO

Insulina regular: 0,2UI/kg + Dextrose a 25%.


Gluconato de Ca 10%: 0,5-1mL/kg ou 2-10mL/ cão.

Pivalato de Desoxicorticosterona (DOCP): Hipófise dependente (80-85%)


2,2mg/kg IM ou SC a cada 25 dias.
Micro ou macroadenoma.
Acetato de Fludrocortisona: 0,01mg/kg PO BID.
Prednisona: 0,2mg/kg PO.
Plano terapêutico disponível no Brasil

Acetado de Fludrocortisona alternado com Prednisona.

Prof.º Marcelo Soares

Idade
Iatrogênico
6-12 anos (< 9 anos).
Uso de glicocorticoides.
Raças

Poodle, Daschound, Yorkshire Terrier, Pastor Alemão,


Labrador, Boxer.

Sexo

70% fêmeas.

Peso
Adrenal dependente (15-20%)
<20kg: 70% hipófise dependente.
Adenoma (principal). >20kg: adrenal dependente.
Uma adrenal aumentada e outra diminuída.

Poliúria: há aumento na TFG.


Polidipsia: é compensatória.
Polifagia: há catabolismo.
Página 64 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Abdômen pendular distendido


Reprodutivos
Hepatomegalia.

Intenso catabolismo proteico e muscular: parede abdominal MACHOS


mais fina: telangiectasia.
Atrofia testicular.

FÊMEAS
Dificuldade para entrar no cio.

Tromboembolismo: hipertensão, dislipidemia


e trombocitose.
ITU recorrente.
Hipotireoidismo secundário reversível: pois o cortisol
o TSH.
Hemograma pode apresentar:
 leucocitose por:
 neutrofilia.
leucograma de
Fraqueza muscular  linfopenia ou citose.
est resse
 eosinopenia.
Intenso catabolismo proteico e muscular.
Intolerância ao exercício.

Sinais respiratórios

Ação direta do cortisol sobre o sistema respiratório.


Catabolismo muscular.
Pode causar dispneia.

Sinais cutâneos

Alopecia simétrica bilateral.


Pele fina e sem elasticidade.
Hiperpigmentação: estimulo dos melanócitos. Achados comuns
Comedos.
HEMOGRAMA
Leucograma de estresse.

BIOQUÍMICOS
Creatinina aumentada, ureia diminuída.
Letargia Aumento de enzimas hepáticas: FA principalmente.
Página 65 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

URINÁLISE Não tem efeito colateral nas primeiras 6 semanas.


Se paciente não melhorarou tiver piora com o
Densidade <1.015.
tratamento: aumentar a dosagem em 20%.
Glicosúria e proteinúria.
Se causar azotemia e aumento de K: dose excessiva.
ULTRASSONOGRAFIA
O teste controle deve ser realizado 6 semanas após iniciar
Avaliar tamanho e forma das adrenais. o tratamento.
Metástase. Controle a cada 3-4 meses.
Avaliação hepática completa. Teste para controle: ESTIMULAÇÃO COM ACTH.
Pâncreas.
CONTROLE
Teste endócrino

DOSAGEM DO CORTISOL
Animal deve estar em jejum de 8 horas.
Ter recebido a dosagem de trilostano 4-6 horas antes de
vir a clínica.
Aplicar o ACTH.
Uma hora após coletar o sangue.
Aproveitar e dosar eletrólitos, marcadores renais e
hepáticos.

INTERPRETAÇÃO
<2 (diminuir a dosagem de 20-30%).
2-7,2 (mantém tratamento).
>7 (aumentar a dosagem de 20-30%).
Apenas não haverá mudança na dosagem se K estiver
aumentado!
Trilostano
Outras opções de tratamento
Inibe a cadeia de síntese do cortisol, através da inibição da
esteroidogenase.
MITOTANO
Dosagem: 2-7mg/kg BID ou SID.
 cães com < 20kg: 3mg/kg SID. É adrenocorticolitico.
Fazer de ataque: 25mg/kg BID – máximo 8 dias.
 cães >20kg: 1mg/kg SID.
Manutenção: 50mg/kg/semana, divide a dose em 3-5
dias.
 exemplo: animal de 10kg.
 10x50= 500mg/5 dias: 100mg por dia, por 5 dias na
semana.

ADRENALECTOMIA
Página 66 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Para HAC adrenal dependente. Dieta terapêutica: comercial ou encaminhar para


nutricionista.
Fazer estadiamento do tumor antes da cirurgia – raio-x
de tórax, ultrassom ou tomografia de abdômen. Tratar complicações secundárias:

Fazer avaliação cardiológica para risco anestésico e  dislipidemia.


cirúrgico (ECO, PAS e ECG).  trombocitose.
Corre-se o risco de acabar em nefrectomia – metástase.  hipertensão.
 infecções do trato urinário: sempre com urinálise,
cultura e antibiograma.
 lesões de pele associadas.

Hematose.

Inspiratória.
Expiratória ou mista.
Restritiva.
Entrada e saída de ar.
 em vias aéreas superiores tem a entrada e saída do
ar, o pulmão faz a hematose que é a troca de gás
carbônico por oxigênio no alvéolo.
Obstrução das vias aéreas superiores
Página 67 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Pensa em vias aéreas superiores porque o paciente tem Doenças pulmonares.


dificuldade de inspirar.  dispneia expiratória ou mista.
 inspiratória é raro.
Doenças das narinas e cavidade nasal.
Doenças da faringe. Características
Doenças da laringe.
Frequência respiratória normal ou pouco elevada.
Doenças da traqueia cervical.
Aumento do esforço expiratório.
Calor, ansiedade e exercício: aumenta a obstrução das Expiração mais lenta.
vias aéreas em conjunto com um aumento do esforço,
decorrente disso aumenta a pressão intraluminal que Aumento dos movimentos abdominais.
aumenta a obstrução, se tornando um ciclo vicioso. Ruídos anormais na expiração.

Características
Paciente não consegue trazer tanto ar para dentro e
Narinas dilatadas na inspiração.
expirar muito o ar.
Boca aberta.
Frequência respiratória normal ou pouco elevada. Doenças da cavidade pleural, peritoneal, musculatura
intercostal ou diafragmática (dispneia inspiratória).
Inspiração lenta.
 padrão respiratório restritivo.
Maior amplitude respiratória.
Aumento dos movimentos abdominais. Características
Ruídos anormais na inspiração.
Aumento da frequência respiratória.
MUITO GRAVE Diminuição da amplitude torácica.
Posição ortopneica. Muito grave.
 animal sentado ou em esternal.
 pescoço estendido.
 membros torácicos abduzidos. Narinas.
Cavidade Nasal.
Laringe.
Traqueia Cervical.

Diagnóstico diferencial

Obstrução das vias aéreas inferiores


Trauma.
Doenças da traqueia torácica e brônquios. Corpo estranho.
 dispneia expiratória.
Página 68 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

SECREÇÃO NASAL Componentes clássicos


Estenose de narinas.
Diagnóstico diferencial
Palato mole alongado.
Virose.
Sáculos laríngeos evertidos.
 complexo respiratório felino, cinomose.
Rinite alérgica/bacteriana (a rinite bacteriana geralmente Alterações concomitantes comuns
é causada pelo abscesso da raiz dentária). Hipoplasia de traqueia.
Rinite fúngica. Colapso ariepiglótico.
Neoplasia. Outros achados
 TVT nasal, normalmente machos, tem a neoplasia em
Colapso de traqueia, laringe, epiglote, eversão das tonsilas.
cavidade nasal.
Corpo estranho.
Epistaxe.
 erliquiose, uremia, coagulopatia, trauma,
anticoagulantes.

Massas
Obstrução.
 tumores nasais.
Diagnóstico diferencial
 pólipos.
 criptococose.
Massa na cavidade nasal causa obstrução, podendo ser Estenose.
por tumores nasais, pólipos ou criptococose pela inflamação Corpo estranho.
grave. Trauma.
Neoplasia.
Infecção.
 viral, bacteriana, parasitária.
Diagnóstico diferencial
COLAPSO DE TRAQUEIA
Comum na rotina clínica de pequenos animais.

Neoplasia/ . Definição
Trauma. Estreitamento do lúmen traqueal devido ao
enfraquecimento dos anéis cartilaginosos, do excesso da
Corpo estranho.
membrana traqueal dorsal ou ambos.
Sons/vocalização: ronco.
Gravidade
SÍNDROME BRAQUICEFÁLICA 4 graus.
Página 69 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

1. Leve.  aumento da musculatura – broncoespasmo.


2. Moderada. Fibrose na fase crônica.

3. Grave. Tem inflamação de mucosas e maior produção de muco,


com isso, tem aumento da atividade muscular causando
4. Severo/muito grave.
broncoespasmo, a longo prazo causa fibrose na fase
Epidemiologia e etiologia crônica.
Secundária a Síndrome Braquicefálica Canina ou obstrução
traqueal. SINAIS CLÍNICOS
Sinais clínicos Tosse, crises de dispneia expiratória → piora quando
Tosse alta e seca, crônica, reflexo de tosse aumentado ansioso, estresse, alérgenos, aumenta frequência
(desencadeada por ansiedade, calor, estresse, coleira) respiratória, sibilos, crepitações.
 inflamação e alteração da mucosa. Ausência de sinais clínicos entres as crises.
Estalo no final da inspiração.  normalmente, durante as crises os sinais são mais
evidentes.
Sibilos inspiratórios.
Bronquite canina

Bronquites agudas x bronquites crônicas.


Traqueia.
 na bronquite crônica já tem fibrose dos brônquios, com
Brônquios. isso, tem menor hematose e maior dificuldade de fazer
Pulmão. a troca gasosa.

RESENHA
Colapso de traqueia. Raças pequenas, adulto-idoso (endocardiose, colapso de
Estenose. traqueia).
Trauma.  adulto-idoso precisa pensar nos diferenciais por ser
comum endocardiose e colapso de traqueia nos
Corpo estranho. pacientes mais idosos.
Neoplasia.
Infecção. ETIOLOGIA
Idiopática.

SINAIS CLÍNICOS
Bronquite crônica.
Bronquite (asma) felina. → crises, sibilos e crepitações (calor, estresse,
Bronquite alérgica. alérgenos, infecção bacteriana), sem alterações
sistêmicas.
Bronquite canina.
PATOGENIA
Bronquite (asma) felina
Idem outras bronquites.
PATOGENIA Crônicas → alterações irreversíveis: fibrose,
bronquiectasia.
Inflamação:
 aumenta mucosas e muco.
Página 70 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Pneumonia. Anestesia.
Edema pulmonar. Doença neuromuscular: ↓ consciência.
Tromboembolismo pulmonar. Alimentação forçada.
Neoplasia. Sondas de alimentação em traqueia.
Contusão pulmonar.
Edema pulmonar
Fibrose pulmonar.
Vermes.
ETIOLOGIA
Pneumonia ICC esquerda, neoplasias, tromboembolismo, hidratação
excessiva, toxinas inaladas, veneno de cobra, erliquiose,
DEFINIÇÃO uremia, choque elétrico, trauma, convulsão, sepse,
pancreatite..
É a infecção do pulmão, o pulmão pode sofrer pneumonite
também que é a inflamação do pulmão. SINAIS CLÍNICOS
Paciente com síndrome urêmica pode desencadear a
inflamação do pulmão (pneumonite), essa inflamação pode
Crônicos progressivos
deixar mais susceptível a infecções. Dispneia expiratória, intolerância ao exercício, tosse,
edema → crepitação, efusão pleural/pneumotórax,
DOENÇAS PREDISPONENTES silêncio, sinais sistêmicos, linfonodomegalia, osteopatia
hipertrófica.
Bronquite crônica.
Neoplasia, corpo estranho, imunodepressão (fármacos, Tromboembolismo pulmonar
desnutrição, estresse, DM, HAC, cinomose, FIV).

ETIOLOGIA ETIOLOGIA

Bacteriana – Staphylococcus, Streptococcus, Coagulo, bactérias, gordura, neoplasias, parasitas.


Bordetella, E. coli, Pseudomonas, Pasteurella. .  mais comum que seja por coágulo.
Fúngica – inalação. PATOGENIA

SINAIS CLÍNICOS Amplo sistema vascular capilar de baixa pressão.


Obstrução pelo êmbolo.
Tosse, secreção nasal (geralmente bilateral), intolerância
ao exercício, sibilos, crepitação, dispneia O sangue passa por uma velocidade menor do que o
expiratória/mista, sinais sistêmicos. restante do corpo, ao associar com fatores desencadeantes
de trombo teremos sendo formados nessa região capilar,
Pneumonia aspirativa
sendo mais fácil de estagnar nesses locais por não ter uma
pressão forte para empurra-lo.
ETIOLOGIA
Ocorre de forma aguda. FATORES PREDISPONENTES

FATORES PREDISPONENTES Dano endotelial vascular sistêmico (CID).


Estase sanguínea, hipercoagulação.
Êmese/regurgitação (megaesôfago).
Fenda palatina/fistulas broncoesôfagicas. SINAIS CLÍNICOS
Após correção cirúrgica de paralisia de laringe.
Página 71 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Taquipneia e dispneia hiperaguda, letargia, crepitações e


sibilos, choque, morte súbita.

Alérgenos, contactantes.
Trauma, êmese/regurgitação.
Vermifugação/vacinação.
Doença predisponente.
 cardiopatia, magaesôfago.
 neoplasia, outras.
1º passo.

Fêmeas: gestação, piometra.


 fêmeas com aumento de volume abdominal tem como
diferencial a gestação e piometra.
Jovens: doenças infecto-parasitárias, síndrome dos
Inspeção
braquiocefálicos, bronquite alérgica felina, pólipos, linfoma
mediastinal. Narinas, faringe/laringe (mucosas).
Idosos: bronquite crônica, colapso de traqueia, edema Padrão respiratório.
pulmonar cardiogênico, neoplasias pulmonares.
Auscultação
Tosse
Determinar a fase do som.
Alta, grave, paroxística: inflamação das vias aéreas. → nasofaringe,
 paroxística: desaparece. → laringe/traqueia.
Colapso traqueal: grasnar de ganso, induzida por → traqueia/brônquio.
palpação (reflexo da tosse positivo).
→ cavidade nasal/traqueia/brônquios.
Baixa, noturna: cardiopatia.
→ pulmão.
→ dispneia e taquipneia.
→ doença da cavidade pleural.
 efusão, pneumotórax, hérnia, massas.
Página 72 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Localização da Exames Hidratação.


 oral, IV.
doença complementares
Cavidade nasal RX, TC, RM, rinoscopia,
biópsia, swab, lavado, NACL 0,9% +:
rinotomia.  broncodilatadora: albuterol, terbutalina.
Faringe/laringe Laringoscopia, RM, US,  cão: 2,2 mg/animal TID.
biópsia.
 gato: 0,62 mg/animal BID.
Traqueia/brônquios RX, fluoroscopia, RM,
traqueo/broncoscopia, Mucolítico:
lavado T/BA, biópsia.  acetilcisteína (10 mg/kg BID).
Cavidade RX, US, toracocentese, Antibiótico:
pleural/peritoneal biópsia  gentamicina (2 mg/kg TID).
Nebulização faz por uns 15 min por umas 3 vezes ao dia
dependendo da condição.
Feito em todo paciente!
Repouso, ↓ estresse, ↓ exercício, ↓ calor.
Oxigenioterapia.
Sedação.
Broncodilatadores: Exercício/tapotagem.
 bronquites, colapso de traqueia.  tapotagem ajuda que a secreção desgrude da parede
do pulmão para ser eliminada.
 pneumonia, edema pulmonar (o ideal para edema
pulmonar é oxigenioterapia e furosemida).
 Terbutalina – SC, IM, IV ou VO (0,01 mg/kg ou
0,025 mg/kg).
 Aminofilina/teofilina – IV ou VO (10 mg/kg cão,
0,6 mg/kg gato).
 Adrenalina – IM (0,1 – 0,2 mg/kg).
Expectorante/mucolítico.
Dieta, limpeza das narinas.
 Bromexina (Bissolvon®).
Manejo da hiporexia.
 Acetilcisteína (Fluimucil®).
Supressor da tosse
 colapso de traqueia.
 bronquites.
 Destrometorfano (Silencium®).
 Butorfanol (turbogesic®).
 Hidrocodona (vicodin®).
 Codeína (belacodid®).
Página 73 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Clotrimazol tópico e itraconazol oral (10 mg/kg SID).


 aspergilose, criptococose.

Aspirina – 5 mg/gato a cada 48 – 72 horas.


Clopidogrel – dose inicial: 75 mg/gato/dia
Gatos utiliza a prednisolona. Manutenção: 18,75 mg/gato/dia.
Heparina.
 100 – 200 UI/kg IV → de 50 – 200 UI/kg SC QID.
Bronquite – BID.
 100 UI/kg IV → de infusão continua de 600
 Proprionato de fluticasona (Seretide®).
UI/kg/dia.
Instruir o proprietário a comprar o espaçador infantil,
 100 – 200 UI/kg SC TID.
aperta o medicamento e deixa o paciente inspirando por
uns 10 movimentos respiratórios ou 10/15 segundos.

Atelectasia: pneumonia, edema pulmonar, fibrose


pulmonar.
Edema pulmonar
Furosemida: 2 – 5 mg/kg IV BID-QID. Cirurgia: síndrome braquicefálica canina, paralisia da
Nitroglicerina: 5 mg, 10 mg ou 15 mg. laringe, colapso de traqueia, estenose, corpo estranho,
obstruções, neoplasias, pneumotórax.

Efusões pleurais, pneumotórax.


Rinite alérgica.
Bronquite (asma) felina, bronquite crônica.
Pó, mofo, bolor, lavagem de tapetes, cortinas, ar
condicionado, purificadores de ar, evitar plantas
produtoras de pólen.

Entra entre a 7 a 9 costela no espaço intercostal do lado


direito, entra perpendicular. O objetivo é estabilizar o paciente.
Acopla um escalpe com uma torneira de 3 vias e conecta Sombra e ventilação, evitar o calor.
um equipo até um recipiente para descartar a efusão, Evitar o estresse e sedar, se necessário.
tudo feito de maneira estéril.
Oxigênioterapia ambulatorial.
Introduz com a parte fechada da torneira de 3 vias o
 fluxo/máscara.
escalpe, depois abre a torneira para a seringa, puxa o
líquido pela seringa e joga fora a efusão.  capacete.
 caixa.
Preparar material de emergência.
Página 74 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Canular.
Liberar vias aéreas.
Oxigênioterapia no internamento.
 cateter nasal.
 gaiola de oxigênio.
 intubação traqueal.
 ventilação mecânica. Toracocentese.
 doenças neurológicas, paralisia torácica, edema  fazer antes dos exames complementares.
pulmonar.  não levar o paciente para fazer exames de imagem
antes de estabiliza-lo.

sangue por meio do enchimento passivo (cerca de


65% do enchimento do ventrículo ocorre dessa forma, ou
seja, sem contração, apenas por diferença de pressão).
Conforme o ventrículo vai enchendo a valva se fecha, mas
ainda tem sangue vindo para o átrio, com isso, o átrio
contrai e termina de completar o enchimento do
ventrículo.
As fibras musculares do coração se contraem de vários
lados, se retorce em torno do seu próprio eixo fazendo o
sangue chegar no organismo.
A pressão que as câmaras esquerdas tem que fazer é
maior que a pressão das câmaras direitas, pois o lado
esquerdo tem que bombear o sangue para todo o
organismo, o lado direito contrai com uma força menor
porque o sangue tem que chegar apenas até o pulmão.
No átrio esquerdo tem chegando as veias pulmonares com
o sangue oxigenado do pulmão, esse sangue segue pelo Embora tenha essa diferença de pressão, o volume de
átrio esquerdo passando pela valva mitral e chegando no sangue dentro das câmaras será o mesmo.
ventrículo esquerdo, no ventrículo esquerdo prossegue
para a aorta e é encaminhado para o organismo.
O sangue ao passar por todo o organismo e o oxigênio ser
distribuído, esse sangue volta para ser oxigenado
novamente pela veia cava cranial ou veia cava caudal, esse
sangue chega no átrio direito e da mesma forma passa
pela tricúspide chegando no ventrículo direito, do
ventrículo direito segue através da artéria pulmonar, o
sangue que não está oxigenado passa pela artéria
pulmonar indo até os pulmões fazendo a hematose.
O sangue quando chega pelas veias pulmonares no átrio
esquerdo a valva mitral estará aberta e o sangue passa
diretamente para o ventrículo, enchendo o ventrículo de
Página 75 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

O traçado eletrocardiográfico é uma linguagem que


mostra como está a atividade elétrica do coração.
O nó sinusal acima do átrio direito é responsável por
formar o estimulo elétrico e mandar para todo o coração
para que se contraia.
Saindo do nó sinusal temos outros feixes chamados de vias
internodais que levam para o átrio esquerdo e átrio direito
o estímulo.
Ao chegar no nó atrioventricular teremos um retardo do
estímulo elétrico para depois mandar através do feixe de
His atingindo todo os dois ventrículos.
Essa direção é chamada de D2, a D2 é olhada com mais
frequência por ser a mais fisiológica do impulso elétrico,
→ sugere sobrecarga de átrio
com esse impulso elétrico tem o traçado
eletrocardiográfico. direito.
 a onda P se estiver com a amplitude (altura) aumentada
sugere uma sobrecarga do átrio direito porque está
demorando mais para atingir todo o tecido cardíaco,
provavelmente o átrio direito estará aumentado.
→ sugere sobrecarga de átrio
esquerdo.
 se a duração estiver aumentada sugere uma
sobrecarga do átrio esquerdo.

Temos a onda P, o complexo QRS, onda T. → sugere


O coração gera um impulso elétrico que tem uma linha de sobrecarga de ventrículo esquerdo.
base antes da onda P, o coração gera o impulso e  no complexo QRS tanto o aumento e duração da onda
despolariza o nó sinusal, essa despolarização atrial mostra uma sobrecarga do ventrículo esquerdo.
no nó sinusal forma a onda P, por isso é menor.
Da onda P até o complexo QRS tem outra linha base que
é o tempo que o impulso elétrico chegou no nó → sugere sobrecarga de ventrículo
atrioventricular que segura o impulso para mandar para direito.
os ventrículos, com isso, tem uma vertente positiva
formando o complexo QRS.
Depois que forma o complexo QRS tem a onda T que é a → sugere distúrbio eletrolítico ou
repolarização ventricular, a repolarização atrial
hipóxia do miocárdio.
normalmente está acontecendo no mesmo tempo que o
 onda T não pode ser maior que 25% da onda R
QRS, por isso a onda não aparece.
porque se for maior sugere um distúrbio eletrolítico ou
O complexo QRS é despolarização ventricular. hipóxia do miocárdio.
O eletrocardiograma é usado apenas para diagnóstico de
arritmias, não mostra aumento de câmara, mas sugere
que tenha.
Página 76 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Doença: paciente com doença no coração o animal é


cardiopata.
Volume dentro do coração antes da diástole. Insuficiência: se tem uma perda de função do coração
 diástole: relaxamento do coração. ele será insuficiente, sendo a insuficiência cardíaca.

Força do coração para ejetar o volume. DC: FC (frequência cardíaca) x VS (volume sistólico).

Volume ejetado por minuto. PA: DC (débito cardíaco) x RVP (resistência vascular
periférica).
 é estimado visualmente com outros sinais, a
mensuração é somente a nível de pesquisa.

aumenta a frequência cardíaca.


diminui a frequência cardíaca. Tônus simpático.
 tem um aumento do tônus simpático que aumenta a
frequência cardíaca do paciente.
aumenta contratilidade. Mecanismo de Frank-Starling.
diminui contratilidade.  diz respeito que quanto maior o volume dentro do
coração mais forte será a contração do coração.

ADH.
SRAA.
Página 77 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Quando tem alguma doença cardíaca, por exemplo, a tônus simpático e frequência cardíaca, com isso, aumenta
endocardiose de valva mitral, tem um refluxo do sangue a contratilidade, os mecanismos cardíacos e o de Frank
do ventrículo para o átrio, esse pouco sangue que volta Starling, acarretando no aumento do débito cardíaco e
fica no átrio e do ventrículo o sangue que segue para o pressão arterial.
organismo não é o mesmo volume que esperado, com isso, Tem o ADH circulando, com isso, tem uma menor perfusão
o organismo sente que o débito cardíaco caiu e começa a renal e ativação do SRAA que faz a vasoconstrição
agir de alguma forma, com isso, o rim começa a agir. periférica levando ao aumento do tônus simpático,
O rim começa a produzir renina no aparelho frequência cardíaca, contratilidade, débito cardíaco
justaglomerular que faz com que o angiotensinogênio se resultando em uma maior retenção de água no organismo.
transforme em angiotensina I que é transformada em Paciente com insuficiência cardíaca, como o organismo
angiotensina II pela ECA que é produzida nos rins e está tentando manter o órgão funcionando de uma
pulmões, a angiotensina II aumenta a atividade simpática, maneira adequada, o proprietário não perceberá os sinais
aumenta reabsorção de cloro, sódio, aumenta a excreção clínicos em casa ficando por muito tempo os mecanismos
de potássio e retenção de água. ativados, com isso, o animal ainda tem uma menor ejeção
Além disso, vai no córtex da adrenal e estimula a produção de sangue para o organismo aumentando a pressão
de aldosterona que aumenta a reabsorção de água idem, diastólica nos ventrículos e átrios e aumento da pressão
faz vasoconstrição das artérias e estimula a produção de hidrostática, resultando em congestão e em ICC esquerda
ADH que aumenta a reabsorção de água. ou direita.
No primeiro momento é um mecanismo compensatório que Cães de grande porte tem mais ICC direita e cães de
o organismo entende que está faltando volume. pequeno porte mais ICC esquerda.
Vasoconstricção periférica.

Coração insuficiente tem a diminuição do débito cardíaco e


pressão arterial, a partir desse momento aumenta o
Página 78 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

está prejudicado o sangue começa a congestionar


antes de chegar no átrio direito, chegando o sangue
no fígado, baço e o paciente pode ter até edema de
membros.
Síncope.
 quando o paciente tem menos oxigênio circulando ou
paciente com comunicação interventricular ou
Miocardites: inflamação da musculatura cardíaca. interatrial, sendo que o sangue não oxigenado troca
de lado indo para o organismo, ao chegar no encéfalo
PDA: persistência do ducto arterioso.
causa síncope.
CIV: comunicação interventricular ou comunicação
interatrial.
Endocardiose são casos crônicos, endocardite é uma
inflamação/infecção, sendo mais grave e mais complicada Resenha.
de tratar.  pacientes mais idosos tem as doenças mais crônicas,
Na ICC esquerda crônica faz com que o paciente tenha como a endocardiose.
uma ICC direita, pois se está tendo uma congestão das Anamnese.
veias pulmonares, a congestão estará no pulmão e, a Sinais clínicos.
artéria pulmonar, está tentando levar sangue para ser
oxigenado no pulmão. Exame físico.
Radiografia de tórax.
Eletrocardiografia.
Aumento da frequência cardíaca no exame físico.  se o paciente tem distúrbio de ritmo ou como um
exame pré-anestésico, principalmente em pacientes
Tosse. idosos.
 tosse principalmente noturna, o mecanismo da tosse é Ecodopplercardiografia.
que tem um aumento de átrio, principalmente de átrio
esquerdo que comprimi o brônquio esquerdo e o animal
tosse, mas essa tosse é noturna porque o paciente ao
se deitar comprime mais e tem mais tosse.
Cianose.
Caquexia.
 o coração é um órgão que demanda energia, quando
não está funcionando direito o organismo joga mais
energia para o coração.
Cansaço.
Ascite.
 ascite em casos de ICC direita, pensa que o sangue
está seguindo para a cava, se o coração do lado direito
Página 79 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

A: são as raças predispostas.


 ex. Maine Coon que é predisposta a ter cardiomiopatia
hipertrófica, apenas por ser dessa raça tem essa
predisposição.
B1: ausculta o sopro, mas não tem o remodelamento
cardíaco, esse remodelamento cardíaco é o aumento do
átrio esquerdo ou do direito quando faz o ecocardiograma
e o RX.
B2: paciente com sopro e remodelamento, é o paciente
que começa a tratar dependendo da doença.
C: o Ca é o paciente que precisa ficar internado e está
mais grave, o Cc pode ser tratado em casa.
D: diz respeito a pacientes refratários, são os pacientes
que já foram classe C, receberam o tratamento, mas não Genética
obteve efeito.
Raças de porte grande: Doberman, Fila, Boxer.
O coração do Teckel é maior na imagem, não
necessariamente é dilatado.

Nutricional
Ocorre a dilatação das câmaras cardíacas, o coração não
consegue contrair corretamente. Deficiência de taurina em gatos.
Na imagem do ecocardiograma visualiza as câmaras  gatos antigamente tinha a CMD pela deficiência de
dilatadas e com uma contração inadequada, com o débito taurina, atualmente pelo aumento da utilização das
cardíaco diminuído. rações comerciais e sua melhoria não é visto mais em
gatos.

Tóxica

Uso de doxorrubicina.
Página 80 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 pelo uso de doxorrubicina que é um quimioterápico, se


o paciente tem um protocolo de doxorrubicina precisa
fazer antes da primeira sessão um ecocardiograma
base e a cada 3 semanas precisa de um novo
ecocardiograma para verificar se está ocorrendo
toxicidade a doxorrubicina.

Caquexia.
Ausência de pulso ou pulso fraco.
Fibrilação atrial.
 esses pacientes tendem a ter fibrilação atrial devido ao
tamanho do átrio e a perda das funções das fibras.
Tratamento da ICC.
Presença de complexos ventriculares prematuros – VPC.
 não ter o Q e o S é normal em cães e gatos, a onda
Q pode ser negativa, positiva ou bifásica.
 no VPC tem ausência de onda P e um complexo QRS
largo.
Sopro em foco mitral e tricúspide, geralmente até grau É a mais comum.
III/VI. No coração tem uma hipertrofia grave generalizada, mas
 o sopro não é muito audível. não são todos os casos assim, geralmente tem hipertrofia
septal ou da parede livre.
ICC direita e esquerda.
A hipertrofia septal pega a região que o sangue passa
 pode ter ICC esquerda ou direita porque afeta o para passar para a aorta, com isso, esse sangue ao
coração como um todo. tentar ser ejetado irá reverberar na hipertrofia septal
Paciente tem tosse, caquexia, pulso fraco ou ausente porque auscultando um sopro.
o coração não está contraindo adequadamente.

Radiografia.
Ecocardiografia.
Eletrocardiografia.
Página 81 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Radiografia torácica → edema pulmonar, efusão pleural.


 edema pulmonar em gatos é difuso.
Maine coon, Persa, Ragdoll.
Ecodopplercardiografia.
Tromboembolismo → bifurcação das ilíacas.
Doença genética sarcomérica.  tromboembolismo causa ausência de pulso e estarão
gelados, se perfurar os coxins desse animal não sairá
sangue, podendo chegar com paraplegia de membros
inferiores.
Disfunção diastólica.
Hipoperfusão coronariana → áreas de fibrose.
ICC → edema pulmonar difuso.
Tem disfunção diastólica e hipoperfusão coronariana, atrás
da valva aórtica tem a entrada de sangue que faz a
perfusão do coração, se isso não ocorre teremos áreas de
fibrose no coração.

Tromboembolismo

Tratar ICC Analgesia.


Cuidados intensivos.
Com exceção do enalapril. heparina SC, Clopidogrel.
 trata com exceção do enalapril que é inibidor da ECA
porque o gato produz angiotensina 2 de outras fontes. Promover circulação colateral.
1 a 2 mg/kg.  cães e gatos possuem vasos sanguíneos inativos,
quando ocorre um quadro de tromboembolismo espera
alguns dias e vai estimulando os membros, pois essa
Melhorar a disfunção diastólica circulação colateral parada começa a ser ativada,
podendo fazer com que o animal volte a caminhar.
Atenolol (cronotrópico negativo).
Prevenir o aumento do trombo.
Página 82 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Presença de Smoke: riscos de ter mais trombos


deslocados.
 Smoke são vários trombos no átrio esquerdo parados
prontos para sair.

É uma doença crônica que aparece com o tempo e causa


a degeneração valvar, essa valva não se coapta (fecha) Tem a degeneração da valva, com isso, o sangue volta para
adequadamente, a valva tem como função fechar o átrio e esse átrio está recebendo mais sangue que está
evitando um refluxo de sangue para dentro do átrio. voltando e das veias pulmonares, devido a isso, começa a
Pelo fato de a valva ficar degenerada não se fecha dilatar, por isso tem o aumento do átrio esquerdo que faz
adequadamente, com isso, o sangue volta para o átrio e uma compressão do brônquio principal esquerdo.
tem uma diminuição da pré-carga e do débito cardíaco, O débito cardíaco irá diminuir e o organismo ativa os
iniciando os mecanismos compensatórios. mecanismos de compensação, com isso, tem a ICC
esquerda e edema pulmonar.

Tosse.
Sopro em foco mitral.
Cansaço.
Cianose.
ICC esquerda.
O PAM 345, tem no 3º EIC o foco pulmonar, no 4º
o aórtico e no 5 o mitral, do outro lado sente o
choque de ponta, ou seja, sente mais forte o
75% das doenças cardíacas em pequenos animais. coração batendo sendo a região da tricúspide.
→ mais comum.

 mais velhos.
 menor gravidade.
Cavalier King Charles.
 devido aos vários cruzamentos tem um gene capaz de
fazer com que tenha a endocardiose de mitral com
cerca de 2 anos de idade, vindo de forma mais grave.

é mais difícil de auscultar, sendo baixo.


consegue auscultar melhor, porém ainda é
baixo.
coloca o estetoscópio e consegue ausculta-lo.
Página 83 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

é o sopro que coloca e é identificado, mas Visualiza a degeneração da valva mitral, aumento do átrio
viaja pelo tórax, ou seja, não precisa colocar o esquerdo.
estetoscópio exatamente em cima do foco. Poodle, SHhihTzu, Lhasa Apso,
ausculta o sopro e se colocar a mão no tórax Splitz, Pinscher..
do paciente irá sentir o sopro na mão.
ausculta em todo o tórax, sente o sopro na
mão e se der um leve afastada o estetoscópio do tórax
consegue ainda auscultar o sopro.

Resenha.
Sinais clínicos.
Ecodopplercadiografia.
Radiografia de tórax.

DIETA
Restrição de sódio.
Estágio A
Proteínas de alto valor biológico.
Reprodutores que apresentem sopro ou evidencias de ômega 3, coenzima Q10.
DDVM devem ser retirados da reprodução.
Gorduras.
Estágio B1  fornece energia para o coração.

Não tratar. IECA


Pode ser utilizado.
Estágio B2
0,5 mg/kg PO BID.
Inicia o tratamento. Se entrar com o Pimobendam não precisa entrar com o
inibidor da ECA, se entrar com o IECA não precisa entrar
PIMOBENDAM com o Pimobendam.
0,25-0,3 mg/kg PO BID. O Pimobendam é muito caro, por isso é feito o inibidor da
Retarda a progressão da doença cardíaca. ECA.
Página 84 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Estágio C TRATAMENTO DOMICILIAR


Necessário!!! 4 D’s + pimobendam
Objetivos:  diurético: furosemida.
 melhorar o débito cardíaco.  dilatador: IECA.
 aliviar os sinais clínicos decorrentes do ↓ DC e da  dieta.
congestão.
 descanso.
 melhorar a hemodinâmica.
2 mg/kg PO SID
 retardar a progressão da doença.
ou BID.
 diminuir os sinais clínicos da ICC.
 manter o peso do paciente. Estágio D
 prolongar a sobrevida.
TRATAMENTO HOSPITALAR
TRATAMENTO HOSPITALAR
Seguir a mesma linha do tratamento para ICC.
Tratar ICC Na ausência de resposta à furosemida:
2 mg/Kg IV ou IM a cada hora, até melhora  torsemida: 0,1-0,2 mg/kg SID ou BID ou 5%-10%
dos sinais respiratórios da dose atual da furosemida.
 não exceder 8 mg/kg em 4 horas. Redução da pós-carga:
 IC: 0,66 a 1 mg/kg/hora.  IC dobutamina ou nitroprussiato de sódio.
 deixar o paciente com água a vontade.  Amlodipina: 0,05-0,1 mg/kg PO.
Oxigenioterapia.  Hidralazina: 0,5-2 mg/Kg PO.
Drenagem de efusões, se presentes.
IECA.
Esse paciente com edema pulmonar e ICC não coloca no
Pimobendam.
soro, pode colocar com um acesso venoso, mas não o
coloca no soro se não estiver desidratado. Em casos de hipertensão pulmonar:
Agitação/ansiedade  Sildenafil: 1-2 mg/Kg PO TID.
0,2-0,25 mg/Kg IV ou IM. TRATAMENTO DOMICILIAR
0,0075-1 mg/kg + 0,01-
Idem C (4 D’S).
0,03 mg/kg.
Ajuste de dose/frequência de medicações.
Pimobendam Troca do diurético se necessário.
0,25-0,3 mg/Kg PO BID.
Paciente cardiopata a pressão estará aumentada, mas
IECA nenhuma cardiopatia causa hipertensão primária.
0,5 mg/kg PO BID.
Em humano é comum hipertensão primária, nesses casos,
Dobutamina nos animais não tem hipertensão primária, paciente com
2,5-10 mcg/Kg/min quando necessário melhorar a hipertensão tem que procurar a causa dessa hipertensão.
função sistólica.
Nitroprussiato de sódio
1-15 mcg/Kg/min em casos de edema pulmonar pouco
responsíveis e risco de vida.
Página 85 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Objetivos

Remover o edema pulmonar. DILATADOR – IECA.


Estabilizar o paciente.  cão: Enalapril ou Benazepril: 0,25 a 0,5 mg/kg SID ou
BID.
Menos é mais  gato: Telmisartana: 1 mg/kg.
Diurético. DIURÉTICO.
Oxigenioterapia.  Furosemida.
Ambiente calmo e fresco.  Espironolactona.
Fluidoterapia?  Torasemida.
 não é feita, só é feita se o paciente estiver desidratado. DIETA.
 altamente energética, com proteínas de alto valor
Diurese biológico, hipossódica, ricas em ômega 3 e coenzima
Q10 (antioxidantes).
Furosemida INJETÁVEL.
DESCANSO.
 cão: 2 a 3 mg/kg.
INOTRÓPICO POSITIVO.
 gato: 1 a 2 mg/kg.
 Pimobendam: 0,25 a 0,3 mg/kg PO BID.
Espironolactona.
 sempre com 1 hora de jejum → melhor ação.
 pode usar junto com a furosemida, mas a torasemida
não pode associar.
Torasemida.
Hidroclortiazida.

Drenagem de efusões

Pleural, abdominal.

A crise epiléptica é uma convulsão e a epilepsia é uma


doença, o animal tema uma condição genética que leva a
Comumente conhecida como convulsão. ter essas crises. O termo convulsão é usado normalmente na
rotina clínica, que diz respeito a manifestação da crise
epiléptica.
Descarga eletroquímica paroxística e sincrônica de um
grupo de neurônios corticais.
Manifestação de uma atividade anormal excessiva que
ocorre repentinamente e simultaneamente em vários
neurônios do córtex cerebral.
Página 86 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

tônico: tônus muscular aumentado.


clônicA: movimentos de pedaladas.

Ocorrem em uma região específica do hemisfério


cerebral.
 simples: sem alteração da consciência.
 complexa: há alteração da consciência.
Geralmente afecção intracraniana.
Hiperatividade motora e autonômica.
Contrações musculares anormais, bilaterais, contínuas ou
interrompidas.
Lambedura/mordedura excessiva em regiões corporais.
Não é sinônimo de epilepsia.
Contrações rítmicas de músculos faciais.
’ síndrome do cão que caça
moscas.
Doença encefálica caracterizada por predisposição em
gerar crises epilépticas.
Causa intracraniana, geralmente não progressiva, com
crises recidivantes não provocadas ou reativas. Ptialismo, vômitos, diarreia, dor abdominal.
Pelo menos duas crises em um intervalo > 24 h. Agressividade, medo excessivo.

Crises seguidas com intervalos curtos. MAIS COMUNS!!!


2 ou mais crises em 24 h. Geralmente acompanhada de alteração da consciência.
Hiperexcitação difusa do córtex cerebral.
Pode ocorrer a partir de uma crise focal.
Crise epiléptica com duração maior que 5 minutos ou 2 ou
mais crises sem recuperação completa da consciência.
Normalmente paciente com apenas uma convulsão não Mais comum.
entra com o tratamento domiciliar, apenas o tratamento Expressão motora marcante e geralmente simétrica.
momentâneo, mas se apresentar dois episódios de
Rigidez muscular extrema inicialmente (tônica) seguido de
convulsão em um intervalo maior que 24h, por exemplo, 2 relaxamento com movimentos de pedalagem (clônica).
meses, entra com o tratamento. salivação, defecação, micção
Página 87 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Determinar se é uma convulsão ou não!


 diferenciar de: síncope, tremores, dor cervical,
miastenia gravis (fraqueza aguda),
narcolepsia/catalepsia, comportamental, síndrome da
Precede a crise, duração de horas a dias. dor orofacial e hiperestesia felina.
Sinais comportamentais:
 agitação, vocalização, irritação.
 ato de se esconder ou procurar o tutor Ocorre durante o sono ou repouso, dura menos de 5
insistentemente. minutos, apresenta as fases descritas, contração de
músculos faciais, alterações autonômicas.

Manifestação inicial da crise.


Intracranianas.
Atividades motoras ou sensoriais estereotipadas que
ocorrem segundos ou minutos antes da crise: Extracranianas.
 andar compulsivo. Idiopáticas.
 lamber e deglutir em excesso. Lembrar do S.O.P (Sistema Orientado por
Problema) e do sistema DINAMITE
 salivação, vômitos.
 urina.
 latidos, chamam a atenção das pessoas.

Crise epiléptica propriamente dita.


Dura segundos ou minutos:
 perda ou diminuição da consciência.
 alterações de tônus muscular.
 movimentação da mandíbula, sialorreia.
 micção e/ou defecação involuntária.

Linha habitual de atendimento


Imediatamente após a convulsão.
Adiciona-se exame ortopédico e neurológico.
Duração de segundos até dias.
Sinais clínicos: Pacientes com menos de 1 ano
 desorientação, andar compulsivo, andar em círculos.
Intoxicações.
 sede e/ou apetite excessivos.
Anomalias congênitas: hidrocefalia.
 amaurose.
Metabólicas: hipoglicemia.
 vocalização.
Infeccioso / inflamatório: cinomose.
 agressividade.
Trauma.

Pacientes entre 1 a 5 anos


Página 88 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Epilepsia idiopática. Exames complementares


MEG (meningoencefalite granulomatosa).
Hemograma.
Neoplasia intracraniana.
Perfil hepático.
Trauma.
Perfil renal.
Intoxicação.
Urinálise.
Pacientes acima de 5 anos Dosagem de eletrólitos.
Exames de imagem básicos.
Neoplasias intracranianas ou extracranianas.
Análise de líquor.
 neoplasias por consumo podem fazer hipoglicemia ou
Exames de imagem avançados.
metástases no SNC.
Epilepsia idiopática. Outros exames
MEG.
Dosagem de ácidos biliares.
Encefalite do cão idoso.
Tomografia abdominal.
Anamnese detalhada Dosagem de T4 livre por diálise + TSH (cão).
 pela suspeita de hipotireoidismo.
Anamnese precisa ser muito bem detalhada, perguntando
se perdeu a consciência, se ficou alterado antes ou depois Glicemia.
da crise, se urinou ou defecou durante a crise e afins.
Diálogo com o tutor
Exame físico
Explicar as suspeitas.
Auscultação, pulso → Sincope? Deixar claro a necessidade de alguns exames.
 auscultação: paciente com problema cardíaco  tratamento dependente da causa!!
avançado ou filhote com sopro alto pode indicar Se confirmada a Epilepsia:
alteração congênita e uma hipoxemia que pode
resultar em síncope.  NÃO tem cura.
Neoplasias em outras regiões do organismo →  compromisso com o tratamento.
metástase?  acompanhamento periódico.
 metástase cerebral pode desencadear uma crise
epiléptica.
Temperatura, linfonodos → infecções?
Paciente em ICTUS
 verificar temperatura, linfonodos e sinais de doenças
infecciosas que podem levar a crise epiléptica. Paciente que chega convulsionando.
Sinais de hemoparasitose. Acalmar o tutor.
Retirá-lo do ambulatório.
Exame neurológico
Seguir o protocolo.
Evitar fazer com o paciente desidratado.  passo 1: CONTROLAR a crise.
Mais confiável entre as crises.
 a avaliação neurológica poderá ficar prejudicada por TERAPIA MEDICAMENTOSA EMERGENCIAL
até duas semanas após a última crise. Inicialmente: Diazepam 1 – 2 mg/kg IR ou Midazolam
0,2 mg/kg IN.
Página 89 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Conseguiu acesso venoso?


 diazepam 0,5 – 1 mg/kg IV.
Realizar após 15-21 dias do início do tratamento e depois
 se não funcionar: aplicar 2º dose. semestralmente.
 se não funcionar: aplicar 3º dose + Fenobarbital. 15-45 mg/ml, ideal 25-30.
 o diazepam após a 4 aplicação não tende a funcionar Se a dosagem estiver > 45 deve-se associar outra
mais naquele paciente naquele momento. medicação – TOXICIDADE.
15 mg/kg TOTAIS IV Se a dosagem estiver < 15 deve-se alterar a dose
 3 doses de 5 mg/kg ou 5 doses de 3 mg/kg a cada  nova dose (mg) = [] sérica adequada x dose atual (mg)
hora. [ ] sérica atual
 parar a aplicação quando a crise parar.
 se a crise persistir? pode entrar com o propofol ou
cetamina. Em caso de o fenobarbital não controlar as convulsões ou
em pacientes hepatopatas.
O fenobarbital quando está sendo administrado, o animal
apresentará polidipsia, poliúria e polifagia, tendendo a
Pode ser utilizado como monoterapia.
engordar e esse sendo o principal problema, o paciente ao Doses iniciais:
engordar a dose fica baixa e a concentração sérica fica  cães: 15 mg/kg BID (politerapia) ou 20 – 40 mg/kg
baixa apresentando a crise epiléptica.
BID (monoterapia).
 gatos: 30 mg/kg – evitar o uso.
 gatos evita utilizar por predispor a pancreatite.
 1 a 2 mg/kg IV seguido de IC: 0,1 a 0,6 mg/kg/min.
poliúria, polidipsia, polifagia, sedação,
 IC: infusão contínua. ataxia, pancreatite.
 ataxia principalmente nos primeiros dias de tratamento.
 5 mg/kg IV seguido de IC: 5 mg/kg/hora. Dosagem da concentração sérica após 3 meses e depois
 anestesia inalatória. semestralmente.
 sempre mudar o decúbito a cada 2 horas.  é cara a dosagem de brometo de potássio.
Infusão continua de propofol deixa por 6h, após 6h Brometo de potássio sempre deve ser ofertado com a
começa a diminuir 25% por hora tentando retirar mesma alimentação, pois é dependente da concentração de
gradativamente da infusão contínua. sódio da alimentação para ser absorvido.

10 – 20 mg/kg TID.
Não é um bom anticonvulsivante.
Sedação, ataxia.
Fenobarbital
Em gatos é bastante utilizada.
Cães: 2,5 a 3 mg/kg PO BID.
Gatos: 2 a 4 mg/kg PO BID.
Iniciar com doses baixas, a concentração sérica adequada 20 mg/kg TID ou QID.
leva até duas semanas.
Não é hepatotóxico.
Sedação, ataxia, sinais gastrointestinais.
Página 90 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Muito utilizado para substituir a terapia com fenobarbital Medicamento manipulando dependendo da farmácia não
quando não está funcionando. funciona muito bem, precisando manipular em farmácias
Valor mais elevado. confiáveis.

Dermatopatias pruriginosas e não pruriginosas.


 existem doenças que causam prurido e outras que não
causam. Demodecidose: sarna demodécica, pode ter uma sarna
Rotina clínica diária. demodécica com prurido quando tem infecção bacteriana
Desafio diagnóstico. secundária, se for apenas o parasita o paciente não terá
prurido.
 toda doença dermatológica é um desafio diagnóstico.
 é preciso conhecer a questão do prurido, quando fala Na maioria dos casos de atopia o prurido é severo.
de prurido é o fato do paciente se coçar;
 esse prurido advém de uma resposta por receptores
neurais, tem uma lesão que causa prurido e resulta em Trauma com os membros.
uma resposta, fazendo o animal se coçar.  paciente pode desenvolver uma infecção bacteriana
secundária pelo trauma com os membros.
Lambedura.
Mordedura.
 geralmente nos casos de puliciose na região
Presença real: lombossacra.
 fisiológico X patológico: 30% tempo. Roçar em paredes ou fômites.
Precisa pensar no tempo durante 24h, o prurido fisiológico
é até 30% do tempo do animal em 24h se coçando, sendo
Onde?
normal. Entretanto, se passar de 30% dentro das 24h se
 importante perguntar como é a coceira do animal, se
torna patológico.
é localizada ou no corpo inteiro.
O quanto e como o animal realmente se coça?  ex. orelha está mais relacionada a otite.
padrões semelhantes de lesões
cutâneas.
: leve, moderado e severo.
: 0 (fisiológico) a 10 (grau máximo).
 perguntar ao tutor qual nota ele dá para esse prurido Quadros crônicos
que o animal está apresentando.
Lesões antes ou após o prurido??
Prurido primário: dermatites alérgicas, escabiose
ou imunomediadas.
Página 91 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Escabiose felina e canina. Hiperqueratose.


Otoacaríase (*). Região cefálica e cervical.
Intensidade variável:
 devido aos traumas pelas unhas.
DASP, HA, ATOPIA.
 dasp (dermatite alérgica a saliva de pulga) ou dap Diferenciais
(dermatite alérgica a picada de pulga).
Escabiose.
 ha: hipersensibilidade alimentar. HA.
Atopia.
Pênfigo.
Muito comum em gatos.
Otoacaríase.
Carcinoma espinocelular.
LES e discóide, complexo pênfigo.

Lesões papulo-crostosas e eritematosas associadas ou


Dermatofitose, esporotricose, criptococose. não a alopecia ou rarefação.
Localização variável: cervical, abdominal,
lombossacra ou generalizada.

Tipos lesionais: Diferenciais


 alopecia: descobrir se é generaliza ou localizada essa
Escabiose, Otoacaríase.
perda de pelo.
Pediculose, DASP.
 rarefação pilosa.
HA, Atopia.
 autotraumatismo: arrancamento dos pelos pelas
patas ou mordeduras. Dermatofitose, farmacodermias.
Alterações de coloração:  farmacodermias: reações a medicamentos, precisa
remover o fármaco, precisa usar anti-inflamatórios e
 eritema: agudo. recuperar a barreira da pele do paciente com
 hiperpigmentação: crônico. hidratante, ômega 6 e ômega 9.
Formações sólidas:
 pápulas, nódulos, placas.
Rarefação ou alopecia com ou sem prurido.
Perdas teciduais:
 não tiver prurido, tem que pensar em dermatite
 exoulceração, úlceras, escamas e crostas. psicogênica.
Alterações de espessura: Região abdominal lateral, lombossacra ou inguinal.
 hiperqueratose e lignificação – cronicidade.
Diferenciais
Página 92 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

DASP, HA, atopia. Collies


Psicogênica.
picrotoxina ou fisostigmina: 1-2 mg/kg/BID/IV.
Desordens hormonais.
 ivermectina para Collies tem que ser evitada de utilizar
ou ser utilizada em doses baixas por serem sensíveis e
apresentarem sinais de neurológicos de intoxicação
: lábios e fauce. pela ivermectina.
 fauce: próximo da glote, região de fundo de boca.  a ivermectina faz o ciclo de reabsorção
flanco, inguinal e face medial de enterohepático.
membros pélvicos.
face caudal de membro
pélvicos, face lateral de membros torácicos, boca.

Diferenciais

DASP, HA, atopia.


Retroviroses.
 FIV e FELV.

Sarcoptes scabei: escabiose.


 é a sarna também.
Notoedris cati: sarna notoédrica.

Reflexo otopodal positivo.


 ao pegar a pina da orelha e esfregar,
automaticamente o paciente se coça.
 consiste em friccionar o pavilhão auricular do animal,
com isso, desencadeia um reflexo automático de
coceira.
Raspado cutâneo.

IVERMECTINA: 300 mcg/kg VO, SC q. 7 dias, 2 a 3


doses.
SAROLANER (SIMPARIC©): conforme bula. Otodectes cyanotis.
FLURALANER (BRAVECTO©): conforme bula. Causa otites, em gatos são comuns.
SELAMECTINA (ADVOCATE©): 6 mg/kg, tópico, O gato apresenta um cerúmen enegrecido e muito prurido
repetir a cada 30 dias. otológico.
 mais utilizada em felinos.
Página 93 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Otoscopia. Produtos Spot-on matam 98% das pulgas adultas 24 hrs.


Parasitológico de cerúmen ou raspado cutâneo. após aplicação.
Pela otoscopia ou por pegar um pouco do cerúmen e
O prurido no gato desaparece 80% após 7 dias da
eliminação das pulgas e 99% após 14 dias.
observar no microscópico, visualiza pontos pretos se
locomovendo.

Reação de hipersensibilidade.
Não sazonal.
Dermatite pruriginosa da face e cervical (90%).
Sintomas digestivos em 30% dos casos.
 pápulas, pústulas, eritema, escoriações, escamas e
crostas.

SELAMECTINA (ADVOCATE©): 6 mg/kg, tópico,


repetir a cada 30 dias.
A limpeza do ouvido do paciente é imprescindível.

< 50%
Dermatite Alérgica a Saliva de Pulga
não fazem efeito.
Lesões mais comuns são escamas, pápulas, pequenas
crostas, podem se tornar placas eosinofílicas ou ainda → desafio.
granuloma linear.  proteínas diferentes das que já foram utilizadas.

Gatos

Diferente do cão, pode haver prurido facial e raramente Doença inflamatória crônica recorrente, altamente
há infecção bacteriana secundária. pruriginosa.
Difícil de encontrar pulgas e/ou seu dejetos, pelo hábito VÁRIOS FATORES: genéticos, psicogênicos,
do gato de se lamber o tempo todo. ambientais.

DASP

É fundamental o controle de pulgas no ambiente. Normalmente se inicia dos 6 meses aos 3 anos.
Pode-se usar Advocate©,Frontline©, Revolution©, Mais comum em fêmeas.
Advantage©, etc. Boxer, chihuahua, yorkshire, shar pei, west highland
Cuidado: white terrier, scotish terrier, lhasa apso, shih tzu, fox
terrier, pug, dálmata, setters, labrador, golden retriever,
 não usar produtos à base de Permetrina e Carbamatos
cocker, beagle, poodle, schnauzer miniatura.
em gatos.
Página 94 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

: clorexidina 2 a 3%
 se o tratamento tópico não estiver resolvendo, associa
Prurido intenso que causa lesões. um tratamento sistêmico no paciente.
Início moderado com piora gradativa.
periocular, perilabial e nasolabial.
cervical, abdominal, axilar.
Distal de membros e interdígitos.
Períneo.
Impetigo, foliculite levando a pápulas, pústulas e colaretes. Antifúngicos
Malassezioze.
TÓPICO
Clorexidina 3 ou 4%
: muitos falsos positivos.
Miconazol 2%
: melhora < 50% enquanto HA > 80%.
SISTÊMICO
Itraconazol: 10mg/Kg VO SID 2d na sem por 4 semanas.

Recuperar a função da barreira de proteção.


 xampus. Ácaros poeiras
 banhos frios, rápidos e sem esfregar muito.
Locais arejados e iluminados por luz natural.
Colchões ou camas: coberturas impermeáveis e
antiácaros.
Limpeza ambiental e aspiração pó.
Ambiente não abafado, livre de entulho, nunca em guarda-
roupa, sobre ou embaixo da cama.
Remoção carpete, tapetes, cortinas.
Umidade entre 30-40%
Página 95 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Mofo e pólens Pentoxifilina

Locais arejados e iluminados por luz natural, limpos e secos. Inibidor fosfodiesterase – derivado metilxantina.
Ambiente sem umidade, evitar guarda-roupa, áreas de ↓ TNF-α, IL-1, IL-6.
serviço e banheiros. ↓ ativação leucócitos.
Restrição grama orvalhada ou após o corte. Liberação superóxido.
Estocar ração em lugar limpo e seco. : 10mg/kg bid-tid.
Limpeza ambiente com fungicida ou hipoclorito de sódio.
: > 50%
: mielotoxidade, vômito, diarreia.
 mielotoxidade: paciente pode desenvolver anemia
Anti-histamínicos crônica, neoplasia de medula grave e ficar com os
leucócitos abaixo.

Ciclosporina A

Inibidor da calcineurina.
Inibe proliferação de células LA.
↓sobrevida e degranulação de mastócitos + apoptose
eosinófilos.
Glicocorticoides Suprime transcrição de citocinas – IL-2, 3, 4, 5, 18, TNF
e IFNγ.
: 58 a 86%
: 5mg/Kg SID.
em 30 a 80%
: 40 a 86%
 podem desenvolver hiperadrenocorticismo.
Efeito após 30 dias.
PREDNISONA OU PREDNISOLONA: 0,5 a 1
mg/Kg VO SID. Associar glicocorticoide ou anti-histamínico.
 prednisona: cão. EFEITO COLATERAL
 prednisolona: gatos porque não consegue converter
Vômito e diarreia intermitente.
a prednisona em prednisolona.
Predisposição a infecções.
 pode usar por um período inicial mais longo de 7 a 10
dias e depois ir diminuindo a dose gradativamente de Hiperplasia gengival.
glicocorticoide até retirar completamente. Proliferações papiloformes.
Uso a longo prazo apenas nos casos crônicos sem Neoplasias oral.
resposta a terapias alternativas.
 terapias crônicas começa a passar de SID para 48h
até chegar em 72h, até ter um equilíbrio adequado
dos sintomas e dos efeitos colaterais. Presença de pulgas
SID → q. 48hs → cd 72hs → equilíbrio sintomas e
Eliminar.
efeitos colaterais.
30% casos de DASP – proprietários negam presença.
Produtos com ação pulicida de contato a cada 15 dias no
1º mês.
Página 96 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Alteração dieta Localização

DIETA DE ELIMINAÇÃO – 8 a 13 semanas. Lesões em região cervical e cefálica/axilar/genital.


 fonte de proteína: carne de coelho, carneiro 60% Pênfigo foliáceo: junção mucocutânea.
 fonte de carboidratos: arroz integral ou batata
40%
Rações com proteína de soja hidrolisada. Sem predisposição racial, sexual e etária.
Remissão sintomas faz a volta da dieta antiga, se piorar
em 10-14 dias é devido a uma hipersensibilidade alimentar. Exame físico
Sem melhora – ATOPIA. Desordem vesicobolhosa, erosiva a ulcerativa.
Localização: cavidade oral (90%) e junções mucocutâneas:
salivação, halitose.
Quando usar? Prurido e dor variável.
Infecção bacteriana secundária.
Felinos com alopecia psicogênica com ou sem dermatite,
estas drogas ajudam a diminuir o ato da “lambedura Linfadenopatia.
compulsiva”. Anorexia, febre e depressão.
 Amitriptilina 5-10mg/gato VO BID. Pior prognóstico.
 Clomipramina 1,25-2,5 mg/gato VO SID.
Atualmente, tem o Apoquel que diminui prurido de uma
Mais comum.
forma intensa, o seu problema é que é caro, é administrado
Sem predisposição sexual e etária.
de acordo com o peso do paciente conforme a bula, após 7
Predisposição racial: Chow-chow, Akita,
dias vai diminuindo a frequência até que consiga Dashchunds, Border Collie, Doberman.
administrar uma vez a cada 2 a 3 dias.
Exame físico

Dermatite pustular e crostosa → erosão/ulceração.


Localização:
%
 início – face e orelhas → membros, coxins, virilha →
Desordens vesico-bolhosas → erosão/úlceras → generalização.
colaretes a pustulares.  despigmentação nasal.
 sem lesões na cavidade oral.
 prurido e dor variável.
AUTO-ANTICORPO: desmossomo e caderinas
(desmogleína).  infecção bacteriana secundária.
Fatores genéticos.  linfadenopatia.
Drogas.
Luz UV. Anorexia, febre e depressão.
Emocional. Melhor prognóstico.
Página 97 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Face e orelhas: despigmentação nasal.


Prurido e dor variável.

Exame físico.
Citologia – acantócitos.
Histopatologia.

Pênfigo foliáceo

prednisona/prednisolona:
 cão: 2-6 mg/Kg.
 gato: 3-8 mg/Kg SID.

Pênfigo vulgar

Drogas imunomoduladoras.
Síndrome intermediária entre pênfigo foliáceo e Lupus Azatioprina:
eritematoso  gatos: leucopenia, trombocitopenia.
Sem predisposição sexual e etária Clorambucil.
Predisposição racial: Collie e PA. Fotoproteção.
Vitamina E.
Exame físico
Ácidos graxos: ômega 3 e 6.
Dermatite pustular eritematosa → erosão/ulceração.

Transmissão através de saliva infectada (brigas


principalmente).
A população de gatos cresce expressivamente a cada ano  contrai a FIV através da saliva infectada pelo vírus que
(>8%). adentra a circulação sanguínea e o infecta.
23,9 milhões de gatos no Brasil (IBGE, 2018). Gatos de vida livre x gatos domiciliados.
 os gatos de vida livre pelas brigas podem
O gato é um cachorro pequeno.
desenvolver a doença por outro felino contaminado.
Particularidades comportamentais.
Comprometimento do sistema imunológico.

Semelhante ao HIV humano. Hemograma → inespecífico


 causa uma imunodeficiência no felino estando mais  neutrofilia, pancitopenia ou bicitopetina crônica.
susceptível a diversas outras doenças.
Página 98 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Hiperglobulinemia. Linfoma → quimioterapia.


Sorológicos de triagem.
 Snap Test.
 detecção de anticorpos.
Animais de até 6 meses podem ser falso positivos.

Apenas terapias suporte.


 trata as infecções secundárias.
O gato pode ser progressor adquire o vírus, replica o vírus
Imunomoduladores:
e desenvolve alterações em decorrência da FeLV, o
 Interferon α: 30 UI/gato SID em semanas
regressor tem o vírus, mas não desenvolve as alterações,
alternadas.
regride a viremia e pode transmitir, a infecção abortiva é
 Antiretrovirais: AZT 5-20 mg/kg VP SID/BID.
quando adquire o vírus e consegue combate-lo.
 utilizadas de forma ilegal na Medicina Veterinária.

Mycoplasma haemofelis.
Transmissão por saliva: brigas, contato, fômites.
Muitos gatos são portadores, porém não desenvolvem a
Caracterizada por desencadear várias alterações clínicas. micoplasmose.
Sinais clínicos inespecíficos: Transmissão pela picada de pulgas infectadas.
 apatia, anorexia, letargia, diarreias. Induzem anemia hemolítica por adesão às hemácias.
Anemias, leucemias, pancitopenias.  se estiver causando a anemia hemolítica é um
 pode ter anemias, leucemias e pancitopenias por conta Mycoplasma que está causando problemas.
da medula ser atingida.
Gengivite-estomatite, conjuntivite.
Linfomas. Apatia, hiporexia ou anorexia, fraqueza.
Mucosas pálidas ou ictéricas.
 dependendo do grau da hemólise pode ter icterícia, um
Teste sorológico (Snap Test) para detecção do vírus (Ag). gato começa a ter icterícia no palato.
Pacientes vacinados não positivam no teste devido as
diferenças utilizadas no antígeno vacinal!!!
Pode-se utilizar: sangue total, soro, plasma, saliva Hemograma:
para fazer o teste.  sinais de hemólise (bilirrubinemia).
 anemia arregenerativa.
Pesquisa de hematozoários:
Não há cura.
 esfregaço de ponta de orelha.
Terapia suporte.
 lâminas durante a avaliação hematológica.
Imunomoduladores.
PCR.
 Interferon α.
Página 99 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Emagrecimento, anorexia e febre.


 esses gatos tendem a ter anorexia por conta do
Básico acometimento nasal, o animal não sente o odor e não
quer se alimentar.
Doxiciclina 5 mg/kg VO BID 21 dias ou marbofloxacina 2,75
mg/kg SID + controle de pulgas.
Anamnese: pacientes não domiciliados ou
Anemia hemolítica imunomediada semidomiciliados, animais de gatis, não vacinados.
Prednisolona 1 – 2 mg/kg BID. Exame físico.
 faz por 5 a 7 dias e depois faz a retirada gradual de Testes sorológicos.
25 em 25% até a retirada total.  pode ser utilizado, mas o diagnóstico é mais clinico e
presuntivo.
Avançado Grande maioria: diagnóstico presuntivo!!!
Internação.
Fluidoterapia.
Transfusão sanguíneo. Terapia suporte
Não tratar os felinos com enrofloxacina por poder causar
Hidratação, limpeza ocular e nasal, alimentação (olfato!!).
deslocamento de retina e cegueira no gato.
Antibioticoterapia: Amox + Clavulanato 20 mg/kg BID ou
TID.
Inalação simples.
Inalação com N-Acetilcisteína.
Colírios: tobramicina, gatifloxacina.

Vacinação

Prevenção.

Precisam ficar em internamentos isolados.

Herpesvirus tipo-I: rinotraqueíte.


Calicevirus felino.
Chlamydophila felis.

Secreção nasal serosa e/ou purulenta, pneumonia. Doença caracterizada pela inflamação, ulceração e
 secreção nasal purulenta ou serosa depende da proliferação de tecidos moles na boca.
cronicidade do caso e da carga viral. Maine Coon é uma raça frequentemente acometida.
Conjuntivite com secreção ocular, úlceras.
Página 100 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

Chlamydophila felis, herpes, herpes, FIV, FeLV, Nódulos/lesões cutâneas exsudativas.


imunomediada, inflamação crônica. Linfadenomegalia.

Halitose, disfagia/hiporexia, sialorreia. Citologia/imprint.


 animal sente muita dor ao se alimentar, apresentando Coloração especial (PAS).
hiporexia ou até mesmo anorexia.
Cultura fúngica.
Sorologia.
Anamnese + exame físico. Diferencial.
Histopatologia  criptococose, carcinoma.
 infiltrado linfocítico-plasmocítico.
 descarta neoplasias, granulomas e doenças autoimunes.
PCRs, Snap Tests. Antifúngicos

Itraconazol 5 mg/kg VO BID.


Antibioticoterapia. Fluconazol 10 mg/kg VO SID.
 amoxicilina, metronidazol. . OBS: sempre manter o medicamento por no mínimo 30
dias após o desaparecimento das lesões.
Tratamento periodontal - extração?
ACOMPANHAR função hepática!!!
 gatos com lesões crônicas e recidivantes podem
necessitar de um tratamento periodontal.
Corticosteroides:
 prednisolona VO, acetado de metilprednisolona (Depo-
medrol) IM.
Imunossupressores:
 azatioprina.
Imunomoduladores:
Criptococcus neoformans.
 interferon α.
 solo, fezes, árvores.
Limpeza oral também é importante durante o tratamento.
 pode afetar seres humanos (menos comum).

Inalação do fungo – trato respiratório superior.

Sporothrix schenckii. Apatia, anorexia, febre.


Doença sistêmica, ZOONOSE. Nariz de palhaço.
Sinais neurológicos.

Apatia, anorexia, febre.


Citologia/biópsia:
Página 101 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz

 diferencial: carcinoma. Sinais clínicos inespecíficos:


Cultura fúngica.  febre, anorexia, letargia.
 secreção nasal, líquor.  sinais neurológicos.
 ascite, dispneia inspiratória.

Antifúngicos
Não há um teste específico.
Mais que 90 dias de tratamento. US, RX.
Fluconazol 50 mg/gato VO SID. Testes sorológicos não diferenciam os anticorpos entre
Itraconazol 5 mg/kg VO BID. vírus mutado e entérico.
OBS: acompanhar enzimas hepáticas. Efusões: exsudato asséptico, densidade > 1,018, +++
proteínas.
Terapia suporte Relação albumina/globulina <0,44.
Teste de Rivalta.
Inalação, alimentação.
 não é definitivo para o diagnóstico de PIF.
Combater ou tratar infecções secundárias.

Necropsia.

Não há terapia específica.


Normalmente ineficaz.
Suporte.
Causada por mutação do coronavírus entérico.
Imunomoduladores.
 causada pelo coronavírus.
Imunossupressores.
 o coronavírus entérico causa a diarreia no paciente,
não é todo o gato que tem coronavírus entérico que GS-441524 → análogo nucleosídeo do remdesivir.
desenvolve a PIF, precisa sofrer uma mutação para  custa mais de 40 mil reais, mas é um medicamento que
desenvolver a PIF. poderia ser utilizado.
Duas apresentações clínicas:
 efusiva/úmida.
 é chamada de úmida, caracterizada pelo
aparecimento de efusões abdominais ou torácicas
com liquido de coloração palha a purulento.
 não efusiva/seca.
 tem a formação de granuloma sem exsudatos.

Você também pode gostar