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Cadernos PDE
VOLUME I I
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica
2009
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
CADERNO PEDAGÓGICO
CURITIBA
2010
ANA MARIA LIMA ZEM
CURITIBA
2010
SUMÁRIO
1 UNIDADE I .......................................................................................... 1
1.1 APRESENTAÇÃO ................................................................................ 1
1.2 MODELAGEM ...................................................................................... 2
2 UNIDADE II .......................................................................................... 11
2.1 ORIGEM E PROPRIEDADES DA ARGILA ............................................ 11
2.2 INFORMAÇÕES SOBRE A ARGILA ...................................................... 16
2.2.1 Verificação de sua plasticidade .............................................................. 16
2.2.2 Conservação ......................................................................................... 17
2.2.3 Depuração ............................................................................................. 17
2.2.4 Antes de modelar ................................................................................... 18
2.2.5 Modelagem ............................................................................................ 19
2.3 TÉCNICAS BÁSICAS DE CONSTRUÇÃO MANUAL COM ARGILA ........ 19
2.3.1 Placas ................................................................................................... 19
2.3.2 Colagem ................................................................................................ 20
2.3.3 Acordelado ............................................................................................. 20
2.3.4 Ocagem ................................................................................................ 21
2.3.5 Propostas alternativas com argila ........................................................... 21
2.4 TÉCNICAS DE DECORAÇÃO ................................................................. 24
2.5 SECAGEM .............................................................................................. 25
2.5.1 Orientações importantes sobre secagem ................................................. 25
2.5.2 Como identificar o processo de secagem da argila ................................... 25
2.5 ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE ............................................................. 26
3 UNIDADE III – PLANO DE AULA ......................................................... 28
3.1 ORIGEM E PREPARO DA ARGILA ........................................................ 28
3.1.1 Conteúdos ............................................................................................... 28
3.1.2 Justificativa ............................................................................................ 28
3.1.3 Objetivos ................................................................................................... 29
3.1.4 Encaminhamentos metodológicos ............................................................. 29
3.1.5 Recursos didáticos ................................................................................... 30
3.1.5.1 Físicos ................................................................................................... 30
3.1.5.2 Humanos .................................................................................................. 30
3.1.6 Recursos materiais ................................................................................ 30
3.1.7 Equipamentos ........................................................................................... 30
3.1.8 Critérios de avaliação ............................................................................ 31
4 UNIDADE IV – PLANO DE AULA ......................................................... 32
4.1 TÉCNICAS BÁSICAS DE CONSTRUÇÃO: PLACAS E COLAGEM ......... 32
4.1.1 Conteúdos ............................................................................................. 32
4.1.2 Justificativa ........................................................................................... 32
4.1.3 Objetivos ................................................................................................... 33
4.1.4 Encaminhamentos metodológicos ........................................................... 33
4.1.5 Recursos didáticos ............................................................................... 33
4.1.5.1 Físicos .................................................................................................. 33
4.1.5.2 Humanos ................................................................................................ 33
4.1.6 Materiais .................................................................................................. 34
4.1.7 Critérios de avaliação ............................................................................ 34
5 UNIDADE V - PLANO DE AULA ............................................................ 35
5.1 TÉCNICAS BÁSICAS DE CONSTRUÇÃO: ACORDELADO E OCAGEM. 35
5.1.1 Conteúdos ............................................................................................... 35
5.1.2 Justificativa ............................................................................................ 35
5.1.3 Objetivos ................................................................................................. 35
5.1.4 Encaminhamentos metodológicos ........................................................... 36
5.1.5 Recursos didáticos .................................................................................. 36
5.1.5.1 Físicos .................................................................................................... 36
5.1.5.2 Humanos ................................................................................................ 36
5.1.6 Materiais .................................................................................................. 36
5.1.7 Critérios de avaliação ............................................................................. 37
6 UNIDADE VI - PLANO DE AULA ........................................................... 38
6.1 ACABAMENTO DAS PEÇAS, SECAGEM E TÉCNICAS DE 38
DECORAÇÃO .........................................................................................
6.1.1 Conteúdos ............................................................................................... 38
6.1.2 Justificativa .............................................................................................. 38
6.1.3 Objetivos .................................................................................................. 39
6.1.4 Encaminhamentos metodológicos ........................................................... 39
6.1.5 Recursos didáticos ................................................................................... 39
6.1.5.1 Físicos ...................................................................................................... 39
6.1.5.2 Humanos .................................................................................................. 40
6.1.6 Materiais ................................................................................................... 40
6.1.7 Critérios de avaliação ............................................................................... 40
7 UNIDADE VII - PLANO DE AULA .......................................................... 42
7.1 SUGESTÕES DE PRÁTICAS EXPLORATÓRIAS .................................. 42
7.1.1 Conteúdos ................................................................................................ 42
7.1.2 Justificativa .............................................................................................. 42
7.1.3 Objetivos .................................................................................................. 42
7.1.4 Encaminhamentos metodológicos ........................................................... 43
7.1.5 Recursos didáticos ................................................................................... 43
7.1.5.1 Físicos ...................................................................................................... 43
7.1.5.2 Humanos .................................................................................................. 43
7.1.6 Materiais ................................................................................................... 43
7.1.7 Critérios de avaliação ............................................................................... 44
8 UNIDADE VIII - PLANO DE AULA .......................................................... 45
8.1 EXPOSIÇÃO E AVALIAÇÃO .................................................................. 45
8.1.1 Conteúdos ............................................................................................... 45
8.1.2 Justificativa .............................................................................................. 45
8.1.3 Objetivos .................................................................................................. 45
8.1.4 Encaminhamentos metodológicos ........................................................... 45
8.1.5 Recursos didáticos ................................................................................... 46
8.1.5.1 Físicos ..................................................................................................... 46
8.1.5.2 Humanos ................................................................................................. 46
8.1.6 Materiais .................................................................................................. 46
8.1.7 Critérios de avaliação .............................................................................. 46
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 47
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 48
1
1 UNIDADE I
1.1 APRESENTAÇÃO
A educação através da arte deve ser vista como uma forma de promover a
apropriação de conhecimentos e saberes não só na produção da arte, mas, também,
na sua apreciação. Ela vem oportunizar aos alunos experimentar e vivenciar etapas
do perceber, do sentir, do construir conhecimento e do conviver em grupo.
Desenvolve a força criadora das crianças e também aspectos intelectuais, atitudes,
hábitos, tendências, intuição e outros. Como bem expressa Paulo Freire, “é
necessário aprender a reler nossa realidade. A aprendizagem de releitura implica o
aprendizado de uma nova linguagem. Não posso reler se não melhoro os velhos
instrumentos, se não os reinvento.” (1995, p. 60).
Se o mediador pode oferecer este contexto aos alunos “normais”, também
deve estender esse acolhimento aos alunos especiais, encarando como um desafio,
identificando e valorizando as diferenças dos alunos, transformando estas, em
peculiaridades para alavancar a aprendizagem.
Nessa perspectiva, este trabalho foi pensado com vistas a disponibilizar, aos
professores de alunos com deficiência intelectual, informações teóricas importantes
a respeito das propriedades e do comportamento do material argila, bem como
orientações técnicas sobre o uso do mesmo. Organizado sob a forma de um
caderno pedagógico, onde estão inclusas informações sobre a argila, propostas de
atividades, ele pretende contribuir com o profissional da educação a uma reflexão
sobre a experiência da modelagem com argila para a aprendizagem do aluno com
deficiência intelectual. Traz também possibilidades viáveis e algumas sugestões de
como preparar o espaço para o trabalho, de escolha pela matéria prima adequada,
das principais técnicas para a confecção de peças e seus desdobramentos,
acabamento, decoração e exposição, envolvendo toda a comunidade escolar como
co-responsáveis no processo educacional.
1.2 MODELAGEM
A modelagem com argila é uma entre as modalidades das artes visuais que,
ainda hoje, é pouco usada como recurso pedagógico nas escolas. Penaliza-se, pois,
não bastassem suas ricas características de ser elemento natural, de fácil acesso
pelo baixo custo e abundante no solo brasileiro, o material possibilita diferentes
3
porque dizem, o que fazem, porque fazem, internalizando tudo o que é observado e
se apropriando do que viu, ouviu, recriando e conservando o que passa ao seu
redor. Assim, Vygotsky afirma que a aprendizagem da criança se dá pelas
interações com outras crianças de seu ambiente, que determina o que por ela é
internalizado. Na internalização, todos os seus processos intrapsíquicos - as formas
de funcionamento cognitivo dentro do sujeito - se constroem a partir dos processos
interpsíquicos, ocorridos pela vivência entre os sujeitos do mesmo grupo cultural. O
que faz com que, aos poucos, haja um processo de construção de estruturas
linguísticas e cognitivas pelo sujeito e que é mediado pelo grupo, dando um peso
nas influências sócio-culturais.
Pesquisas são desenvolvidas e avançam as descobertas sobre o nível de
inteligência de uma pessoa como resultado da interação entre genes e fatores
ambientais. Nos estudos de Piaget (1980, p. 8), a função dos genes seria a de
estabelecer a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento da inteligência,
como as conexões entre os neurônios, que poderiam ser representadas como
estradas para as informações. A função dos estímulos ambientais, tais como acesso
a boa educação, alimentação adequada e cuidados médicos, seria a de determinar
quais dessas estradas continuarão ativas ou desaparecerão e se outras serão
formadas. Os genes determinam, por exemplo, o limite de nossa capacidade
cognitiva e o alcance desta capacidade vai variar de acordo com os estímulos que o
ambiente oferecer.
É nas afirmações sobre as influências do meio ambiente que foca-se esse
estudo, especificamente o ato de modelar com argila, pois se trata de uma realidade
na qual podemos interferir, alterar para, e quem sabe, contribuir.
Neste sentido, faz-se referência aos estudos realizados por Piaget (1976, p.
104), o qual defende que a inteligência procede da ação e que o desenvolvimento
das funções sensoriomotoras, constituído pela livre manipulação bem como pela
estruturação perceptiva que esta manipulação promove, constitui-se indispensável à
formação intelectual.
Portanto, é essencial que se insira no dia-a-dia de nossos alunos com
deficiência intelectual experiências diversas, lúdicas, que oportunizem atividades
espontâneas, com material adequado, que levam a aquisição de noções espaciais,
numéricas e de formas.
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Neste estudo sugere-se a argila como uma atividade que pode levar a
criança a brincar enquanto modela, ser e fazer qualquer coisa que sua fértil
imaginação queira. Na análise de Vygotsky (1991, p. 12), “o brinquedo predomina de
forma tão absoluta no pensamento infantil, que se torna muito difícil separar a
invenção deliberada da fantasia que a criança acredita ser verdadeira”.
Brincar, seja com o barro ou com um brinquedo, é necessário para o
desenvolvimento infantil, é uma forma de linguagem para a criança expressar sua
visão do mundo que a cerca. Para isso, ela tem que se apropriar de elementos da
realidade e atribuir-lhes novos significados, dessa forma, brincar constitui-se um eixo
de representação de conceitos.
Falar em prazer, em momentos lúdicos, leva à atividade criadora que se
origina já nos primeiros anos da infância, se desenvolvendo lenta e gradativamente.
Quando Vygotsky (1998, p. 107) aborda a brincadeira e a imaginação como uma das
principais características do brincar, refere-se ao fato de a criança criar uma situação
imaginária. Ela desliga-se do real, criando novas formas e combinações, construindo
novas opções a partir de experiências anteriormente acumuladas.
Os significados atribuídos pelo indivíduo que desenha e modela, nem
sempre são imagens figurativas, indicadoras de valor simbólico e cultural. Pode ser
qualquer coisa, pois se trata de um momento lúdico, uma prática que tem a
possibilidade de estimular, além das potencialidades cognitivas e linguísticas do
educando, as afetivas, motoras e sociais, constituindo uma ampla possibilidade de
promover a formação integral do sujeito. (RAU, 2007, p. 96). Ao brincar, a criança
interage com o meio e com o grupo e é função do educador promover um ambiente
que facilite a expressão e comunicação entre os alunos que, comumente, colocam
suas ideias e sentimentos durante o trabalho.
Percebe-se, pois, a grande responsabilidade do educador. Este deve estar
atento para lidar com os sentimentos de amor, ódio, medos, alegrias, inseguranças,
enfim, para apoiar o educando em seu desenvolvimento, sem a intenção de tratar,
até porque não tem formação e não está apto para tal, mas, para conhecer e
acompanhar seu aluno, e, se necessário, encaminhar para atendimento terapêutico
especializado.
Ainda na perspectiva do ambiente propício, há necessidade de o educador,
os pais, ou até os irmãos desenvolverem a noção, nos alunos com deficiência
intelectual, de que cada ação tem relação direta com o ambiente espacial onde ela
6
2 UNIDADE II
ser interessante modelarmos junto com a criança. Aos poucos, vamos repetindo
essa atividade e é provável que a criança comece a se interessar por essa
diversidade, se envolvendo e, cautelosamente, vencendo essa resistência ao
material. Entretanto, sugere-se que esta e outras situações semelhantes sejam
abordadas e amplamente discutidas entre os profissionais que atuam com a criança.
(OAKLANDER, 1980, p. 86).
A argila, além da plasticidade, que fascina o sujeito, de suas diferentes cores
e consistências para se trabalhar, de ser um elemento natural e sustentável,
permitindo o reuso e promovendo processo que pode gerar um produto vendável,
apresenta outras características, todas passíveis de contribuir para com o processo
de ensino/aprendizagem.
No que tange à lateralidade, por exemplo, seja esta considerada uma
equipagem inata ou uma dominância espacial adquirida, seus diferentes níveis de
percepção podem ser assimilados pelo manuseio com a argila.
O predomínio manual está relacionado com uma dissimetria funcional dos
hemisférios cerebrais. No destro, o hemisfério dominante é o esquerdo e é neste
que está situado o centro da linguagem. Assim é que parece que as correlações
grafomotoras e de linguagem se estabelecem mais facilmente nas crianças destras.
(ALVES, 1981, p. 50). Segundo a autora, ser capaz de perceber a lateralidade, sentir
que os dois lados do corpo são os mesmos e que um dos lados é mais usado do
que o outro, principalmente no que se refere à mão, é o início da discriminação entre
direita e esquerda e ocorre na maior parte das crianças por volta dos seis ou sete
anos. As crianças que apresentam uma aprendizagem mais lenta ou com deficiência
intelectual apresentam dificuldades neste momento, ficando confusas, por exemplo,
quando têm que iniciar a escrita no canto esquerdo do papel, exigindo mais apoio e
compreensão por parte dos educadores.
É com relação à dominância adquirida ou socializada, na família e na escola,
que se entra com as propostas de modelagem, pois se sabe que a lateralização só
se instalará definitivamente e eficazmente depois que tiver passado por etapas do
seu próprio desenvolvimento, como o ajustamento entre a motricidade e a
percepção visual, pois isso constitui a organização de percepções de diferentes
ordens (táteis e visuais), e a ação de modelar está em permanente uso da
coordenação viso motora. Pode-se ainda levar o aluno a descobrir, com o manuseio
da argila, o que mais pode fazer com a mão direita e com a mão esquerda, usando
16
Conceito de Plasticidade:
A professora Marília Diaz no decorrer da orientação conceituou plasticidade
como: “propriedade que os corpos têm de se amoldar a uma ação de força e manter
esta deformidade”.
Entende-se de modo amplo a propriedade de o material úmido ficar
deformado (sem romper) pela aplicação de uma tensão, sendo que a deformação
permanece quando a tensão aplicada é retirada. (Santos,1989, p.1).
Outra maneira de testar sua plasticidade é fazer uma bola de barro com
mais ou menos 4 cm de diâmetro e colocá-la em um copo com água. Se logo após a
bola de argila se desmanchar é sinal de que é uma argila magra, sem plasticidade,
caso contrário a bola pode ficar dias no copo até perder sua forma, então é sinal de
termos uma argila de boa qualidade para modelagem.
2.2.2 Conservação
2.2.3 Depuração
Antes de iniciar qualquer trabalho a argila deve estar limpa, sem impurezas,
e ser compactada, jogando-a sobre a mesa repetidamente ou batendo com um
pedaço de madeira por todos os lados, durante mais ou menos uns cinco minutos.
Essa é uma atividade importante, esse procedimento eliminará as bolhas de ar que
19
2.2.5 Modelagem
2.3.1 Placas
2.3.2 Colagem
Utiliza-se esta técnica quando se deseja unir dois pedaços de argila. Para
este processo é necessário preparar a “barbotina adesiva” com argila seguindo a
seguinte receita:
Separa-se um pouco de argila seca, totalmente desidratada, e coloca-se em
uma gamela para socar, até que vire pó. Coloca-se em um recipiente, acrescenta-se
água e mexe-se até ficar um creme.
Pega-se a peça e passa-se um garfo ou uma serrinha, na área que será
unida a outra superfície, deixando-as com ranhuras ou sulcos, estes auxiliarão na
aderência das partes. Em seguida, espalha-se a barbotina adesiva sobre os locais,
sem desmanchar as ranhuras. Unem-se as áreas apertando cuidadosamente para
não ficar ar e, ao mesmo tempo, não deformar a peça. Desta forma pode-se ter
certeza de que não haverá descolamento das partes.
2.3.3 Acordelado
Acomoda-se o primeiro rolo unindo-o bem com a ponta dos dedos. Ele será
a base que irá sustentar toda a peça. Assim prossegue-se sucessivamente, fazendo
ranhuras com o garfo e acrescentando a barbotina adesiva entre cada cordel.
Sempre apertando com firmeza para que não se desgrudem, espalhando a argila
com o dedo, por fora e/ou por dentro. Apenas por dentro, caso os alunos queiram
deixar os rolos aparentes. O processo deve continuar até que o aluno esteja
satisfeito com a altura da sua peça. A seguir o aluno poderá retirar com um pincel os
excessos de barbotina para ajudar no acabamento da peça.
2.3.4 Ocagem
5 - Formar duas equipes com a turma e entregar, para cada uma, um papel tamanho
A2 e giz de cera colorido. Pedir que as equipes escolham um bicho da floresta para,
em conjunto, desenharem ocupando todo o espaço. Quando pronto, cola-se na
parede externa da escola e distribui-se argila de cores diferentes para cada equipe.
Cada membro da equipe deverá modelar, com as duas mãos, umas dez bolas de
argila, enrolando com movimentos circulares uma mão sobre a outra. Trata-se de um
excelente exercício para coordenação bi manual. Em seguida dá-se início a
brincadeira de tiro ao alvo. Pede-se para que, em fila um a um, atirem as pelotas,
por exemplo, na orelha do bicho, e assim contam-se quantos pontos cada equipe
fez. É uma excelente atividade para se trabalhar a coordenação visomotora e
também para estabelecer regras, tais como ter que respeitar o limite de uma linha
riscada no chão para atirar a bola.
6 - Sugestão retirada do SDT – Teste do Desenvolvimento de Silver – (SILVER,
1996, p. 165):
Distribuir um pedaço com a mesma quantidade de argila para cada aluno e
para si mesmo. Demonstre, enrolando um pequeno pedaço de argila com a palma
das mãos na superfície da mesa até que ela se transforme em uma “bola” ou em
uma “cobra”, depois solicite que as crianças façam bolas por si mesmas.
Para desenvolver a habilidade de sequenciar, solicite a eles para fazerem
bolas grandes e pequenas, cobras longas e curtas, adicionando e tirando argila.
Para desenvolverem habilidade espacial, demonstre a técnica “pedaços em fatias”,
enrolando a argila como uma massa, cortando em retângulos, e depois comprima os
retângulos fazendo caixas, casas, ou outras formas tridimensionais.
Para desenvolver a habilidade de selecionar, associar e representar
demonstre a técnica “tijolo”, formando pequenos blocos de argila e prensando-os
juntos para construir formas humanas e de animais. Pegando um pedacinho de
argila daqui e adicionando lá, isso desenvolverá idéias de conservação. Ou ainda,
solicite para fazer duas bolas idênticas colocando pequenos pedaços de argila de
uma bola e adicionando em outra. Quando as crianças estiverem satisfeitas,
achando que elas são idênticas, peça-lhes que enrolem uma bola transformando-a
em uma cobra, e pergunte-lhes se elas continuam a ter a mesma quantidade ou se
há maior quantidade de argila na bola do que na cobra. Solicite, para aqueles que
continuam a dar respostas de não conservação, para transformarem a cobra de
novo em uma bola, e, com os olhos fechados, coloquem uma bola em cada mão,
24
2.5 SECAGEM
Durante a secagem, o barro sofre uma leve contração pela perda de água e
deve secar naturalmente em temperatura ambiente. Não é indicado expor as
modelagens ao sol, para acelerar o processo de secagem, pois isso pode provocar
rachaduras nas peças. Isso não acontece em certas regiões do país, onde o tipo de
argila utilizada permite que as peças sejam expostas ao sol para secagem.
3.1.1 Conteúdos
3.1.2 Justificativa
3.1.3 Objetivos
3.1.5.1 Físicos
3.1.5.2 Humanos
Professor e alunos
3.1.7 Equipamentos
- Computador
31
- Multimídia
- Extensão
REFERÊNCIAS
LOWENFELD, V. A criança e sua arte: um guia para os pais. 2. ed. São Paulo:
Mestre Jou; 1977.
32
4.1.1 Conteúdos
Compactação da argila
Confecção e utilização de placas de argila
Colagem das partes da argila
4.1.2 Justificativa
4.1.3 Objetivos
4.1.5.1 Físicos
4.1.5.2 Humanos
Professor e alunos
34
4.1.6 Materiais
REFERÊNCIAS
5.1.1 Conteúdos
5.1.2 Justificativa
5.1.3 Objetivos
5.1.5.1 Físicos
5.1.5.2 Humanos
Professor e alunos
5.1.6 Materiais
Fio de nylon
Garfos ou serrinhas de plásticos para texturas
Barbotina adesiva
Obs. O conteúdo apresentado nessa Unidade demanda o tempo de duas aulas para
a apreensão das duas técnicas.
REFERÊNCIAS
6.1.1 Conteúdos
Processo de secagem
Tipos de acabamento
Técnicas de decoração
6.1.2 Justificativa
6.1.3 Objetivos
Identificar o que é uma argila plástica, com um pouco de umidade e uma argila seca.
Identificar e realizar processos de acabamento como, texturas, brunimento
esponjamento, carimbo.
6.1.5.1 Físicos
6.1.5.2 Humanos
Professor e alunos
6.1.6 Materiais
REFERÊNCIAS
7.1.1 Conteúdos
7.1.2 Justificativa
Quem já não brincou com argila, amassou-a, deu-lhe formas variadas, fez de
conta que era isso ou aquilo? Somente o homem foi capaz de transformar a
natureza, criando coisas que lhe serviam para alguma idéia que tinha na mente e
aprimorando essa habilidade. Da mesma forma, pretende-se aproveitar o
conhecimento previamente adquirido, através do manuseio da matéria prima e do
seu preparo, do domínio técnico para construções em argila, do conhecimento dos
processos de acabamento e decoração, transformando-o em meios que facilitem,
para o professor, a sistematização do trabalho com argila. A aplicação de novas
estratégias e, aliando-as àquelas já conhecidas pelo professor, poderá resultar em
processos ainda mais eficazes para envolver o aluno com deficiência intelectual,
num processo contínuo de aprendizagem.
7.1.3 Objetivos
7.1.5.1 Físicos
7.1.5.2 Humanos
Professor e alunos
7.1.6 Materiais
REFERÊNCIAS
MASSOLA, D. Cerâmica: uma história feita à mão. São Paulo: Ática, 1994
8.1.1 Conteúdos
8.1.2 Justificativa
8.1.3 Objetivos
8.1.5.1 Físicos
8.1.5.2 Humanos
8.1.6 Materiais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredita-se que este projeto possa vir a somar aspectos positivos ao dia-a-
dia do professor e dos alunos com deficiência intelectual, pois, tendo em conta as
considerações expostas sobre a inteligência, o deficiente intelectual, a
psicomortricidade e a modelagem com argila, percebe-se quão adequada é a
atividade para aplicação nas escolas especiais. Entende-se que esse material
instrumentaliza o professor que usará das suas habilidades, criatividade e bom
senso para contextualizar o momento do aprendizado e os interesses de seus
alunos a sistematização deste trabalho. Portanto, a abrangência deste estudo tende
a nos fazer entender que o resultado obtido com a utilização da modelagem pode
chegar além do pensamento inicial proposto, o que envolve o atendimento às
diversas deficiências, oferecendo atividades que, pelo manuseio da argila e
associado a diferentes materiais, possam facilitar o desenvolvimento da
sensibilidade, dos saberes, da inteligência. Desta maneira poderemos promover a
aprendizagem, favorecendo tanto a inclusão da criança especial como a das outras
crianças.
48
REFERÊNCIAS
BUENO, J. M. Psicomotricidade: teoria & prática. São Paulo: Lovise LTDA, 1998.
LOWENFELD, V. A criança e sua arte: um guia para os pais. 2 ed. São Paulo:
Mestre Jou, 1977.
MASSOLA, D. Cerâmica: uma história feita à mão. São Paulo: Ática, 1994.