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Leis dos gases ideais e sua aplicação

em técnicas de diagnóstico médico


TRABALHO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Margarida Ribeiro 1200951


Beatriz Cardoso 1190430
Miguel Prisco 1201046
Índice
Índice de figuras ................................................................................................................2

Resumo...............................................................................................................................3

Abstrat ...............................................................................................................................4

Contextualização.................................................................................................................. 6

Revisão do estado da arte..................................................................................................9

Diagnóstico ..................................................................................................................... 9

Gases Ideais .................................................................................................................. 11


Lei dos Gases Ideais................................................................................................................................12
Lei de Boyle-Mariotte .............................................................................................................................14
Lei de Charles..........................................................................................................................................15
Lei de Gay-Lussac...................................................................................................................................16
Lei de Dalton ...........................................................................................................................................17
Lei de Avogadro ......................................................................................................................................18

Aplicações em técnicas de diagnostico............................................................................. 19


Pletismografia .........................................................................................................................................19
Medicina Hiperbárica .............................................................................................................................22
Ventiladores .............................................................................................................................................25

Conclusão ........................................................................................................................28

Bibliografia......................................................................................................................29

1
Índice de figuras
Figura 1. Diferentes estados físicos de matéria. ...............................................................6
Figura 2. Consolidação das leis dos gases ideais, respetivamente, de cima para baixo,
para um processo isotérmico, processo isobárico, processo isocórico, processo
isotérmico e isocórico, processo isotérmico e isobárico...................................................7
Figura 3. Objetivos de um diagnóstico. ..........................................................................10
Figura 4. Dependência da Pressão (P) com o Volume (V). ............................................14
Figura 5. Várias curvas isotérmicas de um certo gás a diferentes temperaturas (𝑇3 >
𝑇2 > 𝑇1). ........................................................................................................................14
Figura 6. Dependência da Volume (L) com a Temperatura (K) para um gás ideal a
pressão constante (isobárica)..........................................................................................15
Figura 7. Dependência da Pressão (P) com a Temperatura (K) para um gás a Volume
constante (isocórica). ......................................................................................................16
Figura 8. Lei de Dalton ou das pressões parciais...........................................................17
Figura 9. (1) Exame de pletismografia; (2) Exame de espirometria. .............................19
Figura 10. Exemplo de um pletismógrafo. ......................................................................20
Figura 11. Consolidação analítica do procedimento do exame de pletismografia. .......21
Figura 12. Câmara hiperbárica. .....................................................................................22
Figura 13. Esquema das fases do ciclo respiratório. ......................................................25

2
Resumo
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Termodinâmica
presente no segundo ano da licenciatura em Engenharia Biomédica pelo ISEP. O tema
escolhido foi o tema 2 - Leis dos gases ideais e sua aplicação em técnicas de diagnostico
médico. A escolha do tema sucedeu-se, maioritariamente, devido às técnicas de
diagnóstico, uma vez que é uma área de interesse para todos os membros do grupo. Para
além disso, esta área é, também, bastante comum em Engenharia Biomédica.
Este trabalho está dividido em algumas partes. Em primeiro lugar, apresentamos
todos os índices que consideramos necessários, tal como a lista de abreviaturas que
consideramos úteis. De seguida, apresentamos os objetivos que tencionamos cumprir ao
longo do trabalho, e mais tarde, na introdução, fazemos uma contextualização do tema
escolhido. Na revisão do estado da arte fazemos uma abordagem mais profunda ao tema,
desenvolvendo alguns subtemas que consideramos importantes para a compreensão e
complexidade do trabalho, como a explicação do que consiste um diagnóstico, os gases
ideais e as suas leis, os fenómenos físicos associados e por fim as suas aplicações nas
técnicas de diagnóstico. O trabalho termina com as devidas conclusões referentes à
pesquisa realizada e com as referências usadas ao longo do corpo de texto.

Lista de Abreviaturas
UC – Unidade Curricular
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto

3
Abstrat
This work was developed in the scope of the Thermodynamics curricular unit
present in the second year of the Biomedical Engineering degree at ISEP. The topic
chosen was Topic 2, which deals with the Ideal Gas Law and its application in medical
diagnostic techniques. The choice of the theme was mostly due to diagnostic techniques,
since it is an area of interest to all members of the group. It is also a very common area
in Biomedical Engineering.
This paper is divided into a few parts. First we present all the indexes that we
consider necessary, as well as the list of abbreviations that we consider useful. Next we
present the objectives that we intend to fulfill throughout the work, and later, in the
introduction, we make a contextualization of the chosen theme. In the state-of-the-art
review we take a deeper approach to the topic, developing some subthemes that we
consider important for the understanding and complexity of the work, such as the
explanation of what a diagnosis consists of, ideal gases and their laws, the associated
physical phenomena and, finally, their applications in diagnosis techniques. The paper
ends with our conclusions concerning the research conducted and the references used
throughout the body of the text.

4
Objetivos
Este trabalho tem como objetivo aprofundar os conhecimentos adquiridos na UC
de Termodinâmica e também ao nível das competências de pesquisa bibliográfica.
Embora esse seja o principal objetivo, selecionamos algumas metas para serem cumpridas
durante a realização deste trabalho:
• Compreender melhor o conceito de diagnóstico;
• Compreender os conceitos por de trás de um gás, bem como nas suas leis;
• Ser capaz de adequar as leis enunciadas na vida real, bem como em problemas
reais;
• Interpretar o funcionamento dos gases bem como a sua importância na área
médica.

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Introdução
Contextualização
A matéria pode ser, facilmente, definida como tudo aquilo que ocupa espaço, por
outras palavras, apresenta um certo volume e uma certa massa. Além de que, as suas
propriedades estão suscetíveis a mudanças ao nível das micropartículas que a constituem,
o que possibilita uma substância assumir diferentes estados físicos.
Simplificadamente, um estado físico corresponde à configuração que a matéria
adota, por isso, o que diverge entre os diferentes estados é organização das partículas,
conforme a sua proximidade e agitação. Os principais estados físicos estudados são os
seguintes:

Figura 1. Diferentes estados físicos de matéria.

Fonte: https://www.infoescola.com/quimica/estados-fisicos-da-materia/

Particularmente, quando uma substância manifesta o estado gasoso é intitulada de


gás, a base do presente trabalho de pesquisa. Portanto, fisicamente, um gás é definido
como um estado da matéria. Este não apresenta forma nem volume constantes e possui
alta energia cinética, tal como, alto espaço entre as suas partículas, devido à força de
atração inerte.
Em prol de continuar a contextualização, será importante articular o significado
de gás ideal. Sendo que, a eventualidade de um gás ser considerado ideal verifica-se
quando o total das suas interações intermoleculares é nula, e consequentemente, as
colisões entre partículas são perfeitamente elásticas, sem qualquer tipo de perda de
energia. Contrariamente, um gás real não preenche estas condições, pelo menos, na sua
completude.

6
Desta forma, o estudo dos gases resultou no surgimento de uma lei para explicar
o comportamento dos gases ideais em diferentes regimes, como a pressão, volume e
temperatura, uma vez que o estado de uma certa quantidade de gás pode ser perfeitamente
descrito por estas variáveis. Esta lei pode ser escrita, matematicamente, pela seguinte
equação:
PV = nRT (1)

(Sendo P a pressão, V o volume, n a quantidade de matéria, R a constante dos gases e T


a temperatura absoluta)
Contudo, a lei dos gases ideias evidencia para certas situações outras leis. Desta
forma, as leis para um processo isotérmico, processo isobárico, processo isocórico,
processo isotérmico e isocórico, processo isotérmico e isobárico encontram-se,
respetivamente, apresentadas na seguinte figura:

• Para uma certa quantidade de gás, num sistema fechado a temperatura constante, a pressão
Lei de Boyle e o volume são inversamente proporcionais.
M ariotte

• Para uma certa quantidade de gás, num sistema a pressão constante, o volume é
Lei de diretamente proporcional à sua temperatura absoluta.
Charles

• Para uma certa quantidade de gás, num sistema a volume constante, a pressão é
Lei de Gay- diretamente proporcional à sua temperatura absoluta.
Lussac

• Para uma certa quantidade de mistura de gases, num sistema a volume e temperatura
constantes, a pressão total é igual à soma das pressões parciais de cada gás exericria se
Lei de Dalton ocupassa sozinho o volume total da mistura.

• Para dois gases com volumes iguais, cada um num sistema com as mesmas pressões e
Lei de temperaturas, a quantidade de cada gás será igual.
Avogradro

Figura 2. Consolidação das leis dos gases ideais, respetivamente, de cima para b aixo, para um processo isotérmico,
processo isobárico, processo isocórico, processo isotérmico e isocórico, processo isotérmico e isobárico.

Tal como podemos averiguar por observação à figura 2, um destes casos especiais
é a lei de Boyle-Mariotte – processo isotérmico, que é enunciada da seguinte forma:

“Para uma certa quantidade de gás num sistema fechado, a temperatura constante, a
pressão e o volume são inversamente proporcionais.”

7
Desta forma, atendendo à lei dos gases ideais, se a pressão varia inversamente
com o volume, o seu produto resultará numa constante, k, logo, k será:

PV = nRT  PV = k (1.1)

A especifica abordagem à lei de Boyle-Mariotte é fundamental na compreensão


de possíveis aplicações da lei dos gases ideais no mundo real, seja ao nível industrial
como medicinal, uma vez que a utilização desta lei se constata bastante pertinente,
nomeadamente, ao nível do diagnóstico médico.
A título de exemplo, o diagnóstico médico relativo à eficácia dos mecanismos
respiratórios pode ser facultado pelo teste que avalia os volumes pulmonares, no qual se
dá uma prática direta da lei de Boyle-Mariotte, tal como será fundamentado no documento
adiante.
No entanto, o conhecimento de todas as leis dos gases ideais, evidenciadas na
figura 2, e a descoberta que o uso a 100% do oxigénio é nocivo a nível pulmonar, revelou-
se fundamental para a constituição científica da medicina hiperbárica, que enuncia:

“O impacto que um gás tem sobre o ser humano depende da sua pressão
parcial.”

A medicina hiperbárica, resumidamente, corresponde ao tratamento e terapia de


doenças num meios hiperbáricos, ou seja, onde a pressão superior à pressão atmosférica1.
Esta medicina tem sido empregue em vários ramos da área da saúde, incluindo no
diagnóstico de doenças porque é uma terapia que se encontra em constante “procura” de
patologias.

1 Pressão exercida pela atmosfera sobre uma superfície.

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Revisão do estado da arte
Diagnóstico

A palavra diagnóstico provém da palavra grega diagnósis2. Esta consiste na


reunião de diversas ideias provenientes do complexo pensamento humano de modo que
seja possível chegar a uma conclusão. Esta conclusão pode ser, por exemplo, uma doença.
O diagnóstico é a primeira fase numa intervenção, pois a partir dele iram-se desenvolver
ou procurar métodos para tratamento. Assim, pode-se afirmar que o diagnóstico consiste
na investigação, na análise da natureza ou da causa de um problema, devendo este
instrumento do conhecimento incluir no seu estado final a formulação dos resultados
dessa análise, bem como a exposição das conclusões... pelo que não se pode reduzir
apenas à constatação e à explicação. Implícita ou explicitamente orienta a decisão, sugere
alternativas, leva a novas investigações (UNESCO, 1970).
Quando o diagnóstico é referente a uma doença, passa por diversos processos de
modo que se consiga chegar a uma conclusão fiável, uma vez que a vida da pessoa em
questão poderá estar em risco. Este processo de diagnóstico irá ter em conta a
competência e a experiência do médico, pois isso fará com que algumas hipóteses sejam
excluídas mais rapidamente. Mas, para uma maior fiabilidade, é importante que sejam
realizados exames. Estes exames devem ser feitos de uma forma consciente, ou seja, uma
vez que à priori algumas doenças foram excluídas tendo em conta o historial clínico do
paciente e os seus sintomas, não há necessidade de serem realizados exames “a tudo”
(check up), pois não é o procedimento mais seguro. O paciente seria exposto a radiações
desnecessárias e o custo para o hospital seria muito maior. Assim, o diagnóstico
conduzido pela análise médica é a melhor opção.

2 Conhecimento das doenças pela observação dos seus sintomas.

9
A elaboração de um diagnóstico exige competências mínimas e pretende-se com
isso chegar a uma conclusão rápida e correta.

Figura 3. Objetivos de um diagnóstico.

(Gomes & Santos)

Existem dois tipos de diagnóstico diferentes:


o Diagnóstico determinístico: consiste num método de eliminação de
hipóteses. O médico seleciona algumas doenças que se assentam no
quadro clínico e de sintomas do paciente e vai eliminando algumas opções
à medida que vai obtendo mais informações, ficando assim no fim com
uma hipótese;
o Diagnóstico probabilístico: o médico não tem informação suficiente para
confirmar o diagnóstico, baseando-se em probabilidades, não podendo
assim excluir as hipóteses tão rapidamente como no tipo de diagnóstico
anterior.

10
Gases Ideais
Antes de ser abordado o conceito de Gases Ideais, é pertinente rever alguns
conceitos a respeito de gases.
Os gases não só se apropriam do volume e da forma dos recipientes onde estão
contidos, como este estado gasoso é o mais compressível de todos os estados da matéria.
Para além deste estado físico possuir densidades bastante mais baixas quando comparado
aos sólidos e aos líquidos, quando dois ou mais gases estão contidos no mesmo recipiente
não só se misturam completamente, como fazem-no de um modo homogéneo.
Uma vez que um determinado volume de gás é composto por milhares de milhões
de moléculas que podem colidir e interagir umas com as outras, torna-se complicado
descrever como se comportaria um gás ideal. Assim sendo, um gás perfeito consiste num
gás hipotético que obedece rigorosamente às leis dos gases ideias, de forma que assim
seja possível prever e modelar o comportamento de gases reais.
Considerando um certo gás, um gás ideal, as colisões entre as moléculas deste têm
de ser consideradas perfeitamente elásticas. Isto é, no decorrer de uma colisão, embora a
energia cinética de uma molécula seja transferida para outra, a energia cinética total antes
da colisão tem de ser igual à energia cinética após a colisão (O Que é a Lei Dos Gases
Ideais? (Artigo) | Khan Academy).
O gás ocupa espaço em volume porque as suas moléculas expandem-se numa
grande região do espaço, contudo, estas são consideradas como pontos, ou seja, possuem
massa, mas têm volume desprezável.
A energia cinética média das moléculas é proporcional à temperatura do gás em
kelvin, ou seja, gases diferentes à mesma temperatura têm de possuir a mesma energia
cinética.
Por fim, considera-se que num gás perfeito não existem forças atrativas nem
repulsivas entre as suas moléculas.
Estas hipóteses são válidas se o gás se encontrar a uma pressão baixa e a uma
temperatura elevada.

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Lei dos Gases Ideais
Uma forma relativamente simples de relacionar a pressão, P, o volume, V, e a
temperatura, T, de um gás ideal é através da lei dos gases ideais.
Esta relação foi obtida através de uma experiência na qual gases distintos foram
submetidos a uma determinada temperatura contante e pressões diferentes, tendo sido
obtidos volumes distintos para cada uma das pressões. Assim, colocando o produto da
pressão com o volume (PV) no eixo das ordenadas e a pressão (P) no eixo das abcissas,
irão ser obtidas curvas distintas para cada um dos gases, contudo, as curvas irão tender
para o mesmo ponto no eixo das ordenadas.
Desta forma, é possível concluir que o valor da ordenada na origem depende
unicamente da temperatura de ensaio, correspondendo esta ao produto da temperatura
absoluta na que se realizou o ensaio por um constante (RT). Assim, temos que:

𝑙𝑖𝑚 𝑃𝑉 = 𝑅𝑇
𝑃 →0
Sendo:

P – Pressão
V – Volume
R – Constante dos Gases Perfeitos
T – Temperatura

Em virtude da experiência realizada em cima, é possível aferir que um gás perfeito


é um gás ideal que no qual, independentemente do valor de pressão, é possível verificar
a equação 𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇, sendo “n” o número de moles do gás em questão.
Um cuidado a ter no uso da lei dos gases ideais é o uso correto das unidades.
Se a constante universal dos gases perfeitos estiver a ser usada, o R corresponderá
a 8,314 𝐽 𝐾 −1 𝑚𝑜𝑙 −1 , e a pressão (P) deverá ser em pascais (Pa), o volume (V) em 𝑚3 e
a temperatura (T) em kelvin (K).
Também é frequente o uso do 𝑅 = 8,314 𝐿 𝑎𝑡𝑚 𝐾 −1 𝑚𝑜𝑙 −1, sendo que neste caso
a pressão (P) deverá estar em unidades de atmosferas (atm), o volume (V) em unidades
de litros (L) e a temperatura (T) em kelvin (K).
É importante frisar que embora a maioria dos gases comporte com um gás ideal,
às pressões normais de trabalho, este comportamento deixa de se verificar quando as

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pressões são suficientemente elevadas ou as temperaturas baixas, isto é, quando a
densidade do gás for elevada e as moléculas não estiverem em média muito afastadas
umas das outras (TERMOD Gases-19-20).
A lei dos gases ideias pode ser reescrita de algumas formas distintas.
Ao usar o número de moléculas, N, em vez de o número de moles, n, a lei dos
gases ideais poderá ser reescrita da seguinte forma:

𝑁
𝑃𝑉 = 𝑅𝑇 = 𝑘𝐵𝑁𝑇
𝑁𝐴

Sendo N o número de moléculas e 𝑘𝐵 a constante de Boltzmann, dada por,

𝑅
𝑘𝐵 = = 1,38 × 10−23 𝐽 𝐾 −1
𝑁𝐴

A expressão deve ser escrita com a pressão, P, em pascais, Pa, o volume, V, em


𝑚3 , e a temperatura, T, em kelvin, K.
Uma vez que o número de moles pode-se expressar como o quociente entre a
massa de um gás e a sua massa molar, é possível reescrever a lei da seguinte forma:

𝑚
𝑃𝑉 = 𝑅𝑇
𝑀

Devendo-se ter o cuidado de escrever a massa de um gás, m, em gramas, g, e a


sua massa molar, M, em grama por mol, g/mol.

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Lei de Boyle-Mariotte

Tal como foi referido anteriormente, uma lei essencial para o diagnóstico médico,
é a Lei de Boyle-Mariotte. Esta afirma que se mantivermos constante a temperatura de
um gás e fizermos variar o seu volume, o produto da pressão a que o gás está submetido
pelo seu volume permanece constante, ou seja, se o volume do gás duplicar, a pressão
diminui para metade (Relação PV a T Constante: Lei de Boyle-Mariotte (Física) | e-
Escola).
A representação gráfica desta lei encontra-se na figura seguinte, sendo descrita
por uma família de hipérboles equiláteras.

Figura 4. Dependência da Pressão (P) com o Volume (V).

A curva denomina-se por isotérmica, ou seja, é uma transformação que ocorre


sempre com um valor constante de temperatura. Assim, para diferentes temperaturas,
iremos obter curvas isotérmicas semelhantes, contudo em posições diferentes.

Figura 5 . Várias curvas isotérmicas de um certo gás a diferentes temperaturas (𝑇3 > 𝑇2 > 𝑇1 ).

14
Lei de Charles

À semelhança da lei de Boyle-Mariotte, a lei de Charles constitui um caso


particular da lei dos gases ideais. Contudo, nesta lei não é a temperatura que é mantida
num valor constante, mas sim a pressão. Assim é possível verificar que a uma pressão (P)
constante, é possível aferir que o volume (V) de um gás com um valor fixo de massa,
varia proporcionalmente com a temperatura (T).
Embora esta expressão tenha permitido prever o volume dos gases, a sua maior
contribuição foi a descoberta de que, ao reduzir a temperatura até um determinado ponto,
o volume desse gás tornar-se-ia nulo.
Assim, William Thompson propôs uma nova escala absoluta de temperatura, hoje
conhecida como escala de kelvin, onde 0 K corresponde a -273,15℃, temperatura na qual
o movimento das células cessaria (Lei de Charles - Termodinâmica - InfoEscola)

Desta forma, a equação pode ser representada da seguinte forma:

𝑉 𝑇
=
𝑉0 𝑇0

Figura 6 . Dependência da Volume (L) com a Temperatura (K) para um gás ideal a pressão constante (isobárica).

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Lei de Gay-Lussac

De acordo com as das duas leis abordadas anteriormente, a lei de Gay-Lussac constitui
outro caso particular da lei dos gases ideais. Nesta lei, não é a pressão ou a temperatura
que é mantida constante, mas sim o volume.
Esta lei, que também pode ser denominada uma transformação isocórica ou uma
transformação isovolumétrica, defende que quando um gás com um valor fixo de massa
é submetido a um volume constante, a sua pressão e temperatura são proporcionais a uma
temperatura absoluta desse gás, isto é, aumentando-se a pressão, aumenta-se a
temperatura e vice-versa (Leis de Gay-Lussac - Mundo Educação).
Pode ser representada pela seguinte equação:

𝑃 𝑇
=
𝑃0 𝑇0

Figura 7 . Dependência da Pressão (P) com a Temperatura (K) para um gás a Volume constante (isocórica).

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Lei de Dalton

A lei de Dalton, por vezes também referida como lei das Pressões Parciais, enuncia
que a pressão total de uma mistura gasosa é igual à soma das pressões parciais exercidas
pelos diversos gases que a constituem.
Assim, podemos aferir que num certo volume de ar, a pressão parcial do gás azoto,
do oxigénio, do vapor de água ou de qualquer outro elemento que pudesse fazer parte
dessa mistura, terá o mesmo valor que outro gás qualquer, desde que esse ocupasse esse
mesmo volume total sozinho (TERMOD Gases-19-20).

Figura 8 . Lei de Dalton ou das pressões parciais.

17
Lei de Avogadro

Esta lei foi formulada por Amadeo Avogadro, enquanto este procurava explicar
as proporções de oxigénio e hidrogénio obtidas nos ensaios efetuados por Gay-Lussac.
Em conformidade com as anteriores, esta lei só é válida para gases ideais, e
defende que à mesma pressão e temperatura, ou seja, uma situação simultaneamente
isobárica e isotérmica, respetivamente, volumes iguais de qualquer gás ideal contêm o
mesmo número de moléculas.
Desta forma, temos que:
𝑃𝑉 𝑁𝑅
= = 𝑘𝑁
𝑇 𝑁𝐴

Sendo:
P – Pressão
V – Volume
N – Número de moléculas
T – Temperatura
𝑁𝐴 − Número de Avogadro
k – Constante de Boltzmann (1,1381 × 10−23 𝐽 𝐾 −1 )

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Aplicações em técnicas de diagnostico
Os gases ideias e as suas respetivas leis possibilitam fundamentar certos métodos
de diagnósticos médicos. Tais diagnósticos, que à priori, envolvem no seu procedimento
o volume e pressão de gases ideais, tornando-se proveitoso compreender o
comportamento destes, tal como estas duas variáveis se relacionam entre si. E, é neste
momento que as leis estudadas anteriormente entram em função.

Pletismografia

Uma destas aplicações práticas mais afamada na área médica é a pletismografia,


que consiste, resumidamente, no registo das modificações de volume pulmonar.
A pletismografia (1) é uma técnica diagnóstica que completa a avaliação
espirométrica (2), sendo que o primeiro exame mede os volumes pulmonares, estimando
a capacidade pulmonar total e volume residual, tornando-se um teste de extrema precisão
e rapidez, enquanto a espirometria apenas mede a quantidade de ar que o paciente é capaz
de inspirar e expirar.
Por conseguinte, esta examinação possibilita o estudo da capacidade de transporte
do ar, força muscular que participa na respiração e resistência das vias respiratórias. Desta
forma, os resultados possibilitam diagnosticar doenças respiratórias, tais como, doenças
intersticiais do pulmão e enfisema pulmonar, desempenhando uma tarefa primordial na
avaliação da mecânica ventilatória.

Figura 9. (1) Exame de pletismografia; (2) Exame de espirometria.

Fonte (1): https://www.medicalexpo.com/pt/fabricante-medico/pletismografo-2600.html


Fonte (2): https://www.cintramedica.pt/exame/espirometria

19
O princípio da lei de Boyle-Mariotte é, portanto, a base teórica desta técnica, uma
vez que é a partir desta mesma lei que se calcula o volume pulmonar.
Sendo assim, os pletismógrafos devem apresentar condições que solicitem a
aplicação da Lei de Boyle-Mariotte, isto é, um sistema fechado a temperatura constante.
Tal como podemos observar na figura 3, este aparelho é constituído por uma câmara ou
caixa, dentro da qual o paciente realiza o teste de porta fechada, de forma a impedir de
passagem de ar. No interior da caixa, encontra-se a peça bucal para respiração composta
de fluxómetro, manómetro para medir a pressão na boca (=alvéolo) e interruptor do fluxo
aéreo controlado eletricamente (TERMOD Gases-19-20). Será também importante referir
que o paciente realiza o exame com uma mola nasal para que a respiração se concentre
apenas na respiração oral.
No que toca ao computador, será apresentado as linhas de inclinação relativas às
variações do volume ou da pressão.

Figura 10. Exemplo de um pletismógrafo.

Fonte: https://www.medicalexpo.com/pt/prod/medical-equipment-europe/product-
84503-540195.html

Existem dois tipos de pletismógrafos:

o Pletismógrafos de pressão - volume constante e pressão variável;


o Pletismógrafos de deslocamento de volume ou fluxo - volume variável e pressão
constante.

20
Tendo em conta que o pletismógrafo de volume constante e pressão variável é o mais
usado, o seu mecanismo será ser abordado com mais pormenor.
Para iniciar o seguinte exame, o paciente terá que se deslocar para dentro da caixa
hermética3, onde o volume do gás permanecerá fixo. É possível que o exame siga dois
rumos diferentes nos quais o paciente realiza diferentes esforços respiratórios, isto é, o
utente pode respirar normalmente ou respirar repetidamente com maior potência (maior
esforço). Basicamente, as oscilações computorizadas ocorrem de acordo com o ar
inspirado e expirado, que resultará alternadamente na rarefação e compressão do gás nos
pulmões. Desta forma, a variação de volume pulmonar será inversamente proporcional à
oscilação de pressão refletida na câmara hermética. Então, o volume pulmonar não é
medido diretamente, mas sim, através do ângulo formado pela deflexão plotado
graficamente, no eixo de coordenadas xOy, que expressa a variação de pressão pela zona
oral do utente e de seguida, tal como já referimos, aplicando a lei de Boyle-Mariotte,
calcula-se o volume do gás torácico (TERMOD Gases-19-20).

Variação Cálculo do Inversamente


Esforço • inspirção de ar de pressão • compressão
volume proporcional à
respiratório • expiração de ar • descompressão pressão
interna pulmonar

Figura 11. Consolidação analítica do procedimento do exame de pletismografia .

3 Completamente fechado/selado.

21
Medicina Hiperbárica

A medicina hiperbárica é a área da saúde que se dedica ao estudo e tratamento de


patologias em meios hiperbáricos, para além disto também garante a sua parte, ainda que
pequena, no território diagnóstico. Assim sendo, para prosseguir com a pesquisa desta
medicina, será fundamental ter em compreensão o termo hiperbárico, e, de acordo com o
dicionário (Hiperbárico - Dicionário Online Priberam de Português):

hi·per·bá·ri·co
(híper- + bárico)

adjetivo
1. [Física] Superior à pressão atmosférica.
2. Que utiliza gases em pressão superior à pressão atmosférica (ex.: câmara hiperbárica).

Podemos, então, concluir que a medicina hiperbárica labora num ambiente com
pressões especificas, isto é, obrigatoriamente superiores às atmosféricas.
Atualmente, esta medicina alternativa tem revelado grande evolução devido ao
aumento de formação e estudo neste campo, gases. Consequentemente, várias
sociedades científicas internacionais foram, entretanto, criadas, com o objetivo de
melhorar o nível dos conhecimentos e de regular a atividade nesta área (A Medicina
Hiperbárica. Uma Especificidade Da Medicina Naval.).

Figura 12. Câmara hiperbárica.

Fonte: https://www.hyperbaricflorida.com/es/

No que diz respeito ao equipamento capaz de proporcionar um ambiente propício


aos tratamentos, a câmara hiperbárica é o pretendido. Por observação à figura 12, estas
câmaras são metálicas e têm, basicamente, uma forma cilíndrica envolvida lateralmente

22
por um acrílico transparente resistente à pressão, tal como toda a câmara é, para que seja
possível manter contacto visual com o utente durante todo o procedimento. As câmaras
individuais, tais como a ilustrada na figura 12, permitem a administração de gás sem
necessidade de máscaras ao paciente, ao contrário das câmaras multipacientes. No
entanto, ambos os tipos de câmaras permitem o uso de ventiladores, bombas para infusões
venosas, transfusões, entre outros (Medicina Hiperbárica – Wikipédia, a Enciclopédia
Livre).
A medicina hiperbárica pode ser, portanto, dividida em dois principais tratamentos:
o Terapêutica hiperbárica;
o Oxigenoterapia hiperbárica.
Sendo assim, a terapêutica hiperbárica concentra-se no estudo e tratamento de
doenças, tais doenças que são vulneráveis a melhorar quando os utentes que as
transportam são expostos a um ambiente hiperbárico, isto é, dentro duma câmara
hiperbárica por meio de inalação do oxigénio molecular (ou outras fusões de gases
propícias a respirar) o utente realiza a terapia. Esta terapia está, com um certo vigor,
incorporada no tratamento de infeções causadas por êmbolos gasosos.
Relativamente à oxigenoterapia hiperbárica (OHB), esta modalidade é definida pela
Undersea and Hyperbaric Medical Society como o “tratamento onde o doente respira
oxigénio a 100% numa câmara pressurizada acima de 1 Atmosfera absoluta (ATA)”
(Home - Undersea & Hyperbaric Medical Society).
A OHB consiste, mais especificamente, na administração de uma parcela de oxigénio
puro (ou a 100%) num ambiente hiperbárico, por norma, pressão 3x maior que a pressão
atmosférica. O drástico aumento de pressão irá repercutir no aumento significativo de
pressão de oxigénio, tanto a nível arterial como tecidular. Para que seja possível se
praticar a terapia será necessário que as instalações suportem as pressões sujeitas, por
isso, será necessário, mais uma vez, o uso de uma câmara hiperbárica, na qual será
possível respirar o oxigénio a puro.
Desta forma, há que compreender certos efeitos que em prosperidade com as leis dos
gases garante a realização das terapias, verificando-se uma nova aplicação prática das
mesmas, por exemplo:
o Efeitos volumétricos:
Este efeito vai de encontro com a lei de Boyle-Mariotte, onde se verifica um
meio isotérmico (temperatura constante). Dadas as variações de pressão que
ocorrem no interior da nossa câmara hiperbárica, é possível prever como se

23
irá dar as variações de volume das cavidades presentes no organismo do
utente, uma vez que estas irão se sujeitar a deformações inversamente
proporcionais às alternâncias de pressão;

o Efeitos de solubilidade:
De acordo com a lei de Henry, a inalação de oxigénio puro num meio com
pressões elevadas (hiperbárico) justifica o aumento da pressão arterial de
oxigénio. Desta forma, pelos cálculos, o volume plasmático de oxigénio a 3
atmosferas absolutas, ou seja, o volume de oxigénio dissolvido no plasma a 3
ATA, aumenta 20x mais, aproximadamente.

Todas estas vantagens clínicas, de modo geral, relativas à medicina hiperbárica,


impulsionaram esta alternativa médica até organizações científicas com grande reputação,
proporcionando a medicina hiperbárica a entrar no mercado como uma área bem
fundamentada. Estes reconhecimentos científicos têm nos seus primórdios os
fundamentos teóricos das leis dos gases ideais, tal como demonstrado anteriormente, e
por isso, apesar do destino principal desta medicina não ser o diagnóstico médico,
continua a contribuir para uma demonstração da aplicação das leis dos gases ideias em
tratamentos/terapias.

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Ventiladores

O ventilador mecânico hospitalar é uma máquina que ajuda na entrada e saída de


ar dos pulmões. São aparelhos essenciais para tratar doentes com insuficiência
respiratória4 e, com o aparecimento do Coronavírus (Sars-CoV-2), tiveram uma procura
ainda maior, uma vez que este causa uma dificuldade acentuada na respiração.
Com o auxílio deste aparelho, o paciente consegue manter as trocas gasosas do
seu organismo a níveis adequados, visto que o seu corpo não se encontra apto de realizar
tal tarefa.
A ventilação mecânica pode atuar de três modos distintos, podendo não ser
invasiva, isto é, atuando através das vias orais e das vias nasais com o auxílio de vários
tipos de máscaras faciais, ou, nos casos mais extremos, com recurso a uma entubação
traqueal5.
Durante a nossa inspiração normal é gerada uma pressão intrapleural negativa
responsável por criar um gradiente de pressão entre a atmosfera e os alvéolos, originando
um fluxo respiratório. Durante a ventilação mecânica, o gradiente de pressão resulta da
pressão positiva da fonte de ar.
A quantidade de pressão que é necessária para impulsionar um volume de gás para
dentro do pulmão é denominado por pressão de pico das vias respiratórias e é calculada
através do somatório das pressões resultantes da resistência ao fluxo respiratório (pressão
resistiva), do rechaço elástico do pulmão, da parede torácica (pressão elástica) e da
pressão alveolar presente no início da respiração (Visão Geral de Ventilação Mecânica -
Medicina de Cuidados Críticos - Manuais MSD Edição Para Profissionais).

O ciclo respiratório divide-se principalmente em quatro fases:

Fase Disparo
Fase Ciclagem
Expiratória (trigger)
Inspiratória

Figura 13. Esquema das fases do ciclo respiratório.

4 Distúrbio no qual a concentração de oxigênio, no sangue, fica baixa e o nível de dióxido de carbono (CO2) fica alto .
5 Entubação orotraqueal (tubo inserido pela boca) ou nasotraqueal (tubo inserido pelo nariz).

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Fase Inspiratória: a válvula inspiratória encontra-se aberta e o ventilador insufla os
pulmões do paciente com um volume de ar apropriado a cada caso, conseguindo sobrepor-
se às propriedades elásticas e à resistência do seu sistema respiratório.

Ciclagem: corresponde à mudança da fase inspiratória para a fase expiratória. De forma


a interromper a fase inspiratória, o ventilador fecha a válvula, podendo este cessamento
ter origem após uma insuflação de um determinado volume de ar, ao fim de um tempo
inspiratório específico pré-determinado, ao se atingir um fluxo específico ou ao se ter
alcançado uma pressão definida.

Fase Expiratória: a válvula expiratória encontra-se aberta, o que permite o esvaziamento


dos pulmões. O tempo desde esvaziamento é diferente consoante os pacientes, uma vez
que depende das suas características, como por exemplo, a resistência das vias aéreas.

Disparo (trigger): corresponde à mudança da fase expiratória para a fase inspiratória. A


válvula inspiratória irá se fechar e, de seguida, a válvula inspiratória irá se abrir. Esta ação
denomina-se disparo e pode ser programa por um determinado intervalo de tempo,
mudança de fluxo ou de pressão (Como Funciona a Ventilação Pulmonar?).

Figura 13. Ventilador Pulmonar.

Tal como foi referido durante a explicação das fases do ciclo respiratório auxiliado
por um ventilador, há diferentes modos de controlar a ventilação de um paciente,
dependendo estes de uma análise clínica.
Uma vez que na ventilação com pressão controlada (PVC), a pressão é mantida
num valor constante no decorrer da fase inspiratória, é possível verificar que o princípio

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que está a ser aplicado é a lei de Charles. O tempo da inspiração é programado pelo
operador do ventilador, contudo o fluxo da respiração é livre. O volume corrente é
variável, dependendo da pressão e da mecânica ventilatória do doente.
Já na ventilação controlada a volume (VCV), o volume de ar que vai ser insuflado
ao paciente já está pré-determinado, o que possibilita aferir que o princípio da lei que será
aplicada é a de Gay-Lussac. O volume manter-se-á constante a despeito de alterações na
resistência, complacência ou do esforço respiratório do paciente.
Uma vez escolhido o volume que será insuflado, o operador do ventilador tem a
opção de determinar o tempo de inspiração ou o fluxo. Estas escolhas deverão ter um
cuidado acrescido, uma vez que irão determinar a pressão média das vias aéreas, a forma
com que o fluxo se distribui ao longo dos pulmões, o que tem um impacto no conforto ou
tolerância do paciente ao receber esse volume de ar.
Após ambos os parâmetros estejam definidos, o ventilador calcula o tempo
necessário para administrar esse volume, regulando o tempo e não o volume.
Tal como foi referido no início, os ventiladores são aparelhos fulcrais no
tratamento de doentes de com insuficiência respiratória, uma vez que auxiliam o paciente
a realizar uma das ações mais simples e primordiais: respirar.
À semelhança da medicina hiperbárica, os ventiladores não têm como principal
objetivo o diagnóstico médico, contudo, com o auxílio dos conhecimentos teóricos
relativos às leis dos gases, possuem uma importância insofismável no que diz respeito ao
tratamento médico, especialmente no nosso quotidiano, uma vez que o seu uso num
paciente que se encontra em estado grave, poderão ser a diferença entre a vida e a morte.

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Conclusão
Este trabalho tinha como objetivo principal aprofundar os conhecimentos
adquiridos na UC de Termodinâmica e também ao nível da pesquisa bibliográfica. Como
referido anteriormente, o tema escolhido para a realização deste trabalho, a Leis dos gases
ideais e as suas aplicações em técnicas de diagnóstico, despertou bastante interesse em
todos os membros do grupo. A área do diagnóstico é uma área muito importante para que
muitas vidas possam ser salvas, e o facto de nós, como estudantes de Engenharia
Biomédica podermos num futuro próximo ajudar a que as técnicas de diagnóstico sejam
melhores e mais fiáveis fez com que este trabalho tenha sido feito com um interesse
acrescido. Em relação à lei dos gases ideais, está foi muito importante para o
desenvolvimento das técnicas de pletismografia, na medicina Hiperbárica e nos
ventiladores de uso hospitalar, uma vez que através dela conseguiu-se obter diagnósticos
eficazes e inovadores, daí ser muito importante o estudo destas novas técnicas. Este
trabalho permitiu-nos aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo do semestre,
bem como o interesse nesta área.

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