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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO

CURSO DE PSICOLOGIA

TALITA CAROLINA ROMUALDO ROCHA

TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA: PRESSUPOSTOS E


INTERFACES NA NEUROPSICOLOGIA

UBERLÂNDIA
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO

CURSO DE PSICOLOGIA

TALITA CAROLINA ROMUALDO ROCHA

TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA: PRESSUPOSTOS E


INTERFACES NA NEUROPSICOLOGIA

Artigo apresentado como requisito parcial para


aprovação na disciplina Neuropsicologia, do curso
de Psicologia, orientado pelo Professor Ms. Filipe
Silva Castro, no curso de Psicologia do Centro
Universitário do Triângulo, UNITRI.

UBERLÂNDIA
2020
Transtorno Espectro Autista: Pressupostos e interfaces na Neuropsicologia.

“Eu sou estranho, sou novo.


Eu me pergunto se você é também
Ouço vozes no ar
Eu vejo e você não, isso não é justo.
Eu quero não me sentir triste

Eu sou estranho, sou novo


Eu gostaria que você fosse também
Eu me sinto como um garoto fora do espaço
Eu toco as estrelas e me sinto fora de lugar
Eu me preocupo com o que os outros devem pensar
Eu choro quando as pessoas riem, me faz encolher

Eu sou estranho, sou novo


Eu entendo agora, você também
Eu digo: “Eu me sinto como um náufrago”
Eu sonho com o dia em que está tudo bem
Eu tento me encaixar
Eu espero que algum dia eu consiga
Eu sou estranho, sou novo”

Benjamin Giroux

Introdução

Entende-se como desenvolvimento humano as mudanças sistemáticas que ocorrem desde


a concepção até a sua maturidade. Nisto, podemos considerar a existência de três domínios do
nosso Eu, segundo Papalia e Feldman (2013), essas concepções são a física, cognitiva e o
psicossocial.
No cerne da psicologia, podemos considerar como mote de pesquisa sobre
desenvolvimento, as pesquisas a partir do fim do século XIX, tomando como a filosofia de
Kant, Rousseau e Locke, filósofos racionalistas, como base de toda tese. A partir disso,
segundo Palácios (1995), os modelos organicistas valorizaram os processos universais no
desenvolvimento de qualquer indivíduo.
Ora, no que tange este modelo racionalista e organicista, podemos tomar Piaget (1985)
como referência de tese para o desenvolvimento no que tange à psicologia. Ele descreveu em
seu livro intitulado Seis estudos de psicologia, o desenvolvimento em seis fases, donde inicia

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na fase infantil, na percorrendo toda a organização do pensamento humano (motor, intelectual
e afetivo),
O desenvolvimento psíquico, que começa quando nascemos e termina na idade adulta, é comparável
ao crescimento orgânico: como este se orienta, essencialmente, para o equilíbrio. Da mesma maneira
que um corpo está em evolução até atingir um nível relativamente estável,_ caracterizado pela
maturidade dos órgãos_, também a vida mental pode ser concebida como evoluindo na direção de
uma nova forma de equilíbrio final, representada pelo espírito adulto O desenvolvimento, portanto, é
uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um
estado de equilíbrio superior. (Piaget, 1985:11).

Pensando nas bases teóricas do desenvolvimento humano na forma biológica, psicológica,


social e biocomportamental, podemos conceituar o autismo como,
O autismo é um grave distúrbio no funcionamento do cérebro caracterizado por falta de interação
social normal, comunicação deficiente, movimentos repetitivos e um campo de atividades e
interesses altamente limitados. O autismo parece envolver uma falta de coordenação entre diferentes
regiões do cérebro, o que prejudica a realização de tarefas complexas (Just et al., 2006). Estudos
pós-morte revelaram uma quantidade menor do que o normal de neurônios na amígdala de cérebros
autistas (Schumann e Amaral, 2006). Pessoas com autismo também apresentam déficits na função
executiva e na teoria da mente (Zelazo e Müller, 2002). ( Papalia e Feldman, 2013, p. 154).

Sendo assim, o autista tem sérias dificuldade em socializar, comunicar-se e interagir com

o seu meio, fazendo jus a raiz da palavra: prefixo grego ‘AUTO-‘, ‘de si mesmo’, mais o

sufixo ‘-ISMOS’, indicativo de ação ou estado1. Ou seja, é aquele que se retira do seu próprio

mundo.

Este trabalho tem como objetivo explanar sobre o espectro autista, bem como seus

pressupostos conceituais, a visão da neuropsicologia sobre tal distúrbio sobre tratamentos,

contribuições científicas, e por fim na importância de se discutir esse tema ainda confuso aos

estudiosos, que aos poucos vem sendo desvelado.

A genealogia do espectro autista

O autismo tem ganhado mais espaço nos âmbitos de pesquisas científicas, devido ao

grande número de diagnósticos e por vezes ser confundido com outros transtornos, o que

causa danos ao tratamentos destes pacientes. O CDC (Center of Deseases Control and

Prevention), afirma existir hoje pelo menos um caso de autismo a cada 110 pessoas, o que nos

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DICIONÁRIO. Origem das palavras. Disponível em:
https://www.gramatica.net.br/origem-das-palavras/etimologia-de-autismo-e-autista/. Acesso em 01/jun/2020.

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faz estimar no Brasil, haja vista a quantidade total de habitantes, que o país tenha cerca de 2

milhões de pessoas acometidas por esse transtorno.

Ora, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido, segundo Lopez, Garcia, Monte,

et al (2014), como uma síndrome comportamental que compromete o desenvolvimento motor

e psiconeurológico dificultando a cognição, a linguagem e a interação social da criança. Um

transtorno ainda muito confundido com outros tipos de transtorno devido a sua semelhança de

diagnóstico, como por exemplo, o Déficit de atenção.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), (2014), o

Transtorno Espectro Autista se caracteriza por falhas na comunicação social e em interações

sociais em diversos âmbitos, seja na interação verbal ou ainda na manutenção de manter e

desenvolver relacionamentos. Para além dos relacionamentos, estes indivíduos possuem

padrões de comportamento repetitivos e restritos.

No diagnóstico do transtorno do espectro autista, as características clínicas individuais são


registradas por meio do uso de especificadores (com ou sem comprometimento intelectual
concomitante; com ou sem comprometimento da linguagem concomitante; associado a alguma
condição médica ou genética conhecida ou a fator ambiental), bem como especificadores que
descrevem os sintomas autistas (idade da primeira preocupação; com ou sem perda de habilidades
estabelecidas; gravidade). NASCIMENTO, Maria Inês Corrêa et al., p. 32, 2014).

No que concerne aos fatores tangíveis do autismo, podemos observar, segundo Johnson,

Myers e Council (2007 apud Papalia, 2013, p.150), que crianças acometidas por esse

transtorno possuem sinais como a não direção de olhar para os pais ou cuidadores; por volta

dos 5 meses, não existem balbucios recíprocos entre bebês e os pais, podendo ocorrer somente

aos 9 meses, e desenvolvimento da fala após os 16 meses e nenhuma frase formada por

completo até os 2 anos, sendo possível a perda de habilidades linguísticas a qualquer

momento.

Ainda, segundo o DSM-5 (2014), indivíduos com espectro autista podem possuir mais de

um transtorno em seu neurodesenvolvimento, como por exemplo algum déficit intelectual ou

de atenção. O TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) é comum entre esses

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indivíduos, no que tange à sua aprendizagem, há também àqueles transtornos específicos da

comunicação e interação social, que se acompanha de comportamentos que se repetem

excessivamente. È importante salientar que a criança autista não tem como opção o seu

isolamento, mas isso é uma condição inerente à ele. Assim afirma Silva (2012), que traz o

autista como um indivíduo com uma falta de habilidade de interação que acaba criando uma

visão ameaçadora do contato social.

O olhar da neuropsicologia sobre o TEA

Haja vista este breve histórico e definição sobre o espectro autista, é importante explanar

o olhar da neuropsicologia sobre esse transtorno. A neuropsicologia tem como interesse

verificar o funcionamento cognitivo, emocional, e social dessas crianças e adolescentes com o

meio em que vivem (família, escola e cuidadores), e que sofrem do transtorno do espectro

autista, bem como outros transtornos que podem estar ligados a este.

A partir disso, nota-se que a memória, a função executiva e a atenção em um indivíduo

com espectro autismo funciona de modo incompleto ou reduzido, ou seja, o armazenamento

de informações, a manutenção e manipulação de dados de execução de tarefas, não é

executado com capacidade completa.

Para Bosa (1998) o processo de diagnóstico de TEA precisa ser realizado de maneira

gradual, analisando o comportamento atual da criança, sua história, suas habilidades

cognitivas, sendo então um tipo de avaliação estandardizada, considerando seu

desenvolvimento e se houver, os transtornos que lhe são associados.

Estudos apontam que os autistas geralmente possuem algum tipo de anormalidade no que

diz respeito à atenção perante os estímulos recebidos, e isso, segundo Bosa (2001), evidencia

uma dificuldade dos hemisférios cerebrais em executar funções de forma independente, daí

vem a dificuldade em lidar com as experiências sensoriais, por exemplo. O que decorre de

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séries repetitivas de comportamentos, e também de seu isolamento, justamente para lidar com

essa incapacidade.

A disfunção atencional é solucionada com comportamentos obsessivos e inadequados que são


repetidos de forma incessante. Em uma abordagem neurofisiológica percebe-se que a função da
atenção em pessoas com Transtorno do Espectro Autista está suspensa o que promove o chamado
vazio psíquico que é um tipo de desorganização de estados bastante primitivos. Este estado é
comparado a epilepsia e sugere envolvimento de fatores neurofisiológicos. As estereotipias e as
dispersões sensórias estariam relacionadas com tentativa de controlar, de forma repetitiva, seus
objetivos (MEDEIROS, 2011). (SOARES, Tatiana B.; PEREZ, Fernanda G., p.08, 2020).

Então, pode-se pensar que para a construção de desenvolvimentos de habilidade

intelectuais de forma harmoniosa, é preciso a verificação neuropsicológica em forma de

avaliações de desempenho cognitivo geral e global como também,análise de funções

específicas da atenção, da linguagem, da memória e das funções executivas (CAVACO,

2015).

Modelos de avaliação e contribuições da neuropsicologia para intervenções com pessoas

com TEA.

Sabe-se que a neuropsicologia tem como mote o estudo do desenvolvimento humano a

partir de bases neurais do comportamento cerebral, fazendo correlações entre estrutura e suas

funções que estão estabelecidas no cérebro. Haja vista esta base de estudo, no que concerne ao

TEA, a preocupação pode ser voltada para além destas já mencionada, considera-se também a

análise de cada fase do desenvolvimento dessas crianças, bem como a influência da família e

da escola a partir de uma perspectiva biopsicossocial (ANDRADE; FERREIRA, HAASE,

2009a; ANDRADE; FERREIRA, HAASE, 2009b; HAASE, 2009a).

Então para que seja realizada as avaliações nestas crianças, existem alguns tipos de testes

que vão da triagem para casos já avançados (18 a 24 meses em média), até os de atenção

concentrada, memória não verbal, habilidade visioespaciais, competências cognitivas, por

exemplo. No que concerne à triagem, primeiramente deve-se seguir o teste de triagem

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MCHAT-R2, previamente realizado pelo pediatra desta criança, que diagnostica-o com TEA.

A partir disso é feito o encaminhamento para o neuropsicólogo que faz parte da equipe

multidisciplinar (fonaudiólogos, pediatras, enfermeiros, fisioterapeutas).

No que tange ao neuropsicólogo, alguns instrumentos são utilizados para testes como o

teste de Atenção Concentrada, Bateria Luria de Testes Neuropsicológicos, Figuras Complexas

de Rey e Torre de Hanói, cada um desses tem sua funcionalidade e avaliação em aspectos

específicos.

No teste de Atenção Concentrada, observa-se a capacidade do indivíduo de se concentrar

em uma tarefa, ele é utilizado para crianças maiores, pois se trata de uma folha sequenciada

de triângulos, onde a criança precisa assinalar, dentre 21 linhas com 21 símbolos, aqueles

iguais aos exemplos. Para esta tarefa serão dispensados cinco minutos (CAMBRAIA, 1967).

A Bateria Luria de Testes Neuropsicológicos, criado pelo A.R. Luria (1902-1977), mensura

uma medida global de disfunção cerebral, ao mesmo tempo que contempla a lateralidade,

fazendo com que se torne possível a localização de défices cerebrais focais (Hebben &

Milberg, 2002).

Podemos destacar também o Teste da Figura Complexa de Rey-Osterriet, ele avalia a

organização visoespacial, a memória, e como os estímulos perceptivos são percebidos,

desenvolvido por Rey em (1941) e padronizado por Osterrieth (1944), é referência no campo

das Neurociências. Por fim, outro exemplo de teste neuropsicológico muito utilizado em casos

de TEA, é o Torre de Hanói, este trata-se de um teste que vislumbra a capacidade lógica. Lent

(2001) afirma que se o teste tanto para a memória operacional para encontrar a sequência de

movimentos correta, sendo que a lógica global empregada permanece oculta, inconsciente.

2
É um teste de triagem e não de diagnóstico e é exclusivo para sinais precoces de autismo e não para uma análise global do
neurodesenvolvimento. A recomendação da SBP é o Questionário Modificado para Triagem do autismo em Crianças entre 16
e 30 meses, Revisado, com Entrevista de Seguimento (M-CHAT-R/F) (Manual de Pediatria do Desenvolvimento e
Comportamento : Transtorno do Espectro do Autismo. SBP, 2019, p.5).

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Esses são apenas alguns tipos de testes, cada um deles para uma fase de desenvolvimento

específica e com objetivos diferentes, tudo para que a neuropsicologia possa desvendar os

mistérios da mente do portadores de TEA, que ainda tem tanto a ser descoberto.

Ora, a partir de testes e pesquisas sobre TEA, a neuropsicologia pode contribuir para

melhores tipos de intervenções no que tange ao funcionamento cognitivo, emocional, familiar,

acadêmico e social de crianças e adolescentes. O exame a partir de desses aspectos, faz com

que o tratamento seja satisfatório, pois as habilidades psicomotoras, linguísticas, visoespaciais,

sócio-emocionais são trabalhadas, amenizando assim os déficits e excessos comportamentais,

trazendo à tona novos reforçadores da família e a valorização que o paciente necessita,

excluindo a sensação de frustração e raiva que tanto família, como paciente sentem diante de

um tratamento realizado de forma errônea, o que justifica as intervenções psicológicas de

reforçamento familiar e de modificação daqueles comportamentos já estagnados para que pais,

cuidadores e autistas.

Possíveis caminhos sobre a TEA: o que ainda precisamos saber sobre o autismo

Sabendo que o Transtorno do Espectro Autista (TEA), compromete severamente as

habilidades sociais do infante, como sua comunicação, interação social com seus comuns e

aprendizagem de modo geral. Tomando como ponto de partida esta premissa, a

neuropsicologia deve ser preocupar em desenvolver mais testes eficazes no diagnóstico, bem

como ferramentas eficazes para melhor desenvolvimento e confortabilidade dos indivíduos

acometidos por esse transtorno.

Haja vista esta preocupação, é possível observar diversos artigos com intuito de explanar

sobre as áreas cerebrais que norteiam os comportamentos que caracterizam o TEA, apesar de

as mesmas nortearem outros tipos de transtornos do desenvolvimento neurológico, tornando

ainda mais minuciosa este tipo de pesquisa. Mas o que já se sabe é que este transtorno tem

cunho orgânico, ou seja, parte de alterações funcionais do cérebro,

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O autismo é um grave distúrbio no funcionamento do cérebro caracterizado por falta de interação
social normal, comunicação deficiente, movimentos repetitivos e um campo de atividades e
interesses altamente limitados. O autismo parece envolver uma falta de coordenação entre diferentes
regiões do cérebro, o que prejudica a realização de tarefas complexas (Just et al., 2006 apud Papalia,
2013, p.154).

Para tanto, vale ressaltar a importância de pesquisas realizadas sobre as funções

executivas, assim como a memória e atenção, e também questões ligadas à mímicas, ou seja, a

repetição mimética de ações mediadas, facilitando as relações interpessoais dos portadores de

TEA, por meio da hipótese dos neurônios espelho3, que quando ativados remetem a um

significado, que pode ou não ser seguida por etapas conscientes que permitem uma

compreensão mais abrangente dos eventos através de mecanismos cognitivos mais

sofisticados (Gallese, 2005).

Muitas são as possibilidades de pesquisa, mas o mote dessa questão é tão somente a

busca por diagnósticos mais precisos e orientações de tratamentos de qualidade, para que

a partir de uma teoria da mente, o neuropsicólogo pode trabalhar de maneira eficiente.

Considerações finais

Embora não exista cura para este transtorno, a melhora pode ocorrer a partir de

intervenções multidisciplinares de médicos, fisioterapeutas, fonoaudiálogos, e principalmente

de neuropsicólogos, que tem como objetivo o desenvolvimento a independência, habilidades

motoras e de fala, bem como a melhora do convívio social e psicológico dos acometidos pelo

transtorno, assim como afirmado por Batista (2012), que reitera a reabilitação como um

processo dinâmico e global orientado para a recuperação física e psicológica do indivíduo

com deficiência, tendo como objetivo a sua reintegração social.

3
Descobertos por Rizzolatti e alguns colaboradores, demonstraram que alguns neurônios da área F5, localizada no lobo
frontal, que eram ativados quando o animal realizava um movimento com uma finalidade específica, ou quando observavam
outro indivíduo

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Estudos de funcionamentos cerebrais de pessoas com TEA, bem como a interpretação de

linguagem corporal, comunicação não verbal, aprendizagem, bem como as emoções e

interações sociais, são de extrema importância para que o desenvolvimento aconteça, e a

neuropsicologia utiliza de ferramentas da Teoria Cognitivo Comportamental, observando a

situação do portador de TEA, o que se passa neurologicamente e psicológicamente, suas

emoções e por fim os comportamentos inerentes à estes indivíduos.

A importância em se estudar sobre o TEA é ímpar, pois quanto mais conhecimento sobre

tal transtorno os profissionais obtiverem, mais eficaz se torna o tratamento. Entender como se

desenvolve a mente singular do autista, traz para este, acolhimento, comprometimento em

desenvolver-se e interagir com sua família, aprendizagem e rendimento escolar, ou seja,

quanto maior for o conhecimento, mais ferramentas serão desenvolvidas e por consequência,

esses indivíduos vão ter em viver com maior qualidade e de sua inserção na sociedade.

Entender sobre o TEA é procurar respostas às sensações e mudanças desses indivíduos,

refletindo seus modos de ser e estar no mundo, é ajudar que descubram, é mostrar um novo

mundo para eles e para seus familiares, e ao caminhar lado a lado com o autista, seguimos um

caminho de luz e beleza da existência, como seres que se afirmam na vida.

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