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COMPREENDENDO O

TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
NO AMBIENTE
ESCOLAR
RAYENE LINS
“ Para enxergar claro, basta mudar a direção do olhar.”

Antoine de Saint-Exupéry

Graduanda pela Faculdade Pernambucana de Sáude;


Parte da equipe de psicologia do IMIP (Instituto de
Medicina Integral Professor Fernando Figueira).

Contato: rayenemirelara@hotmail.com
CONTEXTO HISTÓRICO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) por muito tempo era visto


apenas por um sinal clínico de isolamento. Estando presente,
inicialmente, englobado em vários quadros de psiquiatria infantil.
(GUEDES, 2021)

Apenas a partir do DSM-V, foram discutidos os conceitos


anteriores, eliminando as categorias Autismo Infantil, Síndrome de
Asperger, Transtorno Desintegrativo e Transtorno Global do
Desenvolvimento Sem Outra Especificação, passando a existir
apenas uma denominação: Transtornos do Espectro Autista (TEA).
(GUEDES,2021)
De acordo com o DSM-V, o transtorno do espectro
autista possui como características principais:
prejuízo persistente na comunicação social recíproca
e na interação social, padrões restritos e repetitivos
de comportamento, interesses ou atividades que
estão presentes desde o início da infância e limitam
ou prejudicam o funcionamento diário.
A noção de “espectro” representa a variação na intensidade das
áreas comprometidas pelo transtorno, como se fossem diferentes
tonalidades de uma cor. Assim, o Transtorno do Espectro Autista
(TEA) abrange uma heterogeneidade de características, habilidades e
necessidades que variam de um indivíduo para outro (SCHMIDT,
2017).

Para uma boa inclusão escolar, o aluno não deve se adaptar a escola,
mas sim a escola que deve se adaptar ao aluno e suas diversas
formas de aprender (SILVA & CAMARGO, 2021).
IMPORTÂNCIA DA
DETECÇÃO PRECOCE
Nos primeiros anos de vida, a criança possui uma maior plasticidade das
estruturas anátomo-fisiológicas, bem como grande sensibilidade às
experiências de vida, tornando esse período um momento privilegiado
para intervenções (VISANI; RABELLO, 2012; KLIN, 2006).

A detecção precoce considera as situações de sofrimento psíquico e


problemas no desenvolvimento das crianças de 0 a 3 anos que, se
identificadas em suas primeiras manifestações permitem realizar
intervenções clínicas e pedagógicas que favorecem a constituição da
criança e do seu laço com os pais e seus demais cuidadores
(JERUSALINSKY, 2018).
O papel do profissional que trabalha com autismo é
semelhante ao de um intérprete ou guia transcultural:
alguém que entende ambas as culturas e é capaz de
traduzir e orientar as expectativas e procedimentos
de um ambiente não-autístico para o indivíduo com
alterações complexas e abrangentes. (SOUZA,2004).
PEI - PLANO EDUCACIONAL
INDIVIDUALIZADO

NO PEI tem o foco na vida escolar do aluno e deve elaborar objetivos de


aprendizagem considerando aspectos acadêmicos, sociais, laborais e
comportamentais de forma colaborativa entre a escola, pais, outros
profissionais da saúde e educação e, quando possível, o próprio aluno
(SILVA & CAMARGO, 2021).
Para Cunha (2015) às estereotipias apresentadas
podem se expressar por uma dificuldade na
comunicação, para informar a outra pessoa sobre sua
felicidade, frustração, emoção, ou ansiedade. O
movimento estereotipado surge devido ao contato
sensorial com determinado objeto/ambiente, perante
o estímulo e sensação que o objeto proporciona, em
que a criança acaba reagindo por uma repetição e
compulsão.
O PLANEJAMENTO
INCLUSIVO
Comportamento

Reconhecimento

Processo de Feedback
"Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense
errado, é quem pode ensinar a pensar certo."
Paulo Freire
OBRIGADA!
No dia 18 de junho, celebramos o Dia do Orgulho Autista. A data foi
instituída em 2005 por uma organização americana que atua em prol
do direito das pessoas com TEA. O objetivo da data é fomentar junto
à sociedade que o Transtorno do Espectro Autista (TEA), não é uma
doença e sim, uma neurodiversidade que apresenta características
específicas. Esta data, corrobora com o dia 2 de abril – Dia da
Conscientização sobre o Autismo, instituída no Brasil em
2018(MACHADO, 2014).
DSM-V. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos GUEDES, Tâmara Albuquerque Leite. Contexto histórico,
Mentais. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. epidemiologia e causas relacionadas aos Transtornos do
MACHADO, Márcia F. Lombo; ANSARA, Soraia. De Espectro do Autismo. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS.
figurantes a atores: o coletivo na luta das famílias dos UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Atenção à
autistas. Revista Psicologia Política, v. 14, n. 31, p. 517-533, Pessoa com Deficiência I: Transtornos do espectro do autismo,
2014. síndrome de Down, pessoa idosa com deficiência, pessoa
Schmidt, C. Transtorno do EspectroAutista: onde estamos e amputada e órteses, próteses e meios auxiliares de
para onde vamos. Psicologia em Estudo, 22(2), 221-230, locomoção. Atenção à Reabilitação da Pessoa com
2017. Transtornos do Espectro do Autismo. São Luís: UNA-SUS;
SOUZA, José Carlos et al . Atuação do psicólogo frente aos UFMA, 2021.
transtornos globais do desenvolvimento infantil. Psicol. cienc.
prof.,Brasília , v. 24, n. 2, p. 24-31, June 2004 JERUSALINSKY, Julieta. Detecção precoce de sofrimento
DA SILVA, Gabrielle Lenz; CAMARGO, Síglia Pimentel psíquico versus patologização da primeira infância. Estilos
Höher. Revisão integrativa da produção científica nacional Clínicos, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 83-99, jan./abr. 2018.
sobre o Plano Educacional Individualizado. Revista
Educação Especial, v. 34, p. 1-23, 2021.

Contato: rayenemirelara@hotmail.com

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