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Estratégias da Fisioterapia para Autonomia
Ana Cristina
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Ao considerar estas características, compreende-se que um indivíduo
adulto, mesmo que já tenha adaptado e/ou camuflado alguns comportamentos,
ainda os terá e assim será classificado da mesma maneira.
Por esta razão vale ressaltar a importância no detalhado levantamento da
queixa funcional do indivíduo, pois a partir dela será possível desenvolver um
plano de atenção voltado para as demandas trazidas por ele. E assim ele
participará do processo de tratamento como ator primário do seu processo
terapêutico.
A fisioterapia muitas vezes, por meio do estímulo ao movimento, com
estratégias para o trabalho de equilíbrio e da coordenação motora acaba por
auxiliar em processos cognitivos, como por exemplo a atenção, extremamente
relevante para a funcionalidade como um todo.
Mesmo na vida adulta é importante, a manutenção do cuidado e da
atenção multidisciplinar e com adequado suporte familiar, para que o indivíduo
consiga lidar com situações em que as demandas sociais excedam as suas
capacidades e que as estratégias aprendidas, até então, não sejam suficientes.
A manutenção da assistência tende a reduzir as dificuldades na
construção do funcionamento social, profissional e em outras áreas importantes
da vida do indivíduo, independente do TEA estar associado a outro transtorno do
neurodesenvolvimento, mental ou comportamental.
Para um indivíduo adulto com TEA que possui maior necessidade de
suporte, nível 2 e 3, possivelmente a demanda será por melhorar e/ou manter as
atividades de vida diária básica e instrumentais, relacionadas ao autocuidado e o
cuidado ao domicílio. Propiciando desta maneira, maior independência e
autonomia, através do estímulo adequado e personalizado para cada caso, na
busca do melhor desempenho para todas as atividades que ele tenha
capacidade de realizar.
Com o objetivo da intervenção personalizada e direcionada a queixa
funcional, seja do próprio indivíduo ou da família/tutor, a avaliação deve ser
realizada de forma detalhada desde a anamnese, contendo a identificação do
sujeito, seus dados pessoais, história de vida, queixa funcional, descrição do
diagnóstico clínico, uso de medicação e presença de comorbidades,
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identificação sobre a realização de outras terapias e destaque para as primeiras
impressões do ponto de vista comportamental e de comunicação.
Durante a avaliação é necessário a busca pelo entendimento de suas
potencialidades, que podem estar relacionadas aos interesses pessoais e/ou
hiperfoco, sendo costumeiramente um bom ponto de partida para a criação de
vínculo como também para o direcionamento das atividades e propostas
terapêuticas.
Sendo bem comum a melhor aderência ao tratamento quando os
objetivos estão relacionados de alguma forma ao assunto de interesse do
indivíduo, é possível notar uma maior motivação para melhora do desempenho
na realização, bem como um maior senso de autoeficácia e empoderamento.
Ao se propor alguma tarefa é importante se ater a instrução verbal, esta
pode ser desafiadora para alguns pacientes. É recomendado que se dê
informações curtas e direcionadas, com tempo suficiente para que ele consiga
processar a informação. A possibilidade de utilizar suporte visual é uma prática
baseada em evidência e auxilia na independência funcional por fornecer
previsibilidade.
A utilização de estratégias adequadas de estimulação para cada caso,
auxilia de maneira positiva visando o processo de plasticidade neural e
consequentemente o aprendizado.
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Referências Bibliográficas
LINKE A. et al. Impaired motor skills and atypical functional connectivity of the
sensorimotor system in 40-65 year old adults with Autism Spectrum Disorders.
Neurobiol Aging. Jan; 85: 104–112, 2020.
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