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Com o passar do tempo os esportes radicais vem crescendo e atraindo cada vez
mais adeptos, muitos procurando desafiar a si mesmos, despertando seu espírito
aventureiro. Contudo, estes equipamentos precisam ser cuidadosamente
dimensionados, respeitando rigorosamente fatores de segurança recomendados, já
que, em sua maioria, este tipo de esporte leva a certo risco seus praticantes. E
pensando nisso, esta monografia tem como tema de pesquisa o dimensionamento
do cabo de aço a ser utilizado em uma tirolesa, cujo percurso é de 150 metros com
um desnível de 20 metros, o dimensionamento inclui a análise dos esforços
envolvidos no cabo de aço, o cálculo do diâmetro do cabo de aço, seguindo as
normas técnicas ABNT NBR pertinentes ao assunto e também a proposta do tipo de
cabo mais indicado para utilização na tirolesas. Para o desenvolvimento dos cálculos
será realizado o estudo do movimento e das forças envolvidas neste tipo de
equipamento. Também será realizada a construção de um modelo da tirolesa em
escala reduzida, fazendo a medição das cargas de tração com o auxílio de um
dinamômetro, e posteriormente, realizar a análise destes dados no software Minitab
Statistical. Os resultados obtidos com o estudo foram um cabo de diâmetro 3/4" do
tipo Seale com alma de fibra. E para tal projeto foram utilizadas bibliografias
referentes ao assunto abordado, tendo em vista as exigências de segurança
necessárias para não oferecer riscos aos praticantes.
Over time, extreme sports have been growing and attracting more and more
enthusiasts, many seeking to challenge themselves, awaken their adventurous spirit.
However, these equipment need to be carefully dimensioned, strictly respecting
recommended safety factors, since most of these sports involve a certain risk for their
practitioners. With that in mind, this monograph's research topic is the dimensioning
of the steel cable to be used in a zipline, which has a distance of 150 meters with a
vertical drop of 20 meters. The dimensioning includes the analysis of the forces
involved in the steel cable, the calculation of the cable's diameter, following the
relevant technical standards from ABNT NBR, and also proposing the most suitable
type of cable for zipline use. To develop the calculations, the study will include the
analysis of motion and forces involved in this type of equipment. Additionally, a
scaled-down model of the zipline will be constructed, measuring the tensile loads
with the aid of a dynamometer, and subsequently analyzing this data in the Minitab
Statistical software. The study's results indicate a 3/4" diameter cable of the Seale
type with a fiber core. Bibliographic references related to the subject matter were
used for this project, taking into account the necessary safety requirements to ensure
no risks are posed to the practitioners.
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................13
1.1 Tema .....................................................................................................................14
1.2 Delimitação do tema ...........................................................................................14
1.3 Problema de pesquisa ........................................................................................14
1.4 Hipótese ...............................................................................................................14
1.5 Objetivo geral ......................................................................................................15
1.6 Objetivos específicos .........................................................................................15
1.7 Justificativa ..........................................................................................................15
4 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................47
4.1 Concepção da estrutura .....................................................................................47
4.2 Análise da dinâmica do movimento ..................................................................48
4.3 Definição do tipo do cabo de aço .....................................................................51
4.4 Cálculo da força no cabo de aço .......................................................................52
4.5 Contrução do modelo em escala reduzida .......................................................56
4.6 Medição da força gerada no cabo de aço em escala reduzida .....................57
4.7 Medição das forças de tração com as cargas .................................................58
4.8 Medição da carga dinâmica ...............................................................................59
4.9 Análise das forças e projeção para escala real ...............................................59
4.10 Correção do diâmetro do cabo ........................................................................62
4.11 Cálculo do grupo de mecanismo ....................................................................63
4.12 Cálculo do Fator de Segurança Prático Mínimo 𝒁𝒑 ......................................65
4.13 Avaliação dos resultados obtidos ...................................................................66
4.14 Proposta final do tipo e diâmetro do cabo de aço ........................................67
5 CONCLUSÃO ..........................................................................................................68
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................69
ANEXOS .....................................................................................................................72
1 INTRODUÇÃO
1.1 Tema
1.4 Hipótese
1.7 Justificativa
2 REVISÃO TEÓRICA
2.1 Tirolesa
2.2 Trigonometria
Nos primórdios a trigonometria era tratada como uma área da geometria e era
utilizada para determinar algumas distâncias. A palavra trigonometria tem origem
grega no qual trigonon quer dizer triângulo e metrein tem significado de medir. A
trigonometria possui três funções principais que são, seno, cosseno e tangente, que
inicialmente foram determinadas como sendo a divisão entre os lados de um
triângulo retângulo (YOUNG, 2017).
A figura 1 representa a determinação dos lados do triângulo retângulo
(BONETTO; MUROLO, 2016).
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑎 𝛼
𝑠𝑒𝑛 𝛼 = (1)
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
18
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝛼
𝑐𝑜𝑠 𝛼 = (2)
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑎 𝛼
𝑡𝑔 𝛼 = 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝛼 (3)
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 (4)
A primeira Lei de Newton diz que todo corpo tende a permanecer em repouso
ou movimento a menos que uma força externa atue sobre ele alterando seu estado
original (NELSON et al., 2013).
A segunda Lei de Newton diz que toda massa com uma determinada
aceleração resulta em uma força, conforme equação 5 (NELSON et al., 2013).
𝑑𝑣
𝐹 = 𝑚 𝑑𝑡 = 𝑚. 𝑎 (5)
onde:
m = massa (kg);
a = aceleração (m/s²);
F = força (N).
A terceira Lei de Newton em suma explica que para toda ação existe uma
reação de igual intensidade porém de sentido contrário (NELSON et al., 2013).
De acordo com Nelson et al. (2013), a força peso pode ser determinada pelo
produto da massa do objeto pela aceleração da gravidade.
𝑊 = 𝑚. 𝑔 (6)
onde:
𝑊 = peso (N);
𝑚 = massa (kg);
𝑔 = aceleração da gravidade (m/s²).
𝛥𝑥
𝑣𝑚é𝑑 = (7)
𝛥𝑡
Para Marques (2016) a inclinação da reta secante entre o ponto inicial e final
da curva de um movimento em determinado intervalo de tempo pode ser
considerada igual a velocidade média do deste movimento, conforme ilustra a figura
3.
Δ𝑥 𝑑𝑥
𝑣 = lim = (8)
∆𝑡→0 𝛥𝑡 𝑑𝑡
𝛥𝑣
𝑎𝑚é𝑑 = (9)
𝛥𝑡
∆𝑣 𝑑𝑣 𝑑²𝑥
𝑎 = lim = = (10)
∆𝑡→0 𝛥𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡²
ou
𝑑𝑣 𝑑𝑥 𝑑𝑣
𝑎 = 𝑑𝑥 𝑑𝑡 = 𝑣 𝑑𝑥 (11)
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎0 𝑡 (12)
22
1
𝑠 = 𝑣0 𝑡 + 2 𝑎0 𝑡 2 (14)
1
𝑠 = 2 (𝑣 + 𝑣0 )𝑡 (15)
onde:
𝑣0 = velocidade inicial;
𝑣 = velocidade final;
𝑎0 = aceleração constante;
𝑡 = tempo;
𝑠 = deslocamento.
𝑁 = 𝑚. 𝑔. 𝑐𝑜𝑠𝜃 (18)
𝑃𝑥 = 𝑚. 𝑔. 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚. 𝑎𝑥 (19)
𝑎𝑥 = 𝑔. 𝑠𝑒𝑛𝜃 (20)
Onde:
𝑎𝑥 = aceleração no plano inclinado;
𝑁 = força normal;
𝑃𝑥 = componente da força peso no eixo X;
𝑃𝑦 = componente da força peso no eixo Y;
𝑚 = massa;
𝑔 = aceleração da gravidade.
𝐹
𝜎=𝐴 (21)
Onde:
𝜎 = Tensão de tração/compressão;
F = Força;
A = Área transversal.
25
• AA - alma de aço;
• AF - alma de fibra natural;
• AFA - alma de fibra artificial;
• AACI - alma de aço de cabo independente;
• F - Filler;
• S - Seale;
• W - Warrington;
• WS - Warrington-Seale.
número de fios (arames) em cada perna. Logo, a designação completa seria, 28mm
6 x 7, como exemplo.
• Warrington;
• Filler;
• Seale.
Conforme Almeida, Lima e Barbieri (2022), em cabos de aço com perna Seale
predominam arames de diâmetro grande em sua última camada, e são cabos
resistentes a abrasão. Uma configuração bastante utilizada deste tipo de cabo de
aço é a 19 arames (9+9+1).
Já os cabos de perna Filler utilizam arames finos para preenchimento entre as
camadas de arames mais grossos, isso gera uma maior área de contato, diminuindo
o esmagamento. Uma composição muito comum deste cabo é de 25 arames
(12+6+6+1) (ALMEIDA; LIMA; BARBIERI, 2022).
Os cabos com perna Warrington possuem dois diâmetros de arames
alterados em sua última camada, indicados para resistência ao desgaste e a fadiga,
configuração comum deste cabo é de 19 arames (1+6+6+6) (ALMEIDA; LIMA;
BARBIERI, 2022).
Ainda existem os cabos de perna combinada, que é o caso do Warrington-
Seale, que agrupa as melhores características de cada um, com arames mais
29
A configuração das pernas dos cabos de aço tem influência direta com sua
utilização. Por exemplo, cabos com menos arames e arames de diâmetros maiores
apresentam uma maior resistência ao desgaste e menor resistência a fadiga. Já um
cabo equivalente com mais arames e arames de diâmetros menores é menos
resistente a abrasão a mais resistente a fadiga. Tal característica pode ser crucial
para a escolha de um cabo mais adequado para cada aplicação (ALMEIDA; LIMA;
BARBIERI, 2022).
31
Para Collins, Busby e Staab (2019), devido a sua geometria, os cabos de aço
com torção lang tem um desempenho em relação ao desgaste e fadiga de 15% a
20% superior ao cabo de torção regular. Isso porque existem menores deformações
fletoras e o fato da área de contato ser maior devido a geometria faz com que a
pressão em cada arame seja menor, assim, aumentando a resistência ao desgaste.
Collins, Busby e Staab (2019) ainda complementam que, em contrapartida, os
cabos de torção lang têm menor resistência ao esmagamento contra polias e
tambores, como também tendem a girar quando submetidos a grandes cargas,
devido ao seu enrolamento.
De acordo com a NBR 2408, os arames das pernas dos cabos de aço são
classificados por categorias, conforme ilustra a tabela 3 (ABNT, 2022a).
𝑇 = √𝑇02 + 𝑤 2 𝑥 2 (22)
𝑤𝑥
𝑡𝑔𝜃 = (23)
𝑇0
Onde:
𝑇 = Tração no cabo, ao longo da tangente da curva;
𝑇0 = Tração horizontal, ponto mais baixo da parábola;
𝑊 = Resultante da carga distribuída;
34
Para Beer, Johnston e Mazurek (2019), uma modelagem pode ser feita
considerando o cabo uma estrutura flexível e seu peso desconsiderado quando
comparado ao peso que ele deve suportar. As forças que atuam no cabo podem ser
reduzidas a duas forças e a força interna ser estendida ao longo do comprimento do
cabo.
Para calcular as forças de tração e as reações de apoio em cada seção do
cabo, deve-se estabelecer um ponto qualquer do cabo onde as coordenadas nos
eixos X e Y sejam conhecidas, fazendo o somatório dos momentos neste ponto em
relação ao ponto de fixação. A figura 12 ilustra um diagrama de corpo livre (BEER;
JOHNSTON; MAZUREK, 2019).
2.16 Catenária
São os cabos que sustentam somente seu próprio peso, de forma uniforme e
distribuída, a força de tração da catenária pode ser calculada pela equação 24
(BEER; JOHNSTON; MAZUREK, 2019).
Onde:
𝑇 = Tração no cabo, ao longo da tangente da curva;
𝑇0 = Tração horizontal, ponto mais baixo da parábola;
𝑊 = Resultante da carga distribuída;
𝑤 = Peso por metro linear do cabo;
𝑠 = Comprimento do cabo.
𝑇0 = 𝑤𝑐 𝑊 = 𝑤𝑠 𝑇 = 𝑤√𝑐² + 𝑠² (25)
A distância 𝑐, que tem origem no ponto mais baixo da catenária até os eixos
das coordenadas 𝑥 e 𝑦, é chamado de parâmetro da catenária (BEER; JOHNSTON;
MAZUREK, 2019).
Conforme explicam Beer, Johnston e Mazurek (2019), a equação do
comprimento da catenária pode ser calculada conforme equação 26.
𝑥
𝑠 = 𝑐 𝑠𝑒𝑛ℎ 𝑐 (26)
Onde:
𝑠 = Comprimento do cabo;
𝑐 = Parâmetro da catenária;
𝑥 = Distância horizontal entre os pontos.
𝑥
𝑦 = 𝑐 𝑐𝑜𝑠ℎ 𝑐 (27)
utilização do fator de segurança correto aumenta a vida útil dos cabos e a segurança
na operação.
Antes de mais nada, vale lembrar que a NBR 8400-3, ressalta que as regras
para dimensionamento expostas nesta norma não solucionam todos os problemas,
nem são substitutas para um bom diálogo entre o fabricante do cabo e do
equipamento de elevação (ABNT, NBR 8400-3, 2019).
De acordo com a norma NBR 16334, os cabos de aço para transporte de
pessoas devem ser de fibra sintética maleável, com intuito de evitar a corrosão
interna do cabo, e fabricados com arame pré-formado, a norma recomenda a
38
utilização do cabo de torção Lang (ABNT, NBR 16334, 2022). A norma também
ressalta que o cabo não deve ter nenhum tipo de torção, dobra ou algo que altere
seu passo, bem como precisa ser constituído de uma peça única.
Conforme a NBR 16334, não é permitido a utilização de qualquer lubrificante
corrosivo, tanto na construção, quanto na operação, e devem ser compatíveis com
os materiais das polias e roldanas (ABNT, NBR 16334, 2022).
A mesma norma fala que para cabos de tração/sustentação deve-se realizar
testes de tensão com cargas de pelo menos 4,5 vezes o valor da carga de tração
máxima de funcionamento (ABNT, NBR 16334, 2022).
Conforme norma NBR 8400-3, para definição do grupo do mecanismo do
cabo, deve-se levar em consideração o valor do fator de segurança mínimo prático
calculado (ABNT, NBR 8400-3, 2019).
Para determinação das forças de tração máximas em cabos que não sejam
somente para elevação de cargas, são utilizados os casos de solicitação I ou II,
considerando as piores condições de uso de cada caso conforme NBR 8400-3
(ABNT, NBR 8400-3, 2019).
De acordo com a NBR 8400-3, existem duas formas de dimensionamento
para um cabo de aço, são elas (ABNT, NBR 8400-3, 2019):
• Método do fator C, somente permitido para dimensionamento de cabos
móveis;
𝑑 ≥ 𝐶. √𝑆 (28)
Onde:
𝐶 = fator de seleção do cabo;
𝑑 = diâmetro do cabo calculado;
39
𝑍𝑝 𝑍𝑝
𝐶=√ 𝑅 = √(𝑘′.𝑅 ) (29)
(𝜋.𝑘.𝑓. 0 ) 0
4
Onde:
𝑍𝑝 = fator de segurança prático mínimo;
𝑘 = fator de perda devido a construção do cabo;
𝑓 = fator de preenchimento do cabo;
𝑅0 = tensão de ruptura mínima do arame que compõe o cabo;
𝜋
𝑘′ = ( 4 ) . 𝑓. 𝑘 (30)
𝐹0
𝑍𝑝 = (31)
𝑆
Onde:
𝑍𝑝 = Fator de segurança prático mínimo;
𝐹0 = Carga mínima de ruptura do cabo;
𝑆 = Força de tração máxima no cabo.
40
atinge uma fração da carga máxima, sendo que para cada espectro é relacionado
um fator 𝑘𝑚 , conforme equação 32 (ABNT, NBR 8400-1, 2019).
1
𝑘𝑚 = ∫0 𝑦 𝑑 𝑑𝑥 (32)
𝑆1 3 𝑡 𝑆2 3 𝑡 𝑆𝑟 3 𝑡 𝑆𝑟 3 𝑡
𝑘𝑚 = ( 𝑆 ) 𝑥 ( 𝑇1 ) + (𝑆 ) 𝑥 ( 𝑇2 ) + 𝛬 + (𝑆 ) 𝑥 ( 𝑇𝑟 ) = ∑𝑟𝑖=1 [(𝑆 ) 𝑥 ( 𝑇𝑖 )] (33)
𝑚á𝑥 𝑚á𝑥 𝑚á𝑥 𝑚á𝑥
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Verificar a pior condição dinâmica o qual o cabo de aço será exposto, com o
auxílio do dinamômetro, medindo a força de pico gerada pela carga durante a
descida, para logo em seguida comparar as forças estáticas e dinâmicas, com o
intuito de identificar qual a condição mais crítica do cabo.
4 DESENVOLVIMENTO
Conforme mencionado no item 4.1, a massa que deve ser suportada pelo
cabo é de 100kg, considerando que 20 metros são desconsiderados para os
mecanismos de frenagem da pessoa, pode-se calcular a velocidade máxima atingida
pela pessoa até ela se deparar com o mecanismo de parada.
Supondo que a tirolesa pode ser vista como um plano inclinado e a orientação
dos eixos x, y seguem a angulação do plano inclinado, pode-se admitir a seguinte
modelagem.
49
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
𝑎2 = 1502 + 202
√𝑎2 = √22900
𝑎 = 151,33 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝑐𝑎𝑡 𝑜𝑝
𝑡𝑔 = 𝑐𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗
20
𝑡𝑔 𝜃 = 150
𝑡𝑔 𝜃 = 0,133333
𝜃 = 𝑡𝑔−1 (0,133333)
𝜃 = 7,59°
180° = 90° + 𝛼 + 𝜃
𝛼 = 180° − 90 − 7,59°
𝛼 = 82,41°
𝑎𝑥 = 𝑔. 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑎𝑥 = 9,81𝑚/𝑠². 𝑠𝑒𝑛(7,59°)
𝑎𝑥 = 1,29𝑚/𝑠²
𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑎0 𝑠
𝑣 2 = 02 + 2 . 1,29m/s 2 . 131,33m
𝑣 = 18,4𝑚/𝑠
1𝑚 3,6𝑘𝑚
=
𝑠 ℎ
𝑣 = 66,26𝑘𝑚/ℎ
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎0 𝑡
𝑣 − 𝑣0
𝑡=
𝑎0
18,4𝑚/𝑠 − 0
𝑡=
1,29𝑚/𝑠²
𝑡 = 14,26 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
𝛥𝑥
𝑣𝑚é𝑑 =
𝛥𝑡
𝑥2 −𝑥1
𝑣𝑚é𝑑 = 𝑡2 −𝑡1
131,33−0
𝑣𝑚é𝑑 = 14,26−0
𝑣𝑚é𝑑 = 9,21m/s
𝑣𝑚é𝑑 = 33,15𝑘𝑚/ℎ
equação 27.
As coordenadas do ponto B, já são conhecidas:
𝑥𝐵 = 150 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑦𝐵 = 20 + 𝑐
150
20 + 𝑐 = 𝑐 𝑐𝑜𝑠ℎ 𝑐
20 150
+ 1 = 𝑐𝑜𝑠ℎ
𝑐 𝑐
54
𝒄 𝟐𝟎 𝟏𝟓𝟎
+𝟏 𝒄𝒐𝒔𝒉
𝒄 𝒄
𝑥
𝑠 = 𝑐 𝑠𝑒𝑛ℎ 𝑐
150
𝑠 = 560 𝑠𝑒𝑛ℎ 560
𝑠 = 151,8 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝑘𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,35 . 151,8𝑚
𝑚
𝑚
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 53,13𝑘𝑔. 9,81
𝑠²
𝑇0 = 𝑤𝑐
𝑚 𝑘𝑔
𝑇0 = (9,81 2
. 0,35 ) . 560𝑚
𝑠 𝑚
𝑇0 = 1922,76𝑁 ou 𝑇0 = 196,07𝑘𝑔𝑓
𝑇𝑚á𝑥 = 𝑤√𝑐² + 𝑠²
𝑘𝑔 𝑚
𝑇𝑚á𝑥 = (0,35 . 9,81 2 ) . √560² + 151,8²
𝑚 𝑠
𝑐𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗
𝑐𝑜𝑠 𝜃 = ℎ𝑖𝑝
1922,76
𝑐𝑜𝑠 𝜃 = 1992,15
𝜃 = 𝑐𝑜𝑠 −1 (0,9652)
𝜃 = 15,17°
Contudo, vale ressaltar que os cálculos de tração realizados no cabo são para
um cabo em catenária, ou seja, sem nenhum carregamento, sustentando apenas o
próprio peso.
Para a determinação das forças de tração geradas pelas cargas que o cabo
será exposto, construiu-se um protótipo do equipamento em escala reduzida em 10
vezes.
Para isso, encontrou-se dois elementos de fixação, para a ancoragem das
extremidades, no qual tivessem exatamente a distância proporcionalmente 10 vezes
menor que o tamanho original, portanto, neste caso distanciados a 15 metros.
Após encontradas as fixações, realizou-se a medição do nível entre elas,
fazendo as demarcações com desnível de 2 metros.
Com todas as medições realizadas, foi realizada a instalação de um cabo de
aço 3/8” 6x19, medindo 15,18 metros entre as extremidades. Sendo a medida do
tamanho real do cabo 151,80 metros.
Conforme descrito pela literatura no capítulo 2, o ponto onde acontece a
maior carga de tração é na extremidade superior, ponto no qual instalou-se o
dinamômetro para a medição das cargas trativas. Também colocou-se uma roldana
no cabo para suspender as cargas e realizar o teste dinâmico da carga.
57
Como estipulado pela norma NBR 15508-1, cabos dimensionados para linha
de vida devem levar em consideração no mínimo duas vezes o valor da carga
nominal para qual o cabo for dimensionado. Como neste caso o valor nominal da
carga é de 100kg, utiliza-se para dimensionamento a carga mínima de 200kg.
Para a realização das medições das cargas de tração foi utilizado um
dinamômetro, marca Oswaldo Filizola modelo Crown DAC, com capacidade máxima
de medição de cargas de tração e compressão de 500kgf, com certificação de
calibração sob número 84984/22, válido até 19/12/2024.
Figura 21 - Dinamômetro
O valor da força medido do cabo sem carga foi de 20,8 kgf. Projetando este
valor para a escala real de 10 vezes tem-se uma carga de tração de 208kgf, que
quando comparado ao valor da força calculada de 203,13 kgf, uma diferença de
2,4%, demonstra que o modelo em escala reduzida tem uma grande proximidade
com o modelo real, e que pode ser considerado um modelo válido.
Pode-se observar que o maior valor de força medido foi a distância de 7,59
metros, ponto central do cabo. Após esta medida o valor da força começa a decair,
concentrando as forças na fixação inferior do cabo.
Para a projeção dos valores das forças para as medidas reais do cabo
construiu-se um modelo matemático, no qual tabelou-se os valores experimentais e
atribuiu-se diferentes níveis (conforme tabela 12), para cada valor de peso e
distância. E, através de um experimento fatorial gerado pelo software Minitab,
obteve-se a equação de regressão que define a intensidade das forças em qualquer
ponto do cabo.
Equação de regressão das forças no cabo:
Desse modo, obteve-se para um cabo de aço de diâmetro 3,8”, uma carga
máxima de trabalho de 4382,18kgf e uma carga média de trabalho de 1816,02kgf.
Considerando que o cabo de aço 3/8” 6x19S + AF tem uma resistência a
ruptura de 5409kgf conforme anexo A, é possível calcular o fator de segurança do
cabo.
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑚á𝑥 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
5409
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 =
4382,18
Conforme exigido pela norma NBR 16334, o fator de segurança mínimo deve
ser de 4, portanto este diâmetro de cabo não atende a especificação sendo
necessário recalcular para um diâmetro maior.
𝑇𝑚á𝑥 = 𝑤√𝑐² + 𝑠²
𝑘𝑔 𝑚
𝑇𝑚á𝑥 = (1,41 . 9,81 2 ) . √560² + 151,8²
𝑚 𝑠
Logo, somando-se ao peso do cabo a força máxima gerada pela carga obtém-
se.
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑚á𝑥 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
21729
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 =
4992,27
𝐹0
𝑍𝑝 =
𝑆
𝑆1 3
𝑘𝑚 = ( ) 𝑥1
𝑆𝑚á𝑥
2426,11 3
𝑘𝑚 = ( ) 𝑥1
4992,27
𝑘𝑚 = 0,115
T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9
L1 M1 M1 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8
L2 M1 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M8
L3 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M8 M8
L4 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M8 M8 M8
𝐹0
𝑍𝑝 =
𝑆
21729
𝑍𝑝 =
4992,27
𝑍𝑝 = 4,35
66
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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P.; SANGHI, Sanjeev. Mecânica vetorial para engenheiros: Dinâmica. 11 ed. Porto
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indentificou,61%20m%20e%2057%2C8%20kg. Acesso em: 16 abr. 2023.
PLANO inclinado: saiba tudo sobre esse assunto! STOODI, São Paulo, SP, 05 jul.
2020. Disponível em: https://www.stoodi.com.br/blog/fisica/plano-inclinado/. Acesso
em: 18 out. 2022.
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Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-teorema-
de-pitagoras.htm. Acesso em 21 de abril de 2023.
71
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2020. https://www.costadosauipe.com.br/blog/tirolesa-saiba-tudo-sobre-essa-
aventura-nos-ares. Acesso em: 14 set. 2022
TUDO sobre tirolesa. Loja Nerea, Belo Horizonte, MG, 08 fev. 2019. Disponível em:
https://www.lojanerea.com.br/blog/tudo-sobre-tirolesa/. Acesso em: 09 set. 2022.
ANEXOS
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