Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Exatas
Roteiro
Experimento 01 - Estruturas e
Sistemas Cristalinos
ESTRUTURAS E SISTEMAS CRISTALINOS
1. MATERIAIS NECESSÁRIOS
Para este experimento será necessário a utilização do software Crystal Walk (disponível
em: https://crystalwalk.herokuapp.com/ - licença acadêmica free). Não se esqueçam que
vocês deverão realizar algumas anotações.
2. INTRODUÇÃO
Assim podemos denominar como estrutura cristalina de um sólido como a designação dada
ao conjunto de propriedades que resultam da forma como estão espacialmente ordenados
os átomos ou moléculas que o constituem. Note-se que apenas os sólidos cristalinos
exibem esta característica, já que ela é o resultado macroscópico da existência subjacente
de uma estrutura ordenada ao nível atômico, replicada no espaço ao longo de distâncias
significativas face à dimensão atômica ou molecular, o que é exclusivo dos cristais. Nos
sólidos cristalinos, os arranjos estabelecidos entre os átomos podem ser descritos fazendo-
se referência aos átomos dos pontos de interseção de uma rede tridimensional de linhas
retas. Esta rede designa-se por rede espacial (Figura 1a) e pode ser descrita como um
arranjo infinito tridimensional de pontos. Cada ponto (ou nó) da rede espacial tem
vizinhanças idênticas. Em um cristal ideal, o agrupamento de nós da rede em torno de um
dado nó é idêntico ao agrupamento em torno de qualquer outro nó da rede cristalina. Cada
rede espacial pode, por conseguinte, ser descrita especificando as posições atômicas em
uma célula unitária que se repete, tal como a representada com um ponto cheio, na Figura
1a. A célula unitária pode ser considerada como a menor subdivisão da rede que mantém
as características gerais do cristal. Um
PÁGINA 1
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
grupo de átomos, organizado num determinado arranjo relativo entre si, e associado aos
pontos da rede, constitui o padrão ou base. A estrutura cristalina pode, então, ser definida
como a coleção de rede e base. É importante notar que os átomos não necessariamente
coincidem com os pontos da rede. O tamanho e a forma da célula unitária podem ser
descritos pelos três vetores de rede a, b e c, com origem num dos vértices da célula unitária
(Figura 1b). Os comprimentos a, b e c e os ângulos α, β e γ entre os eixos são os parâmetros de
rede da célula unitária.
Figura 1 - (a) Rede espacial de um sólido cristalino ideal. (b) Célula unitária e seus
respectivos parâmetros de rede.
Podemos estudar os materiais a partir de sete sistemas cristalinos básicos. Eles estão
descritos na Tabela 1. Partindo desses sistemas cristalinos, temos 14 possíveis modelos de
células unitárias que descrevem qualquer estrutura cristalina conhecida, sendo
denominadas como Redes Bravias. Estas redes de Bravias estão representadas na Figura 2.
Existem quatro tipos básicos de células unitárias: (1) simples, (2) de corpo centrado,
(3) de faces centradas e (4) de bases centradas, apresentadas na Figura 3.
PÁGINA 2
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
Fonte: SMITH, WILLIAM. F e JAVAD HASHEMI, 2012
É muito importante também estudar as direções e planos cristalográficos porque isso será
útil posteriormente, quando estivermos estudando mecanismos de deformação plástica.
Quando um material metálico se deforma plasticamente, os átomos se movimentam e esse
movimento acontece em direções e planos (sistema) preferenciais, e cada estrutura
cristalina possui um conjunto de sistemas para movimentação atômica. Isso explica, por
exemplo, por que alguns metais são mais resistentes que outros.
Figura 2 - Células unitárias convencionais das 14 redes de Bravias, agrupadas por sistemas
Cristalográficos. Os círculos indicam os nós da rede que uma vez localizados em faces ou
em vértices, são partilhados por outras células unitárias idênticas.
PÁGINA 3
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
Fonte: SMITH, WILLIAM. F e JAVAD HASHEMI, 2012.
PÁGINA 4
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
E para estudarmos os planos cristalográficos, vamos considerar também um sistema de
coordenadas em 3D com origem (0,0,0). Os planos, dentro do sistema cúbico, possuem
uma representação gráfica, onde as três coordenadas são escritas entre parênteses e não são
separadas por vírgulas: (h k l). São designadas por índices de Miller.
Para poder entender este capítulo nesta aula prática vamos utilizar um recurso CrystalWalk
que é um software didático-interativo para síntese e visualização de estruturas cristalinas.
Seu desenvolvimento foi justificado pela percepção de pesquisadores sobre a falta de
ferramentas de ensino-aprendizagem relacionadas ao estudo de estruturas cristalinas de
materiais e as dificuldades apontadas pelos estudantes de Engenharia sobre a complexidade
da temática.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
✔ Abra o software;
✔ Inicialmente, conheça as funcionalidades do software.
✔ Conceitue Célula Unitária e Estrutura Cristalina a partir do conceito da vizinhança
de repetição dos pontos e átomos de uma rede.
✔ Explique a importância de identificar planos e direções em um cristal para
aplicações em pesquisas científicas que utilizam notações de Miller. Dê
exemplos.
✔ Represente em perspectiva os determinados planos e direções em sistemas cúbicos:
(2 3 3); (1 2 1); (3 3 1); [1 1 1]; [1 0 1]; [1/2 0 1].
✔ Defina os tipos de redes de Bravais para os seguintes compostos:
● Fluorita:
● Cloreto de Sódio:
● Blenda de Zinco:
● Perovskita:
PÁGINA 5
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
✔ Construa 3 Estruturas Cristalinas com redes C.S, C.C.C e C.F.C
PÁGINA 6
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
4. FOLHA DO GRUPO DE ALUNOS (ENTREGA)
Curso
Professor
Disciplina
Nome completo RA
Nome completo RA
Nome completo RA
PÁGINA 7
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
2.Explique a importância de identificar planos e direções em um cristal para aplicações
em pesquisas científicas que utilizam notações de Miller. Dê exemplos.
As células unitárias possuem parâmetros de rede (a,b e c), que são definidos
baseados nas dimensões das arestas das células Por conveniência, a célula
unitária tem sua origem coincidente com a origem do sistema (x,y,z) e suas
arestas coincidem com os eixos coordenados As coordenadas são dadas com
relação aos seus parâmetros de rede e sua notação é sem Vírgula (Ex: qrs)
PÁGINA 8
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
Figúra 1
PÁGINA 9
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
4. Defina os tipos de redes de Bravais para os seguintes compostos:
Fluorita:
Cloreto de Sódio:
Blenda de Zinco:
Perovskita:
PÁGINA 10
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos
Conclusão: (comentários e avaliação dos resultados obtidos)
5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
PÁGINA 11
Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro da Aula Prática de
Ciência dos Materiais - Roteiro 1 - Estruturas e Sistemas Cristalinos