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BELO HORIZONTE - MG
JUNHO DE 2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS
BELO HORIZONTE – MG
JUNHO DE 2020
AGRADECIMENTOS
Technological advances in mineral processing and the competitive nature of the market, which
sometimes determines low prices for commodities, influenced the mining of lower grade ores.
Thus, some mining enterprises bet on increasing productivity as a means of survival,
specifically for loading and haulage operations, as it is thus possible to reduce the unit cost of
material handled. In order to meet a high demand, the capacity of the equipment has increased
significantly in the last century. The machinery used in mine operations represents a
considerable portion of the project's operating costs and fleet sizing is extremely necessary,
since this study can indicate whether a mining project is viable or not. This work presents the
principles for dimensioning trucks and excavators for open pit mines. Several important
concepts are presented for the theme and a case study is carried out to exemplify how it is used
in the design. The study compares three different compatibilities between off-road trucks and
hydraulic excavators, from small to large size. After analyzing the number of equipment needed
to meet the annual demand for a hypothetical mine, and the cost per ton handled presented, the
acquisition of equipment of intermediate size is more advantageous. This fact shows that the
idea that “the larger the size of the equipment, the better” is not always true.
Keywords: Fleet sizing, Trucks, Excavators, Cost per ton, Loading and Haulage.
LISTA DE FIGURAS
1. Introdução ........................................................................................................................... 7
3. Metodologia ...................................................................................................................... 25
4. Resultados......................................................................................................................... 38
5. Conclusão ......................................................................................................................... 55
1. Introdução
Ao longo dos anos, as minas a céu aberto aumentaram consideravelmente sua taxa de produção.
Tal fato justifica-se pelos avanços tecnológicos no beneficiamento de minérios que permitiu a
lavra de minérios de mais baixo teor e pelo caráter competitivo do mercado, que, por vezes,
determina preços baixos para as commodities.
1.1. Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a influência do porte dos equipamentos
de carregamento e transporte no custo unitário por hora de produção, considerando algumas
premissas para uma mina a céu aberto. Para atingir o objetivo geral, tem-se como objetivos
específicos:
2. Revisão Bibliográfica
Couto (1990) apresenta o conceito de lavra a céu aberto como aquela em que a escavação é
executada ao ar livre e direcionada a depósitos de superfície. Ou ainda, como a lavra em que as
áreas de trabalho não são provenientes de escavações cercadas por rochas encaixantes, em todo
o seu perímetro. Ao contrário disso, as explotações mineiras subterrâneas consistem em
atividades executadas no subsolo, destinadas a depósitos mais profundos. Isso não significa que
ambos os métodos de lavra se excluam na explotação do mesmo depósito.
Racia (2016) afirma que a mineração a céu aberto, em linhas gerais, promove um aumento de
produtividade no trabalho, quando comparada à mineração subterrânea. Tal fato desdobrou-se
a partir da Segunda Grande Guerra, período em que houve introdução de novas tecnologias em
explosivos, aumento da capacidade de máquinas de desmonte, melhoria do processamento
mineral e aumento do porte de equipamentos de carregamento e transporte, permitindo que
materiais mais pobres fossem lavrados a custos operacionais reduzidos. Consequentemente, o
minério bruto extraído é de menor qualidade, devido à perda de seletividade e efeito escala.
Para Couto (1990), as operações essenciais da lavra a céu aberto são muito semelhantes às da
lavra subterrânea, entretanto, as primeiras são de menor complexidade, destacando-se a
10
ausência de suporte do teto e uso nulo de explosivos (ou em menor quantidade). A lavra a céu
aberto apresenta a possibilidade de utilização de equipamentos de maior porte nas operações.
O ciclo usual de operações essenciais na lavra a céu aberto pode ser resumido através do
diagrama apresentado na Figura 1.
Segundo Jaworski (1997, apud Racia, 2016), os equipamentos de escavação podem ser
segmentados em quatro grupos, a saber:
Figura 3 - Scraper.
Fonte: 4Machines (2018).
12
Figura 6 - Carregadeira.
Fonte: Komatsu (2020d).
A correia transportadora é ideal para grandes distâncias, pois a taxa horária de produção é maior
e essas são menos afetadas pelas influências do meio operacional. Segundo Borges (2013), o
transporte feito através de caminhões é o mais utilizado em todo o mundo. Ricardo e Catalani
(2007) ressaltam que, para grandes percursos entre o local de carga e descarga, é ideal empregar
equipamentos rápidos em detrimento de maior capacidade, mesmo que seja necessário
empregar um número elevado de unidades.
Ao utilizar o método de transporte por caminhões, o material in situ deve estar desmontado.
Após ser carregado, o caminhão transporta o material até, por exemplo, a estação de britagem,
14
faz a descarga no silo e retorna à frente de lavra, finalizando o ciclo, que deve se repetir
indefinidamente (LOPES, 2010).
Atualmente, é possível encontrar caminhões com capacidades que variam entre 10 e 500
toneladas. A aplicação e o porte do conjunto de carga e transporte estão relacionados à escala
de produção, geometrias da cava e geologia da jazida. Os itens de 1 a 5 a seguir mostram alguns
exemplos de caminhões utilizados na mineração a céu aberto.
𝜌𝑛
𝑇𝐸 = ( − 1) × 100 Eq. 1
𝜌𝑡
Em que:
18
𝐻𝑐 − (𝑀𝑝 + 𝑀𝑐)
𝐷𝐹 = × 100 Eq. 2
𝐻𝑐
Em que:
• 𝐷𝐹: disponibilidade física ou mecânica (adimensional);
• 𝐻𝑐: total de horas para trabalho, correspondentes a um determinado período operado
(por exemplo, mês, semana ou ano);
• 𝑀𝑝: total de horas necessárias para a manutenção preventiva, a qual prepara o
equipamento para plena operação;
• 𝑀𝑐: total de horas necessárias para a manutenção corretiva, que corresponde às horas
gastas para corrigir problemas e evitar maiores perdas.
19
𝐻𝑡
𝑈= × 100 Eq. 3
𝐻𝑝 − 𝐻𝑚
Em que:
• 𝑈: utilização (adimensional);
• 𝐻𝑡: horas totais trabalhadas de fato;
• 𝐻𝑝: horas planejadas para o trabalho no período (𝐻𝑝 ≤ 𝐻𝑐);
• 𝐻𝑚: horas em que o equipamento se encontra em manutenção, seja ela preventiva ou
corretiva (𝐻𝑚 = 𝑀𝑝 + 𝑀𝑐).
g) Tempo de ciclo
O tempo de ciclo total de uma operação é o tempo total dispendido nas atividades unitárias, que
são repetidas indefinidamente. Por exemplo, o tempo de ciclo de uma escavadeira consiste em:
descarga de material da caçamba na unidade de transporte, retorno do braço à frente de lavra e
carregamento da caçamba, retorno da caçamba à unidade de transporte. Já o tempo de ciclo de
um caminhão consiste na soma dos tempos: manobra, carregamento, ida ao ponto de descarga,
manobra para bascular, basculamento, retorno à frente de trabalho e fila (caso haja).
Trata-se da eficiência ótima de trabalho, ou seja, que resulta na maior lucratividade possível. O
melhor desempenho do equipamento pode ser afetado por questões como operadores mal
treinados, equipamentos cuja compatibilidade e dimensionamento foram planejados de forma
inadequada, entre outros.
𝑇𝐶𝑚𝑖𝑛 𝑇𝐶𝑚𝑖𝑛 1
𝐸= = =
𝑇𝐶𝑒𝑓 𝑇𝐶𝑚𝑖𝑛 + ∑ 𝑡𝑝 ∑ 𝑡𝑝 Eq. 3
1 + 𝑇𝐶𝑚𝑖𝑛
Em que:
• 𝐸: Eficiência do trabalho (adimensional)
• 𝑇𝐶𝑚𝑖𝑛: tempo de ciclo mínimo;
• 𝑇𝐶𝑒𝑓: tempo de ciclo efetivo;
• 𝑡𝑝: tempo perdido.
Logo,
∑ 𝑡𝑝 = 0 ⇒ E=1 ou E=100%
∑ 𝑡𝑝 ≠ 0 ⇒ E<1 ou E<100%
.
i) Resistência ao rolamento (Rr)
A resistência ao rolamento é uma medida da força necessária para superar o efeito de
retardamento entre os pneus e o solo, incluindo a resistência causada pela penetração dos pneus
no solo e pelo flexionamento do pneu sob carga. Ou seja, a resistência ao rolamento,
representada pela Equação 4, é uma força que precisa ser vencida para que o equipamento que
utiliza pneus possa iniciar seu movimento.
𝑅𝑟 = 𝐾. 𝑃𝑏 Eq. 4
Em que:
• 𝑅𝑟: resistência ao rolamento (%);
• 𝑃𝑏: peso bruto do veículo (kgf);
• 𝐾: Coeficiente de rolamento (kgf/t).
21
∆𝑦
𝑅𝑎𝑚𝑝𝑎 = × 100 Eq. 5
∆𝑥
A resistência de rampa, expressa em kgf/t, pode ser obtida através do produto entre a inclinação
da rampa pela massa da máquina em toneladas, como mostra a Equação 6.
Eq. 6
𝑅𝑟𝑎 = 𝑅𝑎𝑚𝑝𝑎 × 𝑃𝑏
Em que:
• 𝑅𝑎𝑚𝑝𝑎 (%);
• 𝑃𝑏: peso bruto do veículo (kgf).
Segundo Bascetin et al. (2006), a seleção dos equipamentos impacta em parâmetros econômicos
operacionais e de longo prazo, uma vez que tem ligação com as fases de projeto das instalações
da mina e com a fase de produção. Dessa forma, considera-se arriscado no âmbito econômico
que a seleção seja fundamentada somente na experiência dos responsáveis pela operação. Por
isso, o desenvolvimento de pesquisas nessa área tem sido crescente.
Borges (2013) aponta que, caso a seleção seja somente para equipamentos de transporte, os
quais irão operar juntamente com equipamentos de carregamento já existentes, a escolha é feita
com base nos seguintes critérios:
Silva (2011) ressalta que as considerações essenciais para a seleção primária dos equipamentos
de carga e transporte são:
• Geologia do depósito;
• Metas de produção;
• Vida útil do projeto;
• Disponibilidade de capital;
• Custos de operação;
• Parâmetros geotécnicos;
• Retorno de investimentos;
• Interferências com o meio ambiente.
24
Segundo Silva (2011), após selecionar quais equipamentos atenderão às condições específicas
da operação, é necessário selecionar também o porte desses equipamentos. Esses irão operar
conjugadamente, com foco em uma maior eficiência global. Inicialmente, a compatibilização
deve ser fundamentada em restrições físicas, descritas nos três tópicos a seguir.
Considera-se inadequado que o número de passes ultrapasse cinco, pois isso resultará em um
tempo de ciclo elevado e, portanto, em uma produtividade reduzida. Um número reduzido de
passes para carregar um caminhão também é prejudicial, pois, desta forma, há impactos sobre
a suspensão e estrutura da unidade de transporte devido à grande quantidade de carga que é
depositada rapidamente. Adicionalmente, o tempo de carregamento não deve ser pequeno de
forma que a unidade de transporte seja tardia, uma vez que o equipamento de carregamento
ficaria ocioso durante a espera.
3. Metodologia
A análise que será discutida neste trabalho é de cunho comparativo. O estudo consistiu no
dimensionamento de frota para uma mina hipotética, que apresenta características similares
com as minas do Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais). As premissas para a condição hipotética
foram construídas mesclando-se dados divulgados pela literatura científica especializada e a
experiência da autora. Inclusive, o perfil topográfico considerado foi baseado no perfil de várias
minas do Quadrilátero Ferrífero.
26
Utilizou-se três compatibilidades diferentes para caminhões e escavadeiras, que compõem três
Cenários distintos da mina hipotética. Uma análise econômica será feita para comparar os
custos operacionais dos três Cenários, tendo-se como condições de contorno as características
da operação.
A mina em estudo apresenta movimentação de 153.660.000 de toneladas por ano (ou 153,66
Mt). A distância média de transporte (DMT) de cada uma das possíveis rotas é mostrada na
Tabela 2. O estudo foi feito simulando 18 rotas por ano, sendo 9 rotas destinadas ao transporte
de estéril e 9 para o transporte de minério, para uma operação de vida útil igual a 10 anos. A
movimentação referente a cada rota é mostrada na Tabela 3:
7 9,98 3,69
8 5,53 8,60
9 9,22 1,38
Para o estudo foram considerados caminhões com diferentes capacidades, operados segundo os
mesmos índices de disponibilidade física, utilização e eficiência de trabalho nos três Cenários
(Tabela 5).
Foi aplicada uma variação dos índices de disponibilidade física dos caminhões ao longo dos
anos, uma vez que, à medida que os equipamentos ficam mais velhos, há maior necessidade de
manutenção. Tal fato diminui a disponibilidade. Por exemplo, para as escavadeiras, utilizou-se
uma redução da disponibilidade de 1% ao ano e, para os caminhões, 2% ao ano.
28
Para o dimensionamento das escavadeiras foram utilizados tempo fixos de 5 segundos para o
primeiro passe, 30 segundos como tempo de passe e 40 segundos para tempo de manobra do
caminhão (KOMATSU, 2013). Durante o ano, considerou-se 8.760 horas trabalhadas. Os
tempos relativos aos caminhões foram estimados pelo software do fabricante Komatsu,
utilizando-se o perfil topográfico da mina, que foi dividido em rotas e subdividido em trechos.
A cada trecho, foram atribuídos os parâmetros: distância, inclinação, resistência ao rolamento
e as velocidades limites do caminhão carregado e vazio, como mostra a Tabela 7. Para o
dimensionamento de todos os caminhões, a resistência ao rolamento considerada era igual a 3%
ou 8%, próximo às praças de carregamento e basculamento. A velocidade limite, tanto para os
caminhões carregados quanto vazios, foi considerada 50 km/h.
Vel. limite
Rota Trecho Distância (m) Inclinação (%) Rr (%)
caminhão (km/h)
O dimensionamento dos caminhões foi iniciado através do cálculo de tempo de ciclo (𝑇), em
segundos, dado pela Equação 7.
𝑇 = 𝑇𝑚 + 𝑇𝑐 + 𝑇𝑖 + 𝑇𝑚𝑏 + 𝑇𝑏 + 𝑇𝑟 + 𝑇𝑓 Eq. 7
Em que:
• 𝑇: Tempo total de ciclo (s);
• 𝑇𝑚: Tempo de manobra (s);
• 𝑇𝑐: Tempo de carregamento (s);
• 𝑇𝑖: Tempo de ida ao ponto de descarga (s);
• 𝑇𝑚𝑏: Tempo de manobra para bascular (s);
• 𝑇𝑏: Tempo de basculamento (s);
• 𝑇𝑟: Tempo de retorno à frente de trabalho (s);
• 𝑇𝑓: Tempo de fila (s).
3600
𝐶= Eq. 8
𝑇
Em que:
• 𝐶: Ciclos por hora;
• 𝑇: Tempo total de ciclo, em segundos.
𝐷𝑀𝑇⁄
𝑉𝑚𝑖 = 1000
𝑇𝑖⁄ Eq. 9
3600
Em que:
• 𝑉𝑚𝑖: Velocidade média de ida ao ponto de descarga (km/h);
• 𝐷𝑀𝑇: Distância média de transporte (m);
• 𝑇𝑖: Tempo de ida do caminhão até o ponto de descarga (segundos).
31
A velocidade média do retorno dos caminhões à frente de trabalho é dada pela Equação 10.
𝐷𝑀𝑇⁄
𝑉𝑚𝑟 = 1000
𝑇𝑟⁄ Eq. 10
3600
Em que:
• 𝑉𝑚𝑟: Velocidade média de retorno à frente de trabalho (km/h);
• 𝐷𝑀𝑇: Distância média de transporte, em metros;
• 𝑇𝑟: Tempo de retorno à frente de trabalho, em segundos.
𝑃𝑡 = 𝐶 × 𝑃 Eq. 11
Em que:
• 𝑃𝑡: Produção teórica do caminhão (t/h);
• 𝐶: Ciclos por hora;
• 𝑃: Payload do caminhão (t).
A produção real, dada pela Equação 12, é reduzida devido ao acúmulo de perdas (𝐸), tempos
gastos para a manutenção das máquinas (𝐷𝐹) e tempos não-utilizados para a operação (𝑈).
𝑃𝑡 × 𝐸 × 𝑈 × 𝐷𝐹 × 𝐻
𝑃𝑟𝑐 = Eq. 12
1 000 000
Em que:
• 𝑃𝑟𝑐: Produção real do caminhão (em milhões de toneladas por ano);
• 𝑃𝑡: Produção teórica do caminhão (t/h);
• 𝐸: Eficiência de trabalho;
• 𝑈: Utilização física;
• 𝐷𝐹: Disponibilidade física;
• 𝐻: Horas trabalhadas no ano.
32
𝑃𝑒
𝑁𝑐 = Eq. 13
𝑃𝑟𝑐
Em que:
• 𝑁𝑐: Número de caminhões por rota;
• 𝑃𝑒: Produção anual exigida por rota ao ano, em milhões de toneladas (MTPA);
• 𝑃𝑟𝑐: Produção real do caminhão, em MTPA.
O dimensionamento das escavadeiras foi iniciado com o cálculo da massa de material carregado
por passe, dado pela Equação 14.
𝐶𝑝 = 𝐶 × 𝜌 × 𝐹 Eq. 14
Em que:
• 𝐶𝑝: Carregamento por passe (t);
• 𝐶: Capacidade da caçamba (m³);
• 𝜌: Densidade do material (t/m³)
• 𝐹: Fator de enchimento (adimensional).
𝑉𝑝 = 𝐶 ∗ 𝐹 Eq. 15
Em que:
• 𝑉𝑝: Volume por passe (m³);
• 𝐶: Capacidade da caçamba (m³);
• 𝐹: Fator de enchimento (adimensional).
33
O número de passes para carregar totalmente um caminhão foi obtido através da Equação 16.
𝐶𝑡
𝑁𝑝 = Eq. 16
𝐶𝑝
Em que:
• 𝑁𝑝: Número de passes;
• 𝐶𝑡: Capacidade do caminhão (t);
• 𝐶𝑝: Carregamento por passe (t).
𝐶𝑐 = 𝑁𝑝 × 𝐶𝑝 Eq. 17
Em que:
• 𝐶𝑐: Carregamento por caminhão (t);
• 𝑁𝑝: Número de passes;
• 𝐶𝑝: Carregamento por passe (t).
Para verificar a utilização da capacidade mássica do caminhão, foi feito o seguinte cálculo
(Equação 18):
𝐶𝑐
𝑈𝑐 = × 100 Eq. 18
𝑃
Em que:
• 𝑈𝑐: Utilização da capacidade do caminhão (%);
• 𝐶𝑐: Carregamento por caminhão (t);
• 𝑃: Payload do caminhão (t).
O volume ocupado pelo carregamento total, em cada caminhão, foi obtido pela Equação 19.
Esse cálculo configura-se como uma restrição volumétrica.
34
𝑉𝑐 = 𝑁𝑝 × 𝑉𝑝 Eq. 19
Em que:
• 𝑉𝑐: Volume do carregamento (m³)
• 𝑁𝑝: Número de passes (adimensional);
• 𝑉𝑝: Volume por passe (m³).
O tempo necessário para carregar totalmente um caminhão foi obtido pela Equação 19.
𝑇𝑐 = 𝑇𝑝 + 𝑇 ∗ (𝑁𝑝 − 1) + 𝑇𝑚 Eq. 20
Em que:
• 𝑇𝑐: Tempo de ciclo (s);
• 𝑇𝑝: Tempo do primeiro passe, considerado igual a 5 s;
• 𝑇: Tempo dos outros passes, considerado igual a 30 s;
• 𝑁𝑝: Número de passes (adimensional);
• 𝑇𝑚: Tempo de manobra do caminhão, considerado igual a 40 s.
3600
𝑁𝑐 = Eq. 21
𝑇𝑐
Em que:
• 𝑁𝑐: Número de caminhões carregados por hora;
• 𝑇𝑐: Tempo de ciclo (s).
A produção máxima teórica das escavadeiras foi obtida pela Equação 22.
𝑃𝑚𝑡 = 𝑁𝑐 × 𝐶𝑐 Eq. 22
Em que:
• 𝑃𝑚𝑡: Produção máxima teórica (t/h);
• 𝑁𝑐: Número de caminhões carregados por hora;
• 𝐶𝑐: Carregamento por caminhão (t).
35
A produção real esperada por ano é dada pela Equação 23; como anteriormente, a produção real
é menor que a produção teórica, pois é reduzida por fatores como Eficiência, Disponibilidade
Mecânica e Utilização.
𝑃𝑚𝑡 × 𝐻 × 𝐸 × 𝐷𝑀 × 𝑈
𝑃𝑟𝑒 = Eq. 23
1 000 000
Em que:
• 𝑃𝑟𝑒: Produção anual esperada (milhões de toneladas por ano)
• 𝑃𝑚𝑡: Produção máxima teórica (t/h);
• 𝐻: Horas trabalhadas por ano;
• 𝐸: Eficiência de trabalho;
• 𝐷𝑀: Disponibilidade física;
• 𝑈: Utilização.
O número de escavadeiras necessário por rota foi obtido pela Equação 24.
𝑃𝑒
𝑁𝑒 = Eq. 24
𝑃𝑟𝑒
Em que:
• 𝑁𝑒: Número de escavadeiras por rota;
• 𝑃𝑒: Produção exigida por rota (em milhões de toneladas por ano);
• 𝑃𝑟𝑒: Produção real por escavadeira (em milhões de toneladas por ano).
custos, conhecidos em diferentes contextos pela autora, foram multiplicados por um mesmo
fator arbitrário: como a análise proposta neste trabalho é comparativa, os resultados
independem do fator utilizado para ocultar os verdadeiros custos. Logo, as Tabelas 8 e 9
mostram de maneira fidedigna a proporção entre os custos associados a caminhões e
escavadeiras, respectivamente.
O custo por hora de cada equipamento considera todos os componentes da máquina, a vida útil,
o custo de cada peça e a mão de obra referente à manutenção dessas. A partir disso, faz-se o
controle de troca, manutenção e reforma dos componentes e estima-se qual seria o custo para
manter o equipamento em condições ideias de operação durante toda sua vida útil. O custo por
hora é dividido pelas horas consideradas como vida útil e obtém-se o custo por hora de cada
equipamento. Neste estudo, considerou-se 72.000 horas como vida útil dos caminhões e 60.000
horas para as escavadeiras. Assumiu-se que ambos os equipamentos operam 6.000 horas por
ano. O combustível utilizado é o diesel e considerou-se o preço de $1,20 por litro. O consumo
de combustível dos caminhões é de 152 l/h para o Cenário 1, 140 l/h para o Cenário 2 e 67,5
l/h para o Cenário 3. Já o consumo das escavadeiras é de 552 l/h, 328 l/h e 71,5 l/h para os
Cenários 1, 2 e 3, respectivamente.
O custo de pneus é considerado apenas para os caminhões, já que as escavadeiras são movidas
por esteiras. Como o desgaste das esteiras varia muito com cada operação, o custo desse
componente não foi considerado. Cada caminhão utiliza 6 pneus, sendo 2 dianteiros e 4
traseiros. Para os Cenários 1, 2 e 3, foram utilizados os valores de $82.500,00, $67.500,00 e
$22.500,00 por pneu, respectivamente. Considerou-se 6.000 horas de duração para todos os
pneus. Com relação ao custo de pessoal, considerou-se $17,04/h para operador de máquinas e
$34,08/h para mantenedor.
HH - HH -
CPH Combustível
Cenário Aquisição ($) Operação Manutenção
($/h) ($/h)
($/h) ($/h)
1 16.800.000,00 487,05 662,40
2 12.096.000,00 335,94 393,60 17,04 34,08
3 3.825.000,00 134,19 85,80
CPH: Custo por hora de cada escavadeira.
HH: Homem-hora.
38
4. Resultados
Para a frota a ser adquirida, considera-se o maior número de equipamentos necessários ao longo
dos dez anos. O aumento do número de caminhões ao longo dos anos dá-se pela diminuição da
disponibilidade física, uma vez que, com a aproximação do fim da vida útil dos equipamentos,
mais tempo é requerido para a manutenção.
4.1.1. Cenário 1
O Cenário 1, em que foi analisada a combinação entre um caminhão de 292 toneladas e uma
escavadeira com caçamba de 40 m³, com capacidade de carga de 72 toneladas por passe,
apresentou os resultados mostrados na Figura 8. Para atender à produção anual requerida, será
necessária uma frota de 21 caminhões e 5 escavadeiras.
39
15
10
5 5 5 5 5 5 5 5 5
5
0
Ano 1 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Frota Escavadeiras Frota Caminhões
Movimentação
Produção Real do Número de
Cenário 1 Rota Requerida
Caminhão (MTPA) Caminhões
(MTPA)
1 5,32 5,88 1,11
2 6,01 8,24 1,37
3 6,57 5,03 0,77
4 7,19 1,44 0,20
Estéril 5 8,16 2,16 0,26
6 8,80 6,15 0,70
7 9,88 9,98 1,01
8 8,43 5,53 0,66
9 10,11 9,22 0,91
1 5,59 9,56 1,71
2 6,31 12,36 1,96
3 6,90 16,5 2,39
4 7,69 17,98 2,34
Minério 5 8,15 16,9 2,07
6 9,10 13,06 1,44
7 8,55 3,69 0,43
8 10,94 8,6 0,79
9 9,62 1,38 0,14
40
Total 20,26
Movimentação
Produção Real da Número de
Cenário 1 Rota Requerida
Escavadeira (MTPA) escavadeiras
(MTPA)
1 28,64 5,88 0,21
2 33,94 8,24 0,24
3 33,86 5,03 0,15
4 33,86 1,44 0,04
Estéril 5 33,86 2,16 0,06
6 28,75 6,15 0,21
7 28,75 9,98 0,35
8 28,75 5,53 0,19
9 28,75 9,22 0,32
1 28,64 9,56 0,33
2 33,94 12,36 0,36
3 33,86 16,5 0,49
4 33,86 17,98 0,53
Minério 5 28,75 16,9 0,59
6 28,75 13,06 0,45
7 28,75 3,69 0,13
8 28,75 8,6 0,30
9 28,75 1,38 0,05
Total 5,01
4.1.2. Cenário 2
No Cenário 2, foi analisada a combinação entre um caminhão de 222 t e uma escavadeira com
caçamba de 26 m³ e capacidade de carga de 46,8 t por passe. Os resultados do dimensionamento
são mostrados na Figura 9. Para atender à produção anual requerida, serão necessários 26
caminhões e 7 escavadeiras.
41
15
10 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
5
0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Movimentação
Cenário Produção Real da Número de
Rota Requerida
2 Escavadeira (MTPA) escavadeiras
(MTPA)
1 21,45 5,88 0,27
2 25,38 8,24 0,32
3 25,50 5,03 0,20
4 25,50 1,44 0,06
Estéril 5 25,50 2,16 0,08
6 21,49 6,15 0,29
7 21,49 9,98 0,46
8 21,49 5,53 0,26
9 21,49 9,22 0,43
1 21,45 9,56 0,45
2 25,38 12,36 0,49
3 25,50 16,5 0,65
4 25,50 17,98 0,71
Minério 5 21,49 16,9 0,79
6 21,49 13,06 0,61
7 21,49 3,69 0,17
8 21,49 8,6 0,40
9 21,49 1,38 0,06
Total 6,69
4.1.3. Cenário 3
50
40
30
20 17 17 17 17 17 17 17 17 17 17
10
0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Movimentação
Cenário Produção Real do Número de
Rota Requerida
3 Caminhão (MTPA) Caminhões
(MTPA)
1 1,86 5,88 3,16
2 2,08 8,24 3,97
3 2,25 5,03 2,23
4 2,43 1,44 0,59
Estéril 5 2,71 2,16 0,80
6 2,83 6,15 2,17
7 3,09 9,98 3,23
8 2,69 5,53 2,05
9 3,18 9,22 2,90
1 1,95 9,56 4,91
2 2,17 12,36 5,69
3 2,35 16,5 7,03
Minério 4 2,58 17,98 6,98
5 2,66 16,9 6,36
6 2,88 13,06 4,54
7 2,73 3,69 1,35
44
Movimentação
Cenário Produção Real da Número de
Rota Requerida
3 Escavadeira (MTPA) escavadeiras
(MTPA)
1 8,99 5,88 0,65
2 10,52 8,24 0,78
3 10,51 5,03 0,48
4 10,51 1,44 0,14
Estéril 5 10,51 2,16 0,21
6 8,87 6,15 0,69
7 8,87 9,98 1,12
8 8,87 5,53 0,62
9 8,87 9,22 1,04
1 8,95 9,56 1,07
2 10,52 12,36 1,18
3 10,51 16,5 1,57
4 10,51 17,98 1,71
Minério 5 8,87 16,9 1,90
6 8,87 13,06 1,47
7 8,87 3,69 0,42
8 8,87 8,6 0,97
9 8,87 1,38 0,16
Total 16,18
Custo de Aquisição
$222,300,000 $217,272,000
$250,000,000
$200,000,000 $162,300,000
$150,000,000
$100,000,000
$50,000,000
$-
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3
Com relação ao custo por hora (CPH) das frotas, serão gastos $343.427.873 no Cenário 1,
$346.605.576 no Cenário 2 e $420.772.266 no Cenário 3, como mostra a Figura 16. Para esse
cálculo, considerou-se o CPH de todos os equipamentos necessários no primeiro ano de
operação e, a cada aquisição, adicionou-se o CPH relativo, a partir do primeiro ano de uso do
equipamento. Para essa análise, levou-se em conta 6.000 horas trabalhadas ao ano. O custo por
hora das frotas é semelhante nos Cenários 1 e 2. A maior diferença corresponde ao custo por
hora da frota de menor porte (Cenário 3) em comparação à de maior porte (Cenário 1), sendo,
essa última, 18% mais barata.
46
A mão de obra relativa aos operadores gerou custos de $27.050.184 no Cenário 1, $32.927.856
no Cenário 2 e $71.782.742 no Cenário 3. Já os custos da mão de obra referente aos
mantenedores foram de $54.100.369, $65.855.712 e $155.475.271 nos Cenários 1, 2 e 3,
respectivamente. O custo com os mantenedores foi consideravelmente maior por serem
considerados mão-de-obra mais qualificada: a Hora-Homem de um mantenedor ($34,08/h) foi
considerado o dobro com relação aos operadores ($17,04/h). Logo, a tendência entre os cenários
para o custo de mão de obra variou em função do número de máquinas necessárias para a
movimentação, sendo um custo crescente do Cenário 1 (menor porte) para o 3 (maior porte).
$155,475,272
$160,000,000
$140,000,000
$120,000,000 $65,855,712
$54,100,370 $71,782,742
$100,000,000
$27,050,185 $32,927,856
$80,000,000
$60,000,000
$40,000,000
$20,000,000
$0
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3
Operação Manutenção
$99,990,000 $100,845,000
$120,000,000
$78,705,000
$100,000,000
$80,000,000
$60,000,000
$40,000,000
$20,000,000
$0
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3
Com relação aos custos totais, o Cenário 1 apresentou um custo de $1.214.030.454, que
representa uma média de $0,79 por tonelada produzida. Sob a mesma ótica, o cenário 2 gerou
um custo total de $1.179.873.065, representando um custo de $0,77 por tonelada e o cenário 3
apresentou $1.263.585.080, com custo total e $0,82 por tonelada. O custo por tonelada dos
cenários é muito semelhante e o Cenário 2 mostra-se como o mais vantajoso. Essa diferença de
poucos centavos – que, quando associados à grande movimentação da operação, refletem em
considerável diferença – pode ser utilizada em melhorias na Mina, como, por exemplo, na
Infraestrutura e em treinamentos para os funcionários. A Figura 20 mostra a comparação entre
os custos por tonelada totais obtidos.
49
$0.82
$0.81 $0.79
$0.80
$0.79 $0.77
$0.78
$0.77
$0.76
$0.75
$0.74
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3
As Figuras 21, 22 e 23 mostram que os maiores custos dos Cenários são relativos a consumo
de combustível, CPH e aquisição. O consumo de combustível é responsável por 38% dos custos
no Cenário 1, 35% no 2 e 30% no 3. O Custo por Hora (CPH) determina 28%, 29% e 33% dos
custos nos Cenários 1, 2 e 3, respectivamente. O Custo com Pneus mostra-se relevante também,
sendo responsável por 8% dos custos no Cenário 1,9% no 2 e 6% no 3. A mão de obra, de
operação e manutenção, foi responsável pela menor parte dos custos (6%, 8% e 18% nos
Cenários 1, 2 e 3, respectivamente). No caso do Cenário 3, a mão de obra é mais alta, quando
comparada aos outros devido ao grande número de equipamentos necessários na operação.
50
CPH
18%
28% Combustível
8%
Mão de obra -
Operação
Mão de obra -
4% Manutenção
2% Pneus
Aquisição
38%
CPH
18%
29% Combustível
Mão de obra -
9% Operação
Mão de obra -
6% Manutenção
3% Pneus
Aquisição
35%
CPH
13%
Combustível
6% 33%
Mão de obra -
Operação
12%
Mão de obra -
Manutenção
6%
Pneus
30%
Aquisição
Número de
17 17 17 17 17 17 17 17 17 17
escavadeiras
Número de
55 56 57 57 58 58 60 60 61 61
Caminhões
Aquisição de
17 0 0 0 0 0 0 0 0 0
escavadeiras
Aquisição de
55 1 1 0 1 0 2 0 1 0
caminhões
Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Aquisição $ 107.250.000,00 $ 1.950.000,00 $ 1.950.000,00 $ - $ 1.950.000,00 $ - $ 3.900.000,00 $ - $ 1.950.000,00 $ -
$ 7.689.123,36 $ 15.571.362,39 $ 59.099.448,00 $ 15.571.362,39 $ 7.809.577,75 $ 64.023.264,69 $ 10.647.545,70 $ 62.934.013,64 $ 8.898.828,80 $ 15.571.362,39
$ 139.802,24 $ 283.115,68 $ 1.074.535,42 $ 283.115,68 $ 141.992,32 $ 1.164.059,36 $ 193.591,74 $ 1.144.254,79 $ 161.796,89
$ 139.802,24 $ 283.115,68 $ 1.074.535,42 $ 283.115,68 $ 141.992,32 $ 1.164.059,36 $ 193.591,74 $ 1.144.254,79
CPH
$ 139.802,24 $ 283.115,68 $ 1.074.535,42 $ 283.115,68 $ 141.992,32 $ 1.164.059,36
$ 279.604,49 $ 566.231,36 $ 2.149.070,84 $ 566.231,36
Caminhão $ 139.802,24 $ 283.115,68
Combustível $ 26.849.750,40 $ 27.337.927,68 $ 27.826.104,96 $ 27.826.104,96 $ 28.314.282,24 $ 28.314.282,24 $ 29.290.636,80 $ 29.290.636,80 $ 29.778.814,08 $ 29.778.814,08
Mão de obra -
$ 5.648.391,94 $ 5.751.089,97 $ 5.853.788,01 $ 5.853.788,01 $ 5.956.486,04 $ 5.956.486,04 $ 6.161.882,11 $ 6.161.882,11 $ 6.264.580,15 $ 6.264.580,15
Operação
Mão de obra -
$ 11.296.783,87 $ 11.502.179,94 $ 11.707.576,01 $ 11.707.576,01 $ 11.912.972,08 $ 11.912.972,08 $ 12.323.764,22 $ 12.323.764,22 $ 12.529.160,29 $ 12.529.160,29
Manutenção
Pneus $ 7.425.000,00 $ 7.560.000,00 $ 7.695.000,00 $ 7.695.000,00 $ 7.830.000,00 $ 7.830.000,00 $ 8.100.000,00 $ 8.100.000,00 $ 8.235.000,00 $ 8.235.000,00
Aquisição $ 43.350.000,00 $ - $ - $ - $ - $ - $ - $ - $ - $ -
CPH $ 4.611.487,43 $ 13.698.187,71 $ 16.639.492,80 $ 17.601.871,15 $ 11.342.773,09 $ 23.038.752,21 $ 11.202.611,73 $ 23.038.752,21 $ 6.370.449,24 $ 9.330.592,13
Combustível $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54 $ 8.995.244,54
Escavadeira Mão de obra -
$ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76 $ 1.190.978,76
Operação
Mão de obra -
$ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29 $ 3.572.936,29
Manutenção
Total $ 227.879.696,60 $ 97.269.709,54 $ 144.953.487,30 $ 101.372.513,22 $ 90.372.704,14 $ 155.543.140,55 $ 98.045.791,76 $ 157.815.206,73 $ 91.554.704,09 $ 98.788.126,72
$/t $ 1,48 $ 0,63 $ 0,94 $ 0,66 $ 0,59 $ 1,01 $ 0,64 $ 1,03 $ 0,60 $ 0,64
Média $ 0,82
55
5. Conclusão
Geralmente, considera-se vantajoso aumentar o porte dos equipamentos e ter uma frota menor,
pois menos máquinas reduzem custos com relação à manutenção, pneus, operadores e
combustível. Entretanto, é importante fazer uma análise mais detalhada dos custos do
equipamento ao longo de toda sua vida útil, pois pode ser que uma frota com menos
equipamentos apresente um custo por tonelada maior, como é o caso do Cenário 1.
56
A escolha de uma frota requer uma análise minuciosa, pois o trabalho conjunto de caminhões
e escavadeiras precisa ser avaliado, e não separadamente. É fundamental ter profissionais
qualificados na área de suprimentos das mineradoras, integrados com a área de operação, para
fazer a análise correta e entender o que é mais vantajoso para a realidade da empresa.
57
6. Referências Bibliográficas
BASCETIN, A.; ÖZTAŞ, O.; KANLI, A. İ. A new development software for equipment
selection in mining engineering. South-African Institute of Mining and Metallurgy, South-
Africa, p. 28 - 44, 2006.
MOURA, E. de. Apostila de Mecânica dos Solos. São Paulo: Faculdade de Tecnologia de São
Paulo, 2015.
SANY CENTRO OESTE. Caminhão fora de estrada: quando utilizar? Sany Centro Oeste,
2020. Disponível em: <https://sany.centrooestemg.com.br/blog/caminhao-fora-de-
59
estrada/#:~:text=Os%20caminh%C3%B5es%20de%20chassi%20articulado,solo%20borrachu
do%20ou%20sem%20sustenta%C3%A7%C3%A3o.>. Acesso: 17 junho 2020.