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Relatório de Contestação Técnicada SEMA

INTRODUÇÃO: Contestação a respeito do PARECER TÉCNICO


nº67/2023/SPR.BAP SEMA, atendendo Mandado de Intimação da Vara de
Interesses Difusos e Coletivos do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão ,
onde se demonstra a real contribuição de efluentes advindos (montante
LONGITUDE 583731.58 m E LATITUDE 9721151.54 m S ) de dois tubos de
concretos com diâmetro de 1000mm , com descarga sistêmica de efluentes
contaminados, produzindo efeitos antrópicos a área em lide, tais como: fundo
de vale, córrego de efluentes e fonte de mosquitos e roedores, traduzindo
inúmera doenças para a população adjacente. Ver foto (01) abaixo:

Foto 01- Montante de efluentes contaminantes, apresentando “língua negra”.


LONGITUDE 583731.58 m E LATITUDE 9721151.54 m S
Essa contribuição é a maior causadora dos efeitos aqui discutidos, como
fundo de vale, córregos e/ou riachos produzidos antropicamente, com grande
impacto ambiental.

Sustenta-se, no relatório da SEMA, que no local passa um rio


intermitente (são aqueles que correm em apenas um período do ano, ou seja,
secam nas épocas de estiagem, entretanto, no curso d´água que corta o
terreno, essa contribuição é contínua, aumentando o volume em época de
chuvas, que tem como contribuição as águas pluviais dos bairros adjacentes),
confirmando que neste caso a manifestação desse tipo de “rio” é fruto da ação
humana. Portanto, a afirmativa da existência de rio no área em questão não
procede, pois o rio que passa a margem, nas proximidades é o Rio Parga, Ver
foto (02) abaixo;

Rio Parga – Trecho COHAMA /IPASE

ÁREA

FOZ DO RIO PARGA

Foto 02 - Trajeto do Rio Parga


No tocante a Área de Proteção Integral, de acordo com a Lei Estadual nº
9.412/2022 (Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza do
Maranhão), a área em lide está fora desta classificação de API.

Há contradição quando se afirma no ítem III, que a área estaria inserida


em área de proteção integral, observemos o parágrafo acima, que não há
restrição pela Lei Estadual nº 9.412/2022 (Sistema Estadual de Unidades de
Conservação da Natureza do Maranhão). Devemos nos ater as regras no novo
Plano Diretor de São Luis, aprovando por unanimidade, 29 votos de 30 vereadores.

As justificativas do Parecer Técnico da SEMA, desfoca as principais ações


antrópicas produtora dos fenômenos existentes na área em lide, como existência de
rio, quando na verdade é um córrego de efluentes contaminados, que em
determinado período do ano, por alta contribuição pluvial apresenta essa
característica. O fundo de vale, deu-se por ação antrópica, com a canalização
indevida, de águas (efluentes e pluviais) da periferia. Sendo assim, as teses de
enquadramento em API não podem ser sustentadas pela Leis Municipal, estando em
conflito com a Lei Estadual. Não obstante, faz mister esclarecer, que a Secretaria
Municipal de Urbanismo e Habitação, já concedeu a Certidão de Uso e Ocupação
de Solo. Ver foto 04.

No ítem 4 (quatro), Registro Fotográfico e Localização, aponta a “Foto 01”


manilha de drenagem (jusante), como entrada do efluente e pluvial, tirada
recentemente, em período de fortes chuvas de maior volume pluviométrico de São
Luís, estando esse fluxo mais transparente, não demonstrando a realidade do esgoto
a céu aberto, como se vê em foto abaixo. Essas omissões vêm a produzir prejuízos
ao proprietário da área, uma vez que não se retrata a realidade.

Foto 03 – Esgoto Sanitário Despejado na área


CERTIDÃO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - Foto 04

Foto 04 – Certidão de Uso e Ocupação do Solo


A presença de tubulação marginal anônima, lançando efluentes
contaminados da vizinhança, no terreno em lide, conforme Foto 06 do Parecer
Técnico da SEMA, ratifica e comprova que o fenômenos hídricos apresentados
dentro do imóvel, são de natureza humana, trazendo prejuízo a população em
face de doenças como Zica vírus, Chicungunha, Dengue, etc...,

Foto 05 – Esgoto lançado pela vizinhança (Foto 06 do Parecer Técnico)


Ainda sustentando a tese quem que não há rio e sim um córrego, por
interferência do homem, demonstramos a seguir, com a Foto nº 06, extraída do
Parecer Técnico com a ordem Foto 07, a qual demonstra a turbidez,
quantidade de partículas em suspensão, da água demonstrando que o córrego
formado de canalização indevida, inclusive com os efluentes do Hospital São
Domingos e adjacências,

Foto 07 – Turbidez da Água (Foto 07 do Parecer Técnico)

Não obstante, fica explícito que a agua que transita pela área é esgoto e
quando chove, pluvial. Essa falta de política pública traz desconforto as
famílias com sucessíveis casos de doenças.

A SEMA responsável pelo meio ambiente e sustentabilidade, deveria


sim, observar as politicas para mitigar os impactos na vizinhança e ambientais
e a falta de drenagem adequada, é a verdadeira causadora dessas variáveis,
as que , procura usa-la para classificar indevidamente a área.
Na imagem Foto 10, solicito que nos seja fornecido o nome do “Rio” que
por ali, intermitentemente, corta a área em lide. Uma vez que há controvérsia,
pois o rio que se contempla na área é Parga, o qual passa a distância ( mais
de 1 km. do local. A imagem relevante, a qual dirime boa parte das dúvidas e
traduz os fenômenos antrópicos existentes, não foi contemplada na Foto 10,
conforme abaixo Foto 08.

ENTRADA (MONTANTE) DO FLUXO HIDRICO POLUENTE

Foto 08 – Entrada de efluente canalizados para a área em lide

Essa imagem desconstrói a tese da existência de rio na área, e


demonstra que o córrego existente é formada pelos despejo ilegal de esgoto
hospitalares, esgotos industriais, esgotos domésticos e água pluvial. produtora
de doenças , odores, roedores e impacto ao meio ambiente.

Conclui-se assim, que a classificação que o Parecer Técnico deu a área


em lide, não se sustenta, pelos seguintes fatos:
a) Fornecimento da Certidão de Uso e Ocupação do Solo, pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
b) Ausência de rio (apontada e não dito o nome do rio), como
condicionante de incluir a área em API.
c) O não enquadramento da Lei Estadual nº 9.412/2022 (Sistema
Estadual de Unidades de Conservação da Natureza do Maranhão;
d) O corpo hídrico formado por despejo de esgoto sanitário e,
sazonalmente agua pluvial, por falta de drenagem sanitária e pluvial

São Luís, MA, 23 de maio de 2023

Colaborador Técnico Colaborador Técnico

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Conceição de Maria Ferreira Pereira Willame da Luz Guimarães


Arquiteta Urbanista Engenheiro Agrônomo
CAU A 83521-8 CREA/MA 4517/D

Responsável Técnico

__________________________

José Edno Teofilo de Almeida


Engenheiro Ambiental
Engenheiro de Segurança
Tecnico em Agrimensura
CREA 1116857324

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