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Denis Detoni1
Cleusa Teresinha Anschau2
RESUMO
O presente trabalho propõe uma análise acerca do descarte de Resíduos de Construção e Demolição
(RCD) realizado por empresas clandestinas em um aterro irregular no município de Chapecó/SC.
Esta análise foi realizada a partir de um estudo de campo, onde, através da observação da área
destinada ao recebimento de RCD, foram coletados os dados. Neste sentido, ainda foram analisados
o plano local de gestão de resíduos e o plano estadual, juntamente com a legislação vigente. O
aterro analisado foi selecionado por estar inserido na área urbana e ocupar uma área cercada de
áreas verdes e nascentes e, o aterro ainda apresenta grandes volumes de material descartado.
Durante a observação da área destinada ao descarte dos RCD, foram feitos registros de imagens
para a avaliação dos processos e ações das empresas que atuam na disposição irregular dos resíduos.
Objetiva-se assim, produzir informações e dados acerca dos impactos ambientais causados pelo
descarte irregular dos RCD e que fomentem a adequação da legislação, no sentido de coibir a ação
de empresas clandestinas e a ocorrência de aterros irregulares no município de Chapecó/SC.
Através da identificação da área de descarte irregular dos RCD e da observação do processo de
descarte dos materiais, podem ser produzidos dados que auxiliam na adequação ou na construção de
políticas públicas voltadas para os resíduos da construção civil e que auxiliem na adequação das
atividades realizadas por empresas privadas responsáveis pelo descarte dos RCD.
1 INTRODUÇÃO
A produção tecnológica cada vez mais intensa e em constante avanço, segundo Dias (2011),
tem produzido uma série de impactos ambientais desde a extração da matéria prima, descarte dos
resíduos de produção ou mesmo o próprio descarte do produto final devido a sua obsolescência. O
autor afirma que, em nenhum outro período da história houve relatos de desenvolvimento
tecnológico equivalente ao dos últimos 300 anos. Foram significativos avanços e descobertas em
todos os campos da ciência, o que gerou uma incrível capacidade de produção e de processamento
de matéria prima.
No entendimento de Karpinsk et al (2009), os desenvolvimentos tecnológicos da construção
civil têm gerado impactos, degradação e alteração em todo o meio natural devido as grandes
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Detoni, Denis. Técnico em Edificações (UTFPR, 2007), graduando em Engenharia Civil (UCEFF, 2017).
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Anschau, Cleusa Teresinha. Me. em Ciências Ambientais: Foco em Economia Ambiental (UNOCHAPECÓ, 2010).
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alterações que a indústria causa no ambiente em que está inserida, e, segundo o autor, um dos
problemas mais preocupantes causado por todo este processo e avanço tecnológico é a destinação
dos resíduos gerados pelo setor produtivo, os quais afetam diretamente o habitat.
Para John (2000), a indústria da construção civil é o setor da atividade humana que mais
consome recursos naturais, e é o setor que mais utiliza energia de forma intensiva causando grandes
impactos sociais, ambientais e econômicos, sendo que grande parte dos impactos causados é
inerente ao manejo dos RCD, um problema que tem se agravado nas últimas décadas.
Conforme afirmam Sattler e Pereira (2006), os impactos causados pelos resíduos, ou
resultantes do processo de descarte desses, são tão preocupantes quanto os impactos associados ao
consumo e à extração de matéria e ao consumo de energia. Para os autores, esses impactos atingem
diretamente a qualidade do ambiente, e, tais impactos ambientais sintetizam as relações entre
construção e meio ambiente.
Para Garcia (s.d.), a gestão adequada dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) é um desafio
para a sociedade atual, principalmente em países em desenvolvimento. Assim, os resíduos da
construção civil ganham relevância, visto sua representatividade na composição dos resíduos
produzidos no meio urbano.
O autor complementa firmando que dados sobre a geração, tratamento e forma de disposição
final dos RSU no Brasil ainda são incompletos, com muitas falhas e inconsistências nas
informações disponíveis. Há, então a necessidade da produção científica acerca do volume e classe
dos resíduos descartados pela indústria da construção civil, principalmente em aterros e áreas
irregulares, bem como, o impacto que causam no meio socioambiental e econômico.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O setor da construção civil, segundo John (2000, p. 20), “[...] além de ser um dos maiores da
economia ele produz os bens de maiores dimensões físicas do planeta, sendo consequentemente o
maior consumidor de recursos naturais de qualquer economia”.
A indústria construtiva está presente e intervém em todos os ambientes e setores da
sociedade. Para John (2000), é comum observar que as atividades humanas demandam de
ambientes adequadamente construídos.
Tenório e Espinosa (2004) classificam os resíduos gerados pela construção civil como
entulhos, e são constituídos basicamente de materiais derivados das atividades deste setor.
Os resíduos de construção civil são originários de toda e qualquer desta indústria. Segundo
Carneiro et al. (2001), os RCD têm a origem de sua maior fração na construção de novas obras e
nas demolições.
Segundo Pinto (2005), cerca de 75% dos resíduos de construção e demolição gerados nos
municípios brasileiros têm origem em obras informais, sendo que, a representatividade dos resíduos
gerados por obras formais representa de 15% a 30% do volume gerado. O autor afirma que
independe da origem, o destino final dos resíduos pode ser o mesmo, de forma desordenada
causando impactos ambientais.
No Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, 2016), o Ministério do Meio Ambiente
(MMA) classifica a construção civil como um importante segmento da indústria brasileira, tida
como um indicativo do crescimento para o país. Contudo, também constitui uma atividade geradora
de impactos ambientais, sendo que, além do intenso consumo de recursos naturais, os grandes
empreendimentos colaboram com a alteração da paisagem e, como todas as demais atividades da
sociedade, geram resíduos.
A geração de resíduos é consequência do processo produtivo de qualquer cadeia. John
(2000, p. 15) explica que o setor da construção civil, é o setor responsável pela produção de parte
dos maiores bens do planeta, quando consideradas as dimensões físicas. Em consequência desse
fato, torna-se, “[...] o maior consumidor de recursos naturais de qualquer economia”.
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Uma gestão adequada dos resíduos popularmente chamados de “entulho” reduz custos
sociais, financeiros e ambientais. Os “entulhos” são as sobras das construções, ou seja, de
processos construtivos, e de demolições, e devem ser gerenciados do projeto à sua
destinação final, para que impactos ambientais sejam evitados (BLUMENSCHEIN,
2007, p. 5).
O autor complementa que os problemas causados pela destinação inadequada dos RCD
geram problemas que afetam de modo generalizado o meio ambiente local, como a diminuição da
vida útil dos aterros sanitários, causado pelo descarte de volume acentuado de resíduos da
construção. Outros problemas citados pelo autor contemplam, a obstrução do sistema de drenagem
urbana, a proliferação de vetores, a poluição de lençóis freáticos e do solo pelo descarte de materiais
com alto teor de componentes metálicos, de alta toxidade e de chorume, ao autor ainda cita o não
aproveitamento de materiais recicláveis. A somatória de todos estes fatores tem por consequência o
prejuízo à economia local e a saúde pública.
Segundo o IPEA (2012), o Brasil produz cerca de 31 milhões de toneladas de RCD ao ano,
de acordo com a Tabela 1, menos da metade são coletadas adequadamente.
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John (2000, p. 20), afirma que os desperdícios nos processos construtivos são um fator
determinante na geração de resíduos da construção civil, pois as perdas e o desperdício, além de
gerarem a demanda de mais matéria prima, ainda são dispensados diretamente das obras em
execução, “[...] a fase de execução é certamente geradora da parcela mais visível das perdas,
inclusive porque é somente nesta fase que as decisões anteriores ganham dimensão física,
consumindo recursos naturais”.
Para Tenorio e Espinosa (2004), os RCD são vistos como resíduos de baixa periculosidade.
Contudo, nesses resíduos também há presença de material orgânico, produtos químicos, tóxicos e de
embalagens diversas, assim os resíduos gerados pela indústria construtiva são vistos como um
agente poluidor do meio ambiente e representam um grave problema dentro da realidade urbana
atual.
Segundo afirma Vieira (2016), os RCD possuem alta concentração de componentes tóxicos
solventes e metais como cádmio, crômio e chumbo. Assim sendo, tais metais presentes
principalmente em tintas, podem contaminar o ambiente e, portanto, devem ser motivo de
preocupação e monitoramento ambiental.
Sendo assim, para a construção civil o grande desafio é alcançar uma melhoria e ampliação
do ambiente construído com o emprego de um volume inferior de recursos naturais e a aplicação de
tecnologias mais avançadas que visem igualmente mitigar a geração de resíduos e os impactos
causados ao meio ambiente. Neste sentido, “deve ser evitado o uso de produtos que, por sua
toxicidade, sejam de difícil reaproveitamento, determinando descartes clandestinos ou que
demandem a criação de aterros de entulhos” (SATTLER, 2007, p 45).
Para Jhon (2000), a falta de dados estatísticos referente aos resíduos gerados pelo setor
construtivo torna-se um agravante quanto a quantificação dos impactos causados. Esse fator
prejudica a constatação e as comparações relacionadas aos processos que envolvem desde a geração
até o descarte dos RCD, visto que a falta destes dados dificulta a justificativa dos custos de
implantação de sistemas adequados de processamento e disposição final dos resíduos.
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Assim, tornam-se comuns as disposições irregulares dos resíduos gerados pela construção
civil, os quais causam poluição visual, do solo, águas, contribuem com a proliferação de vetores e
zoonoses e consequentemente danos à saúde pública.
A disposição irregular dos resíduos de construção e de demolição na malha urbana tem sido
relacionada com enchentes, causadas pelo assoreamento dos córregos pelos resíduos, com o
prejuízo da paisagem, obstrução das vias de tráfego e com a proliferação de doenças
(JOHN, 2000, p. 18).
De acordo com Pinto (2001), a ocorrência da disposição irregular dos resíduos de construção
e demolição, dá-se pela falta de soluções adequadas na gestão dos resíduos, causando impactos ao
meio onde são destinados ou depositados e afirma que “a atividade da construção civil gera a
parcela predominante da massa total dos resíduos sólidos urbanos produzidos nas cidades" (PINTO,
2005, p. 8).
Neste sentido, John (2000) afirma que para evitar que sejam abandonados e se acumulem em
margens de rios, terrenos baldios ou outros locais inapropriados, os RCD precisam ser objeto de
uma gestão adequada, mesmo que em sua maior parte sejam materiais semelhantes aos agregados
naturais e solos.
Os resíduos sólidos urbanos possuem uma ampla classificação em virtude de suas fontes
geradores, destinação final e impactos ambientais que causam.
[...] Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades da comunidade,
de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.
Consideram-se também resíduos sólidos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de
água, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d’água, ou exijam para isso soluções
técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível. (ABNT,
NBR 10004, p. 1).
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Para Tenório e Espinosa (2004), resíduos industriais são aqueles gerados nos processos
produtivos das indústrias, os quais contemplam atividades desde a extração da matéria prima até o
produto e sua destinação final.
A rigor, os entulhos poderiam ser considerados como resíduos urbanos, em razão de suas
características e volumes, normalmente são classificados separadamente. Entulhos
constituem-se basicamente de resíduos de construção civil: demolições, restos de obras,
solos de escavações e materiais afins. Analogamente aos resíduos urbanos, as prefeituras
são corresponsáveis por pequenas quantidades. (TENÓRIO, ESPINOSA, 2004, p. 160).
Os autores ainda apontam que os resíduos industriais variam entre 65 e 75% do total de
resíduos gerados em regiões mais industrializadas. Conclui-se, assim, que em regiões cuja atividade
industrial é predominante os resíduos correspondem a mais de dois terços de todo resíduo gerado.
Ainda, de acordo com os autores, a responsabilidade pela destinação dos resíduos é do
agente gerador, e, esta responsabilidade ainda pode ser compartilhada com a empresa transportadora
ou receptora dos materiais, de acordo com a forma com que são destinados, “[...] quando um
resíduo industrial é destinado a um aterro, a responsabilidade passa a ser também da empresa que
gerencia o aterro”. (TENÓRIO, ESPINOSA, 2004, p.159).
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por meio da Resolução N° 307, de
05 de julho de 2002, define resíduos da construção como provenientes de construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, além dos resíduos gerados em processos de
preparação e escavação de terrenos. Ainda de acordo com o CONAMA (2002) o processo de
elaboração do plano de gestão dos materiais descartados, e deve fazer parte do cotidiano das
empresas, pois esclarecem, qualificam e caracterizam as partes e as etapas dos processos que
envolvem a geração e gestão dos resíduos produzidos pela construção civil, e visam o
desenvolvimento de atividades com menor impacto ambiental.
Os resíduos de Classe II – Não perigosos podem ser classificados como inertes e não inertes.
Os resíduos não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade
ou solubilidade em água (ABNT, 2004, NBR 10004, p. 5). São aqueles que sofrem transformação
em contato com outros componentes ou com o meio ambiente.
Já, os resíduos inertes, são, aqueles que, “submetidos a um contato dinâmico e estático com
água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem
nenhum de seus constituintes solubilizados” (ABNT, 2004, NBR 10004, p. 5). Não passam por
transformação química.
A indústria da construção civil gera resíduos que compreendem ambas as classificações
dadas pela NBR 10004, perigosos e não perigosos, podendo ser inertes ou não. O CONAMA,
através da Resolução N° 307, define a Classe D de classificação dos resíduos de construção como
perigosos, sendo que esta classe contempla os solventes que apresentam característica de
inflamabilidade ou corrosividade, as tintas que tem potencial toxicológico e resíduos gerados em
atividades de reformas ou demolições de edificações de uso clínico ou radiológico.
Além desta definição dada especificamente para RCD caracterizados como perigosos pelo
CONAMA, ainda os demais resíduos gerados pelo setor, embora classificados como inertes pela
NBR 10004, como o caso dos agregados e materiais sedimentares, podem contribuir, quanto não
destinados adequadamente, para o acúmulo de resíduos não inertes e que apresentem maior grau de
periculosidade. Para Karpinsk et al (2009), os RCD geram um problema que o acumulo de resíduos
para as localidades, onde outros materiais são descartados em meio aos entulhos.
A Política Estadual de Resíduos Sólidos de Santa Catarina, instituída pela Lei Estadual n°
13.557, de 17 de novembro de 2005, trata da definição de diretrizes e normas para a gestão dos
resíduos sólidos no estado através do Código Estadual do Meio Ambiente.
Esta lei institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos, define diretrizes e normas de
prevenção da poluição, proteção e recuperação da qualidade do meio ambiente e da saúde
pública, assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no Estado de Santa Catarina.
(SANTA CATARINA, 2009. Lei Estadual n° 14.675).
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O Código Estadual do Meio Ambiente conceitua em seu Art. 28, inciso XVII, a disposição
final dos resíduos sólidos como:
A Política Estadual de Resíduos Sólidos ainda trata como responsabilidade do poder público
municipal, de acordo com seu Art. 259, o gerenciamento dos resíduos sólidos de que trata a
respectiva lei. “A execução dos serviços a cargo da esfera municipal, em todas as etapas ou
parcialmente, pode ser feita direta ou indiretamente através de consórcios intermunicipais ou da
iniciativa privada” e ainda, “A concessão de serviços de responsabilidade do Poder Público à
iniciativa privada não exonera a sua responsabilidade pela gestão” (SANTA CATARINA, 2009, p.
114). Já, o Art. 256 do código estadual trata especificamente dos resíduos sólidos inerentes as
atividades potencialmente causadoras de degradação ambiental.
Atender à Lei Federal 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
como componente do Plano Municipal de Saneamento Básico, além da Lei Federal
11.445/2007, planejando estratégias, metas e ações, com ênfase na redução, reutilização,
reciclagem, visando a redução da quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final
em aterro sanitário, com a inclusão dos catadores de materiais recicláveis no processo.
(CHAPECÓ/SC, Lei Municipal 6.758/2015, p. 15)
O plano local traz como objetivos principais o atendimento da Legislação Federal específica
e outras instituições legislativas em âmbito municipal.
O PGIRS em seu Art. 5, inciso 5.1, item C, cita resíduos da construção civil e mineração, e
define que, para esta classificação, predominam materiais trituráveis como, restos de alvenarias,
argamassas, concretos e asfalto, além do solo, sendo que materiais a base de minérios e solos
correspondem a 80% dos resíduos gerados (PGIRS, 2015, p. 47). O plano ainda define materiais
facilmente recicláveis, como embalagens em geral, tubos, fiação, metais, madeira e o gesso. Este
conjunto corresponde a quase 20% do total de resíduos gerados em no município, sendo que metade
é debitado às madeiras, material bastante usado na construção civil. O restante são os resíduos para
os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis, que permitam
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a sua reciclagem / recuperação e os resíduos potencialmente perigosos, como alguns tipos de óleos,
graxas, impermeabilizantes, solventes, tintas e baterias de ferramentas.
O plano identifica os materiais que compõem a totalidade caracterizada como RCD
coletados no município, conforme representado na Figura 1.
Figura 1 - Qualificação dos resíduos sólidos gerados nos canteiros de obra no município de
Chapecó/SC
Ainda a Figura 1, representa o percentual e a variedade dos materiais gerados pela indústria
da construção civil no município de Chapecó/SC. Metais e ferros, resíduos de tinta, gesso, isopor e
plásticos somados, representam 12% de todo o RCD gerado, estes resíduos possuem grande
potencial de impacto ambiental.
Segundo a Constituição Federal de 1988, no art. 30, os serviços de limpeza pública, bem
como os resíduos, são de responsabilidade do poder público, cabendo assim à municipalidade
legislar, gerenciar e estabelecer, no âmbito de suas legislações, o sistema de saneamento local.
Desta forma, a gestão dos serviços de limpeza urbana é intransferível.
Para Pinto (2001), a caraterística principal das áreas destinadas a disposição dos resíduos
irregularmente são o conjunto de danos que deterioram o ambiente local.
Já para os grandes volumes de RCD, o quadro mais comumente encontrado, nos municípios
de médio e grande porte, é a sua adequada disposição em aterros de inertes, também
denominados de “bota-foras”, muitas vezes oferecidos por particulares com o intuito de
planificá-los, visando à sua valorização. Constitui o problema mais significativo, na
destinação dessa parcela dos resíduos, o inexorável e rápido esgotamento das áreas
designadas para disposição, pois muitas delas são de pequeno porte, inseridas integralmente
na malha urbana, nas proximidades das regiões geradoras dos RCD. (PINTO 2001, p. 80).
Dados apresentados pelo IBGE (2013) apontam os aterros, controlados e sanitários, como
destinação final da maior parcela dos resíduos gerados no ambiente urbano, assim,
consequentemente os gerados pela indústria da construção civil.
O sistema de aterro sanitário é definido pela NBR 8419 (1992), como aterro sanitário de
resíduos urbanos, e consiste em dispor os resíduos no solo sem causar danos ambientais e à saúde
pública.
[...] técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou risco à
saúde pública e a segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza
princípios de engenharia para confinar os resíduos à menor área possível e reduzi-los ao
menor volume possível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada
jornada de trabalho ou a intervalos menores se for necessário. (ABNT, NBR 8419, 1992,
p.1).
O sistema de aterro sanitário ou controlado absorve cerca de 75% dos resíduos sólidos.
Tenório e Espinosa (2004), apontam ainda que cerca de 22% dos resíduos são destinados a
vazadouros a céu aberto, ou seja, terrenos ou áreas usadas de forma inadequadas ou
clandestinamente para a destinação dos resíduos, assim, os aterros sanitários apresentam-se com a
opção mais viável hoje para os municípios no que tange a gestão de resíduos sólidos, inclusos os
resíduos derivados das atividades da construção civil.
Vazadouros a céu aberto ou lixões são depósitos nos quais o lixo é simplesmente
descarregado sem qualquer tratamento. Este destino do lixo, além dos riscos à saúde
pública, tem como consequências a poluição do solo e contaminação das águas superficiais
e subterrâneas. [...]. Trata-se, portanto, de uma forma completamente descontrolada, uma
vez que não existem medidas prévias de proteção ao meio ambiente ou a saúde pública.
(TENÓRIO; ESPINOSA, 2004, p. 163).
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De acordo com Castilhos Junior (2006), embora o sistema de aterro sanitário seja o mais
indicado no Brasil, o mesmo carece de adoção de medidas preventivas, o que ocasiona na
destinação final de quase a totalidade dos resíduos gerados no meio urbano sob a gestão do poder
público. Este manejo tem por consequência o direcionamento, dentro de uma totalidade de resíduos,
um percentual de RCD, o que ocasiona o aumento de volume depositado e diminui, em
consequência deste aumento, a vida útil do aterro.
O lançamento de resíduos a céu aberto pode ser facilmente identificado, geralmente são
áreas de disposição clandestinas usadas por empresas privadas em uma junção de interesses
bilaterais em que o proprietário da área se beneficia de alguma forma pelo recebimento dos resíduos
e as empresas geradores se eximem das responsabilidades pela disposição final dos mesmos.
Segundo Bidone e Povinelli (1999), está forma de disposição final dos resíduos consiste no
lançamento ou descarga dos materiais diretamente sobre o solo.
De acordo com o mesmo autor, embora o processo fomente a utilização de técnicas,
procedimentos e estruturação da área para o recebimento dos resíduos, este processo é feito sem
medida alguma de proteção ao meio ambiente ou mesmo a saúde das comunidades circundantes.
Ainda segundo Bidone e Povinelli (1999), a disposição ou lançamento de resíduos a céu
aberto favorece o aparecimento e proliferação de vetores, além de problemas de contaminação e
poluição do meio ambiente.
O aterro controlado não substitui o aterro sanitário, da mesma forma como a disposição a
céu aberto. Neste método os resíduos são igualmente dispostos diretamente no solo.
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Para Bidone e Povinelli (1999), o aterro controlado é uma forma de disposição final dos
resíduos sólidos diretamente no solo, porém atenta a algumas precauções tecnológicas executadas
durante o desenvolvimento do aterro, como o cobrimento dos resíduos com camadas de argila ou
solo local, seguida de compactação, pois essas técnicas minimizam os riscos de danos ambientais e
o aparecimento de vetores como insetos, roedores e poluição visual.
De acordo com o mesmo autor, essa técnica não substitui o sistema de aterro sanitário, mas ainda
assim é preferível que seja utilizada do que lançamento a céu aberto. Esta solução é usual em
municípios pequenos, porém não é a solução adequada. “É adotada, no Brasil, como solução para
aproximadamente 13% dos municípios” (BIDONE; POVINELLI, 1999. p. 18).
3 METODOLOGIA
O método científico desta pesquisa foi classificado como método indutivo. Segundo
Marconi e Lakatos (2008) é o conjunto de atividades sistemáticas e reacionais que, com maior
segurança e economia, permite alcançar o objetivo traçando um caminho a ser seguido, detectando
erros e auxiliando as decisões do cientista. Sendo assim, o objetivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que das premissas que serviram de base,
Segundo Gil (2010), a pesquisa é definida como o procedimento racional e sistemático que
tem por objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. Geralmente a pesquisa é
requerida quando não se dispõe de informações suficientes para responder a um problema ou
quando as informações disponíveis se encontram em deserdem não se relacionando assim ao
problema.
Este trabalho fez uso da pesquisa descritiva. Para Marconi e Lakatos (2008) o nível de
pesquisa descritiva tem por objetivo principal descrever as características de determinada população
ou estabelecer relações entre as variáveis destas.
As técnicas utilizadas nesta pesquisa envolveram a percepção e constatação das ocorrências
através do estudo de campo. Para Gil (2010), o estudo de campo é mais aprofundado e tem maior
flexibilidade, ele se vale de entrevistas, questionários e principalmente a observação, todas essas
ações são realizadas no local de ocorrência dos fatos estudados.
Dessa forma, o delineamento desta pesquisa é um estudo de campo em que, foi analisado o
descarte de resíduos de construção e demolição em um aterro irregular no município de
Chapecó/SC.
De acordo com Marconi e Lakatos (2008), a coleta de dados é definida como uma etapa que
exige um rigoroso controle na aplicação dos instrumentos adotados para a pesquisa, pois são vários
os procedimentos que podem ser considerados como ferramentas para o levantamento de dados, os
quais variam de acordo com o objetivo da pesquisa e campo pesquisado. Nesta pesquisa foram
aplicados como instrumentos de coleta de dados a observação e a análise de documentos.
A observação corresponde a obtenção das informações no momento em que elas acontecem,
segundo Marconi e Lakatos (2008. A área observada está dentro do perímetro urbano do município
de Chapecó/SC, localizada no Bairro Boa Vista e é destinada ao descarte de RCD.
Foram analisados elementos documentais de ordem oficial. Segundo Gil (2010), realizar
consultas em fontes documentais é imprescindível em qualquer estudo de campo, pois as
informações coletadas através de documentos podem auxiliar na formulação de pautas para
entrevistas e ainda revelam dados importantes. Para esta pesquisa foram analisados os relatórios
produzidos pelo município de Chapecó/SC, além dos planos de gestão de resíduos estadual e local.
Marconi e Lakatos (2008) conceituam população como o conjunto de seres animados ou
inanimados que apresentam características em comum. A definição da população analisada abrange
todo o conjunto de seres que podem ser analisados para a pesquisa. Assim sendo, a população
analisada são os aterros irregulares no município de Chapecó/SC.
Complementando, as autoras explicam a ocorrência da amostra. Sendo que esta ocorre
quando a pesquisa não abrange ou não objetiva abranger toda a população definida, mas sim,
através da análise da parte selecionada e através dos resultados obtidos, se pode inferir tais
resultados a totalidade da população. “O conceito de amostra, é ser uma porção ou parcela,
convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo”
(MARCONI; LAKATOS, 2008. p. 225). Foi considerada como amostra o aterro localizado no
Bairro Boa Vista, no município de Chapecó/SC, destinado ao descarte de RCD de forma irregular.
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A técnica de análise de dados, Segundo Gil (2010), sendo uma pesquisa definida como
estudo de campo, deve ser de natureza qualitativa, este método de análise depende da capacidade e
das peculiaridades do pesquisador, munido de técnicas específicas para a interpretação e
apresentação dos dados coletados.
Como técnica de análise e interpretação de dados para esta pesquisa, foi adotado o método
de análise qualitativa.
A área observada localiza-se entre os bairros Boa Vista e Paraíso. Este aterro possui
extensão aproximada de vinte mil metros quadrados, estendidos em uma área com presença
nascentes, olhos d’água, delimitações de Áreas de Preservação Permanente (APP) 3 e comunidades
limítrofes. Conforme Figura 2, pode-se visualizar a extensão da área na qual são depositados os
resíduos.
3
As Áreas de Preservação Permanente - APPs são aquelas áreas protegidas nos termos dos arts. 2º e 3º do Código
Florestal. O conceito legal de APP relaciona tais áreas, independente da cobertura vegetal, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas (SHÄFFER, 2011, p 9)
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A observação desta área foi realizada entre os meses de abril/2016 e novembro/2016, sendo
que neste período foram observados o volume, o tipo dos materiais depositados e a mudança da área
devido ao acumulo de resíduos.
Á área compreende dois terrenos, sendo que um é de propriedade do município de
Chapecó/SC e outro é de propriedade privada. Porém, não há distinção de propriedade no momento
do descarte dos materiais, pois, ambas receberam volumes diários e foi possível verificar que as
fontes dos materiais eram as mesmas.
Nesta área o descarte é feito de forma clandestina por empresas locais do setor da construção
civil. As empresas retiram os entulhos de obras particulares, de acordo com a Figura 3, e destinam
de forma irregular no aterro sem estrutura para recebimento destes materiais. Na mesma área foi
observada a ocorrência de resíduos derivados de serviços de limpeza urbana.
Através da Figura 3, percebe-se que não há separação dos resíduos gerados por parte da
fonte geradora, metais, blocos, material plástico e concreto são direcionados para o mesmo local.
No período de observação da área foi verificado que os materiais eram descartados por empresas
privadas e pelo próprio município.
O volume médio de RCD descartado diariamente nesta área, foi de aproximadamente vinte
metros cúbicos, sendo que o material era acumulado por um período aproximado de duas semanas,
e então era aterrado por tratores que faziam a movimentação de terra para cobrir os resíduos. Em
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nenhum momento da pesquisa foi constatada fiscalização da área por parte do poder público ou
órgãos fiscalizadores ambientais.
A Figura 4 mostra a atividade de empresas privadas fazendo o descarte dos materiais no
local, a atividade era realizada diariamente.
No dia 07 de outubro de 2016 enquanto eram despejados materiais no local, um dos
colaboradores da empresa, motorista do caminhão que fazia o transporte dos resíduos, foi
questionado quanto a forma com que a empresa realizava o descarte e se havia licença ou
autorização para a atividade. Segundo informou o colaborador da empresa, o material era destinado
ao local por solicitação do proprietário da área, o qual pagava pelas cargas de entulho para fazer o
nivelamento da área, a qual, seria loteada futuramente.
Na mesma data, foi realizada uma conversa com o proprietário do terreno que por sua vez
afirmou que as empresas despejavam o material sem qualquer autorização ou consulta, sendo que a
propriedade havia sido cercada várias vezes por ser particular, o que não impedia os caminhões
entrarem no local.
A partir de ambos os depoimentos se percebe a irregularidade e ilegalidade tanto da ação das
empresas que depositavam os resíduos, quanto do proprietário no recebimento dos materiais.
Percebeu-se que a conversa realizada in loco, com um dos colaboradores da empresa que
realizava o descarte e com o proprietário da área, motivou a limpeza temporária do terreno.
No dia 10 de outubro de 2016, primeiro dia útil após a conversa, toda a área foi aterrada. O
trabalho de aterramento é apresentado na Figura 5, em que tratores fazem a movimentação do
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entulho e do solo para encobrimento dos resíduos, a ação ocorre sem demarcação de áreas de
nascentes, áreas de preservação ou córregos que existem no local.
Não foi possível identificar se o trabalho de aterramento dos resíduos realizado nesta data
foi executado pelo município ou pelo proprietário do terreno.
Outra ação realizada para encobrimento dos RCD, foi a locação de casas de madeiras por
parte do proprietário, onde o solo já havia sido removido e os entulhos encobertos. Esta ação
dificulta a identificação da atividade e facilita o aterramento das nascentes, por ser confundida com
uma área urbanizada.
Devido ao tamanho da área, o volume de RCD recebido diariamente e, a atividade
clandestina de descarte de resíduos, foi possível identificar diversos tipos de materiais
contaminantes, que, aliado ao fato do aterro estar cercado por nascentes e córregos, caracteriza alto
potencial de poluição ambiental.
A contaminação do solo e da água geram grande impacto no meio ambiente, na Figura 7 é
possível visualizar uma das nascentes sendo aterrada, nesta figura já se percebe a contaminação da
água em consequência dos entulhos depositados.
Foi observado que dentre os resíduos descartados no local, havia diversos materiais que não
são classificados como RCD, foram identificados equipamentos eletrônicos, móveis, pneus,
embalagens de produtos químicos, diversos tipos de metais, plásticos e tecidos em meio aos
resíduos de construção.
Dessa forma, a maioria absoluta dos materiais descartados são classificados como RCD,
porém não há preparo ou estrutura no aterro para recebimentos de quaisquer materiais poluentes ou
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mesmo dos próprios entulhos inertes por se tratar de uma área irregular de destinação clandestina de
materiais.
Esta ocorrência se dá pela falta de um sistema de classificação dos resíduos na fonte
geradora, que neste caso em específico é causado pela ação clandestina de descarte. Desta forma, os
materiais não passam por nenhum processo de separação ou triagem e trazem consigo ainda restos
de gesso, latas de tinta, louças sanitárias e outros materiais que causam a contaminação do solo e da
água. Estes materiais podem ser observados na Figura 8.
Outro impacto causado pelo depósito irregular de RCD diz respeito às comunidades
vizinhas. A disposição de material de forma descontrolada e sem estrutura adequada favorece a
proliferação de vetores e zoonoses que atingem a população que reside nas áreas circundantes. Foi
observado que há movimentação de catadores no aterro irregular, os quais realizam a queimada dos
materiais, principalmente de fios, para a separação do cobre, esta ação gera, além a da poluição do
ar e a poluição visual, insegurança nos moradores locais devido a circulação de pessoas estranhas na
área.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho propôs a análise do descarte dos RCD em um aterro irregular no município de
Chapecó/SC e os impactos causados, e, a observação da efetividade da legislação vigente.
Quanto ao descarte dos resíduos, foi identificado que não é realizada a classificação dos
materiais que são destinados ao aterro. As empresas não apresentam ferramentas ou sistemas, que
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possibilitem a separação e triagem dos resíduos. No aterro observado, o descarte dos RCD se
apresenta de forma desorganizada e sem controle, não possuí sistemas de monitoramento ou
acompanhamento, onde os materiais são depositados de forma clandestina, causando impactos
ambientais, sociais e econômicos.
O aterro observado apresenta potencial impacto ambiental. O aterro de operação clandestina,
é objeto de descarte de materiais poluentes, e não é fiscalizado. Desta forma, a atuação ilegal das
empresas chega a atingir áreas de preservação permanente, nascentes e córregos, seja pelo despejo
dos materiais diretamente nestas áreas, ou pelo material lixiviado ou transportado por agentes
naturais. Nessa área não há efetividade da fiscalização por parte das instituições públicas, e ações
conjuntas entre o setor público e privado.
Os resíduos de maior ocorrência na área de descarte, são classificados como classes A e B
segundo CONAMA (2002), no entanto, a área apresenta materiais fora desta classificação e recebe
resíduos industriais, materiais recicláveis como, plásticos, papelão, materiais têxteis e metais,
embalagens de materiais contaminantes, como tintas, solventes, aditivos, além de, móveis,
eletrônicos e lixo orgânico residencial. Ainda, dentre dos RCD descartados, foram encontrados
materiais poluentes de classes C e D, são resíduos para os quais não há viabilidade ou tecnologia de
reutilização ou reciclagem, e, resíduos perigosos, como amianto, gesso, pisos e revestimentos de
materiais derivados de petróleo. Não há ações de mitigação da ocorrência de materiais
contaminantes na área de descarte, não sensibilização da comunidade e responsabilidade das
empresas geradoras.
A partir da análise realizada, conclui-se que, o descarte dos resíduos de construção e
demolição realizado no aterro observado, ocorre de forma descontrolada, e gera impactos
socioambientais e econômicos localmente, ainda, há ineficiência da aplicação da legislação e a falta
de fiscalização pelos agentes públicos, o que fortalece a atuação de empresas clandestinas. É
possível concluir ainda, que, a falta de mecanismos para a classificação dos materiais, coletados
pelas empresas do setor, afeta diretamente o meio ambiente, pois são descartados materiais
contaminantes em áreas impróprias.
Por fim, a existência de aterros irregulares, a atuação de empresas no descarte de resíduos de
forma clandestina e, a ocorrência de materiais poluentes em meio aos RCD, quando somados a,
ineficiência da gestão pública, falta de fiscalização e da efetividade da legislação, confirmam a
importância de estudos detalhados sobre resíduos de construção e demolição gerados e descartados
no município de Chapecó/SC, bem como, atestam a demanda da adequação de políticas públicas
efetivas e, o desenvolvimento de diretrizes que fomentem a gestão adequada dos RCD nas fontes
geradoras e nas empresas responsáveis pela coleta e destinação final.
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