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MINAS CEU ABERTO
MINAS CEU ABERTO
1
MINA A CÉU-ABERTO NO ALTO E INDICADORES OPERACIONAIS PARA
COMPOSIÇÃO DE FROTA COM SUSTENTABILIDADE
Orientador:
Professor e Engenheiro Civil/ Ambiental/Segurança MD. Em Geologia
_________________________________________________
Prof. Md. e Engº Willian Sousa Santos
_________________________________________________
Formando: José Edno Teofilo de Almeida
2
São José de Ribamar – MA, Fev/2024
José Edno Teofilo de Almeida
AGRADECIMENTO
3
RESUMO
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São José de Ribamar – MA, Fev/2024
José Edno Teofilo de Almeida
ABSTRACT
Open pit mining is a method of extracting minerals or other valuable materials that are
located close to the surface of the earth. This method is opposite to underground
mining, which involves digging below the surface of the earth. Open pit mining is
commonly used to extract minerals such as coal, copper, gold, iron and sand.
Dispatch systems are important tools when you want to reduce the costs of unit loading
and transportation operations. The main objective of the work in question was to size
the loading and transport fleet in order to arrive at an optimal number for each of the
fleet models of a large mining company in the region. Through the analysis of the
results, measures were suggested with the aim of improving the indicators, contributing
financially to the company's results. Finally, the study showed as a result that ten pieces
of equipment would be needed from the 730E fleet, 21 pieces of equipment from the
CAT 777F fleet, these being transport devices and 28 pieces of equipment from the
CAT 966H model, and ten pieces of equipment from the CAT 320D fleet, these being
cargo pieces of equipment. . The work concluded that better values for the studied
indicators would result in a smaller number of equipment to transport the planned mass,
5
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Gráfico de relação da fragmentação com os custos das operações unitárias
......................................................................................................................... 14
Figura 2 - Composição dos custos totais em R$ e %.. .................................... 15
Figura 3 Ciclo de carregamento e transporte. ........................................;......... 16
Figura 4 Compatibilidade entre caminhões e escavadeiras. ............................ 17
Figura 5 Etapas do ciclo de carregamento. ...................................................... 18
Figura 6 Frota de carregamento estudada no trabalho. ................................... 19
Figura 7 Frota de transporte usadas na empresa e estudadas no trabalh........ 20
Figura 8 Demostraçãodo software EasyMine. .................................................. 23
Figura 9 Fluxograma representativo dos procedimentos seguidos para realização do
trabalho ............................................................................................................. 26
Figura 10: Representação esquemática das horas totais e cálculo do OEE
........................................................................................................................... 28
Figura 11: Horas de manutenção corretiva e preventiva totais ao longo dos meses.34
Figura 12: Horas ociosas totais ao longo dos meses. ....................................... 35
Figura 13: Gráfico de pluviosidade mensal versus razão entre horas ociosas por
condições climáticas e horas trabalhadas. ........................................................ 36
Figura 14: Gráfico de Pareto para horas ociosas totais...................................... 37
Figura 15: Tempo gasto em % para cada etapa do ciclo para as frotas de transporte
CAT 777F e 730E. ............................................................................................... 38
Figura 16: Variação dos indicadores ao longo dos meses. ................................. 39
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São José de Ribamar – MA, Fev/2024
José Edno Teofilo de Almeida
LISTA DE TABELAS
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA.................................................................................. 10
2.1. Determinação dos métodos de lavra ........................................................... 11
2.2. Mineração a céu aberto ................................................................................. 12
2.3. Operações unitárias da lavra a céu aberto .................................................. 13
2.4. Operações de carregamento e transporte ................................................... 14
2.4.1. OPERAÇÃO DE CARREGAMENTO ....................................................... 18
2.4.2. OPERAÇÃO DE TRANSPORTE ............................................................. 20
2.4.2.1. Vantagens e desvantagens do transporte por caminhões .............. 21
2.5. Sistemas de despacho .................................................................................. 22
2.6. Indicadores operacionais .............................................................................. 24
2.6.1. DISPONIBILIDADE FÍSICA ..................................................................... 25
2.6.3. RENDIMENTO OPERACIONAL .............................................................. 25
2.6.5. OVERALL EQUIPMENT EFFICIENCY (OEE) ......................................... 26
3. METODOLOGIA .................................................................................................... 27
3.1. Levantamento e tratamento dos dados ....................................................... 27
3.2. Manipulação dos indicadores operacionais básicos ................................. 28
3.3. Cálculo do rendimento operacional ............................................................. 29
3.4. Cálculo da produtividade horária efetiva e nominal ................................... 30
3.5. Cálculo do OEE .............................................................................................. 31
3.6. Dimensionamento da frota por indicadores operacionais ......................... 31
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 32
4.1. Manipulação dos indicadores operacionais básicos ................................. 32
4.2. Cálculo do rendimento operacional ............................................................. 37
4.3. Cálculo da produtividade horária efetiva e nominal ................................... 39
4.4. Cálculo do OEE .............................................................................................. 40
4.5. Dimensionamento de frota por indicadores operacionais ......................... 43
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 45
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 46
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São José de Ribamar – MA, Fev/2024
José Edno Teofilo de Almeida
1. INTRODUÇÃO
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carregamento e transporte pode ser dimensionado, adaptando estes à realidade da
mina em questão.
A região do Alto Paranaíba possui minas de rocha fosfática destinada à
produção de concentrado fosfático, principal matéria-prima para fabricação de
fertilizantes. Nessa região os complexos de mineração possuem minas em lavra a céu
aberto, plantas de beneficiamento de minério fosfático e transporte de concentrado via
mineroduto. Os produtos são: concentrado fosfático convencional e concentrado
fosfático ultrafino.
A aplicação de fertilizantes se dá a partir da necessidade de compensar a perda
de fosforo e outros elementos presentes de forma natural no solo, sendo assim possui
papel primordial na agricultura. A carência de fertilizantes fosfatados nos terrenos de
cultura tem impacto direto no rendimento e produção agrícolas. Por isso, a produção
do mesmo deve ser constante, eficaz e efetiva de modo a suprir às necessidades do
mercado. Além disso a margem de contribuição dos fertilizantes é relativamente baixa,
por isso é de suma importância realizar estudos para a redução dos custos na sua
produção.
O presente trabalho tem como principal objetivo o dimensionamento da frota de
transporte de uma mina à céu aberto na região do Alto Paranaíba a partir da análise
de indicadores extraídos do software EasyMine, atual sistema de despacho utilizado
pela mineradora. Esse software, segundo a empresa Instale Tecnologia (empresa
brasileira atuante em gestão de frota de mineração), é um software para
monitoramento e gerenciamento de frota e possui tecnologia inovadora para o
segmento. Destacam-se como objetivos específicos deste trabalho:
• Coleta e tratamento dos dados extraídos do software de despacho,
utilizando o Excel;
• Manipulação dos indicadores operacionais básicos;
• Cálculo do Rendimento Operacional dos equipamentos estudados;
• Cálculo da produtividade horária efetiva, ou seja, o quanto os
equipamentos são capazes de produzir em t/h, na prática;
• Cálculo do Overall Equipment Effectiveness (OEE);
• Dimensionamento da frota por indicadores operacionais;
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
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O presente capítulo apresenta e conceitua os aspectos gerais das operações
de uma mina a céu aberto tendo como foco principal as operações de carregamento
e transporte e seus indicadores operacionais.
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2.2. Mineração a céu aberto
materiais valiosos que estão localizados perto da superfície da terra. Este método é
A mineração a céu aberto é comumente utilizada para extrair minerais como carvão,
cobre, ouro, ferro e areia. De acordo com Curi (2017), a mineração a céu aberto pode
ser caracterizada como uma operação a qual o minério, ou o estéril, é extraído a partir
da superfície da terra, onde se tem capital intensivo e de longo prazo, e sujeito a
incerteza devido aos diversos parâmetros operacionais que podem influenciar na sua
eficácia. Sabe-se que a fase de planejamento da mina é de notória importância, pois
busca a redução de custos associados às operações.
Aqui estão algumas características e aspectos importantes da mineração a céu
aberto: Para realização a céu aberto são necessárias, segundo Silva (2019), as
seguintes etapas de operação:
Supressão vegetal;
• Decapeamento;
• Drenagem de mina;
• Desmonte;
• Carregamento;
• Transporte;
• Disposição de estéril.
• Localização de Depósitos: A mineração a céu aberto é escolhida
quando os depósitos de minerais estão próximos o suficiente da superfície para
serem acessados facilmente.
• Equipamentos Pesados: São utilizados equipamentos pesados, como
escavadoras, caminhões basculantes, dragas e perfuratrizes para remover
grandes quantidades de solo e rochas.
• Taludes e Bancadas: Durante o processo de mineração, os taludes
(paredes inclinadas) e bancadas (degraus horizontais) são criados para facilitar a
extração do material.
• Explosivos: Em alguns casos, explosivos são utilizados para fragmentar
rochas e facilitar a remoção do material.
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• Gestão de Resíduos: A mineração a céu aberto gera grandes volumes
de resíduos, e práticas sustentáveis envolvem o tratamento adequado desses
materiais para minimizar impactos ambientais.
• Ciclo de Vida da Mina: Uma mina a céu aberto passa por diversas fases,
incluindo a prospecção, desenvolvimento, operação e fechamento. O
fechamento adequado é crucial para a reabilitação da área minerada.
• Impactos Ambientais e Sociais: A mineração a céu aberto pode ter
impactos significativos no meio ambiente, incluindo alterações na paisagem,
contaminação da água e deslocamento de comunidades locais. A gestão
sustentável busca minimizar esses impactos.
• Eficiência Econômica: Embora a mineração a céu aberto seja
frequentemente mais eficiente em termos de custo do que a mineração
subterrânea, é necessário considerar os impactos econômicos a longo prazo e
os custos associados à reabilitação da área.
Existem diferentes métodos para realizar a mineração à céu aberto, sendo que
os mais comuns são realizados a seco. O open pit mine ou lavra por bancadas é o
mais usado em depósitos metálicos e a lavra em tiras é comumente aplicado em
depósitos tabulares (BORGES, 2013).
A empresa multinacional que forneceu os dados, provenientes do ano de 2020,
para a pesquisa realizada no presente trabalho lavra o minério fosfático a céu aberto
utilizando o método por bancadas. Os principais produtos da empresa são matérias
primas para a fabricação de fertilizantes fosfatados, como MAP, SSO e TSP.
As operações de lavra são divididas em uma série de atividades que tem por
objetivo desmontar e transportar o material desejado, seja o minério às etapas de
processamento ou o estéril à depósitos específicos. Essas atividades são conhecidas
como operações unitárias de lavra e são a base do ciclo produtivo de uma mineração
(LAGES, 2018). As operações unitárias consistem em: perfuração, desmonte,
carregamento e transporte. Essas operações devem ser relacionadas para que ocorra
uma otimização do processo como um todo, já que o desempenho individual de cada
uma tem influência no resultado geral de todas as operações.
O desmonte tem por objetivo a fragmentação do material. Uma boa operação
de desmonte gera uma distribuição granulométrica uniforme, sem excesso de finos ou
13
de elevado tamanho (matacos) e depende de um bom planejamento e execução da
operação de perfuração (BOTELHO, 2014).
Por isso qualquer tentativa de redução de custos ou otimização operacional
deve ser analisada considerando-se todas as operações, já que o custo de operação
se comporta de forma diferente quando analisado em função da fragmentação do
material desmontado, conforme apresentado no gráfico custo unitário versus grau de
fragmentação, ilustrado na Figura 1.
Figura 1 - Gráfico de relação da fragmentação com os custos das operações unitárias
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1. Transporte de Minério: Utilização de caminhões, correias transportadoras ou
até mesmo trens para levar o minério extraído até as instalações de processamento ou
pontos de exportação.
2. Abastecimento de Insumos: Coordenação eficiente do fornecimento de
combustíveis, explosivos, peças de reposição e outros insumos necessários para as
operações.
3. Infraestrutura de Acesso: Desenvolvimento de estradas, trilhas ou vias férreas
para facilitar o acesso a áreas de mineração remotas.
4. Armazenamento de Produtos: Gerenciamento de estoques e depósitos para
armazenar minério, produtos finais ou insumos, otimizando o fluxo de trabalho.
5. Logística Reversa: Implementação de processos para lidar com resíduos e
garantir a conformidade com regulamentações ambientais.
6. Monitoramento em Tempo Real: Uso de tecnologias para rastrear em tempo
real o transporte de materiais, otimizando rotas e identificando possíveis problemas.
15
Fonte: Borges, 2013.
16
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Fonte: Melo, 2020.
17
Fonte: CATERPILLAR Performance Handbook (2014).
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capacidade de produção de uma mina. O ciclo de carregamento é dividido em etapas,
conforme descritas na Figura 5.
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2.4.2. OPERAÇÃO DE TRANSPORTE
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A eficiência da operação de transportes na mineração é crucial para o sucesso global
da operação, impactando diretamente a produtividade, os custos e os impactos
ambientais. A integração de tecnologias avançadas, práticas sustentáveis e uma
abordagem focada na segurança são elementos-chave para otimizar essa operação.
21
• Tempo vazio: Equipamento apresenta gastos mesmo enquanto transita
vazio, o que aumenta o custo da operação;
• Sua eficiência depende da inclinação da rampa. Quanto maior a sua
inclinação pior é o deslocamento do equipamento;
• À medida que a lavra avança a DMT também aumenta o que gera custos
adicionais (adição de novos caminhões para que a produção continue nos
níveis planejados);
• Construção e manutenção de vias de acesso e sensibilidade ao clima:
Caminhos necessitam de vias em boas condições para trânsito, além de
umectação das mesmas para redução de poeiras e particulados.
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mina, ajudando na otimização de rotas e no planejamento das
operações.
5. Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML): Algoritmos
avançados podem prever padrões operacionais, identificar
oportunidades de otimização e adaptar-se dinamicamente a
mudanças nas condições da mina.
6. Comunicação em Tempo Real: Sistemas que possibilitam a
comunicação instantânea entre operadores, despachantes e
trabalhadores, facilitando o ajuste rápido das operações em resposta a
eventos inesperados.
7. Análise de Dados: Ferramentas analíticas ajudam na interpretação de
grandes conjuntos de dados operacionais, oferecendo insights para
melhorar a eficiência e a tomada de decisões.
8. Integração com Sistemas de Planejamento de Mina: A integração
com sistemas de planejamento de mina permite uma abordagem
holística, garantindo que o despacho esteja alinhado com as
estratégias globais de operação.
23
Figura 8 Demonstração do software EasyMine.
Aqui estão algumas estratégias para manipular esses indicadores operacionais básicos
do OEE:
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2.6.1. DISPONIBILIDADE FÍSICA
2.6.4. PRODUTIVIDADE
A produtividade na mineração é um indicador crucial para avaliar a eficiência
operacional e o desempenho global de uma operação. Melhorar a produtividade pode
resultar em maior rentabilidade, melhor utilização de recursos e redução de custos. Aqui
estão algumas estratégias para impulsionar a produtividade na mineração:
1. Automação e Tecnologia:
• Integre sistemas de automação para otimizar processos, reduzir a
dependência humana e aumentar a eficiência.
• Implemente tecnologias avançadas, como veículos autônomos, sensores
inteligentes e análise de dados em tempo real para melhorar a precisão e
a eficiência das operações.
2. Manutenção Preditiva:
• Adote práticas de manutenção preditiva para antecipar e corrigir
problemas antes que causem paradas não programadas.
• Utilize sensores e análise de dados para monitorar o estado dos
equipamentos e prever a necessidade de manutenção.
3. Otimização de Processos:
25
• Realize análises de processos para identificar gargalos e ineficiências,
implementando melhorias contínuas.
• Utilize tecnologias de simulação para otimizar o layout da mina e o fluxo
de materiais.
4. Treinamento e Desenvolvimento:
• Proporcione treinamento adequado para operadores, focando na
utilização eficiente dos equipamentos e na segurança.
• Incentive a aprendizagem contínua e o desenvolvimento de habilidades
entre os funcionários.
5. Gestão de Ativos:
• Implemente sistemas de gestão de ativos para otimizar a alocação e
utilização de equipamentos.
• Realize análises de ciclo de vida dos equipamentos para planejar
substituições e atualizações de forma estratégica.
6. Gestão de Pessoas e Equipes:
• Fomente uma cultura de colaboração e comunicação eficaz entre as
equipes.
• Implemente práticas de gestão de desempenho e reconhecimento para
motivar os funcionários.
7. Eficiência Energética:
• Adote práticas e tecnologias que melhorem a eficiência energética na
mineração, reduzindo os custos associados ao consumo de energia.
8. Sustentabilidade e Responsabilidade Social:
• Integre práticas sustentáveis que minimizem o impacto ambiental e
promovam boas relações com as comunidades locais.
• Demonstre compromisso com a responsabilidade social corporativa, o
que pode influenciar positivamente a percepção pública e as relações com
stakeholders.
9. Benchmarking e Melhores Práticas:
• Realize benchmarking para comparar o desempenho da mina com as
melhores práticas do setor e identificar oportunidades de melhoria.
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3. METODOLOGIA
Neste capítulo são apresentados os procedimentos seguidos para realização do
trabalho. Serão apresentados e descritos os métodos de coleta e tratamento dos
dados extraídos do software de despacho EasyMine. O fluxograma a seguir
apresentado na Figura 9 resume as etapas realizadas.
Figura 9 Fluxograma representativo dos procedimentos seguidos para realização do trabalho
1. Levantamento e
tratamento dos dados
2. Manipulação dos
indicadores operacionais
básicos
6. Dimensionamento da
frota por indicadores 5. Cálculo do OEE
operacionais
27
é utilizado na mina estudada no presente trabalho, situada no Alto Paranaíba. Para
esse tratamento, foi utilizado o Excel.
Para cada um desses indicadores, foi feito uma estatística básica descritiva,
mostrando ao longo do ano, o desvio padrão, média, mediana, valor máximo e valor
mínimo dos dados dos equipamentos. Assim tornou-se possível estudar de forma mais
criteriosa os dados obtidos. A análise estatística permitiu a identificação de possíveis
falhas de imputação de dados ou outros problemas nos dados, além de ajudar também
na análise desses parâmetros, como será mostrado nos resultados.
O parâmetro de Horas Ociosas (HO), impacta diretamente no Fator de
Utilização e Produtividade, consequentemente impactando no Rendimento
Operacional e no OEE. O valor de Horas Ociosas é um dos principais fatores cujos
sistemas de despachos objetivam diminuir ao máximo. Dessa forma, foi feito um
gráfico de Pareto com as dez principais ocorrências de ociosidade nas frotas de
carregamento e transporte, obtidos através dos dados provenientes do software, que
descreve a ocorrência e sua duração em horas, para cada equipamento.
Onde:
Disponibilidade Física representa a porcentagem do tempo que o equipamento fica
disponível para operar;
HC = horas calendário, correspondendo a horas calculadas no período de tempo; HM
= horas que o equipamento passou por manutenção.
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3.4. Cálculo da produtividade horária efetiva e nominal
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3.4.2. PRODUTIVIDADE HORÁRIA EFETIVA E NOMINAL
Essa fórmula assume que a produção real é medida em toneladas por hora e o
tempo de operação efetiva é expresso em minutos. A multiplicação por 60 é
feita para converter a métrica para toneladas por hora.
OEE=Disponibilidade×Desempenho×Qualidade
31
(8)
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
eficiência das operações. Aqui estão algumas estratégias para manipular positivamente
33
1. Disponibilidade:
• Manutenção Preventiva: Implementar programas de manutenção
preventiva para evitar falhas inesperadas e garantir que os
equipamentos estejam disponíveis quando necessário.
• Monitoramento em Tempo Real: Utilizar sistemas de monitoramento
para identificar problemas potenciais e agir proativamente antes que
causem paradas não programadas.
2. Desempenho:
• Otimização de Processos: Realizar análises detalhadas dos processos
para identificar gargalos e ineficiências, otimizando assim a produção.
• Treinamento de Operadores: Investir em treinamento para garantir que
os operadores estejam capacitados a utilizar os equipamentos de
maneira eficaz e eficiente.
3. Qualidade:
• Controle de Qualidade: Implementar sistemas de controle de qualidade
rigorosos para garantir a produção de materiais dentro das
especificações desejadas.
• Inspeções Regulares: Realizar inspeções regulares para identificar e
corrigir problemas de qualidade antes que afetem significativamente a
produção.
4. Eficiência Energética:
• Auditorias Energéticas: Realizar auditorias energéticas para identificar
oportunidades de melhorar a eficiência do consumo de energia.
• Adoção de Tecnologias Eficientes: Investir em tecnologias mais
eficientes em termos energéticos para reduzir os custos associados ao
consumo de energia.
5. Gestão de Ativos:
• Manutenção Preditiva: Incorporar práticas de manutenção preditiva
para antecipar falhas e evitar paradas não planejadas.
• Ciclo de Vida dos Equipamentos: Gerenciar o ciclo de vida dos
equipamentos para garantir uma substituição ou atualização oportuna.
6. Gestão de Pessoas e Equipes:
• Comunicação e Colaboração: Fomentar uma cultura organizacional que
promova a comunicação eficaz e a colaboração entre as equipes.
• Programas de Reconhecimento: Implementar programas de
reconhecimento para motivar e recompensar o desempenho excepcional
dos funcionários.
7. Uso de Tecnologia:
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Automatização e Digitalização: Implementar soluções tecnológicas,
•
como automação e sistemas de informações integrados, para melhorar a
eficiência operacional e facilitar a tomada de decisões informadas.
8. Benchmarking e Melhores Práticas:
• Comparação com a Indústria: Realizar benchmarking para comparar o
desempenho da mina com as melhores práticas da indústria e identificar
áreas de melhoria.
Figura 13: Gráfico de pluviosidade mensal versus razão entre horas ociosas por condições
climáticas e horas trabalhadas.
35
horas ociosas destacaria as principais razões para a inatividade e ajudaria a direcionar
esforços para onde eles podem ter o maior impacto. Aqui estão os passos para criar
um gráfico de Pareto para horas ociosas:
1. Coleta de Dados:
• Registre as causas das horas ociosas, categorizando-as em diferentes
tipos de paradas ou inatividades.
2. Classificação das Causas:
• Ordene as causas das horas ociosas da mais frequente para a menos
frequente. Isso pode ser feito identificando as categorias que
contribuem mais para as horas de inatividade.
3. Calcular a Porcentagem Cumulativa:
• Calcule a porcentagem cumulativa de cada causa em relação ao total de
horas ociosas. Isso é feito somando as porcentagens de cada causa, da
mais frequente para a menos frequente.
4. Criar o Gráfico de Barras:
• Desenhe um gráfico de barras representando as causas das horas
ociosas, com a causa mais frequente à esquerda e as causas menos
frequentes à direita. Cada barra representa a porcentagem de horas
ociosas atribuídas a uma causa específica.
5. Inserir a Linha de Porcentagem Cumulativa:
• Adicione uma linha que mostra a porcentagem cumulativa ao longo do
eixo secundário do gráfico. Isso ajudará a identificar o ponto em que a
maioria das horas ociosas está concentrada.
6. Identificar as Principais Causas:
• Identifique as causas que representam a maior porcentagem das horas
ociosas. Isso pode ser feito visualmente, olhando para as barras mais
altas no gráfico e a porcentagem cumulativa associada.
7. Analisar e Agir:
• Analise os resultados e concentre os esforços na resolução das principais
causas identificadas. Isso pode envolver a implementação de melhorias,
mudanças nos processos ou investimentos em manutenção preventiva.
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Figura 15: Tempo gasto em % para cada etapa do ciclo para as frotas de transporte CAT 777F e 730E.
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Lembre-se de que o gráfico de Pareto é uma ferramenta de análise prioritária, e
a resolução das principais causas pode resultar em melhorias significativas na
eficiência e na redução das horas ociosas. Periodicamente, atualize o gráfico de
Pareto para garantir que as ações tomadas estejam tendo o impacto desejado e
para identificar novas áreas de melhoria.
mostrado na Tabela 1.
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produção, de acordo com a Equação 5. O cálculo da eficiência de produção e os
parâmetros que compuseram a fórmula do OEE são mostrados na Tabela 4.
Produtividade
horária
t/h 522,6 274,9 293,16 478,99
efetiva
Eficiência de
% 97,54 98,93 47,06 47,73
Produção
Rendimento
% 58,02 56,49 49,11 63,66
Operacional
OEE % 56,59 55,89 23,11 30,39
41
Figura 18: Parâmetros que compõem o resultado do OEE.
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4.5. Dimensionamento de frota por indicadores operacionais
Dados Unidade Frota CAT Frota CAT Frota CAT Frota CAT
730E 777F 966H 320D
Horas calendário h 5088 5088 5088 5088
Rendimento
% 58,02 56,49 49,11 63,66
Operacional
Horas
Trabalhadas h 2988,18 2871,67 2011,29 3466,96
Efetivas
Rendimento
% 58,02 56,49 49,11 63,66
Operacional
Massa planejada 15.376.538 16.580.880 16.580.880 16.580.880
Quantidade de
equipamentos
- 9,85 21,00 28,12 9,98
calculada
Quantidade de
equipamentos
arredondada - 10 21 28 10
43
O número de equipamentos calculada para as frotas de transporte e a quantidade
utilizada pela empresa na prática, estão mostrados na Tabela 6.
730E 10 12
CAT 777F 21 24
Tanto para a frota 730E quanto para a frota CAT 777F, observou-se que a
quantidade de equipamentos calculada se aproxima bastante da quantidade utilizada
na prática. A diferença de 2 e 3 equipamentos para a frota 730E e CAT777F,
respectivamente, mostra que há uma pequena variação dos indicadores operacionais
de produção e da eficiência de produção ao longo dos meses em relação aos
calculados durante o tempo analisado pelo trabalho. A pequena folga no número de
equipamentos calculado e utilizado na prática para ambos equipamentos pode ser
importante nos meses em que os indicadores estejam em baixa, caso ocorra essas
baixas. Caso a empresa consiga melhorar ainda mais esses parâmetros praticados ao
longo dos meses, cada vez menos equipamentos seriam necessários para
movimentar a massa planejada, diminuindo custos e, consequentemente,
aumentando o lucro da mesma.
Para os resultados obtidos para as frotas de carregamento, apresentados na
Tabela 8, é possível observar uma considerável diferença na quantidade de
equipamentos necessária para movimentar a mesma massa.
Quantidade de Produtividade
Rendimento
Modelo da frota equipamentos horária
Operacional
calculada efetiva
44
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CAT 966H 28 49,11% 293,16 t/h
5. CONCLUSÃO
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6. REFERÊNCIAS
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INMET, Instituto Nacional de Meteorologia. BDMEP - Banco de Dados
Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Disponível
em:<http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=bdmep/bdmep>. Acesso em:
11/08/2021.
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