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ATIVIDADE 3 – RESENHADOS
CAP 3MATERIAIS
UniversidadeMateus
Professor: Federal Fluminense
Carvalho –Amaral
2021.1
CÉLULAS UNITÁRIAS
A ordenação atômica em sólidos cristalinos indica que pequenos grupos de átomos
formam um modelo repetitivo. Assim, ao descrever estruturas cristalinas, é muitas vezes
conveniente subdividir a estrutura em pequenas entidades de repetição denominadas células
unitárias. Células unitárias para a maioria das estruturas cristalinas são paralelepípedos ou
prismas tendo 3 conjuntos de faces paralelas.
Assim, a célula unitária é a unidade estrutural básica ou o tijolo de construção da estrutura
cristalina e define a estrutura cristalina em razão da sua geometria e das posições dos átomos
dentro dela. A conveniência usualmente dita que os cantos em paralelepípedo coincidam com
centros dos átomos de esfera rígida. Além disso, mais do que uma célula unitária individual pode
ser escolhida para uma particular estrutura cristalina; entretanto, nós geralmente usamos a célula
unitária tendo o mais alto nível de simetria geométrica.
Figura 2: Representação de uma célula unitária de esfera rígida e de uma célula unitária de esfera reduzida.
CÁLCULO DE DENSIDADES
Um conhecimento da estrutura do cristal de um sólido metálico permite cálculo de sua
densidade verdadeira r através da correlação:
POLIMORFISMO E ALOTROPIA
Alguns metais, bem como não-metais, pode ter mais do que uma estrutura cristalina, um
fenômeno conhecido como polimorfismo. Quando encontrado em sólidos elementares, a
condição é as vezes denominada alotropia.
Um exemplo familiar é encontrado em carbono: grafita é a polimorfa estável nas condições
ambientes, enquanto que diamante é formado em pressões extremamente altas.
Muitas vezes uma modificação da densidade e outras propriedades físicas acompanha a
transformação polimórfica.
SISTEMAS CRISTALINOS
De vez que existem muitas estruturas cristalinas possíveis, é às vezes conveniente dividi-las
em grupos de acordo com as configurações da célula unitária e/ou arranjos atômicos. Um sistema
coordenado x, y e z é estabelecido com a sua origem num dos cantos da célula unitária; cada um
dos eixos x, y e z coincide com uma das 3 paralelepipetadas arestas que se estendem a partir deste
canto. A geometria da célula unitária é completamente definida em termos de 6 parâmetros: os 3
comprimentos de arestas a, b e c, e os 3 ângulos a, b e g. Estes são às vezes denominados
parâmetros de rede de uma estrutura cristalina.
Figura 5: Uma célula unitária com os eixos coordenados x, y e z, mostrando os comprimentos
Figura 6:As direções [100], [110] e [111] dentro de uma célula unitária.
Cristais Hexagonais
Para cristais tendo simetria hexagonal surge um problema que consiste no fato de que
algumas direções cristalograficamente equivalentes não terão os mesmos índices. Isto é
contornado pela utilização de um sistema coordenado de 4 eixos, ou de Miller-Bravais. Os 3 eixos
a1 , a2 e a3 estão todos contidos dentro de um único plano (chamado plano basal) e em ângulos
de 120º entre si e o eixo z é perpendicular a este plano basal. Índices direcionais, que são obtidos
como descritos acima, serão denotados por 4 índices, na forma [uvtw]; por convenção, os 3
primeiros índices pertencem às projeções ao longo dos respectivos eixos a1 , a2 e a3 no plano
basal.
A conversão a partir do sistema de 3 índices para o sistema de 4 índices é acompanhada
pelas seguintes fórmulas (os índices com ‘ estão associados ao esquema de 3 índices):
Figura 7: Para o sistema cristalino hexagonal, direções [0001], [1_00] e [1120 ] e planos (0001), (10_1) e (_010).
PLANOS CRISTALOGRÁFICOS
De novo, a base é a célula unitária, com o sistema coordenado de 3 eixos. Em todos os
sistemas cristalinos, exceto o hexagonal, os planos cristalográficos são especificados por 3 índices
de Miller como (hkl). Quaisquer 2 planos paralelos entre si são equivalentes e têm índices
idênticos. O procedimento empregado na determinação dos números dos índices h, k e l é o
seguinte:
1. Se o plano passar através da selecionada origem, quer um outro plano paralelo
deve ser construído dentro da célula unitária por uma apropriada translação, quer
uma nova origem deve ser estabelecida no canto de uma outra célula unitária.
2. Neste ponto o plano cristalográfico ou intersectará ou ficará paralelo a cada um dos
3 eixos; o comprimento da interseção planar para cada eixo é determinado em
termos dos parâmetros da rede a, b e c.
3. Os recíprocos destes números são tomados. Um plano que seja paralelo a um eixo
pode ser considerado como um intercepto infinito, e, portanto, um índice zero.
4. Se necessário, estes 3 números são mudados para resultar o conjunto dos mínimos
inteiros por multiplicação ou divisão usando um fator comum.
5. Finalmente, os índices inteiros, não separados por vírgulas, são colocados dentro de
parêntesis, assim: (hkl).
Uma característica interessante e única dos cristais cúbicos é que planos e direções tendo
os mesmos índices são perpendiculares entre si.
Figura 8: Representações de uma série de planos cristalográficos (110), (111) e (001), respectivamente.
Cristais Hexagonais
Para cristais tendo a simetria hexagonal, é desejável que planos equivalentes tenham os
mesmos índices. Assim como com as direções, isto é realizado pelo sistema Miller-Bravais. Esta
convenção conduz ao esquema de 4 índices (hkil), que é favorecido em muitas instâncias, de vez
que ele identifica mais claramente a orientação de um plano num cristal hexagonal. Existe alguma
redundância no sentido de que i é determinado soma de h e k, através da relação
i = - (h + k)
Caso contrário os 3 índices h, k e l são idênticos para ambos os sistemas de indexação.
DENSIDADES ATÔMICAS LINEAR E PLANAR
Densidade linear corresponde à fração do comprimento de linha numa particular direção
cristalográfica que passa através dos centros dos átomos. Similarmente, densidade planar é
simplesmente a fração da área total do plano cristalográfico que é ocupada por átomos
(representada como círculos); o plano deve passar através do centro de um átomo para que o
particular átomo seja incluído.
ESTRUTURAS CRISTALINAS ESTREITAMENTE-COMPACTADAS
Denomine-se por A os centros de todos os átomos num plano estreitamente empacotado.
Associados a este plano estão 2 conjuntos de depressões triangulares equivalentes formadas por 3
átomos adjacentes, dentro das quais o próximo plano de átomos estreitamente empacotados
pode se repousar. Aquelas tendo o vértice do triângulo apontando para cima estão
arbitrariamente designadas como posições B, ao passo que as depressões remanescentes são
aquelas com os vértices voltados para baixo, sendo elas denominadas C
Um segundo plano estreitamente empacotado pode ser posicionado com os centros de
seus átomos sobre os sítios de B ou de C; neste ponto, ambos são equivalentes. Suponha-se que as
posições B sejam arbitrariamente escolhidas; a sequência de empilhamento é denominada AB.