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Petrologia das Rochas

Magmáticas
Prof. Dr. Rubem Porto Jr.
Tópico 5: Origem dos Magmas
UFRuralRJ
Tipos de mantos e geodinâmica.
Manto
Astenosférico Mais quente, plástico e É o manto sublitosférico convectivo.
convectivo

Litosférico Menos quente, rígido e não


convectivo

Sublitosférico Está abaixo do litosférico mas nem


sempre é convectivo, isto é, nem
sempre é astenosférico.

Litosférico Está abaixo da crosta continental.


subcontinental

Litosférico Está abaixo da crosta oceânica.


suboceânico
Tipos de mantos e geodinâmica.
Manto Tipo de Reservatório La/Yb La/Nb

Astenosférico Reservatório fértil (tipo pluma ou hotspot) >1 <1

Astenosférico Reservatório empobrecido (tipo N-MORB) <1 <1

Litosférico Reservatório enriquecido (corpos máfico- >1 >1


ultramáficos, potássicos a ultra-potássicos
hidratados - lamproítos, ankaramitos;
basaltos tholeíticos?)
Caracterização dos principais tipos de fontes
geradoras de magmas basálticos

1. Fonte: manto
O manto é:
>> Formado por peridotitos, isto é, por uma rocha com olivina +
ortopiroxênio + clinopiroxênio + um mineral aluminoso que pode ser
plagioclásio, espinélio ou granada, dependendo da pressão.

>> A principal evidência da composição peridotítica do manto terrestre


advém dos nódulos mantélicos em kimberlitos e basaltos alcalinos e,
subordinadamente, de sequências ofiolíticas.
>> O manto é quimicamente homogêneo se considerarmos apenas
os elementos maiores. No entanto, o manto terrestre é quimicamente
HETEROGÊNEO em diversas escalas, mas principalmente
regionalmente, no tocante às suas composições de elementos traços
e isotópicas.

>> Por exemplo, o manto astenosférico gerador de N-MORB tem


uma razão 87Sr/86Sr ~ 0,703000 enquanto que o manto litosférico
gerador de basaltos continentais tem uma razão 87Sr/86Sr média
em torno de 0,707000 que, por sua vez, é sutilmente superior ao
manto astenosférico gerador de basaltos de ilhas oceânicas (em
torno de 0,705000).
São dois os tipos principais de basaltos encontrados
nas bacias oceânicas:
Basaltos toleiíticos e Basaltos alcalinos
Difrenças petrográficas entre basaltos toleiíticos e alcalinos
Tholeiitic Basalt Alkaline Basalt
Usually fine-grained, intergranular Usually fairly coarse, intergranular to ophitic
No olivine Olivine common
Matriz
(Groundmass) Clinopyroxene = augite (plus possibly pigeonite) Titaniferous augite (reddish)
Orthopyroxene absent
Orthopyroxene (hypersthene) common
Interstitial alkali feldspar or feldspathoid may occur
No alkali feldspar
Interstitial glass and/or quartz common Interstitial glass rare, and quartz absent
Olivine rare, unzoned, and may be partially resorbed Olivine common and zoned
Fenocristais
or show reaction rims of orthopyroxene
(Phenocryst)
Orthopyroxene uncommon Orthopyroxene absent
Early plagioclase common Plagioclase less common, and later in sequence
Clinopyroxene is pale brown augite Clinopyroxene is titaniferous augite, reddish rims

after Hughes (1982) and McBirney (1993).


São também distintos quimicamente entre si, com
evolução ao longo de duas séries distintas.

Toleiítos são gerados nas cadeias meso-oceânicas, nas áreas de


“Ilhas Oceânicas”, e nas zonas de subducção.

Os Basaltos alcalinos são gerados, basicamente, nas áreas “Ilhas


Oceânicas“ e, subordinadamente, em zonas de subducção.
As Rochas do manto.

Lherzolito é a rocha que corresponde ao representante


mais provável de um manto fértil inalterado (não
depletado).

Dunito e Harzburgito são as rochas que melhor


representam os resíduos refratários que surgem depois
da extração dos magmas basálticos por fusão parcial.
Lherzolito: Olivine
um tipo de peridotito com Dunite
presença de Olivine > Opx + Cpx 90

After IUGS Peridotites

Lherzolite

40

Olivine Websterite Pyroxenites


Orthopyroxenite
10

Websterite
10
Clinopyroxenite
Orthopyroxene Clinopyroxene
15
Tholeiitic basalt

10

Lherzolite

Harzburgite Residuum
0 Dunite
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8
Wt.% TiO2
Diagrama para as fases aluminosas ocorrentes no Lherzolito:

Plagioclásio
(< 50 km)
Epinélio
50-80 km
Granada
80-400 km

Figure Phase diagram of aluminous lherzolite with


melting interval (gray), sub-solidus reactions, and
geothermal gradient. After Wyllie, P. J. (1981). Geol.
Rundsch. 70, 128-153.
Mas, como o MANTO funde ??
1) Incremento da temperatura
2) Alívio da pressão (dois casos):
Descompressão Adiabática (sem perda expressiva de calor)
Descompressão com fusão (“melt” corresponde a pelo menos 30%
do material)

Figure . Melting by (adiabatic)


pressure reduction. Melting
begins when the adiabat crosses
the solidus and traverses the
shaded melting interval. Dashed
lines represent approximate %
melting.
3) Por adição de voláteis (especialmente H2O)
Essas fusões (Melts) PODEM ser criadas sob
condições realísticas ?? A resposta é SIM!
Mas onde??
Locais onde ocorre a separação de Placas
condições Adiabáticas: fusão por descompressão.
“Hot spots” que são “plumas” compostas de fusão

Fluxo de Fluidos
Importante em zonas de subducção e em outros ambientes
tectônicos.
Conclusões Iniciais
Magmas toleíticos tem formação favorecida por fusões mais
rasas
25% de fusão a <30 km >> toleiíto
25% de fusão a 60 km >> olivina basalto
Magmas toleíticos tem formação favorecida por % de fusões
maiores
20 % de fusão a 60 km ® basalto alcalino
Elementos incompatíveis (alcális) >> fusão inicial
30 % de fusão a 60 km >> toleiíto
Magmas Primários
São magmas formados em zonas profundas e que ascendem sem
que sofram modificações expressivas, seja por cristalização fracionada
ou por processo de assimilação

Critérios para definição de magmas primários


Dados experimentais, para fusões de Lherzolito, apontam para:
Mg# = 66-75
Cr > 1000 ppm
Ni > 400-500 ppm
Esses seriam os índices que caracterizariam os magmas como
primários.
Modelo atual
Manto superior depletado = fonte para MORB
Manto inferior não depletado e/ou enriquecido = fonte para OIB

Figure . After
Basaltic Volcanism
Study Project (1981).
Lunar and Planetary
Institute.

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