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Engº Ambiental/Segurança

J. Edno Teófilo de Almeida


CREA 11116857324

PLANO DE DE CONTROLE AMBIENTAL


PCA

FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIARIO


SUCCESPAR VAREJO

EQUIPE TÉCNICA:
Coordenador e Responsável Técnico
Engenheiro Ambiental - José Edno Teófilo de Almeida
CREA-MA 111685732-4
Responsável pela Elaboração do PCA
José Edno Teofilo de Almeida
CREA-MA 111685732-4

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J. Edno Teófilo de Almeida
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO 03
2 INTRODUÇÃO 04
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELO EMPREENDIMENTO
2.2 IDENTIFICAÇÃO DO CONSULTOR
2.3 OBJETIVOS
2.4 LOCALIZAÇÃO
3 JUSTIFICATIVAS DO PROJETO 05
3.1 LOCACIONAIS
3.2 AMBIENTAIS
3.3 JURÍDICAS
3.4 TÉCNICAS
3.5 METODOLOGIA APLICADA
3.6 IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO SÓCIO/ECONÔMICO
4 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO LICENCIAMENTO 07
5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DA ATIVIDADE 08
5.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO/EMPREENDDEDOR
5.2 DESCRIÇÃO E APRESENTAÇÃO TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO
5.3 COMSUMO DE ÁGUA/BALANÇO HÍDRICO
5.4 EFLUENTES LÍQUIDOS/ÁGUAS PLUVIAIS
5.5 QUALIDADE DO AR/EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
5.6 RESÍDUOS SÓLIDOS
5.7 COMBUSTIVEIS UTILIZADOS/ENERGIA
5.8 RUÍDOS/VIBRAÇÕES
6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 12
6.1 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO
6.2 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIOLÓGICO
6.3 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ANTRÓPICO
7 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS 45
7.1 METODOLOGIA
7.2 IDENTIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PRELIMINAR DOS IMPACTOS
7.3 LISTAGEM DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA AMBIENTAL DA ÁREA DE
INFLUÊNCIA FUNCIONAL
8 MEDIDAS MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E DE CONTROLE AMBIENTAL 57
8.1 DELINEAMENTO DAS MEDIDAS MITIGADORAS
8.2 MEDIDAS MITIGADORAS PARA GARANTIA DA QUALIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS E
DEMAIS RECURSOS NATURAIS
8.3 MEDIDAS MITIGADORAS PARA GARANTIA DA QUALIDADE DE VIDA
8.4 QUADRO DE DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS, PREVENTIVAS
E COMPENSATÓRIAS
8.5 MEDIDAS DE CONTROLE AMBIENTAL E DE RISCO E OUTRAS
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9 PROGRAMAS E PLANOS
9.1 PROGRAMAS
9.2 PLANOS
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10 CONCLUSÃO
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11 BIBLIOGRAFIA

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1 APRESENTAÇÃO

Este documento constitui o Plano de Controle Ambiental (PCA), contendo


informações necessárias à análise e Autorização pela Secretaria Municipal de Meio
Ambiente; assim como, a devida Anuência da Prefeitura Municipal de São Luis/Ma.
O empreendimento compreende a construção de uma loja, e toda a
InfraEstrutura urbana necessária à proposta é de responsabilidade do Empreendedor.
O Plano foi elaborado com base na legislação ambiental, Plano Diretor da Cidade de e
normas técnicas (ABNT) existentes que tratam do assunto, sendo apresentadas às
descrições e concepções básicas do empreendimento e contemplados os
procedimentos e medidas de controle ambiental, a fim de instruir o Processo de
Licenciamento ´Ambiental da edificação.
O presente PCA tem como objetivo identificar, analisar e recomendar a
adoção de medidas preventivas e compensatórias de proteção ao meio ambiente que
necessitem ser implantadas e que assegurem a execução adequada e ambientalmente
no projeto, incluindo-se áreas de apoio, tais como canteiros.
As Medidas Preventivas sugeridas representam a execução antecipada de
medidas a serem adotadas visando a evitar, reduzir e/ou controlar os impactos
ambientais relacionados com ação e implementação das obras previstas, e as Medidas
Compensatórias, representam o conjunto de ações a serem promovidas para mitigar os
eventuais impactos inevitáveis e irreversíveis, recuperando assim, no todo ou na maior
parte possível, os valores ecológicos perdidos.
Os projetos de engenharia forneceram os dados, elementos e definições das
obras, as observações de campo subsidiaram o diagnóstico sócio ambiental da área de
influência do projeto assim como a análise dos impactos ambientais passíveis de
ocorrerem quando da execução das obras e o levantamento dos passivos ambientais
existentes ao longo da área de influência do projeto e as respectivas propostas para
sua solução.

Para melhor compreensão do texto e do escopo do estudo foi realizada uma


caracterização geral da área de localização do empreendimento e verificados os
potencias impactos ambientais significativos que poderão ser gerados na
obra/empreendimento, além das medidas mitigadoras propostas para minimização dos
potenciais impactos ambientais apresentados em capítulos específicos.

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Para o reconhecimento da área foram realizados levantamento das


condições físicas onde será inserido o empreendimento por meio de material
fotográfico e uso de GPS (vide plantas) para obtenção das coordenadas geográficas. O
trabalho buscou identificar o empreendimento utilizando dados primários e secundários
em bibliografias existentes para a realização do diagnóstico ambiental.

Portanto, o presente Plano de Controle Ambiental – PCA vem atender à


exigência da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado do Maranhão –
SEMMAM, para subsidiá-la tecnicamente na concessão das Licenças Ambientais
necessárias a Instalação e Operação do empreendimento, além de orientar o
empreendedor quanto às medidas e cuidados operacionais relacionados ao meio
ambiente local.

2 INTRODUÇÃO

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA EMPRESA


EMPREENDEDORA

Nome: Ivson Cavalcante


CPF: 040.627,597-70
Endereço: Av. Jeronimo de Albuquerque, 260
CEP: 65060-641
Tel: (81)9993-6445
Fax:
E-mail: ivson@instacon.eng.br

2.2 IDENTIFICAÇÃO DO CONSULTOR

Nome: José Edno Teófilo de Almeida


Formação profissional: Engenheiro Ambiental/Segurança/Sanitário
Endereço Comercial: Av. Enseada dos Ventos, nº 37
Araçagy - S.José de Ribamar/Ma
CREA: 1111685732-4
CEP: nº 65000-110
Registro IBAMA:
E-mail:

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2.3 OBJETIVOS

A empresa empreendedora tem como objetivo e atividade econômica principal, o


segmento de supermercado Varejista e Atacadista, conforme código constante do
CNPJ 27.538.422/0001-71. Quanto ao objetivo deste Plano de Controle Ambiental é
identificar e caracterizar as atividades de obra civil de contrução das instalações físicas
da loja do empreendimento acima citado e das atividades a serem desenvolvidas no
mesmo, para obtenção das Licenças Ambientais junto a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (SEMMAM).
Portanto, o presente PCA, reportar-se-á às medidas atinentes às atividades
de construção civil e aquelas a serem desenvolvidas pela atividade de construção civil,
nesta fase de licenciamento para expedição de LS-Licença de Simplificada ou LR-
Licença de Reforma, uma vez que já existe edificação análoga ao empreendimento
proposto, fazendo apenas citações ocasionais à operação, como modelo comparativo,
visto que o licenciamento operacional resultante, ficará a cargo da SEMMAM. Este
estudo obedece às exigências e Normas disciplinares do Órgão ambiental e
fiscalizador do Município (SEMMAM-Secretaria Municipal de Meio Ambiente), do
IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e
do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), dentre outros.

2.4 LOCALIZAÇÃO

2.4.1 Local da implantação da obra


O empreendimento referido no presente trabalho localizar-se-á no município
de São Luís, Estado do Maranhão, conforme descrição das plantas, apresentadas para
o processo de licenciamento e caracterização constante do item 5.1 do presente
estudo.

3 JUSTIFICATIVAS DO PROJETO

3.1 LOCACIONAIS

JUSTIFICATIVA GERAL:
Com o crescimento demográfico da cidade de São Luís, várias empresas de
diversos segmentos, vêm adquirindo áreas para implantação de suas estruturas físicas,
dessa forma, expandindo o crescimento comercial do município, bem como, ofertando
emprego em diversas categorias e gerando renda na localidade. Pois, na fase de
construção por apresentar uma demanda muito grande e necessária. Este tipo de
atividade é de grande importância para valorização das áreas urbanas de São Luís,
pois apresentam além de projetos arquitetônicos e de engenharia bastante avançado,
valorizando áreas nobres dessa cidade, como também estabelece melhorias para
atendimento da classe média quanto à demanda habitacional.

Quanto aos demais motivos fundamentais que levaram o empreendedor a se


foram:
– Local apropriado para esta atividade por se tratar de Zona Residencial (),
conforme e Corredor Primário, Lei 3253/1992, que dispõe sobre o zoneamento,
parcelamento, uso e ocupação do solo de São Luis, que tem como um dos usos
permitidos,– “residencial Multifamiliar”, zona nesta existem outras obras e
empreendimentos similares e por se tratar de ponto principal para outras ruas e

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Avenidas importantes, a exemplo da Avenida São Luis Rei de França e Daniel de La


Touche.
– Existência de demanda local para a obra a ser realizada;
– Mão-de-obra abundante e acessível;
– Disponibilidade de energia elétrica;
– Disponibilidade de água e esgotos;
– Infra-estrutura da cidade de São Luís, que permite a viabilização do
empreendimento/obra;
– Surgimento de pólo residencial expressivo na cidade de São Luis
– Facilidade de transportes.
– Característica urbana privilegiada do local.

3.2 AMBIENTAIS

Inexistência de lançamento de efluentes líquidos no meio ambiente, que


não sejam direcionados para fossas sépticas e futuramente para a rede
pública coletora e daí ao Sistema de Tratamento a ser disponibilizado
pela CAEMA, conforme previsão para a rede de expansão da mesma.
– Ausência de ruídos, odores e vibrações que poderiam incomodar
comunidades próximas;
– Existência de aterro público municipal para disposição dos resíduos
sólidos gerados pelo empreendimento a ser construído (lixo doméstico) e
pela obra conforme receptores e transportadores cadastrados na
SEMMAM;
– Compatibilidade com a legislação ambiental relativa à construção de
empreendimentos desta natureza;
– Tratamento e destino final adequado dos resíduos sólidos gerados;
– Inexistência de corpos hídricos que possam ter interface direta com
lançamentos do empreendimento, inexistentes por sinal.

3.3 JURÍDICAS

- Compatibilidade com a legislação ambiental relativa à operacionalização de


empreendimentos desta natureza;
- Apresentação do “Plano de Controle Ambiental” e demais documentos
pertinentes ao licenciamento, exigidos pela Secretaria Municipal de Meio
Ambiente de São Luis, com todos os detalhes técnicos e operacionais do
empreendimento.

3.4 TÉCNICAS

- Adoção de procedimentos técnicos e operacionais que respaldam


completamente a operação do empreendimento, especialmente quanto aos quesitos
“meio ambiente”, “segurança”, “regulamentação”, etc., sempre em atenção à legislação
aplicável, seja ela ambiental ou de outra natureza.
- Todos os procedimentos de construção obedecerão rigorosamente, as
instruções técnicas relativas às atividades do empreendimento

3.5 METODOLOGIA APLICADA PARA DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

Para realização deste estudo, optou-se por utilizar uma metodologia que
consiste em observância das etapas exigidas para a construção e operação do projeto.
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Primeiro realizou-se a identificação do empreendimento a ser realizado,


descrevendo sua área de inserção, onde será implantado e registrando os recursos e
feições naturais existente na região antes da existência do projeto.
Posteriormente a esta fase, são estimados os potenciais impactos
ambientais significativos que os meios físico, biótico e sócio-econômico poderão sofrer
com o a instalação do empreendimento.
Por último, são propostos programas e mecanismos que possam minimizar
os potenciais impactos negativos, realizando a mitigação, o controle para favorecer a
viabilidade ambiental e social do projeto.
Utiliza-se ainda o método conhecido como “AD HOC”, que consiste em
avaliar os impactos de forma integrada, tomando por base a discussão dos
profissionais das diversas áreas específicas e setoriais, promovendo, como dito, a
integração dos estudos. Atrelado com o método de listagem de controle “check-list”,
esta metodologia possibilita a identificação e delineação abrangente e criteriosa dos
impactos observados durante os estudos, na tipologia do empreendimento afim.

3.6 IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO SÓCIO-ECONÔMICO

Trata-se de um empreendimento/obra de construção civil de porte médio,


que absorverá mão-de-obra local, ainda que diminuta, porém de importância para a
cidade de São Luís e bairros que estão localizados nas imediações do mesmo.
Representa, portanto, um fator de contribuição na economia local e regional
e ainda, ao desenvolver suas atividades, gera impostos que são recolhidos aos cofres
públicos em forma de tributos, gerando e acrescentando receitas essenciais ao poder
público estadual e municipal, principalmente.

4 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL AO LICENCIAMENTO (PRINCIPAIS


DISPOSITIVOS)

Constituição Estadual ;
Constituição Federal - Artigo 225 de 25/10/88 – que estabelece o direito de todos
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e à sadia qualidade de vida e as
incumbências do poder público para se efetivar esses direitos;
Lei 5.197, de 03.01.1967 – dispõe sobra a proteção à fauna.
Lei 3.253/92, alterada pela Lei 3.895/2000 – Legislação municipal de zoneamento,
parcelamento, uso e ocupação do solo e código de posturas;
Lei Estadual n.º 5.405 de 08/09/92 – que institui o Código de Proteção do Meio
Ambiente no Estado do Maranhão e dispõe sobre o Sistema Estadual do Meio
Ambiente e disciplina o uso adequado dos recursos naturais do Estado;
Lei 5.715, de 21 de junho de 1998 – Lei do Silêncio
Lei 6.938 de 31/08/1981 – dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente,
seus fins e mecanismo de formulação e aplicação e dá outras providências;
Decreto Lei 24.643, de 10.07.1984 – Código de águas;
Lei 7.347 de 24/07/1985 – disciplina a ação civil pública de responsabilidade por
danos causados ao meio ambiente e ao consumidor/
Lei Estadual 5.405 de 08/04/1992 – Código de Proteção do Meio Ambiente do
Estado do Maranhão;
Lei nº 4.771 de 15 de novembro de 1965 (Código Florestal) – Define medidas de
proteção de certas formas de vegetação, especialmente daquelas associadas aos
recursos hídricos;

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Lei Municipal nº 4730/2006 – Estabelece o licenciamento ambiental no município


de São Luis;
Lei nº 9.605 de 19 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências (Lei dos crimes ambientais) e Decreto Federal 6514/2008.
Resolução CONAMA 001, de 23/01/1986 – Estabelece e regulamenta a avaliação
para o licenciamento de atividades potencialmente degradadoras do meio
ambiente;
Resolução CONAMA 003/90 – Estabelece os padrões de qualidade do ar.
Resolução CONAMA 237 de 19/12/1997 – regulamenta atividades de
licenciamento ambiental;
Resolução CONAMA 357/2005 – estabelece os padrões de qualidade águas e de
lançamentos de efluentes em corpos de águas.
Resolução CONAMA nº 307 de 05/07/2002 – que estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;
Lei Municipal 4738/2006.
Lei Municipal 4730/2006.
Lei Municipal 1790, de 12 de maio de 1968 – Código de posturas do Município de
São Luis.
Lei Municipal Delegada 033 de 11 de maio de 1976 - Código de obras do
Município de São Luis.
Lei Municipal 4669 de 11 de outubro de 2006 – Plano Diretor do Município de São
Luis;
Lei Municipal n.º 6.766 de 19/12/79 – dispõe sobre o parcelamento do solo urbano
e dá outras providências;

5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DA ATIVIDADE

5.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO/EMPREENDEDOR

Razão Social: FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIARIO SUCCESPAR VAREJO

Tipo de Empreendimento: Comércio varejista de mercadorias em geral, com


predominância de produtos alimentícios - supermercados

CNPJ: : 27.538.422/0001-71

Número da Loja: 180x = ASSAÍ ANGELIN


Endereço: Av. Jerônimo de Albuquerque, 260 - Angelim
CEP. 65060-641

Cidade: São Luis – MA R.G.I.: nº 51.088


Posicionamento geopolítico: Zona Urbana do município de São Luis - MA.
Número de funcionários na instalação: 250
Horário de trabalho: 08 às 12:00 horas, 2ª a 6ª feira e sábado 08 às 12 horas.
Área a ser construída: 15.107,59 m².
Área do terreno: 37.788,35 m².

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5.2 DESCRIÇÃO E APRESENTAÇÃO TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO

5.2.1 INSTALAÇÕES

O empreendimento de construção civil a ser desenvolvido pela - Suckces 01


desenvolvimento imobiliario ltda (CNPJ 37456713000174), ficará situado em instalações físicas de
15.107,59m².e 37.788,35 m2 de área total, conforme Registro de Imóveis – Registro
Geral, 51.088
O lote ocupa uma área total de 37.788,55m², conforme demonstrado na
Planta de Situação e Localização e documentos de posse.
O local é dotado de todos os melhoramentos públicos: rua asfaltada, água
encanada, rede coletora de esgotos sanitários (futuramente), iluminação pública, dentre
outros.
De acordo com o Plano Diretor de São Luís de 1992, a área está localizada
na Zona R 06, permitindo o uso pretendido.
É caracterizada por ocupação residencial, comercial e turístico de alto
padrão, ficando a aproximadamente 10 km do centro da cidade.
O acesso ao empreendimento é realizado pela Av. Jerônimo de
Albuquerque, conforme pode ser visualizado na planta de localização.

MEMORIAL DESCRITIVO, PROJETOS, CERTIDÕES, AUTORIZAÇÕES E


PLANTAS: Acompanham o pedido de licença.

5.3 CONSUMO DE ÁGUA/BALANÇO HÍDRICO

A água a ser consumida nas obras para instalação física do edifício provirá
de fornecimento terceirizado e a água para o empreendimento, provirá do fornecimento
da CAEMA e deverá ficar atrelado à Carta de Diretrizes da mesma, devendo ser
utilizada água da rede pública ou de poços próprios, de acordo com a definição do
documento da CAEMA. Na fase de implantação o fornecimento necessário às obras
poder á ser terceirizado ou feita ligação da própria CAEMA para fornecimento e
aproveitamento para adaptação ao Projeto.

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO EMPREENDIMENTO


Discriminação Quantidade(média)
Uso na implantação da obra 2,0 - 4,0 m3/dia –
absorvido pela obra.
Fonte: Pesquisa de Campo, 2010

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O Balanço Hídrico do empreendimento para a fase residencial está


representado no croqui adiante.

BALANÇO HÍDRICO (FASE DE OPERAÇÃO)

REDE PÚBLICA

RESERVATÓRIO(S)-Caixa d’água

FASE DE OPERAÇÃO

Rede pública futuramente


(720 a 900 m3/mês)

5.4 EFLUENTES LÍQUIDOS GERADOS/ÁGUAS PLUVIAIS


Os efluentes líquidos gerados na fase de operação do empreendimento
serão essencialmente esgotos sanitários domésticos provenientes de WC(s) químicos,
banheiros, vestiários, etc., que serão encaminhados para a rede pública. Serão
gerados conforme balanço hídrico apresentado anteriormente. Desta forma, quanto aos
efluentes gerados, teremos:

Vazão média = QMed = 27,0 m3/dia.


Vazão mínima = QMin = 24,0 m3/dia.
Vazão máxima = Qmax = 30,0 m3/dia.

As águas pluviais serão recolhidas e encaminhadas para a respectiva rede


coletora de drenagem local e não arrastarão poluentes da área do empreendimento,
pois este prestará serviços com toda a segurança. O empreendimento não apresentará
área exposta sujeita a pluviosidade direta, não revestida com pisos, que possa
propiciar arraste de sólidos, por exemplo. Na fase de construção civil todos os efluentes
serão domésticos que irão ao sistema operacional da unidade.

5.5 QUALIDADE DO AR / EMISSÕES ATMOSFÉRICAS


A qualidade do ar ambiente na região onde operará o empreendimento
apresenta atualmente, ainda, boas condições atendendo aos parâmetros apontados
pela Resolução CONAMA nº. 003/90 para PTS (Partículas Totais em Suspensão), PI
(Partículas Inaláveis) e SO2 (Dióxido de Enxofre), e pela OMS (Organização Mundial de
Saúde) para PS (Partículas Sedimentáveis). A implantação e operação do
empreendimento não resultarão em concentrações que ultrapassem os padrões de
qualidade do ar para a região.
As emissões geradas no sitio por outras atividades, já existentes, por
enquanto, não têm sido suficientes para elevar as concentrações dos poluentes acima
do nível de alerta, estando dentro dos padrões da Resolução CONAMA 003/90.
Com relação às emissões oriundas de fontes estacionárias, relacionadas
com o empreendimento, afirmamos que estas não existem significativamente no
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empreendimento. Apenas emissões de serviço de cozinha, comum a qualquer


grupamento social. São padrões referenciais da qualidade do ar os valores abaixo:

PADRÕES DE QUALIDADE DO AR (PRIMÁRIOS) – RC 003/90;

Partículas totais em suspensão (PTS): média geométrica anual (MGA)


de 80ug/m3 por m3 de ar ou 240ug/m3 (média de 24 horas);
Fumaça: média aritimétrica anual (MAA) de 60ug/m 3, por m3 de ar ou
150 ug/m3 (média de 24horas);
Partículas inaláveis (PI): MAA de 50ug/m3 de ar ou 150ug/m3 (média de
24 horas);
Partículas sedimentáveis (PS): 1,0 mg/cm2/30dias (área residencial)
e1,5 mg/cm2/30dias (área industrial) – OMS/CETESB

Os contribuintes principais para a poluição do ar, na área do


empreendimento, são os veículos que transitam nas proximidades, especialmente nas
grandes Avenidas a exemplo da Avenida Mário Andreaza onde pretende se implantar o
empreendimento. Todavia a quantidade de veículos é desprezível se considerados
outros sítios interestaduais, por exemplo. Não são observados outros fatores que
possam contribuir significativamente para deterioração da qualidade do ar na área, nem
vias não pavimentadas.
Não haverá gerações de emissões atmosféricas no empreendimento em
decorrência de máquinas e equipamentos (por exemplo, caldeiras etc.). Os itens que
podem causar uma pequena contribuição na poluição atmosférica da área são as
emissões dos próprios veículos que transitam na Avenida, conforme dito. Todos estes
aspectos são vetores de pequenos impactos ocasionais, não contribuindo para o
comprometimento da qualidade do ar ambiente da região, ou mesmo da localidade. Na
fase de implantação, nas obras civis, serão notadas geração em fontes pontuais
temporárias de pequena magnitude.

5.6 RESÍDUOS SÓLIDOS


Os resíduos sólidos a serem gerados pelo empreendimento na fase de
operação serão de natureza doméstica e da atividade fim.
Os resíduos sólidos de natureza doméstica e da atividade fim são lixo de
varrição, papéis e papelões, material de escritório, resíduos orgânicos provenientes de
preparação e restos de alimentos, embalagens etc. Serão gerados aproximadamente
200 a 300 Kg/dia, que serão acondicionados em sacos plásticos e colocados nos locais
onde serão removidos para o local de disposição final do município, pelo Serviço de
Limpeza Pública do mesmo. Na fase de implantação serão gerados resíduos de
construção civil que terão o m esmo destino final. O PGRCC e da atividade apresenta o
gerenciamento detalhado destes resíduos. Citado documento comporá os autos de licenciamento.

RESÍDUOS SÓLIDOS DO EMPREENDIMENTO


Quantidade
Discriminação
(média)

Resíduos domésticos e da atividade fim (operação) 200 a 300 Kg/dia

Resíduos de construção civil (implantação) Vide PGRCC

Fonte: Pesquisa de Campo, 2022.

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5.7 COMBUSTÍVEIS UTILIZADOS/ENERGIA ELÉTRICA/OUTROS


Os combustíveis a serem utilizados pelo empreendimento na fase de
operação serão apenas combustíveis dos veículos da empresa construtora e GLP para
cozinha.
Todos os produtos serão adquiridos no comércio local, com positivos efeitos
na economia.Na fase deimplantação apenas combustíveis que prestarão serviços à
obra.
Fonte: Pesquisa de Campo, 2022.

ENERGIA ELÉTRICA
O empreendimento utilizará energia elétrica da concessionária CEMAR, em
quantidades impostas pelos trabalhos segundo as demandas da fase de operação. Na
fase de implantação não será ecessário utilização de energia elétrica. A energia seráé
proveniente da rede elétrica local de responsabilidade da Companhia Energética do
Maranhão (CEMAR). O sistema é alimentado por uma rede trifásica de baixa tensão
(380/220kV) com neutro e terra.

COMBATE A INCÊNDIO
No empreendimento serão instalados todos os equipamentos necessários
para o combate a incêndio, como extintores e mangueiras, definidos pelo órgão
competente.

5.8 RUÍDOS E VIBRAÇÕES

Os níveis de som (ruídos) podem ser enquadrados nas seguintes categorias


segundo a legislação pertinente:
Ruídos ocupacionais – aqueles produzidos no interior ou próximo do local de
trabalho, como decorrência natural do processo produtivo ou ocupacional. Estão
regulamentados pela Portaria 3214, de 08.06.1978, do Ministério do Trabalho, e
NBR/ABNT 10.152/1987, uma vez que elas definem o tempo máximo de exposição
para trabalhadores sujeitos a ruídos ocupacionais.
Ruídos externos ou ambientais – aqueles prejudiciais à saúde e ao sossego
público, gerado em decorrência de qualquer atividade industrial, comercial social ou
recreativa, inclusive propaganda política, medidos a, pelo menos, 50 metros de
distância da fonte do ruído.
No Estado do Maranhão, o instrumento disciplinador da lei do silêncio é a Lei
5.715, de 11 de junho de 1993, que estabelece: “o nível de som proveniente da fonte
poluidora medida dentro dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto
incômodo, não poderá exceder a 10 decibéis (dB A) do nível do ruído de fundo
existente no local”. Diz ainda: “independentemente do ruído de fundo, o nível de som
proveniente da fonte poluidora, medido dentro dos limites da propriedade, não poderá
exceder aos níveis fixados na Tabela 1 da referida Lei, que estabelece 65 dB A para
residências localizadas em Zonas industriais”.
O empreendimento certamente não afetará comunidades vizinhas na fase de
operação, pois os ruídos gerados serão de baixa intensidade, restritos aos locais de
geração. Na fase de implantação os ruídos de construção civil serão gerenciados para
que não incomodem a vizinhança local. Será utilizado pelos funcionários do
empreendimento, EPI(s) durante as horas necessárias diárias de atividade laboral,
conforme estabelece a Portaria 3214, em função dos níveis de ruídos e demais
aspectos insalubres observados eventualmente na atividade, registrados no local.

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6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ESTUDO

O diagnóstico ambiental, deste estudo, foi realizado na área do


empreendimento. Os estudos foram realizados baseando-se em pesquisas
bibliográficas, fotos e análise da área onde será instalado o empreendimento.

Com base nos resultados obtidos foi realizada uma análise integrada com as
outras áreas de conhecimento englobadas pelo estudo, completando o diagnóstico e os
impactos ambientais.

CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA


A Área de Influência do empreendimento está dividida em:

 Área de Influência Direta (AID) - corresponde à área do empreendimento, ou


seja, o lote onde será construída a obra – edificação comercial
 Área de Influência Indireta (AII) - corresponde às áreas de entorno do
empreendimento, correspondendo a um raio de 500m de distância da AID.

Portanto, conforme visto, por se tratar de uma área essencialmente urbana


de vias consolidadas (residencial/comercial), a definição da área de influência direta
(amortização) do presente estudo restringiu-se ao próprio local do empreendimento e a
área de influência indireta (amortecimento) num raio de 500 m.

6.1 MEIO FÍSICO

Dados climáticos

As informações disponibilizadas para a macro área ora citada, aplicam-


se ao local do empreendimento por apresentarem características semelhantes
em sua unidade de paisagem.
Para caracterização do clima e das condições meteorológicas da área de
interesse, foram utilizados os dados da Estação de Meteorologia de São Luís, do
Ministério da Agricultura, localizada na latitude 2°33'45.68”S e longitude
44°13'39.01"W, aplicável ao local do empreendimento
O domínio climático atuante na área onde se localizará o empreendimento,
como de resto em toda a cidade de São Luis, é caracterizado por 2 estações: uma
úmida (primeiro semestre) e outra seca (segundo semestre). Portanto, o clima é
tropical quente e semi-úmido da zona equatorial.
Segundo a classificação do KOPPEN (1949), a área em estudo insere-se
numa região do padrão climático do tipo AW. Este na referida área vem sofrendo
pequenas transformações derivando do subtipo AW, quente úmido, com dois períodos
bem definidos um chuvoso (janeiro a junho) e outro de estiagem (julho a dezembro).
De acordo com SANTOS (1993), os agentes climáticos têm uma significativa
participação na morfogênese litorânea. Fato este comprovado através de intemperismo
físico-químico pela siginificativa ação eólica sobre o estirâncio (durante a baixa-mar) e
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Engº Ambiental/Segurança
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as dunas atuais com destaque no período seco, aumento do processo erosivo (nas
voçorocas, falésias encostas e demais feições) em função do alto índice pluviométrico,
caracterizado pelo período chuvoso, resultando numa considerável taxa da
sedimentação nas áreas rebaixadas.
Clima dominante na área do empreendimento: tropical quente e semi-úmido
da zona equatorial.

 Temperaturas
As temperaturas médias anuais variam em torno de
26ºC e 27ºC. Os índices termométricos variam pouco de uma estação para outra,
sofrendo influência mais acentuada da maritimidade do que da variação latitudinal
(Figura 1).
As temperaturas máximas ocorrem geralmente entre os meses de agosto e
novembro, e seu valor médio está acima de 30ºC. Em função do aumento da cobertura
de nuvens, que atenua os efeitos da radiação solar direta, durante o período das
chuvas (janeiro-julho), as temperaturas máximas são mais amenas.
A influência dos ventos alísios da circulação local contém, em média, 79,4%
de umidade relativa do ar que, associado à grande quantidade de nebulosidade
durante o ano todo, faz com que a temperatura em grande parte da costa maranhense
seja amenizada. No período chuvoso, a temperatura média é de 30ºC e no período
seco (novembro) é de 32ºC, sugerindo a manutenção de temperaturas elevadas
durante o ano todo (ZECMA, 2003).

14
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Variação da temperatura média do ar ao longo da região costeira do Estado do Maranhão, em destaque a Ilha
de São Luí\ ZECMA,2020)

15
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TEMPERATURA
W 48º 46º 44º 42º

GOVERNO DO MARANHÃO

UM NOVO TEMPO

S 2º

OCEANO ATLÂNTICO

PARÁ

PIAUÍ

TOCANTINS

TEMPERATURA MÉDIA ANUAL (º C)

Áreas com temperatura média anual superior a 27ºC

Áreas com temperatura média anual entre 26ºC e 27ºC

Áreas com temperatura média anual entre 25ºC e 26ºC

Áreas com temperatura média anual entre 24ºC e 25ºC

Áreas com temperatura média anual entre 23ºC e 24ºC

Áreas com temperatura média anual entre 22ºC e 23ºC


Uma Universidade
para o Maranhão
10º

ESCALA GRÁFICA
60Km 0 180Km

Projeção SAD 69
Meridiano Central 45º 00' 00" W.Gr

16
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 Precipitação

O ciclo anual das chuvas se caracteriza por apresentar os maiores índices


pluviométricos registrados nos meses de março e abril com acentuado declínio nos
meses subseqüentes. A dinâmica da circulação atmosférica em toda a zona costeira
maranhense faz com que a pluviometria seja marcada pela irregularidade.

No verão, inicia-se o período chuvoso, atingindo o máximo no outono,


compreendendo os meses de janeiro a julho, com máximo em fevereiro a maio. No
inverno e primavera, de agosto a dezembro, ocorre período de estiagem, com mínimo
pluviométrico em setembro e novembro.

As chuvas, dessa região, são produzidas devido ao movimento da massa


Equatoriais Norte (En) em direção ao Sul, provocando o deslocamento da calmaria
equatorial. As correntes ascendentes, ligadas à alta temperatura da região, provocam
as chuvas de convecção. A NW do Estado, as chuvas são mais intensas, diminuindo a
SE, com a representação das isoietas anuais para toda a Região NE.

O período seco relaciona-se ao maior distanciamento da Equatorial Norte


(En) e à atividade da Equatorial Atlântica (Ea), com ventos alísios quentes e secos que,
apesar de virem de região marítima, não atingem o ponto de saturação compatível com
a formação da chuva devido à elevada temperatura que domina a área.

A precipitação é um parâmetro meteorológico muito importante para


dispersão atmosférica, pela sua ação de depurar o ar e remover os poluentes em
suspensão. A precipitação total anual de São Luis é de 2.000 a 2.400 mm/ano, sendo a
média cerca de 2200 mm. Os meses mais chuvosos são fevereiro, março e abril, cujos
totais variam entre 280 e 400 mm. Entretanto o período seco incide entre os meses de
agosto, setembro e outubro com ocorrências de chuva zero em alguns meses. Seria
preocupante, do ponto de vista de dispersão, se aliado a esse problema a velocidade
do vento fosse fraca, o que não ocorre. Portanto a secura é compensada pela
velocidade média elevada do vento que dispersa bastante as substâncias em
suspensão não permitindo concentrações elevadas de poluentes.

Observou-se que o mês mais chuvoso é abril, e os meses mais secos,


agosto e setembro.

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PRECIPITAÇAO PLUVIOMÉTRICA
W 48º 46º 44º 42º

GOVERNO DO MARANHÃO

UM NOVO TEMPO

S 2º

OCEANO ATLÂNTICO

PARÁ

PIAUÍ

TOCANTINS


PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA ANUAL (mm)
Áreas com totais pluviométricos superiores a 2800 mm

Áreas com totais pluviométricos entre 2400 e 2800 mm

Áreas com totais pluviométricos entre 2000 e 2400 mm

Áreas com totais pluviométricos entre 1600 e 2000 mm

Áreas com totais pluviométricos entre 1200 e 1600 mm

Áreas com totais pluviométricos entre 800 e 1200 mm

Uma Universidade
para o Maranhão
10º

ESCALA GRÁFICA
60Km 0 180Km

Projeção SAD 69

.
Meridiano Central 45º 00' 00" W.Gr

18
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 Ventos
Os ventos são predominantemente de NE (45%), atingindo maior velocidade
no mês de outubro e menor no mês de abril. Durante o período de seca, o vento de NE
ocorre numa média de 74% do tempo. Na estação chuvosa, essa média cai para 23 a
30%, aumentando a ocorrência de calmarias, com freqüência em torno de 87% nas
noites de maio.

 Pluviosidade
O período chuvoso abrange os meses de fevereiro a maio, quando caem cerca de 90%
do total anual, destacando-se o quadrimestre fevereiro, março, abril e maio (ZECMA,
2003). O período seco abrange o período de agosto a dezembro, quando chove
apenas 10% do total anual.

-1.5

OCEANO ATLÂNTICO
-2
Latitude Sul (º)

-2.5

-3

-3.5

-46 -45.5 -45 -44.5 -44 -43.5 -43 -42.5 -42


Longitude Oeste (º)
Escala Pluviométrica (mm)

1500 1700 1900 2100 2300

Caracterização pluviométrica da área abrangida pelos estudos para o Zoneamento Costeiro do Estado do
Maranhão, em destaque a Ilha de São Luís (ZECMA, 2003).

Características Topográficas

A região na qual será localizado o empreendimento trata-se de área de terra firme


com topografia ondulada apresentando cotas altimétricas que variam de 5 a 10 m,
fronteiriça à orla marítima, com topografia plana e com declividade inferior a 5%.

Insolação, Radiação Solar e Nebulosidade

Com base nas informações contidas no Quadro 1 (Radiação Solar, Insolação


e Nebulosidade), foi feita a análise do balanço de radiação para o município de São
Luís.
A razão de radiação solar fornece um índice que varia de 0 a 1, significando
que quanto mais próximo de 1, maior o grau de limpidez e transmissividade
atmosférica, e quanto mais próximo de zero, maior será o grau de turbidez atmosférica.
Esse índice pode ser usado também em termos percentuais; por exemplo, 0,30
19
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significa que apenas 30% da radiação solar que atinge o topo da atmosfera alcançam a
superfície.
Em termos de média anual, o número de horas de brilho solar para São Luís
é cerca de 2.800 horas por ano, o que significa média diária de sol direto de cerca de
7,7 horas.
Essa média oscila ao longo do ano entre um mínimo de 5 horas (fevereiro-
março) e um máximo de 9,8 a 10 horas (agosto-setembro). Essa variação é função dos
totais pluviométricos, número de horas de chuvas e nebulosidade.
A razão de insolação (RI = n/N, onde n = insolação real e N = insolação
máxima) varia entre 0,83 em setembro e 0,41 em fevereiro e março. Isto significa que,
na estação chuvosa, tem-se maior predomínio de luz difusa (60%), enquanto, na
estação seca, a situação inverte-se para apenas 20 a 30% dessa luz.
A quantidade média anual de radiação solar global é de aproximadamente
400cal/cm2/dia, variando entre 380-390 nas estações chuvosas e 450-490 na estação
seca.

MESES
Itens Média anual
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Qo 876 898 897 861 807 774 785 830 874 890 878 864 852cal/cm3/dia
Qg 422 388 387 379 382 420 426 465 490 422 464 450 425
Qg/Qo 0,48 0,43 0,43 0,44 0,47 0,54 0,54 0,56 0,56 0,47 0,56 0,52 0,50
N 12,2 12,2 12,1 12,1 12,0 12,0 12,1 12,0 12,1 12,1 12,2 12,1 Horas
N 6,8 5,0 5,0 5,4 6,6 8,2 9,3 9,8 10,0 9,1 8,6 8,3 7,7
n/N 0,56 0,41 0,41 0,45 0,55 0,68 0,77 0,82 0,83 0,75 0,70 0,68 0,64
C 6,9 7,7 8,0 7,9 7,3 6,2 5,6 5,0 4,9 5,2 5,4 6,0 6,3 em décimos
Quadro 1: Variação Mensal da Radiação Solar no Topo da Atmosfera (Qo), da Radiação Solar Global
(Qg), da Razão de Radiação (Qg/Qo), da Insolação Máxima (N), da Insolação Real (n), da Razão de
Insolação (n/N) e da Nebulosidade (C) para São Luís – Ma
A nebulosidade média é da ordem de 6,3 décimo/dia, mostrando um pico no período de
fevereiro a maio (7,3 a 8 décimos) e caindo para (4,9 a 5 décimos) de cobertura de nuvens no período
mais seco.
Fonte: INMET, 2009.

Umidade Relativa do Ar

O teor de umidade na região de São Luís mantém-se elevado quase todo o ano. A média
anual, que gira em torno de 82%, é superada de janeiro a julho, sendo superior de julho a dezembro, aos
valores médios mensais. O trimestre mais úmido corresponde a março, abril e maio, enquanto o mais seco
estende-se por setembro, outubro e novembro. Mesmo durante o período de maior aquecimento e no auge
da estação seca, a umidade não cai abaixo de 50%, enquanto que, na estação chuvosa, os valores estão
sempre acima de 80%.

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UMIDADE RELATIVA DO AR
W 48º 46º 44º 42º

GOVERNO DO MARANHÃO

UM NOVO TEMPO

S 2º

OCEANO ATLÂNTICO

PARÁ

PIAUÍ

TOCANTINS


UMIDADE RELATIVA DO AR ANUAL (%)

Áreas com umidade relativa do ar anual superior a 82%

Áreas com umidade relativa do ar anual entre 79% e 82%

Áreas com umidade relativa do ar anual entre 76% e 79%

Áreas com umidade relativa do ar anual entre 73% e 76%

Áreas com umidade relativa do ar anual entre 70% e 73%

Uma Universidade
para o Maranhão
10º

ESCALA GRÁFICA
60Km 0 180Km

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Meridiano Central 45º 00' 00" W.Gr

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Pressão Atmosférica

A normal mensal da pressão atmosférica no período de 1990-2007 foi de


1008,3 mb, que é menor que 1 atm, valor esperado para uma região à beira-mar, nesta
posição geográfica.

Geologia/Geomorfologia

 Geologia
A área do estudo localiza-se ao Norte da Ilha do Maranhão, sede da capital
do Estado. Fica ligeiramente a sul da franja costeira da praia Litorâneade com
aproximadamente 8 km de extensão
Geologicamente está inserida na bacia costeira de São Luis, estudo mais
recente realizado por TAROUCO E CAVALCANTE (1993) e outros definem a coluna
estratigráfica como: Formação Itapecuru (Cretáceo) Formação Barreira (Terciário),
praias, dunas, etc.
Os sedimentos da Formação Itapecuru são constituídos por arenitos finos
avermelhados de caulim, apresentando estratificações paralelas e cruzadas com leitos
argilosos e intercalados de folhelhos siltitos cinza-esverdeado, podendo recobrir
qualquer formação mais antiga.
Os sedimentos desse tipo de formação podem ser observados na base da
falésia, próximo ao Farol de São Marcos.
A formação Barreira apresenta-se mais recente recobrindo discordantemente
a Formação Itapecuru, ou ainda encontrada sobre formações mais antigas, sua
constituição é representada por rochas calcarias, areníticas e argilosos mal
consolidado. Segundo ALMEIDA (1968), os sedimentos dessa formação são tidos
como pliocênicos, apresentando ainda leitos do conglomerado com seixos de quartzo e
folhelhos.
Esta unidade estratigráfica é bem visualizada na área em estudo, uma vez
que a mesma é representada por tabuleiros costeiros e as falésias.

 Geologia da Ilha de São Luís


A posição intracratônica do Meio Norte (Maranhão/Piauí) favoreceu à
formação de uma estrutura geológica sedimentar, constituindo vasta bacia cuja a
gênesis está ligada às transgressões e regressões marinhas, combinadas com
movimentos subsidentes e arqueanemicos ocorridos do inicio do paleozóico ao final do
mesozóico, durante os movimentos negativos eram depositados sedimentos marinhos
acumulando-se arenitos, folheilhos e calcário, enquanto que durante os movimentos
epirogênicos positivos depositaram-se sedimentos basálticos de origem continental.
O ciclo de deposição marinha começou no siluriano, continuando pelo
devoniano inferior, médio e superior e terminou no carbonivero inferior com a Formação
Poti que apresenta ao lado das faces marinhas, sedimentação continental.
As camadas sedimentares de modo geral, se apresentam quase horizontais
com declives insignificantes para o norte, originando uma topografia tabular ou
subtabular.
Geologicamente, a Ilha do Maranhão ocupa a parte setentrional do Golfão
Maranhense, parte integrante da Bacia Costeira de São Luís, formada por rifteamento
durante o Cretáceo (Eocretáceo-Albiano). Limita-se ao Norte pela Plataforma Ilha de
Santana, ao Sul pelos Altos Estruturais Arco Férrer Urbano-Santos, a Leste pelo Horst
de Rosário e a Oeste pelo Arco de Tocantins. Nesta área ocorrem a presença de

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sedimentos cretáceos, terciários e quaternários. A seqüência sedimentar é constituída


por intercalações de arenitos, arenitos argilosos, lamitos e calcário. De Idade Cretácea
destaca-se a Formação Itapecuru, caracterizada litologicamente tanto lateral quanto
verticalmente, por uma série de clásticos finos, vermelhos (com o feldspato
freqüentemente alterado para o caulim), cinza azulados e amarelo acastanhado,
arenitos, siltitos e argilitos (AB’SABER, 1960).

GEOLOGIA
W 48º 46º 44º 42º

GOVERNO DO MARANHÃO

UM NOVO TEMPO

S 2º

OCEANO ATLÂNTICO

PARÁ

PIAUÍ

TOCANTINS

GEOLOGIA
QHa (Aluviões Fluviais)
QHm (Aluviões Marinhos)
QHe (Depósitos Eólicos)

QHfm (Aluviões Fluvio-Marinhos)
TQb (Grupo Barreiras)
TQdi (Cobertura Detritica)
Ku (Formação Urucuia)
Ki (Formação Itapecuru)
Kco (Formação Codó)
Ks( ) (Formação Sardinha)
Jc (Formação Corda)
Jpb (Formação Pastos Bons)
TRjm (Formação Motuca)
TRs (Formação Sambaiba)
PTRm (Formação Mosquito)
Ppf (Formação Pedra de Fogo)
Cpi (Formação Piauí)
Cpo (Formação Poti)
Uma Universidade P (Granitos Brasilianos)
para o Maranhão
10º P gup (Grupo Gurupi)
P (Complexo Cristalino)
Kgj (Formação Grajaú)

ESCALA GRÁFICA
60Km 0 180Km

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Meridiano Central 45º 00' 00" W.Gr

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 Geomorfologia

Geomorfologicamente a Ilha do Maranhão encontra-se num dos mais


importantes acidentes geográficos do Estado do Maranhão o “Golfão Maranhense”. A
mesma é caracterizada por possuir um relevo tabuliforme cuja atitude varia entre 25 e
55m conforma estudos feito pela SEPLAN (1983).
A ilha do Maranhão, as feições morfológicas compreendem amplas praias de
areias quartzosas caracterizada pela ocorrência de falésia, planícies fluvio-marinho,
dunas moveis e fixas e os tabuleiros.
A franja costeira da praia de São Marcos/Calhau é caracterizada por um
relevo plano a moderadamente ondulado, com largo estirâncio variando entre 180 e
320m com presença de canaletas e afloramento rochoso, bem como dunas fixas e
moveis e/ou falésias em áreas distintas da área em estudo.
O tabuleiro é constituído por rochas da Serie Barreira que, em alguns locais,
atingem a linha da preamar em forma e falésias. Noutros, as formações rochosas estão
mais recuadas, constituindo paleofalesias. A topografia mantém-se suavemente
ondulada, descaindo no sentido do reverso em direção ao interior da ilha. Em geral, a
superfície apresenta um solo argilo-arenoso, com reduzida presença de matéria
orgânica, exceto nas áreas frontais as praias do Calhau e IPEM, onde as formações
arenosas depositam-se sobre a Serie Barreira, atualmente a 20 – 30 metros acima do
nível da preamar.

Relevo
A capital maranhense encontra-se a altitude de 4 a 10 metros acima do nível
do mar. Existem baixadas alagadas, praias extensas e dunas que formam a planície
litorânea.

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GEOMORFOLOGIA
W 48º 46º 44º 42º

GOVERNO DO MARANHÃO

UM NOVO TEMPO

S 2º

OCEANO ATLÂNTICO

PARÁ

PIAUÍ

TOCANTINS


GEOMORFOLOGIA

Chapadões, Chapadas e “Cuestas”


Superficie Maranhense com Testemunhos
Golfão Maranhense
Lençóis Maranhenses
Litoral em “Rias”
Falhas e Fraturas
Escarpa Sedimentar

Uma Universidade
para o Maranhão
10º

ESCALA GRÁFICA
60Km 0 180Km

Projeção SAD 69
Meridiano Central 45º 00' 00" W.Gr

Pedologia

A formação dos diversos tipos de solo depende do clima, da natureza da


rocha, do relevo, do tempo de formação e dos microorganismos. Com relação à
permeabilidade, há vários tipos de solos: I) solos permeáveis (solos arenosos)
constituídos, por areia; II) solos impermeáveis (solos argilosos) constituídos
essencialmente por argila; III) solos intermediários, onde as porções areia e argila se
encontram mais equilibradas. O solo é um dos componentes da biosfera, sendo
integrado a outros sistemas, que funcionam em conjunto, promovendo o
desenvolvimento biótico no planeta Terra. Em suas porções elementares, os solos são
constituídos por misturas de argila, calcário, areia, matéria orgânica, água, ar e
microorganismos.
De acordo com a nomenclatura atual do Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (1999) a constituição pedológica da região da Ilha de São
Luís compreende as seguintes classes de solo:
Solos com Horizonte B Latossólico não Hidromórficos (LV1 a LV9).
Solos Concrecionários Lateríticos (CL1 à CL6).
Solos Indiscriminados de Mangues (SM1).
Solos Indiscriminados de Mangues e Solonchak Solonetzico (SM2).
Solos Indiscriminados de Areias Quartzosas Marinhas (SM3).
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O Solo predominante da área do empreendimento é do tipo Solo


Indiscriminado de Areias Quartzosas Marinhas e Solo com Horizonte B Latossólico não
Hidromórfico – Latossolo amarelo .
A classificação do solo de uma região constitui um instrumento de definição
de seu possível aproveitamento, por isso, o levantamento de solos é fundamental para
o planejamento do uso da terra, uma vez que permite mapear as diversas classes de
solo de uma área, diferenciadas pelas características morfológicas, físicas, químicas e
mineralógicas. Esses fatores são os que determinam a utilização adequada do recurso
solo e permitem avaliar a aptidão agrícola das terras.
O Sistema de classificação de solos da Embrapa não é um sistema
internacional. Os solos são reconhecidos internacionalmente no sistema
FAO/UNESCO, usado em conexão com a legenda do Soil Map of the World. Desde
1998 a FAO endossou a World Reference Base for Soil Resources como o sistema
universal, reconhecido pela IUSS (International Union of Soil Science).

Latossolo Amarelo
São originados das rochas do Grupo Barreiras, que são os arenitos, sempre
associados a areias quartzosas. Apresentam textura média, areno-argilosas, porosos,
bem drenados, com média capacidade de retenção e baixa fertilidade natural.

Compreende solos muito profundos com perfis homogêneos tanto em cor


como em textura. Apresentam horizontes muito intemperizados, pouco diferenciados e
transições normalmente difusas. Compreende os latossolos dos baixos platôs e dos
tabuleiros da zona úmida costeira, sendo derivados de sedimentos da Formação
Barreirinhas (Jacomine, 1979).
A seqüência dos horizontes destes solos é do tipo A, B latossólico e C O
horizonte B, diagnóstico destes solos, caracteriza-se por apresentar predominância de
minerais 1:1 (caulinítica) na fração argila, e sua atividade é menor que 13 meg/100g.
As cores são normalmente no matiz 10 YR. Podendo, no entanto variar do matiz 7,5
YR a 2,5/Y.
Possuem propriedades físicas boas para utilização agrícola, sem
impedimento ao desenvolvimento das raízes e manejo, permitindo o emprego de
qualquer implemento agrícola uma vez que, geralmente são encontrados em relevo
plano ou suavemente ondulados.

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Recursos Hídricos

ÁGUAS INTERIORES DA ILHA DE SÃO LUIS


A hidrografia reinante na área de influência do empreendimento trata-se de
evidências de águas interiores, sendo o principal corpo hídrico superficial encontrado
na mesma, o riacho Ana Jansen a 500 metros do empreendimento, que forma uma
micro bacia composta de pequenos contribuintes sazonais principalmente e deságua
na baía de São Marcos. Citado rio encontra-se em fase adiantada de comprometimento
visto que se encontra próximo de núcleos populacionais, recebendo dos mesmos o
lançamento de esgotos in natura. O Riacho Ana Jansen hoje no máximo pode se
enquadrar como água salina classe 3, segundo a RC 357/05.
Vê-se também na área em que se impantou o empreendimento drenagens
naturais que vão ter ao Riacho já citado e à própria Baía de São Marcos. Ou seja, a
bacia hidrográfica da área de influência do empreendimento é a micro bacia do Rio Ana
Jansen, assim considerado por ser o principal corpo hídrico local, sendo este de águas
interiores.

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Os aqüíferos apresentam-se de forma contínua, de extensões regionais,
constituídos por sedimentos elásticos, com predominância de arenitos. Reúne litologias
e estruturas altamente favoráveis à recarga, acumulação de abundantes volumes de
recursos hídricos, em condições livres e artesianas. As características físico-químicas
das águas apresentam-se geralmente boas, e representam uma importante fonte de
recursos de abastecimento, de certa forma limitada, visto que em certos locais, pela
proximidade com a salinidade da orla, estas águas apresentam pequena característica
salobra o que a inviabiliza para consumo humano.

MEIO BIÓTICO

Flora e fauna

ADA – ÁREA DIRETAMENTE AFETADA: Como o empreendimento irá


situar-se em uma área fortemente urbanizada, há poucas áreas verdes na sua área de
abrangência, não podendo ser verificado espécies que caracterizem uma flora
propriamente dita, com exceção dos remanescentes de espécies arbustivas e
herbáceas ou uma fauna dominante, predominando assim somente animais
domésticos provenientes de áreas urbanas, como cães, ratos, gatos, baratas.
FLORA (Ilha de São Luis)
Dentre as tipologias vegetais que ocorrem na ilha de São Luís, é possível
observar a Restinga, Manguezal, a Mata de Babaçu ou Cocal, e Matas de Várzea. Em
terra firme, a fitofisionomia dominante é a do Babaçual, representado pela espécie
Orbignya martiana. Trechos das conclusões de Pires (1982) sobre a cobertura vegetal
original da ilha de São Luís estão transcritos a seguir e são fundamentais para a
visualização do grau de interferência humana nas formações vegetais do município.
A diversidade específica para a área de interesse pode ser estimada a partir
dos trabalhos de Pires (1982), SEMATUR (1991) e Ferreira (1992). O primeiro, em
levantamento florístico, computou um total de 196 espécies de plantas vasculares
arbustivas e arbóreas para ambientes de terra firme e aquático. A fusão das listas dos
dois últimos totaliza 193 espécies. Dessa maneira, apesar da ausência de trabalhos de
levantamento florístico na área de influência direta propriamente dita, podemos estimar
uma diversidade específica na mesma ordem de grandeza para a área de influência
indireta antes da antropização já veriificada na área.
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Não temos dúvida das semelhanças que existiam entre a cobertura vegetal
da área de influência e a ocorrente no restante da ilha de São Luís. Contudo, é
importante, também, ressaltar certas particularidades associadas com as alterações
nos padrões de uso do solo e vegetação após a implantação dos bairros
residenciais.De uma maneira geral, a área de influência já não apresenta cobertura
vegetal de porte arbustivo ou arbóreo.
Nas demais áreas da Ilha de São Luis, a capoeira de terra firme encontra-se
em evidente processo de extinção, que, eventualmente, não mais produzirá uma área
com formação vegetal semelhante à cobertura florestal original.

PRINCIPAIS UNIDADES DE PAISAGEM DA ILHA DE SÃO LUIS


As unidades de paisagem vegetação arbórea e vegetação arbustiva,
constituem fisionomias diferenciadas de áreas que sofreram diferentes intervenções
antrópicas e suas diferentes feições devem-se ao fato dos diferentes estágios de
regeneração que se encontram, além dos diferentes graus de intervenções a que foram
submetidas.
RESTINGAS
Ao longo das linhas de costa dos países tropicais e sub-tropicais,
desenvolvem-se um grupo de vegetais e animais com características específicas que
em conjunto formam os ecossistemas de restingas. Nestes sistemas, as plantas, os
animais, as populações microbianas do solo e o ambiente físico estão ligados por
processos que promovem uma contínua troca e assimilação de energia. Fatores
externos e internos governam esta rica diversidade biológica e sua natureza funcional
(SCHAFFER-NOVELLI, 1988).
As vegetações de restingas são dominados nas porções mais interiores por
espécies isoladas que podem ocupar extensas áreas, enquanto que outras espécies
ocorrem predominantemente nas franjas. Este ecossistema encontra-se reduzido
devido ao desmatamento verificado na área e à especulação imobiliária da orla
maríitima do local.

MATA DE TERRA FIRME (Unidades de Paisagem: Vegetação arbórea e vegetação


arbustiva)
As matas secundárias ou capoeiras constituem uma formação proveniente
da devastação da floresta, por meios que vão desde o desmatamento para a
implantação de áreas agrícolas até de árvores de interesse econômico.
Após a derrubada da floresta, seguida de abandono da área, inicia-se a
regeneração natural, em princípio com ervas e arbustos de larga distribuição –
vegetação arbustiva, caracterizando a capoeira que acaba dominada por arbustos
grandes, árvores e palmeiras de rápido crescimento. Encontram-se associadas à Mata
de Babaçu, que possui certa exuberância caracterizada pela vegetação esparsa e bem
desenvolvida. No entanto, nas primeiras encontra-se espécie remanescente da mata
nativa como: Cenostigma gardnerianum (canaleiro), Combretum parviflorum
(mofumbo), Martiodendron parvifolium (pau-de-arara), mimosa caesalpiniaefolia
(sabiá). Esta formação conhecida também como mata de cipó é um dos representantes
da floresta amazônica e a ocorrência de degradação (normalmente queimadas para
implantação de agricultura de subsistência) seguida por regeneração, que pode
encontrar-se tanto em estágios secundários quanto terciários, origina o padrão
conhecido como capoeira de terra firme com palmeira de babaçu – vegetação arbórea.

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Em determinados locais, onde ocorre o afloramento dos lençóis


subterrâneos, ocorrem os buritizais, que são uma fisionomia vegetal onde domina a
espécie de Palmaceae Mauritia vinifera (buriti); nas porções mais drenadas encontra-se
Orbygnia martiana (babaçu) e Euterpe oleraceae (jussara).
A vegetação original da Ilha de São Luis era mata hileana, com mistura de
palmeiras como início de transição para a flora do Brasil Central. De acordo com
PIRES (1982), a floresta original seria a mata mista com palmeiras, principalmente o
babaçu.

Unidades de Paisagem da área do empreendimento

As unidades de paisagem foram determinadas a partir de análise de imagem


de satélite SPOT do Google Earth. As unidades foram descritas com base nas
condições de solo, relevo e vegetação.
Foram identificadas nas imediações do lote as seguintes Unidades de
Paisagem.

Terra Firme – Vegetação herbácea, arbustiva - arbórea


Este termo genérico engloba unidades de paisagem da região costeira que
tem em comum o fato de estar fora da ação direta das marés. A Terra Firme foi
subdividida nas subcategorias vegetação herbácea dominada por gramíneas,
vegetação arbustiva - arbórea dominada por frutíferas, leguminosas, palmáceas e solo
exposto por antropização. Em ambos, o solo é formado por laterita e barro,
apresentando-se mais pobre em nutrientes que as áreas com solo aluvional,
conseqüente com biomassa intermediária àquela observada nestes últimos.

Vegetação herbácea
Formação vegetal dominada por gramíneas, em diferentes estágios de
sucessão

Vegetação arbustiva-arbórea
A área ainda possui composição florística composta por espécies arbóreas
de médio porte e arbustos em estágio de regeneração pela ação antrópica na área,
comprovando assim a retirada da vegetação ocorrida gradualmente nas proximidades.

Solo exposto
Área com solo desprovida de cobertura vegetal. A ausência de vegetação
está associada à sua prévia remoção para antigo moradores do local. Essa unidade de
paisagem é encontrada em várias partes da área em estudo.

Área Antropizada
Esta Unidade é caracterizada pela presença de áreas modificadas pelo
homem e com estrutura construtiva já existente.

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VEGETAÇÃO
W 48º 46º 44º 42º

GOVERNO DO MARANHÃO

UM NOVO TEMPO

S 2º

OCEANO ATLÂNTICO

PARÁ

PIAUÍ

TOCANTINS

8º VEGETAÇÃO

Floresta Ombrófila Densa

Savana (Cerrado)

Savana Estépica

Floresta Estacional Decidual

Floresta Estacional

Formações com Influência Marinha e Fluvio-Marinha

Uma Universidade
para o Maranhão
10º

ESCALA GRÁFICA
60Km 0 180Km

Projeção SAD 69
Meridiano Central 45º 00' 00" W.Gr

Flora da área de estudo

A área de instalação do empreendimento apresenta fitofisionomia


representada principalmente por vegetação herbácea e gramíneas em sua maior parte
como pode ser visualizado na foto 1.
O processo de antropização da área revela a baixa de diversidade florística
que compromete a existente de uma fauna associada a flora local.

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As espécies observadas nas imediações da área em questão foram:


Palmeira de Coqueiro (Cocos nucifera), Palmeira Tucum (Astrocaryum aculeatum),
Árvores caju (Anacardium occidentale), Árvore Amendoeira (Terminalia Catappa),
Árvores (não identificadas), Arbustos (não identificados).
Não existem na área de implantação do empreendimento árvores de
babaçus que são protegidas por Lei Estadual.

Fauna (Ilha de São Luis)


A ilha de São Luís do Maranhão integra a Província Zoogeográfica
Amazônica de Mello Leitão, cuja fauna, provavelmente, constituía-se por uma
abundância de vários grupos taxonômicas terrestres e numerosas espécies de aves
aquáticas, podendo ser observadas pacas, gambás, cuícas, morcegos, macacos,
tamanduás, tatus, lontras, preguiças, veados, sapos, cobras, jacarés e lagartos.
Todavia, atualmente, o entorno de cidades, como São Luís, apresenta a
fauna original bastante empobrecida em sua diversidade, principalmente, na área de
influência do projeto, efeito da interferência irresponsável do homem sobre os
ecossistemas. Na área de influência do empreendimento, por ser zona urbanizada não
mais exiiste macrofauna.
Tal interferência, como queimadas sucessivas, ocupação das áreas,
caçadas, entre outras, leva a ruptura de elos da cadeia alimentar e, conseqüentemente,
ao desequilíbrio ecológico, muitas vezes com extinção de espécies vegetais e animais.
Os animais, que ocorrem na Mata de Babaçu, são de espécies que vivem
também nos ecossistemas circunvizinhos e muitas delas estão adaptadas a condições
ambientais sombrias. Destacam-se aves terrícolas e de sub-bosques, como os
Ralídeos (saracuras), mamíferos, como Didelphis marsupialis (gambá), Cavia aperea e
Gálea spixii (preás), Agouti paca (paca), Euphractus sexcictus (tatu-peba), répteis
como Tupinambis teguixin (teiú), anfíbios como Leotodactytus pentadactylus (rã
pimenta), bufo marinus (sapo cururu), além de muitas formas de invertebrados.

Fauna da área de estudo

Como a fauna de um determinado local está diretamente ligada à tipologia


vegetacional existente nesse local e adjacências, é importante informar que se pode
observar a não mais existência de espécies com habitat fixo na vegetação da área dos
lotes. Isso ocorre possivelmente pela descaracterização que a vegetação da área
sofreu ao longo dos anos, ocasionando a fragmentação e perda de habitats para as
espécies que ali habitavam.
A antropização dos ambientes geralmente é responsável por uma alteração
na composição da fauna local. Espécies mais exigentes quanto à qualidade do
ambiente tendem a diminuir em população, ou mesmo a desaparecer, enquanto que
espécies oportunistas colonizam a área ou aumentam em população.
No entanto, cabe ressaltar que se observou, somente alguns exemplares de
aves (rolinhas e urubus) na área e microfauna.

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6.3 MEIO ANTRÓPICO

6.3.1 Histórico do Município de São Luís


SÃO LUIS
ASPECTOS GERAIS/LOCALIZAÇÃO MUNICIPAL/HISTÓRICO

São Luís é um município brasileiro, capital do estado do Maranhão, fundada


no dia 8 de setembro de 1612. Localiza-se na ilha Upaon-Açu (denominação dada
pelos índios Tupinambás significando "Ilha Grande"), no Atlântico Sul, entre as baías
de São Marcos e São José de Ribamar. De modo semelhante ao que ocorre com
Belém do Pará e Vitória do Espírito Santo, habitantes de outros Estados brasileiros
certas vezes se referem à cidade como São Luís do Maranhão. Quando em 1621 o
Brasil foi dividido em duas unidades administrativas - Estado do Maranhão e Estado do
Brasil - São Luís foi a capital da primeira unidade administrativa. Sendo que em 1737
com a criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Belém passa a ser a nova capital.

É a principal cidade da Região Metropolitana Grande São Luís, possui


997.098 habitantes, [2] sendo a 16º cidade mais populosa do Brasil. São Luís é a única
cidade brasileira fundada pelos Franceses (ver França Equinocial), e é uma das três
capitais brasileiras localizadas em ilhas (as outras são Florianópolis e Vitória).

De acordo com dados do IBGE possui o 12º maior parque industrial entre as
27 capitais do Brasil.[5] É considerada também em pesquisa realizada pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) uma das melhores cidades para se trabalhar no Brasil.[6][7] São
Luís é a quarta maior cidade da Região Nordeste e a 13ª maior capital brasileira, e em
termos de manifestações culturais é a capital mais rica do Brasil.

É rica em manifestações culturais, como: o Bumba-Meu-Boi, Tambor de


Crioula,Cacuriá,Dança Portuguesa,Quadrilhas Juninas,Reggae e outras. Possui o
maior conjunto arquitetônico de azulejos portugueses da América Latina. Possui uma
vasta área de praias salgadas. Possui uma culinária peculiar da cidade, como: o cuxá,
o arroz de cuxá, o peixe frito e a famosa torta de camarão. A cidade possui uma vida
noturna muito movimentada, possuindo muitos bares, restaurantes, clubes de
festas,teatros,cinemas e muios shows de artistas locais, nacionais e internacionais. A
vida noturna funciona de 2ª feira a Domingo. É uma cidade com muitas opções de lazer
e divertimentos. É conhecida como uma cidade festeira.

Foto da Cidade de São Luis

Em período anterior ao processo de colonização, a capital maranhense,


abrigava a aldeia de Upaon-Açu, onde os índios Tupinambás viviam da agricultura de
subsistência (pequenas plantações de mandioca e batata doce), além dos produtos da
caça, pesca e coleta de frutas.
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De acordo com Silva (1995), em 1.500, os espanhóis foram os primeiros


europeus a aportar na região onde hoje é o estado do Maranhão, sendo que após trinta
e cinco anos os portugueses fracassaram na tentativa de ocupação do território. No
ano de 1550 foi fundada a cidade de Nazaré, provavelmente, onde hoje é São Luís,
que acabou sendo abandonada devido à resistência dos índios e a dificuldade de
acesso à ilha. No entanto, em 1612, franceses capitaneados por Daniel de La Touche
fundaram a França Equinocial, o primeiro núcleo de povoamento da cidade de São
Luís, até que em 1615, os portugueses retomam definitivamente a colônia.
O sustentáculo da base econômica, no século XVII, encontrava-se na
produção do açúcar, cravo, canela e pimenta. Sendo que a partir do século XVIII,
somando ao açúcar, foi introduzida a produção de arroz e algodão que constituíam os
três produtos da economia escravocrata do século XIX. O estado maranhense, atrelado
à força de trabalho eminentemente escravocrata, enfrentou um período de decadência
após a abolição da escravidão, recuperando-se ao final da primeira década do século
XX através da industrialização com a produção têxtil.
Durante o período de 1970/80, a economia local teve grande impulso através
da construção do Porto do Itaqui inaugurado em dezembro de 1973. Para facilitar o
acesso ao porto foi construída, no governo Sarney, a Barragem do Bacanga.
Em virtude das grandes expectativas conjugadas à implantação do Programa
Grande Carajás, o governo criou o primeiro Distrito Industrial do Maranhão (Decreto
Federal 78129) em 17/10/1976, na área Itaqui-Bacanga, e posteriormente na área
Tibiri-Pedrinhas. Após a implantação do Distrito Industrial, ocorreu a instalação de
indústrias de grande porte que alteraram o perfil sócio-econômico de uma parcela da
população, além de atrair e agregar um grande contingente populacional advindo do
interior do Estado.
A década de 90 teve como principal destaque a soja, economia do cerrado
maranhense, subsidiada por incrementos tecnológicos de uma agricultura moderna. No
início do século XXI despontam na economia maranhense intenções de otimizar sua
aptidão industrial e turística. Além destas, a capital recente os efeitos positivos e
negativos em ser o pólo atrativo da ilha de São Luís com mais de um milhão de
habitantes.
A cidade de São Luís foi fundada no dia oito de setembro de 1612 por Daniel
de La Touche, Senhor de La Ravardiére. Devido suas origens se confundirem com
interesses colonizadores e com conflitos de ocupação territorial por portugueses,
franceses e holandeses diz-se que São Luís fora à única cidade brasileira de origem
francesa pois após a sua fundação por franceses permaneceram no Maranhão de 1612
a 1615 o que não foi suficiente para sedimentar nenhum aspecto da cultura francesa no
povo maranhense, à época.
Nas últimas décadas, esse ambiente ilhéu passou a considerar todo o
conjunto de prédios históricos culminando com a revitalização da Praia Grande, onde
desperta os turismos culturais, consubstanciados pelo honroso título de Cidade
Patrimônio Cultural da Humanidade, sob o auspício da UNESCO (ONU).

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Fotos de São Luís

"Ilha do Amor"
"Jamaica Brasileira"
"Atenas Brasileira"
"Cidade dos Azulejos"
"Capital Brasileira da Cultura"

Brasão Bandeira

Aniversário 8 de setembro
Fundação 8 de setembro de 1612
Gentílico Ludovicense
Lema Presente todos os dias

Prefeito(a) Eduardo Braide

Localização

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02° 31' 48" S 44° 18' 10" O

Unidade federativa Maranhão


Mesorregião Norte Maranhense IBGE/2008 [1]
Microrregião Aglomeração Urbana de São Luís IBGE/2008 [1]
Região metropolitana São Luís
Municípios limítrofes Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa

Características geográficas
Área 827,141 km²
População 1.226.062 hab. est. IBGE/2019 [2]
Densidade 1.341,74 hab./km²
Altitude 4m
Clima tropical Awh
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,778 médio PNUD/2000 [3]
PIB R$ 12.311.941.000,00 (BR: 29º) - IBGE/2007 [4]

PIB per capita R$ 11.858,00 IBGE/2018 [4]

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6.3.2 Aspectos Populacionais do Município de São Luís (MA)


A realidade regional brasileira, ainda aponta para um adensamento
populacional nas áreas próximas ao litoral, no entorno das metrópoles e capitais
estaduais e em alguns centros urbanos dispersos no interior do país, como Manaus,
Brasília ou Goiânia. Historicamente, o município de São Luís registra taxas de
incremento demográfico que ascendem ou diminuem em função do dinamismo
econômico.
A capital maranhense apresenta como marco recente de dinâmica
demográfica, durante a década de 1960, um acréscimo populacional motivado por um
processo de êxodo rural do interior do Estado. Este fato provocou uma ampla
modificação da paisagem urbana da capital, visto que a absorção deste fluxo
populacional implicou em construções de bairros e também o surgimento de palafitas.
Conforme observado na Tabela 1 a seguir, houve na década de 1980, uma
nova elevação do dinamismo econômico e populacional, a partir da instalação dos
empreendimentos da CVRD e Alumar que realizaram uma inversão de capital em
setores como o mínero-siderúrgico, moradia, lojas de departamentos, restaurantes,
entre outros.
A implantação dos projetos industriais Carajás e Alumar potencializou a
capital como pólo de atração e trouxe um número cada vez maior de pessoas oriundas
do interior do Maranhão e de estados vizinhos para a capital, fato que implicou numa
sobrecarga dos equipamentos urbanos e infra-estrutura da cidade.

Tabela 1 – Evolução Populacional de São Luís (MA).

Município Ano / População (habitantes)

1970 265.486
1980 449.432
1996 780.833
2000 899.028
2010 1.037.457
2020 1.226.062
São Luís
Taxa Crescimento (%)

70/80 6,41
80/91 5,06
91/00 3,50
00/10 16.56
10/20 18,41
Fonte: IBGE

Conforme dados do IBGE e observado na tabela acima, a população do


município de São Luís em 1980 correspondia a 449.432 habitantes. Em 1996, a
população já alcançava o total de 780.833 habitantes. A análise da taxa de crescimento
populacional da capital apresenta uma média crescente nos últimos 30 anos, onde no
período entre 1990 a 2020 registrou 15,7%.
Este quadro converge para o atual cenário nacional de amortização do
crescimento populacional, onde no decênio 1991-2001 apresentou uma desaceleração
no ritmo de crescimento populacional da capital, apontando taxa de 5,5%, em oposição
aos 4,06% da década anterior (80/91).
De acordo com os resultados do Censo Demográfico, IBGE a população
atual da Ilha do Maranhão é de aproximadamente 1.070.688 habitantes e destes
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997.098, residem em São Luís, conforme dados do IBGE, no ano de 2019, a capital
totalizava .1.097.098 habitantes.

6.3.3 Aspectos da Organização Urbana


Infraestrutura habitacional
Um dos marcos recentes e determinantes da ocupação e expansão da
malha urbana de São Luís ocorreu entre as décadas de 1960/70 com a realização de
obras que direcionaram o crescimento urbano a dois novos sentidos (ao norte e a
oeste-noroeste). Este fato ocorreu com a construção de novas vias de acesso,
pavimentação e instalação de extensas avenidas, construção da Barragem do Bacanga
e das pontes Newton Bello e Governador José Sarney sobre o rio Anil. Esta última
possibilitou o fácil acesso ao bairro do São Francisco e o Centro Histórico, o que
viabilizou a ocupação da área norte do canal do Anil e fomentou a urbanização da orla
marítima.
Devido à expansão ocasionada a partir dos investimentos em infra-estrutura,
a zona costeira da capital vem sendo amplamente modificada. A localização litorânea
expressa uma situação geográfica singular, de grande importância estratégica, seja
como lugar de lazer ou como depositária de recursos naturais valiosos, ou ainda como
suporte de ecossistemas de alta relevância ambiental. A zona costeira afirma-se como
um espaço privilegiado para o planejamento urbano, que em se tratando da capital
maranhense tal qualidade se exponencializa em função mesmo da extensão do litoral.
De acordo com Lacerda (2000), atualmente, as regiões costeiras englobam
menos de 20% da superfície do planeta. Entretanto, contêm mais de 45% da população
humana; hospeda 75% das megalópoles com mais de 10 milhões de habitantes e
produz cerca de 90% da pesca global. No Brasil, as zonas litorâneas foram os
primeiros espaços onde se instalaram os núcleos de povoamento, sendo que 26 das
regiões metropolitanas brasileiras, quatorze estão assentadas em parte ou totalmente à
beira-mar.
Constata-se que mais da metade da população brasileira vive a uma
distância de, aproximadamente, 60 km do mar, e 20% na zona costeira,
correspondendo a um contingente de 42 milhões de habitantes, numa área de 388.000
km2, onde estão localizados setores fundamentais do parque industrial brasileiro
(SMA/CPLEA, 2005). Mais recentemente, a zona costeira brasileira vem sendo palco
de conflitos de uso e pressões econômicas advindas do processo produtivo, do
desenvolvimento do turismo, da especulação imobiliária e do aumento da densidade
demográfica.
A região costeira se constitui em importante zona de produção de alimentos
através da agropecuária, pesca e aqüicultura; é foco de desenvolvimento industrial e de
transporte; fonte significativa de recursos minerais, incluindo petróleo e gás natural;
principal destino turístico em todos os continentes; e abundante reservatório de
biodiversidade e ecossistemas, dos quais depende o funcionamento do planeta.
A área do empreendimento é conhecida pelo grande crescimento comercial,
fruto este por causa do grande fluxo de veículos automotores, situada naregião de
saída da ilha do Maranhão, compreendendo parte da franja sudeste. Tendo uma
crescente densidade que ocorre, sobretudo, com a implantação de novos
empreendimentos associados a expansação mercadológica das empresas já existentes
no local.
Evolução Populacional de São Luís (MA).A distribuição espacial da área
urbanizada consolidada obedece a uma legislação urbanística. No entanto, deve ser
considerado o desenho espacial criado pelo crescimento e desenvolvimento econômico
de determinadas áreas. Dessa forma, áreas legalmente instituídas como residenciais,
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agregam valor econômico e melhores ofertas de bens e serviços. De acordo com


Moraes (1999), o lugar qualifica-se economicamente pelos bens que abrange, por sua
localização e caracterização geral, definindo-se aí suas vantagens comparativas.
Desta maneira, bairros como Renascença, Calhau, Ponta D’areia, Olho
D’água, Angelim, Bequimão, COHAB, entre outros apresentam uma infra-estrutura,
urbanizada, onde prevalecem residências do tipo alvenaria, com excelente oferta de
serviços urbanos como transporte, telecomunicações, coleta regular de lixo,
fornecimento de energia elétrica, acessos asfaltados e sinalizados, corredores
comerciais, escolas, postos de saúde e hospitais, entre outros. Este perfil de oferta de
bens e serviços implica em fatores econômicos que qualificam o lugar, principalmente
dos bairros inseridos na zona costeira, ou nas áreas de seu entorno, fazendo com que
estas áreas possuam elevado valor imobiliário, constando como o metro quadrado
melhor avaliado da capital. (Foto 2).
Nas áreas de ocupação irregular, como Vila Conceição, Salina do Sacavém,
Ilhinha, palafitas ao longo do rio Anil, entre outros, esta oferta de serviços urbanos,
públicos e/ou privados, é insuficiente ou inexistente, onde a maioria das moradias é do
tipo taipa ou madeirite, com ligações clandestinas de eletricidade e água, sem rede
coletora de esgoto ou coleta de lixo.

Revitalização da Av. Jeronimo de Albuquerque - São Luís (MA).

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Ponta D’areia, bem como seu entorno, Calhau, Renascença e São Marcos São
bairros urbanizados e caracterizados, principalmente, com funções residenciais
para classe média/alta, concentrando os maiores valores imobiliários da capital
(Fotos abaixo). Todavia, nos últimos anos tem ocorrido um acelerado e significativo
crescimento dos tipos de uso comercial e de serviços ao longo da Avenida
Litorânea na praia do Calhau e ao longo da Avenida dos Holandeses e
proximidades. Parque Ecológico Lagoa da Jansen.

As edificações de uso residencial e unifamiliar ainda representam a maioria


nos bairros da Franja Costeira, contudo nos últimos anos, observa-se o aumento
significativo sobre o Tabuleiro da Praia de São Marcos das edificações do tipo
multifamiliar (prédios de apartamentos de até 15 pavimentos). Na faixa que se inicia na
Ponta D’areia e segue até a praia do Calhau, podem ser observados pontos de
adensamento de construções, onde a maioria é do tipo residencial multifamiliar,
alternada por comercial (hotéis e apart-hotéis). O periférico, como COHAB, ANIL,
BEQUIMÃO, TURU, traz um impacto expressivo no crescimento demográfico da
região.

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Edificações Multifamiliares Residenciais – No Bairro Angelin

Ressalta-se a obrigatoriedade do crescimento da urbanização na área levar


em conta o Plano Diretor do Município de São Luís, Lei nº 3.252 de 29/12/1992 visando
o uso ordenado do solo, assim como o de evitar a degradação das áreas de
preservação permanente da Franja Costeira.
A cidade de São Luís é composta de aproximadamente de 289 favelas. Na
zona periférica as condições de moradia são precárias, convergindo para o quadro da
sub-habitação, sobretudo pela falta dos serviços essenciais de saneamento básico e
ambiental, o que contribui para o agravamento de focos de doenças.

6.3.4 Aspectos da Infra-estrutura básica

A infra-estrutura básica das áreas de influência direta e indireta aborda


aspectos como o abastecimento de água, energia elétrica, saneamento básico, saúde,
educação, transporte e telecomunicações, lazer e turismo, dentre outros.

Saneamento básico, águas e esgotos


Em são Luís o sistema de abastecimento de água é realizado por meio de
poços artesianos, Sistema Italuís (água captada diretamente no Rio Itapecuru),
responsável por 50% do abastecimento de água em São Luís e o Sistema Batatã que
corresponde a aproximadamente 10% do abastecimento total da cidade.
A Companhia de Águas e Esgoto do Maranhão (CAEMA) é a principal
responsável pelas ações de saneamento ambiental do Estado.
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O Sistema Atual está assim constituído:

Poços profundos 170.601m3/dia


Sacavém 25.900m3/dia
Italuís 142.560m3/dia.

O quadro de saneamento básico do muncicipio se apresenta inadequado


para os padrões exigidos pelos organismos que regulamentam o assunto. Embora a
maioria das pessoas pesquisadas tenha admitido o acesso à água encanada e
banheiro, prevalece a não canalização interna, com instalações sanitárias precárias e
escoadouro por meio de fossas comuns ou valas. Somente cerca de 12,8% das
residências são ligadas à rede geral e 43,7% possuem fossas semelhantes às sépticas.
Nestas condições estão os conjuntos habitacionais edificados na região e às áreas
edificadas na região e as áreas edificadas nas zonas centrais da Aglomeração Urbana.
Nas áreas periféricas, de ocupações nitidamente irregulares, prevalecem as condições
de baixo padrão de habitalidade, que contribuem ainda para o surgimento de novos
casos de leptospirose, leshemaniose, esquistossomose e hanseníase, demandando
assistência especial por parte das autoridades sanitárias, conforme mostra o Quadro
abaixo:

Quadro 2: Indicadores de Saneamento da área em estudo (São Luis)

ESPECIFICAÇÃO PARTICIPAÇÃO RELATIVA (%)

Procedência da água:
46,8
- Rede Geral 52,7
- Poço 0,5
- Rio ou Fonte
Existência de banheiros:
- Sim 98,1
- Não 1,9
Forma de Escoamento
- Rede Geral 12,8
- Fossa Séptica 43,7
- Valas 43,5
Fonte: Pesquisa de Campo, fevereiro/2008.
O sistema de águas e esgotos é gerido pela CAEMA, que ainda deixa a
desejar. Porém com a duplicação do Sistema ITALUÍS e construção de ETE(s), este
quesito teve melhorias. No setor de abastecimento de água, a crise foi maior no final da
década de 70, já que a captação de água na ilha era insuficiente para atender à
demanda. No começo da década de 80 foi concluída a adutora de ITALUIS, que capta
água do continente e tem capacidade para abastecer a ilha até o ano de 2010. Mesmo
com água suficiente para cobrir a demanda, a rede de distribuição é precária. A
ampliação do sistema de abastecimento de São Luís (Italuís II), já está em
funcionamento com vistas a suprir a ilha de São Luís, inclusive a atividade industrial até
o ano de 2020.
O sistema de esgoto na ilha de São Luís apresenta, atualmente, um quadro
de extrema gravidade. A precariedade da situação é agravada pelo lançamento dos
despejos nas bacias dos rios principais da ilha. Existem estações de tratamento de
esgoto porém o nível de atendimento da rede de esgoto vem decrescendo. Somente no
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município de São Luís, o atendimento era de 37,8% em 1980, chegando a 47% em


1982 e despencando para 33,8% em 1987,e subindo para 55,2% em 2004. Já se
encontram instaladas etapas do projeto de Saneamento Ambiental de São Luís, com
horizonte de atendimento de tratamento de esgotos do centro e principais bairro da
cidade.
Coleta e disposição final de lixo
A prestação dos serviços de coleta e tratamento do lixo é de
responsabilidade da prefeitura municipal, sendo que no ano de 2018 na capital,
segundo o IBGE, foi registrada a coleta em mais de 78,0% dos domicílios. No entanto,
os resíduos recolhidos já possuem destinação final adequada, pois são depositados
nos Eco pontos (Resíduos Aproveitáveis) e os não aproveitáveis “Aterro Sanitário” do
Titara de maneira adequada, fato que contribui para evitar a proliferação de roedores,
insetos e outros animais, implicando num reflexo positivo para a saúde da população,
bem como nos aspectos ambientais.

São Luís conta com 19 Ecopontos — Foto: Maurício Alexandre/Prefeitura de São Luís

Coleta de Lixo em São Luis - Foto: Maurício Alexandre/Prefeitura de São Luís

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Energia elétrica
O Maranhão conta com um sistema de transmissão nas tensões de 230Kv e
500Kv, composto de 2.140km de linhas de transmissão e uma capacidade de
4.050MVA instalados. A energia de Tucuruí chega a São Luís, na estação de São Luís
II em duas linhas de 500Kv, onde é rebaixada para 230KV e transmitida para a
ALUMAR e para a subestação São Luís I, sendo que a CEMAR é a concessionária
responsável pela prestação de serviço em toda a cidade.
O sistema de eletrificação do município de São Luís é operado pela
EQUATORIAL, que atende medianamente à demanda populacional. Vem sendo
expandida regularmente à medida que a demanda propicia novos consumidores.O
nível de atendimento tem sido crescente, pois em 1970 era de 41,3%, em 1975, 66,2%,
em 1980, 80,5% chegando a 91,7% em 2015 Este é um dos poucos setores em que o
programa de ampliação da rede de distribuição vem acompanhando a crescente
demanda, associando 10 regionais que englobam todos os 217 municípios e
movimenta aproximadamente 205GWh/mês.
O Sistema Regional São Luís é responsável pelo fornecimento para capital e
ainda os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, através de
subestações na Forquilha, Turú, Renascença, Ribamar, Centro, São Francisco, Itaquí,
Maracanã e Maiobão. Segundo dados fornecidos pela Escola do Governo do Estado,
no município de São Luís, ano de 2000, a maior demanda do consumo (MWh) de
energia elétrica é registrada na classe residencial com 39,6%, seguida da comercial
(29,0%) e industrial (9,9%). O setor de iluminação pública é a quarta classe em
consumo de energia elétrica (9,8%), contudo é o segundo em número de pontos
consumidores.

Saúde
O município de São Luís exerce no setor de saúde, um efeito polarizador em
relação aos outros municípios da Ilha, bem como em todo Estado, visto que
habitualmente podem ser observadas verdadeiras “caravanas” de ambulâncias em
busca de melhor atendimento na capital. Esse efeito polarizador cria um quadro
estrutural sobrecarregado no setor de saúde, visto que a rede de serviços públicos de
saúde da capital possui um número insuficiente de estabelecimentos (postos de saúde,
hospitais, leitos, equipamentos, etc) para sua demanda, em contrapartida existe,
aproximadamente, o dobro de estabelecimentos particulares.
A esfera pública municipal é a mais sobrecarregada, visto que atende a
demanda da capital e de vários municípios do interior do estado, no qual as pessoas
chegam em busca de atendimentos especializados e complexos. O principal ponto de
atendimento emergencial e de realização de processos cirúrgicos no município de São
Luís é o Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I) e Socorrão II, que cobre a
Cidade Operária e adjacências
A esfera municipal é responsável ainda por diversas ações realizadas
através do Sistema Único de Saúde (SUS) com a prestação de serviços como
consultas, exames, internações e tratamentos nas Unidades de Saúde vinculadas ao
Sistema.
As ações do setor de saúde no município são executadas pela Secretaria
Municipal de Saúde, com a participação preventiva e assistencial operacional do
Governo do Estado, atendendo-se a população ludovicense com recursos do Serviço
Único de Saúde – SUS.
Segundo os registros do DATASUS de 2018 o município possuía 36
hospitais, com 4.628 leitos, 380 unidades de ambulatoriais, 1 Posto de Saúde, 64
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Centros de Saúde, 83 Consultórios odontológicos, 31 Ambulatórios de unidade


hospitalar geral e 10 Postos de assistência médica. Num total foram realizadas 9.658
internações em 2018.

Educação
Assim como outros serviços públicos e privados e estabelecendo uma
analogia com o panorama geral do Estado, o setor de educação do município de São
Luís é o melhor estruturado, onde conta com ampla oferta de ensino municipal,
estadual, federal e privado.
De acordo com a Tabela 2 a seguir, no ano de 2016, a rede de educação de
São Luís totalizou 303.386 matrículas, onde 60,1% destas referem-se ao ensino
fundamental e 24,0% ao ensino médio. As escolas públicas estaduais são as que
absorvem o maior número de alunos, visto que 41,03% das matrículas realizadas são
desta esfera, seguida de 29,2% da rede privada de ensino.

Tabela 2 – Rede de Educação – São Luís (MA).


EDUCAÇÃO – SÃO LUÍS (MA) – 2016
Matrículas
Nível
Ensino Fundamental Ensino Médio Pré-escola TOTAL
Esfera
Federal 728 1.955 0 2.683
Estadual 63.034 61.110 449 124.593
Municipal 72.777 0 14.814 87.591
Privada 45.837 9.848 32.834 88.519
TOTAL 182.376 72.913 48.097 303.386
Escolas
Nível
Ensino Fundamental Ensino Médio Pré-escola TOTAL
Esfera
Federal 1 3 0 4
Estadual 113 58 3 174
Municipal 110 0 75 185
Privada 247 49 333 629
TOTAL 471 110 411 992
Fonte: IBGE

Conforme a tabela acima, a rede de ensino privada é a detentora de 63,4%


das escolas da capital maranhense e 81,0% do nível Pré-escolar. O número de
docentes inseridos no corpo educacional de São Luís totaliza 14.339 professores,
sendo que destes 56,5% pertencem ao ensino fundamental e 40% está empregado
pela rede estadual.
Sob uma ótica de inclusão social e buscando a otimização, qualificação e
ampliação da rede de ensino o governo do estado elaborou treze programas para o
setor de educação, dentre os quais podem estão: Plano Estadual de Educação, TV
Escola, Governo Eletrônico-Gesac, Inclusão Digital, Projeto Alvorada, Merenda
Escolar, Plano de Desenvolvimento da Escola, Farol da Educação, Inclusão Digital,
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Progestão, entre outros. O município de São Luís possui implantada uma macropolítica
para a educação, refere-se ao Projeto “São Luís te quero lendo e escrevendo” que
através de planejamento estratégico e eixos temáticos almeja a reestruturação do
sistema municipal de ensino.
A rede de ensino superior da capital é a maior e melhor desenvolvida de
todo Estado, onde estão instaladas as universidades públicas, Universidade Federal do
Maranhão – UFMA e a Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, além de diversas
instituições particulares como Centro Unificado do Maranhão - CEUMA, Faculdade São
Luís, Faculdade Atenas Maranhense – FAMA, Faculdade Santa Terezinha – CEST,
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB, Faculdade São Luís, entre outros.
De acordo com o IBGE, no ano de 2006, foram registradas, aproximadamente 39.500
matrículas, sendo que a rede privada detém 61,2% destas, além de representar 75%
do total das instituições existentes na capital.

Transporte
A infra-estrutura de transportes de pessoas e cargas, bem como acessos
existentes que envolvem a capital, refere-se às instalações do complexo portuário de
São Luís (Porto do Itaqui e da Alumar) e Rampa Campos Melo; a Estrada de Ferro
Carajás – EFC e a Companhia Ferroviária do Nordeste – CFN; as rodovias BR-135 e
rodovias estaduais (MA-201, MA-202, MA–203 e MA-204); além do aeroporto Cunha
Machado.
O transporte público coletivo municipal ludovicense, conforme informações
da Secretaria Municipal de Transportes Urbanos – Semtur (2006) é utilizado por,
aproximadamente, 11.968.949 passageiros, que utilizam os 831 ônibus, através de 162
linhas disponíveis. Na capital é disponibilizado ainda o SIT – Sistema Integrado de
Transporte, onde através de cinco Terminais de Integração (Praia Grande, Distrito
Industrial, São Cristóvão, Cohab/Cohatrac e da Cohama/Vinhais) interligam 130 linhas
beneficiando diariamente aproximadamente 350 mil passageiros, maximizando a
interligação entre praticamente todos os seus bairros, reduzindo os custos com
transporte e atendendo melhor toda a acidade e inclusive a região metropolitana da ilha
de São Luís com os demais municípios com o formam como São José de Ribamar,
Paço do Lumiar e Raposa.
A integração dos sistemas e de diferentes modos de transporte, ou a
maximização do desempenho operacional de tecnologias convencionais (no caso dos
corredores de ônibus que está em estudo pela SEMTUR) são exemplos das ações no
setor de transporte que caracterizam mudanças nessa fase primeira. O transporte e o
trânsito passam a merecer uma base técnica e uma estrutura política e administrativa
mais ágil e eficiente.
Os bairros e localidades situadas próximas ao local do empreendimento, na
área urbana e aqueles situados na zona rural, de maior porte são bem atendidos por
linhas de ônibus, sendo que alguns são servidos por linhas integradas que permitem o
acesso a outros bairros com o uso de apenas um bilhete de passagem. As áreas rurais
de menor porte têm um atendimento precário.
Embora ainda não tenha recuperado os níveis ideais, houve uma melhoria
acentuada na movimentação de passageiros frente à concorrência do transporte
alternativo (vans).
Este setor é atualmente operado por empresas particulares com atendimento
considerado precário e não atendem à demanda em outros locais da ilha. O baixo nível
dos serviços é causado pela freqüência irregular, estado precário de conservação da
frota, baixo nível de rendimento dos itinerários e precariedade das vias, abrigos e
terminais.
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Telefonia
A telefonia fixa é de responsabilidade da concessionária Telemar,
recentemente adquirida pela OI, que realizou uma ampliação da capacidade e oferta de
serviços, facilitando o acesso a novos terminais para a população. Os serviços de
telefonia móvel são disponibilizados por quatro prestadoras disponíveis no mercado
(Claro, Vivo, TIM e OI).

Turismo
As modalidades de turismo cultural, ecológico, de negócios e de aventura
são algumas das áreas com maior potencial de crescimento no Maranhão. O município
de São Luís está inserido no “Plano Maior” do Governo do Estado no pólo 1, para onde
está prevista a realização de programas de infra-estrutura básica que contemplam
saneamento básico, acessibilidade, telefonia e energia e cenografia urbana;
planejamento com a revisão do plano diretor, regulamentação ambiental, estruturação
de novos produtos turísticos com equipamentos e serviços e ainda recursos turísticos.
A capital maranhense, detentora do título de Patrimônio Histórico da
Humanidade possui o maior conjunto arquitetônico de origem portuguesa do Brasil,
além de suas belezas cênicas naturais e ainda tradicionais festividades populares
(festividades juninas, bumba-meu-boi, tambor de crioula, reggae, entre outros).
Associado aos seus já reconhecidos pontos de atração turística, a capital nos últimos
anos tornou-se também um ponto emissor de turistas, configurando como um portal
para outros pólos turísticos como o Parque dos Lençóis Maranhenses.

Indústria, Comércio e Serviços


A área do empreendimento situa-se em um dos pontos mais comerciais e
movimentados da Áreacapital maranhense,
de implantação o bairro do São Bernardo, situado a 12
do Empreendimento
quilômetros de distância do centro da cidade, fica localizado na avenida Guajajaras,
que em conjunto com os bairros do São Cristovão e Tirirical, que se localizam na
mesma avenida, formam um grande corredor comercial e conta com uma grande
estrutura de diversos empreendimentos em toda a sua extensão, ou seja, uma gama
diversificada de serviços (bancos, academia de ginástica, farmácias, bares, restaurantes,
postos de combustível, supermercados, etc).
A indústria instalada no município é representada por empresas onde
predominam as indústrias de alimentos e bebidas, a indústria cerâmica, o Complexo da
ALUMAR (Alumínio e Alumina), a Companhia Vale do Rio Doce (transporte e
embarque de minério de ferro e manganês, soja e outras), além das indústrias do
gênero metal-mecânico que dão suporte às demais, especialmente a ALUMAR e
CVRD. Encontra-se também a Usina de Pelotização da CVRD e projetos para
implantação de novas unidades na área metalúrgica. A absorção da mão-de-obra local
por parte das indústrias já instaladas é de baixo nível, à exceção das etapas de
construção, quando aumenta a demanda por trabalhadores na construção civil.
As alterações que vêem ocorrendo na estrutura sócio-econômica do
município têm sua origem na implantação de grandes projetos agrícolas que forçaram o
aparecimento de atividades satélites e o revigoramento de serviços de apoio às
atividades industriais. Na área do empreendimento inexistem empreendimentos
industriais
O comércio de São Luís está estruturado para atender de forma atacadista
os mercados do interior do estado e da Região Metropolitana da Grande São Luís. Os
varejos são atendidos por grandes, médios e pequenas redes de supermercados e nas
áreas periféricas por mercearias e feiras.
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A seguir alguns indicadores do movimento comercial em São Luís

.
Quadro 3: Movimento do Serviço de Proteção do Crédito
VARIAÇÃO
DISCRIMINAÇÃO 2014 2019
(%)
Número de
913.983 1.606.842 75,82
Consultas
Cadastros
105.817 215.335 49,14
Negativos
Fonte: SERASA./SPC.

A rede bancária é satisfatória e eficiente no município de São Luís, onde


existem o Banco do Brasil S/A, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, etc., com
várias agências, a maioria operando em sistema on-line e oferecendo todos os serviços
específicos de atividade.
O município é bem servido na área de serviços. Havia uma certa carência na
área dos serviços de hospedagem, mas que, aos poucos vem sendo atendida com a
inauguração de novos hotéis e pousadas, incentivadas pelas ações de incremento ao
turismo na região.
A resistência à especulação imobiliária gerou uma paisagem mesclada de
contrastes sócio-ambientais onde edifícios modernos e sofisticados contíguos a
casebres humildes, abrigam pessoas cuja simbiose se configura através de vínculos
empregatícios e de prestação de serviços. (FEITOSA, 2006).

6.3.5 Uso e Ocupação do Solo


A ocupação e o uso do solo nas últimas décadas no município de São Luis
decorrem do seu processo histórico e do recente período de chegada dos grandes
projetos. A ocupação espacial é dispersa em poucos bairros, conflitando-se às vezes
com interesses metropolitanos. Os bairros periféricos são uma das provas da
desarrumação geoambiental e urbana que, muitas das vezes, se confunde com cidade
dormitório, haja vista, que grandes aglomerados semi-urbanos já não pertencem à
capital do estado, apesar de próximos ao centro urbano.
Para que ocorra a melhoria e/ou revitalização de vários aspectos do
município (estruturais, ambientais, espaciais, entre outros), o planejamento de novas
áreas, a delimitação de zonas, a instalação de indústrias, entre outros, torna-se
necessária uma ordenação do uso e ocupação do solo. Para tanto é necessário um
processo de produção, estruturação e apropriação de espaços urbanos e rurais.
O Plano Diretor representa o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana, deve englobar o território do município como
um todo. O principal objetivo de um plano diretor é tornar a vida urbana viável, ou seja,
propiciar, através de regulamentações previamente estudadas, conforto e segurança,
além de prover um terreno propício ao crescimento econômico da cidade.
Somente em acordo com a lei de zoneamento (instrumento regularizador do
uso, ocupação e arrendamento da terra urbana por parte dos agentes de produção
como proprietários de imóveis, Estado, construtoras, etc) é que o plano diretor pode
recomendar como o terreno da cidade deve ser usado, onde são seccionadas áreas de

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uso (institucional, comercial, industrial, residencial, agrícola, pecuário, entre outros)


obedecendo.
A malha urbana é regulamentada a partir de definições elencadas no plano
diretor municipal o qual contém as "exigências fundamentais de ordenação da cidade"
a que se refere o artigo 182 da Constituição Federal. A partir destas ordenações que o
poder público elabora executa as políticas públicas administrando atividades e
regulamentando interesses particulares e públicos.
No estudo Macrozoneamento do Golfão Maranhense (SEMA, 1998) foi
utilizado o conceito de função e forma e assim realizada a classificação, para o uso e
ocupação do solo, no município de São Luís, em 13 diferentes categorias. Sendo estas:
Área Urbanizada; Área Tombada; Restrita à Ocupação; Institucional; Jurisdicional;
Ocupação Desordenada; Espaço não Construído; Aproveitamento Econômico; Lazer;
Turismo; Expansão; Diversos; e Água. Destacam-se ainda 22 pontos notáveis como
Aterro do Bacanga, Terminal Ferry-Boat; Terminal Ferroviário (CVRD); Terminal
Ferroviário (EFSLT); Terminal Rodoviário; Lagoa de Estabilização (Caema); Lago de
Resfriamento, Lago de Resíduo, Redução e Refinaria (Alumar); Sítio do Físico; Pátio
de Estocagem de Minério Ferro (CVRD); Represa do Batatã, entre outros.
O Estatuto da Cidade (Lei n°10.257/2001) determina que todos os
municípios com população acima 20 mil habitantes, ou que integram regiões
metropolitanas e aglomerações urbanas deverão ter aprovados os seus Planos
Diretores. E ordenando ainda que naqueles municípios que já haviam completado dez
anos de vigência deveriam ser reavaliados.
Em conformidade com o Estatuto da Cidade e através da Lei n°4.669, de 11
de outubro de 2006, a capital São Luís, dispõe de um revisado Plano Diretor, no qual
são estabelecidas normas da política de desenvolvimento urbano e rural com
sustentabilidade sócio-ambiental. Dentre os objetivos, o Plano busca garantir o
cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana e rural, através do
direito à moradia digna, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao
transporte e serviços públicos de qualidade para todos os cidadãos.
Com a revisão do Plano Diretor de São Luís foi realizado Macrozoneamento
Ambiental, Rural e Urbano, visando à utilização adequada através dos instrumentos de
preservação ambiental, urbanísticos e fiscais disponibilizados pelo Estatuto da Cidade.
Neste as áreas são definidas de acordo com suas características de ocupação,
disponibilidade de infra-estrutura e serviços urbanos.
Em conformidade com as normas da política de sustentabilidade ambiental,
foram identificadas áreas onde a preservação do meio ambiente é obrigatória visto a
manutenção de suas características e da qualidade do ambiental. Sendo assim
delimitadas as seguintes áreas: Áreas de Proteção Integral, definidas pela lei como
Áreas de Preservação Permanente ou Unidades de Proteção Integral; e Áreas de Uso
Sustentável, áreas destinadas a garantir a perenidade dos recursos ambientais
renováveis e dos processos ecológicos.
De acordo a regulamentação que dispõe o zoneamento ainda vigente na
capital, Lei nº 3.253, de 29 de dezembro de 1992, a área do empreendimento está
situada na Zona Residencial 08 – ZR8 .

6.3.6 Organização Econômica


Na capital maranhense a organização econômica apresenta setores
produtivos desenvolvidos e distintos. Dessa maneira a produção do setor primário,
principalmente, produtos hortifrutigranjeiros, é realizada na zona rural, em propriedades
familiares sendo destinada e comercializada no mercado local (feiras e supermercados)

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para o abastecimento interno da capital. Na zona rural ludovicense são encontradas


ainda pequenas propriedades com roças de subsistência, pesca e criação de animais.
No município de São Luís, foram identificados 26 (vinte seis) pólos agrícolas,
localizados na zona rural, que através de incentivos municipais buscam a capacitação,
assistência técnica, apoio logístico e melhoria da renda. Através do programa “Compra
Direta Local” é realizada a compra de produtos agropecuários produzidos por famílias
beneficiárias do Programa Nacional para o fortalecimento da Agricultura Familiar,
sendo que no ano de 2005, a Central de Produção de Mudas produziu e distribuiu
93.361 mudas de hortaliças (pimentão, tomate, couve, quiabo, maxixe, etc) e 6.465
mudas frutíferas (mamão, caju, acerola, etc) beneficiando comunidades como
Coquilho, Itapera, Quebra-Pote, Vila Nova, Parque Timbiras, Vila Primavera, entre
outras.
O setor secundário da capital tem como principal pólo representativo o
Distrito Industrial de São Luís, onde estão implantadas indústrias de bens de produção
e de consumo. De acordo com informações da FIEMA, no Cadastro das Indústrias de
São Luís (2017), a capital possui 1.656 indústrias de grande, médio e pequeno porte
que estão regularizadas e em operação. No entanto, este grande número de indústrias
registradas não implica num desenvolvido setor industrial, visto que conta apenas com
dez grandes indústrias de grande porte, dentre as quais Alumar, Companhia Vale do
Rio Doce, entre outras. A maioria das médias e pequenas empresas é atrelada a
produtos primários e métodos que não conferem ampla produtividade.
O setor de prestação de serviços encontra-se em fase de franco
desenvolvimento, onde nos últimos anos o mercado tem exigido cada vez mais
qualidade e diversidade na comercialização de produtos em geral, bem como a oferta
de serviços comerciais, pessoais e/ou comunitários a terceiros. Com o
desenvolvimento urbano houve a promoção, expansão e diversificação do setor
terciário onde há o incremento de produtos e serviços, bem como a qualificação da
mão-de-obra para um eficiente atendimento. Na contramão deste processo, há também
o aumento de um grande número de informais gerando uma hipertrofia do setor, onde
surge o comércio informal (ambulantes), com produtos e trabalhadores operando
ilegalmente sem pagar impostos e tributos e sem registros trabalhistas.

6.3.7 Agricultura
Nas áreas dos aglomerados rurais de São Luis (Baía do Arraial, Cajueiro,
Coqueiro, Igaraú, Itapera, Juçara, Mangue Seco, Piçarra, Porto Grande, Quebra Pote,
Rio dos Cachorros, Santa Helena, Tibiri, Vila Maranhão, etc.) e em seu entorno, é
ainda é praticada uma agricultura voltada para a produção de hortifrutigranjeiros, que
se destina ao abastecimento de parte da demanda da Área Metropolitana de São Luís.
Mediante incentivos governamentais (estado e município), a atividade vem crescendo a
cada ano. Além de legumes e hortaliças, o cultivo vem se diversificando com a
introdução de frutíferas. Também há a ocorrência de pequenas fazendas voltadas para
a criação de gado leiteiro e ao lazer. Na área de influência do empreendimento, por se
tratar de zona urbana não é praticado nenhum tipo de agricultura.

6.3.8 Aspectos culturais


O município de São Luís apresenta uma cultura popular muito rica. Um dos
fatores que podem ser apontados como causador dessa grande diversidade cultural é a
própria formação da população maranhense, composta de uma multiplicidade étnica
resultante da mistura dos povos indígenas, dos povos provenientes de várias nações
africanas e dos europeus. Dessa forma encontramos no folclore de São Luís as danças
(Dança do Lelê, Tambor de Crioula, São Gonçalo, Dança do Caroço, Cacuriá e a do
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Coco), além de festas (dos Pastores, Cordão de Reis, Divino Espírito Santo, festas
juninas, onde o bumba-meu-boi é a mais conhecida brincadeira). Além dessas festas
tradicionais, hoje em dia são realizadas destas dançantes nos finais de semana ao som
de ritmos novos, como o Reggae, de origem jamaicana. Além de danceterias e boates
espalhada pelas praias e áreas nobres da ilha.
Além do folclore e da rica culinária, São Luís é possuidora de um dos mais
harmônicos conjuntos arquitetônicos coloniais do País. Esse conjunto de riquezas
culturais foi que permitiu que a cidade fosse outorgada pela UNESCO o título de
Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.
As comidas típicas também são variadas, grande parte à base de peixes e
frutos do mar. As sobremesas são tipicamente da fruticultura local (juçara, cupuaçu,
bacuri, cajá, manga, murici, cajú, etc), variedades de licores estão na mesma
diversidade da fruticultura local.
A cidade conta também com uma Biblioteca Central, com acervo
diversificado e múltiplos usos, atendendo diariamente a população que dela faz seus
trabalhos de pesquisa e ensino-aprendizagem. Conta também com casas de leitura
denominadas “Farol da educação”, situados em diversos bairros da capital.

7 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS

INTRODUÇÃO
No presente estudo, o meio ambiente é tratado como o espaço onde ocorrem as
atividades inerentes ao desenvolvimento urbano. Este espaço é constituído por um
meio ambiente biogeofísico e por um meio sócio-econômico.
Entende-se como biogeofísico, os elementos naturais básicos, ar, água,
solo, flora e fauna. O meio ambiente sócio-econômico é constituído pela infra-estrutura
material e pelas superestruturas sociais. A infra-estrutura natural material é
representada por água, ar, solo, aqui tratados, bem como matérias-primas básicas para
a satisfação das necessidades físicas do homem, ou seja, alimentação, saúde,
saneamento e habitação. As superestruturas sociais são basicamente o corpo
institucional, cultural e político, que atende as aspirações do homem, educação,
participação, trabalho e bem-estar.
A realização das aspirações físicas e sócio-econômicas do homem, pelo
desenvolvimento de uma atividade, se faz através de formas do uso e apropriação de
um espaço, gerando efeitos no meio biogeofísico, que poderão refletir-se nas
condições físicas e sócio-econômicas do mesmo.
A implantação e operação do empreendimento apresentado nos capítulos
anteriores virá suprir as necessidades sociais do homem, através do trabalho. Estas
atividades, entretanto poderão provocar um impacto no meio biogeofísico, através da
alteração da qualidade do ar, água, solo, flora e fauna, modificando as condições de
saúde e bem-estar deste homem, e, portanto, influindo no seu meio sócio-econômico.
Esta dinâmica representa a realidade da interação do homem com a natureza, o
que vale dizer que o meio ambiente aqui é apresentado de forma dialética e não
analítica. Os fatores biogeofísicos, sócio-econômicos, culturais, políticos e
institucionais, que compõem esta realidade, são considerados nas suas interações.
A implantação das atividades que apresentam potencial poluidor pode
resultar num meio ambiente equilibrado ou desequilibrado. O desequilíbrio biogeofísico
e sócio-econômico, é o principal objeto deste estudo – o que chamamos de Impacto
Ambiental. O objetivo do estudo é qualificar e avaliar esses desequilíbrios, a fim de que
se complete o processo de Avaliação de Impacto Ambiental.

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Primeiramente estabeleceu-se critérios para a avaliação de Impacto Ambiental


sobre o meio, com definição de prioridades. Isto foi conseguido a partir de um
conhecimento detalhado de todos os fatores ambientais importantes na área objeto do
estudo, bem como do seu entorno, dado que o mesmo poderá sofrer o reflexo da área,
mas também as sócio-econômicas e principalmente os interesses das comunidades,
que poderão ser beneficiadas ou prejudicadas, pela implantação e operação do
Projeto.
Dentro dessa concepção de Meio Ambiente, definiu-se o estabelecimento de
critérios para Avaliação Ambiental na área, principalmente aqueles que mais se
adequam aos interesses gerais do município, dos empreendedores e de comunidade.

7.1 METODOLOGIA
O prognóstico dos impactos ambientais constantes deste capítulo resulta da
uniformidade de procedimentos adotados que visaram o perfil do empreendimento
analisado. Em primeiro lugar, foi efetuada uma descrição dos fatores ambientais dos
meios físico, biológico e sócio-econômico passíveis de serem impactados na operação
do empreendimento, uma vez que este já se encontra instalado e operando. Da mesma
forma, as ações impactantes foram identificadas e descritas, para esta etapa,
principalmente.

7.2 IDENTIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PRELIMINAR DOS


IMPACTOS

Na avaliação dos impactos, será utilizado o método conhecido como “AD


HOC”, que consiste em estudos multidisciplinares, onde a discussão entre especialistas
das diversas áreas toma por base seus conhecimentos específicos e setoriais,
promovendo a integração dos estudos. Conjugada com o método de listagem de
controle “check-list”, esta metodologia possibilita a produção de uma relação
abrangente e criteriosa dos impactos observados durante os estudos na tipologia do
empreendimento afim
Para a identificação, caracterização e análise propriamente dita dos
impactos, utilizou-se à metodologia proposta por DOTE SÁ, T; OLIMPIO, M.L.D;
THEOPHILO, R. A M. & FAVALI, J. C. (In: DOTE SÁ T., 1995), conforme citado em 3.5,
que por sua vez utiliza as identificações de impactos ambientais de acordo com os
parâmetros contidos na Resolução CONAMA nº 001/86, variando a denominação entre
as bibliografias consultadas, conforme segue o quadro abaixo:

NOTA: A Resolução CONAMA – 001/86 não contempla diretamente os


atributos abrangência, condição e intensidade não constantes do quadro abaixo,
citados em outras literaturas. Estes quesitos não foram considerados no trabalho.

ATRIBUTOS PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO


BENÉFICA/POSITIVA
Quando uma ação resulta na melhoria da qualidade de um fator
ambiental, ou seja, quando o efeito gerado for positivo para o
TIPOLOGIA/VALOR/NATUREZA fator ambiental considerado.
Expressa alteração ou modificação gerada
por uma ação do empreendimento sobre um ADVERSA/NEGATIVA
dado componente por ela afetada. Quando a ação resulta em dano à qualidade de um fator
ambiental, ou seja, quando o efeito gerado for negativo para o
fator ambiental considerado.

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DIRETA
Resulta de uma simples relação de causa e efeito. Também
denominado impacto primário ou de primeira ordem, ou seja, a
FORMA/ORDEM/INCIDÊNCIA ação impactante age diretamente sobre o meio afetado.
Estabelece o grau de relação entre a ação INDIRETA
impactante e o impacto gerado ao meio Quando gera uma reação secundária em relação à ação ou,
ambiente. quando é parte de uma cadeia de ações. Também denominado
de impacto secundário ou de enésima ordem, de acordo com a
situação, ou seja, a ação impactante age indiretamente sobre o
meio afetado.

IMEDIATO
Existe a possibilidade da reversão das condições ambientais
anteriores à ação, num prévio período de tempo, ou seja, que
imediatamente após a conclusão da ação, haja a neutralização
do impacto por ela gerado.
TEMPO/TEMPORALIDADE
MÉDIO PRAZO
É o registro de tempo de permanência do É necessário decorrer um certo período de tempo para que o
impacto depois de concluída a ação que o impacto gerado pela ação seja neutralizado, ou seja, quando o
gerou. efeito se manifesta depois de pelo menos 01 a 05 anos.
LONGO PRAZO
Registra-se um longo período de tempo para a permanência do
impacto, após a conclusão da ação que o gerou. Neste grau
estão também incluídos aqueles impactos cujo tempo de
permanência, após a conclusão da ação geradora, assume um
caráter definitivo, ou seja, o efeito se manifesta depois de pelo
menos 05 anos.
REVERSÍVEL
Quando o fator ambiental impactado por uma ação retorna à sua
condição ambiental existente antes da execução da ação,
podendo a reversão ocorrer naturalmente ou por interferência
antrópica, ou seja, quando há a possibilidade do fator ambiental
REVERSIBILIDADE afetado retornar às suas condições originais, naturalmente ou
Expressa a capacidade do fator ambiental resultantes de uma intervenção humana.
afetado por uma dada ação, de retornar às IRREVERSÍVEL
Quando a o fator ambiental impactado por uma ação torna-se
condições ambientais anteriores.
impossibilitado de retornar às condições ambientais existentes
antes da execução da ação, mesmo que sejam feitas
intervenções neste sentido, ou seja, quando não há
possibilidade do fator ambiental afetado retornar às suas
condições originais.
TEMPORÁRIA
Quando o efeito da ação permanece apenas por um tempo
limitado depois de executada a ação que o gerou.
PERMANENTE
Quando uma vez executada a ação, os efeitos gerados não
DURAÇÃO/DINÂMICA deixam de manisfestar-se, ou seja, assumem caráter definitivo,
ou seja, os efeitos da ação executada não cessam apesar do
Expressa o tempo de permanência do
término desta.
impacto gerado por determinada ação.
CÍCLICA
Quando o efeito permanece por períodos sazonais depois de
executada a ação que o gerou.

MAGNITUDE PEQUENA
Quando a variação do valor dos indicadores for inexpressiva,
Expressa a extensão do impacto, na medida inalterando o fator ambiental considerado.

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em que se atribuiu uma valorização gradual MÉDIA


às variações que as ações poderão produzir Quando a variação do valor dos indicadores for expressiva,
num dado componente ou fator ambiental por porém sem alcance para descaracterizar o fator ambiental
ela afetada. considerado.
GRANDE
Quando a variação do valor dos indicadores for de tal ordem que
possa levar à descaracterização do fator ambiental considerado.

AÇÕES PROGRAMADAS
Por se tratar de uma análise integrada, adotou-se a opção técnica de
contemplar essencialmente os aspectos de operação do empreendimento, e só alguns
de pré-implantação e implantação.
Para tanto, relacionaram-se as “Ações Programadas” para as diversas
etapas já passadas pelo empreendimento e os “Componentes Ambientais”
intervenientes, os quais foram organizados sob a forma de uma matriz, que permitisse
identificar as intervenções ambientais causadas pelas várias ações previstas.
A seguir, apresentam-se inicialmente, as Ações Programadas, identificadas
como geradoras de impactos, seguindo-se os Componentes Ambientais, que formam o
quadro completo destas ações, para melhor avaliação e discernimento comparativo
entre o real e o teórico.
Para a atividade de construção civil ora em pauta, identificar-se as 3 fases
abaixo, não tendo sido sido superadas as suas respectivas intervenções ou ações
componentes, visto que ainda não começo a se implantar.

AÇÕES PROGRAMADAS

Fases Ações Situação atual

Planejamento e projeto Fase atual


Planejamento
Cadastro Fase atual

Mobilização de equipamentos e mão-de-obra Fase futura


Implantação de canteiros de obras Fase futura
Implantação
Infraestrutura adicional Fase futura

Montagem dos equipamentos Fase futura


Movimentação de máquinas e veículos Fase futura
Fase futura
Manutenção de máquinas e equipamentos
Fase futura
Operação Operacionalização do sistema
Fase futura
Demanda por mão-de-obra Fase futura
Dinamização da economia Fase futura
Desmobilização parcial da mão-de-obra

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7.3 LISTAGEM DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA AMBIENTAL DA ÁREA DE


INFLUÊNCIA FUNCIONAL

MEIO FÍSICO
Clima e condições meteorológicas;
Geologia e geomorfologia;
Pedologia;
Recursos hídricos;
Ruídos e vibrações;
Qualidade do ar, etc.

MEIO BIÓTICO
Flora
Fauna

MEIO ANTRÓPICO
Aspectos demográficos;
Aspectos econômicos;
Mão-de-obra e rendas;
Alfabetização/educação e aspectos educacionais;
Infra-estrutura (saúde, transporte, produção, indústria, comércio, águas e esgotos, eletrificação, etc.);
Finanças públicas;
Aspectos culturais;
Uso e ocupação do solo, etc.
Nota: A identificação impactual dos itens a seguir, contemplará especialmente as fases de implantação e operação
(majoritariamente) e nelas se baseará, citando a fase de pré-implantação para enriquecimenbto das informações.

7.3.1 SOBRE O MEIO FÍSICO (GERAL)


O local do imóvel em que se desenvolverá as atividades trata-se de área
totalmente antropizada e urbanizada. De acordo com conclusões obtidas em
levantamentos de campo e vistoria “in situ” do local onde se implantará o
empreendimento, verificou-se conclui-se que os componentes ambientais do meio
físico atingido, o serão mais visivelmente na fase de implantação do que na de
operação e serão dissipadas e incorporadas ao meio físico atual.
A identificação impactacional dos itens em seguida, contempla as fases de
implantação e operação, basicamente, e nelas se baseará e não certamente não serão
observados impactos significativos sobre o meio físico, exceto aqueles inerentes à
própria atividade, conforme descrito neste capítulo.

Identificação impactacional (meio físico) – fase de instalação e operação


Tipologia: levemente adverso.
Forma: direto.
Temporalidade: curto prazo.
Reversibilidade: rreversível.
Magnitude: fraca.
Importância: pequena.

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7.3.1.1 SOBRE O CLIMA E CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

Síntese
Nenhuma variável ambiental sofrerá, sequer levemente qualquer interferência.O
clima local/regional, portanto, não sofrerá durante a implantação e operação,
interferências e/ou modificações meteorológicas em função do Projeto visto que este se
situa dentro de uma área do sítio, inexpressiva em termos regionais e/ou locais. Todas
as demais vertentes meteorológicas não sofreram e/ou sofrerão impactos em
decorrência do mesmo.

Identificação impactacional (clima e condições meteorológicas) – fase de


implantação/operação
Tipologia: positivo.
Forma: direto.
Temporalidade: longo prazo.
Reversibilidade: irreversível.
Magnitude: fraca.
Importância: pequena.

7.3.1.2 SOBRE A GEOLOGIA/GEOMORFOLOGIA


O projeto é inexpressivo quando considera a possibilidade de impactar a geologia
da área funcional, tanto na implantação e especialmente na operação.

Conclusão (Síntese)
A geomorfologia/geologia da área não será afetada pela implantação e operação
do projeto, até por se tratar de uma atividade de apenas pequena relevância se
comparada a outros empreendimentos, industriais, por exemplo.

Identificação impactacional (Geologia e Geomorfologia) – fase de


implantação/operação
Tipologia: positivo
Forma: direto.
Temporalidade: longo prazo.
Reversibilidade: irreversível.
Magnitude: fraca.
Importância: pequena.

7.3.1.3 SOBRE OS SOLOS


Os solos da área de influência funcional do empreendimento não serão
impactados na fase de implantação e operação sequer pela disposição inadequada de
resíduos sólidos oriundos do funcionamento/atividades e da construção civil do Projeto.

Conclusão (Síntese)
Não serão detectadas agressões de grande magnitude e/ou irreversíveis ao
solo, relevo, etc., na área do Projeto, uma vez que este ocupa uma pequena área na
qual não serão necessários, remoções e/ou escavações expressivas. Na fase de
operação não existirão agressões aos solos do local.

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Identificação impactacional
Tipologia: posiitivo.
Forma: direto.
Temporalidade: curto prazo.
Reversibilidade: reversível.
Abrangência: local.
Duração: temporário.
Condição: inevitável.
Magnitude: pequena.
Importância: pequena.

7.3.1.4 SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS (HIDROLOGIA SUBTERRÂNEA E


SUPERFICIAL)

HIDROLOGIA
Hidrologia Superficial
A hidrologia superficial da área em que instalará e operará o projeto
compõe-se basicamente de drenagens artificiais urbanas, com alguns pontos de
acúmulo de água, intermitentes, observáveis no período invernoso e que logo voltam a
secar durante a estiagem. Todas estas drenagens naturais encaminham-se para o
corpo hídrico principal do sítio, ou seja, o Rio Anil, componente principal da micro bacia
local. O empreendimento não cria interfaces negativas com o corpo hídrico citado, de
forma que, as condições vigentes serão preservadas e/ou mantidas. Tampouco criará
interfaces com os recursos hídricos subterrâneos.
Os efluentes hidrossanitários domésticos serão canalizados para banheiros
químicos e futuramente para a rede pública a ser implantada no local que terá a missão
de tratá-los pré-lançamento em ETE a ser disponiblizada pela CAEMA, segundo
perspectiva da mesma.
Portanto, a hidrologia superficial não foi e não será impactada pelo
projeto, visto que não existirão lançamentos do empreendimento.

Hidrologia Subterrânea
A vazão disponibilizada hoje na região é suficiente para suprir as demandas
populacionais, muito embora o sistema ainda não seja abrangente o suficiente para
atender a toda a população.
Os aqüíferos subterrâneos em alguns locais apresentam boa qualidade para
consumo humano e atendem aos padrões previstos para potabilidade pela Portaria GM
518/04, do Ministério da Saúde.
O empreendimento não criará interfaces com a hidrologia subterrânea, razão
pela qual o lençol freático da área de influência funcional continuará apresentando os
padrões de qualidade vigentes. Estas áreas de influência funcional (propriedades e
arruamentos vizinhos) geralmente não têm sistemas de abastecimento com adução
local para uso de comunidades, que pudessem ser comprometidas pelo uso de águas
subterrâneas contaminadas pela atividade relacionada ao empreendimento.

Conclusão (Síntese)
A hidrologia superficial e subterrânea da área não será afetada durante a
implantação e operação. Os aqüíferos superficiais ou subterrâneos eventualmente
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comprometidos o foram por outras atividades e/ou pela urbanização já presente nas
imediações do sítio, no qual o Projeto representa uma diminuta participação espacial.

Identificação impactacional (Hidrologia) – fase de implantação/operação


Tipologia: levemente adverso.
Forma: direto.
Temporalidade: curto prazo.
Reversibilidade: reversível.
Magnitude: fraca.
Importância: pequena.

7.3.1.5 SOBRE A QUALIDADE DO AR/ODORES E RUÍDOS

Quanto ao comprometimento da qualidade do ar ambiente nas fases de


implantação operação, não serão observados picos comprometedores de poluentes
tais como: Partículas Totais em Suspensão (PTS), Partículas Sedimentáveis (PS) e
Partículas Inaláveis (PI), em decorrência de fontes estacionárias, queimadas ou por
movimentação de máquinas e veículos.
A qualidade do ar ambiente em toda a área na qual se instalará e operará o
empreendimento ora em estudo, apresenta uma situação de satisfatória a muito boa,
especialmente quanto àqueles parâmetros mundialmente reconhecidos como os mais
impactantes no ar ambiente: partículas totais em suspensão (PTS), partículas
sedimentáveis(PS), partículas inaláveis(PI), dióxido de enxofre(SO 2), etc. Os ruídos do
empreendimento serão apenas os de natureza da atividade, restritos à sua área. Os
odores de processo da atividade desenvolvida também são restritos apenas à área
operacional.

Conclusão (Síntese)
Durante as obras de implantação e operação aparecerão apenas focos
pontuais destes elementos em função das atividades executadas naquele momento.
Também existirão ruídos e vibrações locais que não afetarão populações. Com a
operação, os padrões de qualidade do ar também não serão ultrapassados, conforme
preceitua a Resolução CONAMA 003/90. As medidas mitigadoras adotadas em todas
as fases, principalmente na operação garantirão estas tendências.
O empreendimento afetará apenas levemente este componente ambiental.
O sítio já é urbanizado e os operários usarãoEPI(s).

Identificação impactacional (Qualidade do ar /odores/ruídos) – fase de


implantação/operação
Tipologia:levemente adverso.
Forma: direto.
Temporalidade:longo prazo.
Reversibilidade: reversível.
Magnitude: fraca.
Importância: pequena.

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7.3.2 SOBRE O MEIO BIOLÓGICO


7.3.2.1 FLORA

Identifica-se, a priori, dois (2) impactos que poderiam alterar os componentes


ambientais no ecossistema terrestre atinente ao presente estudo. São eles:
a) Impacto direto: resultante de uma ação, independente de sua grandeza,
no ecossistema abrangido;
b) Impacto indireto: decorrente de uma ação sobre outro componente
ambiental, pelo efeito acumulado anteriormente.
Sabe-se, ainda, que o valor biológico de ambientes que se apresentam em
sua forma primitiva, são mais elevados que aqueles oriundos de áreas já modificadas e
que apresentam vegetação secundária. Outrossim, a representatividade do efeito
impactante é um fator a ser ponderado, visto que, por exemplo, as condições serão
mais desfavoráveis numa área de mata em extinção do que numa floresta virgem,
tomada como referência. Portanto, as valorações dos impactos ambientais nos
ecossistemas terrestres dependem de uma gama de fatores que, conjugados, e
estudados sob este prisma, revelarão a essência das modificações ocorridas
(ALMEIDA, avaliação de impactos).

Conclusão (Síntese)
A área operacional do empreendimento, em estudo, apresenta profundas
alterações antrópicas, de natureza urbana habitacional e comercial, tratando-se de
área antropizada nada ou pouco restando de sua riqueza e diversidade natural, pelo
que não será impactada nas fases de implantação e operação em função das
atividades do empreendimento. A característica do empreendimento e as
características do local onde se localiza, não permitem que se identifiquem impactos
deste tipo.

Identificação impactacional (Flora) – fase de operação


Tipologia: positivo.
Forma: direto.
Temporalidade: longo prazo.
Reversibilidade: reversível.
Magnitude: pequena
Importância: pequena.

7.3.2.2 FAUNA
Toda atividade antrópica modifica os ecossistemas com sua presença. Estas
modificações de cunho antrópico podem ser visualizadas/detectadas em diferentes
níveis e de formas variáveis. Quando alguns elementos da flora, por exemplo, são
selecionados e gradualmente retirados do ambiente, temos uma “modificação
simplificada”, caracterizada por uma ação “sustentada” de proteção a esta flora e
também à fauna dela dependente. Observa-se amiúde, que algumas
modificações/alterações na fauna com o desaparecimento ou diminuição de espécies
(reduções populacionais) são invariavelmente diretamente proporcionais ao grau de
simplificação/diminuição da vegetação. Observa-se ainda que, ambientes naturais de
grandezas mais elevadas, abrigam uma fauna mais diversificada e mais numerosa.
Desta forma, os ambientes florestais são intrinsecamente mais significativos do que em
cerrados e campos, devendo os critérios de invasão serem os mais seletivos possíveis
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e a propensão aos meios impactantes o mais atenuado que possa existir. Também, de
igual maneira, áreas já incorporadas ao urbanismo são menos significantes que
campos e cerrados e/ou áreas antrópicas primárias.
Geralmente os alimentos e os abrigos das espécies faunísticas são os itens
mais impactados pela antropia, e os principais componentes ambientais que sofrem
estes impactos são a biodiversidade: espécies animais de interesse e ameaçadas de
extinção; cadeia alimentar (redução da população das espécies); e extrativismo
(redução de abrigos e alimentos das espécies).
Portanto, a relação existente entre a fauna e a flora e em quais ambientes
elas ocorrem, podem ser observadas através da cadeia alimentar das espécies, e
também a relação alimentar dos seres que compõem a cadeia trópica alimentar dos
diversos ecossistemas.
A seguir apresenta-se uma síntese dos impactos relacionados à fauna que
poderiam ocorrer com a implantação e operação do projeto já diluídos e incorporados
ao status quo, ou seja já ocorridos, sem interface com o empreendimento: Destruição
de habitats; Modificações dos hábitos alimentares; Diminuição da quantidade de
alimentos das espécies; Distribuição/diversificação de nichos ecológicos; Dispersão de
espécies, potenciais vetores de doenças (presentes em epífitas de ambientes
aquáticos); Todos estes aspectos não serão observados com o advento do
empreendimento e não terão nenhuma relação com o mesmo ou não tiveram.

Identificação impactacional – Fase de operação


Tipologia: positiva
Forma: direto.
Temporalidade: longo prazo.
Reversibilidade: irreversível.
Magnitude: pequena
Importância: pequena.

7.3.3 SOBRE O MEIO SÓCIO-ECONÔMICO

7.3.3.1 MEIO ANTRÓPICO

Conclusão (Síntese)
O meio antrópico coincidente ao Projeto permanecerá tal qual vem existindo,
não havendo nenhuma circunstância interligada diretamente ao mesmo e deve ficar
sujeito apenas às modificações suscetíveis no dia a dia, sem nenhuma participação do
empreendimento.
Identificação impactacional (Meio antrópico) – fase de implantação/operação
Tipologia: positiva.
Forma: direto.
Temporalidade: longo prazo.
Reversibilidade: irreversível.
Magnitude: pequena.
Importância: pequena.

A seguir comentam-se alguns parâmetros pertinentes ao meio antrópico e


suas interfaces com o empreendimento:

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Mão-de-obra local
A operação do projeto assegurará o deslocamento de uma parte ínfima da
mão-de-obra desocupada na área, nas diversas fases de sua viabilização, tanto para
as atividades iniciais, quanto para as de apoio e manutenção.
A mão-de-obra local será utilizada no empreendimento, ainda que de forma
reduzida se considerado o sítio regional.

Conclusão (Síntese)
A mão-de-obra local será beneficiada pelo empreendimento, havendo
espaço para aproveitamento de grandes contingentes.

Identificação impactacional (Mão de obra)


Tipologia: positivo.
Forma: direto.
Temporalidade: longo prazo.
Reversibilidade: reversível.

Criação de expectativas e incertezas


A falta de informações técnicas sobre o empreendimento pode levar
inicialmente a população local e seus representantes à criação de expectativas em
relação à geração de emprego e renda. Estas expectativas acabam por gerar, muitas
vezes, falsas idealizações sobre os benefícios a serem gerados pelo empreendimento,
assim como especulações.
Obs.: fator sócio-econômico a ser fracamente observável no empreendimento.

Conclusão (Síntese)
A criação de expectativas e incertezas será diluída pelo esclarecimento a
sociedade sobre aexpressividade da obra no contexto geral da região.

Identificação impactacional
Tipologia: negativo.
Forma: direto.
Temporalidade: curto prazo.
Reversibilidade: reversível.

Conflitos com a comunidade


O diagnóstico não detectou resistência à implantação e operação do
empreendimento junto aos principais segmentos sociais, ao contrário, observa-se
grande expectativa positiva por parte da circunvizinhança..

Conclusão (Síntese)
Os conflitos com comunidades não serão observados, uma vez que o
empreendimento é comum em qualquer grupamento populacional.

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Outros impactos que são identificados, restritos às populações ou empregados

A – Impacto operacional devido à mudança de alguns hábitos e costumes advindos da


implantação e operacionalização do empreendimento.
- Valor: positivo.
- Ordem: direto.
- Espaço: regional.
- Tempo: curto prazo.
- Dinâmica: temporário.
- Plástica: reversível.

B – Geração de receita, em função do incremento da arrecadação tributária e outros


encargos exigidos pelo governo local.
- Valor: positivo.
- Ordem: indireto.
- Espaço: regional.
- Tempo: curto prazo.
- Dinâmica: permanente.
- Plástica: irreversível.

C – Dinamização da economia local, em virtude da expansão dos negócios, na medida


em que demandar novos serviços locais e provocar maior movimento da moeda.
- Valor: positivo.
- Ordem: indireto.
- Espaço: regional.
- Tempo: curto prazo.
- Dinâmica: permanente.
- Plástica: irreversível.

D – Geração de empregos diretos e indiretos.


- Valor: positivo.
- Ordem: indireto.
- Espaço: local.
- Tempo: curto prazo.
- Dinâmica: temporário.
- Plástica: reversível.

E – Melhoria do bem-estar dos empregados.


- Valor: positivo.
- Ordem: direto.
- Espaço: local.
- Tempo: curto prazo.
- Dinâmica: permanente.
- Plástica: irreversível.

F – Melhoria da infra-estrutura local para o desenvolvimento das atividades do


empreendimento.
- Valor: positivo.
- Ordem: indireto.
- Espaço: regional.
- Tempo: curto prazo.
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- Dinâmica: permanente.
- Plástica: irreversível.

RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS POTENCIAIS


Os principais impactos que poderão ser observados na fase de instalação e
operação, principalmente, uma vez que a ATIVIDADE não está ainda sendo explorada,
em empreendimentos de sua natureza, podem ser relacionados da forma descrita
abaixo, variando de importância, intensidade etc., levando-se em consideração o
universo do projeto, se comparado ao “status quo” atual da área, e, considerada ainda
a atividade exercida e as obras civis.
Resumindo, constata-se que os principais impactos negativos de
empreendimentos de prestação de serviços associados a processos de construção civil
residencial segundo o Manual de impactos ambientais do BNBSA/IICA (BRA 95/002) e
OUTRAS OBRAS CITADAS NA BIBLIOGRAFIA, na operação são, ou poderão ser:
1 – Geração de efluentes domésticos, limpeza de pátios e equipamentos;
2 – Geração de emissões atmosféricas.
3 – Geração de resíduos sólidos.
4 – Geração de odores.
5 – Geração de Ruídos.

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DIAGRAMA REPRESENTANDO A CONCEPÇÃO GERAL QUE NORTEOU O TRABALHO PARA


ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

MEIO AMBIENTE

ESPAÇO

DESENVOLVIMENTO
URBANO

MEIO AMBIENTE SÓCIO-


MEIO AMBIENTE E BIOGEOFÍSICO
ECONÔMICO

INFRAESTRUTURAIS SUPERESTRUTURAIS
FÍSICO BIOLÓGICO
MATERIAL SOCIAIS
ÁGUA USO E ÁGUA INSTITUCIONAL
FLORA
AR APROPRIAÇÃO DO AR CULTURAL
FAUNA
SOLO ESPAÇO SOLO POLÍTICO

NECESSIDADES FÍSICAS NECESSIDADES SOCIAIS


IMPACTO
IMPACTO FÍSICO
BIOLÓGICO ALIMENTAÇÃO EDUCAÇÃO
SAÚDE PARTICIPAÇÃO
SANEAMENTO TRABALHO
HABITAÇÃO BEM ESTAR

IMPACTO BIOGEOFÍSICO IMPACTO SÓCIO-ECONÔMICO

IMPACTO AMBIENTAL

CRITÉRIOS

AIA
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8 MEDIDAS MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E DE CONTROLE AMBIENTAL


8.1 DELINEAMENTO DAS MEDIDAS MITIGADORAS
As medidas mitigadoras servem para minimizar efeitos negativos dos impactos
ambientais identificados durante a realização do prognóstico ambiental e atenuar os
impactos negativos decorrentes dos riscos ambientais da implantação e peração do
empreendimento produtor de tiquira e envasamento de cachaça e plantio de futuro de
mandioca como unidade potencialmente poluidora.
Estas podem ser classificadas quanto:
a) À sua natureza preventiva ou corretiva.
b) À fase do empreendimento em que deverão ser adotadas: antes da
implantação, implantação e operação.

8.2 MEDIDAS MITIGADORAS PARA GARANTIA DA QUALIDADE DOS RECURSOS


HÍDRICOS E DEMAIS RECURSOS NATURAIS
Considera-se como medida mitigadora fundamental a garantia de existência de
água em boas condições nos componentes hídricos superficiais e na hidrologia
subterrânea, ou seja, o mais próximo possível de condições ideais, sejam quais forem as
medidas a serem adotadas para tanto. Os demais recursos naturais também deverão ser
alvo de medidas que visem mitigações para uma melhor garantia da qualidade destes
recursos.

8.3 MEDIDAS MITIGADORAS PARA GARANTIA DA QUALIDADE DE VIDA


- Redução ao máximo de impactos sobre a população local;
- Aproveitamento máximo da disponibilidade local de mão-de-obra.
-

8.4 MATRIZ DE DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS,


PREVENTIVAS E COMPENSATÓRIAS
Apresenta-se, a seguir, MATRIZ de descrição e classificação das medidas
mitigadoras, preventivas e compensatórias, para os impactos negativos observados em
atividades desta natureza, e com a inclusão de outros pertinentes:
a) Natureza: preventivas (P), corretivas (C), compensatórias (CT);
b) Fase do empreendimento em que deverá ser adotada: planejamento (P),
implantação (I), operação (O);
c) Fator ambiental a que se destina: físico (F), biótico (B), sócio-econômico (S);
d) Prazo de sua permanência de sua aplicação: curto (CP), médio (M), longo (L);
e) Responsabilidade pela execução: poder público (PP), empreendedor (E).
NP = Não Pertinente

Obs: Faz-se menções a algumas medidas mitigadoras que foram tomadas na fase de
implantação e outras tantas à operação.
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J. Edno Teófilo de Almeida
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MATRIZ DE DESCRIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS,


SEGUNDO OS IMPACTOS NEGATIVOS OBSERVADOS, SUGERIDAS PELA
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CLASSIFICAÇÃO

F.AMBIENTAL

RESPONSÁVEL
PERMANÊNCIA
NATUREZA
DESCRIÇÃO

FASE
1. Segurança e Saúde – Observação da legislação
aplicável quanto à segurança e saúde dos
funcionários do empreendimento, inclusive nas obras
civis. Isto reduzirá significativamente os efeitos deste
impacto. O uso de EPI(s) deverá ser obrigatório. As
recomendações de segurança deverão ser informadas
aos empregados, através de reunião mensal, ou bate-
papo semanal / diário, confirmando a importância da
consciência Ambiental. Nessas reuniões, é importante
P S
deixar explícito para atenção e preocupação de todos L E
CT O B
em minimizar / eliminar os pequenos derramamentos
de qualquer natureza, na armazenagem e utilização
de produtos e insumos e, especialmente, na
segregação do lixo. Provisão de Programa de
segurança e saúde ocupacional, com detalhamento
de todas as fases dos processos e suas relações com
a ocorrência de acidentes e prejuízos à Saúde dos
trabalhadores. Instalação de equipamentos individuais
e coletivos de prevenção e proteção a acidentes.
2. Intrusão Visual – O empreendimento deverá prever
desenvolvimento de paisagem esteticamente CT O F L E
agradável
3. Enclausuramento de unidades com emissões de F
P O L E
odores. B

4. Efluentes – Controle e destino adequado de todos


F
os efluentes gerados no empreendimento. Os
P O B L E
efluentes hidrossanitários deverão ser direcionados
para a rede pública OU SISTEMA PRÓPRIO.

5. Ruídos e vibrações - Controle de ruído, vibrações e


estabelecimento de horários de trabalho.Isolamento C F
L E
e/ou enclausuramento de máquinas e equipamentos. P O B
Caso necessário prever projeto de tratamento
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acústico.
6. Educação ambiental - Manter programa de F
educação ambiental junto aos empregados. P B L E
O
S
7. Biota em geral - Estabelecimento de procedimentos
que visem a proteção da biota em geral, respeitando a
qualidade do ar, background de ruídos e vibrações, F
P
intensidade de tráfego (planejamento integrado com B L E
C
os setores responsáveis pelo tráfego de veículos e O S
instalação de medidas (sinalização etc...), qualidade
das águas etc.
8. Medidas preventivas - Utilização de medidas
preventivas que dificultem a ocorrência de acidentes
B
com cargas potencialmente poluentes (óleo, gasolina, P O L E
S
álcool, insumos, tintas, solventes).

9. Tráfego - Um adequado sistema para o fluxo de


F
veículos que circularão pelo empreendimento durante P O L E
B
o expediente.
10.Resíduos sólidos - Fiscalização, acondicionamento
e coleta adequada dos resíduos sólidos (lixo) para
disposição em aterro municipal. Os resíduos sólidos
provenientes das atividades humanas (lixo orgânico,
papéis, plásticos, etc.) serão encaminhados ao
sistema municipal como LIXO COMUM e os da P F
O L E
implantação de acordo com orientações do órgão C B
licenciante ou para Aterro sanitário Municipal.
O empreendimento deverá procurar/viabilizar formas
alternativas de reciclagem e/ou reutilização dos
resíduos sólidos.
11. Medidas de Prevenção Contra Incêndio – Adotar
as medidas preventivas e educativas quanto ao
P
manuseio e estocagem de produtos inflamáveis, O F L E
C
evitando-se assim a ocorrência de acidentes de
trabalho e de incêndios.
12. Alteração de drenagem superficial durante a
implantação e operação do projeto – Caso hajam
P
alterações adequá-las ao melhor sistema que possa O F L E
C
ser organizado no local.

SUGESTÕES DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO QUE PODEM SER UTILIZADOS NA ATIVIDADE


Item Equipamentos de Proteção Ambiental para uso na construção civil
01 Botas
02 Luvas
03 Máscaras
04 Óculos, etc...
05 Protetores auriculares
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8.5 MEDIDAS DE CONTROLE AMBIENTAL E DE RISCO E OUTRAS

CONTROLE DE ESTOQUE DE PRODUTOS PERIGOSOS


O EMPREENDIMENTO deve proceder ao controle de estoque manual diário dos
produtos armazenados em seus almoxarifados, com registro no livro de controle de
estoque – LMC.
A detecção de vazamentos e/ou derramamentos pode ser feita pelas medições
diárias e reconciliação do estoque de cada material.

MINIMIZAÇÃO DE ACIDENTES:
O “EMPREENDIMENTO” deverá se cercar de todos os cuidados inerentes às
operações de maior perigo, dentro de seu contexto operacional, com o objetivo de atender
a legislação ambiental e a segurança de clientes, trabalhadores, transeuntes e
vizinhanças. Para tanto, se faz necessário o cumprimento de uma rotina operacional,
cumprindo um elenco de normas e procedimentos da legislação brasileira para evitar /
minimizar a possibilidade de acidentes ligados a Segurança ou ao Meio Ambiente.
O pessoal encarregado da operação e segurança dentro desta mesma linha de
conduta deverá ser treinado antes de iniciarem suas atividades no Empreendimento, sob a
supervisão de técnicos especializados,

NORMAS DE SEGURANÇA
Ação contra Incêndio
– Treinamento para identificar e quantificar o sinistro;
– Treinamento para combater o sinistro, quando possível;
– Treinamento para promover a evacuação do local sem pânico;
– Definir tarefa e responsabilidade específica por empregado;
– Noções Básicas de Primeiros Socorros.

EMERGÊNCIAS
OCORRENDO SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS, os contatos deverão ser efetuados
pelos seguintes telefones:
CONTATOS TELEFONES NOME

SEMMAM 99225-6794 Cassia Helena


CORPO DE BOMBEIROS 193
DEFESA CIVIL 199
Suckces 01 desenvolvimento imobiliario
PROPRIETÁRIO 983231 4176 ltda

Em caso de funcionários acidentados, o socorro deverá ser imediato por um dos


presentes, que encaminhará o ferido para o Hospital ou Pronto Socorro mais próximo do
local do acidente.

SISTEMA DE ALARME
O sistema de alarme pode ser deflagrado por qualquer pessoa física ou jurídica,
participante ou não do empreendimento, que venha a tomar conhecimento de ocorrências
que justifiquem o alarme.
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PONTOS DE RISCO INTERNO


Almoxarifado;
Depósitos de Insumos e produtos.
Unidade Operacional de cozinha e restaurtante.

OUTROS CUIDADOS GERAIS:


- Manter as instalações elétricas em perfeito estado e proibir emendas em fios elétricos;
- Fiação elétrica, devem estar protegidas em dutos metálicos adequado para atmosfera
explosiva;
- Todos os equipamentos elétricos devem ser desligados no final do expediente;
- Distribuição correta dos extintores aprovados pelo Corpo de Bombeiros;
- Garantir correta distribuição de carga elétrica nos quadros elétricos (disjuntores), evitando
sobrecargas;
- Identificar as tensões nas tomadas.
- Cuidados especiais com recipientes e tanques de estocagem de produtos.

AÇÕES POSTERIORES A ACIDENTE E MEDIDAS CORRETIVAS:


- Recuperação da área afetada;
- Investigação das causas do acidente com identificação da causa-raiz;
- Determinar as medidas a serem tomadas para evitar a repetição do acidente.

SEGURANÇA PATRIMONIAL
Em situações de emergência: roubo ou tentativa de roubo, etc:
- Não reagir ou discutir com o suspeito;
- Manter-se calmo;
- Evitar gestos bruscos;
Procurar gravar características do suspeito (Ex. formato do rosto, nariz,
queixo, cor da pele, boca, testa, cabelos, olhos, sinais característicos, etc.);
- Após o ocorrido, comunicar imediatamente à direção, que manterá contato
com a autoridade policial da jurisdição, para realização da perícia informando o que
aconteceu atribuindo valor atualizado a cada perda;
- Ao constatar a ocorrência de furto ou tentativa de furto (local revirado, portas
ou janelas arrombadas, etc.), o funcionário que primeiro se deparar com o fato, deverá
manter integro o local, não tocando em nada que possa modificá-lo, alterando pistas ou
vestígios;
- Comunicar o fato, imediatamente, à direção, que manterá contato com a
autoridade policial da jurisdição, informando se possível, as intenções do intruso, como o
mesmo fez a abordagem e os meios utilizados.

9 PROGRAMAS E PLANOS

9.1 PROGRAMAS

Os poucos impactos ambientais ocasionados pelas alterações nas condições


pré-existentes no ecossistema local, como sejam, condições sonoras e qualidade do ar,
principalmente, geradas pela emissão de gases, poeiras, ruídos em geral e efluentes
hidrossanitários domésticos, oriundos da implantação e operação, deverão ser mitigados
com a utilização de ECP(s) (equipamentos de controle de poluição), como por exemplo,
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fossas sépticas suplementares, filtros e outras medidas, principalmente nos locais em que
estas recomendações/posturas se fizeram mais necessárias. Também deverá ser
desenvolvida uma programação eficiente de manutenção em todos os níveis, de forma
que, combinada a outros fatores, seja obtido um resultado positivo na mitigação dos níveis
de ruídos, odores e vibrações geradas, na geração de efluentes, resíduos sólidos e
emissões atmosféricas, alguns destes itens em menor escala ou de forma desprezível,
contribuindo sobremaneira para um equilíbrio mais eficiente, no sítio.
A emissão de fumaça e gases gerados em fontes estacionárias não necessitam
de programas específicos, pois não afetam significativamente os padrões existentes. Por
outro lado, os lançamentos de efluentes deverão ter destinação adequada para a rede
pública onde deverão ser tratados.
Em nível de “diretrizes de projeto” e de “técnicas de preestação de serviços de
construção civil, as melhores medidas cabíveis no que respeita a proteção ambiental são
tomadas, com alternativas que menos impactam o meio ambiente como um todo, bem
como se adotando técnicas que bloqueiem, tanto quanto possível, o mesmo.
A avaliação dos impactos decorrentes do processo de instalação e operação
indica a necessidade de programas especiais que, uma vez implantados, possibilitarão a
mitigação dos impactos negativos, através de medidas preventivas, corretivas e/ou
compensatórias e a otimização dos impactos positivos através de medidas
maximizadoras/otimizadoras, permitindo a conservação e a recuperação das áreas
impactadas.
Tais programas devem ter a participação do empreendimento, seja na função de
executor, de financiador ou de indutor das ações preconizadas quando houver a
necessidade de participação de órgãos dos poderes executivos municipal, estadual ou
federal.
A seguir, Programas que podem ser desenvolvidos no empreendimento, como
exemplificação:

A - GRO e PGR . Entrou em vigor no dia 03 de Janeiro de 2022 a nova NR-01 que exige a
implementação o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR) para as empresas de todo Território Nacional,
sobrepondo o .P.P.R.A (PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS). O
GRO - Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, é um programa que deverá ser
desenvolvido com o objetivo de orientar as empresas para mapear, gerenciar e fiscalizar
os possíveis riscos de um local de trabalho
Conteúdo exigível (mínimo):
- Enquadramentos (NR 4 – SESMT e NR 5 – CIPA);
- Programa de Gerenciamento de Riscos;
- Atividades de áreas de trabalho (descrição);
- Metodologia;
- Riscos Ambientais identificados;
- EPT(s) necessários para a atividade;
- Proteções Coletivas;
- Educação e Treinamento;
- Metas e Sistema de verificação;
- Medidas Coletivas;
- Divulgação de dados etc.
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B - P.C.M.S.O (PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL)


O empreendimento também pode fazer uso do P.C.M.S. O, cujos itens principais
são:
- Programa anual de ações de saúde (exames de admissão periódicos, de retorno ao
trabalho e mudança de função, etc.);
- Inspeções dos locais de trabalho;
Inspeções sanitárias;
- Campanhas de vacinação;
- Ações educativas;
- Treinamento em primeiros socorros;
- Demonstrativos dos agentes ambientais por função, etc.

C – PROGRAMA DE SEGURANÇA OPERACIONAL

Extintores e sistema antiincêndio


O empreendimento deverá possuir os seguintes equipamentos:
– Extintor de pó químico;
– Extintor CO2;
– Caixa d’água;
Conforme NBR-ABNT 10721 a cada seis meses deve ser realizada inspeção
para verificar a viabilidade de uso dos extintores, e, caso seja detectada alguma alteração
procura-se imediatamente solucionar o problema (conserto ou substituição do mesmo).

D – PROGRAMAS ESPECIAIS DE MITIGAÇÃO


A avaliação dos impactos decorrente do processo de instalação e operação
indica a necessidade de programas especiais que, uma vez implantados e operando,
possibilitam a mitigação dos impactos negativos, através de medidas preventivas,
corretivas e/ou compensatórias e a otimização dos impactos positivos através de medidas
otimizadoras, permitindo a conservação do entorno e a recuperação das áreas impactadas.
Tais programas terão a participação do empreendimento, seja na função de
executor, de financiador ou de indutor das ações preconizadas, quando houver a
necessidade de participação de órgãos dos poderes executivos municipal, estadual ou
federal.

E – PROGRAMA DE CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS


As ações decorrentes deste programa visam:
- Minimização das alterações na topografia natural dos terrenos.

O programa visa, ainda, e especialmente, ao que segue:


- Acompanhar o desenvolvimento dos processos erosivos bem como monitorar as obras
de contenção desses processos.
É de suma importância que o programa deva ser permanente, por pelo menos
um ciclo hidrológico, para que se possa observar e determinar as condições de suporte e a
eficiência dos sistemas implantados, para se ter comprovado a eficácia das ações
desenvolvidas. Todavia, o empreendimento não necessita deste programa, pois não
desenvolverá processos erosivos na fase de operação e implantação.
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F – ATIVIDADES/MEDIDAS PARA O MEIO BIOLÓGICO


Serão necessárias medidas que visem a proteção do meio biológico uma vez
que o empreendimento mesmo tratando-se de um projeto “limpo”, em função dos sistemas
de controle e proteção adotados e ao seu potencial de produção, ainda assim deve
observar as recomendações, por exempla, citadas em medidas mitigadoras.

G – ATIVIDADES/MEDIDAS PARA O MEIO FÍSICO


A seguir as principais atividades para o meio físico:
I Adoção de medidas de segurança na descarga de matérias-primas e
produtos;
II Remoção dos resíduos gerados;
III Adoção de fossas sépticas e bacias de acumulação para recolhimento
dos efluentes, caso haja necessidade futura;
IV Medidas adicionais de segurança nas atividades do empreendimento;
V Utilização de drenagem eficiente das águas pluviais.

MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS

OBJETIVO
A elaboração do Mapa de Riscos Ambientais (MRA), visa atender ao que
estabelece a Portaria nº 3.214 do Ministério, na sua Norma Regulamentadora nº 9 – Riscos
Ambientais.

APLICAÇÃO
A execução do MRA aplica-se às empresas e empreendimentos que tenham
constituído em seu quadro funcional a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes-CIPA.

ELABORAÇÃO / COORDENAÇÃO
A elaboração do MRA ficará a cargo de Profissional habilitado.

DESCRIÇÃO
O MRA deverá ser elaborado de acordo com os passos descritos no item 9.4 da
NR nº 9 – RISCOS AMBIENTAIS, conforme abaixo:
Levantamento das áreas de riscos;
Identificação dos riscos existentes;
Identificação dos agentes ambientais físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e
mecânicos;
Caracterização da gravidade dos riscos;
Enquadramento dos grupos;
Representação gráfica do MRA.

ALGUNS FATORES DE RISCO

ARMAZENAGEM DE PRODUTOS E INSUMOS


MANUSEIO DE PAINÉIS E EQUIP. ELÉTRICOS – AG. MECÂNICO (Perigo de choque)
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ROTINA DE INSPEÇÃO QUE PODERÁ SER IMPLEMENTADA PELO


EMPREENDIMENTO
- Validade de carga dos Extintores de incêndio;
- Treinamento de empregados para combate a incêndios;
- Uso obrigatório de EPI (Equipamento de proteção individual)
- Instalações aterradas adequadamente;
- Instalações elétricas em painéis fechados;
- Local destinado exclusivamente para abrigar produtos químicos;
- Produtos químicos acondicionados adequadamente;
- Manuseio dos insumos e produtos perigosos somente por pessoal autorizado.

9.2 PLANOS

A - PLANO DE MONITORAMENTO PARA IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADORES DE


DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NA FASE DE OPERAÇÃO
Visa caracterizar não só a situação pré-instalação e instalação, mas também a
eficiência das medidas de controle ambiental adotadas na fase de operação do
empreendimento.

Geração de resíduos domésticos da operação do empreendimento e da


instalação:
Freqüência do monitoramento/acompanhamento: Permanente e temporário para
a implantação..

Qualidade do ar ambiente
Freqüência do monitoramento e parâmetros: Não necessário.

Qualidade das águas subterrâneas


Freqüência do monitoramento: Não necessário.

Qualidade das águas superficiais


Freqüência do monitoramento: Não necessário.

Poluição sonora e vibrações: Restritos a área do empreendimento.


Freqüência do monitoramento/acompanhamento: Não necessário.

B – ACOMPANHAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS RELACIONADOS À


SEGURANÇA NA FASE DE OPERAÇÃO
Riscos de acidentes.
Freqüência do acompanhamento: permanente ou periódico.

10 CONCLUSÃO

Ante o exposto no escopo do presente PCA pertinente ao empreendimento da,


que visa à regularização ambiental de uma Unidade de construção civil horizontal para uso
comercial, considerando os estudos realizados, a identificação dos impactos, as análises
ambientais efetuadas, os cuidados a serem tomados, as mitigações e/ou recomendações
sugeridas, conclui-se, dentre outros fatoresu, que:
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I. O meio físico dificilmente será impactado. Todavia, dispensados os


cuidados necessários conforme mitigações, compensações e
maximizações recomendadas, todos os impactos ambientais
identificados no empreendimento são devidamente controlados e
monitorados, e são incorporados e dissolvidos ao ecossistema local;
II. Os corpos hídricos perenes sob influência direta são inexistentes e
os solos da área sERão preservados, como estão, em função dos
cuidados tomados para tal, não havendo riscos de assoreamentos,
erosões, contaminações em função das mesmas;
III. As proliferações de vetores patológicos na área inexistirão, visto,
que os cuidados operacionais e de higiene sERão observados e
gerenciados;
IV. A poluição do ar deverá ser restrita à área de operação, fracamente,
para a qual serão dirigidas medidas de atenuação, mitigação e
outras demais pertinentes e os ruídos e vibrações são diluídos, não
havendo, por conseguinte, fenômenos contínuos quanto a estes
parâmetros, não atingindo as populações;
V. Os riscos de acidentes e outros impactos relacionados à segurança
de operação e de funcionário serão minimizados pela disponibilidade
de uma boa estrutura de gerenciamento de segurança;
VI. A penetração antrópica à área não acontecerá, uma vez que se trata
de Zona urbana antropizada, imprópria para expansão de
assentamento populacional e por ser uma área de propriedade
privada.
VII. A exploração desenfreada de recursos naturais também não
acontecerá, visto que o local não apresenta características para tal;
VIII. Os efluentes domésticos gerados no empreendimento serão
destinados a fossas sépticas e futuramente à rede pública e os
resíduos sólidos destinados a aterro municipal;
IX. Não existirão desmatamentos.
X. O empreendedor dispõe de Certidão de Uso e Ocupação do solo
expedida pela municipalidade.

Finalmente, conclui – se que as adoções das medidas propostas são


suficientes para a garantia ambiental do projeto, e, portanto, este pode ser licenciado pela
SEMMAM e demais órgãos gestores, para a sua operação, mediante as exigências de
licenciamento que serão formulados por estes órgãos, especialmente SEMMAM, ficando a
critério desta, o estabelecimento e pertinência das recomendações a serem efetuadas.
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11 BIBLIOGRAFIA

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J. Edno Teófilo de Almeida
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Responsavel Técnico:

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