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Qual o melhor?
ampliação
técnica
Interações entre luz e matéria e sua
influência sobre o contraste
Nardy, A.J.R., Machado, F.B., “Mineralogia Óptica”, apostila do Curso de Graduação em
Geologia, UNESP, Rio Claro, 2007
( http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/elearn.html)
Bradbury, S., Bracegirdle, B. , “Introduction to Light Microscopy”, BIOS Sci. Publ., Oxford,
1998
Bradbury, S., Evennett, P.J., “Contrast Techniques in Light Microscopy”, BIOS Sci. Publ.,
Oxford, 1996
Goldstein, D.J., “Understanding the Light Microscope”, Academic Press, Londres, 1999
446 nm
464 nm
500 nm
578 nm
592 nm
620 nm
700 nm
Vermelho
Amarelo
Violeta
Laranja
Verde
Azul
Anil
decomposição da luz
branca
U.V. I.V.
luz visível
raios x
raios g ondas de rádio
curtas médias longas
Se tomarmos apenas a
componente elétrica,
o comportamento
ondulatório da luz
pode ser desprezado e Assim, a luz pode ser descrita como
pode-se assumir que uma onda senoidal bidimensional cujo
sua trajetória consiste comprimento, l, representa a cor e a
de linhas retas, ou
amplitude representa o brilho.
raios, em meios
homogêneos.
Comprimento de onda (l): é a distância entre duas
posições consecutivas ou idênticas na direção de
propagação de uma onda. É dado em [nm] ou [µm]
Período (P): é o tempo gasto para se completar uma
oscilação, cuja distância é igual ao comprimento de
onda. Dado em segundos.
Freqüência (f): é o inverso do período, ou o número de
oscilações completas por unidade de tempo, expressa
em [Hz] ou [s-1]. Não se altera com o meio de
propagação.
Velocidade da luz (c): no vácuo, será a mesma para
todos os comprimentos de onda (cores) e da ordem de
300.000 km/s, tal que:
c l. f
A luz interage com a matéria de muitas formas, e
as principais são:
o Refração
o Reflexão
o Transmissão ou absorção
o Polarização
o Difração
o Excitação de fluorescência
Princípio de Huygens (1690):
Discos de Airy
e o limite de
resolução
Difração de ondas
http://www.microscopyu.com/tutorials/java/objectives/nuaperture/index.html
NA n.sen
Resolução (R) é a menor distância entre dois pontos nítidos. A equação mais
comumente adotada é: l Fórmula de Abbe (1872)
R
2.NA
Já as expressões de Rayleigh para a luz refletida e transmitida são, respectivamente:
0,61.l 1,22l
R R
NA NAobj NAcond
A reflexão ocorre quando a luz incide sobre uma
superfície. Assim, depende da rugosidade e opacidade
da superfície.
Superfícies perfeitamente lisas permitem a reflexão
especular, quando o ângulo do raio incidente coincide
com o ângulo do raio refletido em torno da normal ao
plano tangente da superfícies.
I R
especular difusa
l [nm]
Para 56% dos minerais, os índices de refração situam-se entre 1,475 e 1,700,
o que torna viável utilizar o bálsamo do Canadá como meio de imersão e
fixação de amostras, pois seu índice de refração é próximo do vidro
borossilicato e ao ponto médio do intervalo dos índices de refração para a
maioria dos minerais.
A relação entre os índices de refração é importante para definir o
aproveitamento da luz na microscopia, uma vez que interfere
nas intensidades de luz transmitida (T) ou refletida (R), na
passagem da luz entre dois meios. Considerando-se a incidência
normal (perpendicular) da luz sobre a interface entre dois meios
1 e 2, têm-se:
1 2 2 2
2n1 n2 n1
v2 T R
i
r
n1 n2 n2 n1
v1
Em função disso, haverá um ângulo crítico de incidência para o qual
toda a luz será refletida e não ocorrerá a transmissão, pois, da lei de
Snell:
n2 sen (i ) n1
sen (r ) sen (i )
n1 sen (r ) n2
Se n1 for maior que n2, então n1/n2 será sempre maior que 1,0 e o
ângulo de incidência não pode ultrapassar um valor crítico para
satisfazer a lei de Snell, tal que o produto (n1/n2).sen(i) < 1,0, pois o
maior valor que sen (r) pode assumir é 1,0, para r =90°.
1 2
v2
r
i
v1
Por que é importante conhecer os índices de refração?
ou
E
Bálsamo do Canadá
O
Pois é a dupla refração, ou birrefringência, que permite
avaliar cristais anisotrópicos por microscopia óptica, já
que o mesmo fenômeno ocorre, em diferentes
intensidades, à medida que um cristal apresente eixos
cristalográficos com índices de difração diferentes.
Assim, a luz que passa por dois polarizadores
(polarizador e analisador), orientados ortogonalmente
entre si num primeiro momento, dispostos antes da luz
passar pela amostra (polarizador) e após a objetiva
(analisador), pode ser polarizada pela orientação
relativa dos cristais na amostra.
http://www.olympusmicro.com/primer/java/polarizedlight/crystal/index.html
Compensadores: para incrementar o contraste por luz polarizada ou
para medir o grau de birrefringência, podem ser adicionados filtros
compensadores entre o polarizador e o analisador, como as placas l.
Basalto
Arenito
Quartzo
Aço
Pólen
http://www.olympusmicro.com/primer/java/fluorescence/exciteemit/index.html
Folha do milho
Aberrações em imagens e correções em
lentes
Aberrações do olho
humano conforme a
Sociedade Brasileira
de Oftalmologia.
Há muita
similaridade com o
estudo de distorções
em lentes de
microscópios.
Efeito causado pela refração dos diferentes comprimentos de onda,
acentuado pela curvatura da lente. Os pontos focais para os
comprimentos de onda das bandas azul, verde e vermelho ocorrem
em posições diferentes sobre o mesmo eixo.
(a) Aberração cromática axial: os raios azuis são
focados mais próximos da lente plano-convexa que
os verdes e vermelhos, com maior comprimento de
onda.
http://www.olympusmicro.com/primer/java/aberrations/chromatic/index.html
Aberração esférica é um defeito causado pelo fato de uma
superfície da lente plano-convexa formar parte de uma esfera.
Os raios que emanam, com ângulos diferentes, de um ponto no
objeto sobre o eixo óptico interceptam o eixo óptico no espaço da
imagem antes (sub-correção) ou depois (sobre-correção) do
ponto ideal da imagem formado por raios paraxiais, ou paralelos
ao eixo óptico. Essa aberração forma uma “zona de confusão”
ao longo do eixo da lente, que prejudica a nitidez e, portanto, o
foco.
http://www.olympusmicro.com/primer/java/aberrations/spherical/index.html
A aberração esférica causa
degradação na imagem, pois
provoca redução na nitidez e grande
dificuldade de foco. O efeito é
mostrado na figura (b) onde as bordas
não são nítidas em relação a (a). Além
da imperfeição na construção das
lentes, a aberração esférica pode ser
causada por abaulamentos na
amostra, ajuste errôneo do anel de
correção da objetiva, seleção
equivocada da espessura da lamínula,
excesso de resina para fixação da
amostra, uso de meio refrativo com
índice de refração inadequado e
cavidades ou elevações exageradas na
superfície da amostra.
Efeito de
aberração
esférica
causado pela
espessura de
uma
lamínula
A aberração esférica pode ser minimizada pela seleção adequada das
curvaturas das superfícies das lentes e sua orientação. Lentes plano-convexas
apresentam menor zona de confusão quando a curvatura é adequada e a face
plana está voltada ao objeto. Já lentes biconvexas podem ser corrigidas com a
adição de uma lente côncava com aberração esférica em sentido oposto (ou
seja, com os raios marginais focando adiante do plano de foco dos raios
axiais). Com a seleção correta dos raios de curvatura, a zona de confusão, que
sempre existirá, será reduzida a uma extensão mínima. A aberração esférica
também é corrigida, em diferentes graus, para lentes acromáticas (1l), semi-
aprocromáticas ou fluoritas (2l) e apocromáticas (2l).
Coma é uma aberração que afeta regiões da imagem distantes de seu
eixo. O nome deriva da aparência semelhante a uma vírgula, ou à cauda
cônica de um cometa, da imagem de um ponto afastado do eixo óptico,
resultante das diferenças de ampliação que sofrem feixes de raios que
encontram a lente em ângulos diferentes do eixo óptico. Na prática, esse
efeito não é mais encontrado nas lentes modernas de bons fabricantes,
que corrigiram as diferenças de ampliação e usam materiais homogêneos
na construção das lentes.
http://www.olympusmicro.com/primer/java/aberrations/coma/index.html
Essa aberração freqüentemente afeta raios oblíquos que passam através das
lentes, resultando na distorção em que um ponto na imagem pode ser
representado por linhas ou círculos difusos, normalmente com características
fortemente direcionais. Isso se deve à focalização em pontos diferentes de raios
contidos no plano vertical e no plano horizontal da lente.
O mesmo termo é usado quando existem defeitos de simetria horizontal e
vertical na lente, decorrentes de erros de lapidação, com semelhanças no aspecto
da distorção, embora esse conceito não seja o mesmo do parágrafo anterior.
A correção do astigmatismo só pode ser feita pelo fabricante: por precisão
geométrica na lapidação, pelo cuidado no projeto das combinações de lentes
côncavas e convexas e pelo uso de vidros com diferentes dispersões nessas
lentes compostas.
http://www.olympusmicro.com/primer/java/aberrations/astigmatism/index.html
A distância focal de uma lente
varia para pontos afastados de
seu eixo. Como conseqüência,
um objeto plano terá sua
imagem formada numa
superfície curva, com caráter
esférico. Este defeito, quando
presente, será especialmente
problemático em objetivas com
elevada abertura numérica e
comprimentos focais curtos,
sendo impossível focar com a
mesma qualidade as regiões
central e marginal da imagem ao
mesmo tempo. A correção pode
ser feita com objetivas especiais
(com inscrições “plano”, ou
“plan”, ou “plana” pelos
fabricantes) e oculares corretas.
http://www.olympusmicro.com/primer/java/aberrations
/curvatureoffield/index.html
A distorção resulta de diferenças de ampliação ao longo do
diâmetro do campo de visão. Se a ampliação no centro do campo
for maior que nas bordas, a imagem sofrerá uma distorção tipo
“barril” (b). Ao contrário, se a ampliação for menor no centro do
campo, o efeito será de um estreitamento na região central, tanto
na horizontal quanto na vertical da imagem (c).
http://www.olympusmicro.com/primer/java/aberrations/distortion/index.html
a) Ampliação (M): grau em que as dimensões da imagem são aumentadas em relação
ao tamanho do objeto.
b) Abertura numérica (NA): define a resolução da objetiva e a intensidade da luz (NA =
n.sen)
c) Distância de trabalho: distância entre a parte extrema da lente (próxima ao objeto
observado) e a amostra.
d) Profundidade de campo (d): é a profundidade da nitidez no espaço do objeto, ou a
distância ao longo do eixo central da lente em que o objeto pode ser movido sem
perda notável de nitidez na imagem, tal que:
onde Z é o círculo de confusão Z 1 l
d n. 1
( NA) M M 2( NA) 2
e) Profundidade de foco (D): é a profundidade de nitidez no espaço
da imagem, ou a distância entre dois planos no espaço da
imagem em que há nitidez aceitável, tal que: D = d.M2
f) Curvatura de campo: correção do efeito de curvatura de campo
g) Correção cromática: correção do efeito de aberração cromática
h) Transmissão: capacidade de transmissão da objetiva para certos
comprimentos de onda
i) Técnicas de contraste empregadas: campo claro, campo escuro,
contraste de fase, contraste por interferência diferencial,
polarização, fluorescência
(Zeiss)
http://zeiss-campus.magnet.fsu.edu/tutorials/objectivecolorcoding/index.html
Fontes de luz e técnicas de iluminação
e contraste
Fontes de Luz para Microscopia:
http://zeiss-campus.magnet.fsu.edu/tutorials/arclampinstability/index.html
Fontes de Luz para Microscopia:
http://zeiss-campus.magnet.fsu.edu/tutorials/halogencycle/index.html
Fontes de Luz para Microscopia:
http://zeiss-campus.magnet.fsu.edu/articles/lightsources/leds.html
Tipos de iluminação: incidência da luz
ILUMINAÇÃO EPISCÓPICA: LUZ REFLETIDA
http://www.olympusmicro.com/primer/java/microscopy/reflected/index.html
http://www.olympusmicro.com/primer/java/darkfield/reflected/index.html
b) Iluminação episcópica em campo escuro (darkfield illumination): a luz incidente passa
por um anel em torno da objetiva e incide obliquamente na amostra. A luz coletada para
formação da imagem será sempre aquela que passa pelo eixo óptico principal da objetiva.
Luz
refletida
Campo Campo
claro escuro
Polarização linear
(uma única direção de polarização)
Polarização Circular
(ondas perpendiculares, defasadas em 90°
ou um quarto de onda)
Polarização Elíptica
(ondas perpendiculares, com outras
diferenças de fase, que não ¼ de onda)
Polarização linear:
Promove redução de brilho localizado, evidencia anisotropias cristalográficas
e contraste entre estruturas diferentes. O efeito é direcional, o que pode
provocar sombras em direções específicas.
Contrastes em campo claro, sob iluminação episcópica:
http://www.olympusmicro.com/primer/techniques/dic/dicoverview.html
http://www.olympusmicro.com/primer/techniques/phasecontrast/phase.html
http://virtual.itg.uiuc.edu/training/LM_tutorial/
Microestrutura?
• Ligações atômicas 10-1nm
(nanoestrutura)
101nm
• Estrutura cristalina
101nm ~ 1 µm
• Defeitos estruturais
• Morfologia de fases, 1 µm ~ 102 µm
inclusões e linhas de
deformação
CONTEXTO DO PROBLEMA!
Resistência à
Corrosão Ligações atômicas,
Propriedades defeitos estruturais
elétricas/magnéticas/térmicas
Métodos instrumentais de caracterização
Investigação de imagens
• Ligações atômicas 10-1nm
(nanoestrutura) STM; TEM
• Estrutura cristalina
101nm TEM; STEM
• Defeitos estruturais
• Morfologia de fases, 101nm ~ 1 µm TEM; SEM
inclusões e linhas de
deformação 1 µm ~ 102 µm SEM; MO
• Macroestrutura > 102 µm
MO; lupa;
olho nu
Investigação qualitativa:
• identificação
• comparação
• classificação
Investigação quantitativa:
• MANUAL
• AUTOMÁTICA
• SEMI-AUTOMÁTICA
STM
TEM
MEV(microscopia eletrônica de varredura)
MICROSCÓPIO ÓPTICO
MACROGRAFIA
Análise da Macroestrutura
O que é macroestrutura?
Métodos:
a) Não-Destrutivos
Inspeção visual
Líquidos penetrantes
Partículas magnéticas
b) Destrutivos
Macro-ataque
Impressão
Fratura
Dureza
Macro-ataque com soluções ácidas
Características para o desenvolvimento do ataque:
a) O ataque deve produzir bons resultados globais, atender à maioria das
ligas da classe para a qual atende e revelar a maior diversidade de
características estruturais e defeitos.
b)Sua composição deve ser simples, barata e de fácil manuseio e preparo.
c)O ataque deve permanecer estável durante o uso e período de
armazenagem.
d) o ataque deve ser seguro e não pode produzir odores nocivos.
Formas de aplicação:
• temperatura ambiente
Metalografia por Microscopia Óptica
Variáveis de Procedimento:
Métodos de Impressão:
• Impressão por Contacto
• Impressão de Enxofre (Método de Baummann)
(Fe, Mn)S(inclusão) + H2SO4 H2S + FeSO4 + MnSO4
• Impressão de Fósforo
• Impressão do Chumbo e Teste de Exsudação
• Métodos Mistos
Fratura:
Para avaliar:
• Composição
• Inclusões em forma de plaquetas
• Grau de grafitização
• Tamanho de Grão
• Camada endurecida
• Superaquecimento
• Qualidade
Dureza:
Revela discrepâncias no comportamento da
macroestrutura.
Preparação de amostras para Microscopia Óptica
• Amostragem: número de amostras, localização e
orientação
• Corte: por fratura, cisalhamento, serramento,
corte abrasivo, microtomia, eletroerosão,
microfresagem e corte por fio diamantado
• Montagem: adesivo, garras e presilhas, embutimento
em resina plástica
Embutimento em resina plástica:
a) montagem por pressão
b) embutimento a frio
• Lixamento: manual ou mecânico, usando papel impregnado
de SiC (indicado para uso geral) ou alumina (para
materiais de menor dureza).
Grana: 120, 240,320, 400, 600, 1200,2400,4000
Lubrificantes: água, querosene, parafina, nenhum
Problemas: deformação residual e aquecimento
• Polimento:
Mecânico
Abrasivos: pasta de diamante, alumina, MgO
Pano de polimento: diversos tipos (mais duros para
polimento grosseiro, macios para polimento final)
Outras formas: eletromecânico, por ataque, químico,
eletrolítico