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REGIONAL CATALÃO
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIAL DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CATALÃO
2017
OSMAR LINS DE NORONHA JÚNIOR
CATALÃO
2017
Aos meus pais, Osmar e Cirla,
minha irmã Marina, meu filho
Antônio Gabriel, meus amigos e
minha namorada Tathyane, por
todo apoio, incentivo e
companheirismo.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente aos meus pais, irmãos e meu filho, por todo incentivo e apoio. E a
minha namorada, por todo incentivo, companheirismo, carinho e por suprir a falta que a
família faz.
Agradeço ao professor Renato de Paula Araújo e ao meu supervisor Felipe César
Duque Santos, por tornarem meu estágio possível. E ao meu professor e orientador Alcides
Eloy Cano Nuñez, por toda orientação e dedicação a este trabalho.
Agradeço aos colaboradores da Mineração Calcário Ouro Branco Ltda., pelo apoio,
orientação, dúvidas esclarecidas ao longo do estágio e ajuda na coleta de dados para
realização deste trabalho.
E por fim aos meus amigos da República 3 Poderes, Marco Antônio, Caíque, Danillo e
agregados, por todo apoio e bons momentos compartilhados.
Obrigado a todos!
RESUMO
O presente estudo aborda aspectos que devem ser considerados no dimensionamento dos
equipamentos de carregamento e transporte de minério e estéril em uma mina a céu aberto,
bem como, analisá-los conforme os métodos estocástico e não estocástico. A pesquisa acerca
do dimensionamento de equipamentos de carregamento e transporte é complexa, pois está
relacionada com grande quantidade de variáveis envolvidas nas operações em si, tais como:
massa ou volume a ser produzido por unidade de tempo, características físico-mecânicas do
material, distâncias de transporte, condições topográficas, ciclos e rendimento dos
equipamentos, entre outros. O presente estudo tem o objetivo de estimar a quantidade
necessária de equipamentos de carregamento e transporte para atingir a meta de produção da
Mineração Calcário Ouro Branco no ano de 2017. No que refere à simulação, foram
estudados os tempos de ciclo dos equipamentos, a observação destes ocorreram no mês de
setembro de 2016, analisando estes ciclos e os expressando como funções de probabilidade
através da ferramenta Input Analyzer® do Arena®. A simulação de carregamento e
transporte, feita no software Arena®, tem como objetivo caracterizar a realidade através de
um modelo estocástico, cuja finalidade é avaliar o comportamento de produção dos
equipamentos, e na sequência encontrar o tamanho da frota requerida para satisfazer a
produção solicitada pela usina. Por fim, os resultados obtidos na simulação serão
confrontados com uma análise de dimensionamento convencional.
This article discusses aspects that should be considered in the dimensioning of loading and
transport equipment of ore and sterile in an open pit mine, as well as to analyze them
according to stochastic and non-stochastic methods. The research on the dimensioning of
loading and transport equipment is complex, once it is related to many variables involved in
the operations themselves, such as: Mass or volume to be produced per unit of time, physical-
mechanical characteristics of the material, transport distances, topographic conditions, cycles
and equipment performance, among others. The present study has the objective of estimating
the necessary amount of loading and transport equipment to reach the production target of
Mineração Calcário Ouro Branco in the year 2017. Regarding simulation, the cycle times of
the equipment were studied, the observation of these occurred during the month of September
2016, analyzing these cycles and expressing them as probability functions through the
Arena® Input Analyzer® tool. The simulation of loading and transport, made in the software
Arena®, aims to characterize the reality through a stochastic model, whose purpose is to
evaluate the production behavior of the equipment, and in the sequence to find the size of the
fleet required to satisfy the requested production by the plant. Finally, the results obtained in
the simulation will be compared with a conventional dimensioning analysis.
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 14
2.1. OBJETIVO GERAL.................................................................................................. 14
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................... 14
3. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 15
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 16
4.1. CALCÁRIO .............................................................................................................. 16
4.2. MINERAÇÃO .......................................................................................................... 16
4.3. SELEÇÃO DO MÉTODO DE LAVRA .................................................................... 19
4.3.1. Lavra a céu aberto por bancadas (Open Pit Mining) ............................................ 21
4.4. EQUIPAMENTOS .................................................................................................... 25
4.5. SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE CARREGAMENTO E TRANSPORTE ....... 29
4.6. PESQUISA OPERACIONAL ................................................................................... 35
4.6.1. Simulação ........................................................................................................... 37
4.8. SOFTWARE ARENA® ............................................................................................. 38
5. METODOLOGIA .......................................................................................................... 42
5.1. CARREGAMENTO E TRANSPORTE ..................................................................... 42
4.6.1. Carregamento ..................................................................................................... 47
5.2.2. Transporte .......................................................................................................... 49
5.3. SIMULAÇÃO ........................................................................................................... 50
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 52
6.1. DIMENSIONAMENTO CONVENCIONAL ............................................................ 52
6.2. SIMULAÇÃO ........................................................................................................... 58
7. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS .............................................................. 62
7.1. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 62
7.2. TRABALHOS FUTUROS ........................................................................................ 63
8. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 64
ANEXOS/APÊNDICES ..................................................................................................... 67
13
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. JUSTIFICATIVA
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. CALCÁRIO
4.2. MINERAÇÃO
- Pesquisa Mineral;
- Lavra;
- Beneficiamento;
- Desativação.
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Na pesquisa mineral ocorre a execução dos trabalhos necessários para a definição da jazida,
sua avaliação e a indicação preliminar de economicidade (DNPM, 1992).
Jazida é um depósito economicamente aproveitável e pode ser dividida nas seguintes classes
(Código de Mineração, Art. 7º):
Recurso Mineral Inferido é a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem ou volume,
o teor e/ou qualidades e conteúdo mineral são estimados com base em amostragem limitada e,
portanto, com baixo nível de confiabilidade.
Recurso Mineral Indicado é a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem ou volume,
o teor e/ou qualidades, conteúdo mineral, morfologia, continuidade e parâmetros físicos estão
estabelecidos, de modo que as estimativas realizadas são confiáveis.
Recurso Mineral Medido é a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem ou volume, o
teor e/ou qualidades, conteúdo mineral, morfologia, continuidade e parâmetros físicos são
estabelecidos com elevado nível de confiabilidade.
Reserva Mineral Indicada é a parcela economicamente lavrável do Recurso Mineral
Indicado e, mais raramente, do Recurso Mineral Medido, para a qual a viabilidade técnica e
econômica foi demonstrada. Avaliações apropriadas, além da viabilidade técnica e econômica, são
efetuadas compreendendo elementos modificadores, tais como fatores legais, ambientais e sociais.
Reserva Mineral Medida é a parcela economicamente lavrável do Recurso Mineral Medido,
para a qual a viabilidade técnica e econômica encontra-se tão bem estabelecida que há alto grau de
confiabilidade nas conclusões. Os estudos abrangem análises dos diversos elementos modificadores,
tais como a lavra, metalurgia, economia e mercado, fatores legais, ambientais e sociais (Código
JORC, 1999).
O Artigo 36 do Código de Mineração define lavra como o conjunto de operações
coordenadas objetivando o aproveitamento industrial da jazida, partindo da extração de minerais até
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o beneficiamento dos mesmos. Porém alguns autores não consideram o beneficiamento como parte
integrante da lavra, pois a lavra pode ocorrer sem o beneficiamento, como exemplos têm cascalhos
e areias, cujo consumo é in natura.
A lavra se define na extração de minérios e matérias primas, e que depois de retirados do
maciço ou solo são transportados para o posterior tratamento. E a lavra compreende as atividades de
perfuração, desmonte, carregamento, transporte e outras operações necessárias à extração do bem
mineral (SILVEIRA, 1991, in CASTRO, 1997).
O beneficiamento é a conversão do minério bruto em produto comercializável. O minério
lavrado é processado de forma a se obter produtos finais ou concentrados de alto teor. Podendo
envolver britagem, moagem, flotação dentre outros meios para que o minério explotado atenda às
especificações do mercado ou da indústria que o utiliza (MELLO, 1978, in CASTRO, 1997).
Devido aos impactos ambientais causados pela atividade mineira, torna-se imperativa a
introdução de uma etapa final dos projetos de mineração, a desativação, que compreende em duas
etapas segundo Mackasey (1991). A paralisação que corresponde ao fechamento da mina segundo
um plano de desativação, que deve ser elaborado desde o momento inicial do projeto de mineração.
E a etapa do abandono, fase onde são concluídos os trabalhos de recuperação definitiva das áreas
lavradas, das pilhas de estéreis, das barragens de rejeitos, a remoção das instalações e a devolução
das áreas para outros usos.
Com isso mineração trata-se de uma atividade econômica que têm por objetivo a extração,
elaboração e beneficiamento de minerais. Possui atividades de alto investimento e operações
complexas. Tem seu início com a localização de jazidas minerais que podem vir a compensar e
gerar lucro para os investimentos realizados ao longo de sua vida útil (CHAVES, 2009).
o menor custo unitário, considerando todos os condicionantes operacionais. Esta relação é um dos
valores fundamentais de qualquer planejamento de lavra, bem como os teores de corte, os teores
mínimos ou marginais, etc (MACÊDO; et al, 2001).
Relação estéril/minério é a proporção em massa de quantas partes de estéril precisam ser
lavradas para a lavra de uma parte de minério. Teor de corte entende-se pelo teor de bloco que é
capaz de pagar sua lavra, seu tratamento, bem como seus custos indiretos e financeiros, não
auferindo nenhum lucro e também não suportando a remoção de nenhum estéril associado. Teor
mínimo ou marginal é aquele teor que paga apenas os custos de beneficiamento, além dos custos
indiretos e financeiros subsequentes. Corresponde ao bloco já lavrado que, ao invés de ser jogado
ao “bota-fora”, é levado à usina de beneficiamento extraindo-se o elemento valioso não dando nem
lucro nem prejuízo (MACÊDO; et al, 2001).
A opção de lavra será obtida através de analise das expressões (MACÊDO; et al, 2001):
Onde:
Assim, pode-se obter o parâmetro teor limite (TL), que é a condição na qual a relação
estéril-minério é a relação de mineração limite para que se opte pela mina subterrânea.
(𝐶𝑀𝑆−𝐶𝑀𝐶𝐴)
𝑇𝐿 = (4)
𝐶𝑒
21
O tempo de maturação neste empreendimento é mais lento, podendo existir grande distância
temporal entre a descoberta de uma área com ocorrência considerável de minério e o início das
operações efetivas de lavra. Porém, depois de iniciadas as atividades, estas se desenvolvem de
maneira relativamente simples, podendo levar dezenas de anos até o esgotamento “técnico” da
região, pois nem sempre uma mina é desativada pelo esgotamento mineral, e sim, devido a
limitações técnicas de lavra do mineral restante, tornando a exploração economicamente inviável
(DAMASCENO, 2008).
Na mineração a céu aberto, o método mais utilizado é a lavra por bancadas (Figura 2). Este
tipo de lavra pode ser definido como um processo de mineração onde depósitos de subsuperfície a
superfície são escavados em forma de bancos. Geralmente este método é utilizado em depósitos
minerais regulares, possuindo larga escala em termos de taxa de produção, sendo responsável por
mais de 60% de toda a produção lavrada por métodos de superfície (SILVA, 2008).
Fonte: Wordpress
A lavra por bancadas é aplicada quando a jazida possui dimensões verticais e horizontais
consideráveis, obrigando a retirada do minério por meio de bancadas, bancos ou degraus. O método
de lavra em bancadas pode ser tanto em encosta (Figura 3) ou em cava (Figura 4) (DNPM, 2004).
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Frentes de desmonte
Rocha encaixante
+
Rocha encaixante
(estéril)
MINÉRIO
Em minas a céu aberto com formação de cavas e ou encostas, os depósitos minerais são
explorados desde níveis superficiais até certa profundidade, formando assim taludes, conforme o
minério, juntamente com o material estéril, vão sendo extraídos. Para a realização do projeto de um
talude de mina deve-se atentar principalmente para a geometria das bancadas de escavação
(DAMASCENO, 2008). Na Figura 5 mostra-se uma seção típica de um talude de mina com seus
parâmetros definidos.
23
Onde:
ℎ𝐵 - Altura da bancada;
𝑏 - Largura da bancada;
𝛼𝐵 - Ângulo da face da bancada (Ângulo do Talude);
𝛼𝑅 - Ângulo de inter-rampa;
𝛼0 - Ângulo global da cava/encosta;
ℎ𝑅 - Altura máxima da inter-rampa;
𝑟 - Largura da rampa;
ℎ0 - Altura máxima global da cava/encosta.
Escavação é o processo empregado para romper a compacidade do solo ou rocha, por meio
de ferramentas e processos convenientes, tornando possível a sua remoção. Uma escavação pode ser
realizada com dois diferentes objetivos, quais sejam a obtenção de bens minerais e a abertura de
espaços para fins diversos (REDAELLI; CERELLO, 1998).
A seleção do método de escavação requer estudos prévios sobre a natureza, qualidade e
quantidade do material a remover, seu arranjo espacial, seu comportamento quando removido, o que
por sua vez é função de fatores geológico-geotécnicos. Depende ainda dos propósitos da escavação,
dos prazos previstos, da presença de água, da distância aos locais de disposição de estéreis, bem
como dos equipamentos de lavra, transporte e apoio disponíveis (REDAELLI; CERELLO, 1998).
Segundo Redaelli e Cerello existem três tipos de escavação, que é definida de acordo
conforme a categoria do material a ser rompido, são eles:
1. Escavação comum: Indicada para o chamado material de primeira categoria, como solo,
material decomposto, aluviões, material heterogêneo com blocos isolados de até 1m³,
que podem ser removidos diretamente por equipamentos de porte variável.
2. Escavação por desagregação: Utilizada em material intermediário ou de segunda
categoria, tais como rochas pouco rígidas, estratificadas, de diferentes graus de
alteração, que devem ser desmontadas e desagregadas por equipamentos de diversos
portes ou mesmo com emprego descontínuo de explosivos de baixa potência.
3. Escavação por explosivos: Utilizado para material de terceira categoria, qual seja rocha
sã ou pouco alterada que não consegue ser escavada por equipamentos.
O processo de carregamento consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da
lâmina, do material que já sofreu o processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado e o
transporte na movimentação do material do local em que é escavado para onde será colocado em
definitivo (RICARDO; CATALANI, 2007).
A operação de transporte consiste em movimentar o material (minério ou estéril) extraído da
jazida até diferentes pontos de descarga. Esta fase tem início quando os caminhões são direcionados
até uma determinada frente de lavra, de forma que, os equipamentos de carga que são alocados nas
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- Desvantagens:
1. Limite de profundidade (300m);
2. Capital de investimento alto associado ao grande número de equipamentos;
3. Danos superficiais extensos;
4. Depende de condições climáticas;
5. É necessária uma área destinada ao estéril da mina.
4.4. EQUIPAMENTOS
de escavação, já que há muito esforço pelas rodas motrizes. É recomendada também para terrenos
fracos, de baixa capacidade de suporte ou úmidos, já que neste ambiente podem ocorrer atolamentos
com maior frequência e patinações, que desgastam prematuramente diversos componentes do
equipamento (FERREIRA, 2011).
A escavadeira é um equipamento que se caracteriza por trabalhar sobre uma plataforma, sua
estrutura se destina a permitir o deslocamento radial da caçamba. Uma escavadeira pode ser
montada sobre esteira, rodas e trilhos, sendo a escavadeira de esteira a mais utilizada no ambiente
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1. Determinação da produção requerida: a demanda de produção pode ser afetada por uma
série de fatores externos a uma dada operação. Esses fatores incluem projeções de vendas,
contratos, reservas disponíveis, etc. Considerando esses fatores, o planejamento da empresa
deve tomar uma decisão em torno da quantidade total de material a ser produzida. A
demanda de produção anual deve ser convertida em taxas de produção diárias e horárias
para cada operação unitária. As taxas de produção para operações unitárias específicas
dentro do ciclo de lavra serão afetadas por fatores como recuperação, teor, relação
estéril/minério (REM). Assim a taxa de produção das operações de carregamento e
transporte para um dado bem mineral e para o material estéril deve ser determinada
individualmente.
2. Determinação do alcance e percurso de transporte: equipamentos de base fixa carregam
em uma determinada posição e giram em um arco para descarregar em um segundo ponto. A
distância máxima horizontal sobre a qual um equipamento pode, sem se movimentar
horizontalmente, carregar e descarregar é chamada de alcance do equipamento. A geometria
do depósito e a maneira como será lavrado são fatores fundamentais para a determinação do
alcance do equipamento. No percurso de carregamento devem constar à distância e a
declividade nas quais os equipamentos de transporte irão trafegar. Para ambos, equipamento
de transporte e equipamentos combinados de carregamento e transporte existe uma distância
a ser percorrida entre o ponto de carga e de descarga, contudo essa distância não é
necessariamente representada por uma linha reta, onde a topografia é o fator determinante a
ser considerado na definição e construção dos acessos.
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3. Cálculo do tempo de ciclo: o tempo de ciclo para uma operação unitária pode ser dividido
em dois componentes. O primeiro componente corresponde àquelas tarefas que tem duração
aproximadamente constante de uma aplicação para a próxima. Isto inclui tarefas como
manobras, posicionamento, basculamento e carregamento. Estimativas de tempo requerido
para cada uma dessas atividades são normalmente disponibilizadas pelos fabricantes de
equipamentos. Estas estimativas são baseadas na experiência e são dadas para condições de
trabalho específicas. O tempo de giro é controlado basicamente pelo ângulo de giro. O
tempo de viagem é muito mais variável, pois é dependente não somente da distância de
transporte, mas também das estradas (tráfego de equipamentos) e condições do acesso e da
velocidade do equipamento, e que por sua vez é função da potência do equipamento, da
resistência total e da carga que está sendo transportada. Além de fatores internos, e em
alguns casos, externos a mina.
4. Capacidade calculada: a relação geral entre taxa de produção, tempo de ciclo e capacidade
é relativamente simples e pode ser definida como:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐i𝑐𝑙𝑜𝑠
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 = 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐i𝑑𝑎𝑑𝑒 * ( ) (5)
𝑢𝑛i𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
O cálculo dessa capacidade requerida é relativamente direto uma vez que tenha sido
estabelecida a demanda de produção e as estimativas sobre o tempo de ciclo e todos os
fatores de eficiência. Contudo é importante lembrar que os equipamentos devem ser
projetados para movimentar massas e não volumes, assim é necessário considerar a
capacidade nominal do equipamento em conjunto com a densidade do material a ser
movimentado de maneira a certificar que a produção possa ser alcançada com o
equipamento selecionado.
5. Iteração para incrementar a produtividade: no passo 3, certas hipóteses foram assumidas
para o tipo de equipamentos a serem usados assim o tempo de ciclo pode ser estimado
baseado em um caminho. A capacidade calculada no passo 4 pode não ser alcançada com a
classe de equipamento assumida no passo 3. Isso requer um ajuste no tempo de ciclo, o qual
pode requerer um refinamento na capacidade de projeto. Diversas iterações podem ser
necessárias antes que uma solução satisfatória seja encontrada. Ainda pode-se obter mais de
uma solução em termos de equipamentos que atendam a nossa demanda de produção,
podendo a escolha ficar a critério da adequação dos equipamentos à concepção do método
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Deve-se conhecer ainda a natureza física do minério e estéril, tais como: densidade
“in situ”, densidade empolada, compatibilidade, umidade, dureza, abrasividade, grau de
fragmentação, resistência à compressão, etc.
2. Tamanho e/ou número dos equipamentos: dependerá inicialmente das etapas de pesquisa
no início do empreendimento, onde serão determinados, dentre outros quesitos, a
movimentação de massas total (minério, estéril e solo) ao longo dos anos iniciais do
empreendimento. Posteriormente, poderá ser substituído para atender as necessidades mais
atuais da mina, com possíveis ganhos, ou percas de produção.
3. Tipo específico de equipamento: nesta fase de seleção de equipamentos de lavra, a
experiência sob todos os aspectos é de suma importância. Especificações de fabricantes
serão de muita utilidade, mas devem ser usadas, prudentemente. Por outro lado, certos
detalhes técnicos e dados de desempenho dos equipamentos somente são encontrados nos
catálogos dos fabricantes.
4. Especificações dos equipamentos: o propósito da descrição detalhada das especificações
dos equipamentos é assegurar, que o equipamento cotado corresponderá àquele necessário e
desempenhará a função desejada e que as proposições e especificações fornecidas pelos
fornecedores e/ou fabricantes, permitirão, significativas comparações de custos e méritos
dos vários equipamentos específicos.
Geralmente estas especificações devem ser descritas em duas partes para melhor
atingir o resultado desejado, a primeira deve descrever todos os requerimentos com respeito
a desempenho, capacidade, força, peso, tamanho, a segunda parte deve descrever
separadamente todos os itens desejáveis de um equipamento ideal, que permita melhor
segurança, fatores econômicos, melhor operação, fácil manutenção e reduzidos custos de
reparos. Esta parte deve também incluir alternativas para o equipamento especificado tais
como pneus, diferentes motores, etc.
Estas etapas devem permitir uma fácil comparação quando no levantamento de
custos das várias máquinas e ainda uma avaliação de vários itens, como investimento inicial,
desempenho e custos operacionais das várias unidades, que precisam então ser relacionados
a todos os fatores econômicos da operação.
5. Seleção dos fabricantes ou fornecedores: é feita uma análise comparativa das propostas
dos fabricantes com relação a custos, adaptabilidade técnica. É realizado também, um estudo
das dificuldades de manutenção e reparos. E uma avaliação da reputação e opinião formada
sobre os vários fabricantes e fornecedores em relação aos serviços técnicos, logísticos,
disponibilidade, custos de peças e garantias.
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A pesquisa operacional (P.O.) surgiu na segunda Guerra Mundial para resolver problemas
de operações militares. A P.O. é multidisciplinar e engloba ciências como a economia, estatística,
matemática e a computação, sendo voltada para a análise e tomada de decisões. São dois os tipos de
modelos usuais em P.O.: otimização e simulação. Os modelos de otimização são aplicáveis quando
todas as variáveis do sistema são determinísticas e são estruturadas para a escolha de uma única
alternativa, que será considerada ótima, segundo algum critério. Os modelos de simulação devem
ser usados em sistemas que possuem variáveis estocásticas (por exemplo, mineração). Esses
modelos possibilitam a análise de diversos cenários para o processo de decisão. Cada cenário pode
ser visto como uma configuração específica do sistema em análise. Assim, a simulação não produz
uma solução ótima e única, mas uma resposta do sistema a uma determinada mudança de sua
configuração (ANDRADE, 1989).
Os problemas de P.O. são usualmente modelados na forma de uma função objetivo (por
exemplo, maximizar o lucro da empresa) e diversas restrições (associadas, por exemplo, à
disponibilidade de matérias-primas, mão de obra, etc.) (LACHTERMACHER, 2009).
Segundo Ramos Neto (2003) um estudo de pesquisa operacional consiste na modelagem de
um sistema real existente, e na análise e compreensão do comportamento deste sistema para geração
de cenários com novas alternativas que serão utilizados no processo de tomada de decisão.
Um estudo de P.O. consiste, basicamente, em construir um modelo de um sistema real
existente como meio de analisar e compreender o comportamento dessa situação, com o objetivo de
levá-lo a apresentar o desempenho que se deseja. A complexidade de um sistema real resulta do fato
de que seu comportamento é influenciado por um número muito grande de elementos variáveis.
Esta é a razão que leva à principal dificuldade em recomendar ações específicas de
acompanhamento para cada variável. No entanto, mesmo uma situação real, que envolva um
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número muito grande de variáveis, tem seu comportamento influenciado por uma quantidade
reduzida de variáveis principais, que devem ser identificadas para simplificação do modelo
(COSTA, 2005).
Pereira (2016) apresenta um passo a passo de como proceder a um estudo de P.O., dividido
em cinco passos, são eles:
A descrição dos objetivos é uma das atividades mais importantes em todo o processo
do estudo, pois a partir dela é que o modelo é concebido/criado. Da mesma forma é
essencial que as alternativas de decisão e as limitações existentes sejam todas explicitadas,
quanto maior o número de detalhes melhor será o resultado final, isso serve para que as
soluções obtidas no final do processo sejam válidas e aceitáveis.
2 - Construção do modelo: o modelo mais apropriado para a representação do sistema deve
ser construído com base na definição do problema. Esta é a fase que exige mais criatividade
do analista, uma vez que a qualidade de todo o processo seguinte é consequência do grau de
representação da realidade que o modelo de simulação venha a apresentar. Vários tipos de
modelo podem ser utilizados para resolver problemas, desde um simples modelo conceitual,
até modelos matemáticos.
A confiabilidade da solução obtida através do modelo depende da validação do
modelo na representação do sistema real. A validação do modelo é a confirmação de que ele
realmente representa o sistema real. A diferença entre a solução real e a solução proposta
pelo modelo depende diretamente da precisão do modelo em descrever o comportamento
original do sistema. Um problema simples pode ser representado por modelos também
simples e de fácil solução. Já problemas mais complexos requerem modelos mais
elaborados.
Um bom modelo é aquele que representa o problema próximo da realidade que se
pretende simular e estudar e é de fácil experimentação. Por outro lado, ele deve atender e
respeitar as restrições impostas pelas limitações.
3 - Solução do modelo: tem por objetivo encontrar um resultado para o modelo construído.
No caso de modelos matemáticos, a solução é obtida pelo algoritmo mais adequado, em
termos de rapidez de processamento e precisão da resposta.
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4.6.1. Simulação
O ARENA® foi desenvolvido pela empresa Systems Modeling em 1993 como sucessor do
SIMAN® e CINEMA®, que foram desenvolvidos em 1982 e 1984, respectivamente. O SIMAN® é
uma evolução do GPSS, lançado pela IBM® em 1961. O CINEMA® foi o primeiro software de
animação para PC (ARENA, 2007).
ARENA® é um ambiente gráfico integrado de simulação a eventos discretos que possibilita
a construção e a análise do modelo, focando nos processos existentes no sistema em estudo
(ARENA, 2007).
O ARENA® foi projetado para simular sistemas conduzidos por eventos e em particular
para analisar os impactos da introdução de alterações ao sistema real (ARENA, 2007). A Figura 15
ilustra o ambiente do software ARENA®.
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Módulos de fluxograma: são usados para construir o fluxograma da área de trabalho. Cada
módulo pode ser colocado quantas vezes se fizerem necessárias para a construção do
modelo. Possuem pontos de entrada e saída, usados para estabelecer interconexões e criar o
fluxo do processo.
Módulos de dados: apesar de aparecerem na janela do template, não são colocados na área
de trabalho. Ao serem selecionados, apresentam sua lista de dados na área de planilha, onde
podem ser editados, excluídos ou inseridos com novas informações.
Create: Este módulo serve para introduzir as entidades no modelo, segundo intervalos de
tempo definidos através de uma distribuição probabilística e seus parâmetros de média e
desvio padrão. Além destes, também é necessário inserir dados como a definição do tipo da
entidade, a unidade de tempo da distribuição, o número de entidades que entram no sistema
por vez, o máximo de entidades que pode entrar no sistema e pode também inserir restrição
com o momento da primeira criação de entidade.
Dispose: Este módulo tem função inversa à do módulo Create. Ele tem a função de retirar as
entidades do sistema. Neste módulo só é possível ativar a coleta de estatísticas sobre as
entidades.
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Process: O módulo Process tem a função de representar qualquer ação dentro do sistema
que leve um tempo para ser cumprida. Também é capaz de representar a ocupação de um
recurso. A ação a ser tomada pelo recurso pode ser de: espera, ocupa-executa, ocupa-
executa-libera, executa-libera ou só executa; o tipo da ação depende da interação de um
recurso com uma entidade para realizar uma tarefa específica.
Além disso, neste módulo também pode(m) ser declarado(s) o(s) recurso(s),
juntamente com sua(s) capacidade(s), que é (são) alocado(s) durante a realização das
atividades. O tempo de execução de cada processo é uma variável aleatória definida por uma
distribuição probabilística. Define-se a distribuição desejada e colocam-se os parâmetros
necessários de média e desvio padrão. Aqui já pode ser iniciado o processo de análise de
custo, podendo ser definida a situação de custo associada ao processo.
Decide: O módulo de fluxograma Decide representa uma decisão no fluxo do processo. Ele
serve para alterar o rumo das entidades baseado em uma condição do sistema ou de um
percentual probabilístico. Neste módulo deve ser definido o tipo de decisão a ser tomada
(por condição ou probabilidade) e também a referida condição (ou probabilidade) a ser
satisfeita para que ocorra o desvio.
Entity: O módulo de dados Entity reúne as definições e parâmetros referentes a todos os
tipos de entidades usados pelo modelo. A entrada de dados é realizada através da área de
planilha ou de uma caixa de diálogo. Neste módulo é definida a figura a ser utilizada para
representar a entidade quanto à animação da simulação e dados sobre valores de custo para
este tipo de entidade em diferentes situações: custo inicial de valor agregado, custo inicial
sem valor agregado, custo inicial de espera, de transferência e também custo de espera por
hora.
Resource: O módulo de dados Resource relaciona todos os recursos usados no modelo. Por
recurso, entende-se uma estrutura que será usada pela entidade, a qual irá despender certa
quantidade de tempo neste processo. Neste módulo são inseridas informações sobre o tipo
de recurso (capacidade fixa ou baseada em uma programação) e a sua referida capacidade ou
programação, informações sobre custos deste recurso como: custo operando, custo ocioso,
valor agregado ou não e são declaradas as falhas programadas para o mesmo.
Por permitir construir de uma forma muito intuitiva o modelo e a sua lógica de controle,
através da correta interligação de módulos e a sua parametrização, fornecer uma interface gráfica ao
usuário e ainda obter resultados que potenciam o processo de simulação. Foi escolhido o software
ARENA® para a simulação do fluxo de produção de minério e estéril no presente trabalho.
42
5. METODOLOGIA
Isso se dá devido aos requisitos exigidos por cada produto. No caso dos insumos tintas e
texturas um dos requisitos é a alvura (característica do que é branco) do calcário, para isso é
necessário passar por uma etapa de classificação manual antes de ser transportado para a usina de
beneficiamento.
255 -CAT
Carregamento Descarregamento
- Pilha de estéril
- Usina
P& H
CATERPI LLAR
255
Retorno
255 -CAT
“[...] É necessário definir vários termos fundamentais que são independentes dos tipos de
equipamento específico [...]” (HARMANT, 1992, p. 762, 763, grifo do autor, apud CANO, 2015);
do texto acima, pode-se inferir que a produtividade dos caminhões está condicionada por: 1) local
de operação, densidade in situ (t/m³); 2) fator de empolamento (%); 3) fator de enchimento (%), 4)
fator de eficiência da operação (%); 5) densidade empolada (t/m³) e 6) capacidade da caçamba
(t/m³), conforme citado no tópico 4.5, seguidamente, com base nesses parâmetros é possível obter a
capacidade operacional dos equipamentos de carregamento e transporte da mineradora Calcário
Ouro Branco.
Dado o mercado atual e a capacidade de produção da usina, foi planejada pela mineradora,
uma meta de transporte das minas para 2017. Na tabela 1 temos um comparativo da massa
transportada em 2016 e a meta para 2017.
44
Vale ressaltar que no ano de 2016 nos meses de janeiro a abril e dezembro o quadro de
funcionários no carregamento e transporte, e a carga horário são reduzidas em comparação ao resto
do ano por não haver produção na Usina da Calcário Ouro Branco. No presente trabalho foi
planejado o transporte para a Usina da Calcário Ouro Branco durante todo ano de 2017, operando
em 2 turnos de 8 horas por dia, de segunda a sábado.
Na Figura 18 é apresentado um diagrama com o fluxo de produção de minério e estéril da
empresa, e seus tempos em forma de expressões (em minutos), gerados pelo software Input
Analyzer®, que determinam a distribuição probabilística de cada etapa. O diagrama é dividido em
dois setores: um responsável pela alimentação do britador da Fillercal (parte superior do diagrama);
e o outro pela alimentação do britador da Calcário Ouro Branco e transporte de estéril para a pilha
de estéril (parte inferior do diagrama).
45
1 ENGINEE
2 C
C
C
Basc./Carreg. Chegada em
Fila
em classificação classificação
C NORM(5.73, 0.263)
Carregadeira
1
ociosa
2
ocioso
Carregadeira
C
ociosa
2
1
C
Garagem A, B
ENGINEE 1
1 2.18 + LOGN(0.424, 0.311)
2
1
carregadeira
2 ociosa
3
2
Pilha
ociosa
No segundo setor são apresentadas duas rotas para produção de minério e uma para estéril:
A primeira rota de minério consiste no carregamento na Mina Osvaldo e descarregamento
no britador ou em pilha e seus tempos são apresentados pelas seguintes expressões:
1.99+GAMM(0.227, 3.09)+ERLA(0.0728, 3) para o deslocamento vazio e manobra;
1.56+GAMM(0.305, 4.4) para o carregamento; 2.18 + LOGN(0.424, 0.311) para o
deslocamento cheio TRIA(0.48, 0.8, 1.12) para o descarregamento;
A segunda rota representa o transporte de minério da Mina Grande para o britador ou pilha e
seus tempos são representados nas seguintes expressões: TRIA(1.61, 1.67, 3)+TRIA(0.63,
0.915, 1.2) para o deslocamento vazio e manobra; 2+1.7*BETA(1.15, 1.24) para o
carregamento; 2.18+LOGN(0.478, 0.373) para o deslocamento cheio e TRIA(0.48, 0.8,
1.12) para o descarregamento;
A rota para transporte de estéril consiste no transporte de estéril da usina para a pilha de
estéril e seus tempos são representados nas seguintes expressões: 1+0.69*BETA(1.66,
47
4.6.1. Carregamento
Através do tempo médio de ciclo (𝐶𝑚), foi analisada a quantidade de ciclos que os
equipamentos de carregamento conseguem realizar em uma hora (𝐶ℎ), através da seguinte fórmula:
60
𝐶ℎ = (7)
𝐶𝑚
Foi considerado que toda operação apresenta índices de disponibilidade mecânica (𝑑𝑚,
tempo que o equipamento está disponível) e disponibilidade de turno (𝑑𝑡, tempo efetivo de
trabalho), foi multiplicado os dois índices para obter um fator de rendimento (𝐹𝑅).
𝐹 𝑅 = 𝑑𝑚 × 𝑑𝑡 (8)
Multiplicando este fator de rendimento (𝐹𝑅) pelas horas disponíveis por mês (𝐻𝑑) obtemos
uma estimativa do tempo máximo que o equipamento poderá operar por mês (𝐻𝑜).
𝐻𝑜 = 𝐹𝑅 × 𝐻 𝑑 (9)
𝜌𝑒×𝐶𝑜×𝐶 ℎ
𝐷𝑚 = (10)
𝜌r
𝐷𝑡 = 𝐷 𝑚 × 𝜌 𝑒 (11)
Multiplicando o desempenho do equipamento em t/h (𝐷𝑡) pelas horas operadas no mês (𝐻𝑜),
temos a produção máxima mensal do equipamento (𝐶𝑚𝑎𝑥).
𝐶𝑚𝑎𝑥 = 𝐷𝑡 × 𝐻𝑜 (12)
Dividindo a meta de produção mensal (𝑃𝑚) pelo desempenho do equipamento em t/h (𝐷𝑡),
temos as horas necessárias para cumprir a meta mensal (𝐻𝑛).
𝑃𝑚
𝐻𝑛 = (13)
𝐷𝑡
E por fim, para obter o número de equipamentos (𝑁𝑒) necessários para cumprir a meta de
produção, basta dividir a meta de produção mensal (𝑃𝑚) pela capacidade máxima mensal do
equipamento (𝐶𝑚𝑎𝑥).
49
𝑃𝑚
𝑁𝑐 = 𝐶 (14)
𝑚𝑎𝑥
5.2.2. Transporte
As operações de transporte na Calcário Ouro Branco são feitas por cinco caminhões Volvo
VM330 e apresentam seis rotas para transporte de minério, uma para estéril mais duas rotas de
retorno da pilha de estéril para as rotas de transporte mineral. Vale ressaltar que os caminhões
trabalham em rota dinâmica, não são exclusivos a uma única rota.
Na tabela 3 são apresentadas as distâncias entre as minas e as usinas de beneficiamento, e da
pilha de estéril entre a usina e as minas Osvaldo e Grande, assim como os tempos médios
correspondentes às distâncias de deslocamento.
Foi possível calcular o desempenho médio do caminhão (𝐷𝑡) em t/h de cada rota dividindo o
produto da densidade in situ (𝜌𝑟), fator de empolamento (𝐹𝑒𝑚𝑝), fator de enchimento (𝐹𝑒𝑛𝑐) e
capacidade do caminhão (𝐶𝑜) pelo tempo médio de ciclo em horas (𝐶𝑚).
𝜌r×𝐹𝑒𝑚𝑝×𝐹𝑒𝑛𝑐×𝐶𝑜
𝐷𝑡 = (15)
𝐶𝑚
50
𝐶𝑚𝑎𝑥 = 𝐻𝑜 × 𝐷𝑡 (16)
Para termos as horas necessárias para cumprir a meta mensal (𝐻𝑛), basta dividir a meta de
produção de cada rota (𝑃𝑚) pelo desempenho médio do caminhão (𝐷𝑡).
𝑃𝑚
𝐻𝑛 = (17)
𝐷𝑡
Por fim, dividindo a meta de produção de cada rota (𝑃𝑚) pela capacidade máxima de
produção do caminhão (𝐶𝑚𝑎𝑥) para cada rota, temos o número de caminhões necessários para cada
rota (𝑁𝑐).
𝑃𝑚
𝑁𝑐 = 𝐶 (18)
𝑚𝑎𝑥
5.3. SIMULAÇÃO
Com isso temos que produção requerida de minério é de 91,1 toneladas por hora para
a usina da Fillercal e 104,1 toneladas por hora para a Ouro Branco, e a produção de
estéril é de 34,8 toneladas por hora;
Equipamento de transporte: caminhão Volvo® VM330 com capacidade
operacional de 28,8 toneladas;
Tempos de operação em expressões: apresentados na Figura 18.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas Tabelas 6 e 7 encontramos a necessidade de quatro escavadeiras, uma para cada Mina, e
uma taxa de utilização de 9% para as Minas Osvaldo e Grande, 3% para a Mina Mandacaru e 13%
para a Mina Antônio Ferreira.
54
Tabela 9 - Dimensionamento dos caminhões das Minas Osvaldo e Grande e Pilha de estéril
Caminhões – Ouro Branco
Minas Osvaldo e Grande - Ouro Branco Pilha de Estéril - Ouro Branco
Horas Disponíveis de Trabalho Horas Disponíveis de Trabalho
6.2. SIMULAÇÃO
Para esta simulação obtivemos um resultado positivo, com uma produção maior que a
necessária. Com quatro caminhões, sendo dois para a Fillercal e dois para Ouro Branco, e de seis
carregadeiras, sendo três para Fillercal e três para Ouro Branco.
59
Na Tabela 13 são apresentados os resultados para cenários com variações de tempo para dois
ciclos.
Nesta simulação também obtivemos um resultado positivo, com uma produção semelhante a
produzida na primeira simulação de quatro caminhões, sendo dois para a Fillercal e dois para Ouro
Branco, e de seis carregadeiras, sendo três para Fillercal e três para Ouro Branco.
60
Na Tabela 14 são apresentados os resultados para cenários com variações de tempo e ciclo.
Com isso, para atingir a meta de produção para 2017 pode ser mantida a frota com seis
carregadeiras, sendo quatro escavadeiras CAT336D e duas CAT950H, e cinco caminhões, podendo
ser atingida com quatro caminhões também.
A simulação apresenta resultados próximos aos do dimensionamento convencional, portanto
o sistema real foi bem representado pelo modelo.
62
7.1. CONCLUSÕES
8. REFERÊNCIAS
ARENA. Arena® User’s Guide. Rockwell Automation. Estados Unidos da América, 2007.
BISE C. Minning Engineering Analysis. 2nd Ed.Society for Mining, Metallurgy, and Exploratio,
Inc (SME). 2003. 313p.
GERALDI, J. L. P. O ABC das Escavações de Rocha. Interciência: Rio de Janeiro, 2011. 266p.
GIRODO, A. C. Mineração: Projeto Apa Sul RMBH – Estudos do Meio Físico. Volume 2. Belo
Horizonte, 2005. 168p.
GROSSI, J. e VALENTE, J. Guia Prático para Cálculo de Recursos e Reservas Minerais. Versão
primeira, 2003.
MACKASEY, W. O. Deadling with Enviromental and Health and Safety Problems Associated
with Abandoned Mines. Anais do Seminário Brasil-Canadá de Mineração e Meio Ambiente.
Brasília: DNPM, 1991.
PINTO, L. R.; SALIBY, E. SIMIN – Sistema para simulação a eventos discretos utilizando
Borland Deplhi. III Simpósio de Pesquisa Operacional e Logística da Marinha, 1999.
ANEXOS/APÊNDICES
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Utilização
Programado Simulado de
(t/h) (t/h) equipamento
(%)
Minério Basculado em britador
* Usina em Fillercal 91,1 317,71 18,50
* Usina em Ouro Branco 104,1 235,08 11,21
Estéril movimentado de Usina para Pilha
* Usina em Ouro Branco 34,8 80,67 6,18
Ouro
Quantidade de Equipamento alocado Fillercal Branco Total
* Caminhões (22,8 TM) 3 2 5
* Carregadeira 3 3 6